cartilha simples nacional 1

20
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SECCIONAL DO DISTRITO FEDERAL COMISSÃO DE ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS E REFORMA TRIBUTÁRIA CARTILHA REGIME TRIBUTÁRIO DO SIMPLES NACIONAL Gestão 2013/2015

Upload: dvulgacoes-sa

Post on 02-Sep-2015

218 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Regime Tributario

TRANSCRIPT

  • COMISSO DE ASSUNTOS TRIBUTRIOS E REFORMA TRIBUTRIA 1

    ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASILSECCIONAL DO DISTRITO FEDERAL

    COMISSO DE ASSUNTOS TRIBUTRIOSE REFORMA TRIBUTRIA

    CARTILHA

    REGIME TRIBUTRIO DOSIMPLES NACIONAL

    Gesto 2013/2015

  • PALAVRA DO PRESIDENTE

    No novidade para ningum o fato de nossa legislao tributria bei-rar o absurdo. Todos os cidados, mesmo aqueles no familiarizados com o intrincado e incompreensvel novelo de normas rela vas ao pagamento de impostos, lidam com as consequncias disso no dia a dia. Alm do dado bvio de que pagamos muito impostos e temos uma contraprestao pre-cria, a desorganizao de nosso modelo tributrio compromete algo que fundamental nas democracias modernas organizadas em torno de valores como o liberalismo econmico e a livre inicia va: a capacidade de seus ci-dados de empreender.

    Nossas leis punem aqueles que decidem empreender, no s com uma carga tributria repressiva, mas com o volume desnorteante da burocracia, capaz de esmagar o empenho de qualquer profi ssional. Some isso ao fato de alimentarmos uma cultura em que tudo deve ser atrado para a sombra do Estado, temos ento uma realidade de difi culdades extremas para co-merciantes, profi ssionais liberais e o trabalhador empregado.

    No caso da advocacia, o drama rduo. Com a ampla maioria das so-ciedades de advogados sendo de pequeno porte 95% dos advogados tra-balham por conta prpria a carga tributria imposta ao profi ssional do direito criava, at ento, uma barreira pra camente intransponvel para a formalidade.

    Frente a este cenrio, a lei que universalizou o acesso do setor de ser-vios ao chamado Simples Nacional (Supersimples), regime de tributao simplifi cado para micro e pequenas empresas, um passo dado por nossos legisladores que merece ser louvado. A lei trouxe uma real reduo da car-ga tributria para escritrios de advocacia, possibilitando que sociedades de advogados com receita bruta anual de at R$ 180 mil paguem alquota de 4,5%. A nova legislao cria um campo de incen vo para os advogados

  • iniciantes, bem como d uma chance formalizao aos escritrios de pe-quena estrutura.

    Isto no seria possvel sem o empenho de todas as Seccionais em um trabalho focado em torno de um obje vo comum. No foi toa que o mi-nistro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afi f Domin-gos, por ocasio da sano da lei pela presidente da Repblica, defi niu o Simples como o embrio da reforma tributria no Brasil.

    O advogado um profi ssional essencial para o funcionamento da Jus- a. natural, portanto, que a Jus a fosse feita a ele. Parabns a todos os envolvidos nessa conquista fundamental para desvencilhar a advocacia de um nus no s desnecessrio, mas que ao fi m se impunha ao prprio cida-do, j que o advogado a voz deste e sua via expressa de acesso Jus a.

    Ibaneis RochaPresidente da OAB/DF

  • Ordem dos Advogados do BrasilSeccional do Distrito Federal

    Diretoria:Ibaneis RochaPresidente

    Severino CajazeirasVice-Presidente

    Daniela Rodrigues TeixeiraSecretria-Geral

    Juliano Costa CoutoSecretrio-Geral Adjunto

    Antonio Alves FilhoDiretor Tesoureiro

    Conselheiros Federais:Aldemrio Arajo (licenciado)Evandro PertenceFelix PalazzoJos RossiniMarcelo Lavocat GalvoNilton Correia

    Conselheiros Seccionais:Adair Siqueira de Queiroz FilhoAfonso Henrique Arantes de PaulaAlceste Vilela Jnior (licenciado)Alexandre Vieira de QueirozAndr Lopes de SousaAntonio Gilvan MeloCamilo Andr Santos Noleto de CarvalhoCarlos Augusto Lima Bezerra

  • Carolina Louzada PetrarcaChris ane Rodrigues PantojaCludio Demczuk de AlencarCris ano de Freitas FernandesCris na Alves Tubino RodriguesDivaldo Theophilo de Oliveira Ne oElaine Costa Starling de ArajoElisio de Azevedo FreitasElomar Lobato BahiaEmiliano Candido Povoa (licenciado)Erik Franklin BezerraEwan Teles AguiarFelipe de Almeida Ramos Bayma SousaFernando de Assis BontempoFernando Mar ns de FreitasFrederico Bernardes VasconcelosGabriela Rollemberg de Alencar (licenciada)Hamilton de Oliveira AmorasHellen Falco de CarvalhoIldecer Meneses de Amorim (licenciada)Ilka TeodoroIndira Ernesto Silva Quaresmatalo Maciel MagalhesJackson Di DomenicoJacques Maurcio Ferreira Veloso de MeloJoaquim de Arimatha Dutra JniorJoo Maria de Oliveira SouzaJoo Paulo Amaral RodriguesJonas Filho Fontanele de CarvalhoJorge Amaury Maia NunesJorivalma Muniz de Sousa Laura Maria Costa Silva SouzaLeonardo Henrique Mundim Moraes OliveiraLuiz Gustavo Barreira Muglia

  • Luiz Henrique Sousa de Carvalho (licenciado)Manoel Coelho Arruda JniorMarcel Andr Versiani CardosoMarcelo Mar ns da CunhaMrcio Martago Gesteira PalmaMarcone Guimares Vieira (licenciado)Maria Conceio FilhaMariana Prado Garcia de Queiroz Velho (licenciada)Mauro Pinto SerpaMaxmiliam Patriota CarneiroNelson Buganza Jnior (licenciado)Nicson Chagas QuirinoOtvio Henrique Menezes de NoronhaPaulo Renato Gonzalez NardelliRafael Augusto AlvesRafael Thomaz Fave Reginaldo de Oliveira SilvaRenata de Castro ViannaRenata do Amaral GonalvesRenato de Oliveira AlvesRoberto Domingos da MotaRodrigo Frantz BeckerRodrigo Madeira NazrioShigueru SumidaSilvestre Rodrigues da SilvaSueny Almeida de MedeirosThais Maria Silva Riedel de Resende ZubaVictor Emanuel Alves de LaraWalter de Castro Cou nhoWanderson Silva de MenezesWendel Lemes de FariaWesley Ricardo Bento da SilvaWilton Leonardo Marinho Ribeiro

  • Caixa de Assistncia dos Advogados - DFRicardo Alexandre Rodrigues Peres PresidenteElisabeth Leite Ribeiro Secretria-GeralFernanda Gonzalez da Silveira Mar ns Pereira Secretria-Geral AdjuntaMariela Souza de Jesus Tesoureira

    Diretoria da Escola Superior de Advocacia do DFJorge Amaury Maia Nunes DiretorCarolina Louzada Petrarca Diretora AdjuntaAsdrbal Junior Diretor Adjunto

    Diretoria da Subseo do GamaJuliana Gonalves Navarro PresidenteGildasio Pedrosa de Lima Vice-PresidenteK a Ribeiro Macedo Ablio Secretria-GeralPaulo Srgio Santos Pantoja Jnior Secretrio-Geral AdjuntoValdene Miranda das Chagas Diretor Tesoureiro

    Diretoria da Subseo da CeilndiaEdmilson Francisco de Menezes PresidenteGerson Wilder de Sousa Melo Vice-PresidenteLeonardo Rabelo de Amorim Secretrio-GeralNewton Rubens de Oliveira Secretrio-Geral Adjunto Jurandir Soares Carvalho Jnior Diretor Tesoureiro

    Diretoria da Subseo de Planal naMarcelo Oliveira de Almeida PresidenteJoo derson Vice-PresidenteOneida Mar ns Secretria-GeralEdimar Mundim Baesse Secretrio-Geral Adjunto Liliana Rocha Diretora Tesoureira

    Diretoria da Subseo de SamambaiaLairson Rodrigues Bueno PresidenteJos Antnio Gonalves de Carvalho Vice-PresidenteJoo Ba sta Ribeiro Secretrio-Geral

  • Renato Mar ns Frota Secretrio-Geral AdjuntoRegina Clia de Freitas Nicolela - Diretora Tesoureira

    Diretoria da Subseo de SobradinhoMrcio de Souza Oliveira PresidenteOsvaldo Gomes Vice-PresidenteLuciana Meira de Souza Costa Secretrio-GeralCludio Ribeiro Santana Secretrio-Geral AdjuntoAline Guida de Souza - Diretora Tesoureira

    Diretoria da Subseo de Tagua ngaNadim Tannous El Madi PresidenteLuciene Barreira Bessa Castanheira Vice-PresidenteAlexandre Henrique de Paula Secretrio-Geral Renauld Campos Lima Secretrio-Geral AdjuntoCarla de Oliveira Rodrigues - Diretora Tesoureira

    Diretoria da Subseo do ParanoHumberto Pires PresidenteJos Rodrigues de Sousa Vice-PresidenteKendrick Balthazar Xavier Secretrio-Geral Valdir de Castro Miranda Secretrio-Geral AdjuntoLarissa Freire Macedo - Diretora Tesoureira

    Ex-Presidentes:Leopoldo Csar de Miranda Filho (1960 a 1961)Dcio Meirelles de Miranda (1961 a 1963)Esdras da Silva Gueiros (1963 a 1965)Fernando Figueiredo de Abranches (1965 a 1967)Francisco Ferreira de Castro (1967 a 1969)Antnio Carlos Elizalde Osrio (1969 a 1971)Moacir Belchior (1971 a 1973)Antnio Carlos Sigmaringa Seixas (1973 a 1975)Hamilton de Arajo e Souza (1975 a 1977)Assu Guimares (1977 a 1979)

  • Maurcio Corra (1979 a 1987)Amauri Serralvo (1987 a 1989)Francisco C. N. de Lacerda Neto (1989 a 1991)Esdras Dantas de Souza (1991 a 1995)Luiz Filipe Ribeiro Coelho (1995 a 1997)J. J. Safe Carneiro (1998 a 2003)Estefnia Viveiros (2004 a 2009)Francisco Caputo (2010 a 2012)

    Comisso de Assuntos Tributrios e Reforma TributriaJacques Maurcio Ferreira Veloso de MeloPresidente

    Viviane Faulhaber DutraSecretria Geral

    Mariana Barboza Baeta NevesSecretria Geral-Adjunta

    Andr Correa TelesMembro e Relator

    MembrosAfonso Henrique Arantes de PaulaAnderson Barreto ArrudaAndr Davis AlmeidaAline Enas BarretoAnete Mair Maciel MedeirosAriene Darc Diniz e AmaralBernardo Marinho BarcellosBreno Pessoa Cardoso BorgesBruna Ribeiro GanemBruno Rodrigues PenaCaio Csar Farias LencioCaio de Souza GalvoCarolyn Welch Gomes

  • Dvia Bethnia Pereira SouzaDenise Evangelista ArajoEduardo Loureno Gregrio JniorEduardo Muniz Machado Cavalcan Emmanuel Guedes FerreiraEmanuel Cardoso Pareira,Felipe Ribeiro deFernanda Gadelha Araujo LimaFernando Antnio ZanchetFrancisco Antnio de Camargo Rodrigues de SouzaFrancisco Carlos Rosas GiardinaHildebrando Afonso Gomes S. CarneiroIgor Arajo SoaresIsabela Romina Albernas Diniz TeixeiraIvan Allegre Jos Wellington Omena FerreiraJlio Csar das NevesKamilla Flvila e Leles BarbosaLilianne Patrcia LimaLorena de Morais Ximenes CamposLuis Antonio LeoncioLuiz Paulo RomanoOnzia de Miranda Aguiar PignataroOscar Mendes PereiraPedro Raposo JaguaribeRafael Fernandes Marques ValenteRielson Gomes Silva Nunes SRodolfo Tsunetaka TamanahaRonald Alencar Domingues da SilvaSayonara Dualibe SantosSueny Almeida de MedeirosThales Saldanha FalekWilson Marcelo da Silva

  • COMISSO DE ASSUNTOS TRIBUTRIOS E REFORMA TRIBUTRIA 11

    COMISSO DE ASSUNTOS TRIBUTRIOSE REFORMA TRIBUTRIA OAB/DF

    REGIME TRIBUTRIO DO SIMPLES NACIONAL

    Perspec vas notveis nos Servios Advoca cios

    O que o Simples Nacional?

    O Simples Nacional tem como marco legal o ar go 146, III, d, da Cons- tuio Federal, tendo sido introduzido na carta maior pela Emenda Cons- tucional n 42, de 19 de dezembro de 2003. O ar go mencionado defi ne que a lei complementar estabelece normas gerais em matria de legislao tributria, especialmente no que diz respeito defi nio de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte.

    Aps exatos trs anos e cinco dias da publicao da EC n: 42 foi inseri-da, no ordenamento jurdico brasileiro, a Lei Complementar n: 123, de 14 de dezembro de 2006, a qual norma zou o tratamento especfi co aplicvel s Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), as quais pas-saram a obedecer ao regime especial unifi cado de arrecadao, cobrana e fi scalizao de tributos integrados pelo ins tuto do Simples Nacional.

    Tal regime de tributao diferenciado administrado por um Comit Gestor composto obrigatoriamente por oito membros, sendo quatro inte-grantes da Secretaria da Receita Federal do Brasil - representando a Unio, dois oriundos dos Estados e Distrito Federal e por fi m dois representantes referentes aos Municpios.

    Ao Comit compete regulamentar a opo, excluso, tributao, fi sca-lizao, arrecadao, cobrana, dvida a va, recolhimento e demais itens

  • COMISSO DE ASSUNTOS TRIBUTRIOS E REFORMA TRIBUTRIA 12

    rela vos ao regime simplifi cado. A regulamentao dos temas supracitados advm da Resoluo do Comit Gestor do Simples Nacional n 94, de 29 de novembro de 2011, tendo sofrido alteraes posteriores.

    Como fao para par cipar do Simples Nacional?

    Para ingressar no Simples Nacional a empresa dever cumprir os se-guintes requisitos:

    - Ser enquadrada como pessoa jurdica na defi nio de Microempresa ou de Empresa de Pequeno Porte;

    - Cumprir todos os pr-requisitos previstos na legislao;

    - Formalizar sua opo pelo regime diferenciado no site da Receita Federal do Brasil (RFB).

    Quais so as principais caracters cas do Simples Nacional?

    Entre as fundamentais caracters cas do regime tributrio do Simples Nacional destacam-se:

    - Adeso faculta va;

    - Uma vez realizada a opo pelo regime diferenciado, a empresa no poder alterar seu regime no ano-calendrio, no perodo que com-preender 1 de janeiro a 31 de dezembro;

    - Abarca os seguintes tributos: Imposto de Renda de Pessoa Fsica (IRPF), Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSLL), Programa de Integrao Social e de Programa de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico (PIS/Pasep), Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (Cofi ns), Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operaes rela vas Circulao de Mercadorias e Prestao de Servios de Transporte Interestadual e Intermunici-

  • COMISSO DE ASSUNTOS TRIBUTRIOS E REFORMA TRIBUTRIA 13

    pal e de Comunicao (ICMS), sendo este imposto estadual, Imposto Sobre Servios (ISS), sendo este imposto municipal e Contribuio Patronal Previdenciria (CPP) para a Seguridade Social des nada Previdncia Social a cargo da pessoa jurdica;

    - Disponibiliza sistema eletrnico para realizao de clculo do valor mensal devido, estabelecendo-se o crdito tributrio a ser recolhi-do, alm de permi r a emisso do Documento nico de Arrecada-o (DAS);

    - Simplifi ca as informaes socioeconmicas e fi scais por meio de De-clarao nica;

    - O recolhimento dos referidos tributos incidem mediante a emisso do DAS;

    - Permite recolhimento do DAS at o dia 20 do ms subsequente quele em que houver sido mensurada a receita bruta;

    - Para ingressar no Simples Nacional necessrio que a empresa apresente regularidade fi scal no perodo de opo pelo regime, exi-gindo-se a quitao prvia de quaisquer dbitos junto aos diversos entes da federao.

    Quando posso realizar a opo pelo Simples Nacional?

    A opo pelo Simples Nacional somente poder ser realizada no ms de janeiro, at o seu l mo dia l, produzindo efeitos a par r do primeiro dia do ano-calendrio da opo.

    Aps efetuar a inscrio no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica (CNPJ), bem como realizar as suas inscries Estadual, Distrital ou Muni-cipal, a empresa que comear sua a vidade em outro ms, que no o de janeiro, ter o prazo de at 30 (trinta) dias contados do l mo deferimento

  • COMISSO DE ASSUNTOS TRIBUTRIOS E REFORMA TRIBUTRIA 14

    de inscrio, para realizar a escolha pelo Simples Nacional, desde que no tenham decorridos 180 (cento e oitenta) dias da inscrio no CNPJ. Findado esse prazo, a preferncia pelo regime apenas ser possvel no ms de janei-ro do ano-calendrio subsequente.

    Realizada a escolha pelo Simples Nacional, a ME ou EPP apenas sair do citado regime quando excluda, por opo, mediante comunicao obri-gatria, ou por o cio.

    O agendamento obrigatrio?

    No. No entanto, permi do ao contribuinte sinalizar o seu interesse prvio pela opo do Simples Nacional para o prximo ano. O agendamen-to est disponvel no Portal do Simples Nacional entre o primeiro dia l de novembro e o penl mo dia l de dezembro do ano anterior ao da opo, sendo um servio facilitador do processo de ingresso no Regime.

    Uma vez confi rmado o agendamento, ser gerado um Termo de Defe-rimento da opo pelo Simples Nacional no primeiro dia do ano-calendrio subsequente. Caso a empresa seja classifi cada em alguma categoria impe-di va ao ingresso no Regime, necessitar anular o agendamento realizado. Fato que permi r ao contribuinte dispor de mais tempo para regularizar as pendncias porventura iden fi cadas.

    Posso requerer o cancelamento da Opo de Regime do Simples Nacional?

    Concre zado a opo pelo Simples Nacional, as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) podero requerer a sua anulao, observada a seguinte condio:

    A opo pelo regime simplista irretratvel para todo o ano-calend-

  • COMISSO DE ASSUNTOS TRIBUTRIOS E REFORMA TRIBUTRIA 15

    rio, podendo a optante requerer sua excluso, por opo, com repercusso pr ca somente para o ano-calendrio subsequente.

    No entanto, admissvel a anulao do requerimento da opo de alterao de regime enquanto a solicitao permanecer em anlise, ou seja, antes da anuncia pelo fi sco, desde que efe vado o pedido de cance-lamento no Portal do Simples Nacional respeitando-se o prazo limite para esta opo. Tal possibilidade de invalidao da alternncia de regime no se aplica s empresas em incio de a vidade.

    necessrio realizar a Inscrio Estadual, Distrital e/ou Municipal?

    Sim. As empresas que optarem pelo Simples Nacional devero realizar a inscrio no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica (CNPJ), perante a Re-ceita Federal do Brasil, alm da inscrio Estadual, Distrital e/ou Municipal.

    Importante salientar que a inscrio municipal sempre exigvel.

    Em contrapar da, a inscrio estadual apenas exigida para as empre-sas das quais se exige o pagamento de ICMS.

    No que discerne aos servios advoca cios, tal norma zao se d con-forme o item 17 da lista de servios anexa Lei Complementar n 116, de 31 de julho de 2003, conhecido como a Lei do ISS.

    Destaca-se que o Distrito Federal o nico membro da federao que exerce cumula vamente as a vidades inerentes aos Estados e Municpios, devendo as empresas alocadas nesta regio realizarem a inscrio distrital, mesmo exercendo apenas uma a vidade sujeita ao imposto estadual ou municipal.

  • COMISSO DE ASSUNTOS TRIBUTRIOS E REFORMA TRIBUTRIA 16

    Qual a defi nio de Microempresa ouEmpresa de Pequeno Porte para o Simples Nacional?

    Considera-se Microempresa (ME), para efeito do Simples Nacional, a sociedade empresria, a sociedade simples, a empresa individual de res-ponsabilidade limitada e o empresrio que aufi ram, em cada ano-calend-rio, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais).

    Atende a qualidade de Empresa de Pequeno Porte (EPP), para o re-gime simplista, a sociedade empresria, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresrio que aufi ram, em cada ano-calendrio, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (trs milhes e seis-centos mil reais).

    Para as empresas que iniciarem suas a vidades no competente ano-calendrio da opo, os limites para a ME e para a EPP so proporcionais ao nmero de meses em exerccio, compreendidos entre o incio da a vidade e o fi nal do concernente ano-calendrio (sendo que fraes de um ms so computadas como um ms completo). Tais limites proporcionais para ME e de EPP so, respec vamente, de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) e de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais); mul plicados pelo nmero de meses compreendidos entre o incio da a vidade e o fi nal do respeitante ano-ca-lendrio, consideradas as fraes de meses como um ms inteiro.

    Para fi ns de enquadramento na qualidade de ME ou EPP, considerar-se o somatrio das receitas de todos os estabelecimentos.

    Existe a possibilidade de Parcelamento dos Dbitos?

    Sim. Caso o contribuinte optante possua dbitos junto ao Simples Na-

  • COMISSO DE ASSUNTOS TRIBUTRIOS E REFORMA TRIBUTRIA 17

    cional, poder solicitar o parcelamento da dvida em questo em at 60 (sessenta) parcelas mensais, sucessivas, conforme o ar go 21 16 da lei do Simples Nacional.

    O valor de cada prestao mensal ser acrescido de juros equivalentes taxa referencial do Sistema Especial de Liquidao e de Custdia (Selic) para tulos federais (acumulada mensalmente) sendo calculados a par r do ms subsequente ao da consolidao at o ms anterior ao do paga-mento, e de 1% (um por cento) rela vamente ao ms em que o pagamento es ver sendo efetuado, segundo o ar go 21 16 da lei do Simples Nacional.

    O valor de cada parcela ser ob do mediante a diviso do valor da d-vida consolidada pelo nmero de parcelas, observado o valor mnimo de R$ 300,00 (trezentos reais) para parcelamentos no mbito da Receita Federal do Brasil (RFB) ou Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

    O parcelamento dever ser solicitado:

    - Diante da Receita Federal do Brasil (RFB), exceto nas circunstncias descritas nas hipteses seguintes;

    - Na Procuradoria da Fazenda Nacional (PGFN), quando o dbito es -ver inscrito em Dvida A va da Unio (DAU);

    - Ao Estado, Distrito Federal ou Municpio, quando dvida oriunda de dbitos vinculados ao ICMS ou ISS.

    Ocorrer imediata resciso do parcelamento e encaminhamento do dbito para inscrio em dvida a va, ou prosseguimento da execuo, ante a falta de pagamento de 3 (trs) parcelas, consecu vas ou no; ou de 1 (uma) parcela, estando pagas todas as demais. Considera-se inadimplente a parcela parcialmente paga.

    So possveis, no mximo, 2 (dois) reparcelamentos de dbitos no caso do Simples Nacional incluindo reparcelamentos em andamento ou os que

  • COMISSO DE ASSUNTOS TRIBUTRIOS E REFORMA TRIBUTRIA 18

    se encontrem rescindidos, podendo ser abrangidos novos dbitos, sendo que a formalizao do reparcelamento fi ca condicionada ao recolhimento da primeira parcela em valor correspondente a 10% (dez por cento) do total dos dbitos consolidados ou 20% (vinte por cento) da totalidade dos d-bitos concre zados, caso possua dbito com histrico de reparcelamento precedente.

    Em relao ao ICMS e ISS, o contribuinte dever consultar o ente com-petente a quem incumbe concesso e a administrao do parcelamento, seja ele Estado, Distrito Federal ou Municpio.

    Quais so os Livros Obrigatrios e Obrigaes Fiscais Acessrias?

    As Microempresa e Empresa de Pequeno Porte optantes pelo Sim-ples Nacional devem adotar para os registros e controles das operaes e prestaes por elas realizadas, especialmente os prestadores de servio a exemplo da advocacia, os seguintes Livros (conforme o ar go 26 2 da Lei complementar n: 123, de 14 de dezembro de 2006):

    - Livro Caixa, devendo estar escriturado a completa circulao fi nan-ceira e bancria (sendo dispensvel a sujeitos passivos que possuam Livro Razo e Dirio, devidamente escriturados);

    - Livro Registro dos Servios Prestados, des nado ao registro dos documentos fi scais rela vos aos servios prestados sujeitos ao ISS, quando contribuinte do ISS (o Municpio ou o Distrito Federal po-der discricionariamente, trocar os Livros por Declarao Eletrnica dos servios realizados);

    - Livro Registro de Servios Tomados, des nado ao registro dos docu-mentos fi scais concernentes aos servios tomados sujeitos ao ISS (o Municpio ou o Distrito Federal poder discricionariamente, subs -tuir os Livros por Declarao Eletrnica dos servios tomados).

  • COMISSO DE ASSUNTOS TRIBUTRIOS E REFORMA TRIBUTRIA 19

    Quais so as hipteses de Excluso do Simples Nacional?

    Existem duas possibilidades de excluso do regime do Simples Nacio-nal. A primeira alterna va consiste na excluso de o cio pela Receita Fe-deral do Brasil ou Secretarias de Fazenda ou de Finanas do Estado ou do Distrito Federal e Muncipios. A segunda ocorre mediante comunicao da prpria da empresa, que poder ocorrer em duas vertentes:

    - A primeira conhecida como comunicao de excluso opcional que se refere ao cancelamento mediante solicitao voluntria realizada pela pessoa jurdica;

    - A segunda denominada comunicao de excluso obrigatria, de-vendo a empresa informar quando ultrapassar o limite de receita bruta anual ou o limite proporcional no ano de incio de a vidade ou, ainda, em qualquer outra circunstncia que acarrete vedao.

    A excluso ser efetuada de o cio quando verifi cada a falta de comuni-cao obrigatria ou quando examinada a ocorrncia de determinada ao ou omisso que estabelea mo vo cons tu vo para excluso de o cio.

  • SEPN 516 - Bloco B - Lote 07Asa Norte - Braslia - Distrito Federal

    CEP: 70.770-522Telefone: (61) 3036 7000

    www.oabdf.org.br