cartilha - desenho universal

Upload: direitos-da-pcd

Post on 09-Jul-2015

164 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOSUM CONCEITO PARA TODOSDesenho UniversalDESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOSDESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOSAutoras: Ana Claudia Carletto e Silvana CambiaghiSuporte tcnico: Silvana CambiaghiProjeto Grfco, Ilustraes e Diagramao: Alex FullRealizao: Mara GabrilliEssa uma publicao impressa no Brasil. Proibida sua reproduo sem prvia autorizao dos autores. APRESENTAOA incluso social das pessoas com defcincia uma ao que, hoje, j podemos afrmar que acontece na nossa sociedade. No ainda completa, mas j tomou forma e a conscincia das pessoas e de alguns governantes. Com a incluso arraigada na base da formao e informao, podemos dar um passofrenteenofalarmaisnesseconceitoisolado,quecriamecanismose ferramentas para trazer ao seio social um grupo de pessoas que esto margem desse processo.Estamos levantando agora uma outra questo, mais abrangente e,semdvida,principal:defenderummundodeacessosuniversais,sem segregaes, um mundo para todos.Se caminharmos pela rua, poderemos notar que nenhum ser humano igual ao outro e que o normal , exatamente, ser diferente. Porissoqueapresentamos,nessapequenacartilha,oDesenhoUniversal,este conceitoquetemcomoobjetivodefnirprojetosdeprodutoseambientesque contemplem toda a diversidade humana: desde as crianas, adultos altos e baixos, anes,idosos,gestantes,obesos,pessoascomdefcinciaoucommobilidade reduzida.ODesenhoUniversalocaminhoparaumasociedademaishumanaecidad. Essa a direo que devemos seguir.Boa leitura!Mara GabrilliDesenho UniversalUM CONCEITO PARA TODOSDESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOSNDICEIntroduoO que o Desenho Universal?Os sete princpios do Desenho UniversalIGUALITRIO - Uso equiparvel (para pessoas com diferentes capacidades);ADAPTVEL - Uso fexvel (com leque amplo de preferncias e habilidades);BVIO - Simples e intuitivo (fcil de entender);CONHECIDO - Informao perceptvel (comunica efcazmente a informao necessria)SEGURO - Tolerante ao erro (que diminui riscos de aes involuntrias);SEM ESFORO - Com pouca exigncia de esforo fsico;ABRANGENTE - Tamanho e espao para o acesso e o uso.Como aplicar o conceito do Desenho Universal na minha casa?O Desenho Universal e seus usos variadosO que a legislao fala de Desenho Universal?Normas TcnicasLegislao MunicipalOs Poderes e o Desenho UniversalBoas Prticas com Desenho UniversalSites de InteresseReferncias Bibliogrfcas81012 182022323437386 7DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOSINTRODUOmuitoquesefaladeumconceitochamadoDesenhoUniversal.Pelo nome, podemos ter uma idia de que esse tema trata de um riscado, traos quecriamacessosparaouniverso,universal,ouseja,todaadiversidade humana. Mas ainda assim no apanha todo o seu signifcado. Aos poucos, mais de perto, vamos percebendo o quanto o Desenho Universal capaz de transformar edemocratizaravidadaspessoasemdiversoseamplosaspectos,comoinfra-estrutura urbana, prdios pblicos, casas e at produtos de uso no dia-a-dia. E no falamos apenas de pessoas com defcincia ou mobilidade reduzida, falamos de uma transformao para todas as pessoas que vivem em sociedade.A idia insipiente de um Universal Design nasceu depois da Revoluo Industrial, quando foi questionada a massifcao dos processos produtivos, principalmente na rea imobiliria. Havia uma pergunta no ar: por que criamos ambientes revelia das necessidades reais do usurio? Por que estruturamos um modelo de massa que iguala o que no igual ou seja, ns mesmos?A concepo de conforto est intimamente ligada a fatores pessoais: nossa altura, dimenso,idade,destreza,foraeoutrascaractersticas.Pensandonisso,em 1961, pases como Japo, EUA e naes europias, se reuniram na Sucia para discutir como reestruturar e recriar o velho conceito que produz para o dito homem padro,quenemsempreohomemreal.Assim,estaprimeiraconferncia internacionalfoiberoparaque,em1963,emWashington,nascesseaBarrier Free Design, uma comisso com o objetivo de discutir desenhos de equipamentos, edifciosereasurbanasadequadosutilizaoporpessoascomdefcincia oucommobilidadereduzida.Maistarde,esseconceitotomadocommais profundidade pelos Estados Unidos ampliou seu foco e mudou de nome. Passou a ser chamado de Universal Design e se propor a atender TODAS as pessoas, num aspecto realmente universal.Aqui no Brasil, um debate incipiente sobre esse tema teve inicio em 1980, com oobjetivodeconscientizarprofssionaisdareadeconstruo.Umanodepois, em 81, foi declarado o Ano Internacional de Ateno s Pessoas com Defcincia e, essa discusso mundial, acabou repercutindo por aqui, o que deu mais corpo aodebatesobreoDesenhoUniversal.Naqueleano,porcontadaconjuntura internacional,forampromulgadasalgumasleisbrasileiraspararegulamentar oacessoparatodosgarantindo queaparceladapopulaocomdefcinciaou mobilidadereduzidativesseasmesmasgarantiasquetodososcidados,visto que pagam os mesmos impostos. Em 1985, foi criada a primeira norma tcnica brasileira relativa acessibilidade, Acessibilidadeaedifcaes,mobilirios,espaoseequipamentosurbanos pessoa portadora de defcincia1. Em 1994, essa norma passou por uma primeira reviso e em 2004 pela ltima, a qual vale at hoje para regulamentar todos os aspectos de acessibilidade no Brasil. Bom, chega de papo e vamos mergulhar de vez neste conceito chamado Desenho Universal. Pode deixar por aqui, na porta de entrada, boa parte da sua bagagem. A partir de agora, voc poder circular com conforto, acessibilidade e democracia. Vamos l!1 Associao Brasileira de Normas Tcnicas, Rio de Janeiro, ABNT, 1985.8 9HDESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOSO qUE DESENHO UNIVERSAL? O conceito de Desenho Universal se desenvolveu entre os profssionais da rea de arquitetura na Universidade da Carolina do Norte - EUA, com o objetivo de defnir umprojetodeprodutoseambientesparaserusadoportodos,nasuamxima extenso possvel, sem necessidade de adaptao ouprojeto especializado para pessoas com defcincia. O projeto universal o processo de criar os produtos que so acessveis para todas as pessoas, independente de suas caractersticas pessoais, idade, ou habilidades. Os produtos universais acomodam uma escala larga de preferncias e de habilidades individuais ou sensoriais dos usurios. A meta que qualquer ambiente ou produto poder ser alcanado, manipulado e usado, independentemente do tamanho do corpo do indivduo, sua postura ou sua mobilidade. ODesenhoUniversalnoumatecnologiadirecionadaapenasaosquedele necessitam;desenhadoparatodasaspessoas.AidiadoDesenhoUniversal ,justamente,evitaranecessidadedeambienteseprodutosespeciaispara pessoas com defcincias, assegurando que todos possam utilizar com segurana e autonomia os diversos espaos construdos e objetos.VEjA qUE NO SOMOS TODOS IgUAIS... Aolongodenossavidamudamosnossascaractersticaseatividades.Quando somos crianas, nossas prprias dimenses nos impedem de alcanar ou manipular uma srie de objetos, s vezes, por segurana, s vezes, porque a criana no foi pensada como usurio. Quando adultos, nos encontramos em inmeras situaes quedifcultam,temporariamente,onossorelacionamentocomoambiente- comogestao,fraturas,torcicolos,quandocarregamospacotesmuitograndes ou pesados, entre outros. Ao alcanarmos mais idade, nossa fora e resistncia decrescem,ossentidosfcammenosaguadoseamemriadecai.Tambm possvel,mesmoquenofreqentemente,aologodavida,adquiriralguma defcincia, seja ela fsica, psquica ou sensorial. O ser humano normal precisamente o ser humano diverso, e isso que nos enriqueceenquantoespcie.Portanto,anormalidadequeosusuriossejam muito diferentes e que dem usos distintos aos previstos em projetos.1011DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOSOS SETE PRINCPIOS DO DESENHO UNIVERSALEm1987,oamericanoRonMace,arquitetoqueusavacadeiraderodaseum respiradorartifcial,criouaterminologiaUniversalDesign.Maceacreditavaque esseeraosurgimentonodeumanovacinciaouestilo,masapercepoda necessidade de aproximarmos as coisas que projetamos e produzimos,tornando-as utilizveis por todas as pessoas.Na dcada de 90, o prprio Ron criou um grupo com arquitetos e defensores destes ideais para estabelecer os seteprincpios do desenho universal. Estes conceitos somundialmenteadotadosparaqualquerprogramadeacessibilidadeplena. So eles:IgUALITRIO USO EqUIPARVEL So espaos, objetos e produtos que podem ser utilizados por pessoas comdiferentes capacidades, tornando os ambientes iguais para todos. Portas com sensores que se abrem sem exigir fora fsica ou alcance das mos de usurios de alturas variadas.ADAPTVEL USO fLExVEL Design de produtos ou espaos que atendem pessoas com diferentes habilidades e diversas preferncias, sendo adaptveis para qualquer uso. 12 13( 1 )( 2)Computador com teclado e mouse ou com programa do tipoDosvox.Tesoura que se adapta a destros e canhotos.equiparvel = tornar igual , igualar. Pr em paralelofexvel = que pode dobrar, curvar, alterar.Malevel, adaptvel.DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS( 3)( 4)( 5)bVIOUSO SIMPLES E INTUITIVO Defcilentendimentoparaqueumapessoapossacompreender,independente desuaexperincia,conhecimento,habilidadesdelinguagem,ounvelde concentrao. CONHECIDO INfORMAO DE fCIL PERCEPO Quando a informao necessria transmitida de forma a atender as necessidades do receptador, seja ela uma pessoa estrangeira, com difculdade de viso ou audio. Utilizar diferentes maneiras de comunicao, tais como smbolos e letras em relevo, braille e sinalizao auditiva.Umrecursoaindanomuitoutilizado so os mapas com informaes em alto relevo para que pessoas com defcincia visualidentifquemosambientesem que se encontram, ou ainda maquetes tteis de obras de arte de grande porte ou obras de arquitetura. SEgURO TOLERANTE AO ERRO Previsto para minimizar os riscos e possveis conseqncias de aes acidentais ou no intencionais. Elevadores com sensores em diversas alturas que permitam s pessoas entrarem sem riscos de a porta ser fechada no meio do procedimento e escadas e rampas com corrimo. 14 15 Entrada

Rampa

Atendi mento

Escada

Sanitrio feminino e para pessoas com defcinca.Sanitrio masculino e para pessoas com defcinca.2,10 mintuitivo = que se conhece facilmente. Incontestvel, claro, evidente.percepo = ato ou efeito de perceber. Combinao dos sentidos no reconhecimento de um objeto.tolerante = que tolera, perdoa. Sensibilizado ao erro.DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS( 7 )( 6)SEM ESfORO bAIxO ESfORO fSICO Paraserusadoefcientemente,comconfortoe com o mnimo de fadiga. Torneiras de sensor ou do tipo alavanca, que minimizam o esforo e toro das mos para acion-las. Maanetastipoalavanca,quesodefcilutilizao, podendoseracionadaatcomocotovelo.Essetipode equipamentofacilitaaaberturadeportasnocasode incndios, no sendo necessrio girar a mo. AbRANgENTEDIMENSO E ESPAO PARA APROxIMAO E USOQueestabelecedimenseseespaosapropriadosparaoacesso,oalcance,a manipulao e o uso, independentemente do tamanho do corpo (obesos, anes etc.),daposturaoumobilidadedousurio(pessoasemcadeiraderodas,com carrinhos de beb, bengalas etc.). Poltronas para obesos em cinemas e teatros Banheiros com dimenses adequadas para pessoas em cadeira de rodas ou as que esto com bebs em seus carrinhos.COMO APLICAR O CONCEITO DO 16 17economiza energia, fcil manipulao.dimenso = sentido em que se mede a extenso para avaliar. Medida, tamanho.1,70 mn.1,50 mn.0,80 mn.rea de manobrarotao 1801,50 x 1,20rea transferncia0,80 x 1,20DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS COMO APLICAR O CONCEITO DO DESENHO UNIVERSAL NA MINHA CASA?Voc no precisa, necessariamente, ser um arquiteto ou engenheiro ou designer de interiores para aplicar o Desenho Universal. Muito pelo contrrio. claro que os profssionais podem e devem difundir o conceito, mas pequenas atitudes comeam dentro da nossa casa. Umexemplosimplesadisposiodomobilirio.Esqueaquinas,excessode mveiscongestionandooambiente,tapetesemtodososcantostornando alguns lugares absolutamente escorregadios , prateleiras no meio da parede e demais objetos espalhados. Segundo a norma NBR 9050, preciso ter, no mnimo, espaoscomoportasecorredorescom0,80mdelarguraparaapassagem deumacadeiraderodas,porexemplo.Umacasacomespaosdecirculao adequadospossibilitamquecrianaspasseiemsemriscos,queidosospossam circular com autonomia e at voc poder receber, em casa e, sem passar nenhum caro,umamigoquetenhadefcinciafsica.Claroquenoapenasos0,80m so necessrios. Em alguns pontos, o ideal que existam reas de rotao, com espaos livres de 1,50 por 1,50 metro dessa forma, seu amigo cadeirante poder se virar com facilidade e se locomover com mais segurana.2Agora, se voc se sensibilizar mais, vai perceber que precisar se livrar das escadas, desnveis perigosos, degraus, colocar pisos antiderrapantes, instalar campainhas deseguranaemquartosebanheiros,colocarasjanelascomvisibilidadeno mximo a 0,60 m do solo (assim, uma pessoa com defcincia tambm poder vislumbrarapaisagem),preveralturadetomadas,comandosdeeletricidadee 2 Dados da NBR 9050 de 2004. CIRCULAAO HORIZONTAL.gs, maanetas de portas, balces etc., entre 0,40 m e 1,20 m do solo (desse jeito, no vai ter criana que engatinha enfando o dedo na tomada). Nos quartos, prever camas entre 0,46 m e 0,54 m de altura para que um idoso, por exemplo, consiga selevantarcomfacilidade.Estamosfalandodointeriordasuacasa,agora,do lado de fora, voc ainda pode prever que os espaos garantam o livre passeio de duas pessoas, uma ao lado da outra, pode evitar o piso escorregadio, pode colocar corrimos, prever portas com no mnimo 0,80 m de largura, projetar as soleiras com rampas (cuja inclinao deve ser menor do que 8,33%).AsuacozinhatambmpodeseradequadasegundooconceitodoDesenho Universal.Comeandopelosarmrios,quedevemterumaalturarazovelpara que possa ser manipulado por todo mundo sem obrigar ningum a fazer o uso de escadas(que,alis,bemperigoso),instalartimerparaaquecedoresefoges, instalar maanetas no estilo alavanca...Ufa, e ainda tem muito mais coisa. Pode parecer exagero todas essas medidas, mas, com certeza, no so se colocarmos na balana a segurana da sua famlia easuacomodidade,independentementedaidade,condiofsica,auditivaou visual.Vocestarprojetandoumacasaparaasuavidatoda,paratodaasua famlia. Para todo mundo.Paramaisinformaestcnicas,acesseositewww.acessibilidade.org.brefaa um download da NBR 9050/2004.18 19DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOSO DESENHO UNIVERSAL E SEUS USOS VARIADOSAgora que j falamos da sua casa, vamos abrir a porta de sada (que, com certeza, temmaisde0,80mdelargura),passarpelarampacompisoantiderrapantee ganhar a rua. Ali, na sada do seu mundo acessvel voc encontra uma das grandes difculdades de uma cidade moderna: a calada. Oidealqueelas,ascaladas,ofereamboascondiesdetrafegabilidade, manutenofcilequalidadeurbana.EmSoPaulo,oex-prefeitoJosSerra assinou, em maio de 2005, o Decreto Municipal 45.904 que estabelece padres deacessibilidadeeseguranaparaascaladasdacidade.Assim,fcaram determinados os tipos de piso adequados (concreto pr-moldado ou moldado in loco, blocos de concreto intertravado ou o ladrilho hidrulico), e que a calada tem de ser dividida em trs vias a faixa livre, com no mnimo, 1,20 m, privilegiando a passagem de pedestres e, portanto, deve ser livre de interferncias; a faixa de servio, onde devem fcar alocados os equipamentos urbanos e de infra-estrutura, vegetao, postes de sinalizao, iluminao, lixeiras etc., a sua largura mnima deve ser de 0,70 m; e, por fm, a faixa de acesso, que a rea limtrofe ao terreno, o espao que serve de transio da calada ao imvel. Ou seja, a calada tem de ser adequada para garantir o acesso fcil dos cidados. Bom, samos de casa, encontramos uma calada acessvel com piso adequado, em trs vias necessrias, e ainda com piso podottil de alerta e direcional para pessoascomdefcinciavisual.Nossacaladaperfeita.Quandochegamos esquina, nos deparamos com guias rebaixadas e rampas de acesso s faixas de pedestreetambmasreasdeacessoestoaonveldopasseio.Asrampas tm de ter piso ttil de alerta e ter largura mnima de 1,20 m com inclinao no superior a 8,33%. Ufa! Tudo to acessvel que nem acreditamos ser real.Eaindanoacabou:precisamoscolocar,nessecircuito,semforossonorosnas esquinasdetravessiadepedestresparaquepessoascomdefcinciavisual tambm possam atravessar a rua com autonomia e segurana. Se possvel, ainda disponibilizar, nas vias pblicas, os telefones para surdos, conhecidos como TDD (TelecommunicationsDevicefortheDeaf),e,tambm,ostelefonestemdeser adequados para pessoas com defcincia fsica. Precisamos prever nos pontos de embarque e desembarque de transporte coletivo, abrigos que comportem acessos para pessoas com defcincia. As bancas de jornal, por exemplo, no devem ser obstculos. Ento, elas precisam estar a 15 m das esquinas, ter rampas de acesso e balco na altura limite de 0,90 m em relao ao solo. Os famososbancos de praa tambm tm de ter espaos laterais para que qualquer pessoa possa levar o amigo cadeirante para bater papo na pracinha... Por fm, todos os imveis pblicos ou privados precisam ter acessos para que os cidados possam acess-los sem difculdade.20 21A lei 14.675/08, de autoria da vereadora Mara Gabrilli, est transformando o sonho das caladas acessveis em realidade.A partir de 2008, a Prefeitura de So Paulo est reformando as caladas da cidade para que sejam usadas com conforto e segurana por todos os seus cidados.DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOSODesenhoUniversalexisteparaquenossascidadesestejampreparadaspara receberqualquerpessoa,emqualqueridade,emqualquersituao.Eno apenas no que diz respeito rea arquitetnica. Voc sabia, por exemplo, que as emissoras de televiso precisam disponibilizar legendas nos programas para que pessoas surdas ou com defcincia auditiva possam compreender e ter acesso ao contedo transmitido? E que hoje j existem softwares sintetizadores de voz que possibilitam ao cego interagir com o mundo web? E que produtos como foges j esto sendo elaborados com inscries em braille para que um cego possa us-los com segurana? Pois ... O qUE A LEgISLAO fALA DE DESENHO UNIVERSAL? Acho que deu para reparar que, para cumprir o Desenho Universal, foi necessria acriaodeLeiseNormas.Asnormasparadarorumo,paraasseguraras especifcaes necessrias e as leis para obrigar o poder pblico e os cidados a seguirem essas especifcaes. Comojfalamos,noBrasil,apartirdoAnoInternacionaldeAtenoPessoa Portadora de Defcincia (1981), algumas leis foram promulgadas com o intuito de garantir o acesso e utilizao dos espaos construdos. Mas foi s em dezembro de 2004, que um importante pilar foi perpetrado em solo brasileiro. A publicao do Decreto Federal 5.296 deu ao Desenho Universal a fora de lei.ODecretodefne,emseuartigo8eincisoIX,oDesenhoUniversalcomo: concepo de espaos, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes caractersticas antropomtricas e sensoriais, de forma autnoma, segura e confortvel, constituindo-se nos elementos ou solues que compem a acessibilidade. Quanto implementao desta defnio, o artigo 10 determina que: a concepo eaimplantaodosprojetosarquitetnicoseurbansticosdevematenderaos princpiosdodesenhouniversal,tendocomorefernciasbsicasasnormas tcnicas de acessibilidade da ABNT, a legislao especfca e as regras contidas no Decreto(...).Portanto, agora, no depende mais da boa vontade de profssionais, clientes e gestores... uma determinao e deve ser cumprida, garantindo, assim, o direito deirevircomqualidadedevidaatodososcidados,independentedesuas caractersticas fsicas e sensoriais. 22 23DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS NORMAS TCNICAS A existncia de legislao rgida sobre o assunto por si s no basta: fundamental que esta estejaaliadaconscientizaotcnicaparaasuaaplicao,comoocorreunospasesque obtiveramosmaioresavanosnaeliminaodebarreirasfsicas.necessriodeterminar parmetros de adaptao dos ambientes e estudos das necessidades de seus usurios, segundo a nossa realidade, para serem adotados por profssionais da rea e educadores na prtica de projetar. NBR 9050 Acessibilidade a Edifcaes Mobilirio, Espaos e Equipamentos Urbanos;NBR 13994 Elevadores de Passageiros Elevadores para Transportes de Pessoa Portadora de Defcincia;NBR 14020 Acessibilidade a Pessoa Portadora de Defcincia Trem de Longo Percurso;NBR 14021 - Transporte - Acessibilidade no Sistema de Trem Urbano ou Metropolitano NBR14022AcessibilidadeaPessoaPortadoradeDefcinciaemnibuseTrlebuspara Atendimento Urbano e Intermunicipal NBR14273AcessibilidadePessoaPortadoradeDefcincianoTransporteAreo ComercialNBR 14970-1 - Acessibilidade em Veculos Automotores - Requisitos de Dirigibilidade;NBR14970-2-AcessibilidadeemVeculosAutomotores-DiretrizesparaAvaliaoClnicade CondutorNBR14970-3-AcessibilidadeemVeculosAutomotores-DiretrizesparaAvaliaoda Dirigibilidade do Condutor com Mobilidade Reduzida em Veculo Automotor Apropriado;NBR 15250 - Acessibilidade em Caixa de Auto-Atendimento Bancrio. NBR 15290 - Acessibilidade em Comunicao na TelevisoNBR 15320:2005 - Acessibilidade Pessoa com Defcincia no Transporte Rodovirio;NBR14022:2006-AcessibilidadeemVeculosdeCaractersticasUrbanasparaoTransporte Coletivo de Passageiro.NBR 15450:2006 - Acessibilidade de Passageiro no Sistema de Transporte Aquavirio As Normas Tcnicas relativas acessibilidade podem ser baixadas gratuitamente no site: www.acessibilidade.org.br. LEgISLAO O Decreto Federal 5.296, que regulamentou as leis de acessibilidade (10.098) e de atendimento prioritrio(10.048),forneceuelementostcnicoseestipulouprazosparaqueviaspblicas, estacionamentos,edifciospblicoseprivadosatendamoDesenhoUniversal,ousejase adequem s necessidades inclusive das pessoas com defcincia.VamosrelacionaragoraalgumasleisdoMunicpiodeSoPauloquegarantema acessibilidade a todas as pessoas:Lei n 11.065, de 04 de setembro de 1991.Torna obrigatria a adaptao dos estdios desportivos para facilitar o ingresso, locomoo e acomodao das pessoas com defcincia fsica, especialmente os paraplgicos. 24 25DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS26 27Lei n 11.109, de 31 de outubro de 1991.InstituinosrgosdaAdministraoMunicipal,setorespecialparaatendimentodeidosos, gestantes e portadores de defcincia. Lei n 11.248, de 1 de outubro de 1992.Dispesobreoatendimentopreferencialdegestantes,mescomcrianasdecolo,idosose defcientes em estabelecimentos comerciais, de servio e similares, e d outras providncias. Regulamentada pelo Decreto 32.975/93. Lei 13.036/00 altera o artigo 3 da lei.Lei n 11.345, de 14 de abril de 1993.Dispe sobre a adequao das edifcaes a pessoas com defcincia, e d outras providncias. Regulamentao consolidada pelo Decreto 45.122/04.Lei n 11.424, de 30 de setembro de 1993.Dispe sobre o acesso de pessoas com defcincia fsica a cinemas, teatros e casas de espetculos. Lei 12.815/99 altera o artigo 1 da lei. Decreto 45.122/04 consolida a regulamentao da lei. Lei n 11.441, de 12 de novembro de 1993.Dispe sobre instalao ou adaptao de box com sanitrios destinados aos usurios de cadeiras de rodas nas seguintes edifcaes: locais de reunio com mais de 100 (cem) pessoas; qualquer outro uso com mais de 60 (sessenta) pessoas. Lei n 11.468, de 12 de janeiro de 1994.Dispesobreacolocaodeassentonasfarmciasedrogarias,edoutrasprovidncias. Regulamentada pelo Decreto 35.070/95Lei n 11.506, de 13 de abril de 1994.Dispesobreacriaodevagasespeciaisparaestacionamentodeveculosdirigidosou conduzindo pessoas com defcincia nas vias pblicas municipais, e d outras providncias. Lei n 11.987, de 16 de janeiro de 1996.Dispe sobre a obrigatoriedade de instalao nos parques do Municpio de So Paulo de, pelo menos, um brinquedo destinado para crianas com defcincia mental ou defcincia fsica, e d outras providncias. Lei n 12.117, de 28 de junho de 1996.Dispe sobre o rebaixamento de guias e sarjetas para possibilitar a travessia de pedestres com defcincias fsicas. Regulamentada pelo Decreto 37.031/97.Lei n 12.360, de 13 de junho de 1997.Dispesobreaobrigatoriedadedemanutenodecadeirasderodasdotadasdecesto acondicionador de compras em supermercados de grande porte, e d outras providncias. Lei n 12.363, de 13 de junho de 1997.Dispesobreaobrigatoriedadedautilizaodecardpiosimpressosembrailleembares, restaurantes, lanchonetes, hotis e similares, no Municpio de So Paulo. Regulamentada pelo Decreto 36.999/97.Lei n 12.368, de 13 de junho de 1997.Dispesobreaadequaodasunidadesesportivasmunicipaisadefcientes,idosose gestantes. Lei n 12.492, de 10 de outubro de 1997.Assegura o ingresso de ces-guia para pessoas com defcincia visual em locais de uso pblico ou privado. Lei n 12.658, de 18 de maio de 1998.Obrigacinemas,teatros,bibliotecas,ginsiosesportivos,casasnoturnaserestaurantesa manter, em suas dependncias, cadeiras especiais para o uso de pessoas obesas, e d outras providncias. Lei n 12.753, de4 de novembro de 1998. InstituinomunicpiodeSoPaulooprogramadeintegraoeescolarizaodedefcientes visuais. Lei n 12.815, de 6 de abril de 1999. D nova redao ao art. 1 da Lei n 11.424, de 30 de setembro de 1993, que dispe sobre o acesso de pessoas com defcincia fsica a cinemas, teatros, casas de espetculos e estabelecimentos DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOSbancrios. Decreto 45.122/04 consolida regulamentao.Lei n 12.821, de 7 de abril de 1999. Dispe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos bancrios com acesso nico atravs de porta-giratria manterem acesso, em rampa, quando for o caso, para pessoas com defcincia fsica, que se locomovem em cadeira de rodas, e d outras providncias. Decreto 45.122/04 consolida regulamentao.Lei n 12.975, de 22 de maro de 2000.Dispe sobre a concesso de meia-entrada para maiores de 65 anos e pessoas com defcincia nosespetculosculturais,artsticoseesportivospromovidosousubsidiadospelogoverno municipal ou rgo da administrao indireta. Lei n 13.036, de 18 de julho de 2000.Altera o art. 3 da Lei n 11.248, de 01 de outubro de 1992, que dispe sobre o atendimento preferencial de gestantes, mes comcrianas de colo, idosos e pessoas com defcincia em estabelecimentos comerciais, de servio e similares; e d outras providncias. Lei n 13.234, de 6 de dezembro de 2001 Dispe sobre a obrigatoriedade dos hospitais possurem macas dimensionadas para pessoas obesas, e d outras providncias. Lei n 13.304, de 21 de janeiro de 2002.Reconhece, no mbito do Municpio de So Paulo, a Lngua Brasileira de Sinais - LIBRAS - como lngua de instruo e meio de comunicao objetiva e de uso corrente da comunidade surda, e d outras providncias. Regulamentada pelo Decreto 41.986/02.Lei n 13.307, de 23 de janeiro de 2002.Dispesobreaobrigatoriedadedossupermercadosesimilares,localizadosnomunicpiode SoPaulo,depossuremcadeirasderodasacopladasacarrinhosdecompras,edoutras providncias.Lei n 13.714, de 07 de janeiro de 2004.28 29Dispesobreimplantaodedispositivosparainstalaodeequipamentosdetelefonia destinados ao uso de pessoas com defcincia auditiva, da fala e surdas, em edifcaes que especifca, e d outras providncias. Lei n 13.885, de 25 de agosto de 2004.EstabelecenormascomplementaresaoPlanoDiretorEstratgico,instituiosplanosregionais estratgicosdasSubprefeituras,dispesobreoparcelamento,disciplinaeordenaousoe ocupao do solo do municpio de So Paulo. Decreto 45.904/05 regulamenta artigo 6 da lei referente padronizao dos passeios pblicos (Passeio Livre). Lei n 14.090, de 22 de novembro de 2005.Autorizaainstalao,naspraaseparquesmunicipais,deequipamentosespecialmente desenvolvidos para crianas cadeirantes, nas condies que especifca.Lei n 14.198, de 01 de setembro de 2006.Dispe sobre a reserva de vagas em apartamentos trreos para idosos e pessoas com defcincia fsica nos conjuntos habitacionais populares e d outras providncias.Lei n 14.441, de 20 de junho de 2007,da vereadora Mara GabrilliDispe sobre a criao da Central de Intrpretes da Lngua Brasileira de Sinais - Libras e Guias-Intrpretes para Surdocegos, no mbito do Municpio de So Paulo.Lei n 14.659, de 26 de dezembro de 2007.Ofcializa a criao da Secretaria Municipal da Pessoa com Defcincia e Mobilidade Reduzida - SMPED. O Projeto de Lei n 793/2007 do Executivo, que cria a Secretaria, foi aprovado pela Cmara Municipal de So Paulo em sesso do dia 20 de dezembro de 2007.Lei N 14.675, de 23 de janeiro de 2008,da vereadora Mara Gabrilli.Institui o Plano Emergencial de Caladas - PEC.DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DECRETOS Decreto n 36.071, de 9 de maio de 1996.Institui, no Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros do Municpio de So Paulo, Modalidade Comum,serviodestinadoaatenderpessoascommobilidadereduzida.RegulamentaaLei 11.602, de 12 de julho de 1994, que autoriza o Executivo a adaptar pelo menos um veculo s necessidades das pessoas com defcincia fsica em todas as linhas de nibus da cidade de So Paulo. Pargrafo 2 do art. 5 alterado pelo Decreto 45.038/04.Decreto n 36.073, de 9 de maio de 1996.Dispe sobre a reserva de vaga nos estacionamentos rotativos pagos, tipo Zona Azul, para veculos dirigidos ou conduzindo pessoas com defcincia ambulatorial, e d outras providncias. Decreto n 39.651, de 27 de julho de 2000.Institui a Comisso Permanente de Acessibilidade - CPA, e d outras providncias. Decreto n 46.138/05 altera dispositivos. Decreto 46.604/05 confere nova redao ao caput e respectivo inciso XX do Artigo 2.Decreto n 45.122, DE 12 de agosto de 2004 Consolida a regulamentao das Leis n 11.345, de 14 de abril de 1993, n 11.424, de 30 de setembro de 1993, n 12.815, de 6 de abril de 1999, e n 12.821, de 7 de abril de 1999, que dispem sobre a adequao das edifcaes acessibilidade das pessoas com defcincia ou com mobilidade reduzida.Decreto n 45.552, de 29 de novembro de 2004. DispesobreoSelodeAcessibilidade, institudo peloDecreto37.648,de25desetembrode 1998 (revogado). Torna obrigatrio o seu uso nos bens que especifca e d outras providncias.30 31Decreto n 45.904, de 19 de maio de 2005.Regulamenta o artigo 6 da Lei n 13.885, de 25 de agosto de 2004, no que se refere padronizao dos passeios pblicos do Municpio de So Paulo. Decreto n 45.990, de 20 de junho de 2005. Institui os Selos de Habitao Universal e de Habitao Visitvel para unidades habitacionais unifamiliares e multifamiliares j construdas ou em construo. DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOSOS PODERES E O DESENHO UNIVERSALComopercebemos,algumasatitudesparaapromoodoDesenhoUniversal dependemdens,outrasdopoderpblico.Mascomoesteltimopodeajudar nessaquesto?Simples.AoPoderExecutivo,caberealizarasdeterminaes dasleiseimplantar,demodoefcaz,aspolticaspblicaslocaisnecessrias para a promoo da melhoria da qualidade de vida da comunidade que est sob suaresponsabilidade.Deacordocomadivisodospoderesestabelecidapela Constituio,cabeaoExecutivoexercerasfunesdechefadeEstadoede governo, de administrar a coisa pblica, aplicar as leis e propor outras que sejam de sua competncia. O Poder Executivo est organizado em trs esferas: Federal, Estadual e Municipal.J o Poder Legislativo tem o dever de criar as normas e leis que regero essa sociedade e tambm deve fscalizar o Poder Executivo na tomada de seus trabalhos e os gastos gerais. OPoderLegislativodoBrasil exercido, nombitofederal, desde1891, pelo Congresso Nacional, que se compe da Cmara dos Deputados e do Senado Federal,compostos,respectivamente,pordeputadosesenadores.NosEstados, existemasAssembliasLegislativasenosMunicpios,asCmarasMunicipais. Tambm integram o Poder Legislativo, o Tribunal de Contas da Unio, do Estado edoMunicpio,rgosdeextraoconstitucionalqueauxiliamnafscalizao contbil, fnanceira, oramentria, operacional e patrimonial. Em geral, o Poder Judicirio brasileiro, por meio de seus rgos judiciais, exercem dois papis. O primeiro, do ponto de vista histrico, a funo jurisdicional, que 32 33trata da obrigao e da prerrogativa de compor os confitos de interesses, atravs de um processo judicial, com a aplicao das leis. O segundo papel o controle de constitucionalidade, como o nome j sugere, ao Judicirio cabe evitar que atos legislativos e administrativos contrariem regras ou princpios constitucionais.No caso do Desenho Universal, cabe ao Poder Executivo implantar esse conceito nascidades,demodoaatender,comojvimos,asleisqueexistem;aoPoder Legislativocabeelaboraroutrasleisquevisemgarantiroacessouniversala todos os cidados; e ao Judicirio cabe penalizar aqueles que no seguirem essas determinaes. Emcasosdedescumprimentodasleis,faltadeacessibilidadeoupreconceito contrapessoascomdefcincia,procureoMinistrioPblicodoEstadodeSo Paulo, especifcamente, oGrupodeAtuaoEspecialdeProteosPessoasPortadorasde Defcincia - GAE-Pr PPD (Rua Riachuelo, 115 1andar Sl. 114 Centro - Tel.: 55 11 3119-9053 / www.mp.sp.gov.br).DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOSbOAS PRTICAS COM ODESENHO UNIVERSALFalta, ainda, um ltimo assunto a ser abordado. J falamos do Desenho Universal, seus usos mltiplos, as normas que o orienta e as leis que fazem dele uma obrigao. Agora, podemos falar de um uso mais amplo, que ainda no obrigatrio, mas que facilitaria muito a vida dos cidados: os produtos criados a partir do desenho universal.No Japo, o uso deste conceito em produtos que encontramosnumsupermercado,criouuma seriedefacilidades.Paracitarumcaso,vamosaomaissimples.Imagineque voc tem alto grau de miopia, ou mais de 70 anos, ou qualquer problema de viso que o impossibilita de enxergar, sem a ajuda de culos ou outra rtese, aquelas letrinhas midas que tem num frasco de xampu, que determina o que ele . Como diferenci-lo do condicionador? Impossvel? Pois . Seaplicarmos o conceito do Desenho Universal nos frascos de xampu e condicionador, saberemos ao manipul-los,exatamente,qualumououtrosemprecisarmosleraquelasminsculas palavrasoutentarachar,nomeiodetantodesenhoecor,aespecifcaodo produto. Da mesma forma, no confundiramos a lata de refrigerante com uma de cerveja. Almdeconterinscriesembraille,paraquecegospossamler,tambmos produtos teriam diferenciaes nicas, tornando-os inconfundveis e identifcveis apenaspeloseudesenho.AlgumasempresasnoBrasiljseutilizamdestes 34 35ShampooShampooCondicionadorCondicionadorrecursos...vocjreparouquealgunsxampustematampaparacimaeo condicionador a tampa para baixo? Mesmo com o olho fechado teremos certeza que estamos pegando o produto certo! PRMIO IDEA Agora, vejam na categoria do Design como foi incorporado o Desenho Universal:O prmio IDEA International Design Excellence Award - foi criado em 1980 pela Industrial Designers Society of America (IDSA), com o intuito de divulgar, prestigiar e defender o Universal Design. A proposta demonstrar seu valor econmico e sua importncia para o desenvolvimento dos mais variados setores produtivos. Todo estes produtos foram desenvolvidos e premiados em 2007: MOUSE E TECLADO OPERADOS POR LUZ LOMAK Designer: Peter Haythornwaite, creativelab (New Zealand)Prmio: Ouro Categoria: Equipamentos de InformticaDescrio:Estenovosistemademouseeteclado permite s pessoas que no usam os braos trabalhar e utilizar computador pessoal. Um ponteiro de cabea acoplado ao mouse ou ao teclado, que so monitorados por laser. Este equipamento tambm vem com um apoioparaolaptop/teclado,quepodeserusadopelasmosoups,garantido assim o conceito do Desenho Universal.Imagem cedida / IDEA.DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS ABRIDOR DE LATAS ONE TOUCH Designer: Daka Development Ltd. (Hong Kong)Prmio: Ouro Categoria: Produtos para CasaDescrio: Abridor de latas sem fo e operado sem as mos, que pra automaticamente quando termina de abrir a lata. O cortador se retrai automaticamente aps o uso. Seu design agrada desde as donas de casa, que gostam da convenincia do pequeno e poderoso abridor de latas, atendendo at canhotos e pessoas que no tem a fora para abrir uma lata usando os antigos abridores. UNIVERSAL TOILET Designer: Changduk Kim e Youngki Hong, estudantes da Daejin University (Coria do Sul) Prmio: Ouro Categoria: Projetos de EstudantesDescrio: O Universal Toilet um banheiro comconceitodedesignfexvel,queelimina a necessidade de ter dois tipos de banheiros emlocaispblicos.Umpassobastante signifcativoparamelhoraraintegraode todas as pessoas na sociedade. 36 37SITES DE INTERESSEA Norma da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT NBR-9050/2004 -ACESSIBILIDADEeaNBR-13.994/2000-ELEVADORESDEPASSAGEIROS- ELEVADORES PARA TRANSPORTE DE PESSOA PORTADORA DE DEFICINCIA entre outras so disponibilizadas no stio:http://www.mj.gov.br/sedh/ct/corde/dpdh/corde/normas_abnt.asp O Livro ACESSIBILIDADE - MOBILIDADE ACESSVEL NA CIDADE DE SO PAULO, uma publicao da Prefeitura da Cidade de So Paulo/SMPED/CPA disponvel no stio:http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/defciencia_mobilidade_reduzida/programas/0004AsRESOLUESDACPA-ComissoPermanentedeAcessibilidadeso encontradas no stio:http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/defciencia_mobilidade_reduzida/cpa/resolucoes/0001A CARTILHA DO PASSEIO LIVRE est disponvel no stio:http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/passeiolivre/Ainda outras informaes no stio: www.vereadoramaragabrilli.com.br Imagem cedida / IDEA.Imagem cedida / IDEA.DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOS DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOSbIbLIOgRAfIAASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.NormaNBR9050, Acessibilidade a Edifcaes, Mobilirio, Espaos e Equipamentos Urbanos. Rio de Janeiro, 2004.CAMBIAGHI,SilvanaSerafno.DesenhoUniversalmtodosetcnicaspara arquitetos e urbanistas. So Paulo: Editora Senac So Paulo, 2007.PREFEITURA DA CIDADE DE SO PAULO/SEPED/CPA. Acessibilidade - Mobilidade Acessvel na Cidade de So Paulo, 2005.38 39DESENHO UNIVERSAL - UM CONCEITO PARA TODOSUM CONCEITO PARA TODOSApoio:A Company S.A. apia esta idia.Desenho Universal