cartilha nr 35 - comentada

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NR-35 TRABALHO EM ALTURA COMENTADA MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

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  • NR-35TRABALHO EM ALTURA

    COMENTADA

    Ministrio doTrabalho e Emprego

    Secretaria deInspeo do Trabalho

    MiNisTRiO DO TRABALHO E EMpREgOsECRETARiA DE iNspEO DO TRABALHO

    DEpARTAMENTO DE sEgURANA E sADE NO TRABALHO

    CAPA NR 35 11,5 X 17,5.indd 1 14/10/2013 10:38:57

  • NR-35

    MiNistRio do tRabalho e eMpRego

    SECRETARIA DE INSPEO DO TRABALHODEPARTAMENTO DE SEGURANA E SADE NO TRABALHO

    TRABALHO EM ALTURACOMENTADA

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  • SIT/DSST/CGNOR

    2013 Ministrio do Trabalho e Emprego permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

    Braslia/DF, Junho de 2013.

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  • SUMRIO

    Apresentao 5

    Comentrios Norma Regulamentadora n 35 9

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    APRESENTAO

    Uma das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais se deve a eventos envolvendo quedas de trabalhadores de diferentes nveis. Os riscos de queda em altura existem em vrios ramos de ativi-dades e em diversos tipos de tarefas. A criao de uma Norma Regulamentadora ampla que atenda a todos os ramos de atividade um importante instrumento de re-ferncia para que estes trabalhos sejam realizados de forma segura. A criao de um instrumento normativo no significa contemplar todas as situaes existentes na realidade ftica. No mundo do trabalho existem realida-des complexas e dinmicas e uma nova Norma Regula-mentadora para trabalhos em altura precisaria contem-plar a mais variada gama de atividades. No poderiam ficar de fora o meio ambiente de trabalho das ativida-des de telefonia, do transporte de cargas por veculos, da transmisso e distribuio de energia eltrica, da montagem e desmontagem de estruturas, plantas in-dustriais, armazenamento de materiais, dentre outros. Por mais detalhadas que as medidas de proteo es-tejam estabelecidas na NR, esta no compreenderia as particularidades existentes em cada setor. Por isso a presente Norma Regulamentadora foi elaborada pen-sando nos aspectos da gesto de segurana e sade do trabalho para todas as atividades desenvolvidas em altura com risco de queda, e concebida como norma geral, a ser complementada por anexos que contempla-ro as especificidades das mais variadas atividades. O princpio adotado na norma trata o trabalho em altura como atividade que deve ser planejada, evi-tando-se caso seja possvel, a exposio do trabalhador ao risco, quer seja pela execuo do trabalho de ou-tra forma, por medidas que eliminem o risco de queda ou mesmo por medidas que minimizem as suas con-sequncias, quando o risco de queda com diferenas de nveis no puder ser evitado. Esta norma prope a

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    utilizao dos preceitos da antecipao dos riscos para a implantao de medidas adequadas, pela utilizao de metodologias de anlise de risco e de instrumen-tos como as Permisses de Trabalho, conforme as situ-aes de trabalho, para que o mesmo se realize com a mxima segurana. Quanto ao procedimento de criao da Nor-ma, este se iniciou em setembro de 2010, quando foi realizado nos Sindicato dos Engenheiros do Estado de So Paulo o 1 Frum Internacional de Segurana em Trabalhos em Altura. Os dirigentes deste sindicato, jun-tamente com a Federao Nacional dos Engenheiros, se sensibilizaram com os fatos mostrados no Frum e encaminharam ao MTE a demanda de criao de uma norma especifica para trabalhos em altura que atendes-se a todos os ramos de atividade. O Ministrio do Trabalho e Emprego submeteu a demanda Comisso Tripartite Paritria Permanente CTPP, que deliberou favoravelmente. A Secretaria de Inspeo do Trabalho criou em 06/05/2011, por meio da Portaria no 220, o Grupo Tcnico para trabalho em al-tura, formado por profissionais experientes, constitudo de representantes do Governo, Trabalhadores e Empre-gadores de vrios ramos de atividade, que se reuniram em maio e junho de 2011, produzindo o texto base da nova NR. Esta proposta de texto foi encaminhada para consulta pblica, pela Portaria MTE n 232 de 09/06/2011, com prazo de encaminhamento de suges-tes at 09/08/2011, submetendo sociedade o texto base da nova norma, intitulada Trabalhos em Altura. Em agosto de 2011 foram analisadas e sistematizadas as sugestes recebidas da sociedade para incluso ou alterao da norma. Em 26/09/2011 foi constitudo o Grupo de Tra-balho Tripartite GTT para a nova norma que, aps reu-nies em setembro, outubro, novembro e dezembro, em consenso, chegou proposta da Norma, que foi enca-minhada CTPP- Comisso Tripartite Paritria Perma-nente para manifestao. Aps a CTPP manifestar-se

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    favoravelmente proposta apresentada, o Ministrio do Trabalho e Emprego publicou em 26 de maro de 2012 a Portaria SIT no 313, de 23/03/2012, veiculando inte-gralmente o texto elaborado pelo GTT, como a NR35, - Norma Regulamentadora para Trabalhos em Altura. A Portaria n 313 tambm criou a Comisso Nacional Tri-partite Temtica da NR35 CNTT NR35, com o objetivo de acompanhar a implementao do texto normativo, propor alteraes ao mesmo e auxiliar na elucidao das dvidas encaminhadas pela sociedade. Devido grande amplitude de setores econ-micos e atividades albergadas pela NR35, foi estabe-lecido um prazo diferenciado para a entrada em vigor dos dispositivos normativos. Desta forma, todos os itens, com exceo dos itens do Captulo 3 e do item 6.4, cujos prazos so de 12 meses, entram em vigor seis meses a partir da data de publicao da Norma. A elaborao de instrumentos para divulgao da Norma, como atividade da CNTT NR35, foi anteci-pada pelo GTT, como comisso criadora da NR, pela consolidao das discusses realizadas no mbito do Grupo num instrumento de esclarecimento, orienta-o e elucidao de dvidas, que consiste no presente manual. Este manual uma ferramenta dinmica, que, no momento inicial, consolida muitas das informaes presentes nas sugestes encaminhadas pela socieda-de na consulta pblica bem como o entendimento das questes pelo GTT, abordando nas revises posteriores o entendimento da CNTT a respeito dos dispositivos presentes na NR-35. Como instrumento interpretativo, procura auxiliar a interpretao desta NR esclarecen-do seus conceitos e os aspectos de seus enunciados e, ainda, melhorar a percepo e o entendimento, da gesto e das boas tcnicas de segurana nos trabalhos em altura, visando garantir a manuteno de ambientes de trabalho seguros e saudveis. Este trabalho fornece orientaes restritas ao texto da Norma, no esgotando a discusso e a ampli-tude interpretativa. Tampouco fornece solues para as diferentes condies de segurana em trabalhos em al-

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    tura, tarefa impossvel mediante a diversidade dos am-bientes e situaes existentes. Finalmente, gostaria de agradecer a todos os que contriburam para a execuo desta publicao, em particular aos representantes do GTT e a todos aqueles que se debruaram sobre o texto normativo e encami-nharam suas dvidas e sugestes, que foram apreciadas, mas que se no contempladas no texto da norma, decer-to muito contriburam para a execuo deste trabalho.

    Luiz Carlos Lumbreras RochaCoordenador do GTT de Trabalho em Altura

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    Comentrios Norma Regulamentadora n. 35

    Trabalho em Altura

    35.1 Objetivo e Campo de Aplicao

    A norma destina-se gesto de Segurana e Sa-de no trabalho em altura, estabelecendo requisitos para a proteo dos trabalhadores aos riscos em trabalhos com diferenas de nveis, nos aspectos da preveno dos ris-cos de queda. Conforme a complexidade e riscos destas tarefas o empregador dever adotar medidas comple-mentares inerentes a essas atividades. A Norma no aplicvel s atividades previstas na Lei 5.889 de 08 de junho de 1973, que estatui Normas Re-guladoras do Trabalho Rural.

    35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mnimos e as medidas de proteo para o trabalho em altura, envol-vendo o planejamento, a organizao e a execuo, de forma a garantir a segurana e a sade dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

    O termo mnimos denota a inteno de regulamentar o menor grau de exigibilidade, passvel de auditoria e punibi-lidade, no universo de medidas de controle e sistemas pre-ventivos possveis de aplicao, e que, conseqentemente, h muito mais a ser estudado, planejado e implantado. A redao estende o conceito de garantia em se-gurana e sade a todos os trabalhadores envolvidos, assegurando-lhes o direito segurana e sade quan-do houver intervenes do trabalhador com interfern-cia direta ou indireta em servios em altura. Entende-se como trabalhadores indiretamente envolvidos aqueles

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    que, no atuando com diferena de nveis, esto no en-torno das atividades, sujeitos aos riscos relativos ao tra-balho em altura.

    35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nvel infe-rior, onde haja risco de queda.

    Adotou-se esta altura como referncia por ser di-ferena de nvel consagrada em vrias normas, inclusive internacionais. Facilita a compreenso e aplicabilidade, eliminando dvidas de interpretao da Norma e as me-didas de proteo que devero ser implantadas. Trabalho em altura , portanto, qualquer traba-lho executado com diferena de nvel superior a 2,00m (dois metros) da superfcie de referncia e que ofere-a risco de queda. As atividades de acesso e a sada do trabalhador deste local tambm devero respeitar e atender esta norma. Todas as atividades com risco para os trabalhadores devem ser precedidas de anlise e o trabalhador deve ser informado sobre estes riscos e sobre as medidas de pro-teo implantadas pela empresa, conforme estabelece a NR 1. O disposto na NR 35 no significa que no devero ser adotadas medidas para eliminar, reduzir ou neutralizar os riscos nos trabalhos realizados em altura igual ou infe-rior a 2,00m.

    35.1.3 Esta norma se complementa com as normas tcnicas oficiais estabelecidas pelos rgos compe-tentes e na ausncia e omisso dessas com as normas internacionais aplicveis.

    A Norma no exclui a aplicabilidade de outras Nor-mas Regulamentadoras e, na ausncia ou inexistncia destas, se complementa com as normas tcnicas nacio-nais ou internacionais sobre o tema. Nas lacunas da NR35 devemos buscar os dispositivos aplicveis ao trabalho em altura nas demais normas regulamentadoras, normas tc-nicas nacionais ou normas internacionais.

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    35.2 Responsabilidades

    35.2.1 Cabe ao empregador:

    a) garantir a implementao das medidas de proteo estabelecidas nesta Norma; b) assegurar a realizao da Anlise de Risco - AR e, quan-do aplicvel, a emisso da Permisso de Trabalho - PT;

    Todo trabalho em altura deve ser precedido de An-lise de Risco, no estabelecendo a modalidade emprega-da (HAZOP, APR, FMEA, ART etc). Com relao Permis-so de Trabalho, esta deve ser elaborada nas situaes previstas no texto normativo, conforme o item 35.4.7. c) desenvolver procedimento operacional para as ativi-dades rotineiras de trabalho em altura; Todas as empresas que executem atividades rotineiras envolvendo trabalho em altura, entendidas como aquelas habituais, independente da frequncia, que fazem parte dos processos de trabalho da empresa, devem desenvolver pro-cedimentos operacionais contemplando estas atividades. O procedimento operacional deve ser documenta-do, divulgado, conhecido, entendido e cumprido por to-dos os trabalhadores e demais pessoas envolvidas e aten-der ao disposto no item 35.4.6.1.

    d) assegurar a realizao de avaliao prvia das condi-es no local do trabalho em altura, pelo estudo, plane-jamento e implementao das aes e medidas comple-mentares de segurana aplicveis; A avaliao prvia dos servios uma prtica para a identificao e antecipao dos eventos indesejveis e aciden-tes no passveis de previso nas anlises de risco realizadas ou no considerados nos procedimentos elaborados em fun-o de situaes especficas daquele local, condio ou servi-o que foge normalidade ou previsibilidade de ocorrncia.

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    A avaliao prvia deve ser realizada no local do servio pelo trabalhador ou equipe de trabalho, conside-rando as boas prticas de segurana e sade no trabalho, possibilitando:

    Equalizaroentendimentodetodos,dirimin-do eventuais dvidas, proporcionando o em-prego de prticas seguras de trabalho;

    Identificarealertaracercadepossveis ris-cos, no previstos na Anlise de Risco e nos procedimentos;

    Discutiradivisode tarefase responsabili-dades;

    Identificaranecessidadederevisodospro-cedimentos.

    Embora no necessariamente na forma escrita, o empregador deve proporcionar mecanismos para asse-gurar a sua realizao.

    e) adotar as providncias necessrias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteo estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;

    f) garantir aos trabalhadores informaes atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;

    Sempre que novos riscos forem identificados ou inovaes implementadas, o trabalhador dever receber informaes e treinamentos para eliminar ou neutralizar estes novos riscos.

    g) garantir que qualquer trabalho em altura s se inicie depois de adotadas as medidas de proteo definidas nesta Norma; h) assegurar a suspenso dos trabalhos em altura quan-do verificar situao ou condio de risco no previs-ta, cuja eliminao ou neutralizao imediata no seja possvel;

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    i) estabelecer uma sistemtica de autorizao dos traba-lhadores para trabalho em altura; A empresa deve estabelecer uma sistemtica que permita a qualquer momento conhecer os trabalhadores autorizados a executar atividades em altura. A partir de 27 de maro de 2013, em doze meses da vigncia da nor-ma, a empresa dever atender aos requisitos estabeleci-dos no item 3.2.

    j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob superviso, cuja forma ser definida pela anlise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade

    k) assegurar a organizao e o arquivamento da docu-mentao prevista nesta Norma.

    Alm dos documentos previstos em outras Normas, a NR35 prev a organizao e o arquivamento de docu-mentos que devero ser arquivados e disponibilizados a qualquer tempo para a Inspeo do Trabalho.

    35.2.2 Cabe aos trabalhadores:

    a) cumprir as disposies legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedi-dos pelo empregador;

    b) colaborar com o empregador na implementao das disposies contidas nesta Norma;

    c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidncias de riscos graves e iminentes para sua segurana e sade ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierrquico, que diligenciar as medidas cabveis.

    Direito de Recusa: previsto no art. 13 da Conveno 155 da OIT, promulgada pelo Decreto 1.254 de 29 de se-

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    tembro de 1995, que assegura ao trabalhador a interrup-o de uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco, conforme conceito esta-belecido na NR-3, para sua segurana e sade ou de ou-tras pessoas.

    d) zelar pela sua segurana e sade e a de outras pesso-as que possam ser afetadas por suas aes ou omisses no trabalho.

    35.3 Capacitao e Treinamento

    Alm dos treinamentos especficos para as ativida-des que o trabalhador ir desenvolver, a capacitao pre-vista neste item compreende os treinamentos para traba-lho em altura.

    35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitao dos trabalhadores realizao de traba-lho em altura.

    O programa de capacitao em altura deve ser es-truturado com treinamentos inicial, peridico e eventual. O treinamento inicial deve ser realizado antes dos traba-lhadores iniciarem suas atividades em altura; o peridico deve ser realizado a cada dois anos e o eventual nos ca-sos previstos no item 3.3 alneas a, b, c e d.

    35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para tra-balho em altura aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, terico e prtico, com carga horria mnima de oito horas, cujo contedo programtico deve no mnimo incluir:

    Todo o trabalhador, antes de iniciar as suas funes com atividades em altura deve ser capacitado de acor-do com a carga horria, contedo programtico e apro-vao previstos neste item. A empresa, ao admitir um trabalhador, poder avaliar os treinamentos realizados anteriormente e, em funo das caractersticas das ativi-

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    dades desenvolvidas pelo trabalhador na empresa ante-rior, convalid-los ou complement-los, atendendo sua realidade, desde que realizados h menos de dois anos. O aproveitamento de treinamentos anteriores, total ou parcialmente, no exclui a responsabilidade da empresa emitir a certificao da capacitao do empregado, con-forme item 3.7.

    a) Normas e regulamentos aplicveis ao trabalho em altura; O treinamento deve incluir, alm dos dispositivos aplicveis desta Norma, os demais aplicveis de outras Normas Regulamentadoras ou normas tcnicas que pos-sam ter interferncia com o trabalho em altura. Devem tambm ser considerados os procedimentos internos da empresa para trabalho em altura.

    b) Anlise de Risco e condies impeditivas;

    O trabalhador deve ser treinado a conhecer e in-terpretar as anlises de risco, podendo contribuir para o aprimoramento das mesmas, assim como identificar as possveis condies impeditivas realizao dos servios durante a execuo do trabalho em altura. So consideradas condies impeditivas as situa-es que impeam a realizao ou continuidade do servi-o que possam colocar em risco a sade ou a integridade fsica do trabalhador.

    c) Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de preveno e controle;

    d) Sistemas, equipamentos e procedimentos de prote-o coletiva;

    O treinamento deve compreender o conhecimento te-rico e prtico da utilizao dos equipamentos de proteo coletiva aplicveis s atividades em altura que o trabalhador ir desenvolver e suas limitaes de uso.

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    e) Equipamentos de proteo individual para trabalho em altura: seleo, inspeo, conservao e limitao de uso;

    O treinamento deve compreender o conhecimento terico e prtico da utilizao dos equipamentos de pro-teo individual aplicveis s atividades em altura que o trabalhador ir desenvolver e suas limitaes de uso

    f) Acidentes tpicos em trabalho em altura;

    So os acidentes mais comuns e os acidentes espe-cficos relacionados ao ramo de atividade da empresa e ao tipo de atividade que o trabalhador exerce. g) Condutas em situaes de emergncia, incluindo no-es de tcnicas de resgate e de primeiros socorros. Este tpico do treinamento destina-se a instruir sobre condutas pessoais em situaes de emergncia e noes de tcnicas de resgate e de primeiros socor-ros especficas aos tipos de trabalho em altura envol-vido, conforme o plano de atuao em emergncias da empresa. Ressalte-se que somente esse treinamento no pretende capacitar o trabalhador a compor a equipe de emergncia e salvamento, o que ser tratado no item 35.6.

    35.3.3 O empregador deve realizar treinamento peri-dico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das se-guintes situaes:

    Este item prev o treinamento peridico e eventual. O peridico deve ser realizado a cada dois anos e o even-tual em funo das situaes relacionadas nas alneas a, b, c e d. Para o treinamento eventual no so es-tabelecidos carga horria e contedo programtico, que estaro atrelados situao que o motivou.

    a) mudana nos procedimentos, condies ou operaes de trabalho;

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    A mudana nos procedimentos, condies ou ope-raes de trabalho como situaes para a realizao de um novo treinamento deve ser averiguada pela empresa, desde que implique na mudana dos riscos a que est submetido o trabalhador.

    b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;

    A ocorrncia de acidentes ou incidentes recorrentes na empresa ou em outras empresas numa atividade simi-lar pode ser entendida como um dos eventos que indica a necessidade de novo treinamento. c) quando do retorno de afastamento ao trabalho por perodo superior a noventa dias;

    d) mudana de empresa. Esta modalidade de treinamento destina-se ao tra-balhador que ao executar sua atividade em outra empre-sa encontrar um ambiente de trabalho diverso daquele que normalmente est em contato; por exemplo, o traba-lhador de empresa contratada que realizar suas ativida-des num estabelecimento de uma empresa contratante. Para este trabalhador, deve-se verificar os treinamentos realizados e adaptar o contedo realidade do novo am-biente de trabalho. O treinamento para as situaes em que o trabalhador contratado por uma empresa termina o seu contrato de trabalho e admitido em outra o trei-namento inicial, previsto no item 3.2.

    35.3.3.1 O treinamento peridico bienal deve ter carga ho-rria mnima de oito horas, conforme contedo progra-mtico definido pelo empregador.

    35.3.3.2 Nos casos previstos nas alneas a, b, c e d a carga horria e o contedo programtico devem aten-der a situao que o motivou.

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    35.3.4 Os treinamentos inicial, peridico e eventual para trabalho em altura podero ser ministrados em conjunto com outros treinamentos da empresa.

    Os treinamentos para trabalho em altura fazem parte do perfil de capacitao do trabalhador, poden-do estar inseridos em contedos de outros treinamen-tos, devendo neste caso ser observados a carga hor-ria, o contedo, a aprovao e a validade previstos nos treinamentos.

    35.3.5 A capacitao deve ser realizada preferencial-mente durante o horrio normal de trabalho.

    35.3.5.1 Ser computado como de trabalho efetivo o tempo despendido na capacitao.

    35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instru-tores com comprovada proficincia no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segu-rana no trabalho.

    A comprovada proficincia no assunto no significa formao em curso especfico, mas habilidades, experin-cia e conhecimentos capazes de ministrar os ensinamen-tos referentes aos tpicos abordados nos treinamentos, porm o treinamento deve estar sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurana no trabalho.

    35.3.7 Ao trmino do treinamento deve ser emitido certificado contendo, o nome do trabalhador, conte-do programtico, carga horria, data, local de realiza-o do treinamento, nome e qualificao dos instruto-res e assinatura do responsvel.

    35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cpia arquivada na empresa.

    A cpia do certificado arquivado na empresa pode-r ser em arquivo eletrnico ou digital.

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    35.3.8 A capacitao ser consignada no registro do empregado.

    Os empregados que realizam trabalhos em altura de-vem ter um registro no seu pronturio individual que mos-tre o treinamento recebido.

    35.4. Planejamento, Organizao e Execuo

    35.4.1 Todo trabalho em altura ser planejado, organi-zado e executado por trabalhador capacitado e auto-rizado.

    35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para tra-balho em altura aquele capacitado, cujo estado de sade foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuncia formal da empresa.

    A autorizao um processo administrativo atravs do qual a empresa declara formalmente sua anuncia, au-torizando a pessoa a trabalhar em altura. Para a autoriza-o devem ser atendidos dois requisitos: a capacitao e a aptido do trabalhador.

    35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de sa-de dos trabalhadores que exercem atividades em altu-ra, garantindo que:

    a) os exames e a sistemtica de avaliao sejam partes integrantes do Programa de Controle Mdico da Sade Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;

    Entende-se o termo exames em sentido amplo, compreendendo a anamnese, o exame fsico e, se indi-cados, os exames complementares a que submetido o trabalhador, devendo todos os exames e a sistemtica im-plementados estar consignados no PCMSO da empresa, considerando os trabalhos em altura que o trabalhador ir executar.

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    b) a avaliao seja efetuada periodicamente, conside-rando os riscos envolvidos em cada situao; A norma no estabelece uma periodicidade para avaliao dos trabalhadores que executam trabalhos em altura, cabendo ao mdico coordenador, quando houver, ou ao mdico examinador estabelecer a perio-dicidade da avaliao, observando a estabelecida na NR7, a atividade que o trabalhador ir executar e o seu histrico clnico. A avaliao mdica dever compreender, alm dos principais fatores que possam causar quedas de planos elevados, os demais associados tarefa, tais como: exigncia de esforo fsico, acuidade visual, res-trio de movimentos etc. Vale ressaltar que se trata de uma relao exemplificativa; outros fatores pode-ro ser considerados.

    c) seja realizado exame mdico voltado s patologias que podero originar mal sbito e queda de altura, con-siderando tambm os fatores psicossociais.

    O mdico examinador deve focar seu exame sobre patologias que possam originar mal sbito, tais como epi-lepsia e patologias crnicas descompensadas, como dia-betes e hipertenso descompensadas, etc. Fica reiterado que a indicao da necessidade de exames complemen-tares de responsabilidade do mdico coordenador do PCMSO e/ou mdico examinador. Os fatores psicossociais relacionados ao trabalho podem ser definidos como aquelas caractersticas do tra-balho que funcionam como estressores, ou seja, impli-cam em grandes exigncias no trabalho, combinadas com recursos insuficientes para o enfrentamento das mesmas. A partir desta perspectiva uma avaliao psicolgica pode ser recomendvel, apesar de no obrigatria.

    35.4.1.2.1 A aptido para trabalho em altura dever ser consignada no atestado de sade ocupacional do tra-balhador.

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    35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangncia da autorizao de cada trabalhador para trabalho em altura.

    Este cadastro poder ser em forma de documento impresso, crach, cartaz, ou registro eletrnico etc, que evi-dencie o limite da sua autorizao para trabalho em altura.

    35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adota-das as medidas, de acordo com a seguinte hierarquia:

    As medidas devem ser consideradas inclusive na etapa de concepo das instalaes e equipamentos. O projeto deve ser concebido no sentido de evitar a exposio do trabalhador ou eliminar o risco de queda.

    a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execuo;

    Adotar um meio alternativo de execuo sem expor o trabalhador ao risco de queda a melhor alternativa. Existem medidas alternativas consagradas para se evitar o trabalho em altura em algumas tarefas. Podemos citar a demolio de edifcios pelo mto-do da imploso, que evita o acesso de trabalhadores com ferramentas e equipamentos s estruturas por perodos prolongados. Outro exemplo a utilizao de postes de ilumina-o onde a luminria desce, atravs de dispositivos me-cnicos, at a base do poste, possibilitando a troca de lmpadas ao nvel do solo. A anlise de risco da tarefa deve considerar esta op-o que ser priorizada, quando possvel.

    b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalha-dores, na impossibilidade de execuo do trabalho de outra forma;

    Medidas de proteo coletiva devem, obrigato-riamente, se antecipar a todas as demais medidas de

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    proteo possveis de adoo na situao considera-da. A instalao de sistema de guarda corpo e corri-mos so exemplos de medidas de proteo coletiva utilizadas na impossibilidade de realizao do trabalho de outra forma.

    c) medidas que minimizem as consequncias da queda, quando o risco de queda no puder ser eliminado.

    A utilizao de redes de proteo ou de cintos de segurana so exemplos de medidas de proteo coletiva e individual para minimizar as consequncias da queda.

    35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob superviso, cuja forma ser definida pela anlise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade.

    35.4.4 A execuo do servio deve considerar as in-fluncias externas que possam alterar as condies do local de trabalho j previstas na anlise de risco.

    Como exemplo de influncias externas que podem alterar as condies do local pode-se citar as condies climticas adversas, como ventos, chuvas, insolao, descargas atmosfricas ou trnsito de veculos e pesso-as, dentre outras. importante ressaltar que so as in-fluncias que interfiram ou impeam a continuidade das atividades.

    35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Anlise de Risco.

    Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar leses ou danos sade e segurana das pes-soas.

    A adoo de medidas de controle deve ser prece-dida da aplicao de tcnicas de anlise de risco. Anlise de risco um mtodo sistemtico de exame e avaliao de todas as etapas e elementos de um determinado tra-

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    balho para desenvolver e racionalizar toda a seqncia de operaes que o trabalhador executar; identificar os riscos potenciais de acidentes fsicos e materiais; identi-ficar e corrigir problemas operacionais e implementar a maneira correta para execuo de cada etapa do traba-lho com segurana. , portanto, uma ferramenta de exame crtico da ati-vidade ou situao, com grande utilidade para a identifi-cao e antecipao dos eventos indesejveis e acidentes possveis de ocorrncia, possibilitando a adoo de medi-das preventivas de segurana e de sade do trabalhador, do usurio e de terceiros, do meio ambiente e at mesmo evitar danos aos equipamentos e interrupo dos proces-sos produtivos. A NR 35 no estabelece uma metodologia espec-fica a ser empregada, mas no h que se olvidar que a anlise de risco deve ser documentada e fundamen-tada em metodologia de avaliao e procedimentos conhecidos, divulgados e praticados na organizao e, principalmente, aceitos pelo poder pblico, rgos e entidades tcnicas. So exemplos de metodologias usualmente utiliza-das a Anlise Preliminar de Risco (APR) e a Anlise de Risco da Tarefa (ART). Outras metodologias tambm podero ser emprega-das, tais como a anlise de modos de falha e efeitos FMEA (AMFE); Hazard and Operability Studies HAZOP; Anlise Preliminar de Perigo APP dentre outras.

    35.4.5.1 A anlise de Risco deve, alm dos riscos ine-rentes ao trabalho em altura, considerar:

    a) o local em que os servios sero executados e seu entorno;

    Deve ser avaliado no somente o local onde os servios sero executados, mas tambm o seu entorno, como a presena de redes energizadas nas proximidades, trnsito de pedestres, presena de inflamveis ou servi-os paralelos sendo executados.

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    Se, por exemplo, para realizar uma tarefa se plane-jou utilizar um andaime mvel necessrio verificar se o terreno resistente, plano e nivelado. Caso contrrio, outra soluo dever ser utilizada.

    b) o isolamento e a sinalizao no entorno da rea de trabalho;

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    c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancora-gem;

    Entende-se por sistemas de ancoragem os com-ponentes definitivos ou temporrios, dimensionados para suportar impactos de queda, aos quais o trabalha-dor possa conectar seu Equipamento de Proteo Indi-vidual, diretamente ou atravs de outro dispositivo, de modo a que permanea conectado em caso de perda de equilbrio, desfalecimento ou queda. Alm de resistir a uma provvel queda do trabalha-dor, a ancoragem pode ser para restrio de movimento. O sistema de restrio de movimentao impede o usu-rio de atingir locais onde uma queda possa vir a ocorrer. Sempre que possvel este sistema que previne a queda prefervel sobre sistemas que buscam minimizar os efeitos de uma queda.

    d) as condies meteorolgicas adversas;

    Como condies climticas adversas entende-se ventos fortes, chuva, descargas atmosfricas, etc, desde que possam comprometer a segurana e sade dos tra-balhadores.

    importante ressaltar que algumas outras condi-es meteorolgicas devem ser consideradas. A baixa umidade atmosfrica, por exemplo, desde que compro-meta a segurana e sade dos trabalhadores, pode ser considerada na anlise de risco e no estabelecimento de medidas de controle.

    e) a seleo, inspeo, forma de utilizao e limitao de uso dos sistemas de proteo coletiva e individual, atendendo s normas tcnicas vigentes, s orientaes dos fabricantes e aos princpios da reduo do impacto e dos fatores de queda;

    importante considerar na seleo, inspeo e forma de utilizao dos sistemas de proteo coletiva e

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    individual que estes possuem limitaes de uso, o que pode ser obtido por meio de consulta s normas tcnicas vigentes e s orientaes do fabricante. Para considera-es a respeito dos fatores de queda consulte os comen-trios ao item 35.5.3.4.

    f) o risco de queda de materiais e ferramentas;

    A queda de materiais e ferramentas dever ser im-pedida com a utilizao de procedimentos e tcnicas, tais como o emprego de sistemas de guarda corpo e rodap, utilizao de telas ou lonas de vedao, amarrao das fer-ramentas e materiais, utilizao de porta ferramentas, utili-zao de redes de proteo, ou quaisquer outros que evi-tem este risco.

    g) os trabalhos simultneos que apresentem riscos es-pecficos;

    Alm dos riscos inerentes ao trabalho em altura devem ser considerados os trabalhos simultneos que porventura estejam sendo executados que coloquem em risco a segurana e a sade do trabalhador. Por exemplo, o trabalho de soldagem executado nas proximidades de atividades de pintura vai necessariamente requerer medi-das adicionais que devem ser consideradas na anlise de risco.

    h) o atendimento a requisitos de segurana e sade con-tidos nas demais normas regulamentadoras;

    A NR35 no exclui a aplicabilidade de outras normas regulamentadoras. Os requisitos normativos devem ser compreendidos de forma sistemtica, quando houver ou-tros riscos como, por exemplo, o risco de contato eltrico, reas classificadas e espaos confinados. As Normas Re-gulamentadoras n 10, 20 e 33, respectivamente, devero ser cumpridas respectivamente.

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    i) os riscos adicionais;

    Alm dos riscos de queda em altura, intrnsecos aos servios objeto da Norma, podem existir outros riscos, es-pecficos de cada ambiente ou processo de trabalho que, direta ou indiretamente, podem expor a integridade fsica e a sade dos trabalhadores no desenvolvimento de ativi-dades em altura. Desta forma, necessria a adoo de medidas preventivas de controle para tais riscos adicio-nais, com especial ateno aos gerados pelo trabalho em campos eltricos e magnticos, confinamento, explosivi-dade, umidade, poeiras, fauna e flora, rudo e outros agra-vantes existentes nos processos ou ambientes onde so desenvolvidos os servios em altura, tornando obrigat-ria a implantao de medidas complementares dirigidas aos riscos adicionais verificados.

    Dentre os riscos adicionais podemos elencar:

    Riscos Mecnicos: so os perigos inerentes s condies estruturais do local: falta de espao, iluminao deficiente, presena de equipamentos que podem produzir leso e dano.Eltricos: so todos os perigos relacionados com as instalaes energizadas existentes no local ou com a introduo de mquinas e equipamentos eltricos, que podem causar choque eltrico.Corte e solda: os trabalhos a quente, solda e/ou corte acrescentam os perigos prprios desta ati-vidade como radiaes, emisso de partculas in-candescentes, etc.Lquidos, gases, vapores, fumos metlicos e fu-maa: a presena destes agentes qumicos conta-minantes gera condies inseguras e facilitadoras para ocorrncias de acidentes e doenas ocupa-cionais.Soterramento: quando o trabalho ocorre em dife-rena de nvel maior que 2 metros com o nvel do solo ou em terrenos instveis, existe a possibilida-de de soterramento por presso externa (ex. cons-

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    truo de poos, fosso de mquinas, fundao, re-servatrios, poro de mquinas, etc).Temperaturas extremas: trabalho sobre fornos e estufas pode apresentar temperaturas extremas que podero que podero comprometer a segu-rana e sade dos trabalhadores;

    Outros Riscos : Pessoalnoautorizadoprximoaolocalde

    trabalho; Quedademateriais; Energiaarmazenada.

    j) as condies impeditivas;

    So situaes que impedem a realizao ou conti-nuidade do servio que possam colocar em risco a sade ou a integridade fsica do trabalhador. Essas condies no se restringem s do ambiente de trabalho. A percepo do trabalhador em relao ao seu estado de sade no momento da realizao da tarefa ou atividade, assim como a do seu supervisor, tambm podem ser consideradas condies impeditivas.

    k) as situaes de emergncia e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da sus-penso inerte do trabalhador;

    Na anlise de riscos devem ser previstos os possveis cenrios de si-tuaes de emergncia e respectivos procedimentos e recursos necessrios para as respostas de resgate e primei-ros socorros. A queda no o nico perigo no trabalho em altura. Ficar pendurado pelo cinto de segurana pode ser perigoso devido prolongada suspenso inerte. Suspenso inerte a situao em que um trabalhador permanece

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    suspenso pelo sistema de segurana, at o momento do socorro. A necessidade de reduo do tempo de suspen-so do trabalhador se faz necessria devido ao risco de compresso dos vasos sanguneos ao nvel da coxa com possibilidade de causar trombose venosa profunda e suas possveis consequncias. Para reduzir os riscos relacionados suspenso inerte, provocada por cintos de segurana, o emprega-dor deve implantar planos de emergncia para impedir a suspenso prolongada e realizar o resgate e tratamento o mais rpido possvel. Quanto mais tempo a vtima ficar suspensa maiores sero os riscos para sua sade.

    l) a necessidade de sistema de comunicao;

    Esse item diz respeito necessidade da existncia de sistema de comunicao em sentido amplo, no s entre os trabalhadores que esto executando as tarefas em altura, como entre eles e os demais envolvidos direta ou indiretamente na execuo dos servios, inclusive em situaes de emergncias.

    m) a forma de superviso.

    De acordo com o item 35.2.1 alnea j responsa-bilidade do empregador assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob superviso, cuja forma definida pela anlise de risco. A superviso poder ser presencial ou no, a forma ser aquela que atenda aos princpios de segurana de acordo com as peculiaridades da atividade e as situaes de emergncia.

    35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura, a anlise de risco poder estar contemplada no respectivo procedimento operacional.

    As Atividades rotineiras so aquelas habituais, indepen-dente da freqncia, que fazem parte do processo de traba-

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    lho da empresa. A anlise de risco poder estar contemplada nos procedimentos operacionais dessas atividades. Muitas atividades so executadas rotineiramente nas empresas. O disposto neste item diz respeito a excluir a obrigatoriedade de realizao de uma anlise de risco documentada ante-riormente a cada momento de execuo destas atividades, desde que os requisitos tcnicos da anlise de risco estejam contidos nos respectivos procedimentos operacionais.

    35.4.6.1 Os procedimentos operacionais para as ati-vidades rotineiras de trabalho em altura devem con-ter, no mnimo, as diretrizes e requisitos da tarefa, as orientaes administrativas, o detalhamento da tare-fa, as medidas de controle dos riscos caractersticos rotina, as condies impeditivas, os sistemas de pro-teo coletiva e individual necessrios e as competn-cias e responsabilidades.

    35.4.7 As atividades de trabalho em altura no roti-neiras devem ser previamente autorizadas mediante Permisso de Trabalho.

    Como so atividades no habituais, no h exign-cia de procedimento operacional. Desta forma, necess-ria a autorizao da sua execuo por meio de Permisso de Trabalho.

    35.4.7.1 Para as atividades no rotineiras, as medidas de controle devem ser evidenciadas na Anlise de Risco e na Permisso de Trabalho.

    A utilizao da Permisso de Trabalho no exclui a necessidade da realizao da anlise de risco. A anlise de risco poder ser realizada em separado ou inserida dentro da Permisso de Trabalho, desde que atendidos os requisitos do item 35.4.5.1 e as medidas de controle evidenciadas na PT.

    35.4.8 A Permisso de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsvel pela autorizao da per-

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    misso, disponibilizada no local de execuo da ati-vidade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade.

    A permisso de trabalho objetiva autorizar determi-nada atividade que dever estar corretamente descrita e delimitada na permisso.

    35.4.8.1 A Permisso de Trabalho deve conter:

    a) os requisitos mnimos a serem atendidos para a exe-cuo dos trabalhos;

    b) as disposies e medidas estabelecidas na Anlise de Risco;

    c) a relao de todos os envolvidos e suas autorizaes.

    35.4.8.2 A Permisso de Trabalho deve ter validade limi-tada durao da atividade, restrita ao turno de traba-lho, podendo ser revalidada pelo responsvel pela apro-vao nas situaes em que no ocorram mudanas nas condies estabelecidas ou na equipe de trabalho.

    35.5 Equipamentos de Proteo Individual, Acessrios e Sistemas de Ancoragem

    35.5.1 Os Equipamentos de Proteo Individual - EPI, acessrios e sistemas de ancoragem devem ser espe-cificados e selecionados considerando-se a sua efici-ncia, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurana, em caso de eventual queda.

    A seleo do sistema de proteo individual deve considerar as cargas aplicadas aos elementos do mesmo em caso de eventual queda e os valores obtidos multi-plicados por fatores, denominados fatores de seguran-a, que so definidos em normas tcnicas especficas. Os resultados obtidos devero ser comparados com as

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    especificaes dos equipamentos selecionados para ve-rificar a sua adequao. Ressalte-se que dever ser observado, alm da car-ga aplicada nos sistemas de proteo individual, o impac-to sofrido pelo trabalhador, objetivando minimizar poss-veis leses quando da queda.

    35.5.1.1 Na seleo dos EPI devem ser considerados, alm dos riscos a que o trabalhador est exposto, os riscos adicionais.

    Em algumas circunstncias, os EPI devem, alm de garantir a eficcia na reteno da queda do trabalhador, garantir que estes sejam adequados aos riscos adicionais que possam existir no local de trabalho, tais como produ-tos qumicos, respingos de solda, abraso etc.

    35.5.2 Na aquisio e periodicamente devem ser efe-tuadas inspees dos EPI, acessrios e sistemas de ancoragem, destinados proteo de queda de altu-ra, recusando-se os que apresentem defeitos ou de-formaes.

    A empresa deve estabelecer uma sistemtica de inspeo na aquisio ou recepo dos equipamentos e periodicamente.

    35.5.2.1 Antes do incio dos trabalhos deve ser efetu-ada inspeo rotineira de todos os EPI, acessrios e sistemas de ancoragem.

    Estas inspees devem fazer parte da rotina de toda a atividade realizada em altura. Minuciosa verificao das condies de segurana e integridade de todos os dispo-sitivos de segurana para o trabalho em altura dever ser realizada.

    35.5.2.2 Registrar o resultado das inspees:

    a) na aquisio;

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    b) peridicas e rotineiras quando os EPI, acessrios e sis-temas de ancoragem forem recusados. Todas as inspees realizadas na aquisio devero ser registradas; quanto s inspees peridicas, estas po-dero ser registradas, mas obrigatoriamente devero ser quando os equipamentos forem recusados, justificando a sua retirada de uso.

    35.5.2.3 Os EPI, acessrios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos, degradao, deformaes ou sofrerem impactos de queda devem ser inutiliza-dos e descartados, exceto quando sua restaurao for prevista em normas tcnicas nacionais ou, na sua au-sncia, normas internacionais.

    Quando apresentarem defeitos, degradao, defor-maes ou sofrerem impactos de queda, pontos de anco-ragem, cintures de segurana, talabartes, absorvedores de energia, cabos, conectores e trava quedas devem ser descartados e inutilizados para evitar reuso. Alguns tipos de trava quedas retrteis, quando so-frerem impacto de queda, podem ser revisados conforme estabelece a norma ABNT e de acordo com as especifica-es do fabricante. Alguns EPI, cabos de fibra sinttica e materiais txteis de diferente natureza podem sofrer degradao por foto decomposio (exposio radiao solar) ou por produtos qumicos (cidos, produtos alcalinos, hi-drocarbonetos, amnia, cimento etc), quando presen-tes esses agentes no ambiente, mesmo que em peque-nas concentraes ou intensidades. Em ambientes com estes agentes fundamental que ocorra inspeo nas fibras txteis dos equipamentos. Cabe ressaltar que al-guns tipos de degradao so imperceptveis a olho nu dificultando a inspeo. Se for reconhecida a presena destes agentes agressivos no ambiente de trabalho, os EPI e sistemas de ancoragem devero ser substitudos a intervalos menores do que estabelece o prazo de va-lidade especificado.

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    35.5.3 O cinto de segurana deve ser do tipo paraque-dista e dotado de dispositivo para conexo em siste-ma de ancoragem.

    35.5.3.1 O sistema de ancoragem deve ser estabeleci-do pela anlise de risco.

    O sistema de ancoragem integrado por componen-tes definitivos ou temporrios, dimensionados para suportar impactos de queda, aos quais o trabalhador possa conectar seu Equipamento de Proteo Individual, diretamente ou atravs de outro dispositivo, de modo a que permanea co-nectado em caso de perda de equilbrio, desfalecimento ou queda. O ponto de ancoragem um local para fixao de um dispositivo contra queda. Pode ser um simples olhal de rosca, gancho de metal, talha de viga, ou outro ele-mento estrutural com capacidade nominal adequada.

    35.5.3.2 O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o perodo de ex-posio ao risco de queda.

    O sistema de proteo contra quedas deve permi-tir que o trabalhador se conecte antes de ingressar na

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    pontos de conexo,

    conforme ABNT.

    Pontos de

    conexo, conforme

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    zona de risco de queda e se desconecte somente aps sair da mesma, permanecendo conectado durante toda sua movimentao na zona de risco de queda e em todos os pontos em que a tarefa demandar. No caso do uso do cinto de segurana com duplo talabarte ou talabarte em Y, pelo menos um dos gan-chos dever estar sempre conectado ao sistema de an-coragem.

    35.5.3.3 O talabarte e o dispositivo trava quedas devem estar fixados acima do nvel da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de ocorrncia, minimize as chances do trabalhador colidir com es-trutura inferior.

    O talabarte aqui referido no o de posicionamen-to, mas o utilizado para restrio da queda. Sempre que possvel os pontos de ancoragem devem estar acima do usurio de forma a minimizar o comprimento e o impacto de qualquer queda.

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    35.5.3.4 obrigatrio o uso de absorvedor de energia nas seguintes situaes:

    a) quando o fator de queda for maior que 1;

    b) quando o comprimento do talabarte for maior que 0,9m.

    O absorvedor de energia o componente ou elemento de um sistema antiqueda desenhado para dissipar a energia cintica desenvolvida durante uma queda de uma deter-minada altura (fora de pico).

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    35.5.4 Quanto aos pontos de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providncias:

    a) ser selecionados por profissional legalmente habilitado;

    b) ter resistncia para suportar a carga mxima aplicvel;

    c) ser inspecionados quanto integridade antes da sua utilizao.

    A seleo dos pontos de ancoragem deve ser re-alizada por profissional legalmente habilitado, que deve considerar a resistncia do mesmo em relao carga mxima aplicvel. Quanto inspeo dos pontos antes de sua utilizao, esta pode ser feita por inspeo visual ou ensaios no destrutivos para comprovar a integridade do mesmo.

    35.6 Emergncia e Salvamento

    35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergncias para trabalho em altura.

    O empregador deve disponibilizar equipe apta para atuar em caso de emergncias para trabalho em altura, que responda de acordo com o determinado no plano de emergncias, no significando que a equipe dedicada a esta atividade.

    35.6.1.1 A equipe pode ser prpria, externa ou com-posta pelos prprios trabalhadores que executam o trabalho em altura, em funo das caractersticas das atividades.

    Entende-se por equipe prpria aquela composta por trabalhadores da empresa. A equipe externa pode ser pblica ou privada. A p-blica pode ser formada pelo corpo de bombeiros, defe-

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    sa civil, SAMU ou correlatos. A equipe privada pode ser formada por profissionais capacitados em emergncia e salvamento. Em algumas situaes a equipe poder ser formada pelos prprios trabalhadores que exercem trabalhos em altura, conforme definido no plano de emergncias e em funo das circunstncias que envolvem as atividades. Os trabalhadores devero estar capacitados a realizar salva-mentos de emergncia, resgate e inclusive o auto resgate, quando possvel ou vivel.

    35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessrios para as respostas a emergncias.

    Os possveis cenrios de situaes de emergncia devem ser objeto da anlise de risco que repercutir no plano de emergncias, onde sero definidos os recursos necessrios para as respostas a emergncias. A utilizao de equipes prprias, externas, pblicas ou mesmo com os prprios trabalhadores deve considerar a suficincia desses recursos.

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    35.6.3 As aes de respostas s emergncias que en-volvam o trabalho em altura devem constar do plano de emergncia da empresa.

    O plano de emergncias um conjunto de aes, consignados num documento, contendo os procedimen-tos para contingncias de ordem geral, que os trabalha-dores autorizados devero conhecer e estar aptos a ado-tar nas circunstncias em que se fizerem necessrias. Este plano deve estar articulado com as medidas estabeleci-das na anlise de risco.

    35.6.4 As pessoas responsveis pela execuo das medidas de salvamento devem estar capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e pos-suir aptido fsica e mental compatvel com a ativida-de a desempenhar.

    O empregador deve assegurar que os integrantes da equipe de resgate estejam preparados e aptos a realizar as condutas mais adequadas para os possveis cenrios de situaes de emergncia em suas atividades. A capacitao prevista neste item no compreende a referida no item 35.3.2, que estabelece o contedo e a carga horria para trabalhadores que executam ativida-des em altura. Se a empresa, de acordo com o seu plano de emer-gncia, tiver ou necessitar de equipe prpria ou forma-da pelos prprios trabalhadores para executar o resgate e prestar primeiros socorros, os membros desta equipe devem possuir treinamento adequado atravs de simula-es peridicas, como se fossem um caso real, para estar preparados a dar uma pronta e adequada resposta.

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    Absorvedor de energia - dispositivo destinado a reduzir o impacto transmitido ao corpo do trabalhador e sistema de segurana durante a conteno da queda.

    Anlise de Risco - AR: avaliao dos riscos potenciais, suas causas, consequncias e medidas de controle.

    Atividades rotineiras: Atividades habituais, independen-te da freqncia, que fazem parte do processo de traba-lho da empresa.

    Cinto de segurana tipo paraquedista - Equipamento de Proteo Individual utilizado para trabalhos em altura onde haja risco de queda, constitudo de sustentao na parte inferior do peitoral, acima dos ombros e envolto nas coxas.

    Condies impeditivas - situaes que impedem a rea-lizao ou continuidade do servio que possam colocar em risco a sade ou a integridade fsica do trabalhador.

    Fator de queda - razo entre a distncia que o trabalha-dor percorreria na queda e o comprimento do equipa-mento que ir det-lo.

    Influncias Externas: variveis que devem ser considera-das na definio e seleo das medidas de proteo, para segurana das pessoas, cujo controle no possvel im-plementar de forma antecipada.

    Permisso de Trabalho - PT - documento escrito conten-do conjunto de medidas de controle visando o desenvol-vimento de trabalho seguro, alm de medidas de emer-gncia e resgate.

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    Ponto de ancoragem - ponto destinado a suportar carga de pessoas para a conexo de dispositivos de segurana, tais como cordas, cabos de ao, trava-queda e talabartes.

    Profissional legalmente habilitado - trabalhador previa-mente qualificado e com registro no competente conse-lho de classe.

    Riscos adicionais - todos os demais grupos ou fatores de risco, alm dos existentes no trabalho em altura, es-pecficos de cada ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurana e a sade no trabalho.

    Sistemas de ancoragem: componentes definitivos ou temporrios, dimensionados para suportar impactos de queda, aos quais o trabalhador possa conectar seu Equi-pamento de Proteo Individual, diretamente ou atravs de outro dispositivo, de modo a que permanea conec-tado em caso de perda de equilbrio, desfalecimento ou queda.

    Suspenso inerte - situao em que um trabalhador per-manece suspenso pelo sistema de segurana, at o mo-mento do socorro.

    Talabarte - dispositivo de conexo de um sistema de se-gurana, regulvel ou no, para sustentar, posicionar e/ou limitar a movimentao do trabalhador.

    Trabalhador qualificado - trabalhador que comprove concluso de curso especfico para sua atividade em ins-tituio reconhecida pelo sistema oficial de ensino.

    Trava-queda - dispositivo de segurana para proteo do usurio contra quedas em operaes com movimentao vertical ou horizontal, quando conectado com cinturo de segurana para proteo contra quedas.

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  • NR-35TRABALHO EM ALTURA

    COMENTADA

    Ministrio doTrabalho e Emprego

    Secretaria deInspeo do Trabalho

    MiNisTRiO DO TRABALHO E EMpREgOsECRETARiA DE iNspEO DO TRABALHO

    DEpARTAMENTO DE sEgURANA E sADE NO TRABALHO

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