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CARTILHA DE PLANEJAMENTO Recomendações para a implantação do sistema de projeção de argamassa

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Cartilha de PlanejamentoRecomendações para a implantação do sistema de projeção de argamassa

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Argamassa Projetada | Cartilha de Planejamento | 1

Planejamento da mecanização02

estudo Preliminar04

escolha do equiPamento de Projeção06escolha do equiPamento de acesso Para revestimento externo: fachadas06

recursos necessários Para imPlantação: água e energia elétrica08

fornecimento de argamassa07

logística08

treinamento de equiPe10

fique atento!12

Sumario

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Argamassa Projetada | Cartilha de Planejamento || Argamassa Projetada | Cartilha de Planejamento 32

Planejamento

Esta cartilha traz uma visão prática e objetiva do planejamen-

to de implantação do sistema de projeção para revestimento de

argamassa.

Para otimização do processo as etapas necessárias são:

Planejamento da mecanização

Recursos:água e energia

elétrica

Otimização do processo

Treinamento

Logística: projeto de canteiro e rota

de trabalho

Equipamento de acesso

Fornecimentode argamassa

Estudopreliminar

1

2

3

4

5

6

7

Planejamento da Implantação

Equipamentos de projeção

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Argamassa Projetada | Cartilha de Planejamento || Argamassa Projetada | Cartilha de Planejamento 54

Para a escolha do sistema de

transporte e projeção devemos

considerar:

Tipologia da obra: área

construída, área a ser revestida

e arquitetura da fachada (no

caso de revestimento externo),

xarifado, posicionamento dos

equipamentos, área para a

central de mistura.

Materiais e equipamen-

tos: disponibilidade no mer-

cado local de equipamentos e

argamassa de projeção.

Neste sistema a argamassa é

fornecida a granel e a central

misturadora (silo, misturador

e bomba) é posicionada no

andar térreo. Os transportes

vertical e horizontal são reali-

zados por mangotes rígidos e

flexíveis, podendo alcançar até

200 m na horizontal e 90 m na

vertical. Essas etapas estão des-

critas na figura ao lado.

A argamassa é fornecida em

sacos e a central misturadora

(misturador e bomba) é posi-

cionada no andar. Há necessi-

dade de transporte vertical do

material ensacado até o andar

da central de mistura. O bom-

beamento pode alcançar até

30 a 40 m vertical e 60 m na

horizontal (não acumulativas),

conforme equipamento e a

própria argamassa. Essas eta-

pas estão descritas na figura

ao lado.

A argamassa é fornecida em

sacos e a central misturadora

(misturador e bomba) é posicio-

nada no andar térreo. Os trans-

portes vertical e horizontal são

realizados por mangotes rígidos

e flexíveis, podendo alcançar

até 200 m na horizontal e 90 m

na vertical. Essas etapas estão

descritas na figura ao lado.

A argamassa é fornecida a

granel. Os transportes verti-

cal e horizontal da argamassa

anidra/seca são realizado por

mangotes flexíveis com sopra-

dor de ar até o misturador, po-

dendo alcançar até 20 m na ho-

rizontal e até 120 m na vertical.

A central misturadora (mistura-

dor e bomba) é posicionada no

andar, o bombeamento pode

alcançar até 40 m vertical e 60

m na horizontal (não acumula-

tivas), conforme equipamento

e a própria argamassa.

distâncias a serem alcançadas

(obras verticais ou horizon-

tais), altura máxima, número

de unidades.

Canteiro de obra: fa-

cilidade de acesso, áreas dis-

poníveis para estoque, almo-

Planejamento Planejamento

eStudo Preliminar

1. Abastecimento do silo2. Mistura da Argamassa3. Transporte horizontal e vertical até o andar4. Projeção

1. Transporte horizontal até a área de estoque2. Transporte horizontal e vertical até andar3. Mistura da Argamassa4. Transporte horizontal e vertical até o local da projeção5. Projeção

1. Abastecimento do silo2.Transporte horizontal e vertical da argamassa via seca até o misturador3. Mistura da Argamassa4. Transporte horizontal e vertical até o local da projeção5. Projeção

1. Transporte horizontal até a área de estoque2. Transporte até o misturador3. Mistura da Argamassa4. Transporte horizontal e vertical até o andar5. Projeção

1

1

1 2

3 4

5

2

3 4

5

1

2

2

3

3

4

4

5

Fornecimento da argamassa por caminhão graneleiro

Fornecimento da argamassa em paletes

Fornecimento da argamassa em paletes

Fornecimento da argamassa por caminhão graneleiro

Central miSturadora fixa Com abaSteCimento Com Silo

oS SiStemaS de ProjeCao diSPoniveiS no merCado naCional Sao:

Central miSturadora Portatil Com material enSaCado

Central miSturadora Portatil Com abaSteCimento Por bombeamento via SeCa

Central miSturadora fixa Com abaSteCimento Com material enSaCado

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Argamassa Projetada | Cartilha de Planejamento || Argamassa Projetada | Cartilha de Planejamento 76

eSColha do equiPamento de ProjeCao

eSColha do equiPamento de aCeSSo Para reveStimento externo: faChadaS

forneCimento da argamaSSa

Para a escolha do equipa-mento, devemos levar em conta os seguintes fatores: Alcance vertical: posição

de localização do equipamento;

Existem no mercado os se-guintes equipamentos: Andaime fachadeiro; Balancim leve manual; Balancim leve elétrico; Plataforma cremalheira.Para escolher a melhor

opção, deve-se observar a

Independente do sistema de projeção e equipamen-to utilizado, a argamassa deve ser obrigatoriamente industrializada (a chama-da AI) e específica para projeção. O fornecimento da argamassa industriali-zada pode ocorrer em sa-cos, preferencialmente em paletes, ou a granel, com

Vazão: produção po-tencial do serviço.

Existem dois tipos de equipamentos disponíveis no mercado:

de equipe, plano de ataque e tipo de equipamento de projeção.

A tabela a seguir compara os vários equipamentos de acesso, pontuando de 1 a 4, sendo 1 para a pior situação e 4 para a melhor situação.

Granulometria máxima: granulometria máxima permiti-da pelo equipamento projetor; Peso e dimensão: mobi-

lidade do equipamento;

altura da edificação, forma-to da fachada, tipo de laje de cobertura (com ou sem telhado), mas principal-mente tem que se levar em conta qual a sequência de execução do serviço será adotada, a disponibilidade

armazenamento em silos instalados em locais estra-tégicos dentro do canteiro de obras.

As argamassas aplicadas por projeção mecânica tem ajuste nas propriedades re-ológicas aos equipamentos empregados e às condições de operação e exposição do produto.

Rotor e estator Pistão

Equipamentos leves e compactos, fáceis de transportar na obra.

Operação simples com apenas dois homens.

Projeção na horizontal e vertical.

Equipamentos maiores e pesados.

Operação e manutenção mais específicas, com dois operadores qualificados.

Alcances vertical e horizontal.

Procure fornecedores que dêem assistência técnica na sua cidade e tenham agilidade no fornecimento de peças para reposição.

Verifique as características da argamassa na sua região

Não pode segregar ou exsudar para não entupir o

mangoteRetenção de água

Fluir no mangote Viscosidade

Não pode escorrer ou refletir após a projeção Coesão

ProPriedadeS da argamaSSa Para bombeamento e ProjeCao

O preparo e manuseio da argamassa deve seguir as instruções de uso do fabricante.

Andaime Fachadeiro

Balancim Leve

Balancim Elétrico

Plataforma Cremalheira

Acessibilidade 3 1 2 4

Produtividade 3 1 2 4

Custo - Preço de locação $$ $ $$ $$$$

Montagem e Desmontagem 2 3 3 1

Altura da Edificação Até 5 pavimentos

Acima de 5 pavimentos

Acima de 5 pavimentos

Acima de 15 pavimentos

Formato da fachada 2 4 4 1

Pontos de Atenção: Estoque mínimo de peças de reposição Garantia do equipamento X pequenos problemas Equipamento “reserva” Mecânico para pequenos reparos Limpeza diária do equipamento Encarregado exclusivo

Planejamento Planejamento

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Argamassa Projetada | Cartilha de Planejamento || Argamassa Projetada | Cartilha de Planejamento 98

Os principais pontos da lo-

gística a serem analisados para

implantar o serviço de projeção

são a análise do projeto de can-

teiro e rota de trabalho.

Planeje o posicionamento

dos equipamentos (silos, mistu-

rador, argamassadeira e bomba),

direta de água, sem reserva-

tórios, certifique-se de que a

vazão e a pressão do ramal se-

jam adequadas ao equipamen-

to utilizado.

Em geral, por segurança,

os equipamentos não toleram

grandes variações de energia

elétrica. Por isso, é recomen-

dável não dividir a fonte com

outros equipamentos em um

mesmo painel;

Certifique-se de que exis-

te ponto de água e de ener-

gia elétrica na tensão exigida

pelo fabricante.

Verifique o consumo de

água necessário para a produ-

ção prevista de argamassa;

Providencie um recipien-

te e suprimento de reabasteci-

mento que atenda à vazão do

equipamento;

Em caso de alimentação

reCurSoS neCeSSarioS Para imPlantaCao: agua e energia eletriCa

Planeje a rota de trabalho

posicionando as equipes e de-

Fonte: Pascoal, Kepler

As distâncias do equipa-

mento ao painel não devem

ser superiores a 20 metros,

para evitar perdas de carga;

Certifique-se que a cor-

rente indicada chega na “pon-

ta” da máquina. Por vezes, li-

nhas de 220V não passam de

190V e isto pode impactar na

vida útil dos motores;

Nunca esqueça de fazer

o aterramento correto, pois a

máquina trabalha em ambien-

tes úmidos.

profissional chave, pois fica no

bico do mangote executando a

projeção, libera uma área ex-

tensa projetada e frente para

vários pedreiros.

as distâncias e tempos, sem-

pre obedecendo os limites do

equipamento de projeção.

No caso de silo verifique:

Facilidade de abasteci-

mento da argamassa ao silo.

Geralmente isso ocorre quan-

do o silo fica próximo a rua;

Posicionar o silo próximo

a edificação, para otimizar o

percurso do mangote.

finindo as etapas de serviço

obedecendo a capacidade de

projeção diária da equipe.

Em geral o profissional da

projeção (“projetista”) é um

para que possa atingir o máximo

de sua capacidade produtiva;

Avalie a área a ser projeta-

da e posicione os equipamen-

tos em locais onde se possa

abastecer o maior número de

frentes possível com o compri-

mento de mangote disponível;

Faça simulações em

projeto para o posicionamen-

to dos equipamentos e avalie

logiStiCaImportante: o “projetista” sempre termina o serviço bem antes dos demais. Tome muito cuidado nas projeções no final do expediente, para não deixar área projetada sem acabamento devido a falta de tempo para sarrafear e desempenar!

A projeção do revestimento de fachadas deve iniciar pela

fachada poente e finalizar pela fachada nascente, evitando-se

assim as temperaturas altas no momento da projeção.

Defina o plano de ataque de sequência dos balancins, otimi-

zando o fluxo do projetista e evitando o seu retorno.Fonte: Silva, Rodolfo Araújo (2014)

Planejamento Planejamento

03 04

02 01

Água

Projeto de canteiro

energia elétrica

Rota de trabalho - Plano de ataque

Revestimento externo

Deve-se avaliar a produção diária do “projetista” e dimensionar o restante da equipe em função dele.

exemPlo de PoSiCionamento do equiPamento Para atender diverSoS edifiCioS

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Argamassa Projetada | Cartilha de Planejamento || Argamassa Projetada | Cartilha de Planejamento 1110

Ferramentas complementaresExistem ferramentas que auxiliam na execução do serviço,

sendo de uso específico para garantir a velocidade e o perfeito acabamento do revestimento.

Régua trapezoidal/Régua H – logo após a projeção, é utilizada para “nivelar” o reboco e auxiliar na regularização uniforme do revestimento;

Régua “H” – utilizada antes do desempeno, faz um “corte” sarrafeando a superfície;

Desempenadeira elétrica – para dar um acabamento “aveludado” à superfície final.

treinamento de equiPeAntes do inicio da obra de-

ve-se treinar a equipe na apli-

cação e na operação dos equi-

pamentos.

Nesta etapa é apresentada à

Para formar a equipe deve-se

observar durante o treinamen-

to quem se aproxima mais da

máquina e se interessa mais

pelo seu funcionamento e ma-

nutenção. Esse é o potencial

“operador” do equipamento.

Devem participar um maior nú-

mero de serventes/ajudantes,

É importante a participação,

além da equipe de produção di-

reta, de toda a equipe adminis-

trativa da obra, como mestre de

obra, técnicos, almoxarife, etc.

treinamento, mas durante todo

o processo, os benefícios que

o sistema de projeção traz para

o profissional, como ergono-

mia, possibilidade de aumento

real no ganho financeiro, além

do próprio reconhecimento do

profissional que está capacitado

no novo processo.

equipe todo o passo-a-passo

do serviço, utilização do equi-

pamento e das ferramentas,

características dos materiais e

particularidades do processo.

pois eles acabam tendo inte-

resse em aprender o processo

sem “vícios” e se tornam bons

profissionais de projeção.

O comprometimento da equi-

pe é fundamental para o êxito

do processo, por isso é muito

importante que seja apresenta-

do à equipe, não só na época do

É natural no início termos uma certa resistência dos profissionais mais antigos quanto à nova tecnologia, e isso pode acarretar uma baixa produção nos primeiros dias/semanas. Para isso sugerimos um “patrocínio” da remuneração dos mesmos em um primeiro momento, a título de aprendizado. Neste período devemos estar junto à equipe para identificar os problemas iniciais de adaptação e não permitir que falhas na logística de abastecimento, problemas com equipamento e outros imprevistos “desmotivem” a equipe. Este trabalho deve ser feito pelo engenheiro da obra junto com sua equipe técnica.

Treinamento de operação do equipamento.

A sequência de trabalho ou

rota de projeção deve ser defi-

nida de forma a otimizar a dis-

tância do mangote. A figura ao

lado exemplifica uma análise

da sequência de trabalho defi-

nida para o “projetista” (senti-

do de A a F).

Na figura, observa-se que

dentro da unidade definiu-se

as áreas para a sequência da

projeção em prioridade alta,

média e baixa.

Alta prioridade: áreas com

maiores panos, de fácil acesso

da projeção e menos quinas e

cantos.

Baixa prioridade: áreas de

menores panos, de difícil aces-

so e com muitas quinas e can-

tos.

O treinamento de operação do equipamento é de responsabilidade do fornecedor.

Os panos de alta prioridade devem ser projetados primeiros

Fonte: Silva, Rodolfo Araújo (2012)

Planejamento Planejamento

Revestimento interno

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| Argamassa Projetada | Cartilha de Planejamento12

Periodicamente faça reuniões com a equipe de produção avaliando

Andamento da projeção;

Pontos de melhoria;

Problemas enfrentados durante o processo;

Valores pagos para equipe de produção em função de sua evolução;

Performance dos equipamentos;

Indicadores (necessário definir previamente);

Composições de orçamento para retroalimentar para novas obras.

Com objetivo de prevenir ris-

co de atraso no cronograma de-

ve-se prever ações alternativas

para evitar a parada do processo.

Como mostra a figura abaixo,

Durante o processo de implantação recomendamos que haja um profissional técnico/res-ponsável para acompanhar o serviço, onde serão avaliados os materiais a serem aplicados, as condições de aplicação e monitorar os ensaios do produto final.

itens, se ocorrer alguma falha,

por exemplo, no caso da falta

de fornecimento de argamassa a

granel, deve-se ter um estoque

de argamassas ensacadas.

por exemplo, a situação ideal é

que o silo, misturador e bomba

e projeção estejam funcionando

normalmente. Deve-se prever al-

ternativas para cada um desses

fique atento!

Fonte: Silva, Rodolfo Araújo

Planejamento

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