cartilha do bom atendimento ao usuario
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CARTILHADO BOM ATENDIMENTOAO USURIO
MARINHA DO BRASIL
Julho2012
DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS
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Apresentao:Nunca deixe que seus padres de atendimento caiam abaixo do excelente.
(Irving Thalberg)
Conforme observado, em diversos segmentos, a tarefa de sensibilizar para a qualidade noatendimento ao pblico tem ocupado um lugar de destaque nos planejamentos estratgicose nas aes voltadas melhoria do desempenho, principalmente, no mbito da prestao deservios. A Marinha do Brasil, por intermdio do Centro de Instruo Almirante Graa Aranha(CIAGA), vem procurando qualificar o seu pessoal (militares e civis) nesse segmento, ofere-cendo o Curso de Atendimento ao Pblico Externo (ATPE).
O contedo desta cartilha mais uma forma de aprimorar e manter o mais alto padro dequalidade dos servios prestados pelas CP/DL/AG e CI aos seus usurios, pautado na tica e novalor do respeito dignidade da pessoa humana, com cordialidade e ateno individualizada.
A cartilha se destina, de modo especial:
Aos titulares das CP/DL/AG e CI, para que sirva de elemento motivador, orientando-os a
respeito da implantao das medidas necessrias para adequar as instalaes da OM, demodo o propiciar um bom atendimento ao usurio;
Aos militares e civis que lidam, diariamente, com o pblico que procura a OM para tratar
de assuntos relacionados com a STA e com o EPM; e
A todos os integrantes da OM que estejam dispostos a contribuir para a prestao de
um atendimento orientado, de fato, aos usurios e que estejam imbudos da idia de que ousurio no um transtorno, mas sim a prpria razo de ser da OM.
A proposta mostrar um caminho para todos os que queiram desenvolver um trabalho sim-ples e racional visando melhoria da qualidade do atendimento ao pblico nas CP/DL/AG e CI.
APRESENTAOQualidade em Atendimento
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Promover um bom atendimento aos usurios que procuram as CP/DL/AG e os CI, deveriaser, a princpio, uma tarefa relativamente fcil. Bastaria atend-los como gostaramos de
ser atendidos: prestar as informaes corretas, ser paciente e educado, cumprir os prazosestabelecidos para a concluso dos servios e mant-los informados a respeito do anda-mento da prontificao de suas solicitaes.
O mau atendimento no um problema de quem atende, mas uma questo gerencial, quecomea no recrutamento e seleo do pessoal de atendimento, passa pelo aspecto dacapacitao desse pessoal e da adequao do ambiente e termina na avaliao constanteda qualidade do atendimento.
Qualidade comea com educao e termina com educao.(Kaoru Ishikawa)
INTRODUOQualidade em Atendimento
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IPOS DE ATENDIMENTOQualidade em Atendimento
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Os caminhos para um atendimento de excelncia propostos nesta cartilha esto organizadossegundo as duas formas de contato com o pblico: presencial e no-presencial (por telefone).
1 ATENDIMENTO PRESENCIAL
No atendimento presencial, que uma situao comunicacional de grande impacto juntoao usurio, os 20 primeiros segundos do atendimento so fundamentais para que umaimagem positiva da organizao seja construda e mantida.
Nesses 20 primeiros segundos, o atendente deve sempre demonstrar simpatia, competn-
cia e profissionalismo. Deve, sobretudo, cuidar: da expresso do rosto;
da voz;
dos gestos;
do vocabulrio; e
da aparncia (postura fsica, vesturio, penteado etc.).
Princpios fundamentais para imprimir qualidade ao atendimento
a) Princpio da competncia
O usurio espera que cada pessoa que o atenda detenha informaes detalhadas e corre-tas sobre o funcionamento da organizao e do setor que ele procurou.
b) Princpio da legitimidade
O usurio deve ser atendido com tica, respeito, imparcialidade, sem discriminaes, comjustia e colaborao.
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c) Princpio da disponibilidade
O atendente representa, para o usurio, a imagem da organizao. Assim, deve haver
empenho para que o usurio no se sinta abandonado, desamparado ou sem assistncia.
O atendimento deve ocorrer de forma personalizada, atingindo-se a satisfao do usurio.
d) Princpio da flexibilidade
O atendente deve procurar identificar claramente as necessidades do usurio e esforar-se
para ajud-lo, orient-lo ou conduzi-lo a quem possa ajud-lo adequadamente.
Estratgias para que o usurio se sinta bem atendido
a) Estratgias verbais:
reconhea, o mais breve possvel, a presena das pessoas;
se houver demora no atendimento, pea desculpas;
se possvel, trate o usurio pelo nome (no esquecendo do tratamento adequado:
Sr/Sra, Dr/Dra, Comte, etc);
demonstre que quer identificar e entender as necessidades do usurio; e escute atentamente, analise bem a informao e apresente solues.
b) Estratgias no-verbais:
olhe para a pessoa diretamente e demonstre ateno;
prenda a ateno do interlocutor;
no escreva ou se distraia com outras atividades enquanto estiver falando com o usurio; e
preste ateno comunicao no-verbal.
c) Estratgias ambientais:
mantenha o ambiente de trabalho organizado e limpo;
assegure acomodaes adequadas para o usurio;
evite deixar pilhas de papel, processos e documentos desorganizados sobre a mesa, bem
como objetos pessoais estranhos ao seu trabalho; e
solicite, se for possvel, uma decorao de bom gosto.
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Acrescente-se que fundamental que o cidado tenha sempre sua disposio canais decomunicao pblicos para sugestes, reclamaes e outros procedimentos, por meio deouvidorias, Internet ou caixa de sugestes. Dessa forma, alm de promover a incluso dousurio no processo de atendimento, h a possibilidade de benefici-lo com respostas mais
rpidas a suas necessidades.Um ambiente limpo e organizado agradvel e causa sensao de bem-estar. Outros re-quisitos importantes esto relacionados com a dimenso e adequao do local, iluminao,ventilao, conforto trmico e acstico.
As organizaes que vestem a camisa do usurio, alm da ateno dispensada aos as-pectos estticos, esto buscando eliminar fatores ligados ao ambiente de trabalho quepossam causar danos sade. Entre eles, esto:
Poluio visual: o excesso de material visual (cartazes, fotos, etc.) ou a desordem dos ob-jetos disponveis no ambiente (mobilirio e equipamentos) podem causar desconforto visual;
Poluio sonora: os barulhos so inadequados ao ambiente de trabalho, uma vez quea exposio contnua a grandes rudos pode causar srios prejuzos ao ser humano, taiscomo nervosismo, fadiga mental, distrbios auditivos, etc.
Disposio do mobilirio e equipamentos
A aparncia de qualquer ambiente chama a ateno quanto a aspectos como iluminao,ventilao, mobilirio, equipamentos, layout, etc.
Segundo especialistas, a iluminao adequada causa bem-estar fsico e emocional aos indi-vduos e a boa ventilao diminui os nveis de agentes nocivos sade.
Em linhas gerais, a disposio do mobilirio e dos equipamentos deve obedecer a doisprincpios bsicos:
o primeiro diz respeito otimizao do espao, de forma a acomodar bem as pessoas,
permitir fcil acesso ao material de trabalho e facilitar a circulao no ambiente.
o segundo est relacionado ao local reservado ao atendimento do usurio. O ideal
deix-lo livre de rudos que possam interferir na qualidade dos servios prestados.
A qualidade de seu ambiente de trabalho, fator essencial para causar boa impresso em seususurios, est relacionada qualidade do atendimento presencial. importante que seusinterlocutores sintam-se bem acolhidos, possam sentar-se, no caso de uma interao maisdemorada e possam colocar-se diante de uma mesa bem arrumada, que indique eficincia eeficcia daqueles que ali trabalham.
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A qualidade do ambiente de trabalho um fator que transmite segurana ao usurio econsolida uma imagem positiva da OM.
2 ATENDIMENTO NO-PRESENCIAL / TELEFNICO
No atendimento telefnico, deve-se transmitir uma imagem profissional, de eficcia e debom funcionamento da OM. Esse atendimento integra-se ao conjunto de servios ofereci-dos pela organizao, sendo o atendente o principal agente da situao em que o telefone o meio de comunicao. Portanto, cabe ao atendente assumir algumas atitudes indispen-sveis ao atendimento telefnico de qualidade, tais como:
a) agir de forma receptiva (demonstrar pacincia e disposio para servir como, por exem-plo, responder s dvidas mais comuns dos usurios como se as estivesse respondendopela primeira vez);
b) ouvir com ateno (evitar interrupes, dizer palavras como compreendo, entendoe, se necessrio, anotar a mensagem do interlocutor);
c) valer-se da empatia (para personalizar o atendimento, pode-se pronunciar o nome dousurio algumas vezes, mas, nunca, expresses como meu bem, meu amor, corao,
entre outras);d) evitar que o interlocutor espere por respostas;
e) evitar fazer rudos durante a ligao telefnica (deve-se evitar comer ou beber enquantose fala);
f) concentrar-se no que diz o interlocutor (evitar distrair-se com outras pessoas, colegasou situaes, desviando-se do tema da conversa); e
g) manifestar comportamento tico na conversao e evitar promessas que no poderoser cumpridas.
Ao receber uma ligao, o atendente assume a responsabilidade pelas informaes presta-das a quem est do outro lado da linha. A utilizao do telefone, alm de significar economiade tempo, imprime qualidade imagem da OM. Por isso, convm:
a) atender rapidamente a chamada (at o 3 toque);
b) identificar a organizao ou o setor e dizer o seu posto/graduao e nome;
c) ouvir o usurio com ateno, para compreender o que dito e como dito;
d) prestar informaes de forma clara e objetiva;
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e) eliminar frases que possam desapontar ou irritar o usurio, como No sabemos, Nopodemos, No temos e outras semelhantes;
f) solucionar o problema do usurio (ou direcionar a ligao para o setor competente); e
g) agradecer ao usurio pela sua ligao.
As grandes gafes que ocorrem no Atendimento Telefnico
Pera um pouquinho o maior contra-senso telefnico. Se precisar de algum tempo(mximo 2 minutos) para responder ao que lhe solicitado, diga simplesmente: Por gen-tileza, pode aguardar um minuto? E que seja um minuto mesmo! Se for demorar mais queisso, em vista do custo das ligaes e do tempo de quem est na espera, mais convenien-
te solicitar que o usurio faa nova chamada, posteriormente, a tempo de ter a respostapronta, em mos.
Nada mais desagradvel do que ouvir Quem? ao telefone. deselegante e desres-peitoso. Substitua por: Por gentileza, com quem falo? ou Estou falando com quem,por favor?.
A expresso hoje to usada Quem gostaria? contm um grave erro gramatical. O verbogostar exige um objeto indireto; assim, o certo Quem gostaria de falar com ele?.
Tambm errado perguntar: Quem deseja? O correto : Quem deseja falar com ele?O verbo desejar exige a presena de um objeto direto.
Enfim, a arte de atender bem o usurio em ligaes telefnicas depende de um con-junto de regras que podem resultar em atitude positiva na relao interpessoal e tornaro atendimento harmonioso e interativo.
No processo de atendimento telefnico, o atendente precisa desenvolver uma qualidade
importantssima no mbito das relaes humanas: saber ouvir.Saber ouvir ter ateno e interesse pelo assunto abordado pela outra pessoa. No bastaescutar as palavras que so ditas; preciso compreender o significado de cada uma delasna situao exposta pelo interlocutor.
Os Sete pecados do atendimento ao usurio (Presencial e Telefnico)
APATIA: demonstrao de indiferena;M VONTADE: atendente tenta livrar-se do usurio ou, pior ainda, deixa o telefone fora dabase (ou desligado) para no ser incomodado;
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FRIEZA: tratamento distante, sem envolvimento;
DESDM: atendente dirige-se ao usurio com tom de superioridade;
ROBOTISMO: dvidas ou informaes respondidas de forma automtica e rpida;
APEGO S NORMAS: atendente d a entender que a organizao inflexvel; eJOGO DE RESPONSABILIDADE: atendente redireciona o usurio sem solucionar o problema.
CONCLUSOQualidade em Atendimento
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importante que todas as pessoas, sem exceo, sejam bem atendidas e sintam-se von-tade desde o momento em que chegam OM (ou so atendidas por telefone) at a ocasioem que dela saem (ou concluam a ligao). Sendo assim, importante que o profissionalsaiba se expressar bem, fsica e verbalmente.
Todos os profissionais que lidam diretamente com o pblico devem atentar-se ao asseio, ouseja, uniforme completo, limpo e bem passado, sapatos limpos e engraxados.
Os homens devem estar sempre com a barba feita, o cabelo curto e as mos limpas com
as unhas sempre asseadas. As mulheres devem apresentar-se com os cabelos presos,maquiagem leve e discreta e tambm com as mos limpas e unhas feitas.
Deve-se evitar o uso de perfumes doces ou fortes. Se for fumante, jamais fumar no ambientede atendimento; ter uma ateno especial com o hlito. Manter, sempre, uma postura ereta,nunca ficar parado(a) de costas para o usurio e nem ficar sentado(a) ou debruado(a)sobre mesas e balces.
Quando falar com algum, seja um usurio ou um colega de trabalho, no ficar com osbraos cruzados, olhar a pessoa sempre nos olhos, no apontar o dedo e evitar gesticularmuito; ter sempre um simptico sorriso no rosto. Falar de forma objetiva, evitar grias, vcios
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de linguagem e erros de portugus; manter um tom de voz equilibrado, sem gritar mas,tambm, sem falar muito baixo.
Internamente, nas OM, comum o emprego de muitas siglas e termos tcnicos, visando facili-tar a padronizao e a comunicao entre a equipe. Entretanto, o usurio no tem a obrigao
de conhecer tais expresses e, por isso, no devem ser utilizadas ao falar-se com ele.
Usar com freqncia algumas palavras mgicas (como, por exemplo: bom dia ou boatarde, seja bem vindo(a), por favor, com licena, obrigado, etc...), tanto com os usurioscomo com os colegas de trabalho.
Evitar comunicar-se com os colegas de forma inadequada: no falar de longe (para no terque gritar), no discutir em situaes de estresse (devido a problemas operacionais ou de-
sentendimentos) e no discutir falhas ou dificuldades internas da OM, na frente dos usurios.Jamais deixar um usurio com algum tipo de dvida; procurar conhecer todos os serviosoferecidos pela OM, procedimentos internos, horrios de funcionamento e etc. para quepossa transmitir informaes completas e corretas, evitando a insatisfao do usurio.
Manter o bom humor e a concentrao e no permitir que preocupaes pessoais in-terfiram no seu trabalho; evitar conversas paralelas com os colegas e discusses sobreassuntos como futebol, religio e poltica.
Ter em mente que, apesar da necessidade de seguir estes padres, voc precisa imprimirum pouco da sua personalidade ao atendimento, para que no se torne algo mecnico,repetitivo e artificial; afinal, o atendente lida de forma direta com pessoas de diversas cul-turas, com opinies e gostos diferentes e isso traz a necessidade de criar-se uma sintoniacom o interlocutor, fazendo assim um atendimento realmente personalizado.
Lembrar-se que, seguindo estas orientaes, o servio fluir de forma coordenada e gil. importante que durante todo o processo haja comunicao objetiva e constante entre todosos membros da equipe, para evitar a ocorrncia de erros desnecessrios e, tambm, paraque a colaborao mtua e o bom senso faam com que tudo acontea harmoniosamente.
Nunca deixar nenhuma tarefa pela metade, mantendo seu trabalho em um ritmo gil, mas nocorrido e desordenado; seja organizado(a) e lembre-se que cada ao tem comeo, meio e fim.
RESPEITE PARA SER RESPEITADO.
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BIBLIOGRAFIAQualidade em Atendimento
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDAALMEIDA, Srgio. Cliente, eu no vivo sem voc. 9 ed. Salvador: Casa da Qualidade, 1995.
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DANTAS, Edmundo B. Atendimento ao pblico nas organizaes. Braslia: Senac, 2004.
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ANOTAESQualidade em Atendimento
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