cartilha gravidez na adolescÊncia e primeira infÂncia

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P rimeira Infância e Gravidez na Adolescência

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Health & Medicine


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O GT SAUDE da RNPI - Rede Nacional da Primeira Infância escolheu o tema Primeira Infância e Gravidez na Adolescência em seu Plano de Ação. O ano passado tivemos o Colóquio deste temática em Fortaleza, que gerou duas publicações e 05 peças de comunicação. Um dos principais objetivos e metas da RNPI é fazer chegar o conhecimento para todos os profissionais que trabalham com a primeira infância e que possam desta forma exercer e incrementar as ações de defesa de seus direitos. Assim, o Relatório,Cartilha e as 05 peças de comunicação fazem parte deste fim. Por gentileza, divulguem junto as Redes Estaduais, nos sites, redes sociais... Nosso agradecimento especial a Flavio, Neilza, Evelyn e Ana pela produção deste material. Luzia Laffitte Coordenadora da Secretaria Executiva RNPI Biênio 2013/2014

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  • 1. Primeira Infncia e Gravidez na Adolescncia
  • 2. 4 5 Realizao: Rede Nacional da Primeira Infncia (RNPI) Secretaria Executiva Binio 2013/14: INSTITUTO DA INFNCIA - IFAN Grupo de Trabalho da Sade RNPI: Centro de Estudos Integrados, Infncia, Adolescncia e Sade CEIIAS Instituto da Infncia IFAN Plan International Viso Mundial VM Apoio: Viso mundial VM Fundo das Naes Unidas para a Infncia UNICEF Instituto da Infncia IFAN Coordenao Geral: GT Sade - RNPI Elaborao do Documento: Ana Mattos Brito de Almeida IFAN Colaboradores: Evelyn Eisenstein - CEIIAS Flvio Antunes Debique Plan International Neilza Alves Buarque Costa VM Luzia Torres Gerosa Laffite - IFAN Projeto Grfico e design: Andrea Araujo e Mariana Araujo Reviso do texto: Joice Nunes de Souza Secretaria Executiva - Instituto da Infncia - IFAN Av. Padre Antnio Toms, n 2420 - Edifcio Diplomata - Sala 1405 CEP: 60.140-160 - Aldeota - Fortaleza/CE. Telefone: 85+3268.3979 Email: [email protected] Site: [email protected] EXPEDIENTE SUMRIO APRESENTAO...............................................................................................................................................................................................................................................................................................................7 GRAVIDEZ NA ADOLESCNCIA COMO PROBLEMA DE SADE PBLICA........................................................................................8 VIOLNCIA SEXUAL E GRAVIDEZ NA ADOLESCNCIA EM MENORES DE 15 ANOS..................................................12 IMPORTNCIA DO ATENDIMENTO E CUIDADOS DIFERENCIADOS..............................................................................................................14 Aspectos fsicos e emocionais.........................................................................................................................................................................................................................................................15 IMPORTNCIA DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL.....................................................................................................................................................18 Principais nutrientes durante a gestao das adolescentes.........................................................................................................................................19 PARTO..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................21 ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL...........................................................................22 O QUE PODE DAR CERTO!..................................................................................................................................................................................................................................................................23 O QUE OS SERVIOS PODEM OFERECER......................................................................................................................................................................................................24 SADE...............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................25 EDUCAO..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................27 ASSISTNCIA SOCIAL (PROTEO)..................................................................................................................................................................................................................................28 SAIBA MAIS.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................29 REFERNCIAS...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................32
  • 3. 6 7 APRESENTAO Quanto mais jovem essa me adolescente maiores so as implicaes para sobrevivncia e desenvolvimento dessa me e desse filho (Neilza Costa) Ficar grvida na maioria das vezes traz felicidade e visto por todos com muita alegria. En-tretanto, temos percebido que a gravidez tem acontecido cada vez mais cedo. Meninas menores de 15 anos de idade esto engravidando, e isso no deve ser visto com naturalidade, pois alm de complicaes fsicas para me e beb, ficar grvida to cedo traz consequncias psicolgicas, sociais, econmicas etc. Em alguns casos tambm um indicador de violncia sexual, alterando em muito as possibilidades e oportunidades de futuro dessas meninas, seus filhos e suas famlias. Esta cartilha apresenta alguns pontos que consideramos importantes para que cada um possa em seu espao de trabalho pensar em estratgias de enfretamento.1 A adolescncia considerada um perodo do desenvolvimento humano onde ocorrem trans-formaes fsicas, biolgicas, sociais e, emocionais, devendo ser analisada por vrios prismas, na tentativa de compreender melhor a dinmica envolvida nesta fase, no sendo recomendado estudar separadamente os aspectos biolgicos, psicolgicos, sociais e culturais (Osrio, 1992). Conforme os dados do ltimo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatsticas (IBGE), re-alizado em 2010 existem 34.157.631 milhes de pessoas de 10 a 19 anos. Deste nmero aproxima-damente 17 milhes so meninas, representando 18% da nossa populao. Aspectos relacionados s iniquidades sociais, de gnero e raa/etnia, por exemplo, so determinantes importantes para avaliar o fenmeno da gravidez na adolescncia. Assim, fundamental que tenhamos um olhar atento para essa faixa etria e o que cada contexto tem a dizer para ns, por se tratar de um tema multifatorial, recomenda-se uma anlise intersetorial e interdisciplinar. 1 O contedo deste material fruto da sistematizao das apresentaes do Colquio Primeira Infncia e Gravidez na Adoles-cncia Desafios e Repercusses Clnicas, Psicossociais e Polticas Pblicas, realizado em novembro de 2013, sob a coordenao do Grupo de Trabalho de Sade da Rede Nacional da Primeira Infncia (RNPI), composto pelas organizaes Viso Mundial, Plan International, Centro de Estudos Integrados Infncia e Instituto da Infncia (IFAN). Contou com apoio da Organizao Panameri-cana de Sade, Plan Internacional, Ministrio da Sade, UNICEF, Secretaria da Sade do Estado do Cear e Viso Mundial.
  • 4. 8 9 Todas as pesquisas apontam para o aumento da prematuridade e do baixo peso do recm-nato (RN) filho da me adolescente. GRAVIDEZ NA ADOLESCNCIA COMO PROBLEMA DE SADE PBLICA A gravidez na adolescncia, considerada de alto risco pela complexidade de fatores torna-se um problema de sade pblica devido s consequncias que impe sociedade como um todo. Rios, Williams e Aiello (2007). Em 2011, no Brasil, tivemos 2.913.160 nascimentos; destes, 533.103 de meninas de 15 a 19 anos, e 27.785 de meninas de 10 a 14 anos, representando 18% e 0,9%, respectivamente, de adolescentes grvidas nesta faixa etria. Apesar de os nmeros indicarem uma diminuio de nascidos vivos nessa faixa etria nos ltimos 10 anos, as percentagens ainda so extre-mamente preocupantes, com particular ateno para menores de 15 anos. Ao analisarmos a Tabela 01 percebemos que as regies Norte e Nordeste apresentam os maiores ndices, ou seja, dos nascimentos so de meninas menores de 19 anos, tambm com o maior percentual para gravidez em menores de 15 anos. Com relao aos bitos maternos, no se observa uma reduo significativa nos ltimos anos, havendo apenas uma variao entre 13% a 16%. Trata-se de mais um desafio para o gestor pblico. Quanto mais jovem, mais tardiamente as adolescentes identificam a gravi-dez e mais tardiamente procuram os servios de sade. O aborto tambm acontece mais tardiamente, gerando mais riscos e complicaes. Em 2011, 15% de todas as mortes maternas foram das adolescentes abaixo dos 19 anos. De todas as mortes relacionadas ao aborto, 17% foram de jovens entre 10 e 19 anos. Este um assunto sensvel para a sociedade por suscitar aspectos ticos, morais e re-ligiosos. O aborto realizado em condies inseguras uma importante causa de morte de mulheres no Brasil. Porm, importante observar que [...] a deciso pelo aborto surge quando no h apoio familiar ou do parceiro e, muitas querem esconder o fato de seus familiares por medo ou vergonha (ANDALAFI, 2010). Na Tabela 2, referente s taxas de mortalidade infantil, podemos observar que a chance de morte infantil duplica para os filhos de adolescentes abaixo dos 15 anos, se comparramos com as adultas que possuem entre 25 e 29 anos. E este fato acende um alerta para nossas intervenes.. Tabela 01. Nmero de nascimentos por ocorrncia e idade da me segundo regio. Perodo: 2011. Regio Menor de 10 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 49 anos + Idade ignorada Total TOTAL (Brasil) 1 27.785 (0,9%) 533.103 (18%) 2.352.271 2.913.160 Regio Norte 1 5.115 (1,6%) 77.857 (25%) 230.057 313.029 Regio Nordeste - 10.819 (1,3%) 177.607 (21%) 662.754 851.181 Regio Sudeste - 7.090 (0,6%) 174.628 (15%) 962.495 1.144.213 Regio Sul - 2.682 (0,7%) 61.899 (16%) 313.419 378.000 Regio Centro- -Oeste - 2.079 (0,9%) 41.112 (18%) 183.546 226.737 Fonte: Ministrio da Sade. DATASUS
  • 5. 10 11 A gravidez na adolescncia um fenmeno multifatorial; por essa razo, requer atuao inte-grada. Adiante abordaremos as principais repercusses psicossociais da gravidez na adolescncia. Contudo, destacamos outros dados importantes para compreender a complexidade da gravidez nessa faixa etria, principalmente em meninas menores de 15 anos: 1 Os ndices de mortalidade infantil tm diminudo no Brasil, mas 20% dessas mortes ainda so de filhos e filhas de mes adolescentes (10 a 14 anos); 1 A Incidncia de baixo peso duas vezes maior entre filhos de mes adolescentes; 1 A mortalidade infantil diretamente proporcional ao peso ao nascer e ganho de peso do beb; 1 A mortalidade neonatal trs vezes maior entre os filhos e filhas de mes adolescentes quando comparados aos filhos de mulheres adultas; 1 03 em cada 10 adolescentes ficaro grvidas antes de completar 20 anos; 1 As meninas mais pobres tm cinco vezes mais possibilidades de engravidar no perodo da adolescncia do que as meninas mais ricas; 1 Dos abortos por razes mdicas e legais, 24,85% acontecem na faixa de 20 a 24 anos; 15,4% entre 15 e 19 anos e 1,27% de 10 aos 14 anos. J certo que a gravidez na adolescncia aumenta os riscos de mortalidade da adolescente durante a gestao e aumento da mortalidade neonatal e das crianas filhos de adolescentes nos primeiros 2 anos de vida. Tabela 2 - Taxa de mortalidade infantil (por mil Nascidos Vivos) por idade me, segundo regio. Perodo 2011: Regio 10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 59 anos TOTAL 20 14 11 10 11 16 Regio Norte 23 15 13 12 13 21 Regio Nordeste 19 14 12 11 12 18 Regio Sudeste 19 13 10 9 10 14 Regio Sul 21 14 11 9 10 17 Regio Centro- -Oeste 26 13 11 9 11 17 Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informaes sobre Mortalidade SIM
  • 6. 12 13 VIOLNCIA SEXUAL E GRAVIDEZ NA ADOLESCNCIA EM MENORES DE 15 ANOS Quando uma adolescente de menos de 15 anos engravida tem que se acender uma luz de alerta para todos ns (Rodolfo Ponce de Leon) Nessa idade, a adolescente ainda muito jovem. Iniciar a relao sexual nem sempre uma deciso consciente ou livre de ambiguida-des, nem uma deciso em que se avaliam os riscos e consequncias envolvidas. Ainda que sejam relaes consentidas ou aceitas, muitas vezes a adolescente tem pouco controle sobre o evento da iniciao sexual. As mulheres que iniciaram relaes sexuais com homens mais velhos, com sete ou mais anos de diferena, tm o dobro de probabili-dade de relatar uma iniciao no desejada em comparao com as que iniciaram com homens em idades similares (FLASOG, 2011). No caso de sexo com crianas pr-pberes ou com adolescentes abai-xo da idade de consentimento (no Brasil essa idade 14 anos), o abuso sexual legalmente presumido como ato criminoso, independentemente de ter havido ou no violncia quando o parceiro for maior de 18 anos. Entende-se como Violncia Sexual uma violncia de natureza ou conotao sexual em que adultos submetem crianas e adolescentes a situaes de estimulao ou satisfao sexual, imposto pela fora fsica, pela ameaa ou pela seduo (WHO; ISPCAN, 2006) No artigo 217-A do Cdigo Penal Brasileiro, artigo 3, define-se como Estupro de vulnervel o ato de ter conjuno carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos (BRASIL, 1940), com pena de re-cluso de 8 a 15 anos, independente de ter havido ou no violncia real. Segundo dados do IBGE de 2010, no Brasil h aproximadamente 43 mil adolescentes abaixo dos 14 anos vivendo em situao marital; em geral esta deciso circunda ao lado da pobreza. importante frisar que o profissional deve estar atento ocorrncia de estupro contra vulnervel e seguir as normas tcnicas e le-gais do caso da adolescente que est sendo atendida e consultada como gestante, e que pode ter sido abusada sexualmente. A Portaria GM/MS N 104, de 25 de janeiro de 2011 prev a notificao compulsria. Em casos extremos, quando a agresso sexual resulta em gravidez, alm do impacto emocional da violncia, culpabilizao e siln-cio e falta de apoio, ainda pode levar ao limite da fuga, abandono de filho, suicdio ou infanti-cdio (FLASOG, 2011). importante mencionar que, nos casos de estupro ou situao de risco de vida para a ges-tante, o aborto no penalizado, sendo garan-tido por Lei (Art. 128 do Cdigo Penal Brasileiro).
  • 7. 14 15 IMPORTNCIA DO ATENDIMENTO E CUIDADOS DIFERENCIADOS Ns estamos esperando o qu pra proteger a criana filho de uma me adolescente! !? (Evelyn Eisenstein) Alm da apresentao de dados epidemiolgicos sobre a gravidez na adolescncia e suas complicaes, temos ainda outro ponto relacionado aos aspectos sociais. A gravidez perpe-tua o ciclo da pobreza. Assim, importante compreendermos que a gravidez na adolescn-cia, principalmente em menores de 15 anos, est vinculada a outros condicionantes sociais, tais como: renda, moradia, estrutura familiar, acesso a equipamentos sociais, entre outros. A gravidez e a maternidade em adolescentes se relacionam estreitamente com os contex-tos de pobreza e excluso, falta de condies para o exerccio dos direitos sexuais e reprodu-tivos e a ausncia de medidas de proteo diante de situaes de risco. Uma alta proporo de gravidez em adolescentes no desejada (entre 35% e 52% na Amrica Latina e Caribe), e seguramente esta proporo maior nas meninas menores de 15 anos. Os fatores que incidem na ocorrncia da gravidez precoce so diversos e complexos. Entre eles, cabe destacar o incio cada vez mais cedo das relaes sexuais; a crescente ero-tizao dos meios de comunicao e entorno social; a insuficiente educao sexual e a falta de polticas pblicas de sade sexual e reprodutiva voltadas para esta faixa etria. Cabe salientar em particular que existem as relaes no consentidas, o abuso sexual e as agresses sexuais como fatores causais de gravidez em menores de 15 anos. Nessa perspectiva, para compreender esse evento to complexo e com tantas influncias, temos que tentar responder a seguinte pergunta: por que as adolescentes engravidam? Essa resposta deve ser nica para cada menina. A partir dessa resposta podemos traar um plano de ao positivo, levando em conta aspectos fsicos, emocionais, sociais etc. Aspectos fsicos e emocionais A adolescncia, de uma maneira geral, vista com estigmas e preconceito pela sociedade. Considerada uma fase de muita instabilidade e conflitos, tem sido pouco valorizada tambm pelas polticas pblicas e servios. A gestao tambm marcada por muitas transformaes, pois alm do papel de mulher, assumimos o de me, e nesse momento que o binmio me-filho se estabelece. Contudo, ao contrrio da adolescncia, a gravidez valorizada socialmente, representando muitas vezes um status social. Isso frequentemente tem atrado muitas adolescentes para esse ca-minho, buscando um reconhecimento ou valorizao do outro. A menarca est acontecendo cada vez mais cedo; meninas esto tendo sua primeira menstruao aos 10, 11 anos, mas a maturidade psquico-social e empoderamento emocional no acompanham esse ciclo. Nessa idade, as meninas ainda esto construindo sua maturi-dade emocional; na maioria dos casos, ainda no tm condies de lidar com a complexida-de de uma gestao e precisam de muito apoio caso a gravidez acontea. Precisamos entender tambm que do mesmo modo que uma me adolescente no tem maturidade biolgica para gestar uma criana, tambm no tem maturidade psicolgica para ser me. Os adultos tm mais facilidade de assumir esse papel porque conseguem se Filhos de mes adolescentes tm mais chance de ter complicaes ao longo da vida, incluindo atrasos do desenvolvimento, falta de apego, abandono, abusos, desnutrio, falta de vacinao.
  • 8. 16 17 colocar no lugar do outro; j o adolescente tem essa dificuldade, estando muito centrado em suas prprias necessidades. Esse despreparo faz com que as adolescentes usem com mais frequncia a violncia no trato com seus filhos, ainda que os bebs sejam criados pelas avs ou outros integrantes da famlia, gerando conflitos e desorganizando essa es-trutura familiar. importante dizer que esse trato, muitas vezes inadequado, no realizado de forma intencional. Eles (mes e pais adolescentes) no possuem recursos suficientes para lidar com essa situao to complexa. Somado a isso podem estar vivendo outras situaes de vulnerabilidade, a saber: viver em condies de pobreza e em comunidades violentas; apre-sentar histrico de maus-tratos e/ou exposio violncia conjugal; sofrer Violncia ntima do Parceiro (VIP); depresso; ter problemas de sade na famlia (alcoolismo) etc. Algumas meninas, quando engravidam ainda muito novas, vo constituir uma nova fa-mlia, muitas vezes com homens muito mais velhos ou outro menino tambm adolescente. Essa relao impulsionada pelas caractersticas dos adolescentes pode tornar o ambiente hostil e violento (a impulsividade do adolescente pode interferir negativamente no relacio-namento do casal e no desenvolvimento da criana). Para entender o adolescente, necessrio estar atento a alguns fatores que podem ser intrnsecos, com destaque para incio da atividade sexual precoce; alteraes no funciona-mento do corpo; aumento da preocupao com a imagem corporal; e pensamento mgico e impulsivo. Alm destes, existem os fatores extrnsecos, por exemplo: condies socioecon-micas; estrutura familiar; explorao da sexualidade pela mdia e abuso sexual. Pensando numa viso mais abrangente da situao da gravidez na adolescncia desta-camos os pontos a serem observados na ocasio da gravidez de uma adolescente: A anlise e conhecimento de todos esses aspectos iro auxiliar no acompanhamento desta gestao e desenvolvimento positivo do beb e da gestante. 1 Idade da adolescente; 1 Idade ginecolgica; 1 Hbitos nutricionais; 1 Acompanhamento pr-natal; 1 Uso de nicotina; 1 Fatores culturais e sociais; 1 Falta de saneamento; 1 Apoio familiar; 1 Acesso suplementao alimentar; 1 Maturao biolgica; 1 Nvel de escolaridade; 1 Adequao proteica-calrica-nutrientes; 1 Pequeno intervalo gestacional; 1 Uso de lcool; 1 Minorias tnicas; 1 rea urbana, rural ou ribeirinha; 1 Violncia estrutural; 1 (Des) emprego do pai/me/parceiro/marido; 1 Idade da menarca; 1 Uso de drogas; 1 Estresse emocional objetivo; 1 Atividades fsicas; 1 Pobreza; 1 Altura do pai e da me; 1 Suporte social; 1 Acesso ao servio de pr-natal;
  • 9. 18 19 IMPORTNCIA DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL Outro ponto importante que todos os profissionais que lidam com adolescentes com aten-o especial para menores de 15 anos devem saber porque os bebs de mes adolescentes so prematuros. A explicao simples. A adolescente ainda est em crescimento, e ao engravidar nesse pe-rodo existe um grande risco biolgico para seu corpo. Este risco est principalmente ligado questo nutricional (competio materno fetal / duplo anabolismo), pois existem dois corpos crescendo num mesmo momento e competindo pelo mesmo nutriente. Ela pode at ganhar mais peso, mas transfere menos peso e menos nutrientes para o beb. A menarca acontece assim que a criana alcana o mximo da velocidade de crescimento, ou seja, quando ela inicia a desacelerao deste, mas a adolescente ainda est em desenvolvimento e este processo leva em mdia 4 a 5 anos. No Brasil, as meninas tm menstruado em mdia com 12 anos. Caso ela engravide nesse perodo (at 5 anos aps menstruar), isso pode significar um grande risco biolgico. Para identificar a idade ginecolgica da gestante preciso saber a diferena entre a idade da menarca e a idade em que a menina engravida. Assim, se uma adolescente engravida com 14 anos e teve sua menarca aos 10 ela, tem 4 anos de idade ginecolgica. Se ela engravida aos 15, mas teve sua menarca aos 14, ela tem apenas 1 ano de idade ginecolgica, e isso pode trazer mais risco para a sade da adolescente e do beb. importante destacar que, no caso das adolescentes, o aumento de peso pode ser diferente, dependendo, entre outros fatores, da condio nutricional no incio desta gestao. Por isso, as experincias divulgadas amplamente na mdia sobre os quilos a mais em uma gestao podem no servir para essas meninas, que precisam ter mais ganho de peso (com qualidade) para ga-rantir uma gestao saudvel para elas e para os bebs. A m nutrio da gestante adolescente um grande problema para a gravidez. Para que esse problema seja minimizado, importante que os profissionais (mdicos e enfermeiros) que acompanham essa gestante adolescente identifiquem e avaliem alguns dados de crescimento: i Idade Cronolgica e Idade Ginecolgica (Gestao - Menarca); i Peso e altura pr-gestacional; i ndice de Massa Corporal (IMC) e relao peso/altura pr-gestacional; i Ganho de peso semanal, mensal e total da gestao; i Permetro braquial (circunferncia do brao); i Pregas tricipital (medio da adiposidade perifrica) e subescapular (adiposidade central); i Circunferncia da cintura e medida do fundo uterino; i Peso do RN em relao a idade gestacional; i Peso ps-parto (4 a 6 semanas e em 6 meses). Principais nutrientes durante a gestao das adolescentes i Ferro: a maioria das adolescentes j inicia a gravidez anmica. (preveno da anemia e do retardo de crescimento intrauterino, suplemento essencial at a 28a semana de gestao para manter a taxa de hemoglobina acima de 10,5 g/100 ml e ferritina acima de 10g/L > reposio : 27 mg/dia); i cido Flico: (preveno dos defeitos do tubo neural> 400 g/dia); i Vitamina A: dose mxima de 700 g/dia (alta dose pode ser teratognica); i Vitamina D: 10 a 20g/dia (a partir da 12 semana de gestao); i Clcio: 3 a 4 pores por dia/leite e derivados; A gravidez na adolescncia causa impactos negativos no s para a me e o beb, mas afeta negativamente toda a estrutura familiar.
  • 10. 20 21 i Iodo (sal iodado), zinco, magnsio, vitamina B6, vitamina E; i Protenas: 3 a 4 pores por dia. A boa alimentao dever ser continuada durante o perodo de amamentao do beb. Ainda em relao ao pr-natal, os profissionais devem estar atentos para garantir que as intervenes contemplem as seguintes estratgias: i Mdicas: interveno precoce para a reduo das morbidades (doenas mais comuns). O acompanhamento mdico essencial para detectar precocemente problemas de sade e para garantir que exames e orientaes sejam feitos no perodo correto, evitando complica-es que prejudiquem a sade do beb e da me; i Nutricionais: acompanhamento cuidadoso do ganho de peso, orientao nutricional e segurana alimentar. Sabemos que uma m nutrio durante a gestao tem sido respon-svel por muitos problemas para os bebs e suas mes. Construir junto com a gestante um cardpio adequado fundamental para o bom desenvolvimento da gestao; i Psicossociais: reduo dos comportamentos de risco, melhora da dinmica familiar e apoio social. Estar grvida na adolescncia traz questionamentos e conflitos que devem ser respeitados e valorizados pelos profissionais. O apoio deve ser total e o envolvimento do restante da famlia primordial; i Educacionais: cuidados durante a gestao, parto, amamentao e maternidade. O processo da gestao repleto de mudanas e novidades. Oferecer informaes sobre cada fase, assim como os direitos e deveres da gestante faz parte do processo de empoderamento e amadurecimento; i Reintegrao escolar e social: oportunidades de incluso e ganho econmico. muito comum que a menina deixe a escola e outras atividades por causa da gestao. Ou, ainda, j estava fora do sistema escolar quando engravidou. O momento do pr-natal deve ser tambm uma oportunidade de rever expectativas e planos de vida. Projetos intersetoriais e atividades de grupo so estratgias que devem ser valorizadas; i Humanizao do atendimento multidisciplinar. Preconizado pelo Ministrio da Sade, a humani-zao foco de todos os servios a serem oferecidos. No caso da gravidez na adolescncia, evento que merece especial ateno, esse cuidado deve ser otimizado e o acolhimento e acompanhamen-to de todo processo da gestao estendido para o crescimento e desenvolvimento da criana. PARTO A nica forma da gente conseguir mudar essa realidade se as prprias mulheres assumirem plenamente a sua capacidade de ter o seu filho com suas prprias foras (Manuel Fonseca) O parto o momento esperado sempre com muita ansiedade pela maioria das gestan-tes. No caso das adolescentes, somam-se a isso as caractersticas comuns j mencionadas nesse documento. O parto em meninas menores de 15 anos deve ser considerado como de risco e, portanto, deve ser feito em locais que ofeream assistncia completa. O parto domiciliar, por exemplo, no deve ser feito neste caso. A possibilidade de intercorrncias muito maior. O direito ao acompanhante, garantido na Lei n. 11.108/2005, no caso das adolescentes, deveria contar com a possibilidade da presena tambm da me da mesma, tendo em vista o suporte emocional e confiana estabelecidos. Para evitar uma reincidncia da gravidez ainda na adolescncia, importante encami-nhar a adolescente ao servio de planejamento familiar.
  • 11. 22 23 A gravidez na adolescncia aumenta do ciclo de pobreza e das desigualdades sociais em pases em desenvolvimento, como o Brasil. ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL No podemos mais nos satisfazer s com a sobrevivncia dos bebs, mas pensar em um desenvolvimento integral. A Puericultura fundamental! (Paulo Bonilha) Com a gravidez na adolescncia temos, alm de construir estratgias para um acompa-nhamento a essa menina e seu companheiro, que pensar na criana que est sendo gerada, tambm considerada em situao de risco, tendo em vista a fragilidade emocional de seus pais, ainda imaturos. Nesses casos, muitas vezes o que vemos, principalmente em meninas muito jovens, que a av geralmente acaba tomando para si a responsabilidade de cuidar da criana. Nesse cenrio, ns profissionais temos que traar algumas estratgias de cuidado pen-sando tambm no bem estar e desenvolvimento saudvel dessa criana. Temos que entender que se a adolescente grvida vulnervel, o filho dessa menina mais vulnervel ainda. O primeiro passo buscar construir um vnculo positivo da me adolescente e o pai da criana com o beb. preciso que a adolescente possa, ainda no pr-natal, iniciar o elo po-sitivo com o beb, tendo em vista os beneficio que isso pode trazer. Incentivar e permitir a presena do pai e avs uma estratgia importante, visando o fortalecimento de um vnculo positivo tambm no contexto familiar no qual essa criana ir se desenvolver. fundamental que j no pr-natal seja oferecido a esses pais a oportunidade de se pre-pararem para maternidade e paternidade. Assim, a formao de grupos e apoio psicolgico fundamental. A escuta qualificada e o estabelecimento de vnculos so essenciais. O QUE PODE DAR CERTO! A seguir iremos sugerir algumas estratgias j realizadas por projetos considerados exi-tosos nesse cuidado: i Permitir que os adolescentes participem da elaborao das atividades. Isso pode ajudar na aceitao dos mesmos nas aes sugeridas; i Atividades com grupos essencial para que os adolescentes adquiram confiana e possam ser mais participativos; i A linguagem dos materiais e atividades feitas para esse pblico deve ser diferen-ciada, levando em conta seus costumes e modos de viver; i importante tambm que as regras e protocolos do acompanhamento da criana sejam maleveis.
  • 12. 24 25 O QUE OS SERVIOS PODEM OFERECER Para trabalhar com a gestao no desejada ou no planejada, todos os profissio-nais tm que estar atentos a quatro elementos: i Utilizar programas baseados em evidncias cientficas; i Mobilizar a comunidade (incluindo os prprios adolescentes); i No fazer nada para os adolescentes sem os adolescentes (empoderar e oferecer informaes apropriadas); i Ampliar o dilogo com gestores, escolas, conselhos tutelares (para gestao abaixo dos 15 anos) e parlamentares. SADE muito comum que, ao engravidar, a menina passe a ser tratada como mulher e seja inserida sem restries aos protocolos e regras de atendimento de uma gestante. Precisamos entender que aquela menina que fica grvida uma adolescente gestante! Que o menino que agora ser pai ainda um menino. Isso fundamental e as polticas p-blicas e aes planejadas nos servios devem levar isso em considerao. Por exemplo, uma menina que chega a uma Unidade de Sade procurando por um teste de gravidez no se pode seguir o protocolo normal. Algum nessa unidade deve se respon-sabilizar por isso, independente do resultado. Se o teste for positivo, essa menina deve ser imediatamente encaminhada para uma consulta, ser acolhida e iniciar o pr-natal. Caso o resultado d negativo, a adolescente deve receber orientaes sobre a sade sexual e a sa-de reprodutiva, para que no prximo ms a mesma cena no se repita. Buscar compreender o modo de vida do adolescente e se adaptar a ele. Se por um lado ele no apresenta maturidade para lidar com a situao e merece mais cuidados, por outro lado, ela ainda no tem preconceitos, assim, a qualidade da primeira consulta e acolhimento desses adolescentes so decisivos para o estabelecimento do vnculo e continuidade positi-va desse acompanhamento. Trabalhar com regras muito rgidas e autoritrias ir afast-los do acompanhamento. Ser acolhedor e flexvel com o adolescente essencial. A seguir, iremos compartilhar al-gumas ideias para um melhor atendimento a esse pblico:
  • 13. 26 27 i O acesso a contraceptivos deve ser livre. Exigir a presena de um responsvel afasta a possibilidade dessa aquisio; i Atrasos para consulta no devem ser motivos para cancelamento completo do atendimento; i Muitas vezes o adolescente comparece na Unidade de Sade em dias e/ou horrios dis-tintos daqueles oferecidos para esse tipo de atendimento. Caso no se possa oferecer uma consulta, importante que algum tipo de atendimento e conversa seja realizado; i Caso a adolescente esteja acompanhada, por exemplo, de amigas e seu desejo seja que elas(s) participem(m) da consulta, isso deve ser, sempre que possvel, consentido; i O nmero de consultas de pr-natal deve ser orientado pela necessidade da adolescente. Muitas vezes elas precisam de mais consultas e mais ateno para que possam comparti-lhar seus medos, dvidas e angstias; i O servio deve ser sempre amigvel e acolhedor, pois o contrrio certamente afasta os adolescentes da procura pelo servio; i A presena do pai da criana deve ser sempre incentivada; i fundamental que se investigue junto a essa adolescente se a relao consentida, prin-cipalmente para menores de 15 anos; i Atendimentos e atividades em grupo so fundamentais para que os adolescentes possam trocar experincias e se sentir mais seguros nessa fase; i Programas de sade do adolescente e sade da criana devem estar articulados para acompanhar essa menina/me. Outra estratgia muito importante que deve ser incentivada como atividade nos servios de sade o planejamento familiar, que segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS) pode promover inmeros benefcios para o enfretamento da gravidez no desejada, entre os quais destacamos: igualdade de gnero e empoderamento de mulheres e famlias; poten-cial de reduzir em 32% as mortes maternas, 10% de recm-nascidos e mortalidade infantil; diminuir em 71% o nmero de gravidezes no desejadas; evitar 80% da transmisso sexual do vrus HIV com o uso correto e consistente de preservativos. EDUCAO Muitas vezes se diz que as meninas que engravidam ainda adolescentes acabam aban-donando a escola. Isso tambm verdade! Mas muitas delas, ao engravidar, j estavam por algum motivo fora da escola. Dados apontam que o abandono escolar superior entre as meninas que engravidaram em comparao s que no engravidaram. Estudo do Instituto de Pesquisa Econmica Apli-cada (IPEA) realizado em 2009 diz que o percentual do abandono escolar foi de 6,1% entre meninas de 10-17 anos sem filhos. J para meninas na mesma faixa etria com filhos, esse percentual saltou para 75,6%. A educao est diretamente relacionada taxa de fecundida-de, quer dizer, quanto menor o grau de instruo, maior a quantidade de filhos por mulher, podendo chegar a 3 filhos. Em mulheres com nvel superior essa taxa chega a 1,17 filhos. fundamental que a escola oferea condies para que se converse sobre a gravidez na adolescncia, e falar abertamente sobre sade sexual e reprodutiva uma das estratgias. Quando uma menina ficar grvida, a escola deve oferecer apoio. O no abandono dos estudos uma das alternativas para um cuidado mais qualificado a essa nova me. Alm de ser um fator protetivo, potencializa uma maior oportunidade para sua mobilidade social e econmica. A Lei n. 6.202/75 garante a permanncia da adolescente na escola atravs do regime de exerccio domiciliar. Este um direito que deve ser declarado e resguardado pela escola para evitar o abandono escolar. Em 2007, foi instituda uma poltica intersetorial da Sade e da Educao, o Programa Sade na Escola (PSE), que permite uma aproximao entre as reas da sade e educao, que se unem em prol da promoo da sade e educao integral. Vale ressaltar que pro-mover um trabalho de resilincia e construo de projeto de vida auxilia no fortalecimento da autoestima e d novos horizontes para o desenvolvimento na adolescncia e, no caso especifico, ao seu filho.
  • 14. 28 29 ASSISTNCIA SOCIAL (PROTEO) Nos contextos de pobreza, aqueles em que a renda per capita de at meio salrio mni-mo, a propenso de gravidez na adolescncia chega a 18%, enquanto no estrato social aci-ma de 5 salrios mnimos este percentual chega a 1% (IPEA, 2009). Este resultado impacta diretamente no acesso s oportunidades, que mudam de acordo com o estrato social em que se encontra a adolescente. Para diminuir as iniquidades sociais e ampliar as oportunidades a poltica de assistncia social, o governo promove atravs do Programa Bolsa famlia aes articuladas com as politicas da educao e sade com base em condicionantes: na sade, alm do compromis-so familiar em acompanhar a vacinao, o crescimento e desenvolvimento da criana, as mulheres entre 14 e 44 anos tambm devem fazer o acompanhamento, e se engravidar, deve realizar o pr-natal adequadamente. Na educao, o acompanhamento est vinculado com a frequncia escolar mnima de 85% entre as crianas e adolescentes entre os 06-15 anos, e dos 16-17 anos com a frequncia escolar mnima de 75%. Na assistncia social, crianas e adolescentes com at 15 anos em situao de risco so-cial devem participar dos Servios de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos, e devem apresentar frequncia mnima de 85% de frequncia mensal. Alm disso, existe o Benefcio Varivel Jovem, no qual existe a garantia de um valor complementar ao Bolsa Famlia por at no mximo dois jovens por famlia, objetivando incentivar a permanncia do programa e promover condicionantes para o aumento da escolarizao. SAIBA MAIS Separamos alguns materiais e link interessantes para voc conhecer mais sobre a temtica: Repercusses psicossociais negativas esto associadas gestante adolescente (evaso escolar, abuso de drogas, baixa autoestima etc). Caderneta da Sade do adolescente (meninas). Disponvel em: . Caderneta da Sade do Adolescente (meninos). Disponvel em: . Apostila Me e Pai. Casal na adolescncia. E agora? Orientaes para profissionais de sade Disponvel em: .
  • 15. 30 31 Factores relacionados con elembarazo y la maternidad en menores de 15 aos en Amrica Latina y el Caribe FLASOG. Disponvel em: . Estudo sobre as polticas pblicas de proteo sade infantil e materna no Brasil: um olhar especial para os filhos de mes adolescentes. Disponvel em: . Rede ADOLEC da Biblioteca Virtual de Sade - BVS. Disponvel em: . Documentrio Mes de Alagoas. ONG Viso Mundial. Campanha Sade para as crianas primeiro. Parte 1: . Parte 2: . Parte 3: < https://www.youtube. com ?v=KVUU3r0Po1Q&feature=youtu.be>. Filme Por ser menina (BIAAG). Brasil. PLAN. Disponvel em: PENSE. Pesquisa Nacional da Sade do Escolar, 2012. Disponvel em: . Ministrio da Sade (MS) SADE INTEGRAL DE ADOLESCENTES E JOVENS. Orientaes para a Organizao de Servios de Sade. Braslia, 2005. Disponvel em: . Ministrio da Sade (MS). Diretrizes nacionais para a ateno integral sade de adolescentes e jovens na promoo, proteo e recuperao da sade. Estratgicas, rea Tcnica de Sade do Adolescente e do Jovem. Braslia, 2010. Disponvel em: . Social determinants of health and well-being among young people. HEALTH BEHAVIOUR IN SCHOOL-AGEDCHILDREN (HBSC) STUDY: INTERNATIONAL REPORT FROMTHE 2009/2010 SURVEY. Disponvel em: . Laboratrio de Anlise e Preveno da Violncia (LAPREV). Disponvel em: . Inqurito Nacional sobre Parto e Nascimento Nascer no Brasil. Disponvel em: . Site (evidncias e estudos que podem ser usadas para tomada de decises e estratgias condizentes com as reais necessidades). Programas governamentais que podem auxiliar no atendimento as mes e pais adolescentes: REDE CEGONHA. Disponvel em: BRASIL CARINHOSO. Disponvel em: . Primeira Infncia Melhor (PIM). Disponvel em: . Programa Sade na Escola (PSE). Disponvel em: .
  • 16. 32 33 REFERNCIAS ANDALAFT. C.C.M; NETO. J A. Gravidez e adolescncia. Rio de Janeiro: Editora Revinter, 2009. BRASIL, Ministrio da Sade.Banco de dados do Sistema nico de Sade-DATASUS, Sistema de Informaes sobre Nascidos Vivos - SINASC. BRASIL, Ministrio da Sade. Banco de dados do Sistema nico de Sade-DATASUS, Taxa de Mortalidade Infantil Sistema de Informaes sobre Mortalidade SIM. BRASIL. Cdigo Penal Brasileiro. Decreto-lei No 2.848, de 7 de dezembro de 1940. BRASIL. Lei N 11.108, de7 de abril de 2005. Altera a Lei N 8.080 de 19 de setembro de 1990, para garantir s parturientes o direito presena de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e ps-parto imediato, no mbito do sistema nico de sade - SUS. BRASIL. Lei n 6.202/75. Atribui a Estudante em Estado de Gestao o Regime de Exerccios Domiciliares Institudo pelo Decreto-lei 1.044, de 1969, e d outras providncias. Braslia, 1975. BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria GM/MS N 104, de 25 de janeiro de 2011. Define as terminologias adotadas em legislao nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitrio Internacional 2005 (RSI 2005), a relao de doenas, agravos e eventos em sade pblica de notificao compulsria em todo o territrio nacional e estabelece fluxo, critrios, responsabilidades e atribuies aos profissionais e servios de sade. Braslia, 2011. FLASOG. Fatores relacionados con el embarazo y la maternidad en menores de 15 aos en America Latina y El Caribe. 1 edicin, Per, 2011. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Censo Demogrfico, 2010. IPEA. CASTRO, J.A; AQUINO, L.M.C; ANDRADE, C.C (Org). Juventude e Polticas sociais no Brasil. Braslia, 2009. OSRIO, LC. Adolescente hoje. 2. ed. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1992. RIOS KSA;WILLIAMS LCA; AIELLO ALR. Gravidez na adolescncia e impactos no desenvolvimento infantil. Adolesc Sade. 2007; 4 (1):6-11. WHO/ISPCAN. Preventing Child Maltreatment, a guide to taking action and generating evidence. World Health Organization/International Society for Prevention of Child Abuse and Neglect, Geneva, 2006.
  • 17. 34 PARCEIROS / APOIO GT SADE RNPI REALIZAO APOIO RNPI 2013 2014: SECRETARIA EXECUTIVA BINIO 2013/14 INSTITUTO DA INFNCIA - IFAN