cartilha na ginga do boi

5/13/2018 Cartilha Na Ginga Do Boi - slidepdf.com

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Na ginga do boi; cultura x educação x arte no Brasil

Elaboração:

Centro de Estudos da Cultura Ancestral Brasileira e Associação de Capoeira Lenço de Seda

R. Seis de Janeiro, 127, Centro-Norte, Timóteo, Minas Gerais.

Tel.: (31) 3849-1039 - www.capoeiralencodeseda.org.br

Reprodução:

Este documento é parte integrante do DVD Na ginga do boi; cultura x educação x arte. Você poderá distribuí-lo

em meio impresso ou eletrônico (emails, websites, blogs,etc.) Este documento não poderá ser alterado e nem

comercializado.

Apoio:

capoeiralencodeseda.org.br || CECAB



Sumário

1. Roteiro Narrativo do Documentário 7

2. Projetos Desenvolvidos 37

2.1. Projetos idealizados e implementados pelo CECAB 38

2.2. Projetos realizados em parcerias institucionais 40

2.3. Projetos Destacados no Documentário 41

2.3.1. Projeto Arte Sempre 41

2.3.1.1. Janelas Conceituais 45

2.3.2. Projeto Sim às diferenças 74

2.3.2.1.Apresentação 74



2.3.2.2.Objetivos 75

2.3.2.3.Atividades do projeto 77

2.3.2.4.Músicas cantadas no projeto 83

2.3.2.5.Cantigas de roda cantadas no projeto 94

2.3.2.6.Atividades pedagógicas desenvolvidas no projeto 106

2.3.2.7.Equipe da Escola Estadual Capitão Egídio Lima 140

3. Instituições Parceiras 144

4. Indicações de Referências 161

4.1. Indicações bibliográficas 162

4.1.1. Indicações para o professor 162



4.1.2. Indicações Infantojuvenis 164

4.1.3. Indicações sobre Capoeira Angola 166

4.2. Indicações de sites e blogs 168

4.2.1. Indicações sobre cultura afro-brasileira 168

4.2.2. Indicações sobre cultura indígena 170

4.2.3. Indicações sobre cultura geral 174

4.2.4. Indicações sobre ecologia 179

4.3. Indicações de filmes 184

5. Ladainhas de Capoeira Angola 186



1. Roteiro Narrativo do Documentário



Há quinhentos anos, a sociedade brasileira procura respostas para os grandes desafi-

os trazidos com o advento do homem europeu ao novo mundo.

Dezenas de ações e eventos ao longo da historia buscaram interpretar estes anseios e os

ideais de liberdade das novas nações ameríndias. Os mais bem sucedidos foram duramente repri-

midos.

No campo da pedagogia, o embate entre os interesses do novo mundo e dos dominadores

leva a soluções alienígenas, baseadas em modelos de colonização e jugo econômico. Tanto na edu-

cação informal quanto na instituição escolar, estes modelos marcam nossos ciclos econômicos e

nossa trajetória histórica de 500 anos. Muitas iniciativas de grande importância se perderam na bu-

rocracia tortuosa, nas disputas políticas ou na repressão violenta.

As experiências que resistem ao tempo dependem do heroísmo de educadores que nave-

gam contra a correnteza da domesticação do educando, do rigor burocrático, da fragmentação dos


Roteiro Narrativo do Documentário

7



currículos, da escolarização da educação, das fileiras geométricas e do cotidiano sem prazer da

escola.

Mais recentemente, o estado brasileiro reconhece a grande incoerência de adotar pedagogi-

as alienígenas e chama atenção para o grande legado esquecido nas ancestralidades culturais afri-

canas e ameríndias. Reconhece o paradoxo da ausência de nossa própria identidade ancestral na

gênese da educação das gerações futuras.

O Centro de Estudos da Cultura Ancestral Brasileira - CECAB - e a Associação de Capoeira

Lenço de Seda vivenciam, desde 1977, experiências que articulam práticas culturais e artísticas de

nossa ancestralidade com as demandas curriculares e rotinas escolares.

capoeiralencodeseda.org.br || CECAB 8




O CECAB é um grupo de trabalho interdisciplinar voltado para a educação e

para intervenções culturais. Atua há mais de 30 anos na região industrial do

Vale do Aço em Minas Gerais. Inspirado nos métodos de Paulo Freire, busca a

partir da educação, da arte e da cultura popular apoiar iniciativas e fomentar

movimentos capazes de dar respostas aos desafios de construção de umasociedade igualitária e cidadã. (Depoimento Mestre Reginaldo Véio)





A Escola Arte Sempre no município de Coronel Fabriciano mudou toda a lógica

de uma pedagogia linear quando implantou o projeto Arte Sempre nas escolas

municipais, creches e APAEs, possibilitando aos alunos experienciar práticas de

arte e cultura tão essenciais em sua formação (Depoimento Secretária Municipal

de Educação 2001/2004 - Esméria)


Através do projeto “Angola a Dois”, o CECAB desenvolveu ações de parcerias com cerca de

100 escolas no Brasil e no exterior.

Algumas destas parcerias foram pontuais, realizadas a partir de projetos localizados, outras

foram desenvolvidas em redes publicas como macro estratégias da política educacional, obedecen-

do a orientações pedagógicas próprias e subsidiando pesquisas de educadores e gestores.

11




Na Escola Estadual Capitão Egidio Lima, em Timóteo, Minas Gerais, desenvolve parcerias desde

1984.

A Escola Estadual Capitão Egídio Lima atende uma clientela bastante

heterogênea. 75% dos nossos alunos são afro descendentes, 25% brancos.

Atendemos ainda crianças com diferentes síndromes, criança com deficiência

física e criança com alto risco social .(Depoimento Diretora Sônia)





A gente disse sim às diferenças através do nosso projeto na música que foi

adotada como hino da escola: “eu sou da cor do Capitão Egídio Lima, esta

escola que me ensina compreender as diferenças”. Tantos povos, tantas

gentes, tantas raças, tantas tribos, tantas faces, tanta fé e tantas crenças para

juntos atingirmos nossas metas. O projeto Sim às diferenças contempla todas as

áreas de estudo. (Depoimento Diretora Sônia)


Nos últimos anos, a escola organizou o projeto ”Sim às Diferenças” que busca articular as

culturas afro-brasileira e ameríndia com os universos curriculares e conteúdos vivenciais no espaço

da escola, numa proposta de encontro e diálogo com as peculiaridades comunitárias. Trabalha a

cultura e a arte como matéria-prima, veículo e finalidade na formação dos educandos.

15


R t i N ti d D tá i



Diante do grande desafio de mediar o ensino numa turma desmotivada e frágil

nos processos de aprendizagem, concluímos que a Capoeira Angola seria um

grande instrumento facilitador na formação plena de nossos alunos.

(Depoimento Professora Luiza)





A Associação de Capoeira Lenço de Seda é afiliada à ABCA, Associação Brasileira de

Capoeira Angola, com sede no Pelourinho na cidade de Salvador. A ABCA reúne em seu

quadro de mestres os maiores herdeiros e representantes das mais tradicionais escolas deCapoeira Angola do país, grandes mestres, lideres, griôs e profundos conhecedores da

ancestralidade afro-brasileira.

A Capoeira Angola é um dos mais importantes patrimônios de nossa tradição cultural, um

instrumento pedagógico de muita força e potência. É uma escola em si mesma.

Considerada a “Capoeira Mãe”, guarda princípios e rituais dos tempos das senzalas, se

articula com outras esferas de nosso inconsciente ancestral, é democrática, lúdica, coletiva

e dialogal. Propõe antes de tudo o autoconhecimento.


Jean Carlos Gomes, aluno da primeira turma de capoeira da Escola Estadual Capitão

Egídio Lima, em 1984, coordena hoje na cidade de Curitiba o Projeto Pequenos Angoleiros

em escolas de primeiro e segundo graus, beneficiando mais de 1200 crianças (Depoimento

Mestre Reginaldo Véio)

18





Foi um avanço muito grande na minha vida naquela época com a capoeira por que eu

senti mais ânimo de ir para a escola, senti mais vontade de ir para a escola. Hoje tenho

um trabalho em Curitiba com aproximadamente 26 escolas, entre elas escolas

particulares, escolas municipais e estaduais e desenvolvo também um trabalho em uma

das maiores empresas hoje que é a Petrobrás. É difícil ter uma aula por exemplo em

que eu estou ensinando Capoeira que eu não me vejo quando eu era criança na escola

com as dificuldades de socialização com outras crianças, com as dificuldades de

aprendizagem. (Depoimento Contramestre Jean)





Acervo CECAB - 2004




A experiência universal nos mostra que é fundamental que as pedagogias se assentem em

tradições culturais próprias, permitindo que os povos planejem suas ações futuras, fundamentados

em saberes acumulados e transmitidos por antepassados seus, através das várias linguagens pre-

sentes no convívio comunitário e no universo pedagógico: culturais, artísticas, oral, lúdica, culinária,

medicinal, desportiva e tantas outras.

Nós do Cecab aprendemos que uma educação realmente comprometida com a felicidade e a

cidadania plena do educando pode ser pautada em alguns princípios básicos fundamentais, que

têm guiado nossas intervenções.

1Uma educação assentada na singularidade cultural do indivíduo e de

sua comunidade;






2

.

Uma educação assentada no respeito às tradições, no seu culto e

cultivo;

3 . Uma educação que erga o educando à condição de sujeito e prota-

gonista de sua história e de sua felicidade;

4 . Uma educação fundamentada na integração e que não separe o su-

jeito de seu próprio corpo, a sala de aula do auditório e do pátio, a

geografia do português;






5 Uma educação que promova a construção contínua da identidadeprópria das comunidades e das novas gerações;

6 Uma educação em que todo fazer seja um gesto de criação do novo,

fonte de aprendizado para todos os agentes envolvidos, uma pedago-

gia do prazer;

7 .

Uma educação em que a prática e a ação suscitem as reflexões, pos-

sibilitando uma práxis que tenha em seu epicentro os educandos.




Muitos gestores por sua vez se sentem engessados pelas exigências formais e não ousam

buscar alternativas.

E a gente quebrou a grade curricular e fomos fazer, mas nunca fomos

questionados, fomos apoiados, tivemos autonomia para executar. Isto foi muito

bom porque provou que quem quer pode fazer, tem como fazer; promovemos o

crescimento de nossos alunos e isto foi respeitado pela superintendência, pelos

órgãos oficiais, nunca tivemos nenhum problema, mas tivemos que ousar. A

gente ganhou muito quando nós tivemos que pesquisar, que buscar e não

apenas achar algo pronto. O nosso grande enriquecimento foi este, foi

enfrentar este desafio de construir uma proposta de trabalho, de construir um

projeto.(Depoimento Diretora Sônia)





Um aspecto importante do projeto Sim às diferenças é que

ele provoca uma reestruturação curricular, uma mudança na

prática pedagógica onde nós conseguimos fazer um

entrelaçamento entre os conteúdos. (Depoimento Professora

Magda)





No início deste trabalho foi um pouco complicado por que eu tinha que estar

trabalhando o projeto também junto com o currículo da escola, das propostas

do governo. Foi um pouco difícil, mas eu fui pesquisando, buscando, colocando

um assunto intercalado a outro, e aí ficou um trabalho rico. (Depoimento

Professora Rute)





Descobrimos que novos paradigmas de avaliação de aprendizagem devem ser incorporados

a esta nova postura, possibilitando uma visão holística da trajetória dos educandos.

E ao nos articularmos à agenda cultural e artística própria das comunidades, logramos promo-

ver a sinergia dos micro e macro sistemas psicossociais que estruturam a dinâmica do coletivo,

consciente e inconsciente, de educandos e dos diversos atores sociais.





Para mim, é um projeto novo. Então, a cada dia que passa, a gente vai

aprendendo junto: aprende um pouquinho com o colega, um pouquinho com as

crianças. E tudo o que a gente vê no dia a dia, a gente vai logo lembrando do

projeto Sim às diferenças. Então, ele está ficando muito presente na vida da

gente, tanto dentro de casa, quanto na escola, quanto na rua, com os amigos .

(Depoimento Professora Neuza)

Aprendemos a importância de um planejamento holístico, coletivo, compartilhado por todos

os agentes do processo escolar: serviçais, alunos, professores, pais, coordenadores, amigos da es-

cola, griôs e lideranças; enfim, de toda a comunidade.





Aprendemos que todas as manifestações culturais, todos os sistemas culturais e universos de

convívio humano contêm em si, de maneira holográfica, toda a matéria prima necessária a uma edu-

cação integral, fornecendo substância para todas as disciplinas curriculares. A realidade é, pelas

próprias leis universais, holística.





Ao desenvolver uma receita da culinária afro, os alunos trabalham

sistematicamente a matemática, quando eles medem, quando calculam

quantidades, calculam dobro, triplo, comparam, trabalham também o sistema

monetário quando pesquisam os preços, quando resolvem as operações,

calculam quantidades, lucro, prejuízo, e assim eles colocam mesmo a mão na

massa ao fazer a receita, tornando a aprendizagem mais significativa,

conectando o cotidiano ao aprendizado formal . (Depoimento Professora Magda)





Eu trouxe alguns nomes de algumas comidas e dentro destas, nós escolhemos

uma e com esta nós trabalhamos a leitura, fizemos ilustrações, o que gastava

para fazer, modo de fazer e depois fomos para a cantina. Nós fizemos o fubá

suado, olhamos o que precisava para fazer, as quantidades, trabalhando a

interdisciplinaridade com a Matemática, o Português, a História. (Depoimento

Professora Rute)





Ontem mesmo nós teve aqui duas aulas aqui na cantina. Nós fez um pé-de-

moleque de rapadura antes do recreio. Depois do recreio, nós fez outro pé-de-

moleque com leite condensado com as crianças. [A cantina] vira sala de aula.

Quando eles têm que aprender medida, peso, quantidade, dobrar a gente já

fala com eles junto com a professora.(Depoimento Cantineira Malu)





E nos certificamos de que, com vontade, determinação e um pouco de criatividade, é possível recri-

ar a burocracia administrativa e curricular que tanto engessam o desempenho da escola.

Foi um crescimento muito grande para os alunos. Eu gosto muito de colocar

aquele aluno que tem uma certa dificuldade para que ele possa se desenvolver.

Por exemplo, um aluno tímido quando participa da dança, ele já se solta mais.

Aquele aluno que dá um pouquinho de trabalho na disciplina, é uma maneira

dele se achar, dele se desenvolver e quando ele retorna pra sala, ele retorna

diferente, mais tranquilo, mais concentrado. (Depoimento Professora Rute)





É um trabalho prazeroso, a gente não tem este projeto nesta escola para

cumprir uma questão legal, não é por força de lei, é muito por força da vontade,

do desejo de nós educadores oferecermos a estes alunos o que lhes é de

direito. (Depoimento Luiza Flor)

Comprovamos que o saber não conhece limites, que todos somos aprendizes e que a busca só faz

sentido se nos tornamos sujeitos de nossos desejos, de nossas vontades, de nossa cidadania e de

nossa própria história e felicidade.

O mais encantador neste projeto é o coletivo por que ele envolve realmente

todos. Tem o momento em que a cantineira participa, tem o momento em que o

pedagogo participa, tem o momento em que o diretor tem de estar lá,o

bibliotecário... (Depoimento Diretora Sônia)





Certamente a diversidade cultural que nos caracteriza e nossa vocação para o esporte, a

alegria e a arte são mananciais, oceanos, dos quais uma pedagogia brasileira não pode prescindir.

Com certeza, a escola criativa, cultural e artística, que equilibre ciência, arte, cultura e mística

- a escola do prazer - é possível e, com ela, é possível alcançar a sociedade livre e igualitária que

todo educador deseja.




2. Projetos Desenvolvidos

Projetos




2.1. Projetos idealizados e implementados pelo CECAB

Angola a Dois

Angolando

Bloco Caricato Dexeu falá

Caminhadas Ecológicas

Encontros com a etnia Kaxinawá (Huni Kuin)

Fazendo Arte nas Férias

Festa da Criança Pasárgada

Gincana Ecológica

Oficinas de Alimentação Natural e Macrobiótica

Oficinas de Dança Afro

Oficinas de Dança Contemporânea

38

Projetos




Oficinas de Percussão

Plantios Ecológicos

Projeto Acervo CECAB

Resgate de Cantigas de Roda

Resgate de Brincadeiras Folclóricas

Resgate de Danças Folclóricas

Salada Cultural

Semana da Cultura Afro-brasileira

Semana do folclore

Zumbi 2000

Workshops e treinamentos holísticos

39

Projetos




2.2. Projetos realizados em parcerias institucionais

Alfabetizar em tempo nas férias - Secretaria Municipal de Educação de Ipatinga - MG

Arte Sempre - Secretaria Municipal de Educação de Coronel Fabriciano - MG

Gingando na pré-escola - Petrobrás - Curitiba - PR

Qualidade Total: visão holística aplicada à educação - Superintendências Regionais de Ensino

de Coronel Fabriciano, Manhuaçu, Ponte Nova e Pirapora.

40

Projetos Destacados no Documentário




2.3.1. Projeto Arte Sempre

O projeto ESCOLA SEMPRE, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Coronel Fa-

briciano em MG de 2001 a 2004, que abrigou a experiência do subprojeto Arte sempre,

buscou cumprir as finalidades constitucionais do estado, promovendo uma política edu-

cacional permeada em todas as instâncias pela busca da formação integral e cidadã.

Em sua proposta curricular, reformulou a fundamentação da dinâmica pedagógica.

Buscou a cultura como eixo da ação educacional, acolhendo, em especial, as manifes-

tações locais, passando a oferecer um contexto de desenvolvimento humano mais apro-

priado para a aprendizagem dos conteúdos do conhecimento formal através dos Projetos

“Arte Sempre” e de “Formação Continuada”.

2.3. Projetos Destacados no documentário

41





As atividades artísticas oferecidas de forma democrática a mais de 8000 edu-

candos, vivenciadas e experienciadas por cerca de 3.000 alunos das escolas munici-

pais e ONGs de Coronel Fabriciano, anteciparam-se na busca de uma educação que

promovesse a formação humana de todos os envolvidos, aí incluindo todos os atores es-

colares; uma educação em que todos aprendam. Segundo a Consultora do projeto Elvira

Souza Lima :a sustentação teórica para esta proposta encontra-se nas evidências que as neuroci-

ências nos trazem sobre o papel da cultura no desenvolvimento do próprio cérebro e

sobre a funcionalidade das atividades artísticas no desenvolvimento das funções psi-

cológicas superiores ( memória, percepção, pensamento e atenção), funções estas

que são necessárias para a realização das aprendizagens escolares. Encontra-se ,

42





antropologia que nos revela como exercício da função simbólica imprescindível no de-

senvolvimento individual e coletivo da espécie humana. (Lima, Elvira. Indagações so-

bre currículo: currículo e desenvolvimento humano).

O trabalho desenvolvido por cada um dos coletivos das escolas da cidade contribuiu pa-

ra o desenvolvimento de um pensamento pedagógico nacional que se destaca pela for-

mulação de uma educação com brasilidade, uma educação que acolhe as várias dimen-

sões da cultura brasileira como parte integrante do processo de ensino-aprendizagem

dos conhecimentos escolares.

43




tante na escola, porque, através deste aprendizado, transfere-se a toda a comunidade a

cultura vivenciada. Por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tem-

pos, a arte é um Patrimônio Cultural da Humanidade e todo ser humano tem direito ao

acesso a esse saber.

A Escola Sempre registrou resultados significativos quando buscou alternativas que

mudariam um quadro não eficaz do desempenho do educando, levando a eles a prática

da cultura e da arte para vencer o desprazer e a inércia dos alunos e alunas, promoven-

do respostas satisfatórias aos desafios que a convivência do dia-a-dia impõe no exercí-

cio da sala de aula. A arte se coloca como um domínio que engloba formas de ação hu-

mana necessárias para que os currículos levem, efetivamente, ao desenvolvimento hu-

mano na escola.






Fazer dialogar a educação formal escolar com a cultura e a arte haveria de ser uma

coisa natural, espontânea, imprescindível e inquestionável. Na pratica, porém, encontra-

mos muitos educadores cuja formação jamais oportunizou o contato ou o diálogo com

estas formas de manifestação e expressão. Em muitos casos, educadores são estra-

nhos ao próprio corpo que nunca foi explorado, cultivado ou exercido em sua plenitude.

O corpo foi sempre para nós um grande tabu.

Nos projetos de abordagem interdisciplinar, os educadores, embora tenham sim-

patia e boa vontade com as vivências e praticas culturais, se sentem sem parâmetros pa-

2.3.1.1. Janelas Conceituais

45

capoeiralencodeseda.org.br || CECABProjetos Destacados no Documentário




ra fazer mensuração dos ganhos de aprendizagem de seus alunos, traduzindo aqueles

conhecimentos em critérios formais.

Em um seminário do Projeto Arte Sempre em Coronel Fabriciano, reunimos gesto-

res, professores, pedagogos artistas e agentes culturais. Surgiu de nossas reflexões um

conjunto de atributos aos quais denominamos JANELAS CONCEITUAIS. Atributos do

crescimento pessoal e evolutivo, assimiláveis no convívio grupal e nas vivências culturais

e artísticas que o professor pode incorporar como referencial e instrumentos para sua

avaliação de aprendizagem.

As janelas conceituais são algumas sugestões de ângulos de observação para os

educadores exercerem seus critérios de avaliação:

46





Afinidade Musical

A música é sabidamente uma das esferas de manifestação superior da essência

humana e as atividades relacionadas a musica como cantar, ouvir ou tocar um

instrumento possibilitam à criança o desenvolvimento da memória auditiva, do

ritmo, da melodia e da musicalidade, com realizações que estarão envolvidas na

apropriação da leitura e da escrita e na capacidade de abstração. A habilidade

musical e seus afetamentos podem ser importantes lastros pessoais a serem

inventariados nos processos de aprendizagem formal. Permitem a síntese

dinâmica entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro.

47





Percepção Rítmica

O acesso à sonoridade e a seus intervalos regulares próprios da

marcação rítmica é um elemento essencial para os processos de

ensino/aprendizagem, pois a marcação de ritmos no cérebro permite

compassos de aprendizagem necessários ao aprendizado formal. A

percepção rítmica – a produção de sons e dos silêncios ritmados -

permite ao indivíduo uma maior compreensão tanto de seus tempos

internos como dos tempos cósmicos. Tudo na vida é ritmo: o coração,

a respiração, as estações do ano, etc.

48





Domínio de Compassos

É a percepção de trechos da música ou dos movimentos em partes ou

grupos iguais, trabalhando-os individualmente, facilitando a aprendizagem

“passo a passo”. É o compasso que define o ritmo da música e que produz

a sua cadência e sua percepção .

Musicalidade

A capacidade de captar e diferenciar os compassos, cadências, ritmos e

harmonias e de integrá-los e percebê-los e/ou transformá-los em música é a

musicalidade. A musicalidade confere a capacidade de abstração, a

percepção dos ritmos próprios e dos ritmos do outro, a percepção e a

sensibilidade estética, a integração com o todo.

49





Habilidade Esportiva

“Mens Sana in corpore sano”. Sabemos da importância da prática física na

harmonização do indivíduo, inclusive como estimulador hormonal. As

práticas esportivas estimulam a competitividade saudável, a auto superação,

a criação coletiva dos resultados, o convívio com a frustração e a conquista .

É, portanto, um atributo fundamental para uma educação que tenha como

propósito o desenvolvimento do indivíduo em sua plenitude.

50





Expressão corporal

A habilidade de se expressar através dos movimentos com o corpo é a

capacidade de integração entre a intenção e o gesto. As práticas de

expressão corporal permitem ao indivíduo a expansão e o equilíbrio de sua

afetividade, o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade, da

percepção das relações humanas e da (re) tomada de consciência do seu

corpo. O indivíduo é o seu corpo e é através dele que expressa suas

singularidades.

51




Estrutura muscular

É através das estruturas musculares, em coordenação com os impulsos do

sistema nervoso central, que produzimos deslocamentos com o corpo e/ou

partes dele. É obtida com a associação entre a alimentação e a atividade

física.


Harmonia de gesto

Percepção, conhecimento e domínio do próprio corpo são elementos para

que o indivíduo produza gestos precisos, ordenados, rítmicos, integrados e

harmoniosos. É resultado da coordenação motora fina apurada.

52





Agilidade

Habilidade em alterar a posição do corpo com leveza e rapidez, utilizando

uma combinação de equilíbrio, coordenação, velocidade, resistência e

força.

Plasticidade estética

Harmonia corporal obtida através da realização de movimentos rítmicos e

expressivos, levando à realização do belo com seu corpo.

53





Domínio Cinestésico

Relacionado ao conhecimento e domínio do corpo, onde são percebidos os

movimentos musculares, o peso, a posição dos membros, etc, contribuindo

para a resolução de problemas através do uso de partes ou de todo o corpo

e para a produção de movimentos harmônicos com o corpo.

54





Sincronia

É a capacidade de perceber-se e de se perceber em relação com o

ambiente externo e com o outro nas várias situações vivenciadas.

Presença

É o estar em vigília, disponível, pronto, alerta, presente no aqui-agora. É a

presença que permite a realização do auto-comando, da agilidade,

sincronicidade, qualificando o desempenho individual e coletivo. A

“presença” perdeu-se no ritual da “chamada” na sala de aula.

55





Equilíbrio físico/psíquico

É a harmonia entre corpo e o emocional, produzindo a (re)tomada dos

próprios ritmos e gerando ações coordenadas e equilíbrio entre

individualidade e coletividade.

Equilíbrio espaço/temporal

É a harmonia dos movimentos na utilização do espaço dentro de

determinado tempo.

56





Equilíbrio dos hemisférios cerebrais.

Integração harmoniosa entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro,

entre o racional e o criativo, potencializando o estado de vigília, de presença

no aqui-agora ao mesmo tempo em que mobiliza e opera estados

diferenciados de percepção e consciência.

Percepção intuitiva

Capacidade de percepção global das configurações da realidade, através

da consciência do espaço, do compasso, do outro, do todo, sintonizando-

se com a realidade vivencialmente de forma a mobilizar nossas diversas

inteligências e potenciais aplicados ao aqui e agora.

57





Tradição oral

A percepção dos conhecimentos legados pelas tradições, pelos

antepassados e pelos idosos é um importante fator de alinhamento das

singularidades individuais e culturais com os arquétipos básicos e, por isto,

fator de equilíbrio e plenitude pessoal. As crianças são especialmente

habilidosas no trânsito pelo imaginário, se inspiram e se orientam por ele e

se expressam por vezes revelando qualidades próprias dos dramaturgos,

dos atores, mestres e griôs, que não devem escapar à observação do

educador.

58





Percepção da dinâmica histórica

Qualidade especial dos grandes líderes; é a capacidade do indivíduo se

reconhecer dialeticamente no processo e no transcurso da história,

compreender suas relações de causa e efeito, a importância da ação

coletiva organizada e da ação proativa. É fator fundamental para a formação

de cidadania e dos princípios democráticos, da capacidade de síntese entre

opostos. A escola é espaço privilegiado de cultivo destas habilidades.

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Criação coletiva

A criação coletiva é a vocação maior dos processos de consolidação da

cidadania; trás a capacidade de se perceber uno com o grupo, do

conhecimento e reconhecimento de si realizado na prática social, coletiva,

grupal que confere ao indivíduo o senso da coletividade e de comunhão na

construção coletiva de alternativas. Na nossa cultura, assim como entre

vários povos, os mutirões são instrumentos pedagógicos importantes para

serem praticados e refletidos no dia a dia.

60





Desempenho no coletivo

Classicamente, educação e socialização se estabelecem em grupo.

Historicamente, o movimento da sociedade é resultado de um movimento de

desempenho coletivo. É através do desempenho coletivo que a criança se

situa no grupo, na comunidade, na cultura se firmando enquanto ser

humano, permitindo sua atuação consciente na sociedade em que vive. A

criança aprende a fazer isto com elementos como disciplina, hierarquia,

respeito, ritmo, compasso, espaço, pausa, etc.

61





Desempenho Individual

Deve ser focado e observado em todas as instâncias e interações pedagógicas.

Abrange todas as intervenções do educando no universo a sua volta; nas ações

recreativas, nas ações coletivas, no convívio social, nas trocas afetivas, na relação

com o dever e com o prazer, na percepção de si no grupo, nas habilidades

esportivas, nas práticas solidarias, no exercício da arte, na valorização da

identidade própria, no exercício do companheirismo, nas relações de gênero, no

convívio com o sucesso e com as frustrações. A observação atenta do educador

permite oportunizar ao educando a possibilidade de perceber limites e

possibilidades próprios e sua superação ou potencialização em um processo

contínuo de construção de identidade própria.

62





Autoestima

A autoestima pressupõe o autorrespeito, a autoadmiração, auto valorização,

o autoacolhimento e a consciência de arbítrio. Pressupõe a capacidade de

aceitar as próprias fragilidades e limites, respeitando tempos interiores

próprios, a cadência singular de alma, sem rigor, sem auto cobrança

excessiva. Pressupõe a perspectiva constante da auto superação evolutiva,

o amadurecimento pessoal mental e espiritual. A experimentação da

plenitude, o prazer do amadurecimento do exercício do “logos singular”,

da construção da “autopoiesis”, acolhida e valorizada pelo mundo externo.

63





Motivação

É a necessidade interna do ser de ter o porquê buscar. Daí a necessidade de que

o professor domine recursos de motivação e que identifique as motivações dentro

de cada educando a partir de sua trajetória própria e singular e de seu trajeto

evolutivo próprio.

Na época atual, as crianças, adolescentes e jovens são bombardeados por

informações negativas que destroem os principais valores do ser humano. Dentre

elas, a miséria, a violência, a corrupção, as drogas e a destruição da natureza.

Nossa sociedade não tem propostas éticas que seduzam as novas gerações.

Cabe aos educadores não deixar que o pessimismo povoe as mentes de crianças

e adolescentes, sob pena de enormes sacrifícios para as novas gerações.

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Plenitude Pessoal

Quando estou em harmonia comigo e com as grandes leis universais á minha

volta, cumpro o devir universal, realizo a vocação dos seres viventes, assim como

ocorre aos grandes iluminados, quando atingem as freqüências da universalidade

cósmica. A plenitude pessoal promove a gratidão ao próximo, à comunidade , à

espécie, à natureza e ao universo. Promove o desejo de atuar positivamente no

meio a sua volta.

65





Percepção da dinâmica histórica

Qualidade especial dos grandes líderes; é a capacidade do indivíduo se

reconhecer dialeticamente no processo e no transcurso da história, compreender

suas relações de causa e efeito, a importância da ação coletiva organizada e da

ação proativa. É fator fundamental para a formação de cidadania e dos princípios

democráticos, da capacidade de síntese entre opostos. A escola é espaço

privilegiado de cultivo destas habilidades.

66





Voz de comando

Quando o indivíduo consegue apreender o desejo de um grupo e traduzir aquele

desejo numa expressão grupal mais definida, presenciamos a qualidade da

liderança, a capacidade de se sentir representante de um todo e tomar atitudes

que contribuam para o avanço deste todo.

67




Voz de auto comando

É a capacidade do indivíduo de assumir o seu papel para desempenhá-lo bem,

integrando-se aos ritmos e necessidades da situação vivenciada. Pressupõe

saber se situar na hierarquia dos fenômenos no seu próprio entorno,

compreendendo seu papel e seu lugar na dinâmica das situações, dando-lhes

respostas pró-ativas.






Agilidade de resposta

É importante que o professor observe a capacidade do aluno de estar pronto

para dar respostas aos desafios que o externo lhe propõe, seja em relação aos

conhecimentos formais (a matemática, a geografia, a história, etc.), seja em

relação ao esporte ou nos eventos de caráter sócio-cultural. O mundo cada vez

mais imprevisível e veloz, certamente privilegia os que têm capacidade e ousadia

em responder aos desafios de maneira pronta e consciente.

69




Disciplina

Capacidade de cadenciar os desejos manifestados, instrumentalizando a

realização destes desejos. No exercício da disciplina, desenvolve-se a aceitação

e o cumprimento das intervenções e dos comandos e auto comandos necessários

às diversas situações.






Hierarquia

A percepção e convívio com a hierarquia de valores, autoridade e organização é

fator importante no exercício das atividades grupais. Permite ao indivíduo a

compreensão de que ele é uma parte integrada a um todo, através da percepção

da ordenação da vida e dos fenômenos naturais. Confere a capacidade de

percepção e convívio com a graduação de valores, autoridade e organização no

seu habitat, percebidos como leis e fatores naturais, como fruto da sinergia entre

macro e micro universos que sustentam a nossa caminhada e o tecido social e

cultural.

71





Memórias várias

Não devemos nos esquecer de que muitos gênios foram na sua infancia

incompreendidos e considerados incapazes em tarefas escolares. Ao avaliarmos

um educando, nos o fazemos a partir de um determinado ângulo de observação,

em nosso caso os paradigmas do saber cartesiano, desenvolvido especialmente

na Europa nos últimos 500 anos.

Diferentes civilizações já ocuparam o cenário do planeta desenvolvendo grandes

impérios e conhecimentos e se assentavam em saberes distintos daqueles que

valorizamos hoje.

72




2 3 2 Projeto Sim às Diferenças





2.3.2.1. Apresentação

Há mais de 20 anos, a Escola Estadual Capitão Egídio Lima vem desenvolvendo

projetos voltados para a cultura afro-brasileira e indígena, sempre com ênfase na Capo-

eira Angola em parceria com a Associação de Capoeira Lenço de Seda /CECAB.

O Projeto Sim às Diferenças, fruto desta parceria, procura contextualizar os conteú-

dos curriculares em um processo de envolvimento coletivo e participação efetiva do edu-

cando na construção do conhecimento formal, considerando os alunos e alunas do Ensi-

no Fundamental sujeitos de direito, exercendo o direito de aprender e de ampliar seusconhecimentos.

2.3.2. Projeto Sim às Diferenças

74

2.3.2.2. Objetivos





O propósito é fazer com que os alunos compreendam as relações sociais étnico-

raciais de que participam tornando-se capazes de continuar, de reconstruir, de aprofun-

dar estudos e práticas em diferentes níveis de formação. Visa ainda promover uma alte-

ração positiva junto aos educandos do Ensino Fundamental dos perversos efeitos de sé-

culos de preconceito e discriminação.

Através da parceria com a Associação de Capoeira Lenço de Seda, o foco do pro-

jeto é a Arte-Educação, com aulas de Capoeira Angola, ritmos e danças afro-brasileiras e

ameríndia, resgate de folguedos, cantigas e práticas culturais, buscando articulações

com o estudo da Arte e da História do Brasil, preconizando a valorização das tradições

culturais locais, em um processo de atualização e adaptação às necessidades da comu-

75

nidade. Assim, em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais e com os





conteúdos formais do Ensino fundamental, procura dialogar com as disciplinas e os com-

ponentes curriculares propostos, conforme preconiza as Leis 10.639/03 e 11.645/08.

76

2.3.2.3. Atividades do Projeto:





Culinária:

Oportuniza aos alunos e alunas momentos de confecção de pratos como feijoada, aluá,

inhame com peixe, cuscuz, fubá suado, broa, pé de moleque, bolinho de mandioca etc.

As receitas pesquisadas integram-se ao cardápio da merenda escolar e, durante a con-

fecção de uma receita, a cantina passa a ser a sala de aula, permitindo um estudo que

articula conhecimentos de várias disciplinas, tais como a história, a matemática, a língua

portuguesa, etc.

77

História:





Realização de pesquisas e estudos sobre o percurso realizado para a chegada do negro

no Brasil e do período colonial. Como os negros eram “distribuídos” após a comercializa-

ção nos mercados, as etnias e seus hábitos, estudo das cores que representam a cultura

afro e a história das várias etnias indígenas no Brasil são exemplos de temáticas aborda-

das.

Artesanato:

Confecção de adereços próprios da cultura afro-Brasileira e indígena. Fabrico de berim-

bau, pandeiros, xiquexique, colares de sementes, objetos de argila e flechas.

78

Literatura:





Foco em temas da cultura afro-brasileira e indígena através da exibição de vídeos, reali-

zação de recitais, contação de histórias, leitura de contos e livros de vários escritores

que se dedicaram e dedicam à cultura afro-brasileira e indígena. Confecção de livros

com textos narrativos, poemas, notícias, cordel, música e releituras. Oportunidade para

estabelecer um diálogo entre alunos e alunas sobre a diversidade, preconceito, discrimi-

nação, sempre os sensibilizando para a aceitação e convívio com o outro.

79

Artes plásticas:





Releituras das obras de Carybé, Debret, Lasar Segall, Portinari, Tarsila do Amaral, Pierre

Verger, Rugendas, Di Cavalcanti e outros. Oportuniza aos alunos e às alunas o conheci-

mento de grandes artistas brasileiros, notadamente aqueles reconhecidos por retratar a

história do negro no Brasil.

80

Música:





A música na Escola Estadual Capitão Egídio Lima promove a alegria, a vivência coletiva

e é um grande suporte no processo de ensino aprendizagem, oferecendo às crianças a

oportunidade de desenvolver habilidades fundamentais para a sua formação: expressão

melódica, ritmo, compasso, sensorialidade, emotividade e criatividade, priorizando músi-

cas do cancioneiro popular, as Cantigas de Roda, além de músicas construídas na dinâ-

mica do Projeto Sim às Diferenças, como a música “Angola a Dois”, música tema da es-

cola.

81




2.3.2.4. Músicas cantadas no Projeto:





I

Vem cá moleque

Sê menino ou menina

Sê rapaz ou rapariga

Seja homem ou mulher

II

Vem cá me diga

Na beleza dessa rima

Quero que você me ensine

De que cor que você é

Angola a dois

(Música e letra: Mestre Reginaldo Véio)

III

Eu sou da cor

Do Capitão Egídio Lima

Esta escola que me ensina

A compreender as diferenças

IV

De tantos povos

Tanta gente, tantas raças

Tantas tribos, tantas faces

Tanta fé e tantas crenças

V

Do samba reggae

Feijoada e capoeira

Eu sou afro-brasileiro

Dos batuques do reisado

VI

Eu sou das matas

Ouro Branco e Ouro Preto

Nas montanhas, sou mineiro

Aço do Vale do Aço

83

VII

V á t

IX

E d B [1]





Vem cá que eu canto

Na balada do seu verso

Qual o tom do universo

Qual o som do meu tambor

VIII

O meu encanto

É a paz aqui na terra

Quer saber a minha cor

Cante meu grito de guerra

Eu sou da Branca [1]

da Dourada, Prateada

Amarela , Alaranjada

Da Lilás, da Verde Rosa

Eu sou o Azul do infinito

Eu sou o Vermelho

Eu sou Afro-brasileira

Na lição da minha escola

[1] Na escola, é tradição nomear as salas de aula a partir das diferentes cores.

84

Capoeira Angola

(Música e letra: Mestre Moa do Katendê)





(Música e letra: Mestre Moa do Katendê)

Venha senta aí , senta aí,

Senta aí, senhora

Venha conhecer

Nossa capoeira Angola, por que...

Coro

Venha senta aí, senta aí,

Senta aí, senhora

Venha conhecer nossa capoeira angola.

A senhora que é mãe

Que reflete no destino

Venha ver pra onde vai

O axé destes meninos, por que...

Coro

Oito instrumentos musicais

Que compõem a bateria

Gunga médio e viola

Sãos os ases da alegria

Dois pandeiros e um agogô

Reco-reco e o atabaque

Uma voz que aqui rege

O coro com liberdade, por que...

Coro

A ladainha e a chula

E depois o canto corrido

Dois angoleiros agachados

Esperando o sinal

A saída da angola

É um grande ritual, por que

Coro

Na roda os camaradas

Fazem a corrente humana

E essa energia bacana

Faz a galera ficar, por que...

Coro

85

Chapeuzinho Vermelho

(Domínio Público)





Chapeuzinho Vermelho

Que está na moda agora

Pega estas meninas que

Namoram a toda hora

Pega estas meninas que namoram a

toda hora

Chapeuzinho Vermelho que está na

moda agora

Serra compadre

Serra comadre

Serra compadre

(Domínio Público)

A cabeça do padre

Você com o serrote

E eu com a serrinha

Juntando dinheiro

Pra comprar farinha

86

Eu sou um bom menino

(Domínio Público)





Eu sou um bom menino

Minha mãe soube me educar

Andar em terras alheias,

Pisar no chão devagar,

Deus que me dê,

Deus que me dá,

Muita saúde e paz para trabalhar,

Deus que me dê

Deus que me dá

Muita saúde e paz pra trabalhar

(Domínio Público)

Deus que me dê

Deus que me dá

Muita saúde e paz pra trabalhar

È o afoxé,

Que me dá energia

Pra subir e descer

As ladeiras da Bahia

É o afoxé

Que me dá energia

Pra subir e descer

As ladeiras dessa vida

87

Maculelê

(Música e letra: Mestre Reginaldo Véio

Refrão: Domínio Público)





Sou eu , sou eu

Sou eu, Maculelê, sou eu - bis

(coro)

Navio Negreiro

Aportou em Moçambique

Em Cabinda e Angola

Busca força e valentia

E prendeu negros

Prendeu reis e trouxe bravos

Fez de todos seus escravos

Trouxe dor e agonia

Refrão: Domínio Público)

Maculelê

Vem das lendas africanas

Nas montanhas e savanas

Se venera todo dia (coro)

Maculelê

É um valente guerreiro

Venceu uma tribo inteira

Com dois paus e maestria (coro)

Maculelê

É um guerreiro imortal

É um mito é um sinal

De luta de valentia (coro)

Lembrando a todosQue a vida de escravidão

De domínio, humilhação

Não sufoca a rebeldia (coro)

Ouvi um toque

Que chegou no vento norte

Ouvi um batuque forte

Ouvi um brado de guerreiro (coro)

Ouvi um canto

Ouvi um batuque raro

Que vinha de Santo Amaro

Me lembrando o cativeiro (coro)

88

Oi corta a cana

Leva a cana pra fazenda

Lá no quilombo

Ouve o toque de aviso

Um homem bravo

Não aceita ser escravo





Leva a cana pra fazenda

Põe a cana na moenda

Pra fazer pinga da boa (coro)

Oi limpa a casa , oi lava a roupa

E se livra do açoite

Vai de dia, vai de noite

Faz os mimos da patroa (coro)

Negro Valente

Em terras desconhecidas

Luta, sonha e arrisca a vida

Mas deseja a liberdade (coro)

Ouve o toque de aviso

Sabe que corre perigo

Que é hora da verdade (coro)

Maculelê

É o rei da valentia

No sertão lá da Bahia

Pelos mestres é lembrado (coro)

O Mestre Neco

Canjiquinha e Popó

De todos o maior Mestre

Que nos trouxe este legado (coro)

Não aceita ser escravo

Foge a noite pela sombra

Vai viver lá no quilombo (coro)

E como é bravo

Luta, pula. se defende

Não se deixa ser escravo

Liberdade não se vende (coro)

Maculelê

Hoje é lenda na cidade

Pra dizer que nunca é tarde

E que a luta é brincadeira (coro)

89

Toda criança

Hoje em dia que é esperta





Hoje em dia que é esperta

Se mantenha sempre alerta

E aprenda capoeira (coro)

Eu vi Zumbi

Mestre Bimba e Ganga Zumba

Vi Pastinha em Aruanda

Vibrando como meninos (coro)

Estão festejando

O cortejo de Angola

O projeto da escola

Capitão Egídio Lima (coro)

90

Na Ginga do Boi

Música e letra: Roberto José, Mateus e Dadinho





Este batuque doce

Foi o vento que trouxe

De terras de além-mar

Temperado de tempos

De suor e agonia

Que se fez poesia prá vida cantar

Quando a Lenço de Seda chegar

Quando a rua se encher de luar

Vai ter folia, vai ter brincadeira

A noite inteira até o dia clarear

Quando a lua enluecer

Vou levar meu bem querer

Para ver meu Boi Bumbá

Ele chega do fundo da mata

Reluzindo na lua de prata

Vem dançando, vem dançando

E o povo todo a admirar

Vem brincando, vai mostrar

A leveza do seu balançar

Na dança do Boi Bumbá

Nesses folguedos bonitos que eu vi

Morena linda a dançar

No seu requebro fremente eu senti

Toda magia que há

No nosso canto brejeiro

Leste, oeste, sul a norte

Canto do caboclo forte

Misturado na raiz

91

O folclore brasileiro

Causa inveja ao mundo inteiro





j

E faz o povo feliz

Na dança do Boi Bumbá

É mês de maio, meu boizinho quer vadiar

É mês de maio, meu boizinho quer vadiar

Dança meu boizinho faz o povo se alegrar

Faz um volteado para o meu amor te olhar.

CD- Canções de Angola

Capoeira Mãe Associação de Capoeira

92




2.3.2.5. Cantigas de roda cantadas no projeto

Corre cutia

(

A caminho de Viseu

(D í i Públi )





Corre Cutia

De noite e de dia

Debaixo da cama

da Dona Maria

Tem um cachorrinho

Chamado Totó

Ele pula

Ele dança

De uma perna só

(Totoró totó. totoró totó

(Domínio Público)

Recolhida pelo Pandalelê - Procedência: Minas Gerais

Indo eu, indo eu,

A caminho de Viseu

Indo eu, indo eu,

A caminho de Viseu

Encontrei o meu amor

Ai, Jesus, que lá vou eu

Encontrei o meu amor

Ai, Jesus, que lá vou eu

Ora zuz truz truz

Ora zas traz traz

(Domínio Público)

Procedência: Portugal

Ora chega, chega, chega

Ora arreda lá pra trás

Ora chega, chega, chega

Ora arreda lá pra trás

94

Q d ló i b t à

Tumbalacatumba

(Domínio Público)

Q d ló i b t à i





Quando o relógio bate à uma

todas as caveiras levantam da tumba.

Tumbalacatumba lacatumba laduê

Quando o relógio bate às duas

todas as caveiras saem pelas ruas


Quando o relógio bate às três

todas as caveiras jogam xadrez


Quando o relógio bate às quatro

todas as caveiras tiram retrato


Quando o relógio bate às cinco

todas as caveiras apertam os cintos


Quando o relógio bate às seis

todas as caveiras imitam chinês


Quando o relógio bate às sete

todas as caveiras mascam chicletes


Quando o relógio bate às oito

todas as caveiras comem biscoito


95

Quando o relógio bate às nove

todas as caveiras quebram o pote

Quando o relógio bate à uma

todas as caveiras voltam para a tumba






Quando o relógio bate às dez

todas as caveiras lavam os pés


Quando o relógio bate às onze

todas as caveiras sobem no bonde


Quando o relógio bate às doze

todas as caveiras fazem uma pose

(Nessa parte, todas as pessoas fazem uma pose e

viram estátuas)


96

A carrocinha

(Domínio Público)

Casinha de bambuê

(Domínio Público)

Mineira de Minas

(Domínio Público)





A carrocinha pegou

Três cachorros de uma vez.

A carrocinha pegou

Três cachorros de uma vez.

Tralalá, que gente é essa?

Tralalá, que gente má.

Tralalá, que gente é essa?

Tralalá, que gente má.

Casinha de bambuê

E cercada de bambuá

A menina foi à feira

Pra comprar, o que é que há!,

Maracujá.

Quem mexê vai apanhar.

Tem catinga de gambá,

Misturada com fubá.

Sou mineira de Minas,

Mineira de Minas Gerais (BIS)

Rebola bola você diz que dá que dá

Você diz que dá na bola,

Na bola você não dá!

Sou carioca da gema,

Carioca da gema do ovo (BIS)

Rebola bola você diz que dá que dá

97

Tô no molhado

(Domínio Público)

Transmitido por: Frei de Chico e Lira Marques - Procedência: Araçuaí, MG





Lá invém a chuva

Tô no molhado

A chuva invém

Tô no molhado

Toma e leva seu chapéu

Tô no molhado

Vem cá meu bem, oi

Tô no molhado

Toma e leva seu chapéu

Tô no molhado

Vem cá meu bem, oi

Tô no molhado

Em cima daquele morro

Passa boi, passa carneiro

Também passa moreninha

De matar rapaz solteiro

Moreno dos olhos verdes

Onde vai deixa sinal

Quem nunca sofreu rabicho

Quando sofre passa mal.

Cravo branco na janela

É sinal de casamento

Morena guarda seu cravo

Que ainda não chegou seu tempo

Lá do céu invém caindo

Duas tesouras de ouro

Uma pra cortar ciúme

Outra pra cortar namoro

Você diz que me quer bem

Você não me quer bem nada

Quem quer bem, dá coisa à gente

Você nunca me deu nada.

98

Fui visitar minha tia em Marrocos, ip, op

Ip op

(Domínio Público)

No caminho eu bebi um guaraná, glup, glup...





fui visitar minha tia em Marrocos, ip op

fui visitar minha tia, fui visitar minha tia

fui visitar minha tia em Marrocos

No caminho eu encontrei um camelo ondulado

no caminho eu encontrei um camelo ondulado

no caminho eu encontrei, no caminho eu encontrei

no caminho eu encontrei um camelo ondulado

Ip au au au ip au/ ip op, ondulado

ip au au au ip au/ ip op, ondulado

ip au au au, ip au au au

ip au au au ip au/ip op, ondulado

ip au au au ip au/ ip op, ondulado, glup, glup...

no caminho eu encontrei um doutor, ai que dor...

ip au au au ip au? ip op, ondulado, glup glup, ai que

dor, etc, etc, etc...

No caminho eu encontrei um camelo ondulado

No caminho eu bebi um guaraná, glup glup

No caminho eu comi um biscoito, que delícia

No caminho eu sofri um assalto, mãos ao alto

No caminho eu encontrei um doutor, ai que dor

No caminho eu encontrei uma serpente.

No caminho eu encontrei uma galinha, có có có

No caminho eu encontrei um monstro, bruáááá:

99

- Há um monocórdio

Objeto

(Domínio Público)

- Há um bichinho





Isto é um monocórdio

- O quê?

- Um monocórdio

- O quê?

- Um monocórdio

- Há um caxixi

Isto é um caxixi

- O quê?

- Um caxixi

- O quê?

- Um caxixi

Isto é um bichinho!

- O quê?

- Um bichinho.

- O quê?

- Um bichinho.

100

Estava a velha em seu lugar

A Velha a Fiar

(Domínio Público)

O gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca





Veio a mosca lhe fazer mal

A mosca na velha e a velha a fiar

Estava a mosca em seu lugar

Veio a aranha lhe fazer mal

A aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar

Estava a aranha em seu lugar

Veio o rato lhe fazer mal

O rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha

e a velha a fiar

Estava o rato em seu lugar

Veio o gato lhe fazer mal

O gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mos-

ca na velha e a velha a fiar

na velha e a velha a fiar

Estava o gato em seu lugar

Veio o cachorro lhe fazer mal

O cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha

na mosca, a mosca na velha e a velha a f iar

Estava o cachorro em seu lugar

Veio o pau lhe fazer mal

O pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato

na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha

e a velha a fiar

Estava o pau em seu lugar

Veio o fogo lhe fazer mal

101

O fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o

gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mos-

Veio o homem lhe fazer mal

O homem no boi, o boi na água, a água no fogo, o fogo no pau,

o pau no cachorro o cachorro no gato o gato no rato o rato na





ca na velha e a velha a fiar

Estava o fogo em seu lugar

Veio a água lhe fazer mal

A água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o ca-

chorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha

na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar

Estava a água em seu lugar

Veio o boi lhe fazer mal

O boi na água, a água no fogo, o fogo no pau, o pau no

cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na

aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a

fiar

o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na

aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar

Estava o homem em seu lugar

Veio a mulher lhe fazer mal

A mulher no homem, o homem no boi, o boi na água, a água no

fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o

gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na

velha e a velha a fiar

Estava a mulher em seu lugar

Veio a morte lhe fazer mal

A morte na mulher, a mulher no homem, o homem no boi, o boi

na água, a água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o

cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na

mosca, a mosca na velha e a velha a fiar

102

Terezinha de Jesus de uma queda

Terezinha de Jesus

(Domínio Público)

Terezinha levantou-se





Foi ao chão

Acudiram três cavalheiros

Todos de chapéu na mão

O primeiro foi seu pai

O segundo seu irmão

O terceiro foi aqueleQue a Tereza deu a mão

Dá laranja quero um gomo

Do limão quero um pedaço

Da menina mais bonita

Quero um beijo e um abraço

Levantou-se lá do chão

E sorrindo disse ao noivo

Eu te dou meu coração

103

A Barata diz que tem sete saias de filó

A Barata diz que tem

(Domínio Público)

Ah ra ra , iu ru ru, ela tem é casca dura





É mentira da barata, ela tem é uma só

Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só !

A Barata diz que tem um sapato de veludo

É mentira da barata, o pé dela é peludo

Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo !

A Barata diz que tem uma cama de marfimÉ mentira da barata, ela tem é de capim

Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim

A Barata diz que tem um anel de formatura

É mentira da barata, ela tem é casca dura

Ah ra ra , iu ru ru, ela tem é casca dura

A Barata diz que tem o cabelo cacheado

É mentira da barata, ela tem coco raspado

Ah ra ra, ia ro ró, ela tem coco raspado

104

O Cravo e a Rosa

(Domínio Público)

Peixe Vivo

(Domínio Público)





O Cravo brigou com a Rosa

Debaixo de uma sacada

O Cravo ficou ferido

E a Rosa despedaçada

O Cravo ficou doente

A Rosa foi visitar

O Cravo teve um desmaio

A Rosa pos-se a chorar

Como pode o peixo vivo

Viver fora da água fria

Como pode o peixe vivo

Viver fora da água fria

Como poderei viver

Como poderei viver

Sem a tua, sem a tua

Sem a tua companhia


Sem a tua companhia

Os pastores desta aldeia

Ja me fazem zombaria

Os pastores desta aldeia

Ja me fazem zombaria

Por me verem assim chorando

Por me verem assim chorando


Sem a tua companhia


Sem a tua companhia

105

Quebra-cabeça com Gravura de Debret

2.3.2.6. Atividades Pedagógicas realizadas na Escola Estadual Capitão Egídio

Lima





Objetivos:

Conhecer a obra do autor e sua relevância ao retratar a história da escravidão no Brasil;

Consolidar conceitos matemáticos em geometria, referentes às retas paralelas e concorrentes.

Disciplina: Artes

Professora: Magda Lúcia Pessoa Cotta Muniz

Série(s): 4º ano de escolaridade - Faixa etária: 9 anos

Material necessário:

Cópias xerográficas da figura de Debret , lápis de cor, régua, cola

Quebra-cabeça com Gravura de Debret

106

Etapas:

1. Conhecer a história do pintor Debret e sua obra através do livro “Um fotógrafo diferente chamado

Debret”





2. Distribuir cópias da obra “Funcionário público saindo de casa com a família”.

3. Promover debate contextualizando a gravura à história da escravidão no país.

4. Pintar a gravura com lápis de cor;

5. Usando a régua, traçar determinado número de retas paralelas e concorrentes em toda área da

gravura.

6. Recortar nas linhas , criando um quebra-cabeça e colar as peças formando novamente a gravura.

Duração: 4 aulas de 60 minutos

Interdisciplinaridade: Matemática, História e Português

Referências : Um fotógrafo diferente chamado Debret - LEITÃO, Mércia M./DUARTE Neide

Livro Didático – História - Coleção Pitanguá - 3ª série - Ed. Moderna

107

Objetivos:

Releitura de Debret Projetos Destacados no Documentário




j

Conhecer o artista plástico e desenhista Debret.Realizar releituras das obras de Debret

Pesquisar no livro didático a história do período colonial.

Promover exposição dos trabalhos realizados.

Produzir um texto narrativo com o coletivo da sala de aula.

Disciplina: Artes

Professoras: Luíza Flor e Neuza Vitorino


108

Etapas:

1. Apresentação da Biografia de Debret

2 Apresentação das obras de arte de Debret destacando as obras relacionadas ao cotidiano do





2. Apresentação das obras de arte de Debret, destacando as obras relacionadas ao cotidiano do

escravo brasileiro: Palmatória, Negras Forras, Pelourinho, Serradores, Jantar em família,Presentes

de Natal.

3. Pesquisa de outras obras de Debret na internet utilizando o Laboratório de Informática.

4. Articulação das obras vistas ao período colonial brasileiro.

5. Elaboração com o coletivo da sala de aula de releituras das obras de Debret à escolha do aluno,

utilizando diferentes técnicas: Desenho livre, colorido , mosaico, aquarela, pintura em tela, etc.

6. Exposição das releituras, para que todos tenham acesso às produções dos colegas, seguida de

um debate livre .

7. Produção de texto coletivo na sala de aula que registre as vivências e aprendizagens dos alunos

com as obras de Debret .

109


Interdisciplinaridade: Matemática, História e Português





Referências : Um fotógrafo diferente chamado Debret - LEITÃO, Mércia M./DUARTE Neide

Livro Didático – História - Coleção Pitanguá - 3ª série - Ed. Moderna

110

Objetivos:

Produção de cordel 1





Reconhecer a importância da literatura de cordel como patrimônio histórico e cultural do povo

brasileiro.

Contribuir para o resgate da literatura de cordel .

Utilizar a poesia de cordel como recurso pedagógico na inclusão de temas relacionados à diver-

sidade e a cultura ancestral brasileira.

Construir o poema de cordel com o coletivo da sala de aula a partir do tema futebol.

Conhecer o gênero textual Literatura de cordel.

Disciplina: Língua Portuguesa

Professora: Eunice Ataíde de Sousa Lima

Série(s): 1º ano - Faixa etária: 6 anos

111


Cartazes

Cópias de xilogravuras





CDS

Mapas

Globo Terrestre

Etapas:

1. Sondagem

2. Montagem de quadro investigativo.

3. Trabalhar com atividades que respondam ás perguntas levantadas na sondagem e no quadro investiga-

tivo: (Definição de Literatura de cordel,

4. Registrar rimas criadas pela turma.

5. Propor criação de Literatura de Cordel sobre o tema : Copa do Mundo

112

Duração: 1 mês ou enquanto houver interesse.

Interdisciplinaridade:

História: Conhecer a história de Literatura de Cordel na sua origem e aqui no Brasil.





Geografia: Localização dos países de origem do cordel do Cordel no Mapa Mundi e da Região

Nordeste no Mapa do Brasil. Matemática: Associação de numerais, quantidade de sílabas, letra,

palavras, conceitos de quadra,sextilha, oitava, quadrão, décima , gráficos...

Artes: Xilogravura para ilustrar a literatura o poema de cordel criado no coletivo da sala de aula.

Referências :

Livro didático: Português - Projeto Prosa - 5º ano

TAVARES, Bráulio - A Pedra do Meio -dia e Artur e Isadora – Literatura de Cordel

CD Ivanildo Vilanova e Oliveira de Panela - Cantam cantorias de pé de Parede - Versos de Ca-

valcanti Filho

MARTOS, Cloder Rivas, AGUIAR, Joana D`Arque de Aguiar - Viver e aprender-4º ano – Língua

Portuguesa

ASSARÉ, Patativa - O que é Cordel?

113

Objetivos:

Reconhecer a importância da literat ra de cordel como patrimônio histórico e c lt ral do po o

Produção de cordel 2





Reconhecer a importância da literatura de cordel como patrimônio histórico e cultural do povo

brasileiro.

Contribuir para o resgate da literatura de cordel .

Utilizar a poesia de cordel como recurso pedagógico na inclusão de temas relacionados à diver-

sidade e a cultura ancestral brasileira.

Construir o poema de cordel com o coletivo da sala de aula a partir do tema futebol.

Conhecer o gênero textual Literatura de cordel.


Professora: Arlete Fernandes de Oliveira Novais

Série(s): 1º ano - Faixa etária: 6 anos

114


Folha A4, barbante, lápis nº2 , pregadores de roupa

Etapas:





p

1 Tempestade de idéias com a palavra Cordel

2. Apresentar para a turma o significado de Cordel

O que é? Origem? Objetivo? Como é feito?

3. Apresentar vários poemas de Cordel para a turma.

4. Escolher um tema ( de preferência da atualidade), explorá -lo bastante( o tempo necessário): através de

conversa informal, textos informativos, imagens, músicas (vários gêneros).

5. Listar com os alunos palavras relacionadas ao tema estudado.

6. A partir das palavras listadas, produzir o Cordel no coletivo da sala de aula.

7. Escrever cada quadra (verso) numa folha.

8. Ilustrar os versos.

9.. Pendurá-los num barbante e deixá-los expostos na sala de aula ou pátio da escola.

115

Duração: 2 semanas


C G f





Português, História, Ciências, Geografia, Matemática

Referências :

CD Ivanildo Vilanova e Oliveira de Panelas

Cantam cantorias de pé de Parede- Versos de Cavalcanti Filho

MATOS, Cloder Rivas, AGUIAR, Joana D Arque de Aguiar - Viver e aprender-4º ano – Língua Portu-guesa

ASSARÉ, Patativa- O que é Cordel?

116

Objetivos:

Análise comparativa de obras de arte Projetos Destacados no Documentário




Relacionar a arte com o meio social.

Introduzir dois grandes artistas da arte neoclassicista, romântica e um artista da arte moderna.

Conhecer as obras de Debret, Carybé e José Rosário.

Identificar o cotidiano do negro escravo no Brasil a partir das obras estudadas.

Compreender as pinturas ou desenhos, expressando opiniões sobre a obra vista.

Produzir releitura, colagem, pintura e desenho a partir das obras estudadas.

Elaborar e realizar entrevista com um artista plástico local.

Incentivar a comparação, contrapontos e análise de informações.

Compreender a diferença entre a arte decorativa e realista.

117

Disciplina: Artes

Professora: Luíza Flor







Lápis grafite;

Pincéis;

Papel: a 4, canson, AP;

Lápis: de cor;

Giz de cera;

Tinta pra tecido;

Tecido;

Multimídia: TV, computador, projetor multimídia (data show), DVD e aparelho do som;

Mapas.

118

Etapas:

1. Realizar diagnóstico sobre a história da arte plástica, através de questionário;

2. Apresentar o resultado do diagnóstico e as ações da atividade;





3. Levantar possíveis questionamentos para realização da entrevista com o artista plástico da

cidade de Timóteo;

4. Entrevistar o artista plástico José Rosário, cujo tema é a exposição realizada no Centro Cultu-

ral da Fundação Arcelor Mittal em Timóteo com o título “Olhar a África: ver o Brasil.”

5. No laboratório e sala multimídia da escola, promover a pesquisa biográfica e leitura de livros

literários sobre os artistas plásticos Debret e Carybé;

6. Apresentar algumas obras dos artistas Carybé e Debret através de cartazes e Power point;

7. Após o estudo e análise de cada obra realizar releituras, à escolha de cada aluno e aluna;

8. Construção de um painel coletivo e ou telas individuais.

9. Realizar relatos sobre a experiência vivenciada .

119

Duração: 30 dias - 2 aulas semanais de 50 min


Artes: Conhecer os artistas que retrataram a história dos negros no Brasil;





Artes: Conhecer os artistas que retrataram a história dos negros no Brasil;

Geografia: Localizar no Mapa do Brasil os estados onde viviam os negros pintados por Carybé e

Debret;

História: conhecer a história da família real e da escravidão no Brasil .

Língua Portuguesa :

Produção de textos narrativos, tendo como referência imagens das obras de arte.Produção de entrevista.

Relatório da entrevista realizada.

120

Referências:

BARBOSA, Ana Mae. A Imagem no Ensino da Arte. 4ª. Ed. São Paulo: Perspectiva S.A., 1999.

CARYBÉ & VERGER: Gente da Bahia. Org. José Barreto de Jesus. - Salvador: Fundação Pierre Ver-

ger: Solisluna Design Editora 2008.





g g

GOMES, Nilma Lino. Diversidade e Currículo; org. Jeanete Beauchamp e outras. Brasília: Ministério

da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008. MARTINS, Mirian Celeste Ferreira Dias e ou-

tras Didática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte . São Paulo: FTD,

1998.

LIMA, Elvira Souza A Criança Pequena e suas Linguagens. São Paulo: Editora Sobradinho, 2002.

LIMA, Elvira Souza. Indagações sobre currículo: Currículo e desenvolvimento humano ; org. Jeanete

Beauchamp e outras. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

MANGE, Marilyn Diggs. Arte brasileira para crianças-3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998

RICCI, Cláudia Sapag, História no dia-a-dia, 5º ano, 2. ed. São Paulo: Atual,2008

ROCHA, Margarida de Carvalho Rocha, Almanaque Pedagógico Afro-brasileiro. Belo Horizonte:

Mazza Edições,2006.

121

Objetivos:

P i l t d t t b l h i ti id d ti d

Produção de textos narrativos Projetos Destacados no Documentário




Proporcionar ao aluno momentos de encantamento, beleza, humor e criatividade a partir da con-

tação de histórias.

Resgatar a cultura do povo brasileiro

Resgatar as histórias da vovó

Disciplina: Lingua Portuguesa - Professora: Angelina Arthuso Dias



Cartolina , Papel para dobradura, Canetinha, Lápis de cor, Giz de Cera, Mapa do Brasil

122

Etapas:

1. Leitura de textos narrativos e de textos informativos sobre o folclore.

2. Contação de:lendas, parlendas, adivinhações, causos...

3. Pedir aos alunos para ouvir as histórias de casa: “causos” que a vovó, vovô, mamãe, papai co-





nhecem e registrar por escrito.

4. Contar ou ler para o coletivo da sala de aula a história que ouviu em casa.

5. Junto à turma escolher a história mais interessante.

6. Realizar a reescrita da história escolhida com participação de toda a turma.



Português/Literatura: Contação de Histórias

História:Origem das lendas no BrasilGeografia: Localizar os estados onde surgiram as histórias contadas

123

Referências

Literatura do Folclore Brasileiro

Lendas Brasileiras: Saci Pererê, Curupira, Boitatá, Bumba meu Boi...

Mapa do Brasil





´ Dicionário do Folclore Brasileiro de Câmara Cascudo.

124

Objetivos:

Estudar uma música representante da Cultura Ancestral Brasileira

Música “Maculelê” Projetos Destacados no Documentário




Estudar uma música representante da Cultura Ancestral Brasileira.

Possibilitar vivências da dança afro-brasileira.

Compreender a importância manifestação cultural.

Perceber a cadência e o ritmo através da música.

Confeccionar figurino para a dança do maculelê.

Conhecer a história do maculelê.

Compreender medidas de comprimento

Fazer pesquisa de preços.

Construir planilha de orçamento.

125


Professora: Shirlei Cristina G.S. Vaz

Série(s): 5º ano de escolaridade Faixa etária: 10 anos





Série(s): 5 ano de escolaridade - Faixa etária: 10 anos


Cópia da letra da música.

Laboratório de informática com acesso a internet.

Bastões de madeira.

Sisal.

Pintura de palhaço

Fita métrica ou metro

126

Etapas:

1. No laboratório de informática, pesquisar a origem do Maculelê e vídeos desta dança.

2. Elaborar fichamento da pesquisa realizada na Web e apresentar para a turma o resultado da pes-





quisa .

3. Localizar palavras desconhecidas na lestra da música “Maculelê” e pesquisar em dicionários os

significado das mesmas.

4. Cantar a música com toda a turma e cantar para o coletivo da escola nas sextas -feiras.

5. Levantar junto com a turma a quantidade de material a ser comprado para a confecção do figuri-

no da Dança do maculelê.

6. Fazer pesquisa de preços do material para a Dança .

7. Viabilizar a compra dos bastões, sisal e pintura de palhaço.

8. Ensaiar a coreografia do maculelê

9. Confeccionar o figurino junto com alunos e alunas.

10. Apresentar a dança do maculelê por ocasião da Festa da Cultura Afro Brasileira.

127

Duração: 90 dias -2 aulas semanais de 60 min


Matemática- Medidas de comprimento- custo – planilha de preços





Português_ Vocbulário-Linguagem oral- estudo das rimas , métrica poética

História: Origem do maculelê, resgate da cultura afro-brasileira

Ensino Religioso: Respeito, preconceito, atitudes e valores.

Educação Física: Movimento, lateralidade , tempo ,flexibilidade,espaço, condicionamento.

Referências:Música Maculelê de autoria do Mestre Reginaldo Véio.

Sites de pesquisa da Web.

Livro didático de matemática – Projeto Prosa- 5º ano

128

Objetivos:

Introduzir os conceitos de ângulos.

Geometria na Capoeira Angola Projetos Destacados no Documentário




g

Reconhecer e aplicar idéias e métodos matemáticos em situações do cotidiano e ou contextos

não matemáticos, construindo modelos matemáticos simples.

Entender o significado dos conceitos, relacionando-os com outros.

Introduzir ângulos especiais: reto, obtuso e agudo.

Articular a atividade com as aulas de Capoeira Angola e o espaço físico da escola.Registrar esses movimentos através de desenhos.

Viabilizar roda de conversa sobre a origem da Capoeira Angola com o Mestre Reginaldo Véio.

Observar os movimentos da Capoeira Angola durante a aula de capoeira .

129

Disciplina: Matemática

Professora: Luiza Flor







Folha A4

Lápis

Lápis de cor.

Régua

Transferidor

Laboratório de informática com internet

130

Etapas:

1. Apresentar o conceito de ângulo .

2. Utilizar o Laboratório de informática para pesquisa e visualização dos ângulos.

3. Apresentar para a turma os instrumentos utilizados para medição de ângulos: transferidor,





régua.

4. Promover um momento de investigação dos ambientes físicos e materiais da escola.

5. Interagir com o Projeto Angola a Dois na Aula de Capoeira Angola e perceber nos movimentos

a formação de ângulos.

6. Desenhar os movimentos obervados.

7. Utilizar os desenhos para localizar os ângulos, medindo-os e classificando-os.

8. Realizar roda de conversa com o Mestre Reginaldo Véio com o propósito de ouvir sobre a

origem da Capoeira Angola e o nome dos movimentos desenhados durante a aula de Capoei-

ra Angola.

9. Relatar as experiências vivenciadas.

10. Realizar exposição dos trabalhos .

131

Duração: 7 aulas semanais de 60 minutos


Matemática Introdução de ângulos reto,agudo e obtuso





História: Conhecer a História da Capoeira Angola

Português: Produção de Texto.

Capoeira Angola: Registro dos movimentos da Capoeira Angola através de desenhos.

Referências:

Livro Didático - Viver e Aprender-5º ano-Ensino Fundamental de Iracema Mori.

132

Objetivos:

Música “Capoeira Angola” Projetos Destacados no Documentário




Viabilizar uma atividade que envolva todo o coletivo da sala de aula.

Ampliar o repertório de palavras ainda desconhecidas.

Compreender a diferença entre estrofes e versos.

Localizar no mapa de Minas as cidades de Ouro Preto e Ouro Branco.

Trabalhar as cores primárias e secundárias.

Registrar cada estrofe através de desenhos.

Pesquisar sobre a culinária, danças e costumes afro-brasileiros .

·Promover uma pesquisa sobre o autor da música.

Cantar todos os dias a música Angola a Dois.

133


Professora: Eliane Valgas







Lápis n} 2 , Lápis de cor, Papel A4 , Laboratório de informática

Etapas:

1. Promover a leitura individual e coletiva da letra da música.

2. Cantar com o coletivo da sala de aula.

3. Pesquisar e procurar no dicionário palavras desconhecidas.

4. Junto com a turma analisar cada verso da música.

134

Etapas:

5 Conhecer a biografia do compositor.

6. Utilizar o mapa para localizar cidades de Minas Gerais.

7. No laboratório, realizar pesquisas em sites sobre a cultura afro -brasileira





8. Realizar desenhos de cada estrofe da música.

5. Numa roda de conversa, explicar para a turma porque essa música se tornou o Hino da escola.

Duração: 5dias

Interdisciplinaridade: História , Geografia, Português, História e Artes

Referências: Livro didático Projeto Prosa -2010 -3º ano

135

Objetivos:

Pesquisar sobre as diferentes cantigas de roda.

A li ó i i l

Cantigas de roda Projetos Destacados no Documentário




Ampliar o repertório musical .

Resgatar antigas cantigas.

Promover o canto junto ao coletivo de crianças da escola.

Promover roda de conversa

Disciplina: Português

Professoras: Angelina Artuso e Professora Vanessa.

Série(s): 1º ano de escolaridade - Faixa etária: 6 e 7 anos


Som, CDs, microfone

136

Etapas:

1. Apresentar as várias cantigas à turma: Corre-cutia, Escravos de Jô, Mulher rendeira,Fui na Espa-

nha,Ciranda cirandinha,Teresinha de Jesus,Ip Op,Tumbalacatumba,Pombinha branca, Da abobóra

faz melão,Fui no Itororó, Velha a fiar

2 T d di t d d d t d i ã l t iê i d t





2. Todos os dias cantar e promover roda de conversa onde todos irão relatar a experiência do canto

na sala de aula

3. Na quadra cantar as cantigas com todo o coletivo da escola.

Duração: 30 dias.


Português, História, Música, Folclore brasileiro.

Referências:

CDs- Palavra cantada

CD Pandalelê

CD Ser Criança- Rubinho do Vale

137

Objetivos:

Reconhecer a África como um dos continentes do planeta, identificando seus países e alguns

África: país ou continente? Projetos Destacados no Documentário




dados gerais: capital, população, nome oficial.

Pesquisar as bandeiras dos países africanos e reproduzi-las.

Disciplina: Geografia

Professora: Magda Lúcia Pessoa Cotta Muniz



Laboratório de informática com acesso à internet , lápis, papel, lápis de cor

138

Etapas:

1. Cada aluno ficará responsável por 1 ou 2 países do continente africano escolhidos através da visuali-

zação do mapa mundi.

2. No laboratório de informática, pesquisar a respeito do país, selecionando informações para o preen-

chimento de uma ficha





chimento de uma ficha.

3. Pesquisar e reproduzir a bandeira que culminará em um painel para exposição.

Duração: 4 aulas de 2h 40 min.


Matemática e Português

Referências:

Sites da web e mapa múndi

139

Sônia de Castro Gomes Melo - Diretora

Terezinha Ferreira de Oliveira Garcia - Vice – diretora

2.3.2.7. Equipe da Escola Estadual Capitão Egídio Lima





Maria Luíza Flor Pereira - Coordenadora do Projeto Sim às diferenças

Angelina Arthuso Dias

Anistela Pimentel Vasconcelos Assis

Arlete Fernandes de Oliveira Novais

Célia Aparecida SilvaDenise Carvalho Novaes

Eliane Silva Valgas Arruda

Ely do Rosário Costa Araújo

Eneida Elizabeth de Andrade Assis

140

Eunice Ataíde Souza Lima

Gabriel Oliveira da Silva

Geralda Alves Vieira Castro

Geralda Aparecida Souza Bernardino





Geralda Aparecida Souza BernardinoGlazielle Bassoto Almeida

Graziele Machado Ribeiro

Helena Maria Bueno de Souza

Heloísa Helena Jácome Costa Ramos

Inêz Guimarães Barbosa

Irene de Souza Henriques

José Delfino Pio

Lina Maria Procópio de Carvalho

Lúcia Vieira de Castro

Luciane da Conceição Barros

141

Lucília Maria Batista Lana

Magda Lúcia Pessoa Cotta Muniz

Maria Auxiliadora Costa de Medeiros

Maria das Dores Silva





Maria das Dores SilvaMaria das Graças Reis Altera

Maria de Lourdes Araújo Andrade

Mariza Pereira Martins Lemos

Nair Rosa Costa Borges

Nelíria Emília Araújo

Neuza Gonçalves Vitorino

Neuza Soares Barbosa

Nilsa Maria da Silva

Rita Maria Quintão

Romélia Almeida de Paula

142

Rute Santiago Andrade Vieira

Selma Maria de Carvalho Coutinho

Sirlei Cristina Gomes Silva Vaz

Sirléia Braga





Sirléia BragaStela Geralda de Sousa Souto

Vanessa Moreira Costa

Walsílvia de Castro Silva

143



3. Instituições Parceiras

Escola Estadual Capitão Egidio Lima. Timóteo

Instituições Parceiras



Projeto Sim às Diferenças – 1984/2010

Secretaria Municipal de Educação de Coronel Fabriciano.

Projeto Arte Sempre – 2002/2004


Coronel Fabriciano - MG

1. Associação de pais e amigos dos Excepcionais( APAE)

2. Creche Rosa D’Saron

3. Creche Pequeno Lar




q

4. Creche Comunitária Lar Feliz

5. Creche Lírio dos Vales

6. Creche Irmã Nazaré

7. Ambulatório Evangélico – Creche Presbiteriana

8. Ambulatório Evangélico – Projeto Amor

9. Escola Infantil Cruz Vermelha Brasileira

10. FUNCELFA – Fundação Comunitária Fabricianense

11. Programa Curumim



12. Escola Municipal Argeu Brandão.

13. Escola Municipal José Pinto dos Santos.




14. Escola Municipal Paulo Franklin.

15. Escola Municipal Maria das Graças Ferreira.

16. Escola Municipal Otavio Cupertino.

17. Escola Municipal Raimunda Coura.

18. Escola Municipal Vereador Nicanor Ataíde.

19. Escola Municipal Joaquim Ávila Neto.

20. Escola Municipal Said Albeny.

21. Escola Municipal Maria da Conceição Ataíde.

22. Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG.



23.Cia da Criança

24.Escola Estadual “Zacarias Roque”




25.Escola Estadual “Alberto Giovannini

26.Escola Estadual “Tancredo de Almeida Neves”


Ipatinga - MG

27. E.M. Artur Bernardes.

28. E.M. Henrique Badaró.




29. E.M. João Reis.

30. E.M. Márcio Andrade.

31. E.M. Vilma de Faria.

32. E. M. Nelcina Rosa de Jesus

33. E.M.Altina Olívia – EJA

34. Grupo de Escoteiros


Timóteo - MG

35.FUMIC

36.Lar das Meninas




37.Escola de Samba Bocas Brancas

38.Escola de Samba Vai quem Quer

39.Escola de Samba Unidos do Quitandinha

40.Grupo de escoteiros

41.Clube de Mães

42. Escola Estadual “José Ferreira Maia”

43. Escola Estadual “Hilda de Araújo Ozório Zauza”

44. Escola Estadual “Percival Farquhar”

45. Escola Estadual “Tenente José Luciano”


Timóteo - MG

46. Escola Estadual “JK”

47.Escola Municipal IMETT

48 E l I f til Pé d M l




48. Escola Infantil Pé de Moleque

49. Escola Infantil Quitandinha

50. Bloco caricato Afoxé

51. Bloco caricato Tem Nada a ver

52. Lions Clube

53. Rotary Clube

54 Cia. Acesita

55. Instituto Vitae

56. Associação dos Aposentados e Pensionistas de Timóteo


Timóteo - MG

57. Escola Municipal de Timóteo

58. Escola Municipal Novo Tempo

59 CEFET




59. CEFET

60. Escola Municipal Infantil Cecília Meireles

61. Colégio Lúcia Casasanta

62. Fundação ArcelorMittal Acesita


Timóteo - MG

63. Escola Municipal de Timóteo

64. Escola Municipal Novo Tempo

65 CEFET




65.CEFET

66. Escola Municipal Infantil Cecília Meireles

67. Colégio Lúcia Casasanta


João Monlevade - MG

68. Faculdade de Educação - João Monlevade

69. Grupo de Mulheres – João Monlevade





Superintendências Regionais de Ensino/Secretarias Municipais

de Educação - MG

70. Superintendência Regional de Ensino de Coronel Fabriciano




71. Superintendência Regional de Ensino de Manhuaçu

72. Superintendência Regional de Ensino de Ponte Nova.

73. Secretaria Municipal de Educação de Pirapora

74. Secretaria Municipal de Educação de Coronel Fabriciano


Curitiba - PR

75. Colégio São Vicente de Paula

76. Creche Frei Miguel

77 Creche Nossa Senhora da Luz




77.Creche Nossa Senhora da Luz

78.Pré-Escola Criança Criativa

79.Pré-Escola Pequenos Sábios

80. Pré-Escola Formiguinha Feliz

81. Pré-Escola Futuro Feliz

82. Pré-Escola Infantil Portão

83. Pré-Escola Trem da Alegria

84. Pré-Escola Degraus do Saber


Curitiba - PR

85. Pré-Escola Cecília Marques

86. Pré-Escola Itamaraty

87.Petrobrás




87.Petrobrás


Salvador - BA

88. Associação Brasileira de Capoeira Angola - ABCA





Chile - 2002

89. Universidad de Concepción – Campus Chillan





Itália -1994

90. Parceria com escolas e universidades da cidade de Torino – Itália




4. Indicações de Referências

4.1.1. Indicações para o professor

Referências

1. A Criança, o Lar e a Escola. Pierre Weil . Editora Vozes, 1991.

2. A Câmara Clara. Roland Barthes. Editora Nova Fronteira, 1984.

4.1. Indicações Bibliográficas



capoeiralencodeseda.org.br || CECABcapoeiralencodeseda.org.br || CECAB

3. Avaliação na Escola. Elvira Souza Lima. Editora Sobradinho107, 2002.

4. A Criança Pequena e suas Linguagens. Elvira Souza Lima. Editora Sobradinho107, 2003

5. Atividades de Estudo. Elvira Souza Lima. Editora Inter Alia, 2007.

6. A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho. Fernando Hernández e Ventura Montserrat .

Editora Artmed, 1998.

7. A Paixão de Conhecer o Mundo. Madalena Freire, 7ª ed. Editora Paz e Terra, 1987.

8. A Capoeira Angola. Guimes Rodrigues Filho. Editora Nandyala, 2007.

162

9. Arte, Mente e Cérebro. Howard Gardner. Editora Artmed, 1999.

10. Alfabeto Negro. Cristina Agostinho, Rosa Margarida de Carvalho Rocha, Editora Maza, 2001.

11. Arte, História e Produção. Carla Paula Brondi, Raquel Valle Marti, Editora FTD, 1997.

12. Brincar para Quê?. Elvira Souza Lima. Editora Inter Alia, 2007.

13 Bonecas Negras Cadê? Maria Zilá Teixeira de Matos Editora Maza 2004

Referências




13. Bonecas Negras, Cadê? Maria Zilá Teixeira de Matos. Editora Maza, 2004.

14. Ciclos de Formação: Uma Reorganização do Tempo Escolar. Elvira Souza Lima. Editora GEDH,

1998.

15. Cultura Popular na Antiguidade Clássica. Pedro Paulo Funari. Editora Contexto, 1996.

Mais indicações: www.capoeiralencodeseda.org.br

163

1. A história dos Escravos. Isabel Lustosa Editora: Companhia das Letrinhas, 2000.

2. A Semente que veio da África. Heloísa Pires Lima e outros. Salamandra, 2005.

3. Aguemon. Carolina Cunha. Editora WMF Martins Fontes, 2002.

4.1.2. Indicações infantojuvenis

Referências




4. As Tranças de Bintou. Sylviane A. Diouf. Editora Cosac Naif , 1998.

5. Belinda , Bailarina. Amy Young Editora Ática.

6. Berimbau. Raquel Coelho. Ed. Ática,1998.

7. Betina. Nilma Lino Gomes Editora Mazza.

8. Bonequinha Preta . Alaíde Lisboa de Oliveira Editora Lê, 1998.

9. Canto Negro. Solano Trindade. Editora Nova Alexandria.

10. Cartola. Edinha Diniz. Ed. Callis, 2009.

164

11. Chave de Lua. Léo Cunha Editora UFMG, 1999.

12. Canto Negro – Solano Trindade. Editora Nova Alexandria

13. Capoeira. Sônia Rosa. Editora Pallas, 2004.

14. Encontro com Portinari .Cecília Aranha; Rosane Acedo. Formato Editorial, 2002.

15. Encontro com Segall. Cecília Aranha; Rosane Acedo. Formato Editorial, 2002.

Referências




g ; ,

16. Encontro com Tarsila. Cecília Aranha; Rosane Acedo. Minden Editor.

17. Entremeio sem babado. Patrícia Santana. Editora Mazza.

18. Kabá Darebu. Daniel Munduruku. Ed. Brinque–Book, 2002.

19. Negro: Reconstruindo Nossa História. Nancy Caruso Ventura. Editora:Nova América.

20. Zumbi. Joel Rufino dos Santos. Editora Moderna. SP, 1983


165

1. Capoeira Angola: do iniciante ao mestre. José Luiz Oliveira Cruz (Mestre Bola Sete). Salvador:

EDUFBA: PALLAS, 2003.

2. O Pequeno Manual do Jogador de Capoeira. Nestor Capoeira. Editora GROUND.

4.1.3. Indicações sobre Capoeira Angola

Referências



3. Curso de Capoeira em 145 Figuras. Augusto José Lascio Lopes. Ediouro.

4. O corpo na capoeira. Eusébio Lobo da Silva. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2008.

5. Galo já Cantou, Capoeira para Iniciados. Nestor Capoeira. Rio de Janeiro: Cabicieri Editorial,

1985.

6. Histórias e Estórias de Capoeiragem. José Luiz Oliveira Cruz (Mestre Bola Sete). P555 Edições.

Bahia, 2006.

7. Conversando “nos Bastidores” com o Capoeirista Valdenor Silva dos Santos. Editora Parma LTDA.


8. Iniciação à Capoeira. Mestre Santana. São Paulo: GROUND, 1985.

9. A Capoeira Angola na Bahia. Mestre Bola Sete, 1º edição. Salvador: EGBA/ Fundação das Artes,

1989; 2°ed. – ver. E atualizada – Rio de Janeiro: Pallas, 1997.

10. Capoeira Angola: cultura popular e o jogo dos saberes na roda. ABIB, Pedro Rodolfo Jungers.

2004. 170f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Estadual de Campinas, São Paulo.

Referências



13. Capoeira: movimento e malícia em jogos de poder e resistência. Sonaly Torres da Silva. Belo Ho-

rizonte, 2007. Disponível em http://capoeiralencodeseda.org.br/downloads/teses/tese-sonaly-

capoeira-movimento-e-malicia-em-jogos-de-poder-e-resistencia.pdf

11. A Herança de Pastinha. DECÂNIO FILHO, Ângelo. Salvador: Coleção São Salomão, 1996.

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38. http://www.culturabrasil.com.br/

39. http://www.midiaindependente.org/pt/

40. http://www.comciencia.br/comciencia/ 41. http://www.folhetim.com.br/

42. http://www.dominiopublico.gov.br/

43. http://www.literaturabrasileira.net/site/


44. http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/

45. http://www.sescsp.org.br/

46. http://www.inhotim.org.br/

47. http://www.sescsp.org.br/

48. http://www.futuratec.org.br/

Referências

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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.dominiopublico.gov.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGxns2XyI_Tg4vkIFD6LuldALnILQ


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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.literaturabrasileira.ufsc.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFryxvWckAJubMD__blya96_NDjqQ

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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.inhotim.org.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEsaaERi2XMZeC-DUxXEkZcD1nE9w


http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.futuratec.org.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNE6Qu6TfJY5CaidSQQJYvwxg9RMXw
























































49. http://www.bv.fapesp.br/

50. http://www.rodaviva.fapesp.br/

51. http://www.camara.gov.br/


1. http://afitema.vilabol.uol.com.br/cultivo.htm

2. http://www.sosma.org.br/blog/

4.2.4. Ecologia

Referências

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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.camara.gov.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFqK_KvNGShp_ehNCOUTJa77RtwvA


































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3. http://www.ecotece.org.br/

4. http://www.akatu.org.br/

5. http://www.oguiaverde.com/

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179

11. http://www.estacaovida.org.br/site/

12. http://www.ecolmeia.com/

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14. http://www.amazonialegal.com.br/

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16. http://www.catalogosustentavel.com.br/

17. http://www.carbonobrasil.com/

18. http://www.gentequecresce.cnpab.embrapa.br/

19. http://www.ecocentro.org/inicio.do

20. http://www.verbeat.org/blogs/facaasuaparte/

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Referências


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30. http://www.coletasolidaria.gov.br/

31. http://www.thegreeninitiative.com/pt/

32. http://www.envolverde.com.br/


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Referências


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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.envolverde.com.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEYqf4rq7gxFJWqwV1UALA04M8YPA


































































http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.socioambiental.org%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFvYaF_wFqv-tQW8tVTshAi86eshA

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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Festanoar.org.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGanl-wAG7c8tzKfK4lzn_QwUgXGg

http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.souamigodomar.com.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFSmJi-oEggT6Xnhpc7hj5t3CxNQw































































38. http://www.souamigodomar.com.br/

39. http://www.nema-rs.org.br/

40. http://www.ecopress.jex.com.br/

41. http://www.baleiafranca.org.br/

42. http://www.golfinhorotador.org.br/

43. http://www.baleiajubarte.org.br/baleiajubartev02/portugues/


44. http://www.icmbio.gov.br/menu/instituicao

45. http://www.tamar.com.br/

Referências


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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.baleiajubarte.org.br%2Fbaleiajubartev02%2Fportugues%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEH-alYzg-7dZmiaTKFGGKnVTvCYg






































































http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.icmbio.gov.br%2Fmenu%2Finstituicao&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNE_11CJTubYRMRWS1sZZtbKC6BoHQ

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4.3. Indicações de filmes

1. De onde vem? Realização: TV Escola/ MEC. Brasil, 2002.

2. Deficiência mental. Realização: TV Escola/ MEC. Brasil, 1997.

3. Deficiência física. Realização: TV Escola/ MEC. Brasil, 1998.

4. Avaliação e aprendizagem. Realização: TV Escola/ MEC. Brasil, 2002.

Referências




5. Convívio escolar. Realização: TV Escola/ MEC. Brasil, 2000.

6. Educação infantil. Realização: TV Escola/ MEC. Brasil, 2001.

7. Aula Lá Fora. Realização TV Escola/ MEC & Fundação Régua e Compasso. Brasil, 2003.

8. Direitos Humanos. Realização: TV Escola/ MEC. Brasil, 1998.

9. Momento Brasil. Realização: TV Escola/ MEC. Brasil, 2000.

10.História do Brasil por Boris Fausto. Realização: TV Escola/ MEC. Brasil, 2002.

184

11. Brasil 500 anos: um novo mundo na TV. Realização: TV Escola/ MEC. Brasil, 2000.

12. Brasil 500 anos: O Brasil Colônia na TV. Realização: TV Escola/ MEC. Brasil, 2000.

13. Brasil 500 anos: O Brasil Império na TV. Realização: TV Escola/ MEC. Brasil, 2001.

14. Brasil 500 anos: O Brasil República na TV. Realização: TV Escola/ MEC. Brasil, 2002.

15. Breve história das capitais brasileiras. Realização: TV Escola/ MEC. Brasil, 2003.

16 L d l Hi ó i d El i S Li

Referências



16. Ler se aprende com cultura Histórias da natureza – Elvira Souza Lima

17. Ler se aprende com cultura Quadrinhas, adivinhas e parlendas – Elvira Souza Lima

18. Ler se Aprende com Cultura Cantigas – Elvira Souza Lima

19. Ler se Aprende com Cultura- Passarim Passarinhando – Elvira Souza Lima

20. Ler se aprende com cultura- A Árvore que mudou de lugar – Elvira Souza Lima


5. Ladainhas de Capoeira Angola



IêQuando eu aqui chegueiQuando eu aqui chegueiA todos eu vim louvar Vim louvar a DeusPrimeiro

Morador desse lugar Agora eu tô cantandoAgora eu tô cantandoCantando dando louvor

Ladainhas

Mestre João Pequeno de Pastinha

Que vai fazer Oi oi ô com CapoeiraOi oi ô sabe jogáOi oi ô jogue pra láOi oi ô jogue pra cá A volta que o mundo deu

Oi oi ô que o mundo dá

Sai sai CatarinaSaia do mato vem ver Idalina

Sai sai CatarinaSaia do matovenha ver as meninasSaia do matovenha ver venha ver Tanto tempo

eu não te vejo



Tô louvando a Jesus CristoPor que nos abençoouTô louvando e tô rogandoTô louvando e tô rogando

Ao pai que nos criouAbençoe essa cidadeCom todos os seus moradoresE na roda de CapoeiraAbençoe os jogadoresCamaradinha


Saia do mato vem ver IdalinaCatarina minha negaCatarina meu amor Eu vim aqui para te ver Se eu não te vejo oh que dor

-Oh quebra quebra GerebraPedaço do hoje amanhã nadaquebraPedaço do hoje amanhãquem te quebraQue quebra que quebraque quebra Gerebra

187

Na Ladeira do PelourinhoEu também já joguei láE chegando perguntei,Colega meuPelo Mestre do lugar Pastinha se levantou,

Colega meuVeio comigo conversar Eu ainda não comeceiColega meu, que os Mestres

Mestre Bigodinho

Não bata na criançaQue a criança cresceQuem bate não se lembraQuem apanha não esqueceE a criança cresceE quem apanha

Não esquece-O menino chorou...Cala boca meninoPorque não mamou

A estrela atrás da luaE eu atrásDo bem querer -Lá vai uma ,Lá vai duas,Lá vai três

Pela primeiraLá vaiMeu amor emboraAi no vapor

Ladainhas



g , qEstá pra chegar Já chegou Sô ZacariasE chegou Mestre TrairaColega meu

Falta o Mestre Valdemar,Camaradinha

É hora é horaÊ galo cantou Iê cocorocó


qCadê sua mãeEla foi no CabulaComprar jaca moleDa cabeça madura

-Eu vi o sol vi a lua clarear Eu vi meu bem,Dentro do canavialA estrela do céu correEu também quero correr

Ai no vapor Da cachoeira

188

Eu vinha por um caminhoEu vinha por um caminhoÊ quando a cobra me mordeuE meu veneno foi mais forteE foi a cobra que morreuCamaradim

É hora é hora Ai ai ai que vai fazer Ai ai ai a Capoeira

Mestre Bola Sete

Eu fui na igreja me confessar Santo Antônio me abençoouSanto Antônio pequeninoÉ um santo malandrelÉ jogador de CapoeiraNa copa do meu chapéu

Santo AntônioPequeninoAmansador de burro bravoMe amanse nesta horaCom 70 mil diabos

Ladainhas



p Ai ai ai é mandingá Ai ai ai que o mundo deu Ai ai ai que o mundo dá


Santo Antônio pequeninoCarregado no andor Êh olhe lá meu camaradoÉ meu Santo protetor

189

Eu não sou poetaEu não sou poetaMas meu verso eu mesmo façoPara mim é um desabafoA Bahia é minha terraA Bahia é meu lugar

A Bahia é terra rica,Terra rica sim senhor Na Bahia tem petróleoTem cacau e tem dendê

C

Mestre Gildo Alfinete

Eu não sou daquiMarinheiro sóEu nem tenho amor Eu sou da BahiaDe São Salvador -Eu sou Angoleiro...

Angoleiro o que é que eu sou?Angoleiro da BahiaAngoleiro sim Senhor Angoleiro de Pastinha

Ladainhas



Tem a Capoeira AngolaPara eu me defender Camaradinha

Viva meu DeusViva pastinhaTodos os MestresLenço de sedaEu vou me embora


gJogo Angola sim senhor

190

Cachoeira MuritibaCachoeira Muritiba meu DeusSão Félix banco de areiaMeu navio tá encalhadoAi meu Deus na boca de uma Ba-leia

Cachoeira MuritibaCachoeira Muritiba, meu DeusUm tanto de areiaMeu navio tá encalhado

Mestre Pelé da Bomba

É hora é horaÊh vamo nos embora

Eu vi dizer amor...eu vi falar A filha chamou a mãeCabelo de arapuá

-Quando eu morrer Me enterre na LapinhaEh calça, culote, paletó de almofa-dinha

Ladainhas



Na boca de uma baleiaVou subir pra cuidar as almasVou me embora pra São FilipeDo outro lado é Santo Antônio

Ai meu Deus São Antônio de Je-susVou descer para São FélixAi meu Deus,Onde o Santo tá na cruz,Camaradim


Mas seu Besouro enterram na La-pinhaZum zum cordão de ouro

191

O Brasil disse que temO Brasil disse que temÓ meu bem o JapãoDisse que nãoUma esquadra poderosaPra briga com os Alemão

Minha mãe agora eu vou láNo sorteio Militar Meu Brasil já está na guerraMeu dever é ir lutar

Mestre Virgílio

Êh viva meu MestreÊh viva todos os MestresOlha lá quem me ensinou Êh a malandragemOlha lá da CapoeiraÊh menino e bom

Ê joga pra li Ê joga pra cá

No tempo do cativeiro

Ainda hoje eu me lembroAntigas ordensDo meu Senhor Trabalha negroNegro trabalhaTrabalha negro

Pra não apanhar -Vem joga mais euVem joga mais euMeu irmãoV j i

Ladainhas



A marinha é de guerraO exército de campanhaO bombeiro apaga o fogoO estrangeiro é quem apanha

Camaradinha

AquinderreisÊh viva meu Deus


Quando o senhor me batiaRezava pra Nossa SenhoraAi meu DeusComo a pancada doía

É trabalhava no algodão no açú-car e no sisalEu era chicotiadoNum velho tronco de pauQuando cheguei na BahiaA Capoeira me libertou

Vem joga mais euIrmão meuIrmãozinho do coração

192

Eu sou discípulo que aprendoSou Mestre que dou liçãoBerimbau é o meu guiaO meu canto é oraçãoCapoeira minha sinaMinha mãe e protetoraMe governa me ilumina

Ô Bendita ConsoladoraQue ilumina meus caminhosE me clareia as veredasQuem gostar dessa mandingaOi L d S d

Mestre Reginaldo Véio

Paranauê Paranauê ParanáVão dizer minha mulher Capoeira me venceu ParanáEla então bateu pé firmeIsso nunca sucedeuLá no céu tem três estrelasTodas três encarreirinha

É João Grande e João PequenoE a outra é PastinhaMenina dos olhos verdesMe dê água de bebêNã é d ã é d

Ladainhas



Oi passa na Lenço de Seda

Êh viva meu DeusÊh viva meu Mestre

Ai ai ai viva PastinhaÊh ABCAÊh Lenço de Seda


Não é sede não é nadaÉ vontade de te ver Vou me embora vou me emboraComo eu já disse que vou

Se eu aqui já sou queridoLá eu tenho meu amor Paranauê Paranauê Paranauê Paraná

193

IêDeram parte ao delegadoDeram parte ao delegadoQue eu era filho vadioFaz três mêis que eu num trabaioColega veio sustento mulher e fi-

lhoDelegado me intimouDentro da secretariaPara dá depoimentoColega véio

Mestre Boa Gente

Uma é minha outra é suaA outra fica sozinhaCamaradinha

Viva meu DeusIê viva meu Mestre

Ai ai ai que me ensinou Ai ai ai a malandragem Ai ai da CapoeiraOiá ele é cabeceiroOi l é di i

Esse negro foi quem me en-sinouEsse negro da calça rasgadaCamisa furada é o meu pro-fessor -Olha lá, nego

Olha o nego sinháOlha lá o negro

Ladainhas



Colega véioDaquilo que eu não sabiaMinha mãe tá me chamandoÔ que linda de mulher

Quem bate pandeiro é homemColega véioQuem bate palma é mulher Lá no céu tem três estrelasTodas as três encarririnha


Oia ele é mandingueiro

-Avisa meu mano, avisa meu ma-no avisa meu mano

Capoeira mandou me chamar - A canoa virou marinheiroNo fundo do mar tem dinheiro- Ê por favor não maltrate essenegro,

194

Iê ! ...Quatro coisa nesse mundoQuatro coisa nesse mundoOra meu DeusQue aperreia o cidadãoÉ uma casa com pingueira

É um cavalo xotãoÉ uma mulher ciumentaE um menino chorãoTudo isso eu dou um jeitoO cavalo eu negoceio

Mestre Neco

-Panha laranja no chão Tico-TicoSe meu amor for se embora eu não ficoPanha com o pé com a mão ou com o bicoA saia da nega é de renda de bico-Tabaréu que vem do sertãoVendendo quiabo maxixe e limão

Ele vem do sertão com a mala na mão-Pomba avuou pomba avuouPomba avuou gavião pegou-Dona Maria do camboata,Ela chega na venda

Ladainhas



O cavalo eu negoceioA criança eu acalentoE a mulher cai na peiaCamaradinha

Viva meu DeusGalo cantou Viva PastinhaSeu Caiçara,Mestre AberrêMestre BobóSeu Canjiquinha


Ela chega na venda,Ela manda botáToma uma pinga e da salto mortalEla chega na venda

E sai sem pagá

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ÊhAcordei de madrugadaPeguei meu berimbauE segui o meu caminhoPra joga minha CapoeiraCapoeira de AngolaDerrepente quando vi

Derrepente quando viOi ia ia cobra coralMe chamou me deu recadoEu fiquei a responder Cuidado Mestre Pelé

Mestre Pelé do Tonel

Comecei pois a tocáTava numa oraçãoSegurei no meu patuáComecei pois a cantáOlha aqui viva meu DeusFoi menino e foi do mal

Das tentações foi o perigoOi ia ia que sou pois CapoeiraÉ Capoeira de AngolaA cobra é pois escutouEla logo imaginou

Ê água do mar câmaraO navio foi navegar Pescador foi pescar Oi ai ai viva os MestresOi ai ai quem me ensinou Oi ai ai foi Aberrê

Yá um dia me disseMinha mãe um dia me dis-seFulas Nupéis Haussais

Ladainhas



Cuidado Mestre PeléCuidado Mestre PeléTem uma cobra querendo lhe pe-ga

Nome dela é SucuriNome dela é SucuriÉ uma cobra pois danadaEla aperta pois ela mordeEu logo me prepareiEu logo me prepareiE peguei meu berimbauFoi menino e foi do mal


Ela logo imaginouEla logo pois correuColega veio, pois num rio foi seesconder

É por isso pois que eu digo meuDeus,Viva a Capoeira Angola

Ê pedra do mar Ê pedra do mar câmaraÊ água do mar

Fulas Nupéis HaussaisMaleis Bantu MandigaisCamujerê como táComo vai vosmice

Como esta de saúdePra mim é um prazer -Êh besouroCordão de ouroLá lalá ilá ilá

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Tudo é povo de cor Nos portos do novo mundoColega VéioOs negros aqui chegaramTrouxeram no OberóTrouxeram no Oberó

Malê, Mutá, KayongoJaKutá, Oganjú e maisCamaradinhaDe Aruanda muito Axé

Contramestre Valdec

Vem ouvir o meu cantar Eu vi não tenho o que tu temO canto de Valdemar Eh Joga a Capoeira joga AngolaFoi meu Mestre que ensinouQuem quiser saber meu nome

Não precisa perguntar Eu me chamo é ValdecAqui e em qualquer lugar Angoleiro de valor Nunca há de abaixar

Ladainhas



Êh que vai fazer Oia lá na CapoeiraÊh da malandragem

Oi lá viva meu DeusÊh viva meu MestreÔ quem me ensinou

-Êh Paraná, ParanáCheguei agora Paraná


Nunca há de abaixar Paraná Paranáue-CajueiroMandar eu vou

Mandar oiáEu vou Eu vouEu vou oiá

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São quatro coisas, que eu amoAí meu Deus,Nesse mundo enganador,Em primeiro é o Deus,Que tudo se criou,Em segundo minha mãeMais que me abençôo

Em terceiro minha filha,Que Deus deu com muito amor Em quarto a capoeira,Eu vou cantar, capoeiraEu vou jogar capoeira

Contramestre Jean Taruíra

Ai, ai, ai Viva meu MestreQuem me ensinou Iê, a capoeiraCamará Ai, ai, ai,Foi Reginaldo,

Iê foi o PepinhaCamaráIê vamos embora camará

Mais que som é esse

Ladainhas



Eu vou jogar, capoeiraEu vou cantar, capoeiraQuero aprender, capoeiraVou ensinar, capoeira

Vou respeitar, capoeiraEu vou jogar, capoeira

IêViva meu DeusCamará


Mais que som é esseMais que som legalÉ o som da capoeiraÉ o som do berimbau

E o instrumento legal,é o berimbauE o instrumento legal ,é o berimbau

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Ô menino aprende a lêÔ menino aprende a lêDê uma chance ao seu saber Vai e faça a CapoeiraJoão Pequeno da BahiaMestre João,

João Pequeno de Pastinha-Dim dim lá vai violaEh lá vai violaEh me sosta esse jogo esse jogoé Angola

Mestre Moa do Katendê

Nela não se aprende tudoMais se ganha habilidadeQuanto mais você praticaMais conhece a liberdadeEu vi berimbau tocar e uma tur-ma tão bacanaPraticando Capoeira no Clube

Vasco da GamaEu vi berimbau tocar E vi uma turma tão maneiraPraticando CapoeiraAqui no Lenço de Seda

-Quem falou que ele não vinhaCompletar nossa alegriaEle trouxe a fé do povoRica de sabedoriaMestre JoãoJoão Pequeno da Bahia

Mestre JoãoJoão Pequeno de PastinhaBerimbaus de todo o mundoToquem Angola nesse versoPara saudar o mais velho

Ladainhas



é AngolaEh lá vai violaEh jogo de dentro não é jogo defora

Pra você se defender Capoeira tem históriaFundamentada em segredosQuando parece estar sériaEla não passa de brinquedo


Aqui no Lenço de SedaCamará

Viva meu Deus

Ê viva meu Deus CamaráÊ viva meu MestreÊ que me ensinou Ê a CapoeiraÊh galo cantou Êh côcôrôcôÊh volta do mundoÊh que o mundo dá

Para saudar o mais velhoCapoeirista do UniversoMestre João

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cartilha na ginga do boi

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