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Cartilha de educação ambiental para um parque temático da cidade de Itacoatiara, Amazonas.

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PAGINA DE ROSTO

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Práticas de Apoio de Ciência e Biologia

Esta cartilha apresenta atividades práticas nas disciplinas de Ciências e Biologia, contem-plando os diferentes assuntos abordados no ano letivo, para ajudar você Professor, há dina-mizar suas as aulas.As Ciências Biológicas têm um grande impacto sobre os ramos do conhecimento e é sem dú-vidas que os alunos se interessem por seus conhecimentos. Todas as ciências estão relacio-nadas direta ou indiretamente às Ciências Biológicas. O ensino de ciências, principalmente no ensino fundamental das escolas publicas, tem se baseado somente na transmissão das informações em aulas teóricas expositivas e poucas aulas praticas. A falta de estimulação das crianças, jovens e adolescentes a conhecer esse fantástico mundo das Ciências Biológi-cas e Naturais tem gerado pouco entusiasmo em relação a essa disciplina.Nesta cartilha preparamos aulas práticas de Ciências e Biologia que proporcionaram mui-tos benefícios para as crianças e os jovens, pois os mesmos poderão trabalhar em grupos ou individualmente, despertando habilidades cognitivas, intelectuais que serão de grande valor para o seu futuro.

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O QUE É BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO?

A biologia da conservação é uma ciência multidisciplinar que foi desenvolvida como res-posta à crise com a qual a diversidade biológica se confronta atualmente (Soulé, 1985). A biologia de conservação tem dois objetivos: • Entenderosefeitosdaatividadehumananasespécies,comunidadeseecossistemas;• Desenvolverabordagenspráticasparapreveniraextinçãodeespéciese,sepossível,reintegrar as espécies ameaçadas ao seu ecossistema funcional.A biologia de conservação surgiu uma vez que nenhuma das disciplinas tradicionais apli-cadas são abrangentes o suficiente, para tratar das sérias ameaças à diversidade biológica. Ela complementa as disciplinas aplicadas fornecendo uma abordagem mais teórica e geral paraaproteçãodadiversidadebiológica;diferenciandodasoutrasdisciplinasporquelevaem consideração, em primeiro lugar, a preservação a longo prazo de todas as comunidades biológicas e coloca os fatores econômicos em segundo plano. Grande parte da crise da biodiversidade tem origem na pressão exercida pelo homem. A biologia da conservação também incorpora idéias e especificidade de várias outras áreas além da biologia. Como por exemplo:• Legislaçãoepolíticaambientaldãosustentaçãoàproteçãogovernamentaldeespé-cies raras e ameaçadas e de habitats em situação crítica. • Aéticaambientaloferecefundamentológicoparaapreservaçãodasespécies.

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• Asciênciassociais taiscomoantropologia, sociologiaegeografia fornecemaper-cepção de como as pessoas podem ser encorajadas e educadas para proteger as espécies encontradas em seu ambiente imediato. • Os economistas ambientais analisamo valor econômicodadiversidadebiológicapara sustentar argumentos em favor da preservação. • Ecologistaseclimatologistasdeecossistemasmonitoramascaracterísticasfísicasebiológicas do meio ambiente e desenvolvem modelos para prever as respostas ambienrais a distúrbios.

As decisões sobre assuntos relativos à conservação são tomadas todos os dias, muitas ve-zes com informação limitada e fortemente pressionadas pelo tempo. A biologia de con-servação tenta fornecer respostas a questões específicas aplicáveis a situações reais. Tais questões são levantadas no processo de determinar as melhores estratégias para proteger espécies raras, delinear reservas naturais, iniciar programas de reprodução para manter a variação genética de pequenas populações e harmonizar as preocupações conservacionis-tas com as necessidades do povo e governo locais. Os biólogos e outros conservacionistas de áreas afins, são pessoas adequadas para fornecer a orientação que os governos, as em-presas e o público em geral necessitam quando têm de tomar decisões cruciais. Embora alguns biólogos conservacionistas possam hesitar em fazer recomendações sem ter conhe-cimento detalhado das especificidades de um caso, a urgência de muitas situações pede

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decisões com base em determinados princípios fundamentais de biologia.O que é Diversidade Biológica? Embora a proteção da diversidade biológica seja o ponto central da biologia da conserva-ção, o termo diversidade biológica” tem significados diferentes para diferentes pessoas. A definição dada pelo Fundo Mundial para a Natureza (1989) é: “a riqueza da vida na terra, os milhões de plantas, animais e microorganismos, os genes que eles contêm e os intrincados ecossistemas que eles ajudam a construir no meio ambiente”. Portanto, a diversidade bio-lógica deve ser considerada em três níveis: • AdiversidadebiológicanoníveldasespéciesincluitodaagamadeorganismosnaTerra, desde as bactérias e protistas até reinos multicelulares de plantas, animais e fungos. • Adiversidadebiológicaincluiavariaçãogenéticadentreasespécies,tantoentreaspopulações geograficamente separadas como entre os indivíduos de urna mesma popula-ção;• Adiversidadebiológicatambémincluiavariaçãoentreascomunidadesbiológicasnas quais as espécies vivem, os ecossistemas nos quais as comunidades se encontram e as intenções entre esses níveis.Todos os níveis de diversidade biológica são necessários para a sobrevivência contínua das espécies e das comunidades naturais e todos são importantes para a espécie hununa. A diversidade das espécies representa o alcance das adaptações evolucionárias e ecológicas das espécies com determinados ambientes. A diversidade das espécies fornece recursos e

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alternativasderecursosàspessoas;Adiversidadegenéticaénecessáriaparaqualqueres-pécie manter a vitalidade reprodutiva, a resistência a doenças e a habilidade para se adap-tar a mudanças. A diversidade em nível de comunidade representa a resposta coletiva das espécies às diferentes condições ambientais. Diversidade das Espécies Em cada nível de diversidade biológica - espécies, genética e comunidade os biologistas da conservação estudam os mecanismos que alteram ou mantêm a diversidade. A diversidade das espécies inclui a lista completa de espécies encontradas na Terra. Uma espécie pode ser definida de um ou dois modos. • Umaespéciepodeserdefinidacomoumgrupode indivíduosqueémorfológica,fisiológica ou bioquimicamente distinta de outros grupos em algumas características (de-finição morfológica de espécie). Mais e mais, as diferenças nas seqüências de DNA estão sendo usadas para distinguir espécies que parecem quase idênticas, como é o caso das bactérias. • Umaespéciepodeserdistinguidacomoumgrupodeindivíduosquepodepoten-cialmente procriar entre si, mas que não procria com indivíduos de outros grupos (defini-ção biológica de espécie).

A definição morfológica de espécie é normalmente a mais usada pelos taxonomistas, bio-logistas que se especializam na identificação de espécies desconhecidas e na sua classifi-

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cação. A definição biológica de espécie é normalmente a mais usada pelos biologistas de evolução, porque é baseada nas relações genéticas mensuráveis, muito mais do que em características físicas que são de alguma forma subjetivas.

COMO SER UM EFICIENTE EDUCADOR NA NATUREZA

Antes de começarmos a explorar a natureza com as crianças vamos refletir por um instante sobre o nosso papel de educadores. Quais são as regras básicas para proporcionar às crian-ças e a nós, momentos alegres e gratificantes? a seguir temos as cinco regras da educação ao ar livre que lhe ajudarão a trabalhar com a energia das crianças, desafiando-as a deixar de lado as travessuras e buscando atividades mais construtivas e principalmente mais agradáveis.

1. Ensine menos e compartilhe mais. Além de descrever às crianças os simples fatos da natureza é importante transmitir a satisfação o entusiasmo de estar diante da natureza. Falar sobre a admiração e respeito por ela ao constatar como resiste às intempéries, na épo-ca da seca e das chuvas abundantes, e quando os ventos fortes do inverno tentam vergar e quebrar seus galhos. E importante cita-lhe sobre as curiosidades em descobrir como as raízes da árvores conseguem encontrar nutrientes capazes de suprir suas necessidades no solo por vezes infértil.

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As crianças reagem a essas observações com muito mais epontaneidade do que reagiriam diante de explicações teóricas. É importante que um adulto compartilhar seus sentimentos com as crianças, pois expondo nossas idéias e sentimentos, incentivamos a criança a explo-rar respeitosamente seus próprios sentimentos e percepções, surgindo daí uma amizade e confiança entre o adulto e a criança.

2. Seja receptivo. Receptividade significa ouvir e estar atento. É uma das atitudes mais gratificantes que você pode cultivar quando trabalha com crianças o ambiente ao ar livre provoca um entusiasmo espontâneo na criança e, com habilidade, você poderá direciorná-la para o aprendizado. Fique também alerta ao que se passa na natureza naquele momento. O seu planejamento de aula será feito passo a passo, se você estiver sintonizado com atenção sensível.

3. Concentre a atenção da criança. Estabeleça o estilo do passeio desde o início envol-vendo cada uma das crianças o mais que puder, formulando perguntas indicando aspectos e sons interessantes. Algumas crianças não estão acostumadas a observar a natureza tão de perto, portanto descubra algo que lhes desperte o interesse, que as conduza progressiva-mente a uma observação apurada. 4. Primeiro observe e sinta, fale depois. Às vezes os espetáculos produzidos pela na-

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tureza captam a atenção da criança, deixando-a encantada. Mesmo que não seja possível presenciar esses eventos especiais, a criança poderá ter uma experiência de encantamento observando atentamente alguns acontecimentos corriqueiros. Elas possuem uma admirá-vel capacidade de ficar absortas naquilo que estão vendo as crianças raramente esqueçem uma experiência direta.

5. Um clima de alegria deve prevalecer durante a experiência. Seja em forma de ativi-dades agitadas e engraçadas ou silenciosas e concentradas. As crianças estão mais prontas para aprender quando há uma atmosfera de alegria e entusiasmo. Lembre-se de que o seu próprio entusiasmo é contagiante e essa talvez seja sua ferramenta mais poderosa como educador.

ESCOLHA A ATIVIDADE ADEGUADA QUANTO A IDADE, AO TEMPO E AO LOCALAs atividades na natureza contidas nesta cartilha ensinarão várias lições às crianças, algumas óbvias, outras muito sutis. Talvez você escolha determinadas atividades pelos conceitos que elas transmitem ou pelas qualidades pessoais que elas desenvolvem na criança. Você também pode escolher atividades para complementar a animação do grupo ou produzir mudanças desejável de atitude ou energia.A SEGUIR TEMOS ALGUNS EXEMPLOS DE ATIVIDADES PARA SEREM DESENVOLVIDAS:

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1ª Atividade: Janelas da terraA floresta (Parque ou Horto) fica atraente e nova quando você a vivência de um novo ân-gulo. Nesta atividade, as crianças deitam-se quietas no chão da floresta, concentradas em observar e ouvir o balanço dos galhos das árvores, o esvoaçar dos pássaros e a agitação do vento. Através das brechas entre as copas das árvores, nuvens silenciosas espreitam o quarto improvisado das crianças na floresta. Os animais poderão se aproximar porque elas estão imóveis e escondidas. Peça que todas se deitem e comecem a pensar em si mesmas como fazendo parte da Terra, olhando em direção ao céu. Cubra o corpo de cada criança com folhas, gravetos e ramos, deixando livre as laterais da cabeça. Apenas o rosto deve ficar exposto e use muitas folhas e gravetos para que ela tenha a sensação de estar dentro da Terra. Depois, coloque folhas so-bre o rosto delas como se fosse uma colcha de retalhos. Verifique se as folhas estão limpas e peça que a criança feche os olhos enquanto você coloca a última camada de folhas. Diga às crianças que você dará um sinal quando chegar a hora de levantar, assim elas permane-cerão por mais tempo sob as folhas sem ficar impacientes. Você deve dar o sinal antes que isso aconteça. Trabalhe numa única direção, distanciando-se daquelas que já estão prontas. Assim, quan-do a criança que foi coberta em primeiro lugar se levantar, você poderá afastá-la das de-mais que ainda estão desfrutando o silêncio da floresta. Se houver uma ou mais crianças

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que queiram conversar ou perturbar as outras, faça que fiquem mais distantes. É também importante adverti-las com antecedência sobre pequenos animais que talvez caminhem sobre elas. Coloque a idéia em prática! Isso em geral é bastante divertido as crianças deixam de lado o preconceito adquirido contra os insetos e passam a apreciar essas fascinantes criaturas. Estimule-as a permanecer calmas enquanto estiverem deitadas sob as folhas e com os bichinhos caminhando em cima delas, peça-lhes para apenas sentir o que os-insetos estão fazendo para que possam contar suas experiências aos outros mais tarde. Esta atividade proporciona uma experiência por meio dos próprios olhos da floresta.

2ª Atividade: Batidas do coração da árvoreA árvore é um ser vivo. Ela come, descansa, respira e seu “sangue” circula tanto quanto o nosso. O som das batidas do coração de uma árvore é uma incrível melodia do fluxo de vida. O início da primavera é a melhor época para ouvirmos as batidas do coração da flores-ta, quando as árvores enviam os primeiros fluxos de seiva para seus galhos, preparando-as para mais um período de desen-volvimento. Escolha uma árvore com tronco de 15 centímetros de diâmetro, no mínimo, cuja casca seja fina. As árvores decíduas são melhores para serem ouvidas do que as coní-feras, e, mesmo pertencendo à mesma espécie, algumas podem ter uma batida mais forte do que outras. Pressione um estetoscópio firmemente contra a árvore e não o movimente para não provocar ruídos de interferência. Você pode ter que experimentar em vários pon-

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tos diferentes no tronco da árvore até encontrar o lugar ideal. As crianças vão querer ouvir as batidas de seus próprios corações.

3ª Atividade: Caminhada cegaÉ bastante simples organizar e conduzir esta atividade. Forme pares, misturando adultos com crianças ou só crianças se elas tiverem maturidade suficiente. Cada par decidirá quem será o líder em primeiro lugar e quem terá os olhos vendados. O líder deve conduzir seu parceiro em qualquer caminho que lhe pareça atrativo, ficando sempre atento a pedaços de pau, raízes, galhos de árvore muito baixos e outros obstáculos. O líder também deve di-recionar as mãos do companheiro para objetos interessantes e conduzi-lo a uma variedade de sons e odores diferentes. Lembre-se de demonstrar como guiar uma pessoa com segu-rança. E de dizer aos lideres que eles são os olhos de seus parceiros vendados.Quando as pessoas tentam alguma coisa nova, freqüentemente ficam tensas e começam a rir e a fazer piadinhas. Como cobrir os olhos pode ser uma experiência muito diferente para muitas crianças, o seguinte jogo pode ajudar, se praticado antes das atividades com os olhos vendados. Peça a todos para sentar em círculo e fehar os olhos. Diga-lhes que você vai fazer passar um objeto pela roda e que cada pessoa deverá usar seus sentidos do olfato, tato e talvez a audição para descobrir algo novo sobre ele. Peça a cada participante pata compartilhar suas descobertas antes de passar o objeto para o próximo jogador.

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4ª Atividade: Faz-de-contaImagine que você é uma pluma de dente de leão, flutuando à deriva. Ou uma árvore, sinta seus galhos mais altos balançando ao sabor do vento. Torne-se um filhote de onça saltitan-do numa clareira florida ou um bicho prequiça hibernando em um galho. Brincar de Faz-de--conta conduz a aprofundar-se nas qualidades, no modo de ser e no comportamento das várias formas de vida da natureza, permitindo que os participantes sintam as respostas de, seu próprio coração e mente em relação a elas. O fato de sermos humanos nos torna por vezes prisioneiros. Escolha um animal, planta, árvore, rocha ou montanha, qualquer coisa e faça de conta que você é um deles. Coordene seu corpo e sua imaginação para vivenciar a existência, a movimentação e os sentimentos de outras formas de vida. Você é um pássaro, e, a medida que vai voando por entre os galhos à beira da água, uma brisa morna do verão sopra sobre suas asas. Você é uma onça e sente a água fria sob suas patas, seu pêlo grosso protege-o contra o vento gelado, mas seu estômago vazio ronca. Faminto, você observa um pato que bebe água no leito do rio. Quanto mais você se colocar no mundo do faz-de- conta, mais abservará a individualidade e os sentimentos daquele elemento que decidiu ser. Cenas simples tais como a pluma de dente-de-leão ou uma árvore envergada pelo vento são os melhores para os iniciantes na arte do faz-de-conta. A prática em grupo também é interessante, você se concentrará me-nos em si mesmo quando todos estiverem participando da mesma atividade ao seu redor. Proporcione um ambiente de cooperação durante a brincadeiras de Faz-de-conta. Deixe

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que a criança haja por conta própria, sem medo de comparações ou competições.

5ª Atividade: Passeio da lagartaNesta atividade coloque vendas nos olhos das crianças e diga-lhes que você vai conduzi-las a lugar não muito distante. Peça-lhe para explorarem com as mãos o que está ao seu redor até conhecerem bem o local. Quando estiverem satisfeitas, leve as de volta ainda com a venda nos olhos, ao ponto partida. Retire a venda e peça-lhes que descubram os local que exploraram com as mãos.

6ª Atividade: DuplicaçãoEsta é uma boa brincadeira para despertar o interesse das crianças por pedras, plantas e animais. Antes de reunir as crianças, procure discretamente na área do entorno cerca de dez objetos comuns na natureza, tais como pedras, sementes, frutos ,partes de plantas e sinais de atividade de animais. Disponha os objetos sobre um lenço e cubra-os com outro lenço. Peça que as crianças se aproximem de você e diga-lhes: “Debaixo deste lenço há dez objetos da natureza que existem nas proximidades. Vou levantar o lenço durante vinte e cinco segundos para que vocês observem atentamente os objetos e depois tentem se lembrar de tudo que viram”. Depois de observá-los, as crianças saem à procura de objetos idênticos, sem revelar o que encontraram. Após cinco minutos de busca, chame-as de vol-ta. Mostre os objetos de maneira divertida, um de cada vez, e conte histórias interessantes

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sobre eles. A cada objeto apresentado, pergunte às crianças se encontraram um idêntico. As crianças costumam ficar muito curiosas sobre as coisas que você tem para lhes mostrar: pedras, sementes, plantas, etc. Se repetir esta brincadeira várias vezes, você observará que ela produz um grande aumento de concentração e memorização na criança.

7ª Atividade: MicroexcursãoA microexcursão é uma expedição curtíssima conduzida por um barbante de 1 a 1,5 metro. Os “excursionistas”, deitados de bruços, analisam cada centímetro da trilha, examinando pequenas maravilhas da natureza, tais como uma folha de grama dobrada por algumas go-tas de orvalho, besouros coloridos salpicados de pólen das flores, aranhas com poderosas queliceras e com oito olhos. Como as crianças pequenas gostam especialmente de objetos minúsculos, sua intensa absorção no mundo da minifloresta será surpreendente. Comece pedindo que elas estendam os barbantes sobre a parte do solo mais interessante que puderem encontrar. Forneça a cada criança uma lupa mágica, de modo que, ao obser-var uma formiga, sinta-se do tamanho dela. Você poderá fazer perguntas que estimulem a imaginação das crianças: “Que mundo você está percorrendo neste momento? Quem são seus vizinhos mais próximos? Eles são amigos? Estão trabalhando muito? O que aquela ara-nha pretende fazer, comer você ou lhe dar uma carona? Como ele passa o dia?” No início diga às crianças que seus olhos não devem ficar mais do que trinta centímetros distantes do solo.

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8ª Atividade: Receita da florestaDê a cada criança uma escritura imaginaria de um terreno de 1.500 metros quadrados. Nes-se pedaço de terra virgem ela terá a liberdade de criar a floresta de seus sonhos, com ani-mais, montanhas e rios, enfim, tudo o que desejar. Deixe que as imaginações fluam livre-menteparaetimularacriatividadedascrianças,vocêpoderádarmassugestões;“Para Que sua floresa seja linda e radiante, talvez você queira incluir algo como cachoeiras e tempestades de vento, ou arco-íris permanentes..Peça-lhes que façam uma lista dos ingredientes de suas florestas e depois os desenhem. Termine indagando ás crianças se suas florestas serão capazes de sobreviver ano após ano. Por exemplo, verifique se as crianças escolheram alguns representantes do ciclo alimen-tar: herbivoros, plantas e os decompositores (exemplo: formigas, cogumelo, bacterias). Nao deixe que se esqueçam de fatores menos evidentes tais como solo e clima.

9ª Atividade: EncadeamentoEsta é uma atividade que torna bastante evidente os inter-relacionamentos essenciais en-tre todos os membros de um comunidade natural. O atividade retrata com clareza como o ar, as pedras, as plantas e os animais trabalham juntos na equilibrada teia da vida.As crianças formam um círculo. O monitor coloca-se dentro do círculo, próximo da margem, segurando um rolo de barbante: “Quem pode me dizer o nome de uma planta que cresce

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nesta área?... Embaúba... Ótimo! Venha aqui, Srta. Embaúba, e segure a ponta do barbante. Há um animal por aqui que gosta de comer folhas de Embaúba?... Bicho Preguiça!... Ah, uma magnífica refeição! Sr. Bicho Preguiça, segure aqui neste barbante, você’está ligado à Srta. Embaúba porque depende dela para se alimentar. Agora, quem se alimenta do bicho preguiça? Continue ligando as crianças por meio do barbante à medida que vão aparecendo cone-xões entre elas. Introduza novos elemntos e considerações, tais como outros animais, solo, água, e assim por diante, até.que todas as crianças do círculo estejam interligadas como um símbolo da teia da vida: Vocês acabaram de criar seu: próprio ecossistema. Para demonstrar como cada elemento é importante para uma comunidade, imagine um motivo plausível para retirar um elemento do conjunto. Por exemplo, o fogo ou um lenha-dor corta uma árvore. Quando a árvore cai, arrasta consigo o barbante que está segurando, qualquer um que sinta o puxão em seu barbante foi, de alguma forma, afetado pela morte da árvore. Agora todos os que sentiram um puxão por causa da árvore também devem dar um puxão. O processo continua até que cada elemento démonstre ter lido afetado pela morte da árvore. 10ª Atividade: Predador – presaEsta brincadeira introduz o conceito de cadeias alimentares e demonstra como elas funcio-nam. Forme um círculo de cerca de cinco metros de diâmetro numa área aberta. Coloque vendas nos olhos de duas crianças, deixando-ás no meio do círculos. Peça a uma delas que

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diga o nome de um predador que vive na região e peça à outra que diga o nome de uma presa. O predador tenta apanhar a presa, ouvindo-a, seguindo sua pista e correndo atrás dela. Se o predador ou a presa se aproximarem muito da margem do círculo, as crianças lhe darão duas pancadinhas. Exija silêncio enquanto a brincadeira está em andamento e peça que os participantes representem de modo mais real e .que imitem os animais escolhidos. Para variar a brincadeira faça uma experiência com número diferente de predadores e pre-sas. Coloque sininhos em alguns dos animais, forçando-os a modificar sua estratégia de caça ou para que não sejam capturados. Se o predador não for tão arrojado como poderia ser, e estiver demorando muito, feche mais o círculo, de modo que o predador e a presa fiquem mais próxinos um do outro.

11ª Atividade: Que animal sou eu?Prenda com um pregador a figura de um animal nas costas de uma criança do grupo. Nao deixe que ela veja a figura. Peça que fique de costas para o grupo de forma que todos pos-sam ver em que animal ela se tranformou. Em seguida, ela deve fazer perguntas para des-cobrir sua identidade. As outras crianças só podem responder sim, não e talvez.12ª Atividade: Corrida do animal selvagemAs crianças demonstram um aguçado interesse pelos animais e suas idas quando você apresenta a corrida do animal selvagem. Escreva nomes de animais conhecidos nas flichas de cartolinas. (Se puder substituir os nomes por figuras será melhor, porque elas estimulam

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o interesse dos participantes e permitem que as respostas sejam mais exatas.) Prenda uma ficha com nome ou a figura do animal nas costas de cada criança. Quando você der sinal, os participantes devem fazer perguntas entre si, pedindo pistas para descobrir quem são. Peça que façam perguntas a todos os participantes, uma pergunta para cada um, para as-sim interagir com todos. Cada um poderá fazer quantas perguntas desejar, mas as postas serão limitadas a sim, não, talvez e não sei. (Esta última é uma resposta importante. Os jo-gadores devem sair jogo se derem respostas erradas.) Lembre aos jogadores que suas perguntas devem ser a respeito das características de seu animal. Por exemplo façam perguntas como: “Tenho asas?” Faça o jogo ficar mas educativo do que: “Sou uma borboleta?” (Você poderá ajudar os jogadores de primeira viagem a des-cobrir seu animal se der exemplos de tipos de perguntas.) Para dar a todos a sensação de sucesso, deixe que conhecimento de cada jogador seja a referência para a precisão de sua resposta.Por exemplo, para as crianças mui pequenas, pássaro pode ser uma boa resposta. Para aquele que conhecem diferentes tipos de pás-saros, pardal pode ser a resposta correta. Um experiente observador de pássaro pode dar uma resposta mais específica, e a resposta correta terá indicações de seu comportamento ou mesmo o nome de subespécies. Assim que cada jogador tiver certeza do nome de animal, ele pode dizer: “Sou um ...?“. Se ele estiver correto deixe-o pendurar a foto na frente de sua camisa, dessa maneira você sa-berá quem terminou e quem ainda não.

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Além de ensinar os conceitos de classificação aftimal essa atividade ajuda também a desen-volver três qualidades importantes:

1. Disponibilidade para idéias novas: evitando preconceitos e julgamentos precipitados. “Vejamos, vivonafloresta; souumanimalde sanguequente; tenhohábitosnoturnoseposso voar. Bem, isso significa que sou um pássaro.” (Na verdade as respostas possíveis são: esquilo voador ou morcego.)

2. Discernirnento: usar novas informações e testar sua abilidade. Vejamos alguns exemplos: a) “Posso nadar, e sou de sangue quente. (Então devo ser um pássaro ou mamífero. (Que pássaros e mamíferos nadam?)” b) João me contou que sou membro da família dos roedo-res. Mas sou um predador. Acho que devo desconsiderar a resposta do João, por que nenhum roedor é predador. Além disso, eu tenho pegadas semelhantes ás de um cão. Aposto que sou um coiote (lobo americano) ou uma raposa. Vou perguntar a Maria se meu uivo é agudo.

3. Preocupação com os semelhantes: uma das características desta brincadeira que mais aprecio é a preocupação e o incentivo que os participantes demonstram ter entre si. Mui-tos deles não consideram a brincadeira encerrada até que todos tenham adivinhado cor-retamente que animais são. Tenho presenciado inúmeras vezes seis ou sete participantes

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reunidos em volta do último, ajudando a terminar a brincadeira.

13ª Atividade: Arca de NoéA idéia é encontrar seu par na confusão e na correria de bichos na Arca de Noé. Inicie con-tandoonúmeodeparticipantes,depoisfaçalistacomnomesdebichos;onumerodelesdeve ser a metade do numero de participantes. (Escolha animais que tenham sons e/ou movimentos bem caacterísticos, por exemplo, garças, cobras, patos, borboletas, sapos e lobos.) Escreva o nome de cada bicho em duas fichas pequenas (3x5 cm) de cartolina. Quando você terminar, deverá ter tantas fichas em suas mãos quantos forem os participantes, uma ficha para cada participante. Se o número de crianças foi ímpar, escreva o nome de um dos bichos em três fichas, forrmando um trio para incluir o terceiro jogador. Peça aos jogadores para formar um grande círculo. Embaralhe as fichas e distribua-as. Cada criança deverá ler sua ficha e transforma-se no bicho cujo nome lá está escrito, guardando segredo. Recolha as fichas.A um sinal, os participantes começam a fazer os movimentos tipicos do bicho com que foi sorteado, na tentativa de atrair seus pares. A atividade torna-se engraçada quando os bi-chos começam a latir, coaxar, chiar, zumbir, andar de modo elegante, balançar, saltar e fazer pose. As crianças poderão fazer qualquer ruído que desejarem, mas sem é proibido falar, cada bicho deve atrair seu par somente por meio de autenticidade de sua representaçoes.

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Esta brincadeira termina com uma feliz comfraternização e muita gargalhada.

14ª Atividade: Existe fauna urbana?Ao contrário do que possa parecer, nas cidades existem muitos animais. Eles convivem co-nosco em nossas casas, na escola, nas ruas e jardins. Alguns são grandes, como os cavalos e os cachorros. Outros são pequenos, como as formigas e as moscas. Na verdade, além dos pombos, pardais, cupins, lagartixas, sapos e aranhas, convive-se com uma infinidade de outros seres, nas cidades. Cada um desses seres tem uma história evolutiva e uma forma de vida particular. Muitos deles estão na Terra há milhões de anos, antes da presença dos animais humanos.

Note bem.• Oserhumanoéumanimal(mamífero).• Oquenosdiferenciadosdemaisanimaiséanossacapacidadeintelectual.Pormeioda inteligência desenvolvemos a cultura, ou seja, as artes, as ciêndas e a tecnologia, a ética, a política, as religiões etc.• Asnossasnecessidadesbiológicas,porém,sãoasmesmasdosdemaisanimais,ouseja, alimentos, abrigo, reprodução e repouso. Precisamos de água potável, ar puro, alimen-to saudáveis e segurança.

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Procedimento• Utilizaroquadrobrancoouumacartolina;• Pedirquefaçamumalistadosnomesdosbichosqueexistemnacidade;• Osnomesdevemserescritosemletrasgrandes;

DiscussãoObserva-se que os alunos levam certo tempo para incluir o animal humano, na listagem. Em alguns casos, nem o mesmo o incluem.A educação tendeu a considerar o homem como algo superior aos outros animais, a “cópia de Deus”. O resto é “figuração”, logo, pode ser escravizado, enjaulado, queimado, morto a pauladas ou a tiro, exterminados com armadilhas e venenos.Essa idéia, normalmente reforçada por crenças religiosas, terminou justificando a destrui-ção que a espécie humana impôs aos outros animais e aos ecossistemas.Há uma necessidade imperiosa de se rever esses conceitos, se pretende-se estabelecer re-lações mais harmonicas entre as pessoas e as demais espécies que compõem o elenco dos seres vivos que executam o teatro evolucionário da vida sobre a terra. 15ª Atividade: O comportamento da árvoreQuando se quer ressaltar que urna pessoa leva uma vida sem graça, diz-se: “Fulano não vive, vegeta”. Ou seja, o vegetal não vive! Esse equívoco vem se mantendo por séculos, con-tribuindo para formalizar urna percepção errônea das plantas. Imagina-se que elas sejam

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seres inferiores, que possuam a mais baixa hierarquia na organização da vida. Procedimentos • Escolherurnaárvorepróximadasuasaladeaulaoudaescolaefazerumdesenhodela ou uma fotografia, em cores. • Daíaummês,fazeroutrodesenho(oufoto)damesmaárvore,apartirdomesmoângulo. • Repetiratarefaduranteosmesesemqueestivernaescola.Designargruposparaexecutar essa tarefa, no período de férias. • Observarasmodificaçõesocorridasnaárvoreaocompletarociclodeumanoeinter-pretar o seu comportamento.

DiscussãoAs plantas são seres vivos como nós. Nascem, respiram, alimentam-se, movimentam-se, lutam pela sobrevivência, se reproduzem, envelhecem e morrem. Têm uma grande experi-ência evolutiva de sobrevivência na Terra.Observá-las pacientemente pode ser uma experiência gratificante, repleta de surpreen-dentes revelações.A atividade desenvolvida pelos alunos permite demonstrar, visualmente, a intensa dinâmi-ca das árvores. Elas nunca estão paradas. Interagem continuamente com diversos fatores ambientais, como a chuva, o vento, o frio, o calor e a presença de insetos ou pequenos

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animais. Respondem a esses agentes modificando os seus compostos químicos, mudando a cor das folhas ou soltando-as ao vento, produzindo flores ou alterando a textura de sua casca.Assim, pode-se dizer muitas coisas a respeito das árvores, exceto que elas são inativas, pa-radas.16ª Atividade: Observando fenômenos naturais Jean Piaget conta que certa vez um professor de Física advertiu um aluno que, distraindo--se durante a aula, fixava o olhar no céu, contempian algo. Sentindo-se ofendido por não ter a atenção daquele pupilo, o professor dirigiu-lhe uma dura reprimenda. Deveria o garo-to voltar imediatame olhar para a aula, cujo assunto era ótica. O aluno estava observando um arco íris! Que bela oportunidade aquele professor perdeu... Muitas vezes a insisttente perseguição aos conteúdos cega os profissionais da Educação, subtraindo dos alunos momentos únicos de observação e vivência prática. Procedimentos • Quandoocorreremfenômenosnaturaiscomochuva,aparecimentodeumarco-íris,queda de granizo, formação de neblina, ventos fortes, redemoinhos, trovoadas, relâmpa-gos ou quaisquer outros, interrompa a atividade que estiver executando e volte a atenção para aqueles fenômenos. • Observeomáximoquepuder.Emseguida,promovaumadiscussãosobreotema,

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incluindo questões como:- Por que ocorrem tais fenômenos?- Quais as suas funções?- Quais as consequências positivas e negativas do fenômeno observado?• Fazeroregistrofotográficodeumamesmaáreasobdiferentescondiçõesambien-tais.

DiscussãoA tônica é aproveitar o momento. Aproveitar o instante em que a natureza expressa seus movimentos, suas forças, exibindo suas cores.Caso não surjam respostas para todas as perguntas sugeridas, buscá-las depois. A ideia é estimular a apreciação, inclusive estética, dos fenômenos naturais. Isto amplia a percepção e estimula a sensibilidade das pessoas.O processo educativo é eminentemente prático. Não se pode alcançar a plenitude da cons-ciência analítica e crítica apenas com teorias. O fazer, o observar e o sentido são essenciais.17ª Atividade: Como eram os brinquedos?Grande parte dos brinquedos que chega às crianças, hoje, é industrializada e depende de energia elétrica para funcionar. Jogos de vídeo e carrinhos precisam de pilha, baterias ou corrente elétrica da rede.As crianças raramente produzem os seus próprios brinquedos. Ao contrário, são estimu-

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ladas a consumir produtos prontos, muito caros, normalmente vinculado ao nome dc algum(a) apresentador(ora) da televisão, e fabricadas por empresas multinacionais.Mas nem sempre foi assim ou é assim. Em cidades do interior, periferia de grande centros e no meio rural, muitas crianças ainda desfrutam a alegria de expressar a sua criatividade ao fazer os seus próprios aparatos de fantasia, entretenimento e alegria.Como as crianças se divertiam antes da tevê e dos videogarnesidade da eletricidade? Como eram os brinquedos, antes da disponibilidade de eletricidade?Os nossos avós tinham formas próprias de diversão com os seus brinquedos. Essas formas precisam ser relembradas para que as eternizemos em nossos patrimônios históricos e cul-turais.

Procedimentos• Informar-se,comospaiseavós,sobreosquaiseramequaiseramosseusbrinquedospreferidos;fazerumdesenhosimplesdeles.• Construircomoscolegasbrinquedossugeridospelospaiseavós.Trazerdecasabrin-quedos antigos. • Listarosimpactosambientaisquedeixamdeserproduzidosquandoseadotabrin-quedos feitos em casa. • Convidarosavósparaoficinasdeconstruçãodebrinquedoseorganizarumaexpo-sição (o convite aos avós é uma homenagem e uma forma de resgatar a sua dignidade, ao

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fazê-los sentir-se úteis e reconhecidos).

DiscussãoBrincar é um momento único, especial, para as crianças (e para os adultos também). Por meio das brincadeiras expressamos nossas emoções, inquietações, sonhos e fantasias. Compartilhamos experiências, fazemos planos, imaginamos o futuro e deixamos nossa imaginação fluir livremente. Abrincadeiraésagradaeindescritível;émágicaeinesquecível.Todosnósprecisamosdes-ses momentos lúdicos. Na atualidade, o comércio transformou esses momentos em grandes oportunidades de negócio, apenas. Assim como os brinquedos, alguns serviços básicos foram transformados em grandes negócios: a educação e a saúde, por exemplo. Há que se repensar e buscar um novo modelo de existência para a espécie humana, que seja mais honesto e menos medíocre, mais puro e menos pernicioso, mais coletivo e menos egoísta, mais alegre e menos tenebroso, em que ouçamos mais o som de músicas do que o de tiros, em que tenhamos mais brinquedos e menos lágrimas, em que cada pessoa seja mais NÓS e menos EU.

18ª Atividade: Bioindicadores - os sinalizadores da natureza

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Por meio dos nossos sentidos podemos perceber os ruídos, as sensações de calor ou trio, distinguir as cores, os odores, os movimentos e outras informações no ambiente. Entretanto, muitas vezes os nossos sentidos não são capazes de perceber mudanças signi-ficativas na qualidade do ambiente em que vivemos. São ocorrem lentamente, e que, muitas vezes, só vamos perceber quando a situação já se agra-vou. Isso pode ocorrer, por exemplo, com a qualidade do ar que respiramos.Nesse caso, na natureza, existem alguns seres que são muito sensíveis à qualidade do ar. São os chamados bioindicadores. Eles nos indicam, em certos ambientes, a presença e a variação de determinados poluentes. Os liquens são um exemplo de bioindicador. Em locais poluídos pelo SO2 óxido de enxofre) eles simplesmente param de crescer, murcham e desaparecem. O que são liquens?• Sãoalgasquevivemassociadasaosfungos,formandoumarelaçãomutualística(doisseres são beneficiados por estarem juntos).• Osliquenscrescememmédia1cmporanoesãoencontradosemrochasetroncosde árvores – são pequenas manchas arredondadas, esverdeadas ou avermelhadas.Dados sobre o SO2 (dióxido de enxofre)

Esse gás resulta da queima de produtos derivados do petróleo e do carvão. É um dos po-luentes atmosféricos mais frequentes nos grandes centros urbanos. Ataca as vias respirató-

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rias e causa danos aos pulmões das pessoas que viveml nessas áreas.

Dados sobre a tolerância dos liquens e das pessoas

Concentrações de SO2 abaixo de 60 micro g/m3 não interferem nos liquens. Acima desses valores, eles resistem apenas nas partes mais baixas das árvores. Acima de 170 g/m3 eles morrem e o ar se torna venenoso para as pessoas, matando-as lentamente.

Procedimentos • Emgrupos,fazerumacaminhadapelasáreaspróximasàescolaparalocalizarliquenssobre tronco de árvores.• Cobriroliquencomumpapeltransparenteefazeroseucontornocomcanetahidro-cor. Guardar o desenho, anotar a data e a localização da árvore. Repetir o procedimento um ano depois e comparar os dois desenhos. Se o liquen se desenvolveu, isso significa que o arédeboaqualidade;sediminuiu,oarestápoluído;sepermaneceudomesmotamanho,houve uma pequena alteração na qualidade do ar — para pior. No mapa do bairro, assina-lar os locais onde os liquens foram encontrados e mapeados.• Associarosresultadoscomapresençaouausênciadefontespoluidorasdoar(fluxode veículos, fábricas, incineradores, área de incêndios e outros). • Identificarsoluçõesalternativasparaosproblemasencontrados.

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Note bem:

• Existemváriosoutrosbioindicadores.Asalfacessãoumoutroexemploquandooarestá poluído, aparecem manchas escuras nas folhas mais jovens (necrose, isto é, a morte das células).• Devemexistirdezenasdeoutrosbioindicadoresqueaindanãoconhecemos.

A natureza continuamente envia sinais para os seres vivos. Seu sistema de comunicação é muito amplo e complexo. As mudanças de terperatura, umidade, luminosidade, pressão, salinidade, intensidade de corrente elétrica, velocidade e direção dos ventos, por exemplo, são recursos de comunica-ção que a natureza utiliza para informar aos inúmeros sistemas de percepção dos diversos seres vivos os ajustamen. que estão ocorrendo no ambiente. A nossa pele (o maior órgão do corpo humano), os nossos olhos, os ouvidos, o olfato e a nossa intuição são instrumentos de percepção, que recebem os sinais enviados pela natu-reza. A educação que recebemos e o ambiente no qual vivemos (normalmente urbano), deter-minam estilos de vida que subutilizam nossas capacidades de percepção. Somos mamífe-ros e temos os equipamentos genéticos desses animais (temos faro, por exemplo).

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O ideal seria que estivéssemos mais atentos aos sinais emitidos pela natureza, que recu-perássemos as nossas capacidades de senso-percepção, adormecidas devido ao cotidiano estressante dos grandes centros urbanos. Curiosidade:Muitos pequenos animais fugiram para lugares mais elevados, antes da chegada da tsuna-mi (onda gigante) que matou mais de 300 mil pessoas na Ásia (principalmente na Indoné-sia) e África, em 26 de dezembro de 2004. 19ª Atividade: De onde vem a água que bebemos?

Sem água potável, que é o alicerce da vida, a sociedade humana desaparece. Na atualidade, das 203 Nações do inundo, 60 estão em conflito e 36 estão em guerra, por causa da água. Apesar de o Brasil ser um dos países que possui as maiores reservas de mundo, não pode-mos descuidar da preservação das nossas nascentes e das práticas de uso que evitem ou, pelo menos, reduzam o desperdício. Devido à falta de conscientização da população nas cidades, a maioria das pessoas não sabe de onde vem a água que consome. Para elas, as torneiras são como conjuntos mágicos que fazem “brotar” água das paredes. Isso cria a falsa percepção de fartura, de disponibilidade eterna, e com isso, vem o desperdício.A saúde de uma população dependc, em grande parte, da qualidade da água que utiliza. A disponibilidade e qualidade dessa água dependem dos hábitos de con-sumo e das medidas de proteção dos seus mananciais. Analfabetismo ambiental, desperdí-

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cio, desflorestamento e poluição são as maiores ameaças ao acesso à água potável.

Procedimentos

• Identificar,nomapadacidade,deondevemaáguaqueabasteceapopulação.Senao tiver, com o auxílio do professor de Geografia, fazer um mapa da cidade, utilizando uma folha de papel grande (cartolina ou fundo de um cartaz), desenhando as áreas à mão livre, com caneta.• Informar-seseasáreasondeaáguaécaptadaparaarepresasãoprotegidascontraapoluição e o desflorestamento. • Discutiremsaladeaulaasituaçãoencontrada.• Buscar informaçõessobreoconsumoatualeastendênciasdecrescimentodesseconsumo. • Examinarsehácondiçõesdeatendimentodademandaprevistaeseháestudos para proteger novas áreas para futuras captações. • Organizarumavisitaàáreadecaptação.

Discussão

A proteção das nascentes que abastecem as represas que servem à população é uma obri-

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gação de todos. Não apenas da companhia de água. As escolas devem desenvolver atividades voltadas para a conscientização do tema. Visitar a represa e conhecer seus problemas. Com isso, forma-se conhecimento e a consciência dos desafios. Reforça-se a idéia do que é necessário fazer para garantir o abastecimento de águadeboaqualidade;ajudaacompreenderadinâmicadediferentesfatores,atuandoaomesmo tempo. nas dimensões sociais, econômicas, políticas, éticas, culturais e ecológicas. 20ª Atividade: Conhecendo as plantas medicinais O Brasil possui urna das mais ricas diversidades de plantas do mundo. A maior parte ainda é desconhecida. Cada vez que destruímos partes das florestas, estamos destramando teias de interações e interdependências entre elementos dessa floresta, que ainda não conhece-mos. Estamos também destruindo recursos naturais que nem estudamos e poderiam ser solu-ções para muitos problemas nossos. Muitas plantas estudadas por cientistas podem curar doenças. Existem pessoas que conhe-cem as ervas e raízes que curam (plantas medicinais). O saber dessas pessoas é um patrimô-nio cultural da comunidade, muito valioso, e precisa ser reconhecido e preservado.Procedimentos• Oobjetivodessaatividadeéidentificar,resgatarevalorizarosaberpopularsobreasplantas medicinais locais.• Convidarumapessoaqueconheçaaservasmedicinaisdaregiãoparaumaapresen-

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tação na escola. • Solicitarqueelatraga,sepossível,amostrasdaervasmedicinais(raízes,folhas,cascase Outros) e que explique para que servem as plantas demonstradas. • Pedirqueconteasuahistória:comoaprendeusobreasplantas,quaisaspessoasqueinfluenciaram nessa aprendizagem e o que a levou a se interessar pelo assunto etc. • Sepossível,cultivar,naescola,umviveirodeervasmedicinais,visandoadistribuiçãode mudas até mesmo a utilização das plantas na própria escola.

Importante:Preparar uma homenagem para a pessoa convidada.

Discussão Os especialistas em meio ambiente concordam que, quanto mais se estudam as relações entre os seres vivos e a relação deste com o planeta Terra, mais complexos e extraordinários os processos naturais se revelam.O grau de interações e interdependências é inimaginável. O computador mais sofisticado é incapaz de simular uma milésima parte do processo, que ocorre no interior de uma simples folha de árvore.

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Pela observação e experimentação, nossos antepassados, ao longo de séculos, acumula-ram saber sobre a natureza. É fundamental que essa relação com a natureza seja resgatada e resguardada para gerações futuras.

21ª Atividade: A flora urbanaAs plantas existem na Terra há mais de 450 milhões de anos. Muitas delas convivem conos-co nas cidades.São árvores frutíferas e ornamentais, arbustos, gramíneas e uma infinidade de outras plan-tas, dispersas no ambiente urbano, desde uma fenda na calçada até um luxuoso vaso sobre a mesa. O ser humano parece sentir-se bem com plantas por perto. Elas trazem consigo a presença do mundo natural, com suas cores, aromas, formas e estética. Além disso, as árvores contribuem para a diminuição dos ruídos e da poluição atmosférica, ajudam a umidificar o ar, abrigam aves e produzem sombras, reduzindo a temperatura.Procedimentos Nos mesmos moldes da atividade da fauna, organizar uma lista da flora urbana. Incluir as plantas cultivadas em vasos, nos jardins, nas calçadas, parques e quintais. Considerar as plantas ornamentais, alimentícias e nativas. Identificar o país de origem das plantas orna-mentais e alimentícias.Discussão

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A diversidade de plantas, no ambiente dito civilizado, é surpreendente. Em um simples can-teiro ou em uma área ainda não urbanizada podem ser ancontradas dezenas de espécies. Essa diversidade de plantas reforça a idéia de que, na cidade, temos muita vida natural. Apesar do concreto, do cimento, dos carros, a vida está presente, mais forte do que tudo. Muitas vezes, encontramos pequenas plantas sobrevivendo em rachaduras ou cantos das paredes, entre pedras, numa fenda no calçamento e em diversos outros locais dificeis de sobreviver. No entanto, elas ainda lá permanecem. Há um importante recado nisso: resis-tência, persistência, obstinação,determinação e competência. Demonstram a exuberância e força da vida na Terra.

JARDIM DOS SENTIDOS

VISÃO – Os olhos são órgãos especializados na percepção da visão. Assim, podemos utili-zá-los para observar as diferentes qualidades e características das plantas, promovendo o estímulo, através de tamanhos, formas e cores diferentes, estimulam a visão. Existem algu-mas plantas que podem ajudar neste sentido como: Aleli (flores vermelhas ou amarelas), Borago (flores azuis cerdosas), Margarida, Orquídea (flores de diferentes cores), Valereana

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(cor vermelha), Narciso (flores de diferentes cores) Cravo (flores de diferentes cores), Boca--de-leão (flores amarelas). Através da visualização das plantas podem observar as diferen-tes colorações como a cor verde que é dada pelos pigmentos de clorofila, coloração alaran-jada, amarela, vermelha e outras cores são dadas pela presença de carotenóides, presentes nas plantas, responsável pela pigmentação na maioria das flores é chamado de pigmentos acessórios.

TATO – Sentido especializado na percepção do toque, diferentes espécies de plantas dis-põem de estrutura presentes em algumas partes da planta como caule, folha, flor, ou ex-tremidade próxima das flores ou próximo da raiz, no qual através de estratégia de defesa e acessórios próprios estimulam o tato como: Ora-pro-nobis (espinhos), boldo (tricomas), roseira (acúleo), alem dessas algumas possui presença de outras estruturas que facilite a sua identificação, através do contato direto com as plantas.

OLFATO – Sentindo especializado na percepção do cheiro. Algumas plantas exalam perfu-mes, aromas e odores, liberados por diferentes espécies de plantas ornamentais, alimentí-cias, frutíferas ou medicinais, que possuem características próprias dado pela exalação do cheiro de algumas espécies de plantas como: hortelã, arruda, cidreira, roseira, jasmim, que deixam transparecer ao mínimo de aproximação ou estimulo. Através do cheiro percebe-mos qual planta tem determinada propriedade. Plantas como alfazema ou tomilho, por

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exemplo, quando espremidas entre elas com as pontas dedos seu aroma também é uma experiências , que pode demonstrar assim sua identificação no qual estimulando o sentido do olfato.

Curiosidades

• OsanimaiseoolfatoTodo animal possui sentidos com os quais obtém informações sobre o que acontece no ambiente. O olfato no cachorro é tão apurado que o bicho “vê” o mundo na forma de com-plexos padrões de cheiros, quase do mesmo modo como vemos as cores e a intensidade de iluminação dos objetos. As orelhas pendentes ajudam a canalizar os odores às narinas. O órgão do olfato do cão é trinta vezes maior que o do homem.

• AsformigaseoolfatoAlguns cientistas recolheram em um aparelho os cheiros de formigas mortas apodrecendo. Em seguida, aplicaram esses cheiros em algumas formigas vivas, que ficaram com cheiro de formigas mortas. Quando essas formigas tentavam entrar no formigueiro, as suas com-panheiras as tratavam como se elas estivessem mortas, e jogavam as coitadas para fora do formigueiro. Isso ocorreu porque para as formigas o olfato é mais importante do que a visão. Embora a visão “indicasse” às formigas do formigueiro que as companheiras pulveri-

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zadas com o cheiro de mortas estavam vivas (já que elas se locomoviam, tentando entrar no formigueiro), o que importava era o olfato, que “dizia” que elas estavam mortas.

• PeixetemolfatoOs salmões são peixes que nascem em rios e vão para o mar. Quando adultos, na época de produzirem filhotes, os salmões voltam aos rios onde nasceram. Os salmões Têm um ótimo olfato. Eles guardam em sua “memória” o cheiro dos rios em que nasceram. Mesmo a dis-tâncias muito grandes, o olfato ajuda os salmões a achar o caminho de volta para esses rios.

• PolinizaçãoMuitas flores possuem cheiros agradáveis que atraem insetos voadores como as abelhas. Os insetos levam o pólen de uma flor para outra. As plantas usam o pólen, na fecundação das flores, produção de novas sementes.

• Cheira,cheira,cheirador...Você sabia que certas pessoas trabalham usando o olfato?São pessoas que têm um olfato muito melhor do que a maioria. Algumas vivem cheirando queijos. Outras vivem cheirando vinhos. Cheirando, eles sabem se certo tipo de queijo está no ponto de ser colocado à venda ou não. Sabem, por exemplo, se uma rolha com defeito prejudicou ou não o gosto do vinho.

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Um profissional desses, que cheira muitas garrafas de vinho por dia ou muitos queijos, não pode fumar nem ficar resfriado.Isso acontece porque fumaça do cigarro ou resfriado compromete a capacidade de a pes-soa sentir os cheiros do ambiente. Assim, ela não conseguiria perceber direito a qualidade de um vinho ou quando um queijo está no ponto.

PALADAR - Esse é um sentido que pode e deve ser educado. Educar o paladar é apurá-lo, para que saiba reconhecer e, inclusive, apreciar, os diferentes sabores, sem fazer cara feia antes de provar algo pela primeira vez. Ele também não age isolado, aliás, está intimamen-te ligado ao olfato, o que explica o fato de perdermos o paladar quando estamos com o nariz entupido devido a uma gripe, por exemplo. Algumas plantas permitem através de determinados gosto forte podendo ser amargo, adocicado, ardoso, azedo ou travo em seu sabor como é o caso da mangarataia que é ardosa, babosa que é amargo, cariru de gosto adocicado. Determinadas espécies de plantas são utilizada para uso diversificado estimu-lando o uso das plantas. Através do paladar como: ervas são utilizadas na culinária como o: ALECRIM, (chá) ALFAVACA (tempero) ARRUDA (chá) BABOSA (gosto amargo), BOLDO, CA-MOMILA, LIMÃO/CIDREIRA, CAVALINHA, CEBOLINHA, COENTRO, HORTELÃ, MALVA, MANJE-RICÃO, MELISSA, ORÉGANO, SALSA, SÁLVIA, TOMILHO, etc. VOCÊSABIAQUE...?

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• Ogostoéumacombinaçãodepaladareolfato.Oalimentonabocaliberamoléculasque passam para o nariz, e o mesmo acontece com o cheiro, moléculas de odor passam para a boca.• Ascélulasdaspapilasgustativasserenovam,comotodasascélulasnasuperfíciedocorpo.• Umbebêtemmaispapilasgustativasqueumadulto,por issoémaissensívelaossabores fortes. Os velhos têm menos papilas gustativas, por isso tendem a salgar os alimen-tos.• Nemsempreosaborésentidonalíngua,opolvosentenasventosaseasmoscasnaspatas.• Asnecessidadesmetabólicasinfluenciamaspreferênciasgustativas.Odoceéfontede energia e os amargos são fármacos. O umami é o sabor de proteína, indispensável ao organismo.• As toxinasnaturais (queempequenasdosessão fármacos)sãoamargasparaquenão sejam consumidas em excesso.• Omentolenganaocérebrodandoasensaçãoqueaáguaestá100°Cmais fria,omesmo ocorre com a pimenta, dando a sensação de comida quente.

Atividades Práticas

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1º Atividade: Experimentando o sentido do olfato

Providencie os seguintes materiais: pó de café, álcool, vinagre, acetona, perfume, alho, ce-bola, salsinha, água sanitária, chocolate em pó, etc.

ProcedimentosOs alunos, de olhos vendados e sem conhecimento prévio dos materiais a serem apresen-tados, tentarão adivinhar o cheiro que estão sentindo, usando apenas o sentido do olfato. Será impedido o uso do paladar e do tato.• Aprofessorarealizaráumadiscussãocomosalunossobreaexperiênciarealizada:• Qualfoiosentidoutilizadoparaaadivinhaçãodosprodutosapresentados?• Quaissãoosoutrossentidosdocorpohumano?• Queoutrossentidospoderiamterajudadoosalunosadescobriremosprodutos?• Dequemaneiraessessentidospoderiamterajudado?Vocêachaimportanteosen-tido do olfato? Por quê?

2º Atividade: O jogo da sacola misteriosa

Descrever um objeto com três características visuais: o que será que tem aqui dentro? Vou

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dar três dicas.O professor mostra uma sacolinha de plástico e dá três características visuais do objeto que tem dentro. Como por exemplo: Tem 20 cm, é bege ou marrom por fora e é branco por dentro. Resposta: é um pãozinho.

Procedimento

Cada equipe de alunos prepara uma repetição do jogo, fazendo os demais adivinhar. Usar somente características visuais. Quanto melhor as características definida, mais fácil será descobrir o conteúdo. Quando ninguém descobre, mostra-se. 3ºAtividade:Soudesenhistaeprecisodesuaajudaparadescreveroquetenho.Vocêpode me ajudar?

O professor mostra um grande número de grãos (milho, feijão arroz, etc.) a serem desenha-dos para que fossem reconhecidos mais tarde.É muito difícil? Podemos usar uma lupa!Os alunos observam os grãos e os desenham. Também observa seus dedos, borracha, ca-belo dos outros etc.Afixar os desenhos. Os desenhos devem ter detalhes para se diferenciar 2 grãos da mesma espécie, por exemplo, 2 grãos de milho.

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Recolhem-se os objetos e são colocados numa mesa. Os alunos devem identificá-los a par-tir do desenho.

4ºAtividade:Compararamostrasdamesmaespécie.

Escolher diversas folhas de uma mesma espécie de árvore. Desenhar de modo que cada uma possa ser reconhecida depois de todas serem misturadas.Exemplo de mensagem: “Observe muito bem a folha da árvore porque estas folhas serão colocadas juntas depois e você deverá reconhecer a sua. Desenhe e descreva para que você possa reconhecê-la”.Afixar todos os desenhos, misturar as folhas, os alunos devem identificá-las.

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5º Atividade: Acertando o alvo

Nos grupos, um aluno fecha um olho e a outra segura um lápis de ponta para baixo a cerca de 50 cm na frente do olho daquele. O aluno que está com um olho fechado deverá tentar encostar a ponta de seu lápis na do seu colega, com um movimento de baixo para cima. Esta experiência é repetida com todos os alunos do grupo e faz se um levantamento sobre quantas vezes “erra-se o alvo”. Em seguida repete-se isso, abrindo os dois olhos.

• Osgruposrelatamàclasseoobservado.• Conclui-secoletivamentesobreaquestão:Paraquêtemosdoisolhos?

InformaçãoComplementar:Avaliamosadistânciaemqueseencontramobjetosaofixarambososolhosnoobjeto.Istoéparticulardoserhumano,cujosantepassadostinhamdeacertargalhosnopulo.Algunsanimaisquedãobotetambémusamosolhosdestaforma,comoogatoeacoruja.Coelhosecavalos“preferem”umavisãomaispanorâmicadoambiente,seusolhosficamaoladodacabeçaepermitemobservaroqueestámaispara trás.

6º Atividade: Adivinhação pelo cheiro.

Levaroalunoaidentificardiferentesodores.Podemosadivinharquaissãoassubstanciassópelocheiro?Aofinaldaadivinhaçãoosalunosregistraramsuashipóteses.

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REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS

DIAS,GenebaldoFreire,1949.Atividadesinterdisciplinaresdeeducaçãoambiental:práticasinovadorasdeeducaçãoambiental.2ed.Rev.,apl.eatual.SãoPaulo:Gaia,2006.PRIMACK,RichardB;RODRIGUES,Efraim.Biologiadaconservação.Londrinas:Planta,2001.

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