cartaz intervenção precoce
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Introdução
O Decreto-Lei nº281/2009, de 6 de Outubro cria o Sistema Nacional
de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI), que consiste num
conjunto organizado de entidades Institucionais (Ministérios do
Trabalho e da Solidariedade Social, da Saúde e da Educação) e de
natureza familiar, com vista a garantir condições de desenvolvimento
das crianças em idade pré-escolar, com risco estabelecido, risco
biológico e risco ambiental.
Aspectos essenciais para a eficácia da Intervenção:
A idade da criança à data do início da intervenção;
O envolvimento dos pais;
Articulação da equipa pluridisciplinar;
A intensidade e/ou estruturação do modelo do programa de
Intervenção Precoce adoptado.
Objectivos:
Apoiar as famílias no sentido de as ajudar a atingir os seus próprios objectivos;
Promover o envolvimento, a independência e a competência da criança;
Promover o desenvolvimento da criança em domínios chave;
Promover e apoiar a competência social da criança;
Promover a generalização das competências da criança;
Proporcionar à criança experiências de vida normalizantes;
Prevenir a emergência de problemas ou alterações futuras.
(Bailey e Wolery, 1992)
Conclusão
É imprescindível na prática da Intervenção Precoce e no seu desenvolvimento
como trabalho interdisciplinar, a energia de toda uma equipa que intervém
numa perspectiva sistémica e ecológica na implementação das medidas
adequadas às necessidades concretas de cada criança e sua família.
A colaboração entre a família e os técnicos da equipa
exige:planificação, avaliação e reflexão conjunta no sentido de a intervenção se
desenvolver de forma coerente e consistente;
sistematização e continuidade das estratégias e actividades planificadas;
criação de oportunidades de aprendizagem ricas e diversificadas para acriança;
adequação dos ambientes aos interesses e competências da criança.
Estratégias de Intervenção
Planificação adequada às necessidades e interesses da criança:
Estimulação sensorial (intervenção na tonicidade, segurança gravitacional,
defesa táctil …)
Treino de alimentação
Estimulação da motricidade orofacial;
Associação imagem/palavra: PECS, Programa Boardmaker (linguagem
aumentativa)
Associação de gestos à palavra e à imagem: Makaton
Livros de fotos/imagens (autoconhecimento, família, objectos e actividades
preferidas…)
Método Teacch: estruturação do espaço da sala; pistas visuais na estruturação
do espaço e actividades;
Método Floor-time;
Software: Jogos da Mimocas
Métodos Multissensoriais (Jogos de consciência sensorial: tácteis, sonoros…
Treino de orientação e mobilidade para cegos, crianças com paralisia cerebral;
O que é a Intervenção Precoce na Infância?
É o conjunto de medidas de apoio integrado centrado na criança e na
família, incluindo acções de natureza preventiva e reabilitativa,
designadamente no âmbito da educação, da saúde e da acção social;
Pode ter uma natureza preventiva secundária ou primária,
procurando contrariar a manifestação de problemas de
desenvolvimento ou prevenindo a sua ocorrência.
Pretende detectar, sinalizar e intervir com crianças entre os 0 e os 6
anos, com alterações nas funções ou estruturas do corpo que limitam
a participação nas actividades típicas para a respectiva idade e
contexto social ou com risco grave de atraso de desenvolvimento, bem
como as suas famílias.
A Intervenção Precoce é um processo que envolve a interacção
entre as suas principais componentes : a família, a criança e os
serviços (Brambring, 1996)
A Intervenção…deve iniciar-se o mais precocemente possível, porque quanto mais
cedo se começar a estimulação, menos lacunas a criança virá a ter no
seu desenvolvimento, assim como para maximizar os benefícios
sociais da criança e da família;
inicia-se com a sinalização feita pelo Hospital, Centro de Saúde,
instituição educativa ou pela própria família à Equipa Local de
Intervenção (ELI), sediada no Centro de Saúde.
Avaliação/Intervenção Após a sinalização da criança, a equipa (ELI) faz uma avaliação
diagnóstica das necessidades da criança e sua família, a partir da qual
decide quais as intervenções necessárias e adequadas a cada criança
e família (educadora de IPI, terapia da fala, terapia ocupacional…);
Posteriormente, é feita uma avaliação por referência à CIF, e
elaborado e implementado um Plano Individual de Intervenção Precoce
( PIIP) ou um Programa Educativo individual (PEI), em função do perfil
de funcionalidade da criança.
Realiza-se o mais possível no contexto em que a criança está
inserida (domicílios, amas, creches e jardins de infância), através do
trabalho articulado entre os diferentes técnicos envolvidos, seguindo
um modelo de funcionamento centrado na criança e na família ;
A equipa propõe-se desenvolver um conjunto de respostas
educativas consideradas essenciais para o desenvolvimento
biopsicossocial de cada criança.
A avaliação do Plano de Intervenção é realizada trimestralmente e
no final do ano lectivo deve ser elaborado um relatório circunstanciado
dos resultados obtidos pelo aluno com a aplicação das medidas
estabelecidas
Referências BibliográficasBreia, G; Almeida, I.; Colôa, J. (2004), Conceitos e Práticas em Intervenção Precoce; Edição Ministério da Educação,
DGIDC, Direcção de Serviços da Educação Especial e do Apoio Sócio-Educativo, 2004
Correia, D.; Álvares J.; Abel M. J. (2003), Formação e Contributos – Uma abordagem em Intervenção Precoce
centrada na Família – in CEI – Cadernos de Educação de Infância; Publicação trimestral n.º 67; Edição APEI
Decreto-Lei nº 281/2009 – Diário da Republica – I Série; n.º 193 – 06 de Outubro de 2009
Serrano, Ana Maria – A Família na Intervenção Precoce: A evolução dos serviços de práticas centradas na família –
http://educare.pt; 2004
Intervenção Precoce na Infância
Instrumentos de Avaliação
Anamnese
Questionários aos pais
Inventário das necessidades da família
Checklist de desenvolvimento
Para além da Classificação Internacional da Funcionalidade Incapacidade e
Saúde (CIF), utilizam-se outros instrumentos de avaliação:
Escalas de Avaliação do Desenvolvimento
Escala de Desenvolvimento da Mary Sheridan
Schedule of Growing Skills
Programa Portage
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Equipa de Intervenção Precoce do Concelho de Faro: Ana Guerreiro, Bertília Madeira, Fátima Fernandes, Filomena Viegas, Hermínia Martins, Lúcia Vilarinho