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Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais Município de Arganil | 2010

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Carta de Equipamentos

Desportivos Artificiais Município de Arganil | 2010

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FICHA TÉCNICA

Realização

Faculdade de Letras Universidade de Coimbra Largo da Porta Férrea 3049-530 Coimbra

Câmara Municipal de Arganil Praça Simões Dias Apartado 10 3304-954 Arganil

EQUIPA DA FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Coordenação

António Manuel Rochette Cordeiro

Análise/Diagnóstico

Lúcia Costa (coord.)

João Nogueira

Liliana Paredes

Sandra Coelho

Fábio Cunha

Ângela Freitas

David Marques

Consultores Externos

Lúcia Santos

André Paciência

Análise Demográfica

Rui Gama (coord.)

Cristina Barros

Mário Fonte

Cartografia/Informática

Paulo Jorge Caridade (coord.)

Luís Fernandes

Gonçalo Carvalho

Fernando Mendes

Nuno Redinha

Plataforma Dinâmica

PensarTerritório, Lda

Geodinâmica, Lda

EQUIPA DA CÂMARA MUNICIPAL DE ARGANIL

Presidente da Câmara Municipal de Arganil – Ricardo Pereira Alves

Vereador do Desporto – António Gonçalves Cardoso (anterior a Novembro de 2009)

Vereadora do Desporto – Paula Inês Moreira Dinis (após Novembro de 2009)

Técnico Superior de Desporto - Gonçalo Nuno Figueiredo Dias

EDIÇÃO: FLUC – CEGOT, COIMBRA, 2010

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Nota Prévia

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

5

A concretização de um projecto de desenvolvimento desportivo num território com as características do

Município de Arganil constitui um verdadeiro desafio para qualquer equipa de trabalho a quem seja

concedido tal privilégio.

A possibilidade de efectuar não só a análise e diagnóstico dos Equipamentos Desportivos Artificiais,

aspecto fundamental para o equacionar das necessidades futuras ao nível dos espaços desportivos formais

do território, mas também do Movimento Associativo, tornou este projecto num dos mais interessantes a

que a equipa de trabalho da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra se associou.

É com base nas debilidades e potencialidades observadas na fase de análise e diagnóstico do sistema

desportivo municipal, assim como nas opções políticas para o desenvolvimento desportivo, que se poderá

equacionar o novo paradigma de planeamento dos espaços desportivos formais no Município de Arganil,

associado os equipamentos formais existentes.

A relação entre os velhos e os novos equipamentos deverá ser concretizada num quadro de

complementaridade, ocupando sectores do território diversificados, sempre numa perspectiva de

desenvolvimento sustentado do território municipal.

Neste projecto não poderá deixar de ser reconhecido o papel decisivo que a Câmara Municipal – nas suas

vertentes política e técnica – teve nesta concretização, assim como todas as entidades públicas e privadas,

destacando-se o papel do Movimento Associativo do Município e das diversas personalidades que, quer a

título institucional, quer a título individual, contribuíram para o documento final.

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Notas Introdutórias

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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A necessidade de exercício físico e, posteriormente, da prática desportiva é algo que se perde na história da Humanidade. Desde cedo, a

importância da actividade física foi reconhecida pelas civilizações mais antigas. Os Helénicos classificavam o desporto como um hábito de vida

a estimular, reconhecendo os seus benefícios para a saúde humana.

A prática desportiva foi, assim, algo que desde sempre regeu a acção humana, embora sofrendo alterações ao longo do tempo. O

desenvolvimento desportivo, numa primeira fase, caracterizava-se pelo jogo desenvolvido na sociedade agrícola, numa dimensão local e a uma

escala reduzida, e, numa segunda fase, este regia-se por práticas desportivas formais desenvolvidas numa escala global, decorrentes da

sociedade industrial. A terceira fase configura presentemente as práticas não formais, as práticas não organizadas, próprias da sociedade pós-

industrial em que o desporto se desliga definitivamente do mundo do trabalho.

O Desporto, nas últimas três décadas, sofreu assim uma evolução que colocou em causa a forma de resolver as necessidades que gerava.

Durante o século XX, emergiram novas formas e novos tipos de actividades que vieram colocar novos problemas, ao lado das práticas que

surgiram e se estruturaram desde meados do século XIX.

Neste contexto de diversificação das práticas desportivas (que tenderam para uma gradual complexidade) constata-se que, hoje em dia, não se

restringem só aos movimentos federados e profissionalizados que caracterizam a “revolução” desportiva observada durante a segunda metade

do século XIX, mas também a movimentos de práticas não enquadradas.

O desporto nos tempos actuais é um reflexo da própria modernidade, estando associada ao surgimento de novos valores que enaltecem o lazer

e o tempo livre como espaço importante para a realização humana, ou seja, tem um objectivo mais abrangente que é a participação do cidadão

comum em actividades de lazer e de realização pessoal.

Pode então afirmar-se que o século XXI se caracteriza por um aumento do tempo livre dos cidadãos que poderá, pelo menos em parte, vir a ser

ocupado em actividades desportivas, individuais ou colectivas, formais ou informais, e que devem visar o bem-estar físico e psíquico, o

equilíbrio com o meio ambiente, a integração social, ou seja, em termos globais para uma melhoria da própria qualidade de vida.

Deste modo, o estereótipo que se podia encontrar em Portugal até há duas/três décadas atrás, que definia o praticante desportivo como jovem

estudante do sexo masculino, média burguesia, centrado na competição, foi completamente ultrapassado, já que surgiram novos tipos de

praticantes com diferentes idades, motivações, nível social e de ambos os sexos.

Assim, homens e mulheres passaram a ter interesse e desejo pela prática de desporto. Os adultos aperceberam-se das vantagens de uma

prática desportiva regular visando a manutenção, a recuperação e a reconstrução da força de trabalho. A população mais idosa tomou também

consciência de que a actividade física diferenciada, de baixa intensidade, mas realizada quotidianamente, é essencial na prevenção de uma

série de doenças, contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida e, segundo alguns investigadores, para o prolongamento da própria

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Notas Introdutórias

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vida. No caso das crianças e dos jovens, passa por uma sólida educação física/desportiva de forma a permitir o aperfeiçoamento básico do seu

crescimento.

É um facto inquestionável, no tempo presente, que tornar a população mais activa e generalizar a prática desportiva contribui significativamente

para a redução da mortalidade e de diversas enfermidades (e respectivos custos de tratamento), diminui os índices de absentismo e aumenta a

produtividade. Por isso, o aumento dos níveis de prática de actividade física e desportiva regular torna-se num investimento de elevado retorno

em termos de qualidade de vida, produtividade e de redução dos custos em cuidados de saúde.

O desporto é, assim, um reflexo da própria modernidade e as práticas desportivas não se restringem hoje em dia, tal como desde há algumas

décadas, aos movimentos federados e profissionalizados que vinham de toda a “revolução” desportiva observada na segunda metade do século

XIX. As práticas desportivas apresentam-se actualmente como algo mais abrangente que tem como objectivo a participação do cidadão comum

em actividades de lazer e de realização pessoal.

A própria realidade social foi decisivamente invadida pelo desporto de tempo livre (actividade lúdica), de recreação, de educação, de formação,

de manutenção, de recuperação e de reeducação, de melhoria da saúde, de recomposição da capacidade psico-física de trabalho, bem como

do desporto de espectáculo e do profissionalismo, que vai até à alta competição, passando pela competição de média e baixa intensidade.

Nos seus múltiplos graus de exigência e diferente caracterização (desde o jogo até ao desporto de alto nível passando pelas actividades

recreativas e de manutenção), o desporto, deixou, há muito, de constituir um luxo, para passar a ser uma necessidade claramente expressa, em

relação a toda a população, como um direito constitucional.

Naturalmente que a motivação para os diferentes tipos de prática desportiva varia de caso para caso, encontrando-se, muitas vezes, variações

dentro do mesmo grupo etário. Esta diferenciação de motivação só vem demonstrar, que o antigo significado da prática desportiva (competição

para obter a melhor classificação) foi largamente ultrapassado, e hoje integra-se num conjunto motivacional muito mais vasto e complexo.

Noutro sentido, observa-se que actuação das famílias tem vindo a ser fundamental na participação desportiva dos jovens – são os pais que

fornecem, em primeiro lugar, os modelos de estilo de vida activa e saudável. Mas, as pedagogias públicas, tendentes a atrair um maior número

de crianças e jovens para as práticas desportivas e para os estilos de vida saudáveis, devem ser cada vez mais direccionados não só aos

filhos, mas em especial aos pais.

Por tudo o que foi referido, quer em termos de novas realidades sociais e demográficas, quer relativamente à nova perspectiva do cidadão

perante o fenómeno desportivo, que procura uma melhoria da qualidade de vida no seu dia-a-dia, torna-se fundamental observar uma clara

transformação das mentalidades no que diz respeito aos equipamentos colectivos em geral, e aos desportivos em particular.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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Constata-se que equipamentos desportivos estão presentes nos diferentes “estádios” de desenvolvimento físico-motor de um cidadão: no

“berço”; na sala/corredor da habitação ou no quintal; nos parques infantis; e, mais tarde, na utilização dos equipamentos de base (recreativos ou

formativos). E só num patamar de evolução superior da prática desportiva, e quando se encontra satisfeita a procura pelo cidadão comum e dos

jovens desportistas de formação, é que devem ser equacionados os equipamentos de espectáculo desportivo e mesmo os de alto rendimento.

Vocacionados predominantemente para uma reduzida elite, estes devem ser assumidos, no essencial, pelo poder central, isto enquanto

equipamentos de carácter nacional (Cordeiro, 2006).

Neste sentido, os espaços destinados à prática desportiva devem ser equacionados de modo a dar resposta a este vasto leque de interesses e

de motivações. Uma diferenciação tipológica bem caracterizada de equipamentos deve ser, por seu turno, complementada pela de carácter

territorial de modo a responder às necessidades de acesso, impostas pela intenção de possibilitar a prática desportiva para todos os cidadãos,

aliás, na sequência do que se encontra previsto na Constituição da República.

A ideia do “Desporto para Todos” foi lançada pela primeira vez em 1966, pelo Conselho para a Cooperação Cultural, do Conselho da Europa,

embora, só em 1968, alguns países europeus, ao reunirem na Bélgica, elaboraram um primeiro documento sobre o Desporto para Todos.

Constituindo-se como ponto de partida dos trabalhos do Conselho da Europa, nesta matéria, este documento considerava que o Desporto para

Todos era um movimento destinado “a criar as condições para que as mais largas camadas da população possam praticar regularmente, quer o

desporto propriamente dito, quer as mais diversas e variadas actividades físicas, exigindo um esforço adaptado à condição física de cada um”1.

Em 1975, na Conferência dos Ministros Europeus, foi então reafirmado que o “Desporto para Todos” abarcava “as mais diversas formas do

desporto, como os jogos, os desportos de competição, as actividades ao ar livre… e as actividades livres e espontâneas praticadas nos tempos

livres, com excepção das actividades físicas dos programas escolares obrigatórios”. (DGD, 1987).

Atendendo a estes factos e tendo sempre presente a ideia de que o desporto constitui um espaço compensatório das tendências à rotinização

do quotidiano nas actuais sociedades, as entidades públicas portuguesas, conscientes destas realidades, têm vindo a ter um papel cada vez

mais participativo e preponderante, nomeadamente o poder central e, em especial, nas últimas décadas, o poder autárquico.

Neste sentido, as autarquias têm vindo a envolver-se cada vez mais no fomento e na gestão do exercício físico, quer através da construção de

infra-estruturas, quer, mais recentemente, pela própria inclusão, no plano curricular do Ensino Básico das actividades físico-motoras.

1 Em 1968, também se realizou, no México, sob a alçada da UNESCO, uma Conferência Internacional sobre Desporto e Educação, tendo sido debatidos quatro temas: “Desporto para Todos”, “Desporto para Toda a Vida”, “Dirigentes para Todos” e “A Responsabilidade de Todos”.

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O Sistema Desportivo Nacional e o seu Quadro Legislativo

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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O Sistema Desportivo tem, como objectivo primordial, promover e orientar a generalização da actividade desportiva, como factor cultural

indispensável na plena formação da pessoa humana (desenvolvimento da personalidade) assim como o próprio desenvolvimento da sociedade

no seu todo. Procura assim fomentar a prática desportiva para todos, quer na vertente de recreação, quer na de rendimento, visando, deste

modo, garantir a igualdade de direitos e oportunidades quanto ao acesso e à generalização das práticas desportivas diferenciadas.

Desenvolve-se segundo uma coordenação aberta e uma colaboração prioritária com o sistema educativo, atendendo ao seu elevado conteúdo

formativo, e ainda em conjugação com o Movimento Associativo (associações e colectividades desportivas) e as autarquias locais. Existe,

portanto, uma colaboração necessária entre a organização pública do desporto e os corpos sociais intermédios, públicos e privados, que

compõem o sistema desportivo. Além do já referido, existe um conjunto de princípios gerais da acção do Estado, no desenvolvimento da política

desportiva, que já se encontravam definidos na anterior Lei de Bases do Sistema Desportivo - Lei n.º 1/90 de 13 de Janeiro (no artigo 2.º) - e

que, recentemente, foram actualizados através da nova Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto - Lei n.º 5/2007 de 16 de Janeiro - e

que importam assinalar. Deste modo, o sistema desportivo actual, segundo esta Lei nº 5/2007, apresenta como princípios fundamentais:

• Princípios da universalidade e da igualdade

1 - Todos os cidadãos têm direito à actividade física e desportiva, independentemente da sua ascendência, sexo, raça, etnia, língua,

território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

2 - A actividade física e o desporto devem contribuir para a promoção de uma situação equilibrada e não discriminatória entre homens e

mulheres.

• Princípio da ética desportiva

1 - A actividade desportiva é desenvolvida em observância dos princípios da ética, da defesa do espírito desportivo, da verdade desportiva

e da formação integral de todos os participantes.

2 - Incumbe ao Estado adoptar as medidas tendentes a prevenir e a punir as manifestações antidesportivas, designadamente a violência, a

dopagem, a corrupção, o racismo, a xenofobia e qualquer forma de discriminação.

3 - São especialmente apoiados as iniciativas e os projectos, em favor do espírito desportivo e da tolerância.

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O Sistema Desportivo Nacional e o seu Quadro Legislativo

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• Princípios da coesão e da continuidade territorial

1 - O desenvolvimento da actividade física e do desporto é realizado de forma harmoniosa e integrada, com vista a combater as assimetrias

regionais e a contribuir para a inserção social e a coesão nacional.

2 - O princípio da continuidade territorial assenta na necessidade de corrigir os desequilíbrios originados pelo afastamento e pela

insularidade, de forma a garantir a participação dos praticantes e dos clubes das Regiões Autónomas nas competições desportivas de

âmbito nacional.

• Princípios da coordenação, da descentralização e da colaboração

1 - O Estado, as Regiões Autónomas e as autarquias locais articulam e compatibilizam as respectivas intervenções que se repercutem,

directa ou indirectamente, no desenvolvimento da actividade física e no desporto, num quadro descentralizado de atribuições e

competências.

2 - O Estado, as Regiões Autónomas e as autarquias locais promovem o desenvolvimento da actividade física e do desporto em

colaboração com as instituições de ensino, as associações desportivas e as demais entidades, públicas ou privadas, que actuam nestas

áreas.

O Sistema Desportivo está, deste modo, relacionado com um conjunto de princípios que é importante considerar, mas é de salientar que se

encontra também associado ao próprio conceito de Desporto, o qual se entende por qualquer forma de actividade física que, através de uma

participação livre e voluntária, organizada ou não, tenha como objectivos a expressão ou a melhoria da condição física e psíquica, o

desenvolvimento das relações sociais ou a obtenção de resultados em competições de todos os níveis.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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O SISTEMA DESPORTIVO NACIONAL

Em Portugal o Sistema Desportivo foi alvo de uma evolução lenta, destacando-se nesse percurso dois momentos fundamentais: um primeiro

que data apenas de 1990 com a criação da Lei de Bases do Desporto, e que marcou, na altura, uma clara mudança no desenvolvimento

desportivo; e um segundo momento, através da publicação recente da nova Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto, já no presente

ano de 2007.

A importância da educação física e do desporto no desenvolvimento completo e harmonioso do ser humano, tem vindo a ser reconhecida pelas

mais diversas entidades, tendo a “Carta Internacional da Educação Física e do Desporto da UNESCO” (adoptada em 1978 pela Conferência

Geral da Organização das Nações Unidas), reforçado essa importância. Esta refere mesmo, no artigo 1º na alínea 1.1 que “todas as pessoas

humanas têm o direito à educação física e ao desporto, indispensáveis ao desenvolvimento da sua personalidade. O direito ao desenvolvimento

das aptidões físicas, intelectuais e morais, através da educação física e do desporto, deve ser garantido, tanto no quadro do sistema educativo,

como nos outros aspectos da vida social” (UNESCO, 1978). No seu artigo 2.º reconhece que a Educação Física e o Desporto constituem

elementos essenciais da educação permanente do indivíduo, no sistema global da educação e que, como dimensões fundamentais da

Educação e da Cultura, devem desenvolver as aptidões, a vontade e o auto-domínio de qualquer ser humano, favorecendo a sua integração na

sociedade, contribuindo para a preservação e melhoria da saúde e para uma saudável ocupação do tempo livre, reforçando as resistências aos

inconvenientes da vida moderna, enriquecendo no nível comunitário as relações sociais através de práticas físicas e desportivas.

A Carta Europeia do Desporto (criada na sequência da primeira reunião da Conferência dos Ministros Europeus responsáveis pela área do

Desporto, em 1975, e que se desenrolou sob o tema “Carta Europeia do Desporto para Todos”), apresentou-se como a base fundamental para

as políticas governamentais na promoção da prática desportiva “como factor importante de desenvolvimento humano”. Por outro lado, esta carta

promove também o Desporto respeitando o “princípio do desenvolvimento sustentável”, tendo em atenção os “valores da natureza e do meio

ambiente”.

A Declaração de Amesterdão, por seu turno, constituiu uma etapa decisiva no sentido de que o desporto fosse tido em linha de conta a nível

comunitário, enquanto que na sequência, a Declaração ao Conselho Europeu de Nice de 2000, saiu reforçada no quadro das suas funções

sociais, educativas e culturais do desporto.

É de salientar que estes princípios, que os diversos normativos e orientações contemplam, ao longo das últimas três décadas, enquadram, na

totalidade, a filosofia que se encontra na base do desenvolvimento do presente projecto.

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O Sistema Desportivo Nacional e o seu Quadro Legislativo

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ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

2.1. O Papel do Poder Central

No caso português, a Constituição da República, através dos seus artigos 9.º, 64.º, 70.º e 79.º, refere-se também ao direito, à importância da

prática desportiva e ao papel do Estado na promoção do Desporto. No entanto, deve ainda ser referido que o sistema desportivo até 1974, se

encontrou sujeito à disciplina jurídica do Estado Novo, corporizada pelo Decreto-Lei n.º 32.946 de 3 de Agosto de 1943, facto que acabou por

influenciar toda a posterior evolução, já que este diploma visava consagrar um conjunto de instrumentos que garantissem a subordinação das

instituições desportivas às ordens políticas do regime. Não obstante, deve ser referido que o sistema desportivo português, antes do 25 de Abril,

se caracterizou também, por um historial de resistência à tentativa de instrumentalização das instituições desportivas e dos seus

representantes.

Com o advento da Democracia, tal como seria de esperar, o DL n.º 32.946 devia ter sido imediatamente revogado e substituído por outra

legislação desportiva, mas tal não aconteceu. Ao invés, entre 1974 e 1990, gerou-se uma situação extremamente ambígua, pois, por um lado,

faltava coragem para aplicar as imposições da anterior legislação (formalmente sempre em vigor), e por outro lado, não havia igualmente a

capacidade para a substituir por outra.

É apenas com a aprovação da Lei de Bases do Sistema Desportivo, a 13 de Janeiro de 1990, que esta situação se altera, abrindo-se uma nova

etapa na evolução e no desenvolvimento do sistema desportivo português. Assim, colocou-se um ponto final oficial na antiga situação do

corporativismo e demonstrou-se que o Estado tinha capacidade para propor um novo modelo de relacionamento com o Movimento Desportivo,

modelo que colocasse Portugal a um nível semelhante ao dos outros Membros da Comunidade Europeia, dando-se assim, o implementar da

autonomia do Movimento Desportivo.

O modelo de desenvolvimento desportivo passou a reflectir-se através dos diferentes estádios de evolução do desporto português, procurando

articular esforços dos diversos protagonistas intervenientes, mas não inviabilizando a evolução do sistema para formas mais organizadas de

actuação e concertação. Este novo modelo, consagrado na Lei de Bases, considerava os três principais vectores, à data existentes, de

funcionamento global do Sistema Desportivo Português: o Estado, procurando novas formas de organização e repartição do poder,

nomeadamente a nível regional e autárquico; o Comité Olímpico, que deveria procurar um desempenho mais eficaz como representante do

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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Movimento Olímpico Internacional, e o Movimento Associativo e Desportivo, constituído a nível institucional por diversas Federações e Clubes

Desportivos, que um pouco por todo o país, funcionam como o real motor de toda a actividade desportiva.

Esta Lei de Bases do Sistema Desportivo é revogada pela Lei n.º 30/2004 de 21 de Julho - Lei de Bases do Desporto -, que introduz pequenas

alterações e actualizações à Lei de Bases do Sistema Desportivo. Posteriormente, a 16 de Janeiro de 2007, é criada a Lei n.º 5/2007, Lei de

Bases da Actividade Física e do Desporto a qual, pela primeira vez, se refere à necessidade de elaboração da Carta Desportiva Nacional, pois

até à sua criação, a legislação referia-se ao Carta Desportiva Nacional (artigo 35.º da Lei n.º 1/90 e artigo 86.º da Lei nº 30/2004). Na realidade,

desde 1984, que a Direcção-Geral dos Desportos tem vindo a planear a realização de uma Carta Desportiva Nacional, no sentido de obter o

real retrato do fenómeno desportivo, entendido nas suas vertentes de rendimento e recreação, em que as acções do levantamento de situação

e diagnóstico do sector, iriam permitir alicerçar, no conhecimento da expressão e dinâmica do fenómeno, as futuras políticas de

desenvolvimento do Desporto. Deste modo, a Carta Desportiva Nacional, caso tivesse vindo a ser concretizado nessa altura, deveria integrar as

seguintes Cartas:

a) A Carta das Instalações Desportivas Artificiais;

b) A Carta Desportiva do Enquadramento Técnico (treinadores, professores, monitores, dirigentes);

c) A Carta dos Espaços Verdes;

d) A Carta dos Planos de Água;

e) A Carta das Procuras e Ofertas em Desporto;

f) A Carta da Condição Física da População (DGD, 1987).

As transformações observadas na última década e meia levaram ao articulado na nova Lei de Bases n.º 5/2007, que no seu artigo 9.º, passou a

referir:

“1 - A lei determina a elaboração da Carta Desportiva Nacional, a qual contém o cadastro e o registo de dados e de indicadores que

permitam o conhecimento dos diversos factores de desenvolvimento desportivo, tendo em vista o conhecimento da situação desportiva

nacional, nomeadamente quanto a:

a) Instalações desportivas;

b) Espaços naturais de recreio e desporto;

c) Associativismo desportivo;

d) Hábitos desportivos;

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O Sistema Desportivo Nacional e o seu Quadro Legislativo

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e) Condição física das pessoas;

f) Enquadramento humano, incluindo a identificação da participação em função do género.”

Estes são os diplomas legais mais importantes que regem o sistema desportivo português, contudo existe todo um conjunto de outros diplomas

que importa referir e que são igualmente relevantes, os quais se encontram assinalados no quadro resumo apresentado em Anexo. Neste

âmbito é de salientar que o Decreto-lei n.º 141/2009 de 16 de Junho vem consagrar o novo regime jurídico das instalações desportivas,

remetendo para o disposto na Lei de Bases n.º 5/2007.

Há, contudo, que referir que as autarquias assumem um papel preponderante e cada vez mais participativo no desenvolvimento desportivo

nacional, existindo alguns diplomas legais que se referem a este facto e que são devidamente enunciados de seguida.

É neste quadro de definição dos diferentes aspectos sobre o conhecimento da situação desportiva do território municipal de Arganil, que foi

desenvolvido o actual projecto da Carta Desportiva.

2.2. O Papel do Poder Local

As Autarquias Locais, por força da proximidade que têm junto das suas populações e pelas competências e atribuições que lhes foram

conferidas nas últimas três décadas, têm e terão cada vez mais oportunidades, melhores capacidades e elevadas responsabilidades no

incremento e na melhoria das condições de acesso a uma prática desportiva generalizada, entre muitas outras áreas de intervenção. É também

da sua competência adequar as políticas desportivas locais às necessidades e expectativas dos cidadãos, bem como às mudanças que se

verificam no âmbito da procura às novas modalidades desportivas do presente e do futuro, acompanhando o que é a evolução da procura de

novas actividades e emoções.

No nosso país, foi com o advento da democracia, e em especial, após a promulgação da primeira Lei das Finanças Locais, em finais de 1979,

que os Municípios passaram a ter a capacidade para desenvolver acções associadas ao desenvolvimento generalizado a vários níveis da

sociedade e, naturalmente também ao nível desportivo. Observa-se desde então um enorme salto quantitativo e qualitativo, essencialmente no

desporto formativo, facto a que não foi alheio o extraordinário papel na construção de infra-estruturas desportivas (Cordeiro, 2006).

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Município de Arganil

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Neste contexto, as autarquias tornaram-se factores decisivos no desenvolvimento desportivo do país, possibilitando também uma

democratização da própria prática desportiva e, resolvendo, inúmeras vezes, a segregação social no acesso à prática dessas actividades2.

Este papel das autarquias teve como resultado um crescimento efectivo e uma melhoria das condições para a actividade física e para a prática

desportiva da população portuguesa ao longo destas últimas três décadas. Porém, também não é menos verdade que a plena intervenção dos

Municípios no sistema desportivo resultou, muito por falta de visão ou planeamento, num conjunto de maus exemplos do que é, ou deveria ser,

a principal vocação das autarquias neste contexto.

Neste quadro, e tendo em consideração que não se devem continuar a observar erros urbanísticos ou factores geradores de problemas

ambientais e paisagísticos, que têm mesmo levado à degradação da qualidade de vida, torna-se absolutamente necessário equacionar um

território ao nível do planeamento urbano (Cordeiro, 2006). Assim, e em termos de infra-estruturas desportivas, apresenta-se como fundamental

a necessidade de uma especial atenção à integração dos espaços considerados como informais – relvados, parques em espaços livres, entre

outros –, e sempre assumido numa lógica de “mobiliário” urbano, o qual deve visar não só a qualidade de vida dos residentes, mas também, à

semelhança dos espaços verdes públicos, proporcionar uma clara revitalização urbana (Ferreira, 2003; Cordeiro, 2006).

A tarefa de planear e conceber uma rede de equipamentos desportivos que satisfaça a procura por parte dos diferentes segmentos da

população, impõe um conhecimento prévio e análise das características dos existentes, obrigando à inventariação dos equipamentos do

Município, para um melhor conhecimento da realidade. Deste modo, deve ser efectuada a primeira alínea do articulado na Lei de Bases da

Actividade Física e do Desporto, ou seja, o diagnóstico das instalações desportivas artificiais.

2 Este papel participativo das autarquias no âmbito desportivo, é posteriormente reforçado com a Lei nº 159/99 de 14 de Setembro, no seu artigo 21º, o qual definiu que:

“1 - É da competência dos órgãos municipais o planeamento, a gestão e a realização de investimentos públicos nos seguintes domínios:

a) Parques de campismo de interesse municipal;

b) Instalações e equipamentos para a prática desportiva e recreativa de interesse municipal.

2 - É igualmente da competência dos órgãos municipais:

a) Licenciar e fiscalizar recintos de espectáculos;

b) Apoiar actividades desportivas e recreativas de interesse municipal;

c) Apoiar a construção e conservação de equipamentos desportivos e recreativos de âmbito local.”

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O Sistema Desportivo Nacional e o seu Quadro Legislativo

22

A política organizacional do Município deve assim considerar toda a complexidade temática que se encontra associada à prática desportiva,

uma vez que ela se refere a questões essenciais do seu próprio desenvolvimento. Aspectos fundamentais como a economia (desenvolvimento

do turismo, utilização dos recursos naturais, planos de água, política de emprego, entre outros), a saúde pública, a educação e a cultura, o

ambiente e a afirmação da identidade local, devem ser profundamente analisados, tendo em vista, não só, o reforço da imagem do Município,

bem como a sua projecção nacional e mesmo internacional. Simultaneamente, deve proporcionar a todos os cidadãos, condições de acesso à

prática desportiva e logo à saúde, factores preferenciais.

Um equipamento não deve assim responder exclusivamente à função primária que lhe é atribuída, ou seja, tem que considerar o complexo

conjunto de funções sociais que deve desempenhar e as relações que estabelece com o que o cerca e complementariza.

De facto, o programa orientador da definição da localização de equipamentos desportivos e o da sua concepção, deve ter em linha de conta as

relações que cada equipamento estabelece com os outros e com as funções desenvolvidas na comunidade e, sempre que possível, numa

perspectiva de rede equilibrada dos equipamentos colectivos desse mesmo território.

Para tal, deve proceder-se a uma análise global capaz de garantir a coerência da rede planeada, em concordância com os objectivos

fundamentais de desenvolvimento do Município, facto que contraria a visão redutora e socialmente segregadora que o Desporto apresenta para

alguns decisores.

Para que tal seja possível, a questão desportiva deve, decididamente, integrar o Plano Director Municipal (PDM), em particular deve ser

equacionado neste momento em que se definem as linhas orientadoras dos PDM de 2ª geração e, traduzir-se especificamente na elaboração

racionalizada de uma Carta de Equipamentos Desportivos Municipal, que deve definir toda a contextualização dos equipamentos desportivos

artificiais e o próprio reflexo que a estrutura associativa desportiva assume, tanto numa perspectiva reactiva como proactiva.

Neste documento deverão encontrar-se fundamentadas as escolhas realizadas, as quais têm como objectivos principais responder eficazmente

às necessidades da população, procurando cobrir um cada vez mais amplo espectro de actividades, responder a necessidades futuras e

adequar a oferta à procura, tomando sempre em consideração que a vocação primeira das autarquias, que em termos desportivos, deve ser o

da criação de infra-estruturas de base, entre as quais se devem integrar aqueles espaços que são designados vulgarmente como “quintais” ou

“logradouros desportivos” (Cordeiro, 2006).

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

23

A perspectiva vale tanto para os aspectos relacionados com os equipamentos desportivos artificiais, mas principalmente, para os espaços que

se destinam ao apoio das actividades físicas informais da população, com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, de todas as

idades, que residam no Município (ou mesmo os que o visitem).

Estes serão, naturalmente, objectivos fundamentais do presente projecto que, numa primeira análise, apresenta uma perspectiva autárquica, ou

seja, tem em linha de conta a postura que o Poder Local deve assumir perante os cidadãos, considerando o potenciar dos seus recursos

endógenos naturais, e sempre numa perspectiva de desenvolvimento sustentável.

Porém, e tal como foi equacionado no âmbito da concretização das Carta Desportivas Nacionais e Intermunicipais (Cordeiro, 2006), um projecto

com estas características deve ser entendido como uma das peças de um imenso puzzle, que é a definição regional e nacional do que são as

principais necessidades em termos desportivos da sociedade portuguesa neste início do século XXI.

É de salientar que com a concretização do projecto de cartas de equipamentos desportivos municipais (Cordeiro et al., 2003; Cordeiro et al.,

2005), as respectivas autarquias passaram a dispor de ferramentas capazes de analisar a situação actual no seu território, assim como criar

modelos virtuais de simulação dos efeitos criados pela introdução de novas variáveis no sistema. No entanto, estas cartas municipais

encontram-se confinadas unicamente às suas próprias fronteiras.

Tendo como base a realização de diferentes cartas municipais contíguas, e com a informação recolhida e trabalhada, passou a ser possível o

implementar da tão desejável análise intermunicipal de equipamentos (Cordeiro et al., 2005), facto que poderá vir a permitir, no futuro, a

optimização dos investimentos públicos, em especial nos sectores de fronteira ou nas diferentes infra-estruturas de nível superior –

especializados, de competição e de espectáculo.

Um pressuposto, no entanto, deve ser de imediato realçado: quanto melhor se conhece a realidade presente de um território, melhor este pode

ser gerido e perspectivado. O conhecimento espacial dos equipamentos é algo que se impõe para uma correcta gestão do espaço e para um

verdadeiro planeamento sustentável.

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A Carta de Equipamentos Desportivos Municipal

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

27

O ordenamento do território, apoiado no regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial, deve obrigatoriamente contemplar os espaços e

os equipamentos colectivos associados às actividades desportivas nas suas múltiplas vertentes, nomeadamente, lazer, formação, treino,

competição e espectáculo. Neste contexto, deverá vir a ser equacionada a disponibilização de espaços com características adequadas à

implementação dos programas das diferentes tipologias de equipamentos, e isto em sede das discussões e concretização dos instrumentos em

todos os níveis de planeamento do território: planos de pormenor e de urbanização, planos directores municipais, planos estratégicos ou

programas operacionais.

Por outro lado, o planeamento do território, nas suas acções de reabilitação e requalificação dos espaços urbano, peri-urbano e rural, deve

considerar, em termos de abordagem, os equipamentos desportivos como elementos estruturantes em termos estritamente físicos, tendo

também em atenção que eles deverão assumir uma perspectiva de integração social, de indivíduos ou comunidades, ao proporcionar o

desenvolvimento de actividades capazes de estimular hábitos e comportamentos activos e saudáveis.

Na perspectiva do planeamento urbano, e em termos de localização dos equipamentos desportivos, pode assumir a forma de várias opções,

desde o equipamento virado para a prática informal equacionada como simples “mobiliário urbano” (integrado ou não em áreas verdes

ajardinadas), ao que é implantado em parques ou complexos desportivos, passando pela especialização de uma determinada área urbana para

uso exclusivo desportivo, a qual pode mesmo assumir a imagem de “equipamento âncora”.

As práticas desportivas têm vindo a ganhar uma importância acrescida na nossa sociedade, assistindo-se à sua afirmação em diversas áreas e

à conquista de espaço nas mais diversas políticas locais, regionais, nacionais, europeias e até internacionais. Tal facto, justifica uma maior

atenção por parte dos Municípios, não só num melhor planeamento de espaços destinados ao uso desportivo, como no próprio volume de

investimentos que lhe é destinado. Daqui ressalta a importância, não só da execução da habitual Carta Municipal de Equipamentos Desportivos

Artificiais ou, tal como no caso presente, mesmo de um documento, onde se observa uma necessária articulação com outras peças de uma

Carta de Equipamentos Desportivos Municipal, manifestamente mais vasto, o qual se deverá assumir como a trave-mestra do Plano de

Desenvolvimento Desportivo da Autarquia. Desenvolve-se assim um importante instrumento de planeamento sectorial que ao ser assumido

como uma componente estratégica, deverá integrar, e numa relação directa, o Plano Director Municipal de 2ª geração.

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A Carta de Equipamentos Desport ivos Municipal

28

ÂMBITO, NATUREZA E OBJECTIVOS

No planeamento de uma rede de equipamentos desportivos local, como já foi referido, há que ter em linha de conta as diversas funções sociais

que se podem associar à prática desportiva, de modo a possibilitar um correcto, equilibrado e harmonioso planeamento e ordenamento do

território, de forma a tornar o desporto acessível para todos, já que este se assume como um direito constitucional. Este planeamento deverá

ser sempre equacionado na procura de satisfação da maioria da população residente ou não, e numa perspectiva de não duplicação de

equipamentos, ou seja, de concretização racional das infra-estruturas.

A Carta de Equipamentos Desportivos Municipal constituirá assim um instrumento que desempenhará um papel fundamental neste

planeamento e ordenamento do território e mesmo no desenvolvimento socio-económico do território. Pretende efectuar o diagnóstico da

realidade desportiva e associativa do Município, reflectindo a sua própria política desportiva nas últimas décadas. Um dos seus objectivos

principais passa por perspectivar, não só os equipamentos desportivos, mas também os espaços urbanos (ou rurais) que tornem possível a

prática desportiva formal e informal, procurando, desse modo, a sua melhor utilização no quadro do próprio desenvolvimento sócio-económico

do Município.

Por outro lado, deve apoiar o desenvolvimento de meios públicos e privados, procurando definir modelos de gestão que rentabilizem os

recursos disponíveis, assegurando o papel social da própria autarquia, promovendo ainda o enquadramento de estudos que permitam a

compreensão das dinâmicas sociais e a sua integração na gestão municipal.

A Carta de Equipamentos Desportivos assume-se, assim, como um instrumento de planeamento estratégico, identificando e diagnosticando

carências e assimetrias dos equipamentos desportivos e analisando as suas possibilidades de optimização, através da sua

reabilitação/requalificação e adaptação, ou através de um processo de gestão adequado.

Esta Carta visa, assim, efectuar o diagnóstico dos equipamentos artificiais do Município e a sua diferenciação tipológica, mas no essencial,

perspectivar o que deve ser equacionado em termos de futuro, não só nos equipamentos codificados para o apoio à prática desportiva

federada, mas em especial, definir novos caminhos, nomeadamente no âmbito dos espaços desportivos informais, numa lógica de satisfação

plena da população.

Este instrumento, que deve ser assumido como estratégico, deve considerar uma leitura prospectiva do fenómeno desportivo neste território,

com vista a antecipar possíveis alterações na procura e, em tempo útil, encontrar as soluções mais adequadas, através de critérios coerentes

de carácter desportivo, demográfico e urbanístico que, integrados na programação da rede desportiva, satisfaçam as necessidades da

população.

1

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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Deste modo, os respectivos programas para a implementação de novos equipamentos desportivos, devem ser concebidos em concordância

com as necessidades e as apetências da população, mas, dadas as alterações cada vez mais frequentes das tendências da procura desportiva,

torna-se fundamental existir flexibilidade nesses programas de forma a ajustá-los, em tempo oportuno, a estas mesmas dinâmicas.

Esta abordagem deverá permitir a reconfiguração e redimensionamento do parque desportivo, com a programação de novos equipamentos e a

reformulação ou reconversão daqueles que não se enquadrem nos parâmetros legais ou funcionais.

O presente projecto deve, segundo o exposto, encontrar-se estruturado de modo a possibilitar uma série de análises, com as quais seja

possível:

- Caracterizar os equipamentos desportivos existentes, a oferta que asseguram e o quadro institucional que garante e rege o seu

funcionamento;

- Detectar as carências e as assimetrias na rede de equipamentos desportivos existente;

- Identificar as características da população-alvo, tendo em atenção os seus interesses, necessidades e hábitos;

- Conhecer as características da estrutura física do Município e da evolução urbana;

- Elaborar estudos e análises multidisciplinares de enquadramento da prática desportiva.

A definição, avaliação e proposta dos diferentes objectivos e metas deve ser realizada por uma equipa pluridisciplinar, ou seja, a elaboração da

Carta de Equipamentos Desportivos Municipal deverá ser um processo participado. Para garantir que o processo representa um projecto

municipal de todos e para todos, deve contemplar o envolvimento da população, enquanto praticantes, dirigentes, formadores e todos os outros

agentes desportivos.

Terá, assim, de existir uma coordenação transversal dos vários intervenientes (serviços da autarquia ou outras entidades e instituições

envolvidas no processo de planeamento), vital para uma melhor gestão dos recursos disponíveis, através da rentabilização de espaços e da

criação de sinergias entre diversos tipos de equipamentos desportivos, de educação, de saúde, sociais e de lazer, de modo a articular os

serviços prestados.

Espera-se com este projecto que a Carta de Equipamentos Desportivos Municipal venha a assumir um papel preponderante e estratégico, quer

no ordenamento do território, quer no desenvolvimento sustentável do Município de Arganil, implementando a estratégia municipal de

desenvolvimento do Desporto. Constituirá, assim, um instrumento de suporte à definição de políticas e estratégias de actuação no âmbito do

desporto, não só no território municipal, mas podendo servir de base à própria interligação com o regional e, numa fase posterior, ao nacional.

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A Carta de Equipamentos Desport ivos Municipal

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No presente documento deverá ser contemplado, em termos de desporto, não só a componente competição, a formação dos jovens, a

ocupação de tempos livres e o lazer, mas também os diferentes interesses de grupos específicos da população. Isto é, deve possibilitar a

obtenção de resultados a nível competitivo, mas proporcionar, de igual modo, a democratização da prática desportiva.

Neste contexto, foram definidos à partida alguns dos principais objectivos para a Carta de Equipamentos Desportivos Municipal:

- Desenvolver uma ferramenta informática dinâmica capaz de se assumir como um eficaz instrumento de planeamento que possibilite ajustar as

necessidades à realidade morfológica, demográfica, socio-económica, presentes e futuras, do Município;

- Identificar as principais características da rede de espaços de vocação desportiva no Município: equipamentos artificiais, especiais e naturais,

bem como os informais existentes;

- Adoptar um critério de previsão / Índice de Comunidade (valor de base para o cálculo de necessidades) que seja o mais adequado possível à

realidade do Município;

- Identificar e diagnosticar as necessidades e as carências desportivas existentes e previstas, com base no critério de previsão / Valor de

Referência / Índice de Comunidade adoptado;

- Detectar e corrigir as assimetrias identificadas, relacionadas com a localização actual da rede dos equipamentos desportivos, de modo a

garantir a sua distribuição espacial de forma mais equilibrada.

METODOLOGIA E TÉCNICAS UTILIZADAS

O desafio de elaborar um projecto de cariz dinâmico, capaz de enquadrar todas as diferentes valências do sistema desportivo do Município, foi

o ponto de partida para a realização de uma Carta de Equipamentos Desportivos Municipal manifestamente ambiciosa, cujo objectivo, num

primeiro momento, é a optimização da gestão municipal dos espaços desportivos, quer de carácter oficial, quer os de índole informal, assim

como regular muita da actividade desportiva que se desenvolve no território.

Em termos metodológicos e de uma forma que deve ser entendida como esquemática e algo resumida (Figura 1) o projecto assume como

momento inicial o levantamento da totalidade dos equipamentos do território, ou seja, a recolha de informação no terreno – levantamento

directo dos equipamentos desportivos existentes (em actividade ou sem utilização), acompanhada da pesquisa documental de todo o material

de apoio conhecido sobre a temática e sobre a região.

Num momento seguinte iniciou-se a elaboração das bases de dados nas quais constam as informações referentes aos Equipamentos

Desportivos Artificiais e ao Movimento Associativo. Com a concretização destas duas primeiras fases de desenvolvimento do projecto foi assim

2

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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possível elaborar um primeiro diagnóstico sobre a oferta, no que se refere ao parque desportivo municipal actual, e onde simultaneamente

foram cruzados não só as suas relações com a morfologia do território mas também as respectivas análises demográfica, acessibilidades,

construído, entre outras. Nesta fase de diagnóstico foi ainda possível concluir acerca da qualidade da oferta dos Equipamentos Desportivos

Formais, bem como fixar critérios de satisfação das necessidades em função dos objectivos da Autarquia no âmbito do desenvolvimento

desportivo e do Movimento Associativo. Com a elaboração do diagnóstico constataram-se tanto as carências actuais do parque desportivo

formal, como as carências futuras e, neste sentido, há a possibilidade de traçar cenários evolutivos ao nível da demografia, do construído e

principalmente ao nível da procura desportiva, numa perspectiva de planeamento integrado. Neste contexto, mais do que uma simples carta de

equipamentos desportivos artificiais, neste trabalho procedeu-se assim à integração de todo um conjunto de temáticas relacionadas com o

sistema desportivo, mas também à realização de toda uma análise prospectiva em termos demográficos, no caso particular para a próxima

década e meia.

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A Carta de Equipamentos Desport ivos Municipal

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Atingem-se, deste modo,

função das perspectivas futuras e a definição dos novos Equipamentos

programação utilizados bem como os

desportivos só são possíveis através da

É de salientar que no

de forma a suportar, numa fase seguinte, a integração das diferentes temáticas associadas ao sistema desportivo assim como da

prospectivas, contribuindo para a criação de novas metas e clarificação dos actuais objectivos de ordenamento e planeamento te

A Carta de Equipamentos Desport ivos Municipal

Figura 1 – Esquema metodológico utilizado na Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais do Município de

se, deste modo, dois objectivos primordiais na Carta de Equipamentos Desportivos com a criação de diferentes cenários de oferta em

função das perspectivas futuras e a definição dos novos Equipamentos Desportivos Formais a edificar no Município

utilizados bem como os critérios de localização e de dimensionamento que enquadram a programação de equipa

desportivos só são possíveis através da pesquisa e da selecção de diversas fontes de informação).

É de salientar que no âmbito da criação de ferramentas, numa primeira fase, foram definidos os conceitos de base, parâmetros e metodologia,

de forma a suportar, numa fase seguinte, a integração das diferentes temáticas associadas ao sistema desportivo assim como da

rospectivas, contribuindo para a criação de novas metas e clarificação dos actuais objectivos de ordenamento e planeamento te

Levantamento dos Equipamentos e Espaços

ExistentesElaboração de Bases de Dados

Equipamentos Desportivos Artificiais

Movimento Associativo

Diagnóstico da oferta do actual parque desportivo municipal

Análise demográfica, evolução do construído, caracterização física do

território, acessibilidades, entre outros

Inventariação da qualidade da oferta em termos de equipamentos formais

Fixação de critérios de satisfação das necessidades em função dos objectivos da Autarquia no quadro do desenvolvimento desportivo e dos objectivos do Movimento

Associativo

Constatação das carências actuais do Parque Desportivo

Formal

Constatação das Carências Futuras

Cenários Evolutivos: demografia, construído e em particular, a procura

desportiva

Fixação de critérios de Planeamento Integrado

Definição dos Novos Equipamentos Formais a edificar

no Município

Criação de diferentes cenários de oferta em função das perspectivas futuras

Município de Arganil.

com a criação de diferentes cenários de oferta em

Formais a edificar no Município (os critérios de

critérios de localização e de dimensionamento que enquadram a programação de equipamentos

âmbito da criação de ferramentas, numa primeira fase, foram definidos os conceitos de base, parâmetros e metodologia,

de forma a suportar, numa fase seguinte, a integração das diferentes temáticas associadas ao sistema desportivo assim como das análises

rospectivas, contribuindo para a criação de novas metas e clarificação dos actuais objectivos de ordenamento e planeamento territorial, a

Equipamentos Desportivos Artificiais

Movimento Associativo

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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médio e longo prazo. Estes, pela sua natureza evolutiva, devem ser percepcionados como executáveis, de forma a garantir a coerência da rede

de equipamentos desportivos com as políticas de ordenamento urbano e o livre acesso ao desporto pela totalidade dos cidadãos, sempre em

condições de igualdade de oportunidades.

Os equipamentos desportivos artificiais sofreram um tratamento mais aprofundado neste documento, por poderem permitir uma programação

em função do cálculo das necessidades. Na sua essência, este tipo de equipamento desportivo constitui, por tradição, a base da rede ou

parque desportivo de um Município.

Os equipamentos desportivos foram avaliados quanto ao seu número e à respectiva área útil. Da apreciação de cada uma destas variáveis,

separadamente, pretende retirar-se todo um conjunto de ilações e conclusões que, mesmo permitindo caracterizar o parque desportivo,

poderão dar uma leitura distorcida da realidade, que não corresponde exactamente à oferta do actual parque desportivo do Município. No

entanto, ao examinar ambas as variáveis torna-se possível aferir onde se encontram os factores de distorção e apresentar uma descrição mais

aproximada da situação real.

Na análise de carências, optou-se por tentar atingir o objectivo de cobertura proposto pelo Conselho da Europa e pelo Conselho Internacional

para a Educação Física e o Desporto (UNESCO) isto é, um mínimo de 4m2 de área útil desportiva por habitante, aliás, seguido ainda hoje no

nosso país pelo próprio poder central (DGOTDU, 2002). Esta análise foi realizada para as tipologias enquadradas nos equipamentos

desportivos de base que constituem o conjunto de equipamentos que possuem critérios de programação3. É de salientar que os dados foram

tratados por tipologia e desagregados até ao nível de freguesia. Para o cálculo das necessidades (observadas através dos índices de

comunidade) foram utilizadas duas variáveis principais: a área útil dos equipamentos desportivos artificiais existentes e a população residente

em 2001.

Na perspectiva de encontrar um bom critério de programação introduziram-se também uma série de novas formas de análise dos índices, de

modo a diversificar as possibilidades de estudo, tornando-o mais rico e completo. Assim, calculou-se o índice geral tendo por base o estado de

conservação dos equipamentos desportivos (Bom, Razoável e Mau), a sua natureza jurídica (Público: Autárquico, M.E. e Outro e Privado:

Movimento Associativo e Outros) e o tipo de acesso (Generalizado, Condicionado e Restrito).

3 Deve ser referido que a transformação observada na última década no Parque Desportivo Nacional (e não só) deve levar a uma rápida modificação dos critérios e das próprias tipologias.

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A Carta de Equipamentos Desport ivos Municipal

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2.1. Recolha da Informação, Elaboração das Bases de dados e Desenvolvimento da

Plataforma Dinâmica (aplicação SIG)

A definição das temáticas a abordar, as quais vão sustentar estas duas componentes da Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais

Dinâmica, assumiu-se como a primeira fase de desenvolvimento deste projecto. Neste momento revelou-se determinante a recolha de dois tipos

de informação, a relacionada directamente com a rede de equipamentos desportivos e uma outra relacionada indirectamente, mas fundamental

para a percepção da realidade do território. Uma vez que toda a estrutura do projecto assenta nesta informação, esta tem de ser a mais fiável e

rigorosa possível.

Relativamente à informação relacionada directamente com a rede de equipamentos desportivos, optou-se por considerar as diferentes

tipologias das instalações desportivas (descritas num ponto mais à frente), bem como, a totalidade dos elementos que os constituem (como

iluminação, bancadas, balneários, wc´s, arrecadações – entre muitos outros).

Para a recolha e posterior tratamento e análise estatística desta informação mostrou-se indispensável a preparação de um conjunto de

inquéritos e a criação de uma Base de Dados, no sentido de sistematizar a elevada quantidade de informação alfanumérica envolvida.

Esta Base de Dados assenta na construção de várias tabelas, cada uma representativa de uma temática relacionada com o sistema desportivo,

designadamente as diferentes tipologias das instalações desportivas. Estas tabelas especificam aspectos relacionados com as características

das instalações desportivas.

A elaboração dos inquéritos e da Base de Dados teve como base reuniões de trabalho entre a equipa que desenvolve o projecto e os diferentes

intervenientes no sistema desportivo.

Para a definição dos inúmeros campos a integrar os inquéritos e, posteriormente, a Base de Dados, foram efectuadas várias tentativas e

procurados diferentes caminhos. Exceptuando a necessidade de terminologia, própria de cada temática relacionada com o sistema desportivo,

pretendeu-se uniformizar ao máximo o processo de recolha da informação, tarefa que viria a revelar-se bastante complexa, dado a elevada

quantidade de informação alfanumérica a considerar.

No que respeita à informação relacionada indirectamente com a rede de equipamentos desportivos, sentiu-se a necessidade de integrar uma

caracterização física, demográfica e sócio-económica, bem como uma análise da rede de acessibilidades.

O trabalho de inventariação da informação foi, assim, desenvolvido abarcando dois tipos de acção, uma em gabinete, onde é elaborada uma

vasta pesquisa bibliográfica, e uma no exterior, na qual se efectua um exaustivo e moroso levantamento de campo, procedendo-se à

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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georeferenciação de todas as instalações desportivas, ao registo fotográfico de todos os espaços e ao preenchimento dos diferentes inquéritos.

Terminado o levantamento de campo inicia-se o processo de preenchimento da Base de Dados.

O contacto estreito com os diferentes agentes no sistema desportivo tem como objectivo permitir que este documento possa reflectir um

conhecimento mais fiel da realidade existente. Além disso, a recolha da informação junto dos responsáveis torna este trabalho ainda mais

humano e capaz de perceber a verdadeira dimensão das carências e problemáticas desportivas existentes.

Após a conclusão desta etapa torna-se possível a concretização da segunda e terceira fase de desenvolvimento deste projecto, o relatório e a

plataforma dinâmica, as duas componentes que constituem a Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais Dinâmica.

O relatório, primeira componente da Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais Dinâmica, é constituído por três tipos de análise distintos. No

primeiro realiza-se um enquadramento territorial do território, o qual integra uma caracterização física, demográfica e sócio-económica, bem

como uma análise da rede de acessibilidades. No segundo efectua-se o tratamento e análise estatística da informação relacionada

directamente com a rede de equipamentos desportivos e o respectivo diagnóstico. No terceiro e último elabora-se uma análise com base no

cálculo dos índices de comunidade (descrito num ponto mais à frente).

O desenvolvimento deste projecto culmina na construção da plataforma dinâmica, segunda componente da Carta de Equipamentos Desportivos

Artificiais Dinâmica.

Para a sua criação, em termos da sua disponibilização via Web, foi desenvolvida uma aplicação específica nesse ambiente que permite

armazenar e disponibilizar toda a informação alfanumérica e cartográfica utilizada no decorrer da elaboração do projecto em causa. A

plataforma foi desenvolvida utilizando uma arquitectura definida por dois módulos distintos de programação. Para o primeiro módulo de

programação foi utilizada a tecnologia ASP (Active Server Pages), implementada com recurso aos chamados Objects. Estes permitem uma

simples e rápida manipulação da informação alfanumérica pelos utilizadores em função dos seus objectivos, dissimulando a complexidade dos

sistemas de gestão de Bases de Dados inter-relacionais existentes na estrutura física da plataforma. Para o segundo módulo foi utilizada a

tecnologia Microsoft SQL Server 2008, que funciona como motor de disponibilização da informação cartográfica e alfanumérica na plataforma

WEB, através do desenvolvimento de componentes programados em Microsoft ASP DotNET e Java Script. Estes permitem disponibilizar a

informação cartográfica através de acessos intuitivos, bem como a realização de análises sofisticadas para a apresentação de resultados

complexos.

Esta aplicação específica foi desenvolvida de modo a ser possível aceder, manipular e editar toda a informação apenas com o recurso a um

computador portátil com ligação a um browser (Internet Explorer ou Netscape).

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A Carta de Equipamentos Desport ivos Municipal

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Para aceder à plataforma dinâmica a primeira etapa é a escolha da carta temática a que o utilizador pretende aceder, isto no caso de terem sido

realizados outros trabalhos para o território (Figura 1).

Cada carta temática apresenta dois níveis de acesso à informação, protegidos por uma palavra-chave (password), um de edição e outro de

visualização (Figura 2). Devido à reserva de alguns conteúdos apresentados, dentro destes existe ainda a possibilidade de serem criados

diferentes níveis de permissão, que podem igualmente ser protegidos por palavra-chave. No que respeita à Carta de Equipamentos Desportivos

Dinâmica, o nível de acesso de edição de dados permite a actualização imediata e permanente de toda a informação alfanumérica, de uma

forma rápida e intuitiva, através da realização de um conjunto de filtros.

Figura 2 – Introdução da password (palavra-chave) e do username (nome de utilizador).

Já quanto ao nível de acesso de visualização de dados, este encontra-se subdividido em quatro áreas temáticas, cada uma com acesso a

informação e funcionalidades distintas. Após a introdução da palavra-chave de visualização de dados entra-se de imediato na primeira área

temática, que oferece nove opções de pesquisa – Informação geral, Grandes Campos, Pequenos Campos, Pavilhões, Piscinas Cobertas,

Piscinas Descobertas, Pistas de Atletismo, Salas de Desporto e Outros Equipamentos –, passando de imediato a ser possível visualizar a

informação por Município bem como restringir a informação em função dos objectivos do utilizador.

Após a selecção, por exemplo, de um equipamento desportivo, pode aceder-se a toda a informação generalista disponível, uma vez que se

perspectivaram Web forms que reúnem todos os dados a ele respeitante (Figura 3).

A partir deste momento passa a ser possível analisar diversos grupos de informação, tais como o edificado, funcionalidade, utilizadores,

envolvência, actividades complementares, entre muitos outros campos de informação. Com a escolha de um grupo de informação, como por

exemplo, o edificado, ficam disponíveis, todos os dados referentes à dimensão do equipamento, iluminação e bancadas.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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O modo de utilização pode ser repetido para cada um dos grupos de informação, observando-se ainda a possibilidade de ligação, em alguns, às

outras cartas temáticas realizadas para o território, como por exemplo com as Cartas Educativas. A segunda área temática permite a criação de

gráficos, encontrando-se subdividida em várias formas de análise distintas: a referente à população residente, às variações populacionais e às

projecções demográficas até 2021 e a relativa às taxas de natalidade e mortalidade (Figura 4). Na terceira área temática é possível a

construção de pirâmides etárias, as quais apresentam graus de desagregação diferenciados, podendo ser construídas por ano de idade, classe

ou mesmo grande grupo etário (Figura 5). Simultaneamente, o utilizador pode ainda efectuar a análise comparativa entre dois momentos, o que

permite, por exemplo, conhecer a evolução populacional do território no último período intercensitário ou mesmo no último meio século.

Figura 3 - Visualização da informação geral (à esquerda) e do edificado de um equipamento desportivo (à direita).

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A Carta de Equipamentos Desport ivos Municipal

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Figura 4 – Construção de gráficos.

Figura 5 – Construção de Pirâmides Etárias.

A quarta e última área temática, que é, sem dúvida, o centro nevrálgico de toda a plataforma, integra um conjunto de funcionalidades muito

específicas. Através da realização de poderosos filtros alfanuméricos e espaciais torna possível a optimização do acesso à informação e a

análise interligada de múltiplas temáticas, o que permite, deste modo, a realização de análises dinâmicas.

A título de exemplo referem-se os índices de comunidade, sendo possível a sua análise e representação cartográfica, por tipologia de

equipamento e por unidade territorial, permitindo também a rápida avaliação das necessidades de reserva do solo para a futura instalação de

equipamentos. Ainda neste contexto e, no âmbito da utilização dos espaços naturais, o utilizador poderá definir (considerando todos os

constrangimentos e potencialidades das áreas em estudo) itinerários virtuais temáticos ou genéricos para a totalidade dos territórios (tanto à

escala municipal como supramunicipal) de uma forma rápida e eficaz, uma vez que tem acesso imediato a todo o tipo de informação, podendo

conjugar diferentes tipos de pesquisa. Torna-se possível, por exemplo, identificar as zonas preferenciais para a prática dos desportos de

aventura, onde se incluem informações adicionais, por exemplo, sobre os percursos pedestres, de BTT, de Veículos Todo-o-terreno (TT), como

imagens dos percursos e dos perfis longitudinais, extensão e tipo do percurso, grau de dificuldade, duração em horas, local de início e fim de

percurso, faixa etária e períodos recomendados e a própria descrição do percurso com fotografias elucidativas.

Deste modo, também os agentes que actuam sobre o território (Autarquias, Associações de Municípios ou o próprio Poder Central) passam a

usufruir de um instrumento precioso de auxílio à tomada de decisão e à planificação das actividades físicas e desportivas em meio natural, por

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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um lado, e à difusão do potencial endógeno das áreas naturais, por outro. Deste modo, a plataforma assume um papel fundamental no

processo de gestão das actividades desportivas de aventura (Figura 6).

Figura 6 – Visualização da Informação Geográfica.

O projecto, no presente momento, desenvolve-se tendo como base uma aplicação do Virtual Hearth da Microsoft, já que o protocolo existente

com o governo português possibilita a disponibilização de toda a informação nesta poderosa ferramenta, podendo ser utilizados os

ortofotomapas e as imagens de satélite sem qualquer custo para as instituições do poder local, regional ou nacional.

Qualquer área temática apresenta um conjunto de funcionalidades básicas, como o imprimir e o exportar, (quer da informação alfanumérica,

quer da informação cartográfica) para um PDA (Personal Digital Assistant) e, possibilita, simultaneamente, retirar as coordenadas por GPS

(Global Positioning System) dos diferentes pontos.

No entanto, e mesmo com todo o potencial da plataforma, torna-se fundamental que as informações produzidas pela ferramenta, bem como

todas as análises efectuadas, sejam compiladas num documento (Cordeiro et coll, 2007) que apresente as principais linhas de orientação para

cada território, funcionando como um livro guia do Projecto, a partir do qual se torna possível a criação de uma base de trabalho.

A construção da plataforma dinâmica obrigou ao recurso a sistemas informáticos que, de forma eficiente, possibilitassem a recolha,

armazenamento, actualização, visualização, análise e representação da informação geográfica georreferenciada, só possível através de um

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A Carta de Equipamentos Desport ivos Municipal

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Sistema de Informação Geográfica (SIG). As aplicações de um SIG encontram-se vocacionadas para o ordenamento e o planeamento do

território, uma vez que fornecem colecções actualizadas e sistematizadas de informação geográfica georreferenciada, que apoiam na tomada

de decisão, ao permitir assegurar uma maior percepção da realidade do território e, assim, possibilitar uma mais correcta utilização dos seus

recursos.

O actual estado de desenvolvimento do projecto possibilita ao utilizador, a utilização, sem dificuldades, desta ferramenta, mesmo sem

conhecimentos básicos dos diferentes softwares utilizados.

O resultado a que se chega é o corolário de um trabalho profundo de diagnóstico das instalações desportivas existentes, passando os diversos

parceiros no sistema desportivo a disporem de um completo e fundamental documento que possibilita a caracterização de toda a rede de

equipamentos desportivos. Mais do que um simples diagnóstico de equipamentos desportivos, a metodologia desenvolvida para a elaboração

da Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais Dinâmica pretende que este se constitua como um instrumento de trabalho por excelência,

não só na gestão diária, como também no processo de ordenamento e planeamento do território, com vista à optimização da gestão territorial.

2.2. Conceitos e Normas dos Equipamentos Desportivos

Por questões de metodologia, para facilidade do trabalho e para uma análise completa do sistema desportivo autárquico, devem ser tidos em

linha de conta um conjunto de conceitos e de normas, proporcionando, desta forma, uma melhor avaliação e caracterização do parque

desportivo do Município de Arganil.

2.2.1. Terminologias dos Equipamentos Desportivos

No âmbito dos conceitos, deve ser considerada a totalidade dos espaços desportivos ou mais concretamente espaços onde se podem

desenvolver actividades desportivas, que devem ser agrupados, segundo a perspectiva e as normas de 2002 da Direcção-Geral do

Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano – DGOTDU (integrada no Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente)

ou do Instituto do Desporto de Portugal, em dois grandes grupos: espaços naturais ou adaptados e espaços ou equipamentos artificiais.

Actualmente, por força das amplas transformações observadas no Sistema Desportivo Nacional, a presente nomenclatura deve ser objecto de

uma rápida reflexão, no sentido de se efectuar uma rápida revisão destes critérios. Deste modo, a equipa técnica que desenvolve o presente

projecto, propõe a seguinte divisão dos equipamentos desportivos: espaços naturais, espaços adaptados ou espaços “verdes construídos” e

espaços ou equipamentos artificiais (Figura 7).

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Figura 7 – Subdivisão dos Equipamentos Desportivos.

Espaços Naturais

Os espaços naturais são aqueles que se apresentam sem interferências antrópicas (ou mesmo ligeiras), permitindo, a realização

determinadas práticas desportivas sem que, para tal, seja necessária uma qualquer edificação ou mesmo arranj

(DGOTDU, 2002).

Ao se analisarem os territórios municipais verifica-se que este tipo de espaço pode apresentar um potencial muito diversificado.

Se um Município se localizar no litoral, neste território, pode ser praticado todo um co

linha de costa (Surf, Windsurf, Bodyboard, Vela, Pesca ou Mergulho/Pesca Submarina) sem que, para tal, tenha existido qualquer intervenção

humana. De igual modo, a utilização das lagoas ou de uma baía

nossos dias, em função de uma nova perspectiva de se encarar o desporto e a actividade física, nos terrenos irregulares das m

espaços florestais, provas de BTT, escaladas, provas de orientação, entre muitas outras associadas aos desportos aventura, são actividades

desportivas enquadradas ou não (Foto 1) que observam um crescendo de prática no nosso país, e que se desenvolvem preferencial

nestes espaços naturais (Cordeiro, 2006).

Foto 1 – Exemplo de Espaço natural onde pode

Espaços Naturais

Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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Subdivisão dos Equipamentos Desportivos.

Os espaços naturais são aqueles que se apresentam sem interferências antrópicas (ou mesmo ligeiras), permitindo, a realização de

determinadas práticas desportivas sem que, para tal, seja necessária uma qualquer edificação ou mesmo arranjo material dos espaços

se que este tipo de espaço pode apresentar um potencial muito diversificado.

Se um Município se localizar no litoral, neste território, pode ser praticado todo um conjunto de actividades desportivas associadas ao mar e à

, Vela, Pesca ou Mergulho/Pesca Submarina) sem que, para tal, tenha existido qualquer intervenção

humana. De igual modo, a utilização das lagoas ou de uma baía pode ser feita pelos praticantes de vela ou remo, num idêntico contexto. Nos

nossos dias, em função de uma nova perspectiva de se encarar o desporto e a actividade física, nos terrenos irregulares das montanhas ou nos

caladas, provas de orientação, entre muitas outras associadas aos desportos aventura, são actividades

desportivas enquadradas ou não (Foto 1) que observam um crescendo de prática no nosso país, e que se desenvolvem preferencialmente

Exemplo de Espaço natural onde podem decorrer actividades físicas e desportivas (Pedestrianismo).

Equipamentos Desportivos

Espaços Adaptados ou Espaços "Verdes Construídos"

Espaços ou Equipamentos Artificiais

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A Carta de Equipamentos Desport ivos Municipal

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É de salientar que os espaços naturais se podem subdividir em

esporádicas –

Ciclovias, BTT, Orientação e

Mergulho, Windsurf

Espaços Adaptados ou Espaços “Verdes Construídos”

As transformações observadas na sociedade portuguesa e também nas urbes, como foi oportunamente referido, levaram a que muita

ideias preconcebidas sobre espaços para a prática desportiva tivessem que ser

de muitos dos espaços existentes. Assim, neste grupo, não são referenciados como equipamentos, aqueles que devem ser

espaços “verdes construídos” ou adaptados e que são espaços q

como espaços para a prática desportiva (Foto 2).

Alguns integram os habitualmente designados de verdes públicos, um pouco no entendimento do que deve ser considerado como “mo

urbano” (relvados, parques com espaços livres, logradouros desportivos, parques infantis, etc.) equacionados, numa fase prelimi

integrar territórios de fruição associados a diferentes componentes do lazer, de acordo com a filosofia dos “corredores v

idênticos aos observados, por exemplo, nos projectos “POLIS”, nomeadamente em Coimbra (Cordeiro, 2005).

De salientar que o “mobiliário” urbano deve promover a qualidade de vida dos residentes, proporcionando os equipamentos despo

dos espaços verdes públicos, uma revitalização citadina.

vista a outras finalidades que não o desporto (Cordeiro

campos de futebol ou voleibol que são utilizados (permanentemente ou não) nos espaços relvados existentes, enquanto que no se

podem encontrar

o tipo de desportos náuticos. De igual modo podem ser considerados os espaços que são utilizados de uma forma complementar, c

A Carta de Equipamentos Desport ivos Municipal

É de salientar que os espaços naturais se podem subdividir em: espaços verdes naturais que integram os de ocupação pontual para actividades

Trial, Escalada, Boulder, Rappel, Slide, Tirolesa e Parapente – e os de ocupação permanente

Ciclovias, BTT, Orientação e Paintball –; e espaços aquáticos naturais que, por sua vez, integram os espaços marinhos

Windsurf, Vela e Pesca – e os espaços interiores – Remo, Canoagem, Windsurf, Vela e Pesca – (Figura

Figura 8 – Subdivisão dos Espaços Naturais.

paços Adaptados ou Espaços “Verdes Construídos”

As transformações observadas na sociedade portuguesa e também nas urbes, como foi oportunamente referido, levaram a que muita

ideias preconcebidas sobre espaços para a prática desportiva tivessem que ser reavaliadas, verificando-se a necessidade de enquadramento

de muitos dos espaços existentes. Assim, neste grupo, não são referenciados como equipamentos, aqueles que devem ser

espaços “verdes construídos” ou adaptados e que são espaços que, sem serem verdadeiramente espaços naturais, devem ser equacionados

como espaços para a prática desportiva (Foto 2).

Alguns integram os habitualmente designados de verdes públicos, um pouco no entendimento do que deve ser considerado como “mo

bano” (relvados, parques com espaços livres, logradouros desportivos, parques infantis, etc.) equacionados, numa fase prelimi

integrar territórios de fruição associados a diferentes componentes do lazer, de acordo com a filosofia dos “corredores v

idênticos aos observados, por exemplo, nos projectos “POLIS”, nomeadamente em Coimbra (Cordeiro, 2005).

De salientar que o “mobiliário” urbano deve promover a qualidade de vida dos residentes, proporcionando os equipamentos despo

dos espaços verdes públicos, uma revitalização citadina.Outros são aqueles espaços desportivos adaptados após intervenções antrópicas com

vista a outras finalidades que não o desporto (Cordeiro et al., 2003) Referem-se, no primeiro caso, a circuito

campos de futebol ou voleibol que são utilizados (permanentemente ou não) nos espaços relvados existentes, enquanto que no se

podem encontrar-se inúmeros exemplos, os melhores dos quais são os sectores portuários ou as barragens que servem muitas vezes para todo

o tipo de desportos náuticos. De igual modo podem ser considerados os espaços que são utilizados de uma forma complementar, c

Espaços Naturais

Espaços Verdes Naturais

Ocupação pontual para actividades esporádicas Ocupação permanente

Espaços Aquáticos Naturais

Espaços Marinhos Espaços Interiores

: espaços verdes naturais que integram os de ocupação pontual para actividades

e os de ocupação permanente – Circuitos de Manutenção,

espaços aquáticos naturais que, por sua vez, integram os espaços marinhos – Surf/Bodyboard,

(Figura 8).

As transformações observadas na sociedade portuguesa e também nas urbes, como foi oportunamente referido, levaram a que muitas das

se a necessidade de enquadramento

de muitos dos espaços existentes. Assim, neste grupo, não são referenciados como equipamentos, aqueles que devem ser considerados como

ue, sem serem verdadeiramente espaços naturais, devem ser equacionados

Alguns integram os habitualmente designados de verdes públicos, um pouco no entendimento do que deve ser considerado como “mobiliário

bano” (relvados, parques com espaços livres, logradouros desportivos, parques infantis, etc.) equacionados, numa fase preliminar, para

integrar territórios de fruição associados a diferentes componentes do lazer, de acordo com a filosofia dos “corredores verdes” e com espaços

idênticos aos observados, por exemplo, nos projectos “POLIS”, nomeadamente em Coimbra (Cordeiro, 2005).

De salientar que o “mobiliário” urbano deve promover a qualidade de vida dos residentes, proporcionando os equipamentos desportivos, a par

Outros são aqueles espaços desportivos adaptados após intervenções antrópicas com

se, no primeiro caso, a circuitos de manutenção ou mesmo

campos de futebol ou voleibol que são utilizados (permanentemente ou não) nos espaços relvados existentes, enquanto que no segundo caso,

arragens que servem muitas vezes para todo

o tipo de desportos náuticos. De igual modo podem ser considerados os espaços que são utilizados de uma forma complementar, com outras

Espaços Aquáticos Naturais

Espaços Interiores

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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actividades. Um aeródromo do interior, por exemplo, pode servir como tal, como apoio ao combate a incêndios, mas também pode servir de

espaço para actividades ligadas ao balonismo, ao parapente ou à asa delta, ou mesmo de base logística à iniciação de todo um conjunto de

actividades associadas ao Desporto Aventura (Cordeiro, 2006).

Foto 2 – Exemplo de Espaço Adaptado ou Espaço “Verde Construído” – Circuito de Manutenção.

Espaços ou Equipamentos Artificiais

Entendem-se como os espaços que se encontram vocacionados para a prática desportiva formal e que se encontram, por norma, identificados

como destinados a equipar os subsistemas de actividades desportivas (Foto 3 e 4). A sua construção implica sempre uma aplicação de meios

financeiros (mesmo que diminutos).

Foto 3 – Exemplos de Espaços ou Equipamentos Desportivos Artificiais – Pista de Atletismo (à esquerda) e Piscina descoberta (à direita).

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A Carta de Equipamentos Desport ivos Municipal

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Foto 4 – Exemplo de Espaços ou Equipamentos Desportivos Artificiais – Pavilhão (à esquerda) e Sala de Desporto (à direita).

2.2.2 Estrutura e Hierarquia dos Equipamentos Desportivos

Segundo as ideias formuladas desde há muito pelo IDP (e não só), e tendo em conta a variedade e o potencial de actividades e de diferentes

níveis de prestação que podem ocorrer, tornou-se “necessário” estabelecer um conjunto de hierarquias que permitam um ajustamento das

tipologias dos espaços. Forçosamente e em termos autárquicos, este remete-nos para as actividades com o estatuto de essenciais ou básicas,

as quais se destinam à preparação elementar ou educação de base, ou mesmo noutro quadro, às funções propedêuticas que garantem o

acesso a práticas mais especializadas ou de rendimento. “Ao conjunto dos equipamentos que se convencionou, de um modo geral, considerar

adaptados a tais actividades, designam-se por equipamentos de base, básicos ou formativos como decorre da própria essência e objectivo das

actividades que propiciam” (DGOTDU, 2002).

Estes equipamentos desportivos de base, segundo a já antiga definição do IDP (pelo que se julga necessária uma rápida actualização),

englobam todo o conjunto de tipologias dos espaços que integram os “Grandes Campos de Jogos”, as “Pistas de Atletismo”, os “Pequenos

Campos de Jogos”, os “Pavilhões Desportivos Polivalentes”, as “Salas de Desporto”, as “Piscinas Cobertas” e as “Piscinas ao Ar Livre”. Esta

referência à necessidade de rápida actualização das tipologias prende-se, não só com o facto de se terem observado nas últimas duas décadas

amplas transformações no Parque Desportivo Nacional, mas também com o facto de se encontrarem novos paradigmas no fenómeno

desportivo português, associados às necessidades que não são as dos finais da década de setenta, inicio da de oitenta do século passado.

Estes espaços são assim aqueles que, no essencial, se encontram associados ao desporto formativo e recreativo, objecto fundamental de parte

do presente projecto e que são as mais comuns de análise.

A previsão e programação destes equipamentos desportivos de base apoia-se em critérios de ordem geral que estabelecem os standards de

referência para cada grupo ou tipologia de equipamentos: as dimensões funcionais mínimas, as relações entre áreas úteis de prática e as áreas

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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de implantação, bem como a inserção urbanística, a própria área de influência e a dimensão da população mínima necessária para justificar a

implantação do equipamento (DGOTDU, 2002). Estes constituem, assim, alguns dos itens que devem ser observados, mas que raramente se

identificam em análises do género.

Os equipamentos desportivos, segundo a classificação do IDP, obedecem a uma estrutura, a uma hierarquia, ou seja, podem ser subdivididos

em equipamentos: de base recreativos, de base formativos, especializados e de competição e espectáculo.

Equipamentos Desportivos de Base Recreativos

Constituem equipamentos direccionados para a movimentação espontânea em actividades não codificadas de jogo e recreio no que se entende

como “desporto para todos” e ocupação de tempos livres, por todos os estratos etários da população. Encontram-se na extensão dos locais de

habitação ou no centro dos quarteirões. Como exemplos, podem citar-se os jardins e parques de bolso, os parques infantis, os quintais

desportivos, os pátios desportivos e os circuitos de manutenção, bem como os espaços complementares aos mais complexos.

Equipamentos Desportivos de Base Formativos

Classificam-se como os equipamentos fundamentais da rede, favorecendo as actividades organizadas por grupos enquadrados, quer em

competição de nível local, quer em treino. Correspondem aos equipamentos ditos normalizados e a sua localização e dimensão deve ser

efectuada em função dos utentes escolares em actividades curriculares e das colectividades desportivas locais, com condições de polivalência.

São eles, todos os mencionados nas tipologias normalizadas, ou seja, os Grandes Campos de Jogos, as Pistas de Atletismo, os Pequenos

Campos de Jogos, os Pavilhões e as Piscinas. Contudo e apesar desta classificação, muitos dos equipamentos desportivos do Município de

Arganil que, à partida, deveriam ser considerados como formativos, por um conjunto de diferentes condicionalismos e circunstâncias, serão

enquadrados nos espaços direccionados para fins recreativos.

Equipamentos Desportivos Especializados

Destinam-se à prática desportiva e também recreativa de modalidades específicas, exigindo espaços com uma grande organização. Para a sua

previsão são consideradas a tradição desportiva da respectiva modalidade e as suas condições específicas de desenvolvimento na região.

Constituem exemplos deste tipo de equipamentos, as instalações para desportos náuticos, os “courts” de ténis, os campos de golfe, os campos

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A Carta de Equipamentos Desport ivos Municipal

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de tiro com armas de caça e os de tiro com arco e que, por força da sua especificidade, são, por norma englobados na ampla

tipologia de “Outros”.

Equipamentos Desportivos de Competição e Espectáculo

Constituem equipamentos vocacionados para a realização de competições de alto nível nacional e internacional, com grande capa

público e respectivas infra

râguebi, os complexos “Olímpicos” de piscinas (nomeadamente as piscinas de 50

de competição, os palácios de desporto, os velódromos, os hipódromos, ou mesmo em alguns casos, os kartódromos.

De salientar que, esta hierarquização é também contemplada e devidamente descrita no Decreto

3.º, 4.º, 5.º e 6

desportivas especializadas e instalações especiais para o espectáculo desportivo, respectivamente.

De acordo com o anteriormen

desportivos (Figura 9).

A Carta de Equipamentos Desport ivos Municipal

de tiro com armas de caça e os de tiro com arco e que, por força da sua especificidade, são, por norma englobados na ampla

tipologia de “Outros”.

Equipamentos Desportivos de Competição e Espectáculo

Constituem equipamentos vocacionados para a realização de competições de alto nível nacional e internacional, com grande capa

público e respectivas infra-estruturas para a comunicação social. Podem referir-se como exemplos, os estádios de futebol, de atletismo e de

râguebi, os complexos “Olímpicos” de piscinas (nomeadamente as piscinas de 50 metros ou de 25 metros para alta competição), os pavilhões

ição, os palácios de desporto, os velódromos, os hipódromos, ou mesmo em alguns casos, os kartódromos.

De salientar que, esta hierarquização é também contemplada e devidamente descrita no Decreto-Lei n.º 317/97 de 25 de Novembro, nos artigos

e 6.º, que dizem respeito às instalações desportivas de base recreativas, instalações desportivas de base formativas, instalações

desportivas especializadas e instalações especiais para o espectáculo desportivo, respectivamente.

De acordo com o anteriormente referido, e de uma forma resumida, pode efectuar-se a seguinte subdivisão / hierarquização dos

desportivos (Figura 9).

Figura 9 – Hierarquia dos Equipamentos Desportivos Artificiais.

Equipamentos Desportivos Artificiais

Equipamentos de Base

Recreativos

Jogo Tradicional

Formativos

Equipamentos Especiais

EspecializadosEspecializada

Espectáculo Competição/Alto

de tiro com armas de caça e os de tiro com arco e que, por força da sua especificidade, são, por norma englobados na ampla designação da

Constituem equipamentos vocacionados para a realização de competições de alto nível nacional e internacional, com grande capacidade de

se como exemplos, os estádios de futebol, de atletismo e de

25 metros para alta competição), os pavilhões

ição, os palácios de desporto, os velódromos, os hipódromos, ou mesmo em alguns casos, os kartódromos.

º 317/97 de 25 de Novembro, nos artigos

º, que dizem respeito às instalações desportivas de base recreativas, instalações desportivas de base formativas, instalações

se a seguinte subdivisão / hierarquização dos espaços

Recreação

Jogo Infantil

Jogo Tradicional

Formação

Recreação

Formação Especializada

Actividades Específicas

Competição/Alto Rendimento

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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2.2.3. Critérios de Previsão e Normas dos Equipamentos Desportivos

Ao longo das últimas décadas, particularmente desde o início do desenvolvimento dos primeiros PDM’s, constata-se que muito do que se

equacionava sobre a satisfação da procura e sobre a oferta, em termos desportivos, de um determinado território – municipal ou regional –,

passava pela leitura directa dos designados “Índices de Comunidade”. Estes foram, inicialmente, formulados por grupos de trabalho, no seio da

UNESCO, nomeadamente desde 1988, a partir de recomendações do Conselho da Europa e do Conselho Internacional para a Educação Física

e o Desporto. Na previsão de equipamentos desportivos de âmbito local ou regional e destinados a prestar serviços básicos, em particular os de

base formativos, utilizam-se métodos de cálculo simples, que se resumem à utilização de indicadores de referência, e que passam pela simples

relação entre a superfície de equipamentos (em m2) com a população residente nos limites da área em estudo.

Estes índices de referência permitem uma avaliação rápida das necessidades de reserva do solo para a instalação futura de equipamentos,

tendo em linha de conta o valor da população residente ou a projectada para determinado prazo.

Contudo, deve ser referida a fragilidade que estes índices, de cálculo linear, podem apresentar, já que um “Grande Campo” em estado de

conservação razoável, resulta num índice com um valor muito superior ao de um “Pavilhão” de boa qualidade. Na resposta às necessidades da

população, é fácil de constatar que estes dois equipamentos se comportam de forma oposta.

Há ainda que ter em atenção que nestes cálculos standard são excluídos os equipamentos especiais para o espectáculo e os equipamentos

com funções de recreação informal adjacentes ao sector residencial, ou mesmo os inseridos em grandes espaços verdes públicos de âmbito

regional com carácter de zonas protegidas, facto que, desde logo, e muito por força das transformações observadas no sistema desportivo,

resulta em distorções significativas nas análises objectivas sobre a satisfação da procura.

Foi um pouco nesse sentido que esta previsão de equipamentos desportivos, por parte da tutela, não apresenta carácter rígido ou absoluto e

estes valores de referência devem adaptar-se com alguma flexibilidade, de modo a considerar variáveis específicas de determinados territórios.

Entre essas variáveis destacam-se as diferenças de estrutura sócio-económica e de modos de vida, a diversidade climática, o impacte de

actividades turísticas, a estrutura demográfica e grau de urbanização das populações, a dimensão e as carências da população em idade

escolar, as características do parque escolar, a natureza e a vocação das sociedades desportivas de importância local, entre muitos outros.

Os critérios adoptados em Portugal, desde 1988 (UNESCO), baseiam-se na atribuição de uma quota global de 4 m2 de superfície útil desportiva

por habitante, que se reparte pelas tipologias consideradas como equipamentos de base, de modo a atribuir cerca de:

- 95% das áreas a reservar para actividades ao ar livre em terrenos de jogos e atletismo;

- 2 a 2,5% para salas de desporto (e que no geral apresentam um peso significativo através do valor dos Pavilhões);

- 1,5% para superfícies de plano de água em piscinas cobertas e ao ar livre.

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Enquadramento Territorial do Município

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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ENQUADRAMENTO E CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

Localizado na Região Centro (NUT II), o Município de Arganil integra a sub-região do Pinhal Interior Norte (NUT III) e faz fronteira com nove

Municípios, sendo limitado a Norte pelos Município de Tábua e Oliveira do Hospital, a Nordeste por Seia, a Este pela Covilhã, a Sudeste pela

Pampilhosa da Serra, a Sul e a Sudoeste por Góis e a Oeste por Vila Nova de Poiares e Penacova, encontrando-se, assim, no vértice de

ligação entre três distritos - Coimbra, Guarda e Castelo Branco (Figura 10).

Figura 10 - Enquadramento administrativo do Município de Arganil.

1

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Enquadramento Territor ial do Município

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Do ponto de vista administrativo, o Município de Arganil, é constituído por 18 freguesias: Anceriz, Arganil, Barril de Alva, Benfeita, Celavisa,

Cepos, Cerdeira, Coja, Folques, Moura da Serra, Piódão, Pomares, Pombeiro da Beira, São Martinho da Cortiça, Sarzedo, Secarias, Teixeira e

Vila Cova de Alva, abrangendo um área de 332,8 Km2. Em 2001 este Município apresentava uma população residente de 13623 habitantes,

número que correspondia a uma densidade populacional de 41 habitantes/Km2, o que reflecte a complexidade morfológica do seu território.

Os principais traços físicos e humanos do Município de Arganil reflectem, de uma forma quase determinista, as grandes linhas morfo-

estruturais, que definem, desde há muito, a morfologia deste território, e que influenciaram a instalação humana na região. Torna-se por esta

razão imperativo delinear os aspectos geomorfológicos mais significativos, realçando, de imediato, a hipsometria (Figura 11) deles resultante,

visto que associado à variação da altitude, observada no território municipal, encontra-se relacionado um conjunto de fenómenos

hidrometeorológicos que, indirectamente, terão tido influência, ao longo dos séculos, na própria distribuição do povoamento.

Deste modo, em termos geomorfológicos, o Município de Arganil divide-se em três sectores, aos quais a bibliografia associada às Ciências da

Terra tem vindo a dedicar particular atenção, a Plataforma do Ceira, no sector Noroeste, a Cordilheira Central, nos sectores Este e Sul e a

habitualmente designada “Bacia de Arganil”, no sector central.

Numa abordagem superficial poderá afirmar-se que Arganil se assume, claramente, como um Município de Montanha. Esta imagem resulta da

particularidade de um vasto sector do Município se desenvolver no principal conjunto montanhoso de Portugal, a Cordilheira Central,

nomeadamente no seu bloco NW que, de uma forma geral, é composto pelas Serras da Estrela (1993 m), Lousã (1250 m) e Açor (1342 m),

encontrando-se parcialmente, nesta última, o Município de Arganil.

Este relevo, fundamental na morfologia do Portugal Central, é constituído por metassedimentos do “Complexo Xisto-Grauváquico” (xisto-

grauvaques-arenitos) do Câmbrico ou Précâmbrico. Estes materiais observam, no seu conjunto, dobramentos e fracturas e, explicam um relevo

muito característico de dissecção, com vales profundamente encaixados que, por vezes, apresentam um traçado sinuoso e grandes rupturas de

declives, as quais podem originar quedas de água, tais como a Fraga da Pena.

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Figura 11 - Hipsometria.

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Enquadramento Territor ial do Município

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Nos sectores Noroeste e Oeste, em oposição ao sector anterior, observa-se uma morfologia relativamente plana, pois desenvolve-se numa

pequena secção da Plataforma do Ceira. Esta superfície de aplanamento poligénica, de génese claramente tectónica, posiciona-se entre um

bloco tectónico levantado, a Noroeste, a Serra do Caramulo, e um bloco levantado, a Sudeste, a Cordilheira Central, mergulhando

tectonicamente para Sudoeste, sendo, também, designada, de “Fosso do Ceira”. A Plataforma apresenta, predominantemente, um substrato

rochoso granítico, sendo possível identificar retalhos associados à presença de depósitos diversos, nomeadamente argilas, arenitos e calhaus

rolados e sub-rolados, que correspondem a diferentes momentos da evolução durante o Terciário e o Quaternário4.

Por seu turno, o sector central, onde se localiza a freguesia sede de Município e as Freguesias de Folques, Secarias e Coja, desenvolve-se no

interior de uma depressão de origem tectónica – a Bacia de Arganil5.

Como não poderia deixar de ser o traçado dos diferentes cursos de água reflecte a evolução do relevo – NNE-SSW e NE-SW – evidenciando

uma adaptação da rede de drenagem aos acidentes tectónicos (falhas e fracturas), verificando-se que, muitas vezes, as linhas de água são

intersectadas por fracturas secundárias, as quais produzem rupturas de declive.

O trajecto do rio Alva, um pouco à semelhança do observado, embora mais vincado no rio Ceira, encontra-se associado ao referido

basculamento para Sudoeste da Plataforma, uma vez que, é neste sentido que se efectua a própria drenagem geral deste sector. Em termos

globais, verifica-se que entre os vales apertados, que correspondem a entalhes recentes do rio Ceira e dos seus afluentes, os interflúvios

apresentam um perfil suavemente ondulado, onde um sistema complexo de vales e de outras formas largas e poucas profundas alternam com

cimos planos ou ligeiramente convexos.

Importa referir que as linhas gerais da morfologia irão reflectir-se, de forma clara, nos declives6, mais ou menos significativos, do Município,

sendo a sua distribuição relativamente heterogénea (Figura 12).

4 Estes mesmos depósitos de cobertura do substrato rochoso, nomeadamente as colunas estratigráficas identificadas no interior do território municipal, vão assumir, no contexto do sector central, uma importância decisiva na compreensão da evolução do relevo no território português, no decorrer dos últimos milhões de anos, uma vez que foi através desse registo sedimentar que se tornou possível compreender todo o soerguimento da Cordilheira Central. Relativamente às superfícies de aplanamento, é possível identificar alguns níveis aplanados, situados abaixo dos 260m, que correspondem a fases de grande estabilidade da drenagem das bacias de Lousã-Arganil.

5 Esta bacia é uma das inúmeras que, por norma, se encontram associados a um tipo específico de acidente tectónico – os desligamentos – que, neste caso, estiveram na origem do abatimento da superfície planáltica.

6 Declive, consiste na inclinação da superfície topográfica relativamente a um plano horizontal, e pode tornar-se decisivo na instalação de novos equipamentos. Aliás, existem mesmo algumas considerações sobre os limiares dos declives e a própria criação de infra-estruturas: por norma são considerados declives preferenciais para a instalação dos equipamentos os declives de 0º a 2º (embora por vezes deve ser tido em consideração que a drenagem pode ser bastante dificultada) e de 2º a 5º. Os declives entre 2° e 17°, já requerem alguns cuidados, embora acima do limiar dos 10° os custos são inflacionados por todo o trabalho de terraplanagem. Por seu turno, os 17° apresentam-se como o limiar máximo de movimentação das terras, valor a partir do qual já começam a sentir-se problemas graves ao nível de movimentos de terreno e que leva mesmo a que sejam integrados em REN.

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Figura 12 - Declives.

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Enquadramento Territor ial do Município

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O Município de Arganil apresenta, assim, na sua globalidade, declives bastante acentuados, o que se reflecte na distribuição percentual por

classes de declive, na medida em que, cerca de 87% do território observa declives superiores a 5º e, que mais de metade, concretamente 57%,

regista declives superiores a 17º (valor correspondente a áreas que devem integrar a Reserva Ecológica Nacional - REN).

Esta distribuição espelha a anterior divisão do território em três sectores caracterizando-se, os sectores ocidental e central, que englobam a

Plataforma do Ceira e a Bacia de Arganil, pelos declives menos significativos e, o sector a Oriente, constituído pela Serra do Açor, pelos

declives mais acentuados. Ainda, no que concerne, aos declives mais significativos, particularmente os superiores a 17º, estes correspondem,

na sua maioria, ao último sector referido, nomeadamente às Freguesias de Pomares, Piódão, Moura da Serra, Cerdeira e Benfeita.

Por tudo o que foi referido anteriormente, é possível constatar que mais de metade do território municipal apresenta declives bastante

acentuados, apresentando-se, apenas, declives mais reduzidos (inferiores a 2º) em cerca de 10% do Município.

Este facto poderá provocar alguns problemas na drenagem local, embora deva ser salientado, que sempre que a litologia o permite, se

observam declives preferenciais para a instalação de equipamentos colectivos. Porém, no caso dos declives mais baixos, que coincidem com o

percurso dos principais cursos de água, nomeadamente o rio Alva, que atravessa as freguesias do sector Norte, designadamente Barril de Alva

e Coja, descendo para Oeste, passando pelas Freguesias de Sarzedo, Arganil, São Martinho da Cortiça e Pombeiro da Beira, tal situação pode

tornar-se problemática, o que se encontra relacionada com a própria cindínica. Finalmente e, relativamente aos declives preferenciais, estes

representam apenas cerca de 3% do território municipal, o que, poderá criar dificuldades na edificação de equipamentos (Figura 13).

Em termos climáticos e, à semelhança de um amplo espaço territorial no qual o Município de Arganil se integra, observa-se um clima de

influência marcadamente mediterrânea, embora atenuado pela interferência oceânica, assim como pela altitude.

Importa realçar, que parte significativa do território municipal apresenta valores elevados de precipitação, ao longo do ano, reflectindo-se, na

componente de variabilidade dos cursos de água provenientes da montanha, o que se justifica por parte significativa deste Município se

encontrar inserido nas Serras de Xisto da Cordilheira Central, com um desenvolvimento aproximado NE-SW e de altitudes relativamente

elevadas, que funcionam como uma importante barreira à deslocação das massas de ar húmidas provenientes de Oeste.

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Figura 13 - Declives preferenciais.

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Enquadramento Territor ial do Município

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A análise do clima numa Carta de Equipamentos Desportivos pode parecer, num primeiro momento, pouco compreensível, no entanto, esta é

bastante importante, na medida em que, as características climáticas condicionam uma série de temáticas associadas ao ordenamento do

território – construído, uso agrícola e florestal – assim como deve ser destacado o seu papel ao nível do balanço hídrico do solo e na

capacidade evidenciada dos processos erosivos. Por tudo isto, na escolha de localização de um qualquer equipamento, deve ser sempre

equacionado o conforto bioclimático. Basta observar as questões, tantas vezes referidas, das baixas temperaturas de Inverno, e da

consequente necessidade de aquecimento dos equipamentos desportivos, para que a pertinência desta breve análise seja inteiramente

justificada.

Assim, procurou-se efectuar e, uma vez que, não se encontra em funcionamento qualquer estação meteorológica no Município de Arganil, uma

caracterização climática de índole regional, com base na recolha e análise de dados de uma estação meteorológica relativamente próxima e,

com características semelhantes e este Município, tendo sido analisada, neste caso particular, a estação meteorológica de Nelas7 e os postos

udométricos de Coja, Cadafaz, Fajão e Góis.

Por força da área em estudo apresentar, como se referiu, um clima de características mediterrâneas, embora atenuadas pela proximidade

relativa do mar e pelos ventos húmidos de Oeste que não encontram grandes obstáculos no seu deslocamento para Este, o Município de

Arganil, enquadra-se numa vasta região de sub-tipo marítimo de transição entre os de montanha e os de fachada atlântica (Daveau et coll.,

1977), embora o sector mais elevado do Município deve ser já relacionado com o sub-tipo de montanha.

As dificuldades decorrentes da utilização de uma estação meteorológica localizada a algumas dezenas de quilómetros pode originar, como

facilmente se compreende, algumas falhas, o que leva a que esta análise seja efectuada, de modo genérico, mostrando que a configuração do

próprio relevo no sector mais a Sudeste e a Sul pode provocar alterações significativas quer na precipitação, quer na distribuição das

temperaturas (Figura 14).

No entanto, em qualquer situação, as temperaturas reflectem as características de um clima de clara influência mediterrânea, em especial, na

sua relação com a estação seca. Deste modo, as temperaturas mais elevadas em Nelas observam-se nos meses de Julho (20,8ºC), Agosto

(20,7ºC) e Setembro (18,6ºC) e as mais baixas registam-se nos meses de Janeiro (7,3ºC), Fevereiro (7,8ºC) e Dezembro (6,9ºC), sendo as

características de contraste ameno do clima, por força da intervenção das massas de ar marítimo provenientes do Atlântico, facilmente

observáveis.

7 Pode parecer algo estranho a escolha de uma estação que se encontra relativamente afastada do território do Municipal. No entanto, o posicionamento de Nelas no contexto da Plataforma do Ceira e com altitudes próximas do sector mais densamente habitado de Arganil levou a esta escolha no quadro das diferentes estações meteorológicas de Portugal Central. Embora os sectores de montanha apresentem características manifestamente diferentes, deve ser referido que estas áreas não apresentam qualquer estabelecimento de ensino, pelo que a apresentação dos valores de temperatura e precipitação acabam por não justificar a sua análise pormenorizada.

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Relativamente aos valores médios das máximas e das mínimas, a relação com os dados anteriores são claramente correlacionáveis, sendo a

temperatura média mensal máxima de 28ºC, em Agosto, e a temperatura média mensal mínima de 3ºC, no mês de Janeiro, embora, neste caso

particular, os valores possam ser inferiores no caso de Arganil. Assim e, no que diz respeito ao sector mais elevado deste Município, o número

de dias com temperaturas inferiores a 0ºC deverá ser claramente superior aos cinco dias de média observados nos sectores de plataforma,

enquanto que nos meses de Julho e Agosto se deverá constatar um número inferior aos 23 e aos 35 dias, com temperaturas superiores a 25ºC.

Um dos elementos fundamentais numa análise climática é, sem dúvida, a precipitação. Relativamente ao ritmo pluviométrico, este não se

apresenta contínuo, nem no tempo, nem no espaço, apresentando uma clara variabilidade estacional (mais de 80% dos totais de precipitação

observam-se entre os meses de Outubro a Maio), com a existência de uma maior ou menor estação seca – dois a três meses – características

que denunciam a já referida influência mediterrânea. Esta distribuição encontra-se relacionada com génese da precipitação, associada, na sua

maioria, a perturbações frontais provenientes do Atlântico, facto que explica os valores mais elevados no período em que o Anticiclone dos

Açores se localiza mais para Sul (Inverno Cósmico).

O total de precipitação anual no posto udométrico de Coja é de 996,90 mm (Figura 15), observando-se que a maior parte das chuvas cai entre

Outubro e Março, registando-se o máximo no mês de Janeiro (133,10 mm) e o mínimo no mês de Agosto (14,5 mm).

Fonte: Serviço Meteorológico Nacional, 1965.

Figura 14 - Gráfico termopluviométrico - Estação meteorológica de Nelas.

Fonte: Serviço Meteorológico Nacional, 1965.

Figura 15 - Gráfico pluviométrico - Posto udométrico de Coja.

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No que diz respeito aos restantes postos udométricos em estudo, nomeadamente Cadafaz, Fajão e Góis, localizados a Sul do Município de

Arganil, estes registam valores mais elevados de precipitação que o posto de Coja, o que se justifica pela orografia e pela própria localização

dos postos (Figuras 16, 17 e 18). Estes três postos registam um total de precipitação anual superior aos 1000 mm, sendo os meses mais

chuvosos Janeiro e Dezembro com valores a rondar os 180 mm, enquanto que os meses de Julho e Agosto registam os menores quantitativos

de precipitação, com valores inferiores a 15 mm.

Fonte: Serviço Meteorológico Nacional, 1965.

Figura 16 - Gráfico pluviométrico - Posto udométrico de Cadafaz.

Fonte: Serviço Meteorológico Nacional, 1965.

Figura 17 - Gráfico pluviométrico - Posto udométrico de Fajão.

Fonte: Serviço Meteorológico Nacional, 1965.

Figura 18 - Gráfico pluviométrico - Posto udométrico de Góis.

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Em síntese, a caracterização climática e os índices de conforto bioclimático assumem um papel preponderante na localização dos

equipamentos desportivos, factores que até ao momento têm sido relegados para segundo plano, como é exemplo a localização de alguns

estabelecimentos desportivos do Município de Arganil.

A análise dos diferentes elementos climáticos, nomeadamente a temperatura e a pluviosidade, aos que acrescem outros, tais como a geada e o

nevoeiro, são fundamentais não só, para a escolha da localização dos equipamentos, mas também para a definir as regras a obedecer aquando

da sua construção, pois estes devem-se adequar às características climáticas do sector em que se inserem.

Estes factores assumem ainda um papel determinante no equacionar da rede de transportes e de acessibilidade aos diferentes equipamentos

desportivos, na medida em que, à semelhança do anteriormente referido, devem reflectir as características climáticas e, de igual modo, as

questões de índole morfológica.

CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÓMICA

O Município de Arganil é um dos catorze Municípios que constituem a Sub-região do Pinhal Interior Norte, localizando-se na metade Norte

desta Sub-região. Não obstante as vantagens da posição de proximidade e de charneira no quadro da Região Centro, tendo presente a

localização entre áreas urbanas do litoral (Coimbra) e do interior Norte (Viseu), por um lado, e dos Municípios do Centro Interior (Covilhã) e

mesmo no contexto da Sub-região do Pinhal Interior Norte, o Município de Arganil não tem conseguido capitalizar este quadro geográfico na

fixação de população e na criação de emprego. Efectivamente, do ponto de vista da localização-posição este Município apresenta uma

centralidade estratégica no seio da Região Centro de contacto entre, não apenas o litoral e o interior, mas também em direcção a Norte (Viseu)

e a Sul (Municípios da “zona” do Pinhal). Com efeito, a evolução ocorrida nas últimas décadas mostra uma perda contínua de população desde

1960 (-29,2% de habitantes em 2001, correspondentes a -5614 pessoas), sendo que na década de sessenta sofreu a perda mais expressiva de

habitantes observada na segunda metade do século XX (-17,2% com -3307 residentes). Na década seguinte, a perda de população foi

atenuada, já que o decréscimo foi de -423 habitantes (-2,7%). Os anos oitenta voltaram a registar uma forte perda de população (-10,2%

correspondentes a -1581 residentes), tendência também registada entre 1991 e 2001, apesar de o decréscimo ter sido menor (-2,2% e -303

indivíduos). A posição que ocupa no território da Região Centro reforçada no quadro dos recentes investimentos em infra-estruturas rodoviárias

(IC 7), por um lado, e a proximidade a áreas dinâmicas em termos de criação de emprego terciário (Coimbra, Viseu e Covilhã) e secundário

(Viseu e Covilhã-Fundão), por outro, não tem motivado a fixação de população e a criação de emprego que possam de alguma forma levar este

Município a readquirir a importância no quadro da Região Centro Interior.

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Enquadramento Territor ial do Município

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Os elementos associados ao quadro natural – com uma localização na vertente Oeste da cordilheira central: Serra do Açor – associados aos

Rios Alva e Ceira, que delimitam o Município a Norte e a Sul, respectivamente, traduzem-se numa paisagem ímpar de características

fundamentalmente serranas. O xisto da Serra do Açor contribui, assim, para o aparecimento de uma paisagem de rara beleza a que se

associam os traços dos Rios Alva e Ceira (nomeadamente vales profundos e praias fluviais espectaculares). Acresce que a Área de Paisagem

Protegida da Serra do Açor, classificada como Reserva Natural da Rede Nacional de Áreas Protegidas e Reserva Biogenética do Conselho da

Europa, assume particular importância no quadro da cobertura florística da região (a Mata da Margaraça apresenta no contexto da Área

Protegida um particular significado, por constituir uma relíquia da cobertura florística da região). Por outro lado, a Área de Paisagem Protegida

compreende igualmente a Fraga da Pena (quedas de água), lugar de rara beleza classificado como Reserva de Recreio.

A fileira da floresta aparece como um elemento estratégico fundamental, contexto que permite de alguma forma entender a importância que as

actividades ligadas ao sector agrícola e às indústrias de madeira têm desempenhado neste Município. Os valores recentes (de 1991 e 2001)

indicam um reforço de emprego no sector terciário (de 35,1% para 42,6%) e a perda de relevância do sector secundário (de 48,6% para 41,2%).

O emprego nas actividades primárias permaneceu estável (16,3% dos activos em 1991 e 16,2% no recenseamento mais recente).

Estas alterações devem ser entendidas no quadro mais vasto de relacionamento deste Município com o território da Região Centro, em que a

posição privilegiada não é acompanhada por uma rede viária que permita um bom relacionamento com os restantes Municípios do litoral, do

Norte, do Sul e do interior.

Assim, juntamente com as tradicionais actividades agro-industriais (alimentação e madeira), assumem importância local os empregos no ramo

da indústria de confecções e, no caso do sector terciário, as actividades ligadas ao comércio por grosso e a retalho e à construção civil.

Por outro lado, à riqueza do património natural associada à paisagem serrana (vegetação), acresce também um património histórico-cultural rico

e variado relacionado, entre outros, com os centros históricos de Arganil, Coja e Vila Cova de Alva, a Aldeia Histórica do Piódão, Benfeita

(integrando a rede de Aldeias de Xisto), o Santuário de Nossa Senhora do Mont’Alto e os diversos monumentos que devem motivar a definição

de estratégias de desenvolvimento, que de forma integrada possam tirar partido deste capital territorial de recursos e activos específicos e o

aparecimento de actividades ligadas ao turismo. Deste modo, conseguir atrair visitantes que, cada vez mais, procuram as características únicas

de uma paisagem de “montanha”, de calma, de contacto com a natureza e que, de alguma forma, possam beneficiar das complementaridades

territoriais associadas quer à oferta de Coimbra e ao “turismo de sol e praia” da extensa costa litoral, quer ao turismo de montanha

proporcionado pela Serra da Estrela.

É neste contexto que pensamos que o conhecimento da dinâmica demográfica aparece como essencial para que se possa, com antecedência e

ponderação, reflectir sobre as principais tendências que se prefiguram neste início de século, ordenando o espaço de forma mais adequada e

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Município de Arganil

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no quadro de uma racionalidade que se pretende dinâmica, gerindo mais eficazmente recursos que, sendo cada vez mais bens escassos,

exigem alguma cautela e ponderação ao serem valorizados, uma vez que os custos associados a uma má gestão serão duradouros e

crescentemente elevados.

A caracterização sócio-económica do Município apresenta, num primeiro momento, alguns elementos relativos à distribuição, evolução e

características da população para as freguesias do Município de Arganil, destacando os principais comportamentos para as décadas mais

recentes (oitenta e noventa). Segue-se a apresentação de um conjunto de características que permitem conhecer os principais aspectos da

geo-economia do território municipal.

2.1. Análise demográfica global

2.1.1. Caracterização Demográfica

O Município de Arganil é um dos catorze Municípios que constituem a Sub-região do Pinhal Interior Norte, localizando-se na metade norte desta

Sub-região. Apresenta vantagens da posição de proximidade e de charneira no quadro da Região Centro, tendo presente a localização entre

áreas urbanas do litoral (Coimbra) e do interior norte (Viseu), por um lado, e dos Municípios do Centro Interior (Covilhã). Efectivamente, do

ponto de vista da localização-posição este Município apresenta uma centralidade estratégica no seio da Região Centro de contacto entre, não

apenas o litoral e o interior, mas também em direcção a norte (Viseu) e a sul (Municípios da “zona” do Pinhal).

A posição que ocupa no território da Região Centro reforçada no quadro dos recentes investimentos em infra-estruturas rodoviárias (IC 7), por

um lado, e a proximidade a áreas dinâmicas em termos de criação de emprego terciário (Coimbra, Viseu e Covilhã) e secundário (Viseu e

Covilhã-Fundão), por outro, não tem motivado a fixação de população e a criação de emprego que possam de alguma forma levar este

Município a readquirir a importância no quadro da Região Centro Interior.

Numa referência ao tecido económico do Município, os valores recentes (de 1991 e 2001) indicam um reforço de emprego no sector terciário

(de 35,1% para 42,6%) e a perda de relevância do sector secundário (de 48,6% para 41,2%). O emprego nas actividades primárias permaneceu

estável (16,3% dos activos em 1991 e 16,2% no recenseamento mais recente).

As alterações demográficas e económicas devem ser entendidas no quadro mais vasto de relacionamento deste Município com o território da

Região Centro, em que a posição privilegiada não é acompanhada por uma rede viária que permita um bom relacionamento com os restantes

Municípios do litoral, do norte, do sul e do interior.

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Enquadramento Territor ial do Município

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2.1.1.1. Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com a população desigualmente repartida

Arganil com os seus 13623 habitantes (dados de 2001) apresenta-se como o quinto Município mais populoso da Sub-região do Pinhal Interior

Norte, representando 9,83% do total populacional desta Sub-região, valor que deve ser interpretado atendendo ao elevado número de

Municípios desta Sub-região (14) e ao dispositivo territorial regional que, sendo fundamentalmente polarizado por Municípios de outras duas

Sub-regiões (Baixo Mondego e Pinhal Litoral a Oeste e a Sudoeste, respectivamente), se traduz, mesmo assim, no estabelecimento de relações

funcionais com outros Municípios desta Sub-região (Oliveira do Hospital, Tábua, Lousã e Vila Nova de Poiares, por exemplo, representam

41,5% do total populacional do Pinhal Interior Norte).

A análise da distribuição dos valores de população residente nas dezoito freguesias que integram, na actualidade, o Município de Arganil

permite distinguir grupos de freguesias que apresentam comportamentos demográficos semelhantes nos dez anos mais recentes (Quadro 1 e

Figuras 19 e 20)

A Freguesia de Arganil assume-se, no período em análise, sempre como a mais populosa. Com efeito, esta freguesia representava 29,2% da

população total em 2001 a que correspondem 3981 habitantes, num contexto em que desde 1981 se verificou um decréscimo generalizado de

população no Município.

Um segundo grupo é formado pelas Freguesias de Coja, São Martinho da Cortiça e Pombeiro da Beira, localizadas na proximidade da sede do

Município. Estas freguesias representam 32,6% dos habitantes num total de respectivamente 1650, 1536 e 1252 habitantes. Estas freguesias

têm uma localização (na metade Oeste) que parece indicar a importância que as vias de comunicação assumem para o desenvolvimento dos

territórios, uma vez que, conjuntamente com a freguesia sede de Município representam 61,8% do total de população (8419 habitantes).

A Freguesia de Sarzedo e, ainda, Pomares, Vila Cova de Alva e Benfeita apresentam quantitativos populacionais ainda com relevância no

contexto do Município. Com efeito, globalmente representam 17,3% dos residentes no Município (2354 indivíduos). Neste grupo deve ser

destacado o caso da Freguesia de Sarzedo não, apenas, pelo volume de habitantes ser maior (731 contra 587, 533 e 503 no caso das outras

freguesias referidas), mas também por conseguir manter o quantitativo populacional estável desde 1981.

Também Folques e Secarias, não obstante os quantitativos populacionais menores (458 e 451 habitantes, respectivamente), devem ser

destacados dada a localização contígua que apresentam em relação à sede de Município. As restantes freguesias representam apenas 14,2%

dos residentes no Município, num total de 1941 habitantes.

Regista-se, assim, um padrão territorial em que as áreas mais populosas aparecem polarizadas pela freguesia sede de Município e pelas

freguesias contíguas da metade Oeste do território, sendo que apenas nas Freguesias de Arganil e de Secarias ocorreu um acréscimo de

população na década de noventa (de 25,4% e 13,3% num total de respectivamente mais 806 e 53 habitantes). No mesmo período, as restantes

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

65

freguesias registaram perdas populacionais. No caso de Coja, São Martinho da Cortiça e Pombeiro da Beira o decréscimo foi de 3,2%, 9,0% e

8,6%, respectivamente.

Esta repartição da população é já evidente na análise dos dados relativos quer a 1991, quer a 1981. Com efeito, e como veremos, verifica-se

nas duas últimas décadas uma perda generalizada da população que só não ocorre na Freguesia de Arganil que regista acréscimo de

residentes.

Figura 19 – População residente em 2001 e variação populacional entre 1991 e 2001por freguesia no Município de Arganil.

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Enquadramento Territor ial do Município

66

Quadro 1 – População residente por freguesia no Município de Arganil de 1981 a 2001.

Nº % Nº % Nº %Anceriz 269 1,7 228 1,6 188 1,4

Arganil 3262 21 3175 22,8 3981 29,2

Barril de Alva 468 3 383 2,8 386 2,8

Benfeita 844 5,4 666 4,8 503 3,7

Celavisa 416 2,7 332 2,4 283 2,1

Cepos 226 1,5 201 1,4 174 1,3

Cerdeira 434 2,8 386 2,8 330 2,4

Coja 1836 11,8 1704 12,2 1650 12,1

Folques 632 4,1 518 3,7 458 3,4

Moura da Serra 364 2,3 240 1,7 168 1,2

Piodão 514 3,3 381 2,7 224 1,6

Pomares 798 5,1 700 5 587 4,3

Pombeiro da Beira 1584 10,2 1369 9,8 1252 9,2

S.Martinho da Cortiça 1720 11,1 1688 12,1 1536 11,3

Sarzedo 726 4,7 738 5,3 731 5,4

Secarias 375 2,4 398 2,9 451 3,3

Teixeira 344 2,2 250 1,8 188 1,4

Vila Cova de Alva 695 4,5 569 4,1 533 3,9

Total 15507 100 13926 100 13623 100

Freguesias1981 1991 2001

Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

Apresentando a Sub-região do Pinhal Interior Norte uma repartição desigual da população por Município, também no caso de Arganil se verifica

uma oposição entre a freguesia sede de Município e as contíguas da metade Oeste e as restantes, assumindo quer a EN 17, ligação desde

sempre fundamental entre o Centro Interior e o Litoral do País, quer o IC 7 na actualidade o papel de eixos estruturantes do território. Mas,

sublinha-se que a localização e posição privilegiadas no contexto do território do Centro não tem motivado o aparecimento de novas dinâmicas

económicas que possam levar a um crescimento da população.

A consideração para o Município de Arganil dos valores de população residente desde os anos oitenta do século XX, permitindo uma leitura em

termos evolutivos possibilita, igualmente, algumas reflexões sobre as características do território (Quadro 2 e Figura 21).

A sua posição privilegiada entre as áreas urbanas de Coimbra a oeste, Viseu a norte (e também Oliveira do Hospital) e Covilhã (mesmo tendo

em atenção a localização na vertente oposta da Serra da Estrela e as acessibilidades) e industrializadas do Litoral Centro Norte não contribuiu

para que entre 1981 e 2001 ocorresse um acréscimo populacional.

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Município de Arganil

67

Figura 20 – População residente por freguesia no Município de Arganil de 1981 a 2001.

Efectivamente, entre 1981 e 1991 registou-se um acentuado decréscimo da população no Município (de -10,20% correspondentes a uma perda

de 1581 habitantes), tendência que também se verificou na década mais recente, se bem que com menor intensidade, uma vez que o

decréscimo de população residente se traduziu por uma perda de 303 habitantes (-2,18%) entre 1991 e 2001.

Tendo por referência a evolução ocorrida desde 1981, constata-se uma quebra expressiva de população (-12,14%) tendo em atenção que nas

duas décadas mais recentes o Município apresenta -1884 habitantes. Esta evolução tem particular significado se interpretada à escala regional,

uma vez que a dinâmica demográfica e económica global do território Centro Litoral mostra que depois de um nítido fenómeno de concentração

da população nos centros urbanos mais importantes tem vindo a ocorrer, desde a década de noventa, uma tendência que configura um “êxodo

urbano” para as periferias próximas e dotadas de boa acessibilidade.

O Município de Arganil, localizando-se numa segunda coroa em relação a Coimbra, não beneficia da proximidade que a localização e os

investimentos em infra-estruturas rodoviárias poderiam deixar antever.

050010001500200025003000350040004500

Anceriz

Arga

nil

Barril de Alva

Benfeita

Celavisa

Cep

os

Cerde

ira

Coja

Folque

s

Mou

ra da Se

rra

Piod

ão

Pomares

Pombe

iro da Be

ira

S.Martinho

da Cortiça

Sarzed

o

Secarias

Teixeira

Vila Cova de

Alva

1981 1991 2001

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68

Quadro 2 – Evolução da população residente e variação populacional no Município de Arganil de 1981 a 2001.

Anos População residente Variação populacional (%)

1981 15507 –

1991 13926 -10,20

2001 13623 -2,18 Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

Figura 21 – Evolução da população residente no Município de Arganil de 1981 a 2001.

Neste contexto e numa análise conjunta do último período intercensitário e até ao ano de 2007, observa-se uma contínua perda populacional

até ao ano de 1999 (de -459 residentes), registando-se nos dois anos seguintes um ligeiro aumento populacional (1,15%). A partir deste ano e

até 2007 observa-se um declínio contínuo, traduzido em -824 indivíduos (-6,0%).

Em termos globais, e considerando o período 2001-2007, observa-se um declínio populacional expressivo, traduzido numa perda de 1127

habitantes (-8,09% da população residente). Acresce que para os anos recentes parece iniciar-se um novo período em que as perdas

populacionais tenderão a ser mais expressivas (Quadro 3 e Figura 22).

As dezoito freguesias que constituem o Município apresentam, nas últimas duas décadas do século XX, dinâmicas demográficas distintas,

sendo que a tendência marcante traduz um decréscimo expressivo da população (Quadro 4 e Figura 23).

0

5000

10000

15000

20000

1981 1991 2001

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Município de Arganil

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Quadro 3 – Evolução da população residente no Município de Arganil de 1991 a 2007.

Anos População residenteVariação populacional

(%)

1991 13926 –

1992 13734 -1,38

1993 13671 -0,46

1994 13679 0,06

1995 13652 -0,20

1996 13618 -0,25

1997 13565 -0,39

1998 13539 -0,19

1999 13467 -0,53

2000 13472 0,04

2001 13623 1,12

2002 13365 -1,89

2003 13283 -0,61

2004 13187 -0,72

2005 13092 -0,72

2006 12973 -0,91

2007 12799 -1,34 Fonte: INE,

Figura 22 – Evolução da população residente no Município de Arganil de 1991 a 2007.8

8 Os valores de população residente, exceptuando os valores de 1991 e 2001 provenientes dos recenseamentos populacionais, foram retirados das estimativas definitivas de população residente intercensitárias 1991-2000, por um lado, e das estimativas provisórias de população residente 2001-2007, por outro lado, sendo, portanto, os valores a partir de 2001 de carácter provisório.

0

5000

10000

15000

20000

1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

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Enquadramento Territor ial do Município

70

Essencialmente, e considerando o comportamento para a década mais recente, verifica-se que todas as freguesias, à excepção das Freguesias

de Arganil, Secarias e Barril de Alva, registam evoluções negativas. Sendo a freguesia mais populosa do Município, Arganil regista uma

evolução positiva (25,39%, correspondendo a um acréscimo de 806 residentes). Relativamente às restantes freguesias que apresentam

evoluções positivas, Secarias mostra um acréscimo de 53 residentes (13,32%) e Barril de Alva um acréscimo de 3 habitantes (correspondendo

a 0,78%). As outras freguesias, com um número de residentes expressivo (Coja, São Martinho da Cortiça e Pombeiro da Beira), registam

perdas populacionais de -3,17%, -9,00% e -8,55%, respectivamente. A população em 2001 vê-se, assim, diminuída em 54, 152 e 117

indivíduos, sendo os totais de residentes em 2001 respectivamente 1650, 1536 e 1252.

As outras freguesias com quantitativos populacionais importantes, embora menores (Sarzedo, Pomares, Vila Cova de Alva e Benfeita),

registaram uma quebra de população que, no caso de Pomares e Benfeita foi bastante expressiva (-16,14% e -24,47%, respectivamente), e

menor no caso das outras duas freguesias (-0,95% e -6,33%, respectivamente), sendo as freguesias mais serranas, aquelas que registam as

maiores quebras populacionais. Também no caso de Folques se detecta o mesmo tipo de evolução, já que perdeu 60 habitantes desde 1991 (-

11,58%), facto que deve ser destacado no contexto da proximidade à sede de Município e às restantes freguesias que apresentam maiores

quantitativos de população.

As restantes freguesias registam uma evolução negativa, perdendo entre 27 e 157 residentes. As Freguesias de Piódão e Moura da Serra

aparecem neste contexto como as freguesias que sofrem as maiores perdas de residentes, com respectivamente -41,21% e -30,0% (-157 e -72

habitantes). São freguesias serranas e localizadas na parte mais oriental do Município, em que o afastamento do centro e o quadro geral de

isolamento mais se faz sentir. Os quantitativos actuais de população são, assim, reduzidos (respectivamente 224 e 168 habitantes).

Globalmente, desde 1981 a freguesia sede de Município (22,04%), Secarias (20,27%) e Sarzedo (0,69%) aparecem como as únicas freguesias

onde não se registou perda de população. Todas as restantes freguesias do Município de Arganil registam um decréscimo populacional (entre -

10,13% e -56,42%). Piódão e Moura da Serra apresentam no contexto os decréscimos mais expressivos (-56,4% e -53,9%, respectivamente).

Estamos, pois, em presença de uma território com fraco poder para fixar e atrair população.

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Município de Arganil

71

Quadro 4 – Variação da população residente por freguesia no Município de Arganil entre 1981 e 2001.

Nº % Nº % Nº %

Anceriz -41 -15,24 -40 -17,54 -81 -30,11

Arganil -87 -2,67 806 25,39 719 22,04

Barril de Alva -85 -18,16 3 0,78 -82 -17,52

Benfeita -178 -21,09 -163 -24,47 -341 -40,4

Celavisa -84 -20,19 -49 -14,76 -133 -31,97

Cepos -25 -11,06 -27 -13,43 -52 -23,01

Cerdeira -48 -11,06 -56 -14,51 -104 -23,96

Coja -132 -7,19 -54 -3,17 -186 -10,13

Folques -114 -18,04 -60 -11,58 -174 -27,53

Moura da Serra -124 -34,07 -72 -30 -196 -53,85

Piodão -133 -25,88 -157 -41,21 -290 -56,42

Pomares -98 -12,28 -113 -16,14 -211 -26,44

Pombeiro da Beira -215 -13,57 -117 -8,55 -332 -20,96

S.Martinho da Cortiça -32 -1,86 -152 -9,00 -184 -10,7

Sarzedo 12 1,65 -7 -0,95 5 0,69

Secarias 23 6,13 53 13,32 76 20,27

Teixeira -94 -27,33 -62 -24,8 -156 -45,35

Vila Cova de Alva -126 -18,13 -36 -6,33 -162 -23,31

Total -1581 -10,2 -303 -2,18 -1884 -12,15

Freguesias1981-1991 1991-2001 1981-2001

Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

Figura 23 – Variação da população residente por freguesia no Município de Arganil entre 1991 e 2001.

-17,54

25,39

0,78

-24,47-14,76-13,43-14,51

-3,17-11,58

-30,00

-41,21

-16,14-8,55 -9,00

-0,95

13,32

-24,80

-6,33

-50-40-30-20-1001020304050

Anceriz

Arga

nil

Barril de Alva

Benfeita

Celavisa

Cep

os

Cerde

ira

Coja

Folque

s

Mou

ra da Se

rra

Piod

ão

Pomares

Pombe

iro da Be

ira

S.Martinho

da Cortiça

Sarzed

o

Secarias

Teixeira

Vila Cova de

Alva

%

Variação populacional Média

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Enquadramento Territor ial do Município

72

Assim, o dispositivo territorial expressa um nítido fenómeno de concentração da população na sede de Município e nas freguesias contíguas de

Secarias e Sarzedo. À excepção destas freguesias, todas as restantes acompanham a tendência de declínio populacional, facto que vem sendo

visível nos anos mais recentes.

2.1.1.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório

As variações observadas na população do Município e das freguesias que o integram relacionam-se de forma clara com dois factores

primordiais: por um lado, o crescimento natural, cuja relação com o próprio planeamento de equipamentos educativos se torna elemento

fundamental, e, por outro, o saldo migratório, que no contexto da actual conjuntura se assume como um factor também decisivo, mas cuja

análise se torna particularmente difícil dada a dificuldade em prever a sua evolução.

A análise da evolução dos valores da natalidade entre 1991 e 2007 para o Município de Arganil revela um comportamento irregular expresso

em ligeiros aumentos e decréscimos (Quadro 5).

A consideração do número de nados-vivos mostra uma tendência geral que se expressa num número de nascimentos anual superior à centena

na década de noventa, sendo que, nos primeiros anos do novo século, o valor é inferior a cem. Acresce que a partir de 2005 observa-se uma

“tendência” para a diminuição do número de nados-vivos, apresentando em 2005,2006 e 2007 valores de 97, 81 e 76 respectivamente.

Uma análise mais detalhada da evolução ocorrida na década de noventa indica um acréscimo da taxa de natalidade entre 1991 e 1994 (de

9,41‰ para 11,70‰), uma diminuição expressiva até 1999 (para 7,20‰), recuperação em 2000 e 2001 (daquele valor para 8,59‰), e, por fim,

uma evolução no sentido da diminuição nos anos mais recentes (2005, 2006 e 2007), sendo o valor no ano mais recente de 5,94‰, a taxa de

natalidade mais reduzida durante todo o período em análise. Por outro lado, destaca-se o facto dos valores da taxa de natalidade serem sempre

inferiores a 11,00‰ e inferiores aos valores da taxa de mortalidade (que apresenta resultados acima dos 15,00‰).

A análise da evolução, no mesmo período de tempo, do número de óbitos destaca, igualmente, um comportamento irregular, cuja oscilação é

no entanto menos acentuada que a descrita para os nados-vivos, sendo, porém, os valores registados na década de noventa e princípios do

novo século ligeiramente superiores às duas centenas (Quadro 6). Este número regista o valor mais elevado nos anos de 1999 (261) e 1993

(249). Nos anos mais recentes o número de óbitos parece evidenciar uma tendência no sentido de uma certa estabilização, registando 241

óbitos no ano de 2007.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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Quadro 5 – Nados-vivos por freguesia no Município de Arganil de 1991 a 2007. Freguesias 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total

Anceriz 1 1 2 1 1 1 2 5 0 3 0 1 2 0 0 0 0 20

Arganil 45 45 39 50 39 44 45 26 42 47 47 40 40 43 40 37 42 711

Barril de Alva 2 2 2 5 3 5 1 2 4 3 6 0 3 1 1 0 3 43

Benfeita 5 3 5 5 3 1 2 4 0 2 3 0 1 2 2 0 2 40

Celavisa 2 1 4 4 0 0 0 2 1 1 0 2 2 1 1 1 0 22

Cepos 4 2 2 1 5 0 1 1 0 0 2 0 1 1 1 0 1 22

Cerdeira 3 2 1 4 0 3 5 2 2 1 2 3 2 4 1 1 1 37

Coja 19 16 13 25 11 20 8 3 13 8 13 7 11 10 14 9 6 206

Folques 3 2 5 4 2 5 2 2 3 2 3 3 0 2 2 1 1 42

Moura da Serra 1 0 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0 0 8

Piodão 1 3 0 1 0 0 1 0 0 0 3 2 2 0 0 1 1 15

Pomares 4 3 7 2 3 2 5 5 3 3 1 2 1 2 2 6 1 52

Pombeiro da Beira 7 14 10 12 11 9 7 17 5 10 14 9 9 3 10 1 4 152

S.Martinho da Cortiça 20 20 20 18 15 13 16 11 12 15 8 13 8 4 12 13 6 224

Sarzedo 6 8 5 13 9 8 9 7 6 6 5 7 7 5 4 3 6 114

Secarias 4 6 3 7 4 4 3 5 3 5 5 1 4 2 2 2 0 60

Teixeira 1 2 1 2 1 0 1 0 0 1 0 0 2 0 0 0 0 11

Vila Cova de Alva 3 2 6 5 2 4 3 7 3 3 5 7 1 2 3 6 2 64

Total 131 132 126 160 110 120 111 100 97 110 117 97 96 82 97 81 76 1843

Fonte: INE.

A taxa de mortalidade apresenta, assim, entre 1991 e 2007 uma evolução com oscilações (Figura 21), sendo que, no período considerado, as

taxas são elevadas (superiores a 15,00‰). O ano de 1999 regista o maior valor de taxa de mortalidade (19,38‰). Em 1993, 1996 e 1997 e

2007 as taxas de mortalidade apresentam valores superiores a 17,00‰ (18,21‰, 17,04‰ e 18,06‰ e 18,83‰, respectivamente).

Nos anos da primeira década do século XXI, a tendência indica uma diminuição dos valores da taxa de mortalidade, continuando ainda assim a

ser superiores a 16,00‰ (16,44‰, 16,39% e 16,71%, respectivamente em 2001, 2002 e 2003). Em 2004, regista-se um valor que é dos mais

baixos de todo o período em análise (15,77‰). Os anos seguintes (2005 e 2006) registaram taxas de mortalidade superiores a 16,00‰,

verificando-se um aumento no ano de 2007 (para 18,83‰).

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Enquadramento Territor ial do Município

74

Quadro 6 – Óbitos por freguesia no Município de Arganil de 1991 a 2007. Freguesias 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total

Anceriz 5 1 9 3 8 5 2 7 8 5 10 6 5 2 3 4 5 88

Arganil 48 53 59 46 45 65 65 54 62 50 62 55 61 49 40 43 51 908

Barril de Alva 5 8 5 4 5 6 5 6 10 3 9 7 6 3 11 8 8 109

Benfeita 17 21 20 13 9 14 13 13 12 13 11 9 15 9 12 14 16 231

Celavisa 6 11 5 6 7 4 8 6 9 3 6 4 4 7 4 1 6 97

Cepos 4 7 6 1 2 2 4 2 3 3 4 1 3 2 6 3 3 56

Cerdeira 6 4 5 8 6 8 1 8 7 4 9 9 5 6 6 5 6 103

Coja 27 20 23 33 20 21 34 28 28 24 26 25 33 30 25 30 27 454

Folques 17 13 11 8 11 16 8 14 21 11 8 13 12 6 14 13 16 212

Moura da Serra 2 5 5 6 4 9 6 8 4 6 4 2 5 3 3 7 4 83

Piodão 8 7 7 5 8 6 6 6 4 3 4 1 6 3 6 2 5 87

Pomares 6 11 16 13 17 13 16 8 14 11 18 15 11 16 18 12 15 230

Pombeiro da Beira 22 18 31 26 21 23 22 23 34 18 21 22 24 27 24 23 21 400

S.Martinho da Cortiça 26 17 24 24 25 12 24 12 23 19 18 23 15 14 17 19 25 337

Sarzedo 9 13 11 11 12 10 13 6 8 15 6 16 8 10 11 9 14 182

Secarias 8 6 2 6 4 5 3 3 3 7 2 3 1 5 2 6 4 70

Teixeira 8 6 3 3 4 7 7 7 1 2 4 2 2 7 2 1 4 70

Vila Cova de Alva 11 8 7 6 6 6 8 6 10 13 2 6 6 9 6 8 11 129

Total 235 229 249 222 214 232 245 217 261 210 224 219 222 208 210 208 241 3846

Fonte: INE.

Por outro lado, a natalidade apresenta continuamente valores inferiores aos registados pela mortalidade, facto que se traduz num crescimento

natural negativo durante a década de noventa (Quadro 7). As perdas populacionais com maior significado ocorrem nos anos de 1997, 1999,

2006 e 2007, com valores de -134, -164, -127 e -165 indivíduos, respectivamente.

O ano de 2007 é aquele em que se observou a maior quebra populacional (taxa de crescimento natural de -12,89‰), uma vez que a uma taxa

de natalidade reduzida no contexto do Município (5,94‰) correspondeu a maior taxa de mortalidade (18,83‰).

A tendência que resulta da análise da evolução das taxas de crescimento natural desde o ano de 1991 traduz-se, assim, numa quebra contínua

de população. De salientar que as taxas de crescimento natural assumem valores muito negativos em todos os anos do período considerado

(superiores a -4,00‰).

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

75

Quadro 7 – Dinâmica natural no Município de Arganil de 1991 a 2007.

NatalidadeTaxa de

NatalidadeMortalidade

Taxa de

Mortalidade

Crescimento

Natural

Taxa de Crescimento

Natural

Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰

1991 131 9,41 235 16,87 -104 -7,471992 132 9,61 229 16,67 -97 -7,061993 126 9,22 249 18,21 -123 -91994 160 11,7 222 16,23 -62 -4,531995 110 8,06 214 15,68 -104 -7,621996 120 8,81 232 17,04 -112 -8,221997 111 8,18 245 18,06 -134 -9,881998 100 7,39 217 16,03 -117 -8,641999 97 7,2 261 19,38 -164 -12,182000 110 8,17 210 15,59 -100 -7,422001 117 8,59 224 16,44 -107 -7,852002 97 7,26 219 16,39 -122 -9,132003 96 7,23 222 16,71 -126 -9,492004 82 6,22 208 15,77 -126 -9,552005 97 7,41 210 16,04 -113 -8,632006 81 6,24 208 16,03 -127 -9,792007 76 5,94 241 18,83 -165 -12,89

Anos

Fonte: INE.

Figura 24 – Evolução da taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural no Município de Arganil de 1991 a 2007.

-30

-20

-10

0

10

20

30

1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de crescimento natural

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Enquadramento Territor ial do Município

76

A análise anteriormente realizada da evolução demográfica ocorrida no Município de Arganil já indiciava estas tendências ao nível da dinâmica

natural da população e a dificuldade que este Município tem tido na fixação e atracção de população.

Considerando uma outra escala espacial de análise, das dezoito freguesias que integram o Município, apenas as Freguesias de Secarias e Vila

Cova de Alva apresentam um crescimento natural ligeiramente positivo em 2001, com um acréscimo natural de 3 indivíduos (Quadro 8 e Figura

25). As restantes freguesias apresentam um crescimento natural ligeiramente negativo (entre -1 e -17 indivíduos).

Em 1991, por comparação, todas freguesias registaram um crescimento natural negativo, à excepção da Freguesia de Cepos que apresentou

um crescimento nulo.

Os comportamentos descritos devem ser contextualizados no âmbito dos valores absolutos da população residente e no quadro da história do

Município e do território. Os quantitativos populacionais reduzidos no contexto local/regional traduzem-se em valores de crescimento natural

também reduzidos, mesmo tendo presente que são negativos. As freguesias mais populosas não apresentam um comportamento diferente das

restantes, facto que reflecte a reduzida capacidade de atracção deste Município. Os dados de 1991 destacam, já, uma dinâmica natural

negativa nas dezoito freguesias do Município, tendência que se observa também com base nos dados relativos a 2001.

De sublinhar que os valores da taxa de mortalidade são para todas as freguesias superiores a 10,00‰ (Sarzedo, Secarias e Vila Cova de Alva

constituem a excepção) e em grande parte das freguesias mesmo superiores a 20,00‰ (Anceriz regista o maior valor de taxa de mortalidade:

53,19‰). No caso das freguesias mais populosas (Arganil, Coja, São Martinho da Cortiça e Pombeiro da Beira), observam-se valores de

crescimento natural que são dos menos desfavoráveis, atendendo aos comportamentos das restantes freguesias do Município de Arganil.

Comparativamente a 1991, sublinha-se que as taxas de crescimento natural indicam uma perda de população superior nestas freguesias em

2001 (Pombeiro da Beira é a excepção).

A consideração da dinâmica das migrações para o Município de Arganil, para o período de 1991 a 2001, vem destacar o cenário de evolução

negativa do Município (Quadro 9). Efectivamente, se o crescimento natural é negativo na década (-1224 indivíduos), o saldo migratório total

apresenta um valor positivo de 921 indivíduos, o que em termos globais se traduz ainda assim numa perda de 303 indivíduos.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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Quadro 8 – Dinâmica natural no Município de Arganil em 1991 e 2001.

Natalidad

e

Taxa de

Natalidad

e

Mortalidad

e

Taxa de

Mortalidad

e

Crescim

ento

Natural

Taxa de

Crescim

ento

Natural

Natalidad

e

Taxa de

Natalidad

e

Mortalidad

e

Taxa de

Mortalidad

e

Crescim

ento

Natural

Taxa de

Crescim

ento

Natural

Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰

Anceriz 1 4,39 5 21,93 -4 -17,54 0 0,00 10 53,19 -10 -53,19

Arganil 45 14,17 48 15,12 -3 -0,94 47 11,81 62 15,57 -15 -3,77

Barril de Alva 2 5,22 5 13,05 -3 -7,83 6 15,54 9 23,32 -3 -7,77

Benfeita 5 7,51 17 25,53 -12 -18,02 3 5,96 11 21,87 -8 -15,90

Celavisa 2 6,02 6 18,07 -4 -12,05 0 0,00 6 21,20 -6 -21,20

Cepos 4 19,90 4 19,90 0 0,00 2 11,49 4 22,99 -2 -11,49

Cerdeira 3 7,77 6 15,54 -3 -7,77 2 6,06 9 27,27 -7 -21,21

Coja 19 11,15 27 15,85 -8 -4,69 13 7,88 26 15,76 -13 -7,88

Folques 3 5,79 17 32,82 -14 -27,03 3 6,55 8 17,47 -5 -10,92

Moura da Serra 1 4,17 2 8,33 -1 -4,17 0 0,00 4 23,81 -4 -23,81

Piodão 1 2,62 8 21,00 -7 -18,37 3 13,39 4 17,86 -1 -4,46

Pomares 4 5,71 6 8,57 -2 -2,86 1 1,70 18 30,66 -17 -28,96

Pombeiro da Beira 7 5,11 22 16,07 -15 -10,96 14 11,18 21 16,77 -7 -5,59

S.Martinho da Cortiça 20 11,85 26 15,40 -6 -3,55 8 5,21 18 11,72 -10 -6,51

Sarzedo 6 8,13 9 12,20 -3 -4,07 5 6,84 6 8,21 -1 -1,37

Secarias 4 10,05 8 20,10 -4 -10,05 5 11,09 2 4,43 3 6,65

Teixeira 1 4,00 8 32,00 -7 -28,00 0 0,00 4 21,28 -4 -21,28

Vila Cova de Alva 3 5,27 11 19,33 -8 -14,06 5 9,38 2 3,75 3 5,63

Total 131 9,41 235 16,87 -104 -7,47 117 8,59 224 16,44 -107 -7,85

Freguesias

1991 2001

Fonte: INE.

Figura 25 – Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por freguesia no Município de Arganil em 2001

-60-50-40-30-20-100102030405060

Anceriz

Arga

nil

Barril de Alva

Benfeita

Celavisa

Cep

os

Cerde

ira

Coja

Folque

s

Mou

ra da Se

rra

Piod

ão

Pomares

Pombe

iro da Be

ira

S.Martinho

da Cortiça

Sarzed

o

Secarias

Teixeira

Vila Cova de

Alva

Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de crescimento natural

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Enquadramento Territor ial do Município

78

Quadro 9 – Dinâmica da população por freguesia no Município de Arganil entre 1991 e 2001.

Freguesias Nados-Vivos Óbitos Crescimento Natural Saldo Migratório Crescimento Efectivo

Anceriz 17 63 -46 6 -40

Arganil 469 609 -140 946 806

Barril de Alva 35 66 -31 34 3

Benfeita 33 156 -123 -40 -163

Celavisa 15 71 -56 7 -49

Cepos 18 38 -20 -7 -27

Cerdeira 25 66 -41 -15 -56

Coja 149 284 -135 81 -54

Folques 33 138 -105 45 -60

Moura da Serra 6 59 -53 -19 -72

Piodão 9 64 -55 -102 -157

Pomares 38 143 -105 -8 -113

Pombeiro da Beira 116 259 -143 26 -117

S.Martinho da Cortiça 168 224 -56 -96 -152

Sarzedo 82 114 -32 25 -7

Secarias 49 49 0 53 53

Teixeira 9 52 -43 -19 -62

Vila Cova de Alva 43 83 -40 4 -36

Total 1314 2538 -1224 921 -303 Fonte: INE.

A análise do crescimento efectivo por Freguesia destaca a evolução positiva das Freguesias de Arganil, Barril de Alva e Secarias. Não obstante

o crescimento natural negativo destas freguesias (-140, -31 e -53 indivíduos), estas revelam para o período em análise, saldos migratórios

positivos (946, 34 e 53 indivíduos), o que se traduz num crescimento efectivo positivo de respectivamente 806, 3 e 53 indivíduos,

comportamento que deve ser destacado uma vez que revela de uma certa capacidade de atracção destas freguesias.

2.1.1.3. Estrutura da população: sexo e idades

A análise da evolução da população deve contemplar também o estudo das pirâmides etárias. Estas representações gráficas traduzem não

apenas a imagem da população num dado momento, mas permitem uma leitura da perspectiva histórica dos acontecimentos que marcam a

população representada ao longo de décadas de vida das gerações mais antigas. Consideram-se, para efeitos de análise, as pirâmides etárias

relativas a 1991 e 2001 para o Município de Arganil, centrando a atenção nos respectivos perfis populacionais. Em paralelo, apresentam-se

alguns índices que resumem o comportamento da estrutura etária da população, conjuntamente com os dados avançados para a dinâmica

natural da população, que permitem contextualizar e reflectir sobre as principais características da população.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

79

A primeira conclusão a retirar da análise dos valores da população por escalão etário parece ser a crescente diminuição das classes mais

jovens, prosseguida pelo aumento das classes mais idosas, o que espelha, de modo bastante claro, a crescente tendência para o

envelhecimento da população.

Procedendo-se a uma análise mais pormenorizada dos grupos etários (Quadro 10 e Figura 26), verificamos que no Município a população

jovem adulta (15-39 anos) e a idosa (mais de 65 anos) sofreram um aumento desde 1981 (de 28,39% para 30,30% no grupo dos 15-39 anos e

de 20,07% para 26,05% no grupo dos 65 e + anos), enquanto que a população jovem (0-14) e a adulta (40-64) decresceram, no mesmo

período, de 20,56% para 13,84% no grupo dos jovens e de 30,98% para 29,80% no grupo dos 40 a 64 anos.

Este facto traduz-se num duplo envelhecimento que caracteriza a generalidade das sociedades dos países desenvolvidos, e deve merecer uma

reflexão dada a rapidez em que se passou de uma sociedade com uma população jovem para uma outra envelhecida (a população de 65 anos

ou mais representava 26,05% da população total em 2001).

Nem mesmo a posição que o Município apresenta no contexto da Região Centro motiva algum rejuvenescimento da população, mesmo tendo

em atenção a dinâmica económica observada em alguns Municípios deste território. Esta evolução representa, entre os anos de 1991 e 2001,

uma perda de -3,76% de população jovem, e por outro, um acréscimo de população com 65 e mais anos (1,96%).

A população da metade mais jovem da população activa (15 a 39 anos) sofreu um aumento de 0,97% e a metade mais idosa (40 a 64) registou

também um acréscimo de 0,84%. A consideração da estrutura etária por grandes grupos funcionais por Município destaca, assim, desde os

anos oitenta do século XX, uma evolução com perda de jovens e aumento de idosos.

Quadro 10 – População residente no Município de Arganil, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001.

Nº % Nº % Nº %

0 - 14 anos 3188 20,56 2452 17,61 1886 13,84

15 - 39 anos 4403 28,39 4085 29,33 4128 30,30

40 - 64 anos 4804 30,98 4034 28,97 4060 29,80

65 anos ou mais 3112 20,07 3355 24,09 3549 26,05

Total 15507 100 13926 100 13623 100

Grupos etários1981 1991 2001

Fonte: Recenseamento da população 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

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Enquadramento Territor ial do Município

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Figura 26 – População residente no Município de Arganil, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001.

A análise da pirâmide etária do Município de Arganil para o ano de 2001 reflecte, comparativamente ao ano de 1991, um envelhecimento da

população, o que se traduz por um estreitamento da base e um alargamento do topo da pirâmide (Figura 27). Ao decréscimo da população

pertencente às classes etárias jovens e jovens adultas (até aos 34 anos) corresponde, naturalmente, um aumento da população adulta (dos 35

aos 49 anos) e idosa (com 70 e mais anos).

O número de indivíduos total e por sexo nestes escalões etários é superior, em 2001 em relação a 1991, não havendo diferenças significativas

por sexo. Nos grupos etários dos idosos (70 e mais anos), sendo o número superior em ambos os sexos em 2001, as diferenças não são tão

expressivas como nos grupos anteriormente referidos.

Os grupos etários jovens e jovens adultos (até aos 34 anos) e adultos (entre os 35 aos 49 anos), apresentam sucessivamente mais indivíduos

nas classes seguintes, traduzindo a existência de um conjunto de classes ocas. De referir o facto da pirâmide etária relativa ao ano de 1991

apresentar um perfil populacional caracterizando uma estrutura não tão envelhecida (mas já não jovem). Um último aspecto sublinha o facto do

número de idosos ser superior no sexo feminino.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

1981

1991

2001

0 - 14 anos 15 - 39 anos 40 - 64 anos 65 anos ou mais

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

81

Figura 27 – Pirâmide etária da população residente no Município de Arganil entre 1991 e 2001.

Os valores do índice de envelhecimento reflectem esta evolução, uma vez que o total da população passou de 136,8% em 1991 para 188,2%

em 2001 (Quadro 11). Tratam-se de valores claramente mais expressivos, tendo por base o contexto nacional, já que esta relação era no

Continente de 69,5% em 1991 evoluindo para 104,5% em 2001. Considerando os valores por sexo, o escalão etário das mulheres apresenta

índices de envelhecimento superiores e mais expressivos (230,4% contra 148,2%, sendo que em 1991 eram de 168,2% e 107,6%,

respectivamente). Esta evolução traduz a dinâmica natural da população em que as mulheres morrem menos e também migram em menor

número.

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Enquadramento Territor ial do Município

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Quadro 11 – Índice de envelhecimento, índice dependência e estrutura etária no Município de Arganil em 1991 e 2001.

1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001

Anceriz 341,7 425,0 320,0 585,7 329,6 500,0 96,4 89,4 110,5 94,1 103,6 91,8 11,8 8,0 49,1 52,1 39,0 39,9

Arganil 71,3 78,2 125,0 135,4 96,3 106,4 56,6 50,8 61,5 64,1 59,1 57,5 18,9 17,7 62,8 63,5 18,2 18,8

Barril de Alva 128,6 169,2 197,2 304,8 163,4 229,8 80,0 59,3 111,5 75,2 95,4 67,1 18,5 12,2 51,2 59,8 30,3 28,0

Benfeita 300,0 468,4 381,1 492,3 343,5 482,2 75,7 90,0 93,2 127,3 85,0 108,7 10,4 8,9 54,1 47,9 35,6 43,1

Celavisa 173,1 450,0 360,0 541,7 254,3 505,0 85,5 52,4 107,0 98,7 96,4 74,7 13,9 7,1 50,9 57,2 35,2 35,7

Cepos 100,0 209,1 212,5 425,0 145,0 300,0 100,0 66,7 90,9 89,4 95,1 77,6 19,9 10,9 51,2 56,3 28,9 32,8

Cerdeira 120,0 144,4 231,0 342,9 170,3 212,2 71,3 63,5 91,4 63,3 81,2 63,4 16,6 12,4 55,2 61,2 28,2 26,4

Coja 87,7 144,6 123,2 234,7 105,5 186,7 55,0 53,2 63,6 61,5 59,4 57,4 18,1 12,7 62,7 63,5 19,1 23,8

Folques 227,8 352,4 377,8 533,3 292,1 442,9 90,8 79,2 91,5 120,9 91,1 99,1 12,2 9,2 52,3 50,2 35,5 40,6

Moura da Serra 410,0 720,0 633,3 1075,0 515,8 877,8 96,2 95,3 94,3 127,0 95,1 110,0 7,9 5,4 51,3 47,6 40,8 47,0

Piodão 94,9 557,1 175,0 1325,0 133,3 836,4 74,5 74,2 95,2 96,6 85,0 85,1 19,7 4,9 54,1 54,0 26,2 41,1

Pomares 264,1 444,0 459,0 493,3 361,5 470,9 87,7 106,3 122,5 122,8 105,9 115,0 11,1 9,4 48,6 46,5 40,3 44,1

Pombeiro da Beira 106,1 203,8 169,9 304,2 135,5 251,0 68,3 65,0 77,4 82,5 72,9 73,4 17,9 12,1 57,9 57,7 24,3 30,3

S. Martinho da Cortiça 66,1 90,5 106,0 171,3 85,9 129,0 60,7 47,7 76,5 64,9 68,5 56,1 21,9 15,7 59,4 64,1 18,8 20,2

Sarzedo 100,0 108,6 112,8 166,1 106,8 138,3 65,7 54,8 75,8 73,7 70,8 64,3 20,1 16,4 58,5 60,9 21,4 22,7

Secarias 55,3 80,0 85,4 105,4 69,3 92,2 61,9 45,9 58,0 52,1 59,8 48,8 22,1 17,1 62,6 67,2 15,3 15,7

Teixeira 92,3 500,0 217,6 320,0 141,9 394,1 70,4 82,4 72,0 79,2 71,2 80,8 17,2 9,0 58,4 55,3 24,4 35,6

Vila Cova de Alva 138,6 196,9 132,1 300,0 135,1 246,8 62,9 57,6 70,7 78,4 66,9 67,6 17,0 11,6 59,9 59,7 23,0 28,7

Total 107,6 148,2 168,2 230,4 136,8 188,2 66,1 58,4 76,7 74,4 71,5 66,4 17,6 13,8 58,3 60,1 24,1 26,1

Freguesias Homens Mulheres Total

Índice de envelhecimento (%) Índice de dependência total (%) Estrutura etária (%)

Homens Mulheres Total 0 a 14 15 a 64 65 e +

Fonte: INE, Censos 1991 e Censos 2001.

A leitura dos resultados do índice de dependência ajuda, também, a reflectir sobre a necessidade de definir políticas activas no que diz respeito

à população. Para o Município de Arganil, ocorreu uma ligeira diminuição do valor deste índice entre 1991 e 2001, de 71,5% para 66,4%, o que

significa que para cada 100 indivíduos potencialmente activos em 1991 e 2001 existiam respectivamente 72 e 66 não activos. Quer isto dizer

que não só ocorreu uma diminuição do peso dos não activos em relação aos potencialmente activos, mas também que, são cada vez menos os

jovens e mais os idosos no Município de Arganil, facto que deve ser considerado na interpretação deste coeficiente. Esta tendência verifica-se

de forma diferenciada entre os sexos, uma vez que os valores do índice de dependência em 2001 são mais elevados no sexo feminino (74,4%)

e mais reduzidos no sexo masculino (58,4%). A título de comparação, os valores do Continente reflectindo a mesma realidade, revelam

tendências no sentido da dependência dos não activos em relação aos activos, só que neste nível espacial de análise os valores são menores.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

83

Esta leitura deve ser realizada com algum cuidado, já que diminuindo o número de jovens não se verifica uma evolução no mesmo sentido dos

idosos, logo as políticas sociais tenderão a ter mais peso nas estratégias de desenvolvimento dos territórios no futuro.

Em síntese, e como se procurou demonstrar, a população das freguesias do Município de Arganil tem envelhecido, acompanhando aliás a

tendência de quase todo o país. Este facto parece estar relacionado, segundo os especialistas, não só com a mudança de mentalidades, o que

se reflecte na diminuição do número de filhos por casal, mas também pela procura de melhores condições de vida por parte da população

activa jovem e em idade de procriar que migra quer para os espaços urbanos (próximos ou afastados), quer para as duas grandes metrópoles

nacionais ou ainda para o estrangeiro.

2.1.1.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI

Tendo em atenção as dinâmicas populacionais descritas e as principais implicações do ponto de vista da organização das infra-estruturas e das

actividades no território importa, no quadro dos objectivos desta análise, tentar enquadrar as tendências de evolução no horizonte temporal das

duas primeiras décadas do século XXI. Utilizou-se o método das componentes por coortes como metodologia de base para uma análise mais

detalhada (por grupos de idades).

A análise dos resultados indica a diminuição da população no Município de Arganil nas duas primeiras décadas do século XXI (Quadro 12).

Com efeito, Arganil terá -2332 habitantes em 2021 tendo por referência a população residente de 2001 (-17,14%). Este resultado deverá ser

entendido no quadro da metodologia de projecção da população que considera apenas a dinâmica natural (nascimentos e óbitos).

Considerando os valores totais para o Município de Arganil, uma primeira ideia a referir destaca o crescimento negativo que ocorrerá por

década e que se traduzirá num decréscimo populacional (- 1118 habitantes em 2011, para 12492 residentes e de -600 indivíduos em 2016,

passando a 11891 residentes). A análise por freguesia sublinha uma tendência de decréscimo de população residente em todas as freguesias,

sendo que não existem diferenças a assinalar entre as freguesias mais populosas e as restantes. Efectivamente, a freguesia mais populosa

(Arganil) terá -183 habitantes em 2011, passando a população residente a ser de 3791 habitantes, e perderá 196 habitantes na década

seguinte, para um total de 3595 habitantes em 2021. A evolução desfavorável das restantes freguesias que identificámos como as mais

populosas expressa-se nos valores de decréscimo que Coja, São Martinho da Cortiça e Pombeiro da Beira apresentam. Os valores de

população residente em 2021 passarão a ser para estas Freguesias de 1318, 1397 e 1008 habitantes, respectivamente. Os valores

correspondentes em 2001 eram de 1650, 1536 e 1250. Em termos relativos, estas últimas freguesias verão a sua população reduzida em

20,14%, 9,08% e 19,38%, respectivamente. As restantes freguesias perderão entre 32 e 235 habitantes, valores pouco expressivos, mas com

importância atendendo aos quantitativos populacionais das freguesias (entre 188 e 731 habitantes).

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Enquadramento Territor ial do Município

84

Quadro 12 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Arganil entre 2001 e 2021.

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Anceriz 188 157 144 128 112 -31 -16,57 -13 -8,09 -17 -11,46 -16 -12,41 -76 -40,53

Arganil 3974 3887 3791 3692 3595 -87 -2,18 -97 -2,49 -99 -2,61 -97 -2,63 -379 -9,55

Barril de Alva 386 366 344 328 316 -20 -5,30 -21 -5,83 -16 -4,67 -12 -3,71 -70 -18,14

Benfeita 503 454 398 346 298 -49 -9,81 -56 -12,31 -52 -12,97 -48 -13,92 -205 -40,75

Celavisa 282 259 242 228 212 -23 -8,23 -17 -6,61 -14 -5,79 -16 -7,03 -70 -24,94

Cepos 174 162 148 134 117 -12 -6,80 -14 -8,81 -14 -9,32 -17 -12,40 -57 -32,49

Cerdeira 328 308 290 266 243 -20 -6,03 -18 -5,78 -25 -8,55 -22 -8,38 -85 -25,82

Coja 1650 1565 1485 1402 1318 -85 -5,13 -80 -5,11 -84 -5,64 -84 -5,99 -332 -20,14

Folques 458 427 389 349 313 -31 -6,82 -38 -8,81 -40 -10,32 -36 -10,44 -145 -31,75

Moura da Serra 167 149 126 103 85 -18 -10,98 -23 -15,53 -22 -17,64 -18 -17,76 -82 -49,07

Piódão 224 216 210 203 187 -8 -3,56 -6 -2,74 -7 -3,51 -16 -7,80 -37 -16,56

Pomares 587 515 452 397 352 -72 -12,34 -63 -12,16 -55 -12,22 -45 -11,37 -235 -40,10

Pombeiro da Beira 1250 1194 1137 1073 1008 -56 -4,46 -58 -4,82 -64 -5,64 -65 -6,04 -242 -19,38

São Martinho da Cortiça 1536 1507 1476 1440 1397 -29 -1,91 -31 -2,07 -35 -2,40 -44 -3,02 -139 -9,08

Sarzedo 731 729 721 709 694 -2 -0,26 -8 -1,05 -12 -1,68 -16 -2,21 -37 -5,11

Secarias 451 448 436 419 404 -3 -0,60 -12 -2,76 -17 -3,88 -15 -3,54 -47 -10,37

Teixeira 188 174 160 148 128 -14 -7,63 -13 -7,58 -12 -7,56 -21 -13,87 -60 -32,03

Vila Cova de Alva 533 543 543 528 501 10 1,89 -1 -0,10 -15 -2,77 -26 -4,98 -32 -5,95

Total 13623 13059 12492 11891 11278 -551 -4,04 -567 -4,35 -600 -4,81 -613 -5,16 -2332 -17,12

2001-2006 2006-2011 2011-2016 2016-2021 2001-20212021Freguesias 2001* 2006 2011 2016

(2001* - INE, Censos 2001).

Se atendermos também à dinâmica migratória e admitindo como cenário que nas próximas décadas se manterá o saldo migratório positivo

registado na década de noventa do século XX (921 residentes), significa que não obstante o saldo ser positivo, ainda assim a tendência será de

decréscimo populacional, em virtude do saldo migratório ser na maior parte das freguesias negativo (Quadro 13).

O crescimento populacional nas duas primeiras décadas do actual século será de -1,45% e -9,05%, respectivamente (passando os residentes a

ser 13413 e 12199, quando em 2001 o valor era de 13610 indivíduos).

As alterações registadas nas dezoito freguesias do Município de Arganil, considerando a dimensão migratória, permitem distinguir o

comportamento das Freguesias de Arganil, Secarias, Sarzedo e Vila Cova de Alva, com um acréscimo de respectivamente 763, 38, 15 e 14

residentes em 2011. As restantes freguesias evidenciam um cenário de perda populacional, mesmo integrando a componente migratória.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

85

Quadro 13 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Arganil, com saldo migratório entre 2001 e 2021).

Nº % Nº % Nº %

Anceriz 188 150 118 -38 -20,13 -32 -21,55 -70 -37,34

Arganil 3974 4737 4541 763 19,19 -196 -4,14 567 14,26

Barril de Alva 386 378 350 -8 -2,01 -28 -7,47 -36 -9,34

Benfeita 503 358 258 -145 -28,86 -100 -27,89 -245 -48,71

Celavisa 282 249 219 -33 -11,81 -30 -12,07 -63 -22,46

Cepos 174 141 110 -33 -19,03 -30 -21,58 -64 -36,51

Cerdeira 328 275 228 -53 -16,03 -47 -17,10 -100 -30,39

Coja 1650 1566 1399 -84 -5,07 -168 -10,70 -251 -15,23

Folques 458 434 358 -24 -5,21 -77 -17,64 -100 -21,93

Moura da Serra 167 107 66 -60 -36,18 -41 -38,02 -101 -60,45

Piódão 224 108 85 -116 -51,74 -23 -21,45 -139 -62,10

Pomares 587 444 344 -143 -24,37 -100 -22,61 -243 -41,47

Pombeiro da Beira 1250 1163 1034 -87 -6,98 -129 -11,09 -216 -17,30

São Martinho da Cortiça 1536 1380 1301 -156 -10,19 -79 -5,73 -235 -15,33

Sarzedo 731 746 719 15 2,11 -28 -3,72 -12 -1,69

Secarias 451 489 457 38 8,41 -32 -6,49 6 1,38

Teixeira 188 141 109 -47 -24,74 -33 -23,12 -79 -42,14

Vila Cova de Alva 533 547 505 14 2,54 -41 -7,55 -28 -5,20

Total 13623 13413 12199 -210 -1,54 -1214 -9,05 -1424 -10,45

Freguesias 2001* 2011 20212001-2011 2011-2021 2001-2021

(2001* - INE, Censos 2001).

As Freguesias de Piódão e Moura da Serra para o ano de 2021 perderão cerca de 62,10% e 60,45% da população residente, respectivamente.

Considerando apenas a dinâmica natural, estas últimas freguesias verão a sua população diminuir 16,56% (-37 indivíduos) e 49,07% (-82

indivíduos), respectivamente. Este cenário evidencia a fraca capacidade de atracção que estas freguesias têm conhecido nas últimas décadas.

A análise da dimensão dinâmica natural permite, assim, compreender uma parte da amplitude e complexidade das alterações demográficas.

Mas, no contexto da reorganização da rede de equipamentos educativos é importante analisar os nascimentos projectados até 2021. A

integração do comportamento desta variável é fundamental para que se possa prospectivar quais serão os volumes de população para os

diferentes escalões de idades, mesmo não se considerando o efeito resultante da presença de populações imigrantes e a diferente taxa de

fecundidade.

A evolução do número de sobreviventes por ano para as diferentes freguesias evidencia desde logo a quebra nos nascimentos projectados

(Quadro 14). Para o Município de Arganil projecta-se um decréscimo no número de nascimentos de 113 nascimentos em 2001 para 102

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Enquadramento Territor ial do Município

86

nascimentos em 2011, 99 nascimentos em 2016 e 89 nascimentos em 2021. As taxas de natalidade passarão a apresentar em todas as

freguesias (exceptuando o caso de Moura da Serra que não apresenta nenhum nascimento entre 2001 e 2021) valores entre os 4 a 12‰ em

2021 (Quadro 15), taxas semelhantes às observadas em 2001 (entre 0 e 15‰).

No quadro da reorganização da rede de equipamentos educativos é fundamental analisar o comportamento da população projectada (Quadro

121) e que poderá integrar os diferentes níveis de ensino (considerou-se a população dos grupos 0 a 4 anos – Pré-escolar, 5 a 9 anos – 1º

Ciclo, 10 a 14 anos – 2º e 3º Ciclos, 15 a 19 anos – Ensino Secundário e 20 a 24 anos – Ensino Superior).

O efeito da diminuição da fecundidade e da taxa de natalidade tem tradução na diminuição do número de indivíduos dos 0 a 4 anos em todas as

freguesias do Município de Arganil (Quadro 16). Na primeira década do actual século, o número de crianças em idade de frequentar o ensino

pré-escolar será reduzido em 143 indivíduos, passando dos actuais 537 para 394 crianças.

Quadro 14 – Nados-vivos no Município de Arganil entre 2001 e 2021. Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021

Anceriz 0 1 1 1 1

Arganil 47 43 40 38 37

Barril de Alva 6 3 3 3 2

Benfeita 3 2 2 2 2

Celavisa 0 1 1 2 1

Cepos 2 1 1 0 1

Cerdeira 2 2 2 1 1

Coja 13 10 10 9 8

Folques 3 2 2 2 1

Moura da Serra 0 0 0 0 0

Piódão 3 2 2 3 3

Pomares 1 2 2 2 2

Pombeiro da Beira 14 11 11 10 9

São Martinho da Cortiça 8 12 12 11 10

Sarzedo 5 6 6 6 6

Secarias 1 2 2 2 2

Teixeira 0 1 1 2 1

Vila Cova de Alva 5 5 5 4 4

Total 113 104 102 99 89 (2001* - INE, Censos 2001).

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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Quadro 15 – Taxa de natalidade no Município de Arganil entre 2001 e 2021 (‰). Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021

Anceriz 0,00 7,49 7,42 7,68 7,12

Arganil 11,83 11,07 10,51 10,22 10,19

Barril de Alva 15,54 8,48 9,00 8,02 6,73

Benfeita 5,96 3,78 4,03 4,96 5,56

Celavisa 0,00 3,54 5,34 7,69 6,89

Cepos 11,49 4,80 3,94 3,31 4,73

Cerdeira 6,10 6,20 5,91 5,17 4,41

Coja 7,88 6,09 6,51 6,42 5,70

Folques 6,55 4,70 4,28 5,08 4,28

Moura da Serra 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Piódão 13,39 7,07 10,71 16,44 13,52

Pomares 1,70 3,90 4,61 4,98 4,90

Pombeiro da Beira 11,20 9,07 9,36 9,36 8,95

São Martinho da Cortiça 5,21 7,82 8,07 7,79 6,98

Sarzedo 6,84 8,43 8,73 8,83 8,46

Secarias 2,22 4,91 5,00 5,23 4,59

Teixeira 0,00 2,88 7,27 12,36 10,44

Vila Cova de Alva 9,38 9,30 9,24 8,43 7,32

Total 8,59 6,27 6,52 6,58 6,33 (2001* - INE, Censos 2001).

A análise por freguesia destaca a diminuição que ocorrerá nas freguesias mais populosas (Arganil, Coja e São Martinho da Cortiça).

Acompanhando a tendência descrita, estas freguesias registarão um decréscimo de 19, 2 e 5 crianças. Por outro lado, Pombeiro da Beira, Vila

Cova de Alva, Piodão, Celavisa e Teixeira apresentarão um acréscimo de 9, 9, 7, 2 e 2 crianças, respectivamente. A tendência global de

decréscimo prosseguirá na década seguinte com uma diminuição de 56 crianças no Município. A análise da evolução por freguesia é

semelhante à descrita para o período anterior. As freguesias mais populosas (Arganil, Coja e São Martinho da Cortiça) terão -35, 12 e 16

crianças, o que em termos relativos se traduzirá em perdas de 16,0%, 24,9% e 25,0%, respectivamente.

Nos escalões etários dos 5 a 9 anos e dos 10 a 14 anos e considerando a primeira década do século XXI, registam-se decréscimos de,

respectivamente, 236 e 177 jovens no Município de Arganil (Quadros 17 e 18). Destacam-se os comportamentos das Freguesias de Coja e

Arganil (-36 e -23 jovens dos 5 aos 9 anos e -26 e -30 no grupo seguinte). Para o horizonte temporal 2001-2021 projectam-se decréscimos de

264 crianças, correspondendo a -41,4% no escalão dos 5 a 9 anos e 320 jovens no escalão dos 10 a 14 anos, correspondendo a -45,0%.

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Enquadramento Territor ial do Município

88

Os sobreviventes no grupo etário dos 15 a 19 anos terão uma diminuição de 201 indivíduos entre 2001 e 2011 (Quadro 19). Entre 2001 e 2021

este escalão etário registará uma redução de 436 indivíduos, correspondendo a uma diminuição de -52,2% de indivíduos neste escalão. A

análise por Freguesia destaca para a primeira década deste século um aumento de 6 jovens na Freguesia de Arganil e de 2 jovens na

Freguesia de Cepos. As restantes freguesias perderão entre 3 e 36 indivíduos. A dinâmica natural dos anos noventa do século passado permite

compreender a evolução negativa projectada para a maior parte das freguesias.

A consideração dos resultados para as idades de 20 a 24 anos reflecte igualmente esta dinâmica populacional (Quadro 20). Entre 2001 e 2021

haverá um decréscimo de indivíduos nestas idades (-293 indivíduos, correspondendo a -35,6%). À excepção da Freguesia de Folques que

contará com mais 1 indivíduo e da Freguesia de Pomares que apresentará o mesmo número de indivíduos que em 2001, todas as freguesias

registarão diminuições entre 1 indivíduo (Moura da Serra) e 55 indivíduos (São Martinho da Cortiça). Finalmente, esta evolução expressa, para

o Município de Arganil, um nítido fenómeno de envelhecimento populacional com a continuação da perda de população no escalão jovem (0 a

14 anos) e um aumento, até meados da década de vinte do actual século, do número de idosos (Quadros 22 e 23), expressando os índices de

envelhecimento esta evolução.

Quadro 16 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 0 a 4 anos no Município de Arganil entre 2001 e 2021.

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%)

Anceriz 5 6 5 5 4 -1 -20,4

Arganil 218 215 199 189 183 -35 -16,0

Barril de Alva 17 13 13 11 9 -8 -45,5

Benfeita 12 9 8 9 8 -4 -31,0

Celavisa 4 5 6 9 7 3 82,3

Cepos 4 4 3 2 3 -1 -30,6

Cerdeira 13 10 9 7 5 -8 -58,7

Coja 50 48 48 45 38 -12 -24,9

Folques 13 10 8 9 7 -6 -48,5

Moura da Serra 4 0 0 0 0 -4 -100,0

Piódão 4 8 11 17 13 9 216,0

Pomares 22 10 10 10 9 -13 -60,8

Pombeiro da Beira 44 54 53 50 45 1 2,5

São Martinho da Cortiça 65 59 60 56 49 -16 -25,0

Sarzedo 34 31 31 31 29 -5 -13,7

Secarias 23 11 11 11 9 -14 -59,6

Teixeira 4 3 6 9 7 3 66,7

Vila Cova de Alva 16 25 25 22 18 2 14,6

Total 537 401 394 373 337 -200 -37,2 (2001* - INE, Censos 2001).

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

89

Quadro 17 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 5 a 9 anos no Município de Arganil entre 2001 e 2021. Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%)

Anceriz 5 5 6 5 5 0 -1,9

Arganil 238 218 215 199 189 -49 -20,7

Barril de Alva 13 17 13 13 11 -2 -12,7

Benfeita 16 12 9 8 9 -7 -46,4

Celavisa 6 4 5 6 9 3 45,8

Cepos 7 4 4 3 2 -5 -68,3

Cerdeira 9 13 10 9 7 -2 -23,7

Coja 84 50 48 48 45 -39 -46,4

Folques 11 13 10 8 9 -2 -19,4

Moura da Serra 3 4 0 0 0 -3 -100

Piódão 4 4 8 11 17 13 316,7

Pomares 17 22 10 10 10 -7 -41,9

Pombeiro da Beira 37 44 54 53 50 13 35,7

São Martinho da Cortiça 82 65 59 60 56 -26 -31,6

Sarzedo 42 34 31 31 31 -11 -25,5

Secarias 27 23 11 11 11 -16 -59,4

Teixeira 6 4 3 6 9 3 52,8

Vila Cova de Alva 19 16 25 25 22 3 17

Total 637 537 401 393 373 -264 -41,4 (2001* - INE, Censos 2001).

Quadro 18 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 10 a 14 anos no Município de Arganil entre 2001 e 2021. Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%)

Anceriz 5 4 4 5 4 -1 -14,3

Arganil 248 238 218 215 199 -49 -19,7

Barril de Alva 17 13 17 13 13 -4 -21,5

Benfeita 17 16 12 9 8 -9 -52,9

Celavisa 10 6 4 5 6 -4 -35,4

Cepos 8 7 4 4 3 -5 -63,5

Cerdeira 19 9 13 10 9 -10 -54,8

Coja 76 84 50 48 48 -28 -36,4

Folques 18 11 13 10 8 -10 -53,8

Moura da Serra 2 3 4 0 0 -2 -100

Piódão 3 4 4 8 11 8 275

Pomares 16 17 22 10 10 -6 -34,8

Pombeiro da Beira 70 37 44 54 53 -17 -24

São Martinho da Cortiça 94 82 65 59 60 -34 -36,7

Sarzedo 44 42 34 31 31 -13 -28,4

Secarias 27 27 23 11 11 -16 -59,6

Teixeira 7 6 4 3 6 -1 -16,7

Vila Cova de Alva 27 19 16 25 25 -2 -7,2

Total 712 635 535 400 392 -320 -45 (2001* - INE, Censos 2001).

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Enquadramento Territor ial do Município

90

Quadro 19 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 15 a 19 anos no Município de Arganil entre 2001 e 2021. Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%)

Anceriz 6 2,5 3 3 4 -2 -41,1

Arganil 232 248 238 218 215 -17 -7,2

Barril de Alva 26 17 13 17 13 -13 -48,6

Benfeita 23 17 16 12 9 -14 -62,7

Celavisa 23 10 6 4 5 -18 -80,1

Cepos 5 8 7 4 4 -1 -22,2

Cerdeira 21 19 9 13 10 -11 -54,5

Coja 106 76 84 50 48 -58 -55,1

Folques 29 18 11 13 10 -19 -65,4

Moura da Serra 6 2 3 4 0 -6 -100

Piódão 11 3 4 4 8 -3 -30,6

Pomares 28 16 17 22 10 -18 -64,1

Pombeiro da Beira 73 70 37 44 54 -19 -25,8

São Martinho da Cortiça 115 94 82 65 59 -56 -48,8

Sarzedo 50 44 42 34 31 -19 -38,5

Secarias 37 27 27 23 11 -26 -70,2

Teixeira 12 7 6 4 3 -10 -79,2

Vila Cova de Alva 31 27 19 16 25 -6 -18,5

Total 834 710 633 533 398 -436 -52,2 (2001* - INE, Censos 2001).

Quadro 20 – População residente, sobreviventes e varação no grupo etário 20 a 24 anos no Município de Arganil entre 2001 e 2021. Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%)

Anceriz 8 6 2,5 3 3 -5 -56,7

Arganil 270 230 246 236 216 -54 -20

Barril de Alva 20 26 17 13 17 -3 -16,3

Benfeita 22 23 17 16 12 -10 -45,5

Celavisa 11 23 10 6 4 -7 -63,6

Cepos 12 5 8 7 4 -8 -66,7

Cerdeira 20 21 19 9 13 -7 -35

Coja 107 106 76 84 50 -57 -53,3

Folques 12 29 18 11 13 1 8,3

Moura da Serra 5 6 2 3 4 -1 -20

Piódão 3 11 3 4 4 1 33,3

Pomares 22 28 16 17 22 0 0

Pombeiro da Beira 78 73 70 37 44 -34 -43,6

São Martinho da Cortiça 120 115 94 82 65 -55 -45,8

Sarzedo 43 50 44 42 34 -9 -20,9

Secarias 28 37 27 27 23 -5 -17,9

Teixeira 6 12 7 6 4 -2 -33,3

Vila Cova de Alva 37 31 27 19 16 -21 -56,8

Total 825 831 707 631 532 -293 -35,6 (2001* - INE, Censos 2001).

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

91

Quadro 21 – População residente, sobreviventes e variação por escalão etário no Município de Arganil entre 2001 e 2021. Estrutura Etária 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%)

0 a 4 537 526 514 488 445 -92 -17,1

5 a 9 637 537 525 514 488 -149 -23,4

10 a 14 712 635 535 524 512 -200 -28,0

15 a 19 834 710 633 533 522 -312 -37,4

20 a 24 825 831 707 631 532 -293 -35,6

25 a 29 733 817 823 700 625 -108 -14,8

30 a 34 797 728 811 818 696 -101 -12,7

35 a 39 939 795 726 809 815 -124 -13,2

40 a 44 908 931 788 720 802 -106 -11,6

45 a 49 749 887 910 770 704 -45 -6,1

50 a 54 670 731 865 887 752 82 12,2

55 a 59 806 652 712 842 864 58 7,2

60 a 64 927 773 624 683 806 -121 -13,1

65 a 69 956 872 728 586 643 -313 -32,7

70 a 74 931 874 797 666 535 -396 -42,6

75 a 79 775 788 738 671 563 -212 -27,3

80 a 84 498 558 564 526 476 -22 -4,3

85 e + 389 383 412 430 421 32 8,1

Total 13623 13027 12414 11799 11200 -2423 -17,8 (2001* - INE, Censos 2001)

Os resultados do índice de envelhecimento para o Município de Arganil espelham uma diminuição deste índice a partir de 2006, atingindo o

valor de 182,5% em 2021, quando em 2001 o valor era de 188,2%. Isto significa que para cada 100 jovens existirão quase duas vezes mais

idosos em 2021. Um último comentário destaca os elevados índices de envelhecimento que as Freguesias de Cepos, Folques e Benfeita terão

em 2021, com 589,5%, 511,5% e 436,4%, respectivamente.

Relativamente ao índice de dependência (Quadro 24), são as Freguesias de Secarias e Arganil que apresentarão valores mais reduzidos

(39,4% e 47,8%). Isto significa que para cada 100 inactivos existirão cerca de 39 e 48 inactivos em 2021.

Quadro 22 – Índice de envelhecimento e estrutura da população no Município de Arganil entre 2001 e 2021 (%).

Indicadores 2001* 2006 2011 2016 2021

Índice de Envelhecimento - Homens 148,2 159,7 156,1 143,1 137,2

Índice de Envelhecimento - Mulheres 230,4 251,7 258,5 238,5 232,0

Índice de Envelhecimento - Total 188,2 204,7 205,7 188,7 182,5

População com idades entre 0 e 14 anos 13,8 13,0 12,7 12,9 12,9

População com idades entre 15 a 39 anos 30,3 29,8 29,8 29,6 28,5

População com idades entre 40 a 64 anos 29,8 30,5 31,4 33,1 35,1

População com idades entre 65 e + anos 26,1 26,7 26,1 24,4 23,6 (2001* - INE, Censos 2001).

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Enquadramento Territor ial do Município

92

Quadro 23 – Índice de envelhecimento por freguesia no Município de Arganil entre 2001 e 2021 (%). Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021

Anceriz 500,0 412,0 347,8 322,7 278,6

Arganil 105,4 106,6 106,4 102,2 103,7

Barril de Alva 229,8 252,8 207,9 197,0 238,1

Benfeita 482,2 589,8 648,1 591,2 436,4

Celavisa 500,0 625,4 675,7 474,4 371,5

Cepos 300,0 399,2 542,1 634,0 589,5

Cerdeira 212,2 298,3 276,1 305,5 331,7

Coja 186,7 206,5 248,5 247,7 258,4

Folques 442,9 537,8 523,3 513,8 511,5

Moura da Serra 877,8 - - - -

Piódão 836,4 661,1 437,8 245,1 171,9

Pomares 470,9 463,8 448,5 475,8 386,1

Pombeiro da Beira 249,7 272,9 214,9 175,2 167,9

São Martinho da Cortiça 129,0 155,3 178,1 177,4 196,2

Sarzedo 138,3 169,1 191,9 185,1 173,3

Secarias 92,2 143,1 200,4 249,9 266,7

Teixeira 394,1 561,3 609,4 376,3 205,9

Vila Cova de Alva 246,8 280,1 267,1 228,7 221,4

Total 188,2 204,7 205,7 188,7 182,5 (2001* - INE, Censos 2001).

Quadro 24 – Índice de dependência por freguesia no Município de Arganil entre 2001 e 2021(%). Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021

Anceriz 91,8 97,3 92,3 98,1 80,4

Arganil 57,2 55,4 52,5 49,3 47,8

Barril de Alva 67,1 71,6 63,9 52,8 57,1

Benfeita 108,7 125,2 116,2 101,0 81,1

Celavisa 74,1 69,1 93,3 99,7 100,5

Cepos 77,6 84,6 88,4 97,7 86,8

Cerdeira 64,0 68,9 67,5 61,7 58,5

Coja 57,4 55,2 52,1 53,8 55,3

Folques 99,1 103,5 100,8 91,8 87,6

Moura da Serra 111,4 128,7 156,3 120,1 112,6

Piódão 85,1 122,7 141,5 153,4 143,9

Pomares 115,0 116,2 106,4 78,7 66,6

Pombeiro da Beira 73,1 73,0 72,2 67,9 65,2

São Martinho da Cortiça 56,1 53,6 52,8 50,6 53,5

Sarzedo 64,3 65,0 63,8 60,2 57,0

Secarias 48,8 49,4 44,8 37,8 39,4

Teixeira 80,8 90,8 119,9 128,2 107,8

Vila Cova de Alva 67,6 72,9 81,5 82,5 72,7

Total 66,4 64,2 60,1 54,7 53,5 (2001* - INE, Censos 2001).

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

93

A análise realizada permite apresentar uma síntese dos principais comportamentos detectados no Município de Arganil. No que se refere à

evolução demográfica, regista-se um decréscimo da população na década mais recente, o qual resulta, fundamentalmente, da dinâmica natural

da população com taxas de natalidade reduzidas e mortalidade relativamente mais elevadas, sendo que esta supera aquela na década de

noventa.

De facto, o crescimento natural traduz taxas de natalidade reduzidas (entre 0 e 15‰) e taxas de mortalidade relativamente elevadas, superiores

aos valores da taxa de natalidade (entre 3 e 53‰), em linha com o observado na generalidade dos territórios portugueses. Esta evolução, tendo

em atenção os efeitos da dinâmica natural e da mobilidade da população, deve ser perspectivada no quadro da demografia portuguesa das

décadas mais recentes.

Numa aproximação na escala de análise e numa perspectiva do território de freguesia, destacamos a evolução desfavorável da generalidade

das freguesias que só não se verifica no caso da freguesia sede de Município. Relativamente à distribuição da população residente no território

do Município, constata-se um dispositivo espacial em que, não obstante a perda generalizada de população, ocorre um expressivo reforço do

centro (Arganil, Coja, São Martinho da Cortiça e Pombeiro da Beira).

As tendências de futuro traduzem-se numa dinâmica natural caracterizada por uma diminuição dos nascimentos associada a taxas de

fecundidade e de natalidade reduzidas. Todas as freguesias do Município de Arganil apresentam uma tendência de perda de população e nem

mesmo a consideração do saldo migratório favorável poderá compensar esta tendência.

Estamos, assim, em presença de um território marcado por contrastes físicos e em que as vantagens da posição não têm conseguido inverter a

tendência de perda de população, que tem vindo a ocorrer desde meados do século passado. É neste sentido que as políticas a definir e as

decisões a tomar devem ser perspectivadas tendo em atenção o contexto da análise realizada e as tendências detectadas.

2.2. As actividades económicas

2.2.1. Caracterização geral

A caracterização da população deve, também, considerar a estrutura segundo as actividades económicas e, de uma forma geral, os aspectos

que permitem entender os principais elementos da dinâmica económica, mesmo tendo em atenção que serão apresentados apenas dados para

o Município de Arganil. Um primeiro comentário tem por base a população activa total, os empregados e os desempregados e as respectivas

taxas. Em termos de taxa de actividade (Quadro 25), o Município de Arganil apresenta valores inferiores aos calculados para o Continente quer

no ano de 1991 (34,8% contra 44,9%), quer em 2001 (43,2% contra 48,4%). Contudo, enfatiza-se um reforço superior ao registado no

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Enquadramento Territor ial do Município

94

Continente na última década dos activos empregados na população residente. Os valores absolutos de activos totais são de 4601 e 5589,

respectivamente em 1991 e 2001.

O reforço da taxa de actividade ocorreu num contexto de um contributo mais expressivo das mulheres, já que os valores da taxa de actividade

passaram de 25,6% para 34,8%, enquanto que no caso dos homens se registou um aumento menor (de 45,0% para 52,3%). Acresce que esta

evolução acompanhou a registada no Continente, sendo que neste ocorreu também sobretudo o acréscimo das mulheres na população activa

(de 36,0% para 42,3%), uma vez que os activos masculinos registaram um muito ligeiro reforço (de 54,4% para 54,9%).

Quadro 25 - Indicadores síntese de dinâmica populacional e emprego, em 1991 e 2001.

1991 2001 1991-2001 1991 2001 1991 2001 H M HM H M HM 1991 2001

Arganil 13926 13623 -2,2 4849 5879 4601 5589 45,0 25,6 34,8 52,3 34,8 43,2 5,1 4,9

Continente 9375926 9869343 5,3 4203156 4778115 3945520 4450711 54,4 36,0 44,9 54,9 42,3 48,4 6,1 6,9

Taxa de desemprego (%)1991 2001Unidade

População residenteVariação

populacional (%)População activa total População empregada

Taxa de actividade (%)

Fonte: INE, Censos 1991 e Censos 2001, Lisboa.

Se em relação à taxa de actividade o comportamento do Município segue as tendências detectadas para o Continente, no que diz respeito à

taxa de desemprego o Município de Arganil apresenta, quer para o ano de 1991, quer para 2001, valores inferiores aos registados no

Continente (5,1% contra 6,1% e 4,9% contra 6,9%).

Estamos, assim, em presença de comportamentos que permitem pensar que o Município de Arganil tem tido na década de noventa alguma

dinâmica económica que se traduziu, num pequeno acréscimo populacional na Freguesia de Arganil (a variação da população residente foi

nesta Freguesia de 25,4% enquanto que o Continente sofreu um acréscimo substancialmente menor de 5,3%). O Município perdeu, no mesmo

período, -2,2% dos residentes.

2.2.2. Sectores de actividade e profissões

A análise da repartição da população activa empregada por sector de actividade económica sublinha a importância que as actividades

relacionadas com os sectores terciário e secundário têm no Município, uma vez que representam, no ano mais recente (2001), respectivamente

42,6% e 41,2% dos empregados (Quadro 26). Trata-se de um valor inferior ao valor registado no Continente no caso do sector terciário (59,7%),

mas superior em termos de sector secundário (41,2% contra 35,5%). Mas, na última década o reforço do emprego foi significativo no sector

terciário (47,4%), acréscimo superior ao registado no Continente (31,9%).

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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Quadro 26 - População residente empregada segundo o sector de actividade económica, em 1991 e 2001. Unidade Ano 1º 2º 3º SNS 3º SRAE 3ª Total

751 2 236 620 994 1 614 4 601

16,3 48,6 13,5 21,6 35,1 100,0

905 2 305 1 147 1 232 2 379 5 589

16,2 41,2 20,5 22,0 42,6 100,0

413 325 1 517 744 676 902 1 337 549 2 014 451 3 945 520

10,5 38,5 17,2 33,9 51,1 100,0

211 603 1 581 676 1 123 121 1 534 311 2 657 432 4 450 711

4,8 35,5 25,2 34,5 59,7 100,0Arganil 20,5 3,1 85,0 23,9 47,4 21,5

Continente -48,8 4,2 65,9 14,7 31,9 12,81991-2001 (%)

Arganil

1991

2001

Continente

1991

2001

Fonte: INE, Censos 1991 e Censos 2001, Lisboa.

No contexto do sector terciário é de referir a importância que os serviços relacionados com a actividade económica têm, já que representavam

22,0% do emprego em 2001, mesmo sendo um valor inferior ao do Continente (34,5%). A evolução entre 1991 e 2001 foi mais expressiva no

Município por comparação ao Continente, com efeito, verificou-se um acréscimo de 23,9% e 14,7%, respectivamente. Por outro lado, e no que

se refere aos serviços de natureza social, este Município apresenta, quer para 1991 quer para 2001, valores inferiores aos registados no

Continente (13,5% contra 17,2% em 1991 e 20,5% contra 25,2% em 2001), facto que ajuda a entender as características e a natureza da

dinâmica económica recente no Município.

Em relação ao sector secundário, actividade com expressão no Município, apresenta um número de activos superior ao registado no Continente

em 2001 (41,2% contra 35,5%), relação que se observava dez anos antes (48,6% e 38,5%).

Por último, destaca-se a evolução ocorrida nas actividades do sector primário, com um aumento de cerca de 20,5% dos activos na década de

noventa, correspondendo em 2001 os empregados neste sector a 16,2% dos activos, valor claramente superior ao verificado no Continente

(4,8%). Trata-se, assim, de um Município onde as actividades ligadas à agricultura continuam a ter uma forte expressão territorial.

A leitura da evolução e da estrutura da população residente empregada segundo os grupos de profissões permite ampliar o conhecimento da

sócio-economia do território (Quadro 27). Efectivamente, predomina o Grupo 7 – Trabalhadores da produção industrial e artesãos (30,2% dos

activos empregados em 2001), grupo que registou desde 1991 um reforço dos activos (38,4%, de 1220 para 1688).

O Grupo 6 – Trabalhadores da agricultura e pesca apresenta ainda uma forte expressão no território (16,0% dos activos), tendo mesmo ocorrido

um reforço expressivo dos activos neste grupo (83,0%). O total de trabalhadores neste grupo é de 893.

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Enquadramento Territor ial do Município

96

O Grupo 9 – Trabalhadores não qualificados da agricultura, indústria, comércio e serviços tem na estrutura da população residente empregada

uma importância elevada, mesmo tendo ocorrido uma diminuição de 33,3% desde 1991, já que ainda representavam 14,3% (802 indivíduos)

dos empregados em 2001.

O Grupo 5 – Pessoal dos serviços de protecção e segurança, dos serviços pessoais e domésticos e trabalhadores similares tendo importância

em termos estruturais (11,0%, 612 pessoas), registou na década de noventa uma variação expressiva (de 53,0%), permitindo de alguma forma

compreender a dinâmica económica (e demográfica) apresentada.

Destacam-se, ainda, por apresentarem comportamentos opostos na década de noventa, os Grupos 8 – Operadores de instalações industriais e

máquinas fixas, condutores e montadores (-14,4%) e 4 – Empregados administrativos (25,8%), mesmo tendo em atenção os menores valores

absolutos de partida (520 e 310, respectivamente). Em termos estruturais a repartição de activos por profissões segue, assim, de perto o

comportamento observado no Continente.

Quadro 27 - População residente empregada segundo grupos de profissões, em 1991 e 2001. Unidade Ano Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7 Grupo 8 Grupo 9 Grupo 0 Total

169 92 189 310 400 488 1 220 520 1 203 10 4 601

3,7 2,0 4,1 6,7 8,7 10,6 26,5 11,3 26,1 0,2 100,0

276 157 303 390 612 893 1 688 445 802 23 5 589

4,9 2,8 5,4 7,0 11,0 16,0 30,2 8,0 14,3 0,4 100,0

169 702 222 100 293 959 421 440 527 156 322 321 943 714 353 157 651 544 40 427 3 945 520

4,3 5,6 7,5 10,7 13,4 8,2 23,9 9,0 16,5 1,0 100,0

316 592 381 462 425 888 490 874 626 455 169 359 963 886 386 603 658 817 30 775 4 450 711

7,1 8,6 9,6 11,0 14,1 3,8 21,7 8,7 14,8 0,7 100,0

Arganil 63,3 70,7 60,3 25,8 53,0 83,0 38,4 -14,4 -33,3 130,0 21,5

Continente 86,6 71,8 44,9 16,5 18,8 -47,5 2,1 9,5 1,1 -23,9 12,8

1991-2001 (%)

Arganil

1991

2001

Continente

1991

2001

Fonte: INE, Censos 1991 e Censos 2001, Lisboa.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

97

2.3. A evolução do construído

Um documento com as características que uma Carta de Equipamentos Desportivos deve assumir não pode, em circunstância alguma, deixar

de abordar a questão da evolução do construído, em especial, porque os aglomerados populacionais se relacionam com os diferentes

equipamentos colectivos.

A análise da evolução do construído no Município de Arganil foi realizada com base em dois momentos distintos através das cartas militares

1/25 000, do final da década de 40, e os ortofotomapas de 2003. A escolha destes momentos específicos teve como objectivo a comparação

entre o período compreendido entre 1940 e 1950, que corresponde à implementação do plano global de expansão da rede educativa do ensino

primário - o “Plano Centenário”, e o momento presente, que apresenta características completamente diferentes, resultantes das profundas

transformações demográficas e sócio-económicas de que o país foi alvo no último meio século.

O Município de Arganil, tal como foi referido anteriormente, apresenta uma distribuição populacional bastante condicionada por

constrangimentos físicos, que se traduz por fortes assimetrias, associadas às dificuldades de mobilidade. Estas características têm vindo, desde

sempre, a condicionar a estrutura do povoamento, mostrando uma configuração que parece confirmar muito do interpretado a partir das

Tipologia de Áreas Urbanas9, apresentada pelo INE. De acordo com o referido, parece ser correcto definir o Município de Arganil, como

predominantemente rural, dado que apenas as Freguesias de Arganil e Barril de Alva, localizadas no sector central, podem ser consideradas

segundo a tipologia apresentada pelo INE como “Medianamente Urbanas”, muito discutível, no caso particular da última freguesia, enquanto

que o restante território se integra, no que é designado por “Áreas Predominantemente Rurais”.

A observação da Ocupação do Solo do Município de Arganil revela de imediato a influência que a condicionante física da Cordilheira Central

tem sobre o uso do solo (Figura 28). Como se pode observar através da análise da Carta de Ocupação do Solo10, os “Meios semi-naturais”

apresentam um peso muito significativo, representando 47,06% do território municipal, facto que se deve à forte implantação de vegetação

arbustiva baixa (matos) no sector Este do Município, ou seja, nas vertentes de declive mais significativos da Cordilheira Central. 9 Integram as Áreas Predominantemente Urbanas (APU) as seguintes situações: Freguesias urbanas; Freguesias semi-urbanas contíguas às freguesias urbanas, segundo orientações e critérios de funcionalidade/planeamento; Freguesias semi-urbanas constituindo por si só áreas predominantemente urbanas segundo orientações e critérios de funcionalidade/planeamento; Freguesias sedes de concelho com população residente superior a 5 000 habitantes. Integram as Áreas Mediamente Urbanas (AMU) as seguintes situações: Freguesias semi-urbanas não incluídas na área predominantemente urbana; Freguesias sedes de concelho não incluídas na área predominantemente urbana. Integram as Áreas Predominantemente Rurais (APR) os restantes casos. 10 Actualização de 1995 da COS’90 – Cartografia de Ocupação do Solo, 1/25 000, elaborada a partir de imagens classificadas de 1990 e 1991, disponibilizada, em formato digital, pelo Instituto Geográfico Português.

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Enquadramento Territor ial do Município

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As “Áreas Florestais”, por sua vez, representam 36,03% do território, os quais se devem essencialmente à presença de Pinheiro Bravo e

Eucalipto, tanto na zona da Cordilheira Central como no sector Oeste da Plataforma do Ceira. Por seu turno, as “Áreas Agrícolas” representam

14,24%, destacando-se, neste grupo, os territórios agro-florestais, as culturas anuais de sequeiro e os sistemas culturais e parcelares

complexos, mostrando um peso relativo quando comparados com os anteriores. O restante território municipal é representado pelo “Espaço

Urbano”, com 1,24%, as “Superfícies com água”, com 1,23% – valor este devido à presença da Albufeira de Fronhas – e aos “Outros Espaços

Artificiais” com 0,20%, o que não deixa margem para dúvidas sobre o carácter eminentemente rural do Município.

Analisando a relação entre a evolução da população e do construído e, retomando muito do que já foi apresentado sobre a população residente,

observou-se uma diminuição da população residente na globalidade das freguesias (Figura 29). Não obstante, as Freguesias de Arganil e

Secarias registaram um aumento demográfico, o que poderá justificar um aumento relativo do edificado (Figura 30).

Assim, no conjunto das freguesias que compõem este Município, verifica-se que a maior área de implantação do construído pertence ao sector

central, composto pelas Freguesias de Arganil, Sarzedo, Secarias, São Martinho da Cortiça, Coja e, ainda Barril de Alva e Vila Cova de Alva,

um pouco mais a Norte, nas quais se observa, também, a maior concentração populacional. Neste conjunto de freguesias verifica-se, ainda,

uma distribuição populacional por vários lugares, com um padrão claro de concentração ao longo das vias de comunicação, nomeadamente da

EN17 (Estrada da Beira), a qual, no passado, se assumiu como um eixo rodoviário fundamental, reflectindo-se na própria evolução do

construído.

Por outro lado, destacam-se as Freguesias de Cepos, Celavisa, Teixeira, Pombeiro da Beira, Piódão e Moura da Serra, sectores mais

periféricos, com importantes condicionalismos físicos associados, pela elevada concentração populacional no lugar sede de freguesia e por

uma distribuição em pequenos núcleos residenciais bastante dispersos, com carácter rural. Aliás, a mesma situação se observa nas Freguesias

de Folques e Benfeita.

De um modo global, a distribuição do povoamento no Município de Arganil encontra-se associada a localizações preferenciais em função da

proximidade à rede viária e à orografia (Figura 31). É possível, assim identificar vários núcleos diferenciados, não sendo, em algumas áreas, tão

evidentes pela percentagem de solo edificado ser mais reduzida. No sector Sudeste do Município, que corresponde à Serra do Açor, a falta de

vias de comunicação e a orografia condicionam a fixação da população, daí a tendência de crescimento do construído observada no sector

Norte, não se ter observado neste sector.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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Fonte: Centro Nacional de Informação Geográfica.

Figura 28 - Carta de Ocupação do Solo do Município de Arganil.

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Enquadramento Territor ial do Município

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Figura 29 - Evolução do construído no Município de Arganil.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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Figura 30 - Evolução do construído no sector central do Município de Arganil.

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Enquadramento Territor ial do Município

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Figura 31 - Relação entre o construído e a rede de acessibilidades no Município de Arganil.

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Análise dos Equipamentos Desportivos

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

105

EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS ARTIFICIAIS

De acordo com a hierarquia da rede de equipamentos para o desporto, e como foi anteriormente referido, os equipamentos desportivos

artificiais, dividem-se em equipamentos especiais, que por sua vez se subdividem em equipamentos de competição/espectáculo e

equipamentos especializados; e em equipamentos básicos, que integram os equipamentos de base recreativos e os de base formativos. Estes

últimos, e num quadro de uma análise efectuada de acordo com as antigas definições do Instituto de Desporto de Portugal ou as adoptadas

pela DGOTDU, aliás já anteriormente descritas, integram todo um conjunto de tipologias, nomeadamente os “Grandes Campos de Jogos”, os

“Pequenos Campos de Jogos”, os “Pavilhões Desportivos Polivalentes”, as “Salas de Desporto”, as “Piscinas Cobertas”, as “Piscinas

Descobertas”, as “Pistas de Atletismo” e integra ainda, no âmbito o dos equipamentos especiais, o grupo designado de “Outros” ou

“Especializados”.

Embora estas tipologias se encontrem algo desactualizadas, atendendo às recentes transformações que ocorreram no parque desportivo

nacional, é com base nelas, que se efectua a análise dos equipamentos desportivos artificiais que integram o parque desportivo do Município de

Arganil.

1.1. Distribuição Espacial dos Equipamentos Desportivos

Numa primeira análise à rede de equipamentos desportivos artificiais do Município de Arganil observa-se que o peso por tipologias apresenta

valores bastante diferenciados, consoante a tipologia em questão (Figura 32 e Quadro 28). De um total de 63 equipamentos desportivos

disponíveis no território municipal, destaca-se de uma forma clara o peso dos “Pequenos Campos de Jogos” com 29 espaços, que

correspondem a cerca de metade do total (46,03%). Este facto, aliás, é facilmente explicável, em termos nacionais, pela simples razão destes

equipamentos implicarem, à partida, um menor investimento financeiro por parte da Autarquia (ou de entidades privadas), assim como custos

de manutenção pouco significativos nos primeiros anos de utilização.

Seguem-se as “Piscinas Descobertas”, com nove equipamentos (14,29%), os “Grandes Campos de Jogos” e os “Pavilhões” com sete

equipamentos cada (11,11%), as “Salas de Desporto” com cinco equipamentos (7,94%), as “Pistas de Atletismo” com quatro (6,35%) e os

“Outros” com dois equipamentos (3,17%). Verifica-se ainda que a tipologia de “Piscinas Cobertas” não apresenta qualquer equipamento no

território municipal. Tendo em consideração tudo o que foi referido anteriormente sobre a população residente, as acessibilidades e a evolução

do construído, mas também, pela simples observação de uma massa crítica, existente nos diferentes sectores do município, verifica-se uma

1

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Análise dos Equipamentos Desportivos

106

evidente concentração espacial dos equipamentos desportivos na Freguesia de Arganil - sede do Município - com 20 espaços, seguindo-se, em

termos absolutos, a Freguesia de Coja com oito equipamentos e a de Pomares com seis, o que indica que três freguesias integram 34 do total

dos 63 equipamentos existentes, ou seja, mais de metade do total (Figura 32 e 33 e Quadro 28).

Figura 32 – Percentagem de equipamentos desportivos artificiais, por tipologia

Quadro 28 – Distribuição dos equipamentos desportivos

Município

Grandes

Campos de

Jogos

Pequenos

Campos de

Jogos

PavilhõesSalas de

Desporto

Piscinas

Cobertas

Piscinas

Descobertas

Pistas de

AtletismoOutros Total

Anceriz - 1 - - - - - - 1

Arganil 1 7 3 3 - 2 3 1 20

Barril de Alva - 1 - - - - - - 1

Benfeita - 3 - - - 2 - - 5

Celavisa 1 - - - - - - - 1

Cepos - 1 - - - 1 - - 2

Cerdeira - 1 - 1 - - - - 2

Coja 1 3 1 1 - - 1 1 8

Folques - 2 - - - - - - 2

Moura da Serra - 1 - - - - - - 1

Piódão - - - - - - - - 0

Pomares 1 3 - - - 2 - - 6

Pombeiro da Beira - - 1 - - - - - 1

São Martinho da Cortiça 1 - 1 - - - - - 2

Sarzedo 1 2 1 - - - - - 4

Secarias - 2 - - - - - - 2

Teixeira - 1 - - - 2 - - 3

Vila Cova de Alva 1 1 - - - - - - 2

TOTAL 7 29 7 5 0 9 4 2 63

46,03

14,29

11,11

11,11

6,353,17

Pequenos Campos de Jogos

Piscinas Descobertas

Grandes Campos de Jogos

Pavilhões

Salas de Desporto

Pistas de Atletismo

Outros

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

107

Neste quadro de análise, a Freguesia de Arganil, destaca-se, como seria de esperar, pelo elevado número de equipamentos na maioria das

tipologias, contudo, deve-se em grande parte à tipologia “Pequenos Campos” onde se registam sete equipamentos. Também com um número

razoável de equipamentos, destacam-se as Freguesias de Benfeita (com cinco) e de Sarzedo (com quatro). Por sua vez, com um menor

número de equipamentos desportivos, mais concretamente, com apenas um espaço, observam-se as Freguesias de Anceriz, Barril do Alva,

Celavisa, Moura da Serra e Pombeiro da Beira. Deve ainda ser salientado o facto de, não se registar, na Freguesia de Piódão, qualquer espaço

desportivo.

Esta concentração de equipamentos na Freguesia de Arganil não se pode dissociar do facto de aquela apresentar não só um maior valor

populacional, mas fundamentalmente, uma maior concentração de estabelecimentos de ensino, facto que tem justificado, ao longo dos tempos,

o maior investimento no seu parque desportivo (tanto privado como público).

Porém, uma análise deste tipo, manifestamente simplista, pode distorcer a realidade, razão pela qual parece ser relevante, num momento

posterior, caracterizar com maior pormenor os diferentes equipamentos desportivos existentes no Município, de modo a compreender

verdadeiramente a realidade do estado do parque desportivo. Assim, uma análise por tipologia e simultaneamente, por freguesia, deve

considerar as principais características dos equipamentos, permitindo, desse modo, retirar bastantes ilações referentes à efectiva qualidade do

parque desportivo municipal e também sobre a sua capacidade de utilização pelos cidadãos do Município.

Pretende-se com esta forma de abordagem obter condições de análise, capazes de considerar, em simultâneo, um mesmo conjunto de

características, e isto para as diferentes tipologias (Quadro 29).

A política de investimento dos equipamentos colectivos, particularmente, os desportivos, em especial ao longo das últimas três décadas, ou

mais propriamente a partir da data de promulgação da Lei de financiamento das autarquias locais (1979), influenciou, de um modo inequívoco,

a Rede de Equipamentos Desportivos Artificiais dos diferentes Municípios do território Nacional, embora deva ser reconhecido que os diferentes

resultados observados, reflectem, em termos objectivos, as diferentes políticas desportivas implementadas. É nesse contexto que se deve

procurar efectivar uma análise “fina” sobre esse mesmo parque, de modo a que possam ser complementados os dados retirados sobre a

análise quantitativa “pura” e os dados sobre os, muito discutíveis, “Índices de Comunidade”.

Assim, e como foi anteriormente referido, no Município de Arganil (vide Quadro 28), predominam os Pequenos Campos de Jogos, embora dos

29 equipamentos existentes, apenas três apresentem balneários e iluminação e cinco dispõem de bancadas, e destes 29 espaços, verifica-se

que dez, se referem a estruturas complementares que integram escolas.

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Análise dos Equipamentos Desportivos

108

Deste modo, a proliferação deste tipo de equipamento, facto muito comum em todo o território português, traduz, de modo efectivo, a tentativa

de satisfazer as necessidades das populações, em particular das mais jovens, no que diz respeito a estruturas recreativas, apresentando-se

como equipamentos desportivos de proximidade, em substituição do que deveriam ser os logradouros desportivos de áreas de planeamento

muito próprias.

Isto aconteceu, simultaneamente, numa fase onde se verificou uma importante transformação do quadro desportivo nacional, com o incremento

de outras práticas desportivas que não apenas o futebol (modalidade que dominou de um modo esmagador até à década de 80 do século

passado, embora, se observe que, nos tempos mais próximos, o futsal tenha vindo a assumir esse mesmo protagonismo), razão pela qual se

observou a implantação de espaços com essas características, reforçada ainda pelos baixos custos de construção e manutenção, que levaram

muitas autarquias a optar pela sua construção numa perspectiva de apresentar “obras feitas”.

Quanto ao estado de conservação dos diferentes equipamentos, análise fundamental para o conhecimento da realidade do parque desportivo

de um território, observa-se que, no caso de Arganil, estes se encontram maioritariamente em estado razoável (22 equipamentos), registando-

se, no entanto, 17 em mau estado e cinco em abandono, que poderão justificar algum tipo de intervenção imediata, numa perspectiva de

remodelação/recuperação, ou, em alternativa, deverão ser “desclassificados” da Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais e posteriormente

do Plano Director Municipal.

Esta proposta de intervenção deve incidir nos “Pequenos Campos” (nove equipamentos) que se encontram em mau estado de conservação

(registando-se mesmo dois em estado de abandono) e que não registam qualquer actividade regular ou mesmo anual. Os “Grandes Campos”

ao registarem três equipamentos em mau estado de conservação e outros três em estado de abandono, também deverão ser alvo deste tipo de

acção, optando-se pela sua recuperação ou pela sua desclassificação enquanto equipamentos desportivos.

No que se refere à natureza jurídica dos diferentes equipamentos, observa-se que a diferença entre público e privado não é muito significativa,

já que, no total, se registam 37 equipamentos públicos e 26 privados. É ainda de salientar que dez dos 37 equipamentos públicos se encontram

integrados no parque escolar e logo, são da responsabilidade do Ministério da Educação. Verifica-se ainda que 26 espaços são propriedade da

autarquia.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

109

Figura 33 – Distribuição espacial dos equipamentos desportivos artificiais.

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Análise dos Equipamentos Desportivos

110

Quadro 29 – Distribuição dos equipamentos desportivos artificiais, segundo as suas principais características, por tipologia

Mui

to B

om

Bom

Raz

oáve

l

Mau

Aban

don

ado

Anua

l

Sazo

nal

Des

activ

ado

Em con

stru

ção

Aut

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Gen

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o

Con

dicio

nad

o

For

temen

te C

ondi

c.

Res

trito

Form

al

Ofic

ial

Rec

reativo

Form

ativo

Grandes Campos 7 5 4 1 1 - - 3 3 3 - 3 1 2 - - - 4 1 - 6 - - 1 - 2 - - - 5 - 2 5 - - 7 - 3 4

Pequenos Campos 29 3 3 5 2 4 12 9 2 27 - 2 - 18 3 1 - 1 6 10 19 10 - - - 17 1 10 - 1 - 14 15 - - 27 2 20 9

Pavilhões 7 7 7 5 1 2 4 - - 7 - - - 2 2 - - 2 1 3 3 3 - 1 - - 3 3 - 1 - - 7 - - 6 1 1 6

Salas de Desporto 5 5 - - 1 2 1 1 - 5 - - - - 1 - - 1 3 1 3 1 1 - - - 3 1 - 1 - - 5 - - 5 - - 5

Piscinas Cobertas - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Piscinas Descobertas 9 - 1 - 2 3 - 4 - - 9 - - 3 - - - 1 5 - 8 - 1 - - 3 6 - - - - 3 6 - - 7 2 9 -

Pistas de Atletismo 4 - - - - 1 3 - - 4 - - - - 4 - - - - 4 - 4 - - - - - 4 - - - - 4 - - 4 - - 4

Outros 2 1 - - - - 2 - - 2 - - - 1 - - - - 1 - 1 - 1 - - 2 - - - - - 2 - - - 2 - 2 -

Total 63 21 15 11 7 12 22 17 5 48 9 5 1 26 10 1 0 9 17 18 40 18 3 2 0 24 13 18 0 8 0 21 42 0 0 58 5 35 28

Tipo de Acesso FuncionalidadeTipo de

Equipamento

Natureza Jurídica (Proprietário)

Público Privado

Equ

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ento

s Es

colare

s Importância Principal Utilizador

Tipo

logia

Estado de Conservação Estado de Uso

Nº de

Equ

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s

Ilumin

ação

Balne

ário

s

Ban

cada

s

Quanto aos espaços de natureza jurídica privada, observa-se uma forte incidência no Município, embora deva ser realçado que, neste caso, se

trata fundamentalmente do investimento de associações, algo que evidencia, de imediato, o peso que o Movimento Associativo (com nove

espaços) e outras organizações privadas (com 17 espaços) assumem no contexto desportivo do Município de Arganil11.

No que diz respeito à importância que os equipamentos apresentam na prática de actividade física comum, na prática desportiva de rendimento

ou na realização de eventos desportivos, os equipamentos artificiais do Município apresentam uma predominância da importância de nível local

(40), facto que demonstra uma preocupação primordial pela satisfação da procura por parte da população residente, e só, numa perspectiva

posterior, pela satisfação de outros utilizadores que não a população em geral. Porém, deve ser realçado que, muitas vezes, essa satisfação

(ou não) se deve à importância e ao nível competitivo atingido pelos diferentes intervenientes do fenómeno desportivo municipal. De referir

11 Dada a importância e o papel das Associações no investimento desportivo, proceder-se-á, num ponto específico do presente relatório, à sua análise pormenorizada.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

111

também, que se registaram dois equipamentos com importância regional, nomeadamente o Estádio José Eduardo Ralha (Freguesia de Arganil)

e o Pavilhão do Grupo Desportivo e Cultural de São Martinho da Cortiça (Freguesia de São Martinho da Cortiça).

Nesta lógica, e embora o utilizador mais frequente seja a população geral, o acesso aos equipamentos, encontra-se, em grande medida

condicionado, sendo exigida previamente, por parte da entidade responsável pelo espaço desportivo, uma autorização, que pode ser mais ou

menos complexa de obter, ou mesmo, em situação extrema, um pagamento. Verifica-se esta situação em 42 dos 63 equipamentos

recenseados.

Quanto ao carácter de utilidade do equipamento, constata-se que 58 são formativos e cinco apresentam uso recreativo, embora esta divisão

seja muito discutível, uma vez que, muitos dos equipamentos de carácter recreativo, podem funcionar como formativos e vice-versa.

1.2. Análise dos Equipamentos Desportivos por Tipologia

Aquando de uma primeira análise sobre o parque desportivo de um qualquer território, existe a tentação de se caracterizar a rede de

equipamentos desportivos de acordo com o seu número absoluto ou tendo em consideração os valores dos Índices de Comunidade. Porém,

para uma melhor caracterização do parque desportivo de um Município como o de Arganil, outros tipos de análise são prioritários,

nomeadamente a questão da tipologia dos equipamentos, da sua distribuição no território, ou mesmo das suas relações com o que foi e o que

deverá ser, o posicionamento da autarquia relativamente ao fenómeno desportivo e logo, ao impacto deste, no incremento de novos

equipamentos ou mesmo do carácter formal ou informal que estes poderão apresentar.

Este último aspecto acaba por, directa ou indirectamente, influenciar os restantes, embora não deva deixar de ser referido algo que a equipa

técnica, que desenvolve este projecto tem vindo, nos últimos tempos, a evidenciar. Por um lado, observa-se que ficam desenquadrados muitos

dos espaços não formais encontrados e, por outro lado, a utilização da tipologia seguida, desde há muito, pelo IDP e logo pela DGOTDU, não

parecer ser a mais aconselhada para os tempos actuais, por força da constatação evidente que a realidade dos equipamentos desportivos

sofreu, nas últimas três décadas, uma transformação, por vezes, mesmo radical, não se enquadrando nas tipologias utilizadas – a título de

exemplo, referem-se os complexos desportivos ou os complexos de piscinas.

Nesse sentido, o projecto agora desenvolvido, e até porque se apresenta com características dinâmicas e permanentemente actualizável, torna-

se num documento em que qualquer nova definição possa ser adaptada a cada momento. Assim, existe a clara noção de que, ao longo deste

relatório, vão ser referidas, por vezes, as diferentes tipologias, que deveriam vir a ser reajustadas, aliás, tal como muitos dos espaços

complementares, os quais, no futuro, deveriam vir a ser observados separadamente.

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Análise dos Equipamentos Desportivos

112

Não obstante estas preocupações, as quais deverão ser reequacionadas em fóruns para esses determinados fins, a lógica de análise deste

ponto prende-se com a definição efectuada no último quartel do século passado, e que se debruça particularmente sobre os “Grandes

Campos”, “Pequenos Campos”, “Pavilhões”, “Salas de Desporto”, “Piscinas Cobertas”, “Piscinas Descobertas”, “Pistas de Atletismo” e ainda

sobre a tipologia de “Outros ou Especializados”, na qual são integrados todos aqueles que não se enquadram nas anteriores. Neste contexto,

procede-se assim à análise, por tipologia.

1.2.1.Grandes Campos de Jogos

A distribuição espacial dos “Grandes Campos de Jogos” nos diferentes Municípios e logo nas suas diferentes freguesias reflecte

necessariamente, não só o peso que a modalidade de futebol assumiu ao longo das últimas décadas no panorama desportivo nacional

(qualquer freguesia ou mesmo lugar tinha um Campo de Futebol), mas também a sua relação com a população jovem-adulta dos diferentes

territórios – passado e actual (Figura 34).

Numa avaliação e análise mais pormenorizada (Quadros 30 e 31), constata-se que um total de sete Freguesias – Arganil, Celavisa, Coja,

Pomares, São Martinho da Cortiça, Sarzedo e Vila Cova de Alva – apresenta um equipamento desta tipologia. Verifica-se também que todos os

equipamentos recenseados apresentam dimensões funcionais reduzidas e observa-se que os campos que se aproximam da dimensão

standard, facilmente podem vir a ser ampliados, de modo a adoptarem as medidas necessárias para a prática oficial de futebol (105 m x 68 m –

medida oficial preconizada pelas instâncias internacionais).

Mais de metade dos Grandes Campos possui iluminação (cinco espaços) e balneários (quatro espaços), mas apenas um dispõe de bancadas.

No caso dos equipamentos vocacionados para a prática desportiva federada, a qualidade física dos balneários, muitas vezes, deixa a desejar,

razão pela qual, em termos de um futuro próximo, deveria vir a ser equacionado todo um plano de requalificação destes espaços

complementares.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

113

Figura 34 – Distribuição espacial dos Grandes Campos de Jogos, por freguesia.

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Análise dos Equipamentos Desportivos

114

Quadro 30 – Designação e distribuição dos Grandes Campos de Jogos, segundo as suas principais características, por freguesia.

Freg

uesias

Des

igna

ção

Áre

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plan

taçã

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Larg

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Tipo

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Tipo

de

Equi

pamen

to

Arganil Estádio José Eduardo Ralha 5978 98 61 Reduzida Sim Sim Sim Muito Bom Em Remodelação Relva Sintética Privado Regional Atletas Condicionado Formal Formativo

Celavisa Campo de Futebol 11 Mário da Costa Bica 4032 84 48 Reduzida Não Não Não Abandonado Desactivado Solo Natural Privado Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Coja Campo de Futebol 11 do Clube Operário Jardim do Alva 6732 99 68 Reduzida Sim Sim Não Mau Anual Solo Estabilizado Privado Local Atletas Condicionado Formal Formativo

Pomares Campo de Futebol 11 do Parque de Jogos de Pomares 3780 90 42 Reduzida Não Não Não Abandonado Desactivado Solo Natural Público Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

São Martinho da Cortiça Parque de Jogos José Martins Dias da Cunha 4750 95 50 Reduzida Sim Não Não Mau Anual Solo Estabilizado Privado Local Atletas Condicionado Formal Formativo

Sarzedo Campo de Futebol 11 de Sarzedo 5400 90 60 Reduzida Sim Sim Não Abandonado Desactivado Solo Natural Público Local Atletas Condicionado Formal Recreativo

Vila Cova de Alva Campo de Futebol 11 João Rafael Abranjes Guerreiro Figueira 4845 95 51 Reduzida Sim Sim Não Mau Anual Solo Natural Privado Local Atletas Condicionado Formal Formativo

Quadro 31 – Distribuição dos Grandes Campos de Jogos, segundo as suas principais características, por freguesia.

Muito B

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Bom

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Res

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Ofic

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Rec

reativo

Form

ativo

Arganil 1 1 1 1 1 - - - - - - - 1 - - 1 - - - - 1 - - - - 1 - - - - - - 1 - - 1 - - 1 - - 1

Celavisa 1 - - - - - - - 1 - - 1 - - 1 - - - - 1 - - 1 - - - - - 1 - - - - - 1 - - - 1 - 1 -

Coja 1 1 1 - - - - 1 - 1 - - 1 - - - - - 1 - - 1 - - - - - - - - - 1 - - 1 - - 1 - - 1

Pomares 1 - - - - - - - 1 - - 1 - - 1 - 1 - - - - 1 - - - - - 1 - - - - - 1 - - - 1 - 1 -

São Martinho da Cortiça 1 1 - - - - - 1 - 1 - - 1 - - - - - 1 - - 1 - - - - - - - - - 1 - - 1 - - 1 - - 1

Sarzedo 1 1 1 - - - - - 1 - - 1 - - 1 - 1 - - - - 1 - - - - - - - - - 1 - - 1 - - 1 - 1 -

Vila Cova de Alva 1 1 1 - - - - 1 - 1 - - - - 1 - - - - 1 - - 1 - - - - - - - - - 1 - - 1 - - 1 - - 1

TOTAL 7 5 4 1 1 0 0 3 3 3 0 3 1 2 4 1 2 0 0 4 1 0 6 0 0 1 0 0 2 0 0 0 5 0 2 5 0 0 7 0 3 4

Tipo de

EquipamentoPrincipal Utilizador Tipo de AcessoImportância Funcionalidade

Equi

pamen

tos Es

colare

sNatureza Jurídica (Proprietário)

Público Privado

Freg

uesias

Estado de Uso

Ban

cada

s

Nº d

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Estado de Conservação Tipo de Piso

Iluminaç

ão

Balne

ários

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

115

Relativamente ao estado de conservação, constata-se que cerca de metade dos equipamentos (num total de três), apresenta um mau estado

de conservação, observando-se, igualmente, três em abandono e apenas um em muito bom estado de conservação (Fotos 5, 6 e 7).

As transformações que têm vindo a ocorrer no quadro desportivo do nosso país levaram ao abandono de muitos Grandes Campos, um pouco

por todo o território nacional (nalguns ainda se pode observar uma utilização anual, nomeadamente aquando das festas do lugar), os quais

deverão ser alvo de uma clara opção que poderá passar pela sua total ou parcial recuperação ou, em último caso, pela sua desclassificação

enquanto equipamentos desportivos nos diferentes planos de ordenamento do território municipal. Decisivamente, torna-se obrigatório deixar de

considerar como equipamentos desportivos, espaços que são impraticáveis para qualquer actividade física, não só porque se podem tornar

obstáculos ao financiamento futuro de novos equipamentos, mas em especial porque se reflectem na caracterização do parque desportivo

municipal. Nos Grandes Campos do Município de Arganil observam-se três tipos de piso (Fotos 5, 8 e 9): solo natural (predominante, em quatro

campos) solo estabilizado (em dois campos) e relva sintética (em apenas um campo).

Quanto à Natureza Jurídica destes equipamentos artificiais é de referir que quatro dos sete espaços pertencem a entidades que integram o

designado Movimento Associativo, muito por força do histórico que este tipo de espaço apresenta. Isto permite concluir que os Grandes

Campos têm tido particular interesse, gestão e investimento por parte do Movimento Associativo. E a partir do momento em que se observaram

as transformações no quadro desportivo nacional, deixaram de surgir novas estruturas, levando a que a qualidade seja relativamente fraca.

A importância dos equipamentos reflecte, em certa medida, a sua área de influência no território, assim como, por vezes, o próprio nível

competitivo que os clubes desportivos de suporte apresentam.

Foto 5 – Estádio José Eduardo Ralha (requalificado para piso sintético) – Muito Bom

Estado de Conservação.

Foto 6 – Parque de Jogos José Martins Dias da Cunha – Mau Estado de Conservação.

Foto 7 - Campo de Futebol 11 do Parque de Jogos de Pomares – Abandonado

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Análise dos Equipamentos Desportivos

116

No município foram contabilizados seis equipamentos que apresentam impacto exclusivamente local e um com dimensão regional. Constata-se

também que não se observa qualquer equipamento com importância nacional ou internacional.

Contabilizam-se cinco equipamentos em que a utilização é feita por atletas e dois que são utilizados pela população em geral e associado ao

tipo de utilizador encontra-se o tipo de acesso, daí que nos equipamentos desportivos artificiais de Arganil, o acesso seja, maioritariamente,

condicionado (em cinco equipamentos), observando-se apenas dois espaços com acesso generalizado.

No que concerne ao carácter de utilidade dos equipamentos, contabilizam-se quatro campos formativos e três de uso vocacionado para a

recreação.

Neste quadro de análise, pode concluir-se que praticamente todos os “Grandes Campos” do Município (à excepção do Grande Campo do

Estádio José Eduardo Ralha) não reúnem as condições essenciais para uma razoável prática desportiva, uma vez que não se encontram

dotados com as principais características físicas que lhe devem estar associadas, encontrando-se, por norma, em mau estado de conservação

ou em abandono.

Assim, deverá considerar-se a necessidade de, rapidamente e após reuniões com as instituições, proprietários, assim como com as próprias

populações, se proceder à desclassificação de equipamentos desta tipologia, que influenciam de modo significativo os índices e que acabam

por não servir as populações das áreas de influência dos equipamentos.

Foto 8 – Campo de Futebol 11 do Clube Operário Jardim do Alva – Piso em Solo Estabilizado.

Foto 9 – Campo de Futebol 11 João Rafael Abranjes Guerreiro Figueira – Piso em Solo Natural.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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1.2.2. Pequenos Campos de Jogos

Relativamente à tipologia de “Pequenos Campos de Jogos” verifica-se que esta é a predominante no Município, com 29 equipamentos (Figura

35), os quais se concentram principalmente nas Freguesias de Arganil (com cinco equipamentos), Benfeita, Coja e Pomares (com três

equipamentos cada). Porém, a grande maioria dos equipamentos (Quadros 32 e 33) apresentam dimensões funcionais reduzidas (20

equipamentos), enquanto que os restantes se enquadram nos parâmetros normais para a actividade desportiva de diferentes modalidades, tais

como o futebol de 5, futsal, andebol, basquetebol, voleibol, ténis, entre outras, ou seja, apresentam medidas que podem ser considerados como

standards. Constata-se que apenas dois do total dos 29 equipamentos possuem balneários, cinco apresentam bancadas e apenas três dispõem

de iluminação, o que revela o objectivo deste tipo de equipamentos, ou seja, o de oferecer à população em geral, espaços que em situação

extrema podem ser considerados como “logradouros desportivos” (embora raramente a sua construção seja equacionada como tal), fornecendo

uma rede de equipamentos onde a prática desportiva/actividade física, não enquadrada, se pode efectivamente realizar.

Constata-se que nesta tipologia predomina o razoável estado de conservação (em 12 equipamentos) e é de referir a existência de quatro

equipamentos em bom estado e de dois em muito bom estado.

Observam-se ainda nove espaços em claro mau estado e dois em abandono, que poderão vir a ser sujeitos a obras de recuperação, caso se

verifique essa necessidade. Isto significa que em alguns dos Pequenos Campos deverá existir a preocupação de concretizar uma fase de

investimento na manutenção dos equipamentos, de modo a que estes possam vir a permitir, no futuro, uma prática desportiva em boas

condições (Fotos 10, 11, 12 e 13).

Os tipos de pisos mais utilizados são o cimento (em 11 equipamentos) e o betuminoso (em oito equipamentos), mas também se observam

campos revestidos com solo estabilizado, solo natural, alcatrão, pó de granito e relva sintética (vide Fotos 10, 11, 12 e 13).

Quanto à Natureza Jurídica dos equipamentos desportivos do Município, esta é, na sua maioria, pública (em 22 espaços), integrando-se,

nestes, três equipamentos em espaços escolares da responsabilidade do Ministério da Educação. Tal facto, significa que estes equipamentos

se encontram condicionados, na sua utilização, apenas aos horários de funcionamento das escolas.

Como facilmente se compreende, a importância dos “Pequenos Campos” é, no essencial, local, uma vez que a sua utilização é feita, em grande

medida, pela população das proximidades, não funcionando para as populações de outros territórios (limítrofes ou não). É de salientar que não

se observa qualquer equipamento com importância regional, nacional ou até mesmo municipal. No contexto global, embora um grande número

de espaços desportivos (num total de 17) possa ser utilizado pela população em geral, o seu acesso é, por norma, condicionado, isto é,

encontra-se dependente de uma autorização ou mesmo do pagamento prévio à entidade responsável pelo espaço, verificando-se, nesta

situação, um total de 15 espaços desportivos.

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Análise dos Equipamentos Desportivos

118

Foto 10 – Polidesportivo do Centro Educativo de Coja – Muito Bom Estado de Conservação e Piso Betuminoso.

Foto 11 – Polidesportivo Barril do Alva – Mau Estado de Conservação e Piso em Cimento.

Foto 12 – Polidesportivo do Sardal – Mau Estado de Conservação e Piso Betuminoso.

Foto 13 – Campo de Futebol 5 de Sobral Gordo – Razoável Estado de Conservação e Piso Cimento.

A elevada quantidade de equipamentos desportivos integrados em parques escolares facilmente justifica que os alunos sejam os utilizadores

mais frequentes, logo a seguir à população em geral. No que respeita à utilidade do equipamento, a situação é semelhante, uma vez que, no

total, se registam 20 equipamentos recreativos e nove formativos, embora deva ser referido que, no caso particular dos Pequenos Campos,

esta diferenciação entre recreativo e formativo seja sempre difícil de assumir, até porque, na maioria dos casos, os equipamentos são, no

essencial, recreativos. As Freguesias de Arganil, Coja e Secarias destacam-se pelo número de equipamentos formativos, o que está associado

ao facto de alguns deles integrarem parques desportivos escolares, o que, na realidade, acaba por desvirtuar um pouco a própria análise, no

contexto do que foi referido.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

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Figura 35 – Distribuição espacial dos Pequenos Campos de Jogos, por freguesia.

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Análise dos Equipamentos Desportivos

120

Quadro 32 – Designação e distribuição dos Pequenos Campos de Jogos, segundo as suas principais características, por freguesia.

Freguesias

Designação

Área Implantação

Com

primento

Largura

Dimensão Fu

ncional

Iluminação

Balneários

Bancadas

Estado

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Estado

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Tipo

de Piso

Natureza Jurídica

(Proprietário)

Impo

rtância

Principal U

tilizador

Tipo

de Acesso

Funcionalid

ade

Tipo

de

Equipamento

Anceriz Campo de Futebol 5 da EB 1 de Anceriz 434 31 14 Reduzida Não Não Não Mau Anual Solo Natural Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Polidesportivo do Complexo José Miguel Dias 568 35,5 16 Reduzida Não Não Sim Razoável Anual Betuminoso Privado Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Campo de Ténis do Complexo José Miguel Dias 264 24 11 Standard Não Não Não Razoável Anual Pó de Tijolo Privado Local Pop Geral Generalizado Oficial Recreativo

Polidesportivo da EB 2,3 de Arganil 960 40 24 Standard Não Não Não Razoável Anual Betuminoso Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Campo de Futebol 5 da EB 1 de Arganil 403 26 15,5 Reduzida Não Não Sim Mau Anual Betuminoso Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Polidesportivo da EB 1 de Arganil 264 22 12 Reduzida Não Não Sim Mau Anual Betuminoso Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Polidesportivo da ES de Arganil 960 40 24 Standard Não Não Não Bom Anual Betuminoso Público - ME Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Campo de Futebol de 5 de Nogueira 612 34 18 Reduzida Não Não Não Mau Anual Pó de Granito Público Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Barril de Alva Polidesportivo Barril do Alva 871,2 39,6 22 Standard Não Não Não Mau Anual Cimento Público Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Polidesportivo da Benfeita 525 35 15 Reduzida Sim Não Não Bom Anual Cimento Público Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Polidesportivo do Sardal 312 24 13 Reduzida Não Sim Não Mau Anual Betuminoso Público Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Campo de Futebol 5 de Pardieiros 482,16 32,8 14,7 Reduzida Não Não Sim Razoável Anual Cimento Privado Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Cepos Campo de Futebol 7 do Parque de Campismo de Cepos 2708,4 73,2 37 Standard Sim Não Não Razoável Anual Solo Natural Público Local Utentes Condicionado Formal Recreativo

Cerdeira Polidesportivo de Cerdeira 603,75 34,5 17,5 Reduzida Não Não Não Muito Bom Anual Cimento Público Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Polidesportivo da EB 2,3 de Coja 960 40 24 Standard Não Sim Não Razoável Anual Betuminoso Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Polidesportivo do Centro Educativo de Coja 425,43 26,1 16,3 Reduzida Não Não Não Muito Bom Anual Betuminoso Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Mini-Campo do Parque de Lazer de Coja 264 22 12 Reduzida Não Não Não Bom Anual Relva Sintética Público Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Polidesportivo do IEFP de Folques 784 40 19,6 Reduzida Não Não Não Razoável Anual Cimento Público Local Alunos Condicionado Formal Recreativo

Campo de Futebol 5 da EB 1 de Folques 377 29 13 Reduzida Não Não Não Mau Anual Solo Estabilizado Público Escolar Alunos Condicionado Formal Recreativo

Moura da Serra Campo de Futebol 5 António Fernandes 420 30 14 Reduzida Não Não Sim Razoável Anual Cimento Público Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Polidesportivo Coberto do Parque de Jogos de Pomares 578 34 17 Reduzida Não Não Não Razoável Anual Cimento Público Local Pop Geral Condicionado Formal Recreativo

Campo de Futebol 5 de Porto Silvados 386,4 28 13,8 Reduzida Não Não Não Razoável Anual Cimento Privado Local Pop Geral Condicionado Formal Recreativo

Campo de Futebol 5 de Sobral Gordo 364 26 14 Reduzida Não Não Não Razoável Anual Cimento Privado Local Pop Geral Condicionado Formal Recreativo

Campo de Ténis do Parque de Campismo de Sarzedo 264 24 11 Standard Não Não Não Bom Anual Cimento Público Local Utentes Condicionado Oficial Recreativo

Campo de Futebol 5 da EB 1 de Sarzedo 406 28 14,5 Reduzida Não Não Não Mau Anual Cimento Público Escolar Alunos Condicionado Formal Recreativo

Campo de Futebol 7 do Grupo Desportivo de Secarias 2760 69 40 Standard Sim Sim Não Mau Anual Solo Estabilizado Privado Local Atletas Condicionado Formal Formativo

Campo de Futebol de 5 da EB 1 de Secarias 472,75 30,5 15,5 Reduzida Não Não Não Razoável Anual Alcatrão Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Teixeira Campo de Futebol 7 de Teixeira 1980 60 33 Standard Não Não Não Abandonado Desactivado Solo Natural Público Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Vila Cova de Alva Campo de Futebol 7 da Associação de Moradores de Casal de São João 1300 50 26 Reduzida Não Não Não Abandonado Desactivado Solo Natural Privado Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Arganil

Secarias

Sarzedo

Coja

Pomares

Benfeita

Folques

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Município de Arganil

121

Quadro 33 – Distribuição dos Pequenos Campos de Jogos, segundo as suas principais características, por freguesia.

Mui

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om

Bom

Raz

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l

Mau

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Anceriz 1 - - - - - - 1 - 1 - - - - - - - - 1 - - 1 - - - - - 1 - 1 - - - - - 1 - - - - 1 - - 1 - - 1

Arganil 7 - - 3 - 1 3 3 - 7 - - - - - 5 1 - - - 1 3 2 - - - 2 4 3 4 - - - 3 - 4 - - - 3 4 - - 6 1 3 4

Barril de Alva 1 - - - - - - 1 - 1 - - - 1 - - - - - - - 1 - - - - - - 1 - - - - 1 - - - - - 1 - - - 1 - 1 -

Benfeita 3 1 - 1 - 1 1 1 - 3 - - - 2 - 1 - - - - - 2 - - - - 1 - 3 - - - - 3 - - - - - 3 - - - 3 - 3 -

Cepos 1 1 - - - - 1 - - 1 - - - - - - - - 1 - - 1 - - - - - - 1 - - - - 1 - - - - - - 1 - - 1 - 1 -

Cerdeira 1 - - - 1 - - - - 1 - - - 1 - - - - - - - 1 - - - - - - 1 - - - - 1 - - - - - 1 - - - 1 - 1 -

Coja 3 - 1 - 1 1 1 - - 3 - - - - 1 2 - - - - - 2 1 - - - - 2 1 2 - - - 1 - 2 - - - 1 2 - - 3 - 1 2

Folques 2 - - - - - 1 1 - 2 - - - 1 - - - 1 - - - 1 - 1 - - - 1 1 1 - - - 1 - 1 - - - 2 - - - 2 - 2 -

Moura da Serra 1 - - 1 - - 1 - - 1 - - - 1 - - - - - - - 1 - - - - - - 1 - - - - 1 - - - - - 1 - - - 1 - 1 -

Pomares 3 - - - - - 3 - - 3 - - - 3 - - - - - - - 1 - - - - 2 - 3 - - - - 3 - - - - - - 3 - - 3 - 3 -

Sarzedo 2 - - - - 1 - 1 - 2 - - - 2 - - - - - - - 2 - - - - - 1 1 1 - - - - 1 1 - - - - 2 - - 1 1 2 -

Secarias 2 1 1 - - - 1 1 - 2 - - - - - - - 1 - 1 - 1 - - - 1 - 1 1 1 - - - - - 1 - 1 - - 2 - - 2 - - 2

Teixeira 1 - - - - - - - 1 - - 1 - - - - - - 1 - - 1 - - - - - - 1 - - - - 1 - - - - - 1 - - - 1 - 1 -

Vila Cova de Alva 1 - - - - - - - 1 - - 1 - - - - - - 1 - - - - - - - 1 - 1 - - - - 1 - - - - - 1 - - - 1 - 1 -

TOTAL 29 3 2 5 2 4 12 9 2 27 0 2 0 11 1 8 1 2 4 1 1 18 3 1 0 1 6 10 19 10 0 0 0 17 1 10 0 1 0 14 15 0 0 27 2 20 9

Tipo de

Equipamento

Natureza Jurídica (Proprietário)

Público PrivadoPrincipal Utilizador Tipo de Acesso Funcionalidade

Equi

pamen

tos Es

colare

s ImportânciaEstado de Conservação Estado de Uso Tipo de Piso

Freg

uesias

Nº d

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s

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Análise dos Equipamentos Desportivos

122

1.2.3 Pavilhões

Quando se efectua a análise de infra-estruturas desportivas como os Pavilhões, estes ao apresentarem custos de construção e manutenção

dos mais elevados, constata-se que nem sempre são equacionados em função dos pressupostos referidos, o que tem levado a que muitos

sectores do território nacional registem um número deste tipo de equipamentos muito superior ao necessário, facto que se traduz num claro

desperdício de recursos financeiros.

Os sete Pavilhões existentes no território municipal distribuem-se pela Freguesia de Arganil, com três equipamentos e pelas Freguesias de

Coja, Pombeiro da Beira, São Martinho da Cortiça e Sarzedo, com um equipamento cada (Figura 36).

Já no que diz respeito às dimensões funcionais, algo fundamental para a caracterização desta tipologia, constata-se que cinco equipamentos

apresentam uma dimensão funcional reduzida, no entanto, alguns deles acabam por funcionar de modo muito significativo para outro tipo de

modalidades e actividades físicas, podendo ser considerados como complementares em relação a outros.

É de referir que todos os Pavilhões possuem iluminação e balneários mas apenas cinco dispõem de bancadas (Quadros 34 e 35) e quanto ao

estado de conservação, este apresenta-se muito bom num equipamento, bom em dois espaços e razoável em quatro.

No que se refere ao tipo de piso foram observados três pavimentos diferentes, designadamente o cimento, madeira e sintético (Fotos 14, 15 e

16).

Foto 14 - Pavilhão da EB 2,3 de Arganil – Muito Bom Estado de Conservação e Piso Sintético.

Foto 15 – Pavilhão Polivalente da Casa do Povo de Coja – Bom Estado de Conservação e Piso

Madeira.

Foto 16 – Pavilhão do G.D.C. de São Martinho da Cortiça - Razoável Estado de Conservação

e Piso Cimento.

Page 123: Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais - uc.pt · Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais Município de Arganil 9 A necessidade de exercício físico e, posteriormente,

Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

123

Figura 36 – Distribuição espacial dos Pavilhões, por freguesia.

Page 124: Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais - uc.pt · Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais Município de Arganil 9 A necessidade de exercício físico e, posteriormente,

Análise dos Equipamentos Desportivos

124

Quadro 34 – Designação e distribuição dos Pavilhões, segundo as suas principais características, por freguesia.

Freg

uesias

Des

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Fun

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Tipo

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Equi

pamen

to

Pavilhão da EB 2,3 de Arganil 420 28 15 Reduzida Sim Sim Sim Muito Bom Anual Sintético Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Pavilhão da EB 1 de Arganil 432,96 26,4 16,4 Reduzida Sim Sim Não Razoável Anual Madeira Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Pavilhão da ES de Arganil 684 38 18 Reduzida Sim Sim Sim Bom Anual Madeira Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Coja Pavilhão Polivalente da Casa do Povo de Coja 684 38 18 Reduzida Sim Sim Sim Bom Anual Madeira Privado Local Utentes Condicionado Formal Formativo

Pombeiro da Beira Pavilhão Gimnodesportivo Os Columbinos 800 40 20 Standard Sim Sim Não Razoável Anual Cimento Privado Local Utentes Condicionado Oficial Formativo

São Martinho da Cortiça Pavilhão do Grupo Desportivo e Cultural de São Martinho da Cortiça 780 39 20 Reduzida Sim Sim Sim Razoável Anual Cimento Privado Regional Atletas Condicionado Formal Formativo

Sarzedo Pavilhão Desportivo de Sarzedo 917,08 40,4 22,7 Standard Sim Sim Sim Razoável Anual Cimento Público Local Utentes Condicionado Formal Recreativo

Arganil

Quadro 35 – Distribuição dos Pavilhões, segundo as suas principais características, por freguesia.

Mui

to B

om

Bom

Raz

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l

Mau

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Anu

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Sazo

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Form

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Form

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Arganil 3 3 3 2 1 1 1 - - 3 - - - - 2 - 1 1 2 - - - - 3 - 3 - - - - - 3 - - - - 3 - - 3 - - 3

Coja 1 1 1 1 - 1 - - - 1 - - - - 1 - - - - - - - 1 - 1 - - - - - 1 - - - - - 1 - - 1 - - 1

Pombeiro da Beira 1 1 1 - - - 1 - - 1 - - - 1 - - - - - - - 1 - - 1 - - - - - 1 - - - - - 1 - - - 1 - 1

São Martinho da Cortiça 1 1 1 1 - - 1 - - 1 - - - 1 - - - - - - - 1 - - - - - 1 - - - - - 1 - - 1 - - 1 - - 1

Sarzedo 1 1 1 1 - - 1 - - 1 - - - 1 - - - 1 - - - - - - 1 - - - - - 1 - - - - - 1 - - 1 - 1 -

TOTAL 7 7 7 5 1 2 4 0 0 7 0 0 0 3 3 0 1 2 2 0 0 2 1 3 3 3 0 1 0 0 3 3 0 1 0 0 7 0 0 6 1 1 6

Tipo de

EquipamentoEstado de Conservação Importância Principal Utilizador

Equi

pamen

tos Es

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s Tipo de AcessoEstado de Uso Tipo PisoFunciona

lidade

Natureza Jurídica (Proprietário)

Público Privado

Freg

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

125

Neste quadro de análise, outro factor deve ser realçado, por ser algo que se reflecte directamente na disponibilização de espaços e que diz

respeito, fundamentalmente, ao subaproveitamento dos equipamentos da mesma tipologia, mas de natureza jurídica diferente. Na realidade, é

frequente encontrarem-se Pavilhões, lado a lado, que apresentam ocupações diferenciadas durante uma parte do dia. A título de exemplo, os

equipamentos escolares, podem ser ocupados durante todo o dia e os do Movimento Associativo ou mesmo os da autarquia, são apenas

ocupados a partir das 18 horas por equipas informais para a prática de modalidades desportivas.

Relativamente à sua natureza jurídica, dois equipamentos são de gestão autárquica, dois da responsabilidade do Ministério da Educação e os

outros dois encontram-se integrados no Movimento Associativo.

No que respeita à importância observa-se que os Pavilhões apresentam uma importância ao nível local (em três espaços), escolar (em três

espaços) e Regional (num espaço – Pavilhão do Grupo Desportivo e Cultural de São Martinho da Cortiça).

Constata-se que em nenhum dos equipamentos em questão é utilizado pela população em geral, como base normal, daí que nenhum

apresente acesso generalizado.

No que se refere ao carácter de utilidade dos equipamentos, observam-se seis formativos e um do tipo recreativo.

1.2.4 Salas de Desporto

Na sequência da análise da tipologia “Pavilhão” e até porque funcionam em determinados territórios como espaços abertos complementares, no

que diz respeito à tipologia “Salas de Desporto” (Quadro 36 e 37), os espaços que apresentam estas características, muito pela sua

especificidade, vão localizar-se nas Freguesias de Arganil (com três equipamentos), Cerdeira (com um equipamento) e Coja (com um

equipamento) num total de cinco salas (Figura 37).

Como é expectável, nesta tipologia, todas as Salas de Desporto apresentam iluminação, mas, nenhuma dispõe de balneários de apoio e de

bancadas. Constata-se que um dos equipamentos se apresenta em muito bom estado de conservação, dois em estado razoável, um em estado

razoável e o outro em mau estado. Já o tipo de piso varia entre o sintético, a madeira e o azulejo (Fotos 17, 18 e 19). Quanto à Natureza

Jurídica, constata-se o predomínio do privado (em quatro espaços), registando-se apenas um público da responsabilidade do Ministério da

Educação. No caso de Arganil e mesmo em todo o território nacional, a importância das Salas de Desporto é principalmente local (em três

equipamentos), facto facilmente compreensível dada a utilização limitada e ainda pouco frequente deste tipo de equipamento. As Salas de

Desporto são utilizadas ora por alunos, ora por utentes ou atletas, não se observando, assim, qualquer equipamento utilizado directamente pela

população em geral, o que se reflecte no acesso condicionado. Assume-se que a maioria destes equipamentos são para fins formativos,

embora se pretenda que esta tipologia de equipamentos venha a assumir outra importância e ocupação.

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Análise dos Equipamentos Desportivos

126

Foto 17 – Sala de Desporto da EB 2,3 de Arganil - Muito Bom Estado de Conservação e Piso

Sintético.

Foto 18 – Sala de Desportos Marciais do Complexo José Miguel Dias – Bom Estado de Conservação e Piso em Madeira Flexível.

Foto 19 – Sala de Desporto do Clube Operário Jardim do Alva - Mau Estado de Conservação e

Piso de Azulejo.

Quadro 36 – Designação e distribuição das Salas de Desporto, segundo as suas principais características, por freguesia. Freguesias

Designação

Área Implantação

Com

primento

Largura

Iluminação

Balneários

Bancadas

Estado de

Conservação

Estado de Uso

Tipo de Piso

Natureza Jurídica

(Proprietário)

Importância

Principal

Utilizador

Tipo de Acesso

Funcionalidade

Tipo de

Equipamento

Sala de Desportos Marciais do Complexo José Miguel Dias 74,75 11,5 6,5 Sim Não Não Bom Anual Madeira Privado Municipal Atletas Condicionado Formal Formativo

Sala de Desporto da APPACDM 144 12 12 Sim Não Não Bom Anual Sintético Privado Local Utentes Condicionado Formal Formativo

Sala de Desporto da EB 2,3 de Arganil 240 16 15 Sim Não Não Muito Bom Anual Sintético Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Cerdeira Salão Polivalente da Casa do Povo de Cerdeira 290 20 14,5 Sim Não Não Razoável Anual Azulejo Privado Local Utentes Condicionado Formal Formativo

Coja Sala de Desporto do Clube Operário Jardim do Alva 140 14 10 Sim Não Não Mau Anual Azulejo Privado Local Utentes Condicionado Formal Formativo

Arganil

Quadro 37 – Distribuição das Salas de Desporto, segundo as suas principais características, por freguesia.

Muito Bom

Bom

Razoável

Mau

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onado

Anu

al

Sazonal

Desactivado

Em con

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Sintético

Madeira

Azulejo

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Restrito

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al

Oficial

Recreativo

Form

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Arganil 3 3 - - 1 2 - - - 3 - - - 2 1 - - 1 - - - 2 1 1 1 1 - - - 1 1 - 1 - - 3 - - 3 - - 3

Cerdeira 1 1 - - - - 1 - - 1 - - - - - 1 - - - - - 1 - 1 - - - - - 1 - - - - - 1 - - 1 - - 1

Coja 1 1 - - - - - 1 - 1 - - - - - 1 - - - - 1 - - 1 - - - - - 1 - - - - - 1 - - 1 - - 1

TOTAL 5 5 0 0 1 2 1 1 0 5 0 0 0 2 1 2 0 1 0 0 1 3 1 3 1 1 0 0 0 3 1 0 1 0 0 5 0 0 5 0 0 5

Tipo de

Equipamento

Equipamentos Escolares Importância

Natureza Jurídica (Proprietário)

Público PrivadoFuncionalidade

Bancadas

Tipo de Piso Principal Utilizador Tipo de Acesso

Freguesias

Nº d

e Eq

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Iluminação

Balneários

Estado de UsoEstado de Conservação

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

127

Figura 37 – Distribuição espacial das Salas de Desporto, por freguesia.

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Análise dos Equipamentos Desportivos

128

1.2.5 Piscinas Descobertas

No que diz respeito às Piscinas Descobertas formais registam-se nove equipamentos desta tipologia, sendo que, as Freguesias de Arganil,

Benfeita, Pomares e Teixeira contam com dois equipamentos cada e a Freguesia de Cepos integra apenas um (Figura 38).

Pelos valores da área de implantação, associados ao comprimento e à largura, constata-se que sete equipamentos apresentam uma dimensão

funcional reduzida e dois possuem as medidas standard.

Verifica-se também que as Piscinas Descobertas não possuem iluminação ou bancadas e apenas um equipamento dispõe de balneários.

Quanto ao estado de conservação, registam-se dois equipamentos em muito bom estado, três em estado razoável e quatro em mau estado de

conservação (Foto 20, 21 e 22).

A natureza jurídica destas piscinas é maioritariamente privada (em seis equipamentos) e contabilizam-se três espaços de responsabilidade

autárquica (Quadros 38 e 39).

Constata-se que seis equipamentos apresentam acesso condicionado e três registam acesso generalizado e no que se refere à sua

importância, observam-se oito equipamentos de dimensão local, o que se relaciona com o facto de muitos destes equipamentos pertencerem a

associações de melhoramentos da localidade em causa e com o serem utilizados apenas na época de estio. Neste âmbito, é importante referir

que se observa uma piscina de importância municipal na Freguesia de Arganil.

Os utilizadores mais frequentes destes equipamentos desportivos são utentes (em seis espaços) e a população em geral (em três espaços) e

pelas suas características, torna-se facilmente compreensível que todos se classifiquem como piscinas recreativas.

Foto 20 – Piscina Descoberta de Sorgaçosa – Muito Bom Estado de Conservação.

Foto 21 – Piscina Descoberta do Parque de Campismo de Cepos – Bom Estado de

Conservação.

Foto 22 – Piscina Descoberta de Água d'Alte – Mau Estado de Conservação.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

129

Figura 38 – Distribuição espacial das Piscinas Descobertas, por freguesia.

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Análise dos Equipamentos Desportivos

130

Quadro 38 – Designação e distribuição das Piscinas Descobertas, segundo as suas principais características, por freguesia.

Freguesias

Designação

Área

Implantação

Dimensão

Funcional

Iluminação

Balneários

Bancadas

Estado

de

Con

servação

Estado

de Uso

Natureza

Jurídica

(Proprietário)

Impo

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Principal

Utilizador

Tipo

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Funcionalid

ade

Tipo

de

Equipamento

Piscina Descoberta do Complexo José Miguel Dias 350 Standard Não Sim Não Bom Sazonal Privado Municipal Utentes Condicionado Oficial Recreativo

Tanque de Aprendizagem do Complexo José Miguel Dias 62 Reduzida Não Não Não Bom Sazonal Privado Local Utentes Condicionado Formal Recreativo

Piscina Descoberta do Sardal 87,77 Reduzida Não Não Não Mau Sazonal Público Local Utentes Condicionado Formal Recreativo

Tanque de Aprendizagem do Sardal 23,45 Reduzida Não Não Não Mau Sazonal Público Local Utentes Condicionado Formal Recreativo

Cepos Piscina Descoberta do Parque de Campismo de Cepos 325 Standard Não Não Não Bom Sazonal Público Local Utentes Condicionado Oficial Recreativo

Piscina Descoberta de Sorgaçosa 102 Reduzida Não Não Não Muito Bom Sazonal Privado Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Tanque de Aprendizagem de Sorgaçosa 7 Reduzida Não Não Não Muito Bom Sazonal Privado Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Piscina Descoberta de Água d'Alte 90 Reduzida Não Não Não Mau Sazonal Privado Local Utentes Condicionado Formal Recreativo

Piscina Descoberta de Porto Castanheiro 87,36 Reduzida Não Não Não Mau Sazonal Privado Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Arganil

Teixeira

Benfeita

Pomares

Quadro 39 – Distribuição das Piscinas Descobertas, segundo as suas principais características, por freguesia.

Muito Bom

Bom

Razoá

vel

Mau

Aba

ndon

ado

Anu

al

Sazo

nal

Desactiv

ado

Em con

strução

Autarqu

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Pop. Geral

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o

Con

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Fortem

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Form

al

Ofic

ial

Recreativo

Form

ativo

Arganil 2 - 1 - - 2 - - - - 2 - - - - - - 2 - 1 - 1 - - - 2 - - - - - 2 - - 1 1 2 -

Benfeita 2 - - - - - - 2 - - 2 - - 2 - - - - - 2 - - - - - 2 - - - - - 2 - - 2 - 2 -

Cepos 1 - - - - 1 - - - - 1 - - 1 - - - - - 1 - - - - - 1 - - - - - 1 - - - 1 1 -

Pomares 2 - - - 2 - - - - - 2 - - - - - - 2 - 2 - - - - 2 - - - - - 2 - - - 2 - 2 -

Teixeira 2 - - - - - - 2 - - 2 - - - - - 1 1 - 2 - - - - 1 1 - - - - 1 1 - - 2 - 2 -

TOTAL 9 0 1 0 2 3 0 4 0 0 9 0 0 3 0 0 1 5 0 8 0 1 0 0 3 6 0 0 0 0 3 6 0 0 7 2 9 0

Estado de UsoNatureza Jurídica (Proprietário)

Freg

uesias

Nº d

e Eq

uipa

men

tos

Iluminação

Balne

ários

Ban

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s

Estado de Conservação FuncionalidadePúblico Privado

Tipo de

Equipamento

Equipa

men

tos Es

colares Importância Principal Utilizador Tipo de Acesso

Page 131: Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais - uc.pt · Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais Município de Arganil 9 A necessidade de exercício físico e, posteriormente,

Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

131

1.2.6 Pistas de Atletismo e Espaços Polivalentes para a Aprendizagem de Atletismo

Apesar de não se poder contabilizar uma verdadeira Pista de Atletismo no Município, observam-se, contudo, quatro espaços polivalentes para

aprendizagem da modalidade, nos quais se integram os chamados corredores de corrida, onde a prática de Atletismo, mesmo que a nível

escolar, se torna possível. Estes equipamentos localizam-se nas Freguesias de Arganil, com três equipamentos e de Coja, com um

equipamento (Figura 39).

Estes espaços (Quadros 40 e 41) não possuem balneários, iluminação ou bancadas e o seu estado de conservação apresenta-se razoável em

dois deles e bom nos outros dois (Foto 23, 24 e 25). Quanto ao tipo de piso observam-se dois o betuminoso e areia.

A natureza jurídica de todos os equipamentos é pública, integrando-se em estabelecimentos de ensino e, assumindo, por esse motivo, uma

importância escolar. Uma vez que os equipamentos integram o parque desportivo escolar, é natural que os utilizadores mais frequentes sejam

os alunos, o que também se pode associar ao tipo de acesso que, desta forma, se apresenta condicionado. Relativamente ao carácter de

utilidade dos equipamentos, constata-se que todos se classificam como formativos, facto facilmente compreensível em espaços desportivos

enquadrados em recintos escolares.

Foto 23 – Espaço para a Aprendizagem de Atletismo da ES de Arganil – Bom Estado de

Conservação.

Foto 24 - Espaço para a Aprendizagem de Salto em Comprimento da EB 2,3 de Arganil – Razoável

Estado de Conservação.

Foto 25 - Espaço para a Aprendizagem de Salto em Comprimento da EB 2,3 de Coja – Razoável

Estado de Conservação.

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Análise dos Equipamentos Desportivos

132

Figura 39 – Distribuição espacial das Pistas de Atletismo e Espaços Polivalentes para a Aprendizagem de Atletismo, por freguesia.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

133

Quadro 40 – Designação e distribuição das Pistas de Atletismo e Espaços Polivalentes para a Aprendizagem de Atletismo, segundo as suas principais características, por freguesia.

Freg

uesias

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l Util

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Tipo

de Ace

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iona

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Tipo

de

Equi

pamen

to

Espaço para a aprendizagem de Salto em Comprimento da EB 2,3 de Arganil 76 30 2 Não Não Não Razoável Anual Areia Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Espaço para a aprendizagem de Atletismo da ES de Arganil 2088 65 5 Não Não Não Bom Anual Betuminoso Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Espaço para a aprendizagem de Salto em Comprimento da ES de Arganil 71,2 23,6 2 Não Não Não Bom Anual Areia Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Coja Espaço para a aprendizagem de Salto em Comprimento da EB 2,3 de Coja 69 30 2 Não Não Não Razoável Anual Areia Público Escolar Alunos Condicionado Formal Formativo

Arganil

Quadro 41 – Distribuição das Pistas de Atletismo e Espaços Polivalentes para a Aprendizagem de Atletismo, segundo as suas principais características, por freguesia.

Mui

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Form

ativo

Arganil 3 - - - - 1 2 - - 3 - - - 1 2 - 3 - - - - 3 - 3 - - - - - 3 - - - - 3 - - 3 - - 3

Coja 1 - - - - - 1 - - 1 - - - - 1 - 1 - - - - 1 - 1 - - - - - 1 - - - - 1 - - 1 - - 1

TOTAL 4 0 0 0 0 1 3 0 0 4 0 0 0 1 3 0 4 0 0 0 0 4 0 4 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 4 0 0 4 0 0 4

Freg

uesia

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e Eq

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Natureza Jurídica (Proprietário)

Público Privado

Ban

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Estado de ConservaçãoTipo de

EquipamentoImportância Principal Utilizador Tipo de AcessoEstado de Uso

Equi

pamen

tos Es

colares FuncionalidadeTipo Piso

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Análise dos Equipamentos Desportivos

134

1.2.7 Outros ou Especializados

No que respeita à tipologia “Outros ou Especializados” observa-se que os dois equipamentos existentes no Município se referem a Circuitos de

Manutenção, sendo que um se localiza na Freguesia de Arganil e o outro na Freguesia de Coja (Figuras 40).

Destes equipamentos, constata-se que apenas um possui iluminação e nenhum apresenta balneários ou bancadas (Quadro 42 e 43) e verifica-

se que o estado de conservação se apresenta razoável em ambos os equipamentos (Fotos 26 e 27).

Os dois equipamentos apresentam como tipo de piso, o solo estabilizado e verifica-se que um é público e o outro privado e enquanto que o

Circuito de Manutenção do Parque de Lazer de Coja assume uma importância local, o Circuito de Manutenção do Complexo José Miguel Dias

adquire uma dimensão municipal. O utilizador mais frequente é a população em geral e verifica-se que o acesso se apresenta generalizado em

ambos os equipamentos, os quais assumem fins recreativos.

Foto 26 – Circuito de Manutenção do Complexo José Miguel Dias – Estado Razoável de Conservação.

Foto 27 – Circuito de Manutenção do Parque de Lazer de Coja – Estado Razoável de Conservação.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

135

Figura 40 – Distribuição espacial dos Outros ou Especializados, por freguesia

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Análise dos Equipamentos Desportivos

136

Quadro 42 – Designação e distribuição dos Outros, segundo as suas principais características, por freguesia.

Freg

uesias

Des

igna

ção

Ilumin

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Balne

ário

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Tipo

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Tipo

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Equi

pamen

to

Arganil Circuito de Manutenção do Complexo José Miguel Dias Sim Não Não Razoável Anual Solo Estab. Privado Municipal Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Coja Circuito de Manutenção do Parque de Lazer de Coja Não Não Não Razoável Anual Solo Estab. Público Local Pop Geral Generalizado Formal Recreativo

Quadro 43 – Distribuição dos Outros, segundo as suas principais características, por freguesia.

Muito

Bom

Bom

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Arganil 1 1 - - - - 1 - - 1 - - - 1 - - - - - - - - 1 - - - 1 - - - 1 - - - - - 1 - - - 1 - 1 -

Coja 1 - - - - - 1 - - 1 - - - 1 - - - 1 - - - - - - 1 - - - - - 1 - - - - - 1 - - - 1 - 1 -

TOTAL 2 1 0 0 0 0 2 0 0 2 0 0 0 2 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 2 0 0 0 0 0 2 0 0 0 2 0 2 0

Tipo de

EquipamentoEstado de Conservação Estado de Uso Tipo de Piso

Natureza Jurídica

PúblicoTipo de Acesso FuncionalidadePrincipal Utilizador

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

137

1.3. Índices de Comunidade do Município de Arganil

A dificuldade de efectuar análises comparativas em termos de distribuição de equipamentos desportivos colectivos constitui, desde há muito,

uma realidade não só em Portugal, mas nos diferentes territórios europeus. Nesse quadro de dificuldade, a utilização dos “índices de

comunidade”, foi uma resposta considerada como satisfatória em determinado momento, mais propriamente aquando da realização dos PDM’S

de primeira geração.

Os índices de referência têm vindo a ser utilizados (muitas vezes abusivamente) como forma de comparação entre territórios, devendo, no

entanto, ser referido que estes, embora não sendo mais do que a simples relação da superfície desportiva útil por habitante, em metros

quadrados, podem assumir alguma importância num estudo sobre a cobertura dos equipamentos desportivos de um território, desde que sejam

devidamente trabalhados e ponderados.

A análise dos valores gerais resultantes tem por base o critério adoptado desde 1988 (por recomendações do Conselho da Europa e do

Conselho Internacional para a Educação Física e o Desporto – UNESCO12) e refere-se a uma quota de 4m2 de superfície desportiva útil por

habitante, tendo sido extremamente importante na definição do que se considera como a satisfação da procura, nomeadamente aquando da

aprovação dos PDM’S de primeira geração.

Estes índices, em termos de planeamento, podem possibilitar a avaliação rápida das necessidades de reserva do solo para a futura instalação

de equipamentos desportivos, considerando o valor populacional existente ou o projectado a determinado período, funcionando assim como

uma abordagem inicial bastante interessante.

Para o seu cálculo não são contabilizados os equipamentos especiais para espectáculos desportivos e os equipamentos com funções de

recreação informal adjacentes ao espaço urbano ou residencial ou os inseridos em grandes espaços verdes públicos de âmbito regional com

carácter de zonas protegidas.

Numa simples relação entre a população e a superfície útil das instalações desportivas, verifica-se que o valor do Índice de Comunidade Geral,

no Município de Arganil, é de 4,86 m2/hab, ou seja superior aos 4 m2/hab de referência. Constata-se que a Freguesia de Cepos, com 17,43

m2/hab, é aquela que mais se desvia, para cima, do valor do Índice Geral do Município e também do valor de referência da DGOTDU (Figuras

41 e 42), apresentando desta forma, o Índice Geral mais elevado.

12 Para comparação são indicados dois valores de referência, o da UNESCO e o da DGOTDU, que apresentam valores diferenciados, consoante a tipologia em questão (Quadro 44).

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Análise dos Equipamentos Desportivos

138

Quadro 44 – Tabela resumo dos índices gerais por tipologia, por freguesia.

Ao se relacionar os valores de superfície desportiva por habitante (em m2) com o estado de conservação dos equipamentos, tendo por objectivo

conjugar uma análise quantitativa e qualitativa, verifica-se que apenas a Freguesia de Cepos apresenta a totalidade da sua superfície

desportiva em bom estado de conservação, o que se reflecte no índice acima do valor de referência e do valor do Município (Figura 43). As

Freguesias de Celavisa, Teixeira e Vila Cova de Alva, que apresentam índices gerais elevados, ao se introduzir o factor qualitativo, verifica-se

que estes índices se encontram associados a uma superfície desportiva em mau estado de conservação. Na verdade, a maioria da área

desportiva do Município encontra-se em mau estado de conservação ou em abandono (2,91 m2/hab), o que significa que apenas 1,95 m2/hab

permitem uma prática desportiva de qualidade. As únicas Freguesias que integram a totalidade da superfície desportiva em bom estado são as

de Cepos, como já foi referido e as de Cerdeira e Moura da Serra.

UNESCO (m²/hab) 4.00 2.00 0.65 0.09 0.09 0.02 0.04 1.20 2.00 4.00 2.00 3.35 4.00 – –

DGOTDU (m²/hab) – 2.00 1.00 0.15 0.15 0.03 0.02 0.80 – – – – – – –

Anceriz 2,31 0,00 2,31 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,31 2,31 0,00 0,00 0,00 2,31 0,00

Arganil 3,68 1,50 1,01 0,39 0,12 0,00 0,10 0,56 2,18 3,68 1,50 2,67 2,02 1,66 0,00

Barril de Alva 2,26 0,00 2,26 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,26 2,26 0,00 0,00 2,26 0,00 0,00

Benfeita 2,84 0,00 2,62 0,00 0,00 0,00 0,22 0,00 2,84 2,84 0,00 0,22 2,84 0,00 0,00

Celavisa 14,25 14,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 14,25 14,25 0,00 14,25

Cepos 17,43 0,00 15,57 0,00 0,00 0,00 1,87 0,00 17,43 17,43 0,00 1,87 17,43 0,00 0,00

Cerdeira 2,71 0,00 1,83 0,00 0,88 0,00 0,00 0,00 2,71 2,71 0,00 0,88 2,71 0,00 0,00

Coja 5,62 4,08 1,00 0,41 0,08 0,00 0,00 0,04 1,54 5,62 4,08 4,62 4,74 0,88 0,00

Folques 2,53 0,00 2,53 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,53 2,53 0,00 0,00 1,71 0,82 0,00

Moura da Serra 2,50 0,00 2,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,50 2,50 0,00 0,00 2,50 0,00 0,00

Piódão 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Pomares 8,89 6,44 2,26 0,00 0,00 0,00 0,19 0,00 2,45 2,45 0,00 6,63 8,89 0,00 6,44

Pombeiro da Beira 0,64 0,00 0,00 0,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,64 0,64 0,00 0,64 0,64 0,00 0,00

São Martinho da Cortiça 3,60 3,09 0,00 0,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,51 3,60 3,09 3,60 3,60 0,00 0,00

Sarzedo 9,56 7,39 0,92 1,25 0,00 0,00 0,00 0,00 2,17 2,17 0,00 8,64 9,00 0,56 7,39

Secarias 7,17 0,00 7,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7,17 7,17 0,00 0,00 6,12 1,05 0,00

Teixeira 11,48 0,00 10,53 0,00 0,00 0,00 0,94 0,00 11,48 0,94 0,00 0,94 11,48 0,00 0,00

Vila Cova de Alva 11,53 9,09 2,44 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,44 9,09 9,09 9,09 11,53 0,00 0,00

MUNICIPIO 4,86 2,61 1,59 0,35 0,07 0,00 0,08 0,17 2,26 3,65 1,64 3,27 4,15 0,72 0,97

Acima do v alor de referência

Inex istente

Geral Sem Campos

Abandonados

Grandes Campos Sem

Abandonados

Valores de Referência /

FreguesiasGeral Sem Pequenos

Campos

Geral Sem

Equipamentos EscolaresGeral

Grandes

Campos

Índice

Grandes Campos

Abandonados

Índice de

Escolas

Pequenos

CamposPavilhões

Salas

Desporto

Piscinas

Cobertas

Piscinas

Descobertas

Pistas de

Atletismo

Geral Sem

Grandes Campos

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

139

Figura 41 – Índice Geral do Município, por freguesia.

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Análise dos Equipamentos Desportivos

140

Figura 42 – Índice Geral por freguesia em comparação com o Índice Geral do Município e valor de referência da DGOTDU.

Figura 43 – Índice qualitativo dos equipamentos desportivos do Município.

0,002,004,006,008,0010,0012,0014,0016,0018,00

Anceriz

Arganil

Barril de Alva

Benfeita

Celavisa

Cepos

Cerdeira

Coja

Folques

Moura da Se

rra

Piódão

Pomares

Pombeiro

da Be

ira

São Martinho da Cortiça

Sarzedo

Secaria

s

Teixeira

Vila Cova de Alva

m²/hab

Índice Geral DGOTDU (m²/hab) Índice Geral do Município

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

Anceriz

Arganil

Barril de Alva

Benfeita

Celavisa

Cepos

Cerdeira

Coja

Folques

Moura da Se

rra

Piódão

Pomares

Pombeiro

da Be

ira

São Martinho da Cortiça

Sarzedo

Secaria

s

Teixeira

Vila Cova de Alva

MUNICÍPIO

m²/hab

Área Desportiva em Mau Estado de Conservação ou Abandonada/Desactivada

Área Desportiva em Muito Bom, Bom e Razoável Estado de Conservação

Referência DGOTDU (m²/hab)

Índice Geral do Município

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

141

Numa análise por tipologia, constata-se que o Índice de Grandes Campos do Município apresenta um valor de 2,61 m2/hab. A Freguesia de

Celavisa é a que apresenta o índice mais elevado, com um valor de 14,25 m2/hab, embora também deva ser assinalado o valor de Vila Cova de

Alva (9,09 m2/hab), valores que se encontram associados a quantitativos populacionais baixos. Aliás, a credibilidade deste tipo de análise,

sempre que descontextualizada de outras, reside no facto de, para um mesmo número de equipamentos registados nalgumas freguesias, os

índices serem bastante diferenciados, por força do peso da população residente em cada uma. Por outro lado, deve ser referido que quando se

efectuam este tipo de análises - Índices de Comunidade - e não se reflecte sobre a qualidade dos equipamentos, podem encontrar-se claras

discrepâncias de valores. Isto significa que pode existir um índice muito superior, mas a oferta de equipamentos de qualidade ser discutível.

Assumindo que a superfície desportiva total de Grandes Campos do Município corresponde ao valor de referência, cria-se a possibilidade de

estabelecer ordens de grandeza entre as diferentes freguesias, comparando com o Índice de Grandes Campos do Município (Figura 44 e 45).

Deste modo, destaca-se o índice elevado da Freguesia de Celavisa que, desta forma, será a que mais se desvia do valor do Índice de Grandes

Campos do Município e também do valor de referência da DOGTDU.

Quando se comparam os valores das diferentes freguesias com o do Município, constata-se que apenas a Freguesia de Arganil apresenta

índices inferiores, já que as restantes (as detentoras de equipamentos desta tipologia) revelam índices superiores aos 2,61 m2/hab registados

no Município.

Neste contexto, é de salientar que algumas freguesias apresentam índices com valores muito elevados, mas baseados em equipamentos de

qualidade pouco adequada às necessidades actuais, pelo que é no caso desta tipologia que a questão qualitativa se coloca com mais

premência, até pelo facto de se verificar um abandono crescente deste tipo de espaços, por força das amplas transformações ocorridas nas

últimas décadas, quer no sistema desportivo, quer na demografia em Portugal.

Deste modo, quando se efectuam este tipo de análises acerca dos Índices de Comunidade e não se reflecte sobre a qualidade dos

equipamentos, podem encontrar-se claras discrepâncias de valores. Isto significa que pode existir um índice elevado, mas a oferta de

equipamentos com qualidade ser discutível (a título de exemplo refere-se o facto de um Grande Campo de relva natural e em bom estado

apresentar um índice igual a um equipamento em solo estabilizado e semi-abandonado).

Relativamente ao Índice de Pequenos Campos, constata-se que o valor do Município, de 1,59 m2/hab, se encontra acima dos valores de

referência da DGOTDU (1,00 m2/hab) e da UNESCO (0,65 m2/hab). Observa-se uma situação semelhante na grande maioria das Freguesias,

destacando-se os elevados valores de Cepos (15,57 m2/hab), Teixeira (10,53 m2/hab) e Secarias (7,17 m2/hab). As Freguesias de Celavisa,

Piódão, Pombeiro da Beira e São Martinho da Cortiça registam valores nulos, pelo simples facto de não possuírem qualquer equipamento desta

tipologia (Figuras 46 e 47).

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Análise dos Equipamentos Desportivos

142

Figura 44 – Índice de Grandes Campos de Jogos do Município, por freguesia.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

143

Figura 45 – Índice de Grandes Campos por freguesia em comparação com o Índice de Grandes Campos do Município e valor de referência da DGOTDU.

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

Anceriz

Arga

nil

Barril de Alva

Benfeita

Celavisa

Cep

os

Cerde

ira

Coja

Folque

s

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Piód

ão

Pomares

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iro da Be

ira

São Martinho

da Cortiça

Sarzed

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Secarias

Teixeira

Vila Cova de

Alva

m²/hab

Índice de Grandes Campos DGOTDU (m²/hab) Índice de Grandes Campos do Município

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Análise dos Equipamentos Desportivos

144

Figura 46 – Índice de Pequenos Campos de Jogos do Município, por freguesia.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

145

Figura 47 – Índice de Pequenos Campos por freguesia em comparação com o Índice de Grandes Campos do Município e valor de referência da DGOTDU.

O cálculo do Índice de Pavilhões indica que as freguesias que possuem equipamentos desta tipologia apresentam valores superiores ao de

referência, o que se reflecte no valor geral do Município, de 0,35 m2/hab, valor que, deste modo, também se situa acima dos 0,09 m2/hab da

UNESCO. Contudo, este índice nunca se pode dissociar da qualidade dos equipamentos, pelo que, nesta tipologia, as relações entre os índices

e as análises qualitativas se devem cruzar. São de salientar os valores que se registam nas Freguesias de Sarzedo (1,25 m2/hab), Pombeiro da

Beira (0,64 m2/hab), São Martinho do Bispo (0,51 m2/hab), Coja (0,41 m2/hab) e Arganil (0,39 m2/hab), porque embora apresentando índices

acima do valor de referência, os equipamentos apresentam acesso condicionado, o que coloca entraves de utilização à população.

No que concerne às Salas de Desporto verifica-se que o índice do Município é de 0,07 m2/hab, o qual se encontra abaixo dos valores de

referência. Por sua vez, a Freguesia de Cerdeira apresenta um valor de 0,88 m2/hab (o mais elevado no contexto municipal), a Freguesia de

Arganil regista um valor de 0,12 m2/hab e a de Coja detém um índice de 0,08 m2/hab.

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

Anceriz

Arga

nil

Barril de Alva

Benfeita

Celavisa

Cep

os

Cerde

ira

Coja

Folque

s

Mou

ra da Se

rra

Piód

ão

Pomares

Pombe

iro da Be

ira

São Martinho

da Cortiça

Sarzed

o

Secarias

Teixeira

Vila Cova de

Alva

m²/hab

Índice de Pequenos Campos DGOTDU (m²/hab) Índice de Pequenos do Município

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Análise dos Equipamentos Desportivos

146

É de salientar que o Município regista um Índice de Piscinas Cobertas no valor de 0,00 m2/hab, por não apresentar qualquer equipamento desta

tipologia.

No que se refere ao Índice de Piscinas Descobertas o Município regista um valor acima do de referência, uma vez que o seu cálculo traduz um

resultado de 0,08 m2/hab. Os valores mais elevados observam-se nas Freguesias de Cepos (1,87 m2/hab) e Teixeira (0,94 m2/hab) e os mais

baixos registam-se nas Freguesias de Benfeita (0,22 m2/hab), Pomares (0,19 m2/hab) e Arganil (0,10 m2/hab).

Relativamente ao Índice de Pistas de Atletismo (e Espaços Polivalentes para a Aprendizagem de Atletismo), verifica-se que o valor do

Município, de 0,17 m2/hab, se encontra muito abaixo do valor de referência, que é de 1,20 m2/hab. O mesmo se observa para as freguesias

detentoras deste tipo de equipamento, nomeadamente, Arganil e Coja, que apresentam um valor de 0,56 m2/hab e 0,04 m2/hab,

respectivamente. É de salientar que a superfície desportiva referente a esta tipologia é bastante baixa, pelo facto dos equipamentos existentes

referirem a espaços para a aprendizagem de Atletismo, não constituindo, por isso, verdadeiras pistas de atletismo (oficiais).

Uma análise sem os campos abandonados (ou em mau estado de conservação) permite obter uma noção mais clara do estado do parque

desportivo municipal, ou seja, indica qual a superfície real com condições para a prática desportiva. Deste modo, constata-se que existe uma

redução do valor do Índice Geral do Município, quando se excluem os Campos Abandonados, que passa dos 4,86 m2/hab para os 3,65 m2/hab,

deixando, então, de superar valor de referência. As Freguesias de Celavisa, Pomares e Sarzedo registaram as maiores reduções, sendo que os

seus índices, vieram situar-se abaixo do 4 m2/hab de referência.

Os valores do Índice de Comunidade geral também podem sofrer oscilações significativas quando se retira a superfície desportiva referente aos

Grandes Campos, muitos deles em estado de abandono e sem grande significado no que diz respeito às necessidades para a prática

desportiva da população em geral. Deste modo, constata-se que o valor do Município se reduz significativamente para 2,26 m2/hab, mostrando

que nem sempre um índice geral elevado corresponde a um grau de oferta satisfatório. Esta situação acontece na maioria das Freguesias,

excepção feita às freguesias que não possuem Grandes Campos. Este índice reflecte claramente a importância dos Grandes Campos para o

cálculo do Índice Geral, uma vez que, nas Freguesias de Celavisa e Coja, que apresentavam um índice acima do valor de referência, ao se

excluir a superfície desportiva referente os Grandes Campos, o índice reduz-se drasticamente.

Ao se retirar a superfície desportiva relativa a Pequenos Campos, também neste particular se verifica uma considerável alteração de valores, ou

seja, uma redução do Índice Geral que passa de um valor de 4,86 m2/hab para 3,27 m2/hab. Verifica-se uma redução de valores na grande

maioria das freguesias sendo de salientar os casos de Anceriz, Barril de Alva, Folques, Moura da Serra e Secarias que passam a registar

valores nulos, por possuírem apenas equipamentos desta tipologia.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

147

No caso do Índice Geral sem os Equipamentos Escolares observa-se que o valor do Município passa dos 4,86 m2/hab para os 4,15 m2/hab,

mantendo-se, no entanto, acima do valor de referência (4 m2/hab). Nas Freguesias de Anceriz, Arganil, Coja, Folques, Sarzedo e Secarias,

também se verifica uma redução de valores e, nas restantes, por não possuírem equipamentos escolares, não se registam alterações de

valores. Neste contexto é de referir que o Índice de Escolas do Município é de 0,72 m2/hab.

Pelo exposto, e pela dificuldade de uma análise objectiva, pode afirmar-se que este tipo de análise nunca pode ser dissociada da própria

tipologia dos equipamentos desportivos, em particular das suas principais características de índole física, aliás, como é o caso, por exemplo, do

estado de conservação. Não adianta possuir uma grande superfície desportiva ou um elevado número de equipamentos, se estes se

encontrarem em mau estado de conservação, inviabilizando, dessa forma, a prática desportiva.

Numa análise com as características pretendidas, há também que ter em conta o número de residentes, uma vez que um quantitativo

populacional reduzido pode contribuir para uma leitura falseada da realidade, podendo induzir, qualquer pessoa, a considerar a rede de

equipamentos desportivos satisfatória, quando, na realidade, na maioria dos casos, tal não se verifica.

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Movimento Associativo

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

151

O MOVIMENTO ASSOCIATIVO NO MUNICÍPIO DE ARGANIL

O direito à livre associação constitui uma garantia básica de realização pessoal dos indivíduos na vida em sociedade sendo que, a criação e a

generalização do associativismo desportivo são apoiadas e fomentadas pelo Estado a todos os níveis, designadamente nas vertentes de

recreação e do rendimento.

Mas quando se fala em associativismo desportivo em Portugal, há que ter em consideração que é um processo relativamente recente, que tem

as suas origens no chamado associativismo popular de meados do século passado, o qual, por seu turno, encontrou as suas origens no

associativismo das ordens religiosas.

Deste modo, é no associativismo popular que se encontra o modelo de referência para o associativismo desportivo tendo ambos duas

características em comum: o carácter filantrópico e a juventude (Oliveira, 2006).

A organização privada do desporto em Portugal tem vindo a assumir um papel fundamental no desenvolvimento da prática desportiva,

contribuindo de modo efectivo e nunca questionado para o desenvolvimento desportivo e global dos Municípios portugueses.

Esta organização enquadra, portanto, o designado Movimento Associativo o qual, por sua vez, integra os clubes desportivos (cujo conceito é

descrito no artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 30/2004 de 21 de Julho), as sociedades desportivas (artigo 19.º do mesmo Decreto-Lei) e as

federações desportivas (artigo 20.º). Estas federações, associações e clubes desportivos são apoiados pelo Estado, nos termos previstos por

Lei, atendendo à respectiva utilidade social.

É de salientar que a Confederação do Desporto de Portugal congrega e representa as diferentes federações desportivas existentes a nível

nacional, tendo como principal objectivo a promoção do associativismo desportivo e a promoção da prática desportiva a nível nacional (artigo

27.º do DL nº 30/2004). E são também de ter em linha de conta as Associações Promotoras do Desporto (APD), assim designadas pelo

Decreto-Lei n.º 279/97 de 11 de Outubro, uma vez que têm vindo a desempenhar um papel cada vez mais activo e participativo no

desenvolvimento do desporto. Consideram-se como APD os poucos habituais agrupamentos de clubes, de praticantes ou outras entidades que

tenham por objecto exclusivo a promoção e organização de actividades físicas e desportivas, com finalidades lúdicas, formativas ou sociais, que

não se compreendam na área de jurisdição própria das federações desportivas dotadas do estatuto de utilidade pública desportiva (o Decreto-

Lei n.º 595/93, de 19 de Junho – estabelece as regras de instrução do processo para a concessão da utilidade pública desportiva às federações

desportivas). É de salientar que as APD devem adoptar a denominação da actividade física ou desportiva que promovem e organizam. Cada

APD deve promover e organizar as suas actividades físicas e desportivas em conformidade com a sua denominação e fins estatutariamente

definidos.

1

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Movimento Associat ivo

152

A intervenção do Movimento Associativo e no caso do Município de Arganil, em particular dos clubes, deve ser no sentido de se concretizarem

iniciativas e eventos desportivos que conciliem o desenvolvimento desportivo com o desenvolvimento social e cultural, numa perspectiva

saudável, tendo como objectivo principal, melhorar a qualidade de vida da população. Estas iniciativas constituem meios que o Município pode

utilizar para fomentar parcerias e cumplicidades entre a Autarquia, o Movimento Associativo e as demais entidades que promovem a actividade

desportiva e que pretendam contribuir para o desenvolvimento desportivo de Arganil.

Para dinamizar e qualificar o tecido associativo municipal, para além de o dotar com um conjunto de recursos que viabilizem a sua própria

existência, também se poderá atribuir aos clubes locais e de acordo com as suas especificidades e segundo critérios predefinidos, a

organização exclusiva de determinados eventos fornecendo-lhes, para tal, o “know-how” essencial ao cumprimento da sua missão e da sua

modernização.

Neste contexto, pode mesmo afirmar-se que as Autarquias constituem, no âmbito do Movimento Associativo, o novo paradigma do

desenvolvimento desportivo, pela sua transversalidade e pela visão mais localizada do fenómeno (Oliveira, 2006).

Assim, a Autarquia deve apoiar o meritório trabalho desenvolvido pelos clubes desportivos até porque estes motivam a formação integral e

harmoniosa dos jovens e a sua socialização. O objectivo passa por dotar os clubes de melhores condições para uma progressiva generalização

da prática desportiva junto dos jovens munícipes. Outro aspecto bastante importante é o incentivo e o apoio à realização de exames médicos

desportivos para acompanhar as condições de saúde dos atletas.

Por outro lado, entende-se que a divulgação da existência das associações e das actividades que as mesmas realizam pode tornar-se num

factor que definitivamente poderá aumentar o número de munícipes em actividade nos diferentes clubes e associações e, em último caso,

divulga a prática das actividades físicas, mesmo que não formais.

No caso particular do Município de Arganil, o Movimento Associativo assume alguma relevância na estrutura desportiva, tendo sido identificadas

e registadas nove entidades (Quadro 45).

Estas entidades, ligadas directa ou indirectamente com o desporto, desenvolvem, na sua totalidade, a prática de um conjunto de diferentes

modalidades desportivas, nomeadamente: Futebol, Futsal, BTT, Cicloturismo, Atletismo, Ginástica, Voleibol, Columbofilia, Ciclismo e Karaté.

Verifica-se que existe uma clara preocupação e interesse por parte destas entidades na promoção do desporto, o que, de um modo equilibrado

e devidamente enquadrado, pode contribuir positivamente para a diversificação e mesmo qualificação do parque desportivo e,

simultaneamente, para perspectivar o desenvolvimento turístico.

Deste modo, e tendo sempre em consideração as questões ambientais e o correcto ordenamento do território, é do interesse do Município, o

aumento do número deste tipo de instituições, não só pelas actividades desportivas que promovem e a forma como o fazem, mas também pelo

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

153

seu contributo para o desenvolvimento geral do Município. Naturalmente que estas associações se devem reger de acordo com a legislação

existente, agindo em conformidade com a lei e com o projecto global que deve servir todo o território.

Numa análise mais pormenorizada acerca das Associações, Clubes e Colectividades do Município, verifica-se que estas integram um total de

570 atletas federados ou em formação (Quadro 46).

Em termos de modalidades desportivas praticadas pelos atletas do Município (Figura 48), sai realçado o facto de as modalidades colectivas

praticadas em Grandes Campos (futebol) integrarem, em termos globais, o maior número de atletas (num valor total de 399). Observa-se

também um número elevado de atletas nos desportos Individuais, concentrando um total de 104 atletas. As Modalidades Colectivas em

Pequenos Campos apresentam um total de 67 atletas, onde apenas se observa a prática do Futsal (51 atletas) e do Voleibol (16 atletas).

Quadro 45 – Associações, Clubes e Colectividades segundo a Modalidade, Escalão e Género por Freguesia – dados 2010.

Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Total

Futebol 25 0 25 0 30 0 30 0 30 0 35 0 25 0 0 0 200 0 200

Atletismo 0 0 0 0 0 0 0 0 5 7 0 0 0 0 0 0 5 7 12

Associação Juvenil Cume Cicloturismo - - - - - - - - - - - - - - - -

Clube Arganil BTT Serra do Açor BTT 0 0 10 0 0 0 0 0 10 0 0 0 10 0 30 0 60 0 60

Benfeita Centro de Ciclismo da Benfeita Ciclismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 7 0 7

Futebol 18 0 16 0 0 0 20 0 20 0 20 22 0 0 0 0 94 22 116

Atletismo - - - - - - - - - - - - - - - -

Karaté - - - - - - - - - - - - - - - -

Pomares Grupo Desportivo Pomarense Columbófilia - - - - - - - - - - - - - - - - 13 0 13

Futebol 0 0 0 0 15 0 9 0 0 0 0 0 12 0 0 0 36 0 36

Voleibol - - - - - - - - - - - - - - - - 16 0 16

Ginástica - - - - - - - - - - - - - - - - 12 0 12

Futebol - - - - - - - - - - - - 25 0 0 0 25 0 25

Futsal 0 0 12 0 15 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 39 0 39

Atletismo - - - - - - - - - - - - - - - -

Karaté - - - - - - - - - - - - - - - -

Futebol - - - - - - - - - - - - 22 0 0 0 22 0 22

Futsal - - - - - - - - - - - - 12 0 0 0 12 0 12

Atletismo - - - - - - - - - - - - - - - -

Karaté - - - - - - - - - - - - - - - -

Total 541 29 570

Não refere

Não refere

Não refere

Não refereVila Cova de Alva

Veteranos

Não refere

Não refere

Sarzedo Grupo Desportivo da União Recreativa Sarzedense

Arganil

Séniores

Não refere

Escolinhas Escolas Infantis Iniciados Juvenis Juniores Total

Coja

Modalidade

Clube Operário Jardim do Alva

Grupo Desportivo Vilacovense

Associação Atlética de Arganil

Freguesia Clube

São Martinho da Cortiça Grupo Desportivo e Cultural de S. Martinho da Cortiça

Fonte: Câmara Municipal de Arganil

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Movimento Associat ivo

154

Quadro 46 – Número de atletas, segundo as modalidades desportivas e o género – dados de 2010.

Modalidade Total %

Futebol 399 70,0

BTT 60 10,5

Futsal 51 8,9

Voleibol 16 2,8

Columbófilia 13 2,3

Ginástica 12 2,1

Atletismo 12 2,1

Ciclismo 7 1,2

Total 570 100

Fonte: Câmara Municipal de Arganil.

399

10467

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

Modalidades Colectivas em Grandes Campos (Futebol)

Desportos Individuais Modalidades Colectivas em Pequenos Campos

Fonte: Câmara Municipal de Arganil

Figura 48 – Distribuição das Modalidades Desportivas – dados de 2010.

Por tudo o que foi exposto, conclui-se que, dado o importante papel do Associativismo na promoção das actividades físicas e desportivas, com

finalidades lúdicas, formativas ou sociais, será do interesse do Município apoiar as já existentes e contribuir para a sua expansão e proliferação

no território, não só em número, mas também em diversidade e qualidade.

Neste sentido, quanto mais associações existirem e quanto mais diversificado for o leque de modalidades desportivas que apoiam e promovem,

mais e melhor se contribui para a formação dos jovens cidadãos do Município (e não só) e se fortalece o desenvolvimento desportivo de

Arganil. Deste modo, torna-se também possível avaliar o grau de satisfação do actual parque desportivo, bem como prospectivar a necessidade

de aumentar a qualidade dos espaços desportivos existentes.

Simultaneamente, com a promoção do desenvolvimento do parque desportivo de Arganil, contribui-se positivamente para o progresso da

actividade turística (até porque o desporto tem vindo a estabelecer com o turismo uma forte relação, quer no que respeita à animação e aos

eventos, quer no próprio quadro do financiamento, tudo numa relação do tipo win/win, ou seja, em que ambos os sectores ficam a ganhar) e,

consequentemente, para o desenvolvimento em termos globais do Município.

No futuro será também importante aumentar as parcerias entre a Autarquia e o Movimento Associativo, transferindo para este a gestão dos

recursos que vão sendo disponibilizados para o desenvolvimento do sistema desportivo, deixando também a definição de critérios e prioridades,

aliviando, desta forma, a administração central e local.

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Síntese do Sistema Desportivo Municipal

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

157

Ao se efectuar uma síntese do diagnóstico do parque desportivo do Município de Arganil, torna-se fundamental a realização de uma breve

contextualização dos diversos factores que intervêm em todo o processo desportivo, tanto daqueles que directamente se relacionam com o

Desporto, como com os que, de algum modo, o influenciam.

O território municipal, com 332,13 Km2 e 18 freguesias, apresenta-se limitado a Norte pelos Municípios de Penacova, Tábua e Oliveira do

Hospital, a Nordeste pelo de Seia, a Leste pelo da Covilhã, a Sul pelos de Pampilhosa da Serra e Góis e a Oeste pelo Município de Vila Nova

de Poiares.

No contexto demográfico verifica-se que o Município registou um decréscimo populacional no último período intercensitário (-2,18%) e a mesma

situação se observa na maioria das freguesias, sendo de salientar os casos das Freguesias de Arganil (a que registou o maior acréscimo,

constituindo a mais populosa do Município), Barril de Alva e Secarias, por serem as únicas a apresentar acréscimos populacionais.

No que respeita ao parque desportivo do Município de Arganil, este apresenta uma distribuição espacial bastante heterogénea, integrando um

total de 63 equipamentos desportivos repartidos pelas diferentes tipologias adoptadas pelo Instituto do Desporto de Portugal, sendo que, cerca

de metade dos espaços são relativos a Pequenos Campos de Jogos (29 equipamentos que correspondem a 46% do total), concentrando-se,

maioritariamente, nas Freguesias de Arganil (com sete equipamentos), Benfeita e Coja e Pomares (com três equipamentos cada).

De uma forma geral constata-se que 21 equipamentos apresentam iluminação, 15 possuem balneários e apenas 11 dispõem de bancadas.

Grande parte dos equipamentos (num total de 22) encontra-se em razoável estado de conservação, registando-se, no entanto, 17 em mau

estado e cinco em abandono. Contabilizam-se 37 equipamentos de natureza jurídica pública, em que 26 são da responsabilidade da Autarquia

e dez do Ministério da Educação e registam-se 26 espaços privados, observando-se nove da responsabilidade do Movimento Associativo e 17

de outras entidades. A importância dos espaços desportivos é maioritariamente local (em 40 equipamentos) e escolar (18 equipamentos). O

utilizador mais frequente é a população em geral, no entanto, o acesso aos equipamentos apresenta-se, na esmagadora maioria das vezes,

condicionado (situação que se verifica em 42 equipamentos desportivos do Município). Quanto à utilidade do equipamento, constata-se que 35

são recreativos e 28 apresentam uso formativo.

A relação da superfície desportiva útil por habitante, em metros quadrados, no caso do Município de Arganil, indica que o valor do Índice de

Comunidade geral, de 4,86 m2/hab, é superior aos 4 m2/hab de referência. Em situação contrária observam-se as Freguesias de Anceriz,

Arganil, Barril de Alva, Benfeita, Cerdeira, Folques, Moura da Serra, Piódão, Pombeiro da Beira e São Martinho da Cortiça, ao apresentarem

índices abaixo do valor de referência. As Freguesias de Cepos e Celavisa registam os índices mais elevados.

Os sete Grandes Campos existentes no Município apresentam dimensões reduzidas e correspondem a um índice de 2,61 m2/hab, o qual se

situa acima do valor de referência (2,00 m2/hab). O mesmo se observa em todas as freguesias que apresentam equipamentos desta tipologia,

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Síntese do Sistema Desport ivo Municipal

158

excepto no caso da Freguesia de Arganil que regista um valor de 1,50 m2/hab. A Freguesia de Celavisa é a que apresenta o índice mais

elevado, de 14,25 m2/hab. Destes sete equipamentos, observa-se que cinco possuem iluminação, um apresenta bancadas e quatro dispõem de

balneários. Observa-se um equipamento em muito bom estado de conservação, três em mau estado e outros três em abandono. Deve ser

referido que quatro Grandes Campos são da responsabilidade do Movimento Associativo, assumindo, na sua maioria, uma importância de nível

local. Verifica-se que cinco equipamentos são utilizados por sócios e atletas e dois registam um uso por parte da população em geral.

Contabilizam-se três espaços recreativos e quatro formativos e registam-se cinco espaços com acesso condicionado e dois com acesso

generalizado.

No que se refere ao índice de Pequenos Campos, constata-se que o valor do Município, de 1,59 m2/hab, é superior ao de referência da

DGOTDU (1,00 m2/hab), mas verifica-se uma situação contrária nas Freguesias de Coja (1,00 m2/hab) e Sarzedo (0,92 m2/hab). Por sua vez, as

Freguesias de Celavisa, Piódão, Pombeiro da Beira e São Martinho da Cortiça apresentam valores nulos, por não possuírem qualquer Pequeno

Campo. Observa-se que nove equipamentos possuem dimensão standard enquanto que os restantes 20 apresentam dimensão reduzida.

Registam-se dois equipamentos com balneários, três com iluminação e cinco com bancadas. Predomina o razoável estado de conservação e a

natureza jurídica maioritariamente pública, com três equipamentos da responsabilidade do Ministério da Educação e 18 de gestão da Autarquia.

Contabilizam-se 19 equipamentos com importância de nível local e dez com dimensão escolar. O acesso aos equipamentos é maioritariamente

condicionado (em 15 espaços), e o principal utilizador é a população em geral (14 espaços).

Os sete Pavilhões recenseados no território possuem iluminação e balneários e apenas cinco apresentam bancadas. Destes sete

equipamentos, observa-se que um se encontra em muito bom estado, dois em bom estado e quatro em estado razoável de conservação.

Verifica-se que dois Pavilhões são da responsabilidade do Movimento Associativo, dois da Autarquia, dois do Ministério da Educação e um

pertence a uma entidade privada (Casa do Povo de Coja). Quanto à sua importância observam-se três de nível local, três escolares e um

regional. O acesso apresenta-se condicionado e os principais utilizadores são os alunos (em três espaços) e os utentes (em três espaços).

Constata-se ainda que o Índice de Pavilhões do Município, de 0,35 m2/hab, é superior ao valor de referência da DGOTDU e os valores mais

elevados observam-se nas Freguesias de Sarzedo (1,25 m2/hab) e Pombeiro da Beira (0,64 m2/hab).

No que se refere às Salas de Desporto verifica-se que cinco possuem iluminação e nenhuma dispõe de balneários e bancadas. Observa-se um

espaço em muito bom estado de conservação, dois em bom estado, um em estado razoável e o outro em mau estado. A natureza jurídica é

maioritariamente privada e a importância assume-se, sobretudo, de nível local (em três espaços), municipal (num espaço) e escolar (num

espaço). Estes equipamentos apresentam fins formativos, sendo utilizadas, principalmente, pelos alunos, atletas ou utentes, e o seu acesso é

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

159

condicionado. No que respeita ao Índice de Salas de Desporto observa-se um valor municipal (de 0,07 m2/hab) inferior aos de referência, sendo

que a única excepção se regista na Freguesia de Cerdeira, com um valor de 0,88 m2/hab.

As Piscinas Descobertas apresentam, na sua maioria, uma dimensão reduzida, mas duas encontram-se em muito bom estado de conservação

e três em bom estado. Observa-se que apenas um equipamento apresenta balneários e nenhum dispõe de iluminação ou bancadas. A sua

natureza jurídica é maioritariamente privada (em seis espaços) e o acesso apresenta-se condicionado em seis equipamentos e generalizado em

três. Os principais utilizadores são os utentes (em seis espaços) e a população em geral (em três espaços). Deve ainda ser salientado que os

equipamentos assumem um carácter recreativo e uma importância local (excepto no caso da Piscina Descoberta do Complexo José Miguel

Dias, que adquire uma importância municipal). Relativamente ao Índice de Piscinas Descobertas do Município, de 0,08 m2/hab, este encontra-

se acima do valor de referência (de 0,04 m2/hab) e os maiores valores registam-se nas Freguesias de Cepos e Teixeira, com 1,87 m2/hab e

0,94 m2/hab, respectivamente.

Os quatro Espaços Polivalentes para a Aprendizagem de Atletismo, existentes no Município, não dispõem de balneários, iluminação ou

bancadas. Verifica-se que todos os espaços se encontram integrados em estabelecimentos de ensino, apresentando desse modo, uma

natureza jurídica pública e observa-se que um equipamento se encontra em bom estado de conservação, enquanto que os outros três

apresentam um estado razoável. A importância dos equipamentos é escolar, os principais utilizadores são os alunos e o acesso apresenta-se

condicionado e é de referir ainda, que estes espaços apresentam fins formativos. O Índice de Pistas de Atletismo do Município, de 0,17 m2/hab,

encontra-se abaixo do valor de referência (1,20 m2/hab) e o mesmo se observa nas Freguesias detentoras deste tipo de equipamentos,

nomeadamente, Arganil com um índice de 0,56 m2/hab e Coja com um valor de 0,04 m2/hab.

Dos dois equipamentos que integram a tipologia “Outros ou Especializados” apenas o Circuito de Manutenção do Complexo José Miguel Dias

apresenta iluminação. O estado de conservação apresenta-se razoável e verifica-se que um equipamento é público e o outro é privado. Os

equipamentos desta tipologia assumem uma importância municipal e local e o principal utilizador é a população em geral. De salientar que o

acesso aos equipamentos se apresenta generalizado, assumindo-se, ambos, como espaços de carácter recreativo.

Deve ser referido que muitas das actividades desportivas são promovidas pelas oito Associações ou Clubes existentes no território. Neste

contexto, constata-se que o número de atletas tem vindo a aumentar, contabilizando-se um total de 546 atletas. É de referir que o Futebol

concentra o maior número de atletas (418), assumindo-se, assim, como a modalidade mais representativa com 77%.

O Movimento Associativo assume, deste modo, um papel preponderante na promoção das actividades físicas e desportivas, pelo que será do

interesse do Município apoiar as associações existentes e será também importante a constituição de parcerias entre a Autarquia, o Movimento

Associativo e outras entidades promotoras, de modo a fomentar a divulgação e a democratização do desporto, tudo isto no sentido de

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Síntese do Sistema Desport ivo Municipal

160

desenvolver o parque desportivo de Arganil, promovendo o progresso da actividade turística e, consequentemente, o desenvolvimento global do

Município. Resumindo, há um conjunto de diversas acções que poderão vir a ser adoptadas pelo Município de Arganil em função da sua

situação demográfica e económica e tendo em linha de conta o estado do parque desportivo de cada Freguesia.

Quadro 47 - Quadro síntese por freguesia.

(continua)

Freguesias Parque Desportivo Actual Pontos Fracos Pontos Fortes

Anceriz 1 Pequeno Campo

- Perda de população no último período

intercensitário (-17,54%);

- Pequeno Campo encontra-se em mau estado de

conservação e apresenta acesso condicionado;

- Índice Geral encontra-se abaixo dos valores de

referência;

- Índice de Pequenos Campos encontra-se acima

dos valores de referência mas esconde a carência

qualitativa do equipamento existente.

Arganil

1 Grande Campo

7 Pequenos Campos

3 Pavilhões

3 Salas de Desporto

2 Piscinas Descobertas

3 Espaços Polivalentes para a Aprendizagem de

Atletismo

1 Outros

- Inexistência de Piscinas Cobertas direccionadas

para a formação;

- Não se observa qualquer Pista de Atletismo de 400

metros (de Treino);

- Registam-se três Pequenos Campos em mau

estado de conservação;

- A maioria dos equipamentos apresenta

condicionalismos de acesso;

- Índices Geral, de Grandes Campos, de Salas de

Desporto e de Pistas de Atletismo encontram-se

abaixo dos valores de referência.

- Aumento populacional no último período

intercensitário (25,39%);

- Parque desportivo diversificado;

- Índices de Pequenos Campos e de Pavilhões

apresentam valores superiores aos de referência;

- Grande Campo de Jogos Sintético e Pavilhão e

Sala de Desporto da EB 2,3 encontram-se em muito

bom estado de conservação;

- Espaços Polivalentes para a Aprendizagem de

Atletismo apresentam bom estado de conservação;

- Movimento Associativo apresenta um papel

importante na promoção da prática de diversas

actividades desportivas.

Barril de Alva 1 Pequeno Campo

- Pequeno Campo apresenta mau estado de

conservação;

- Índice Geral encontra-se abaixo dos valores de

referência;

- Índice de Pequenos Campos encontra-se acima

dos valores de referência mas esconde a carência

qualitativa do equipamento existente.

- Aumento populacional no último período

intercensitário (0,78%).

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

161

(continuação)

(continua)

Freguesias Parque Desportivo Actual Pontos Fracos Pontos Fortes

Benfeita3 Pequenos Campos

2 Piscinas Descobertas

- Perda populacional no último período

intercensitário (-24,47%);

- Piscinas Descobertas encontram-se em mau

estado de conservação;

- Índice Geral encontra-se abaixo dos valores de

referência;

- Índice de Piscinas Descobertas encontra-se

acima dos valores de referência mas esconde a

carência qualitativa dos equipamentos

existentes.

- Índice de Pequenos Campos apresenta valores

superiores aos de referência.

Celavisa 1 Grande Campo

- Perda populacional no último período

intercensitário (-14,76%);

- O Grande Campo existente apresenta-se em

estado de abandono;

- Índices Geral e de Grandes Campos

encontram-se acima dos valores de referência

mas escondem a carência qualitativa do único

equipamento existente.

Cepos1 Pequeno Campo

1 Piscina Descoberta

- Perda populacional no último período

intercensitário (-13,43%);

- Equipamentos existentes apresentam

condicionalismos de acesso.

- Equipamentos existentes encontram-se em

bom e em razoável estado de conservação;

- Índices Geral, de Pequenos Campos e de

Piscinas Descobertas encontram-se acima dos

valores de referência.

Cerdeira1 Pequeno Campo

1 Sala de Desporto

- Perda populacional no último período

intercensitário (-14,51%);

- Índice Geral encontra-se abaixo dos valores de

referência;

- Sala de Desporto existente apresenta acesso

condicionado.

- Índices de Pequenos Campos e de Salas de

Desporto apresentam valores superiores aos de

referência;

- Pequeno Campo existente encontra-se em

muito bom estado de conservação.

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Síntese do Sistema Desport ivo Municipal

162

(continuação)

(continua)

Freguesias Parque Desportivo Actual Pontos Fracos Pontos Fortes

Coja

1 Grande Campo

3 Pequenos Campos

1 Pavilhão

1 Sala de Desporto

1 Espaço Polivalente para a Aprendizagem de

Atletismo

1 Outros

- Perda populacional no último período

intercensitário (-3,17%);

- Grande Campo e Sala de Desporto apresentam

mau estado de conservação;

- Índices Geral e de Grandes Campos

encontram-se acima dos valores de referência

mas escondem a carência qualitativa do Grande

Campo;

- Índice de Pistas de Atletismo encontra-se

abaixo dos valores de referência;

- Maioria dos equipamentos apresenta

condicionalismos de acesso;

- Inexistência de um Plano de Água que

funcione como apoio a todo o sector Oriental

do Município.

- Parque desportivo diversificado;

- Índice de Pavilhões encontra-se acima dos

valores de referência;

- Pequeno Campo apresenta muito bom estado

de conservação;

- Movimento Associativo apresenta um papel

importante na promoção da prática de diversas

actividades desportivas.

Folques 2 Pequenos Campos

- Perda populacional no último período

intercensitário (-11,58%);

- Pequeno Campo da EB1 de Folques encontra-

se em mau estado de conservação;

- Ambos os espaços desportivos registam

acesso condicionado;

- Índice Geral encontra-se abaixo dos valores de

referência e Índice de Pequenos Campos,

apesar de elevado, esconde carências

qualitativas num dos equipamentos.

Moura da

Serra1 Pequeno Campo

- Perda populacional no último período

intercensitário (-30,00%);

- Índice Geral encontra-se abaixo dos valores de

referência.

- Índice de Pequenos Campos apresenta-se

acima dos valores de referência;

- Pequeno Campo regista acesso generalizado a

toda a população e encontra-se em razoável

estado de conservação.

Piódão Sem equipamentos

- Perda populacional no último período

intercensitário (-41,21%);

- Não regista qualquer equipamento desportivo.

- Possibilidade de rentabilização da Piscina

Natural de Chã d' Égua.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

163

(continuação)

(continua)

Freguesias Parque Desportivo Actual Pontos Fracos Pontos Fortes

Pomares

1 Grande Campo

3 Pequenos Campos

2 Piscinas Descobertas

- Perda populacional no último período

intercensitário (-16,14%);

- Grande Campo encontra-se em estado

de abandono;

- Índices Geral e de Grandes Campos

encontram-se acima dos valores de

referência mas escondem a carência

qualitativa do Grande Campo existente.

- Índices de Pequenos Campos e de

Piscinas Descobertas encontram-se acima

dos valores de referência;

- Piscinas Descobertas apresentam acesso

generalizado a toda a população e

encontram-se em muito bom estado de

conservação;

- Movimento Associativo apresenta um

papel importante na promoção da prática

de diversas actividades desportivas;

- Possibilidade de rentabilização das

Piscinas Naturais de Soito da Ruiva e do

Agroal.

Pombeiro

da Beira1 Pavilhão

- Perda populacional no último período

intercensitário (-8,55%);

- Pavilhão apresenta acesso

condicionado;

- Índice Geral encontra-se abaixo dos

valores de referência.

- Índice de Pavilhões encontra-se acima

dos valores de referência.

Sâo

Martinho da

Cortiça

1 Grande Campo

1 Pavilhão

- Perda populacional no último período

intercensitário (-9,00%);

- Grande Campo apresenta mau estado de

conservação;

- Índice Geral encontra-se abaixo dos

valores de referência;

- Índice de Grandes Campos encontra-se

acima dos valores de referência mas

esconde a carência qualitativa do Grande

Campo existente;

- Equipamentos existentes apresentam

acesso condicionado.

- Índice de Pavilhões encontra-se acima

dos valores de referência;

- Movimento Associativo apresenta um

papel importante na promoção da prática

de algumas actividades desportivas.

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Síntese do Sistema Desport ivo Municipal

164

(continuação)

Freguesias Parque Desportivo Actual Pontos Fracos Pontos Fortes

Sarzedo

1 Grande Campo

2 Pequenos Campos

1 Pavilhão

- Perda populacional no último período

intercensitário (-0,95%);

- Grande Campo encontra-se em estado

de abandono;

- Índices Geral e de Grandes Campos

encontram-se acima dos valores de

referência mas escondem a carência

qualitativa do Grande Campo;

- Índice de Pequenos Campos encontra-se

abaixo dos valores de referência:

- Todos os equipamentos existentes

apresentam acesso condicionado.

- Índice de Pavilhões encontra-se acima

dos valores de referência;

- Movimento Associativo apresenta um

papel importante na promoção da prática

de diversas actividades desportivas.

Secarias 2 Pequenos Campos

- O Campo de Futebol 7 do Grupo

Desportivo de Secarias apresenta mau

estado de conservação;

- Os dois equipamentos existentes

apresentam condicionalismos de acesso;

- Índices Geral e de Pequenos Campos

encontram-se acima dos valores de

referência mas escondem a carência

qualitativa de um Pequeno Campo.

- Aumento populacional no último

período intercensitário (13,32%).

Teixeira1 Pequeno Campo

2 Piscinas Descobertas

- Perda populacional no último período

intercensitário (-24,80%);

- Pequeno Campo encontra-se em estado

de abandono e Piscinas Descobertas

apresentam mau estado de Conservação;

- Índices Geral, de Pequenos Campos e de

Piscinas Descobertas encontram-se acima

dos valores de referência mas escondem

a carência qualitativa dos equipamentos

existentes.

Vila Cova de

Alva

1 Grande Campo

1 Pequeno Campo

- Perda populacional no último período

intercensitário (-6,33%);

- Grande Campo apresenta mau estado de

conservação e Pequeno Campo encontra-

se em estado de abandono;

- Índices Geral, de Grandes Campos e de

Pequenos Campos encontram-se acima

dos valores de referência mas escondem

a carência qualitativa dos equipamentos

existentes.

- Movimento Associativo apresenta um

papel importante na promoção da prática

de algumas actividades desportivas.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

165

Quadro 48 - Quadro síntese municipal.

Parque Desportivo Actual Pontos Fracos Pontos Fortes Ameaças Potencialidades

7 Grandes Campos

29 Pequenos Campos

7 Pavilhões

5 Salas de Desporto

9 Piscinas Descobertas

4 Espaços Polivalentes para

a Aprendizagem de

Atletismo

2 Outros

- Fracas acessibilidades municipais e

mesmo intermunicipais;

- Decréscimo populacional no último

período intercensitário (-2,18%) e

concentração da população na sede de

concelho (cresce 25,39%);

- Uma percentagem significativa dos

equipamentos (34,9%) encontra-se em

mau estado de conservação ou em estado

de abandono;

- A grande maioria dos equipamentos

apresenta condicionalismos de acesso;

- Os Grandes Campos não apresentam

dimensões ou condições para a prática

desportiva à excepção do Grande Campo

de Relva Sintética do Estádio José

Eduardo Ralha;

- Índices Geral, de Grandes Campos, de

Pequenos Campos e de Piscinas

Descobertas elevados escondem

carências qualitativas nos equipamentos;

- Índices de Salas de Desporto e de Pistas

de Atletismo apresentam valores

inferiores aos de referência;

- Não se observa qualquer Piscina

Coberta direccionada para a formação no

Município;

- As Freguesias de Arganil, Coja e

Pomares concentram, respectivamente,

31,7%, 12,7% e 9,5% do total dos

equipamentos desportivos, o que se

reflecte num número bastante reduzido

de espaços desportivos nas restantes

- Índice de Pavilhões apresenta valores

superiores de referência;

- Qualidade da maioria dos Pavilhões e

das Salas de Desporto;

- Boas potencialidades naturais para a

prática de diversas actividades

desportivas de aventura;

- Movimento Associativo desempenha um

papel importante na promoção da prática

desportiva e na dinamização de iniciativas

e eventos desportivos.

- Se não existir uma constante

preocupação com o estado de

conservação alguns espaços desportivos,

estes poderão deixar de ser funcionais

nalgumas freguesias;

- A morfologia do território, a existência

de declives bastante acentuados e as

fracas acessibilidades poderão dificultar o

investimento e a maior espacialização do

parque desportivo;

- A perda de população poderá

condicionar o investimento em novos

equipamentos desportivos formais.

- As excelentes condições naturais

potenciam a prática de um conjunto

diversificado de actividades de Desporto

Aventura e, simultaneamente, vão levar à

elaboração de um Plano Estratégico de

Desenvolvimento do Desporto Aventura

(PEDDA);

- Encontram-se reunidas as condições

propícias para a definição de Percursos

Pedestres ao nível intermunicipal;

- A flexibilização dos condicionalismos à

prática desportiva registados nalguns

equipamentos possibilitará um acesso

mais fácil à população em geral;

- Localização da sede do Município num

possível incremento da centralidade do

investimento no parque desportivo.

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Algumas Considerações Finais

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

169

A análise dos dados finais da fase de diagnóstico proporciona aos responsáveis de planeamento todo um conjunto de informação que

permite encontrar soluções em termos de oferta, não só para dar resposta à procura do desporto formal enquadrado, mas de uma forma mais

abrangente, para dar resposta à crescente procura e prática das actividades físicas não enquadradas.

Numa perspectiva integradora e de acordo com a lógica assumida, desde o primeiro momento, pela equipa que desenvolve o presente projecto,

é sempre considerado o facto de que a principal vocação desportiva de uma Autarquia deve passar pela criação de infra-estruturas de base

(recreativas e formativas), como resposta à procura do cidadão comum. Deste modo, no âmbito de um planeamento urbano geral, algumas

infra-estruturas desportivas devem ser assumidas, cada vez mais, como verdadeiro “mobiliário” urbano, no quadro da definição de espaços de

fruição para a população – relvados ou prados, parques com espaços livres, logradouros desportivos, Parques Infantis, Parques para Séniores,

Ciclovias, Circuitos de Manutenção, entre outros. Neste sentido, os novos espaços constituem elementos fundamentais para a redução do

sedentarismo da população, com reflexos estruturais positivos no Desporto e na Saúde para toda a população do Município de Arganil.

Na “Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais de Arganil”, foi decidido, equacionar algumas componentes fundamentais, por um lado, a

análise e o diagnóstico dos equipamentos desportivos artificiais, e por outro lado, a caracterização do Movimento Associativo, tendo em

consideração toda a perspectiva enunciada na “Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto”, com vista ao tão desejado desenvolvimento

sustentável.

A análise qualitativa e quantitativa sobre os equipamentos desportivos artificiais, bem como os índices de comunidade observados, são

fundamentais para estudar todo o potencial existente em termos de oferta de espaços para a prática desportiva formal. Deste modo, é com

base no diagnóstico do actual sistema desportivo municipal, bem como nas opções definidas para o desenvolvimento desportivo do Município, a

médio e longo prazo, que se poderá equacionar o planeamento do parque desportivo do Município de Arganil.

Os resultados obtidos indicam a existência de algumas lacunas no território municipal, nomeadamente no que se refere à qualidade dos

equipamentos desportivos, aspecto evidenciado pelo valor do Índice Geral que, apesar de elevado, se encontra associado a uma superfície

desportiva, maioritariamente, em mau estado de conservação. Nesse sentido, ficou bem claro, em alguns sectores do território, a necessidade

de recuperar, total ou parcialmente, esses equipamentos, sendo que o objectivo passa por criar espaços de qualidade, incidindo, sobretudo, na

transformação dos existentes, em vez de apostar na criação de novos equipamentos. A realização do diagnóstico do parque desportivo

municipal tornou, assim, esclarecedora a necessidade de todo um trabalho que há a realizar no quadro da recuperação e requalificação dos

equipamentos existentes, aliás no seguimento do que os responsáveis da equipa técnica têm vindo a defender sobre uma das premissas para o

todo do parque desportivo português – “antes de construir novo, há que equacionar o existente, remodelando-o e recuperando-o”. No contexto

de beneficiação dos espaços existentes, há que destacar o papel interventivo da Autarquia em todo o processo.

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Algumas Considerações Finais

170

Também na opinião desta equipa, alguns equipamentos revelam a inexistência de uma prática desportiva anual regular e apresentam-se em

estado de abandono, pelo que a proposta passa pela sua desclassificação enquanto equipamentos desportivos, como é o caso dos Campos de

Futebol de 11 Mário da Costa Bica, do Parque de Jogos de Pomares e de Sarzedo e dos Campos de Futebol de 7 de Teixeira e da Associação

de Moradores de Casal de São João.

Deve também ser salientado que uma flexibilização dos condicionalismos à prática desportiva, na maioria dos equipamentos desportivos

artificiais existentes, poderá permitir um acesso mais fácil à população em geral.

Por força dos novos caminhos que têm vindo a ser traçados pelos mais recentes governos centrais, a criação de “Centros Educativos”, assume-

se como a solução para muitas das debilidades da actual rede educativa, sobretudo, ao nível da qualidade de ensino e, mesmo na resposta ao

elevado êxodo verificado em determinados Territórios Educativos. No caso particular do Município de Arganil, a construção do Centro Educativo

de Coja prevê a implementação de uma Sala de Desporto, a qual poderá vir a servir a população e organizações particulares que procurem a

prática de desportos individuais/desporto especializado.

Deve também ser referida a futura construção, na área da Antiga Cerâmica Arganilense, de uma Piscina Municipal Coberta e aquecida, com 25

m X 16 m e de um tanque de aprendizagem com 16 m X 6 m, espaços complementados com uma área de banho turco. Estes equipamentos

irão integrar o Bloco C, onde também será instalado um Health Club (Ginásio com Sala de Musculação e de Cardio-Fitness).

Ainda no contexto dos novos equipamentos desportivos, é de salientar a recente construção do Campo de Ténis (em terra batida) da Santa

Casa da Misericórdia de Arganil, junto ao Circuito de Manutenção do Complexo José Miguel Dias e o aproveitamento do espaço integrado no

Sub-Paço do Concelho para a prática da actividade física e desportiva.

É ainda de realçar que o planeamento dos equipamentos desportivo colectivos, deve ser sempre enquadrado de modo a dar resposta, em

primeira análise, aos cidadãos que habitam um determinado território, embora em certas situações, cada vez mais frequentes, a quem o visita,

mas sempre num princípio de racionalização de investimentos e não na lógica de duplicação de espaços, erros que se observam, um pouco por

todo o país, que continua a apresentar grandes desigualdades de oportunidades. O objectivo primordial do planeamento dos novos espaços

deve ser o suprimir as faltas que a fase de diagnóstico detectou. E a perspectiva será sempre a de uma resolução desses mesmos problemas

tendo em consideração as especificidades de cada sector do território.

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Bibliografia

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

177

Legislação citada

Lei nº 1/90 de 13 de Janeiro.” D.R. I Série”. 64 (90-01-13).

Lei nº 30/2004 de 21 de Julho. “D.R. I Série”. 170 (2004-07-21).

Lei nº 5/2007 de 16 de Janeiro. “D.R. I Série”. 11 (2007-01-16).

Lei nº 18/2004 de 11 de Maio. “D.R. I Série”. (2004-05-11).

Decreto-Lei nº 123/97 de 22 de Maio. “D.R. I Série”. (97-05-22).

Decreto-Lei nº 163/2006 de 8 de Agosto. “D.R. I Série”. 152 (2006-

08-08).

Decreto-Lei nº 74/2007 de 27 de Março. “D.R. I Série”. 61 (2007-

03-27).

Lei nº 38/2004 de 18 de Agosto. “D.R. I Série”. 194 (2004-08-18).

Lei nº 46/2006 de 28 de Agosto. “D.R. I Série”. (2006-08-28).

Decreto-Lei nº 34/2007 de 15 de Fevereiro. “D.R. I Série”. 33

(2007-02-15).

Decreto-Lei nº 317/97 de 25 de Novembro. “D.R. I Série-A”. 273/97

(97-11-25).

Decreto-Lei nº 309/2002 de 16 de Dezembro. “D.R. I Série”. (2002-

12-16).

Decreto-Regulamentar nº 34/95 de 16 de Dezembro. “D.R. I Série”.

(95-12-16).

Despacho Normativo nº 78/85 de 21 de Agosto. “D.R. I Série”. 191

(85-08-21).

Decreto-Lei nº 153-A/90 de 16 de Maio. “D.R. I Série”. 112 (90-05-

16).

Lei nº 159/99 de 14 de Setembro. “D.R. I Série-A”. 109/99 (99-09-

14).

Decreto-Lei nº 310/2003 de 10 de Dezembro. “D.R. I Série”. 284

(2003-12-10).

Decreto-Lei º 379/97 de 27 de Dezembro. “D.R. I Série”. (97-12-

27).

Portaria nº 379/98 de 2 de Julho. “D.R. I Série”. (98-07-02).

Portaria nº 506/98 de 10 de Agosto. “D.R. I Série”. (98-08-10).

Decreto-Lei nº 165/96 de 5 de Setembro. “D.R. I Série”. (96-09-05).

Decreto-Lei nº 208/2002 de 17 de Outubro. “D.R. I Série”. 240

(2002-10-17).

Decreto-Lei nº 74/2007 de 27 de Março. “D.R. I Série”. 61 (2007-

03-27).

Decreto-Lei nº 95/91 de 26 de Fevereiro. “D.R. I Série”. (95-02-26).

Portaria nº 68/89 de 31 de Janeiro“. D.R. I Série”. 26 (89-01-31).

Decreto-Lei nº 334/91 de 6 de Setembro. “D.R. I Série”. (91-09-06).

Decreto-Regulamentar nº 18/99 de 27 de Agosto. “D.R. I Série”.

(99-08-27).

Decreto-Lei nº 47/99 de 16 de Fevereiro. “D.R. I Série”. (99-02-16).

Decreto-Lei nº 204/2000 de 1 de Setembro. “D.R. I Série”. 202

(2000-09-01).

Decreto-Lei nº 100/2003 de 23 de Maio. “D.R. I Série-A”. 119

(2003-05-23).

Decreto-Lei nº 82/2004 de 14 de Abril. “D.R. I Série”. (2004-04-14).

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Bibliografia

178

Portaria nº 1049/2004 de 19 de Agosto. “D.R. I Série”. (2004-08-

19).

Portaria nº 369/2004 de 12 de Abril. “D.R. I Série”. (2004-04-12).

Decreto-Regulamentar nº 10/2001 de 7 de Junho. “D.R. I Série”.

(2001-06-07).

Decreto-Lei nº 238/92 de 29 de Outubro. “D.R. I Série-A”. 277 (92-

10-29).

Lei º 16/2004 de 11 de Maio. “D.R. I Série”. (2004-05-11).

Lei nº 119/99 de 11 de Agosto. “D.R. I Série-A”. (99-08-11).

Despacho nº 25 357/2006 de 28 de Novembro. “D.R. I Série”.

(2006-11-28).

Decreto-Lei nº 345/99 de 27 de Agosto. “D.R. I Série”. (99-08-27).

Decreto-Lei nº 279/97 de 11 de Outubro. “D.R. I Série”. (97-10-11).

Decreto-Lei nº 460/77 de 7 de Novembro. “D.R. I Série”. (77-11-

07).

Decreto-Lei nº 67/97 de 3 de Abril. “D.R. I Série”. (97-04-03).

Decreto-Lei nº 144/93 de 26 de Abril. “D.R. I Série”. 97 (93-04-26).

Lei nº 23/2006 de 23 de Junho. “D.R. I Série”. 120 (2006-06-23).

Decreto-Lei nº 407/99 de 15 de Outubro. “D.R. I Série”. (99-10-15).

Decreto-Lei 93/90 de 19 de Março. “D.R. I Série”. 65 (90-03-19).

Endereços na Internet

http://www.ine.pt

http://www.cm-arganil.pt

http://www.idesporto.pt

http://www.cdp.pt

http://www.comiteolimpicoportugal.pt

http://www.fpf.pt

http://www.fpr.pt

http://www.fphoquei.pt

http://www.fpbsweb.org

http://www.fpb.pt

http://www.fpa.pt

http://www.fpvoleibol.pt

http://www.fptenis.pt

http://www.fpnatacao.pt

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Anexos

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

181

Quadro 1 – Principais Diplomas Legais que regem o Desporto em Portugal.

(Continua)

Áreas de Interferência Legislativa Leis Âmbito

Lei de Bases do Sistema Desportivo Lei nº 1/90 de 13 de Janeiro Aprov a a Lei de Bases do Sistema Desportiv o.

Lei de Bases do Desporto Lei nº 30/2004 de 21 de Julho Revoga a Lei nº 1/90 de 13 de Janeiro e aprov a a Lei de Bases do Desporto.

Lei de Bases da Actividade Física e do

DesportoLei nº 5/2007 de 16 de Janeiro Aprov a a Lei de Bases da Activ idade Física e do Desporto.

Lei nº 1/90 de 13 de Janeiro Atlas Desportiv o Nacional como instrumento fundamental de documentação pública.

Lei nº 30/2004 de 21 de JulhoRevoga a Lei nº 1/90 de 13 de Janeiro e v aloriza o Atlas Desportiv o Nacional no

conhecimento da situação desportiv a nacional.

Lei nº 5/2007 de 16 de Janeiro Reconhece a importância da elaboração da Carta Desportiv a Escolar.

Lei nº 30/2004 de 21 de Julho Define as bases gerais do sistema desportiv o.

Carta Internacional da Educação Física e do

Desporto da UNESCOA prática da educação física e do desporto é um direito fundamental de todos.

Carta Europeia do DesportoConceito de desporto, direito ao desporto e princípios éticos e as orientações

políticas desportiv as.

Programa do XVII Governo Constitucional Qualidade de Vida e Desenvolv imento Sustentáv el - Mais e Melhor Desporto.

Lei nº 5/2007 de 16 de JaneiroDefine as bases das políticas de desenvolv imento da activ idade física e do

desporto.

Discriminação no Desporto Lei nº 18/2004 de 11 de MaioEstabelece um quadro jurídico para o combate à discriminação baseada em

motiv os de origem racial ou étnica.

Decreto-Lei nº 123/97 de 22 de Maio

Torna obrigatória a adopção de normas técnicas de eliminação de barreiras

arquitectónicas em edifícios públicos, equipamentos colectiv os e v ia pública para

melhoria da acessibilidade das pessoas com mobilidade condicionada.

Decreto-Lei nº 163/2006 de 8 de Agosto

Normas técnicas sobre acessibilidades em edifícios públicos, equipamentos

colectiv os e v ia pública para melhoria da acessibilidade das pessoas com

mobilidade condicionada. Revoga o Decreto-Lei n.º 123/97, de 22 de Maio.

Decreto-Lei nº 74/2007 de 27 de Março

Estabelece o direito de acessibilidade de pessoas com deficiência acompanhadas

de "cães-guia" a locais, transportes e estabelecimentos de acesso público, bem

como as condições a que estão sujeitos estes animais. Revoga o Decreto-Lei n.º

118/99, de 14 de Abril.

Lei nº 38/2004 de 18 de AgostoDefine as bases gerais do regime jurídico da prev enção, habilitação, reabilitação e

participação da pessoa com deficiência. Rev oga a Lei n.º 9/89, de 2 de Maio.

Lei nº 46/2006 de 28 de AgostoProíbe e pune a discriminação em razão da deficiência e da ex istência de risco

agrav ado de saúde.

Decreto-Lei nº 34/2007 de 15 de Fev ereiroRegulamenta a Lei n.º 46/2006, de 28 de Agosto, que tem por objecto prev enir e

proibir as discriminações em razão da deficiência e de risco agrav ado de saúde.

Instalações Desportivas

Instalações Desportiv as de Base Recreativ as

Instalações Desportiv as de Base Formativ as

Instalações Desportiv as Especializadas

Instalações Especiais Espectáculo Desportiv o

Carta Desportiva Nacional

Direito ao Desporto

Decreto-Lei nº 317/97 de 25 de Nov embro

Acessibilidade a Recintos Desportivos de

Pessoas com Deficiência

Estabelece o regime de instalação e funcionamento das instalações desportiv as de

uso público, independentemente de a sua titularidade ser pública ou priv ada e v isar

ou não fins lucrativ os.

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Anexos

182

(Continuação)

(continua)

Áreas de Interferência Legislativa Leis Âmbito

Decreto-Lei nº 309/2002 de 16 de DezembroDefine a instalação, financiamento e funcionamento dos recintos de espetáculos e

de div ertimentos públicos.

Unidades de Equipamento Desportivo

Unidade de Base

Núcleo Desportiv o

Complexo Desportiv o

Requisição de infra-Estruturas

DesportivasDecreto-Lei nº 153-A/90 de 16 de Maio Estabelece as normas de requisição e utilização das infra-estruturas desportiv as.

Lei nº 159/99 de 14 de SetembroDefine as competências dos órgãos municipais nos domínios dos tempos liv res e

do desporto.

Decreto-Lei nº 310/2003 de 10 de Dezembro Regula a ex ecução dos Planos Municipais de Ordenamento do Teritório

Decreto-Lei º 379/97 de 27 de Dezembro

Regulamento que estabelece as condições de segurança a observ ar na

localização, implantação, concepção e organização funcional de espaços de jogo e

recreio, respectiv o equipamento e superfícies de impacte.

Portaria nº 379/98 de 2 de Julho

Publica a lista dos normativ os europeus, projectos normativ os europeus e outras

especificações técnicas aplicáv eis na concepção e fabrico dos equipamentos e

superfícies de impacte destinados a espaços de jogo e recreio destinados a

crianças.

Portaria nº 506/98 de 10 de Agosto

Define o organismo com competência para emitir certificados de conformidade, no

âmbito do Decreto-Lei n.º 379/97, de 27 de Dezembro, que estabeleceu o

regulamento das condições de segurança a observ ar nos espaços de jogo e

recreio destinados a crianças.

Decreto-Lei nº 165/96 de 5 de SetembroCria o Gabinete Coordenador do Desporto Escolar. Revoga os artigos 7.º, n.º 2,

16.º, 17.º, 18.º 19.º e 31.º, n.º 7 do Decreto-Lei n.º 95/91, de 26 de Fevereiro.

Decreto-Lei nº 208/2002 de 17 de Outubro

Ex tingue o Gabinet Coordenador do Desporto Escolar. Aprova a orgânica do

Ministério da Educação. Nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 33.º, as

competências do Gabinete Coordenador do Desporto Escolar são assumidas pela

Direcção Geral de Inovação e Desenvolv imento Curricular (DGIDC). Rev oga o

Decreto-Lei n.º 165/96 de 5 de Setembro.

Decreto-Lei nº 74/2007 de 27 de Março

Estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão curricular, bem

como da av aliação das aprendizagens, no nív el secundário de educação. Revoga

o Decreto-Lei n.º 7/2001, de 18 de Janeiro e o Decreto-Lei n.º 156/2002, de 20 de

Junho.

Decreto-Lei nº 6/2001 de 18 de Janeiro

Aprova a reorganização curricular do ensino básico. O Decreto-Lei n.º 6/2001 foi

rectificado nos termos da Declaração de Rectificação n.º 4-A/2001, publicada no

DR, I-A, n.º 50, de 28 de Fevereiro de 2001 e alterado pelo Decreto-Lei n.º

209/2002, de 17 de Outubro.

Decreto-Lei nº 95/91 de 26 de Fev ereiro Estabelece o regime jurídico da educação física e do desporto escolar.

Portaria nº 68/89 de 31 de Janeiro

Homologa o Regulamento que estabelece as normas gerais de utilização das

instalações sócio-desportiv as dos estabelecimentos oficiais de ensino, incluindo

pav ilhões, ginásios, instalações ao ar liv re e outras que lhes estejam afectas.

Decreto-Lei nº 334/91 de 6 de SetembroReforma a gestão do Parque Desportiv o Escolar. Rev oga o Decreto-Lei n.º 277/88,

de 5 de Agosto.

Lei nº 30/2004 de 21 de Julho Aprova a Lei de Bases do Desporto Escolar.

Lei nº 5/2007 de 16 de JaneiroEducação Física e Desporto como componentes essenciais da formação integral

dos alunos em todos os nív eis e graus de educação e ensino.

Desporto Escolar

Autarquias e Desporto

Regulamento das condições técnicas e de segurança dos recintos de espetáculo e

div ertimentos públicos.

Determina que nos instrumentos de Planeamento urbanístico dev erá ser prev isto o

equipamento desportiv o convenientemente integrado na estrutura urbana.

Recintos de Espectáculo

Espaços de Jogo e Recreio destinados a

Crianças (Parques Infantis)

Despacho Normativ o nº 78/85 de 21 de Agosto

Decreto-Regulamentar nº 34/95 de 16 de

Dezembro

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

183

(continuação)

Fonte: Leis, Decretos-Lei, Decretos-Regulamentares, Portarias, Despachos Normativos e Regulamentos.

Áreas de Interferência Legislativa Leis Âmbito

Lei nº 30/2004 de 21 de Julho Importância do Desporto no Ensino Superior.

Lei nº 5/2007 de 16 de JaneiroEducação Física e Desporto como componentes essenciais da formação integral

dos alunos em todos os nív eis e graus de educação e ensino.

Lei nº 30/2004 de 21 de Julho Princípio do desenvolv imento sustentáv el na utilização dos espaços naturais.

Lei nº 5/2007 de 16 de JaneiroPrática desportiv a em espaços naturais dev e reger-se pelos princípios de respeito

da natureza e da preserv ação dos seus recursos.

Decreto-Regulamentar nº 18/99 de 27 de Agosto

Regula a animação ambiental nas modalidades de animação, interpretação

ambiental e desporto de natureza nas áreas protegidas, bem como o processo de

licenciamento das iniciativ as e projectos de activ idades, serv iços e instalações de

animação ambiental.

Decreto-Lei nº 47/99 de 16 de Fevereiro Regula o Turismo na Natureza.

Decreto-Lei nº 204/2000 de 1 de Setembro Regula as Empresas de Animação Turística.

Decreto-Lei nº 100/2003 de 23 de Maio

Regulamento das condições técnicas e de segurança a observ ar na concepção,

instalação e manutenção das balizas de futebol, de andebol, de hóquei e de pólo

aquático e dos Equipamentos de basquetebol ex istentes nas instalações

desportiv as de uso público.

Decreto-Lei nº 82/2004 de 14 de Abril Primeira alteração ao Decreto-Lei º 100/2003 de 23 de Maio.

Portaria nº 1049/2004 de 19 de AgostoAlterações ao Regulamento do Decreto-Lei nº 100/2003 alterado pelo Decreto-Lei nº

82/2004.

Portaria nº 369/2004 de 12 de Abril

Regime de interv enção das entidades acreditadas em acções ligadas ao processo

de v erificação das condições técnicas e de segurança a observ ar na concepção,

instalação e manutenção das balizas de futebol, de andebol, de hóquei e de pólo

aquático e dos Equipamentos de basquetebol ex istentes nas instalações

desportiv as de uso público.

Segurança nos Estádios Decreto-Regulamentar nº 10/2001 de 7 de Junho Regulamento das condições técnicas e de segurança dos estádios.

Policiamento de Espetáculos Desportivos Decreto-Lei nº 238/92 de 29 de OutubroRegula o Policiamento de espectáculos desportiv os realizados em recintos

desportiv os.

Violência no Desporto Lei º 16/2004 de 11 de MaioAprov a medidas prev entiv as e punitiv as a adoptar em caso de manifestação de

v iolência associadas ao desporto.

Lei nº 119/99 de 11 de Agosto Aprov a a Lei de Assistência médico-desportiv a.

Despacho nº 25 357/2006 de 28 de Nov embro Aprov a o novo modelo de ficha de ex ame de av aliação médico-desportiv a.

Decreto-Lei nº 345/99 de 27 de Agosto

Estabelece o regime jurídico da medicina desportiv a. Rev oga o Decreto-Lei n.º

224/88, de 28 de Junho, relativ o aos Centros de Medicina Desportiv a e o

Regulamento dos Ex ames Médico-Desportiv os, aprov ado pelo Despacho n.º

182/91, de 4 de Outubro, do Ministro da Educação.

Colectiv idades de Utilidade Pública

Desportiv aDecreto-Lei nº 460/77 de 7 de novembro Aprov a o estatuto das colectiv idades de utilidade pública.

Sociedades Desportiv as Decreto-Lei nº 67/97 de 3 de AbrilEstabelece o regime jurídico das sociedades desportiv as. Revoga o Decreto-Lei n.º

146/95 de 21 de junho.

Associativ ismo Juvenil Lei nº 23/2006 de 23 de Junho Aprov a o regime jurídico do associativ ismo jov em.

Praticantes Desportivos

Dirigentes Desportivos

Empresários Desportivos

Lei nº 30/2004 de 21 de Julho Regula a v alorização da interv enção dos recursos humanos.

Decreto-Lei nº 407/99 de 15 de OutubroEstabelece o regime jurídico da formação desportiv a no quadro da formação

profissional.

Actividade Desportiva Federada Lei nº 30/2004 de 21 de Julho Regula a activ idade desportiv a não profissional.

Actividade Desportiva Profissional Lei nº 30/2004 de 21 de Julho Regula a activ idade desportiv a profissional.

Lei nº 30/2004 de 21 de Julho Recursos Humanos no Desporto.

Formação Desportiva

Mov imento Associativ o Desportiv o - Utilidade Pública Desportiv a.

Desporto no Ensino Superior

Estabelece o regime jurídico das Associações Promotoras do Desporto (APD).

Desporto na Natureza

Lei nº 30/2004 de 21 de Julho

Condições Técnicas e de Segurança

Associativismo

Medicina Desportiva

Decreto-Lei nº 144/93 de 26 de AbrilEstabelece o regime jurídico das federações desportiv as dotadas do estatuto de

utilidade pública desportiv a.Federações Desportiv as

Decreto-Lei nº 279/97 de 11 de Outubro

Page 184: Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais - uc.pt · Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais Município de Arganil 9 A necessidade de exercício físico e, posteriormente,

Anexos

184

DEFINIÇÕES PRÉVIAS/GLOSSÁRIO

Os conceitos e as terminologias utilizados ao longo da Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais do Município de Arganil são muito

diversos e específicos, tornando necessário que a sua definição obedeça a critérios claros e adequados. Assim, com base no Atlas Nacional do

Desporto, nas Normas de Programação de Equipamentos Colectivos do Gabinete de Estudos e Planeamento da Administração do Território

(GEPAT-MPAT), no Despacho Normativo n.º 78/85, de 21 de Agosto, nas Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos

Colectivos, Colecção Informação nº 6, Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano - DGOTDU (2002), bem como

noutros documentos, foram considerados na Carta de Equipamentos Desportivos as designações, classificações e conceitos que seguidamente

se definem.

EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS

Equipamento desportivo – espaço que se encontra vocacionado para a prática desportiva formal. A sua construção implica sempre uma

aplicação de meios financeiros (mesmo que diminutos).

Complexo Desportivo – conjunto de equipamentos desportivos, normalmente agrupadas, que funcionam independentemente entre si,

apresentando uma gestão comum. Regra geral identificam-se sob uma mesma denominação.

Grande Campo de Jogos – equipamento desportivo que permite a prática de modalidades como o Futebol de 11, Rugby e Hóquei em Campo.

Poderá ainda ser considerado como grande campo um espaço desportivo de grande dimensão concebido para a prática de várias modalidades,

quer elas se possam realizar em separado, quer as marcações no campo se sobreponham.

Dimensões dos Grandes Campos de Jogos

Campo de Futebol – os espaços para a prática desta modalidade deverão apresentar dimensões de 105 m X 68 m (medidas oficiais FIFA e da

Liga Profissional de Futebol Portuguesa); os Grandes Campos que apresentem dimensões de 100 m X 64 m foram ainda considerados de

dimensão aceitável para Grande Campo de Jogos, em particular no que é considerado uma fase transitória pela Federação Portuguesa de

Futebol. Abaixo deste valor foram considerados campos de dimensão reduzida, mesmo que neles se desenvolvam actividades de competição.

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Município de Arganil

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Campo de Rugby – os espaços para a prática desta modalidade deverão apresentar dimensões de 100 m X 70 m; cada área de validação não

deve exceder os 22 m em comprimento e os 70 m em largura e o comprimento e a largura da área de jogo deve estar tão próximo quanto

possível das dimensões indicadas.

Campo de Hóquei em Campo – os espaços para a prática desta modalidade deverão apresentar dimensões de 91,40 m X 55 m.

Pista de Atletismo – equipamentos desportivos de tipo ovalóide, circunscritas por pistas que se destinam à prática do atletismo. Pode ter uma

designação de Pista Regulamentar (400 m) ou Pista Reduzida (200 m) consoante as dimensões. As Pistas de Atletismo podem ser Pistas de

Competição, Pistas de Treino (6 pistas ou 2+4+6), Espaços para a aprendizagem do Atletismo (Pistas Escolares), Espaços de treino de saltos e

lançamentos.

Espaço Polivalente para Atletismo – equipamento desportivo destinado à prática do atletismo, composto por vários elementos ou sectores

como recta de velocidade, sector de lançamento de peso, sector de salto em altura, sector de salto em comprimento, circuito de manutenção,

entre outros.

Pequeno Campo de Jogos – equipamentos desportivos descobertos que permitem a prática de actividades como o Ténis, Basquetebol,

Andebol, Futebol de 7, Futebol de 5, Voleibol, Faustebol, Dodgeball, Hóquei em Linha, entre outras. O Pequeno Campo pode ser Especializado

(Campo de Ténis) ou Polidesportivo.

Dimensões dos Pequenos Campos de Jogos

Campo de Futebol de 7 – os espaços para a prática desta modalidade deverão apresentar dimensões de 65 m x 30 m, mais espaços de

protecção.

Campo de Futsal – os espaços para a prática desta modalidade deverão apresentar dimensões de 40 m x 20 m, mais espaços de protecção.

Campo de Basquetebol – os espaços para a prática desta modalidade deverão apresentar dimensões de 28 m X 15 m, com 7 m de pé e 2 m

de cada lado (valor recomendado pela Federação Portuguesa do Basquetebol); ou 26 m X 14 m (dimensões mínimas para esta prática

desportiva.

Campo de Andebol – os espaços para a prática desta modalidade deverão apresentar dimensões de 40 m X 20 m, com uma largura mínima

de 1 m na zona das linhas laterais e 2 m na zona das linhas de saída de baliza = 44 m X 22 m.

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Anexos

186

Campo de Voleibol – os espaços para a prática desta modalidade deverão apresentar dimensões de 18 m X 9 m, com um mínimo de 7 m de

altura e circundado por uma zona livre com um mínimo de 3 m de largura em todos os lados. Para as Competições Mundiais e Oficiais FIVB, a

zona livre deve medir, pelo menos, 5 m desde o exterior das linhas laterais e 8 m desde as linhas de fundo. O espaço livre deverá ter um

mínimo de 12,5 m de altura a partir da superfície de jogo.

Campo de Ténis – os espaços para a prática desta modalidade deverão apresentar dimensões de 23,77 m X 8,23 m, para encontros

singulares; 23,77 m X 10,97 m, para encontros de pares.

Hóquei em Patins – 36 m X 18 m, mínimo e, no máximo, 44 m X 22 m.

Pavilhão – equipamento desportivo com cobertura que permite a prática de modalidades como o Andebol, Badmington, Basquetebol, Futsal,

Hóquei em Patins, Patinagem, Ténis, Voleibol, entre outras. Os Pavilhões podem assumir a designação de Multiusos, Multidesportos, o mais

comum, Desportivos e Polivalentes, apresentando dimensões variadas: Standard, Pequena Dimensão, Especializado. As dimensões padrão

são 40 m X 20 m, com 2 m de cada lado, como medidas de segurança. Os Pavilhões podem apresentar diferentes marcações consoante as

modalidades.

Sala de Desporto – equipamento desportivo coberto que permite a prática de actividades como Ginástica, Judo, Lutas Amadoras,

Halterofilismo, Karaté, Ténis de Mesa, entre muitas outras. As Salas de Desporto podem ser Especializadas, Não Especializadas, Adaptadas,

Salas de Combate, Salas de Musculação ou Ginásios - sala de desporto de dimensões reduzidas que permite a realização de actividades

gímnicas e de jogos com bolas.

Piscina Coberta – equipamento desportivo com cobertura que permite a prática de actividades aquáticas ao nível da competição, da recreação

e da formação/aprendizagem. Pode ter a designação de Complexo de Piscinas, Plano de Água Coberto, Plano de Água informal, Piscina

Desportiva, Piscina de Competição/Formação, Piscina Polivalente, Piscina de Ensino ou Tanque de Aprendizagem de acordo com as

dimensões e as modalidades que permitem.

Piscina ao Ar Livre ou Descoberta – equipamento desportivo sem cobertura que permite a prática de actividades aquáticas ao nível da

competição, da recreação e da formação/aprendizagem.

Dimensões das Piscinas – existem competições em piscinas de 25 m e em piscinas de 50 m. As Pistas devem ter pelo menos 2,5 m de

largura, com dois espaços de pelo menos 0,2 m, na primeira e última pista, entre essas pistas e as paredes laterais. Para piscinas com blocos

de partida é exigida a profundidade de 1,35 m numa extensão de 1 m a 6 m do cais de partida. Em todo o resto da piscina é de 1 m.

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Tanques de Aprendizagem – consideram-se todos os planos de água cobertos ou descobertos com uma dimensão inferior a 25 m X 12,5 m e

com profundidade variável. Destinam-se preferencialmente ao ensino da natação e outras actividades aquáticas para manutenção ou

recreativas.

Outros – Equipamentos que não se enquadram em nenhuma das tipologias anteriores:

Equipamentos Equestres

• Pistas de Velocidade;

• Hipódromo (Saltos);

• Picadeiro;

• Outros.

Equipamentos de Actividade Física e

de Saúde

• Circuito de Manutenção;

• SPA’s;

• Ginásios.

Campos de Tiro

• Fosso Universal;

• Fosso Olímpico;

• Tiro ao Voo;

• Percurso de Caça;

• Tiro às Hélices;

• Compak Sporting.

Campos de Golfe

• Campo de 18 buracos;

• Drive-range;

• Mini-golfe;

• Outros.

Equipamentos de Desportos

Mecânicos

• Autocross/ Kartcross;

• Motocross;

• Pistas de Velocidade;

• Karting;

• Autódromo;

• Rally;

• Todo o Terreno;

• Outros.

Espaços de Modelismo

• Automodelismo;

• Aeromodelismo;

• Nautimodelismo.

Equipamento de Ciclismo

• Pista de Velocidade;

• Trial;

• Circuito de BTT;

• Outros.

Bowling

Desportos náuticos e aquáticos

• Bodyboard;

• Surf;

• Canyoning;

• Kitesurf;

• Mergulho;

• Outros.

Equipamentos de Remo e Canoagem.

• Pista especializada;

• Plano de água com potencial.

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Anexos

188

A – CAMPOS QUE CONSTAM NA BASE DE DADOS – INQUÈRITOS GERAIS

O levantamento de campo foi realizado com base no inquérito que se encontra em anexo. Desde logo deve ser referido que este foi preenchido

individualmente sempre que se esteve perante, um complexo desportivo ou perante um equipamento desportivo individual. Posteriormente, foi

preenchido um inquérito por cada instalação de acordo com a sua tipologia, assim como, um por cada espaço complementar.

1 – Identificação

Identificam-se as principais características que permitem a individualização da instalação desportiva.

Designação – nome oficial ou mais usual da instalação desportiva;

Tipologia – as normas dos equipamentos desportivos apresentadas referem-se aos equipamentos desportivos de base, recreativos e

formativos, definidos pelo Instituto de Desporto de Portugal e que comportam as tipologias: Grande Campo de Jogos, Pequeno Campo de

Jogos, Pavilhões, Salas de Desporto, Pistas de Atletismo, Piscinas Cobertas, Piscinas Descobertas e Outros ou Especializados;

Distrito – designação do distrito a que pertence o equipamento desportivo;

Município – designação do Município a que pertence o equipamento desportivo;

Freguesia – designação da freguesia a que pertence o equipamento desportivo;

Morada – indica o endereço postal correspondente ao acesso principal do espaço desportivo, rua, número de polícia e código postal do

equipamento desportivo;

Telefone – indica o número de telefone do equipamento desportivo;

Fax – indica o número de fax do equipamento desportivo;

E-mail – indica o e-mail do equipamento desportivo;

Página Web – indica a página Web do equipamento desportivo;

Ano de início de actividade – indica o ano em que o equipamento desportivo iniciou a sua actividade. Este dado pode apoiar-se na “placa

informativa de inauguração”, se existir, embora o início de actividade possa ser anterior;

Latitude – indica as coordenadas geográficas retiradas a partir da leitura GPS: latitude;

Longitude – indica as coordenadas geográficas retiradas a partir da leitura GPS: longitude;

Estado de conservação – um dos campos mais complexos e subjectivo de definir, existindo vários níveis de classificação:

Muito Bom - o equipamento desportivo constitui um exemplo;

Bom - com aspecto agradável em todos os seus sectores de análise;

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189

Razoável - a necessitar de pequenas intervenções de conservação;

Mau - a necessitar de intervenção urgente;

Abandonado - sem prática desportiva, devido à falta de condições ou não.

2 – Tipo

Distingue os diferentes tipos de implementação dos equipamentos desportivos no território.

Equipamento Individual – assinala-se caso o inquérito seja referente a um equipamento desportivo isolado;

Complexo Desportivo – esta opção refere-se a situações onde se verifique a existências de vários equipamentos. O exemplo clássico é o

chamado complexo desportivo (onde se encontram vários equipamentos das mais variadas tipologias). Os complexos escolares e de piscinas

são igualmente considerados neste campo;

Identificação do equipamento desportivo (ID) – número de identificação que o equipamento desportivo apresenta na base de dados. O

mesmo ID encontra-se associado às fotografias que integram a base de dados, permitindo a qualquer momento a visualização de todos os

dados referentes à instalação desportiva;

ID do Complexo - caso se assinale anteriormente a opção “Complexo Desportivo” o respectivo ID indica-se neste campo.

3 – Localização

Refere-se ao local onde se situa a infra-estrutura no território.

Urbana – quando se encontra localizado em pleno no limite da área urbana;

Peri-urbana – quando o equipamento desportivo se localiza na periferia ou exterior da área urbana (cerca de 1-3 km do limite urbano e em

transformação de funções);

Não urbana - se está dentro do território municipal, mas fora do sector urbano. Manifestamente todo o território habitualmente designado de

rural.

4 – Natureza Jurídica

Indica se os equipamentos desportivos são propriedade de entidades públicas (Autarquias, Governo Regional, ou Ministérios, nomeadamente

os da Educação, Ciência e Ensino Superior ou da Administração Interna) ou privadas (Movimento Associativo e Outros).

Pública – equipamentos desportivos cuja natureza jurídica se encontre associada a entidades públicas.

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Anexos

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Autárquico – equipamentos desportivos da administração municipal propriamente dita, ou seja, da Autarquia ou mesmo da Junta de Freguesia;

Ministério da Educação (ME) – equipamentos desportivos que pertençam aos estabelecimentos de ensino (excepção feita a Estabelecimentos

de Educação Pré-escolar e Escolas Básicas do 1º CEB, que por norma são autárquicos);

Ministério da Ciência e Ensino Superior (MCES) – equipamentos desportivos que pertençam aos estabelecimentos de ensino superior;

Outro – refere-se a outras entidades públicas, outros Ministérios por exemplo.

Privada – são todos os equipamentos desportivos de uso colectivo que sejam em propriedade privada. As entidades privadas podem ser de

diferentes tipos segundo o seu objecto social: desportivo ou não desportivo.

Educativo – equipamentos desportivos que pertençam a estabelecimentos de ensino privados;

Movimento Associativo – equipamentos desportivos correspondentes aos diferentes níveis de instituição: local, regional ou nacional. Podem

ser: Fundações desportivas, Federações desportivas, Clubes, Associações e agrupamentos ou Sociedades Anónimas Desportivas;

Outros – refere-se a outras entidades privadas não contempladas no ponto anterior, como por exemplo Sociedades Empresariais Desportivas,

Sociedades Empresariais mistas.

5 – Utilização de Energias Renováveis

Instalação própria de Energias Renováveis. Refere quando é aproveitado no espaço desportivo algum tipo de Energias Renováveis, seja para

electricidade, água quente sanitária, climatização ou iluminação. Neste caso especifica-se o tipo de instalação: Placa solar térmica; Placa solar

foto voltaica; Eólica; Hídrica; Biomassa; Outras; Inexistente.

6 – Transportes Públicos

Indica qual, ou quais, os meios de transporte público que dão acesso ao equipamento desportivo.

Rodoviário

Urbano – transporte público em autocarros urbanos;

Não Urbano – transporte público efectuado por alguma empresa de camionagem contratada a título permanente ou temporário.

Ferroviário

Caminhos-de-ferro – indica se é servido por este tipo de meio e qual a estação mais próxima;

Metropolitano/Eléctrico de Superfície – refere quais as linhas que servem o equipamento desportivo e qual a estação mais próxima.

Sem transporte público – quando não existe qualquer transporte público que dê acesso ao equipamento desportivo.

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Distância ao mais próximo (km) – quando não existe qualquer transporte público nas imediações do equipamento desportivo, refere-se a

distância ao mais próximo.

7 – Serviços Auxiliares

Indica quais os serviços de que o equipamento desportivo dispõe: Sauna; Hidromassagem; Banho Turco; Duche Ciclónico; Outros.

8 - Outros Serviços

Indica outros serviços que possam pertencer ao equipamento desportivo ou que estejam na sua área de implantação:

Bar; Restaurante; Zona infantil; Serviços comerciais; Controlo de acesso; Oficinas; Palco; Sala de leitura; Escritórios; Secretaria; Armazém; Sala

de exposições; Sala de formação; Gabinete médico; Enfermaria; Fisioterapia; Massagens; Sala de eventos; Outros.

Plano de emergência – refere-se à existência ou não plano de emergência. Em caso afirmativo indica-se quem aprovou e quando foi

aprovado.

9 – Estacionamento

Indica se existe ou não estacionamento. Em caso afirmativo refere-se este é:

Apropriado – construído de raiz para o efeito;

Improvisado – não se verifica a existência de um parque, no entanto existe a possibilidade de estacionar viaturas;

Número de lugares de estacionamento – número de lugares disponíveis para estacionamento automóvel.

10 – Observações

É onde se devem assinalar os aspectos significativos que ajudem a clarificar ou a definir as características e o tipo de equipamento desportivo

que está a ser recenseado, ou seja, as informações que se considerem relevantes acerca do espaço desportivo, referidas pelas autarquias ou

entidades responsáveis pelos equipamentos.

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Anexos

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B – CAMPOS QUE CONSTAM NA BASE DE DADOS – INQUÉRITOS ESPECÍFICOS POR TIPOLOGIA

Este inquérito foi preenchido sempre que se observou um equipamento desportivo individual. Entre as diferentes tipologias existem pequenas

variações no inquérito, as quais serão devidamente mencionadas.

1 – Identificação

Identificam-se as principais características que permitem a individualização do equipamento desportivo.

Identificação do Equipamento (ID) – número de identificação que o equipamento desportivo apresenta na base de dados. O mesmo ID

encontra-se associado às fotografias que integram a base de dados, permitindo a qualquer momento a visualização de todos os dados

referentes ao equipamento desportivo;

Designação – nome oficial ou mais usual do equipamento desportivo;

Distrito – designação do distrito a que pertence o equipamento desportivo;

Município – nome do Município a que pertence o equipamento desportivo;

Freguesia – designação da freguesia a que pertence o equipamento desportivo;

Latitude – indica as coordenadas geográficas retiradas a partir da leitura GPS: latitude;

Longitude – indica as coordenadas geográficas retiradas a partir da leitura GPS: longitude.

2 – Gestão

Refere-se a todas as questões relacionadas com as entidades gestoras ou administradoras do equipamento desportivo.

Proprietário – identifica os nomes dos proprietários dos equipamentos desportivos, que podem ser de índole pública, quer de âmbito nacional

(Ministérios, em especial o da Educação), quer do âmbito nacional ou mesmo de cariz autárquico (Câmara Municipal e Juntas de Freguesia),

assim como os de índole privada, integrando o movimento associativo, estabelecimentos de ensino privados ou outras entidades privadas;

Entidades de Suporte – neste campo são identificadas as entidades das quais os equipamentos desportivos dependem directamente;

Gestão - neste campo é identificada a entidade que faz a gestão dos equipamentos desportivos. Nota: no caso dos estabelecimentos de

ensino, a entidade gestora é sempre a própria escola;

Homologação – indica quais os espaços homologados para a prática desportiva generalizada ou para a prática desportiva oficial de

determinada ou em várias modalidades. Devem ser indicadas quais as modalidades e as federações/associações responsáveis pela

homologação.

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3 – Tipo de Uso

Indica as questões inerentes ao tipo, estado, e utilização preferencial do equipamento desportivo.

Tipo de Equipamento – o espaço desportivo pode classificar-se como:

Recreativo - quando apenas é utilizado para fins lúdicos ou de lazer;

Formativo - sempre que o equipamento desportivo permite uma utilização cujo objectivo principal seja os aspectos associados à formação,

quer desportiva, quer como cidadão;

Competição – espaços de prática oficial desportiva, mas, sem grandes condições para o espectáculo. Capacidade inferior a 2000 lugares

sentados de espectadores;

Alto Rendimento/Espectáculo - quando o equipamento desportivo se caracteriza como sendo de alto rendimento, alta competição. Neste

campo incluem-se os grandes recintos para o espectáculo desportivo.

Uso – pretende-se conhecer a situação da instalação desportiva.

Em uso – entende-se que um espaço está “em uso” quando funciona normalmente no seu período de abertura segundo as seguintes opções:

Anual – apresenta condições para funcionar todo o ano;

Sazonal – funciona apenas em épocas específicas do ano.

Fora de uso – se o espaço não funciona normalmente no seu período de abertura segundo as seguintes opções:

Em construção – foi iniciada a sua edificação mas ainda não entrou em funcionamento;

Em remodelação – equipamento desportivo que se encontra temporariamente fora do uso por força de trabalhos de manutenção ou

melhoramento;

Desactivado – fechado permanentemente com carácter indefinido.

4 - Prática desportiva

Indicam-se as modalidades possíveis de se praticar no equipamento desportivo.

Actividade principal – indica a actividade principal que se desenvolve no equipamento desportivo. Se este tiver um uso multi-modalidade deve

assinalar-se a actividade que define o espaço e que ocupe em maior dimensão a programação do mesmo. As restantes actividades serão

indicadas no campo referente a outras actividades;

Outras actividades – referem-se todas as actividades que se realizem ou para as quais o espaço se encontre preparado – com marcação e

equipamento;

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Anexos

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Integrado num parque escolar – indicar se o equipamento desportivo se encontra inserida ou não num estabelecimento de ensino.

5 - Tipo de Utilizador

Refere-se a cada um dos grupos de cidadãos que usam preferencialmente o espaço desportivo, tendo sempre em consideração que os de

acesso generalizado se associam aos de utilização comunitária.

População em geral – nos casos em que não haja qualquer restrição à utilização do equipamento desportivo, ou seja, quando a utilização é

livre e gratuita;

Alunos – quando a utilização é exclusiva para as crianças e jovens dos equipamentos desportivos inseridas em estabelecimentos de ensino;

Utentes – quando o acesso aos equipamentos desportivos se encontre condicionado a uma autorização prévia por parte da entidade

responsável pelo equipamento desportivo ou quando é exigido alguma forma de pagamento para a sua utilização (exemplos: Piscinas,

Ginásios, Salas de Desporto, Health Clubs ou mesmo equipamentos de saúde);

Sócios – nos casos em que o equipamento desportivo pertence a uma entidade privada, movimento associativo, cuja utilização é limitada a

membros/sócios através do pagamento de uma quota (exemplos: Associações Desportivas e Clubes Desportivos Privados);

Atletas – nos casos em que os equipamentos desportivos sejam utilizados por Equipas Federadas ou de actividade formal (exemplos: Grandes

Campos, Piscinas ou Pavilhões);

Outros – refere-se a outro tipo de utilizador que não tenha sido enquadrado anteriormente.

6 – Acesso ao Equipamento

Trata-se de conhecer as possibilidades e condições de acessibilidade no espaço desportivo que está a ser recenseado encontrando-se uma

relação muito estreita com o ponto anterior e que pode ser:

Generalizado – sempre que não existe qualquer restrição à utilização dos equipamentos desportivos, ou seja, quando a sua utilização é livre e

gratuita;

Condicionado – quando é exigida uma autorização prévia por parte da entidade responsável pelo equipamento desportivo;

Fortemente Condicionado – quando é exigido um pagamento para a utilização do equipamento desportivo sendo a autorização sempre

bastante difícil;

Restrito – equipamentos desportivos, por exemplo, de entidades ligadas à segurança pública (GNR, PSP, PJ), prisões, alguns hotéis, onde

muito dificilmente um utilizador externo à instituição pode praticar desporto.

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7 - Adaptação para Deficientes

Indica se o espaço se encontra ou não adaptado para a utilização por parte de cidadãos com mobilidade condicionada.

Total – quando todo o equipamento desportivo e espaços complementares (WC, balneários ou bancadas, por exemplo) se encontra preparada

para tal;

Prática desportiva – quando o equipamento desportivo só apresenta condições para acesso a deficientes ao espaço de prática;

Assistência – quando só as bancadas ou espaço para espectadores se encontre preparado;

Acessos – as adaptações prendem-se com os acessos à instalação desportiva;

Outra – quando o equipamento desportivo apresenta alguns sectores adaptados à mobilidade reduzida.

8 – Importância

Campo bastante complexo ou subjectivo, já que a análise tem a ver com a constatação do tipo de importância que o equipamento desportivo

tem no quadro desportivo geral.

Equipamento de nível Internacional – onde se podem realizar competições oficiais de nível internacional;

Centro de Alto Rendimento/de Estágio – complexos desportivos de elite, projectados para a preparação dos diferentes atletas de alta

competição;

Equipamento de nível Nacional – equipamento desportivo onde as diferentes (provas ou treinos) são de índole nacional, ou onde os

atletas/equipas utilizadoras apresentam essa mesma projecção nacional;

Equipamento de carácter Regional – equipamento desportivo vocacionado para a competição (provas ou treinos) de nível regional, ou onde

ao atletas/equipas utilizadoras têm essa mesma projecção;

Equipamento de carácter Intermunicipal – espaço que tem por vocação a prática desportiva (provas ou treinos) direccionada para atletas de

vários municípios vizinhos;

Equipamento de carácter Municipal – equipamento desportivo vocacionado para a prática desportiva de base e onde as competições (provas

e treinos) apresentam uma projecção concelhia;

Equipamento de índole local – equipamento desportivo, por norma, de características informais ou sem condições para a prática oficial e onde

os atletas/equipas utilizadores são fundamentalmente os habitantes de um pequeno sector do território concelhio;

Equipamento Escolar – equipamentos desportivos inseridos em estabelecimentos de ensino e não enquadrados nos principais níveis de

importância.

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Anexos

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9 – Piso

Ponto onde se indicam os tipos de pavimentos que podem ser encontrados nos equipamentos desportivos. Podem observar-se muitos tipos,

como solo estabilizado, solo natural, relva natural, relva sintética, sintético, betuminoso, modular, entre outros pisos.

Este ponto, no inquérito das “Piscinas Cobertas e Descobertas”, é substituído pelo referente ao piso Plano de Água, que abrange os seguintes

itens: Água doce ou salgada; Quebra ondas; Profundidade máxima e mínima; Blocos; Água aquecida; Pranchas de saltos (Quantidade e Tipo);

Ondulação artificial; e Estruturas de diversão e seu Tipo.

No caso do inquérito da tipologia “Outros”, este ponto é designado de Especificidades e o tipo de piso varia consoante o equipamento

desportivo observado.

10 – Iluminação

Indica se os equipamentos desportivos possuem ou não iluminação artificial e qual o tipo existente. Indica também se a iluminação existente

permite, ou não, a transmissão televisiva.

Sim – existe iluminação artificial;

Não – não existe iluminação artificial;

Tipo – a tipologia da iluminação. Podem ser variadas, como torres, no tecto, em linha, entre outras;

Lux - Unidade de medida de iluminação que mede a incidência perpendicular de 1 lúmen numa superfície de 1 metro quadrado (zero

corresponde a escuridão total e nove a claridade total;1 lux equivale a 0.0929 lúmens).

11 - Área de jogo

Compreende a superfície delimitada pelos traços de jogo ou prática desportiva variando consoante a modalidade (Normas para Programação

de Equipamentos Colectivos do GEPAT – MPAT).

Largura – dimensão mínima do equipamento desportivo (entendido como área útil de actividade);

Comprimento – dimensão máxima do equipamento desportivo (entendido como área útil de actividade);

Perímetro – refere-se ao cálculo do perímetro do equipamento desportivo (Perímetro = Comprimento2 + Largura2);

Área – valor da respectiva área de jogo.

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12 - Área de Implantação

Compreende a área útil desportiva (dimensão funcional útil), variando consoante a modalidade, acrescida dos anexos de apoio e da área

suplementar para circulações internas.

Largura – dimensão máxima do equipamento desportivo;

Comprimento – dimensão máxima do equipamento desportivo;

Área – valor da respectiva área de implantação;

Quadro 2 – Dimensão Funcional Útil do equipamento desportivo, por tipologia.

Reduzida Standard

Grandes Campos de jogos 2 500 5 000 m2 8 000 m2

Pista de Atletismo 7 500 6 000 m2 14 000 m2

Pequenos Campos de jogos 800 800 m2 1 500 m2

Pav ilhões e Salas de Desporto 3 000 450 m2 1 350 m2

Piscinas Cobertas 5 000 150 m2 400 m2

Piscinas ao Ar liv re 7 500 150 m2 500 m2

Tipo de Equipamento População Base (Habitantes)

Dimensão

Funcional Útil

Quadro 3 - Dimensão Funcional Útil do equipamento desportivo Especial para Espectáculo. Critério de

Dimensionamento

Percentagem

Máxima

Número de

EspectadoresDimensão Funcional Útil

Grandes Campos de jogos 10 000 10 1 000 Standard - 8 000 m2

Pista de Atletismo 45 000 10 4 500 Standard - 14 000 m2

COURT ou RINGUE Pequenos Campos de jogos 4 000 2,5 100 Standard - 1 500 m2

NAVE Pav ilhões e Salas de Desporto 12 000 2,5 300 Standard - 1 350 m2

Piscinas Cobertas 20 000 1 200 Standard - 400 m2

Piscinas ao Ar liv re 30 000 1 300 Standard - 500 m2ESTÁDIO AQUÁTICO

Tipo de Equipamento

População

Base

(Habitantes)

Critério de Programação

(Lotação de Referência)

ESTÁDIO

Fonte: DGOTDU, 2002.

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Anexos

198

Nota: Grandes Campos de Jogos: Área de Implantação = 1,5 X Dimensão Funcional Útil; Pequenos Campos de Jogos: Área de Implantação =

1,4 X Dimensão Funcional Útil; Pavilhões e Salas de Desporto: Área de Implantação = 1,6 X Dimensão Funcional Útil; Pistas de Atletismo: Área

de Implantação = 1,5 X Dimensão Funcional Útil; Piscinas Cobertas: Área de Implantação = 4 X Dimensão Funcional Útil; e Piscinas Ao Ar

Livre: Área de Implantação = 5 X Dimensão Funcional Útil.

13 – Funcionalidade

Encontra-se associado ao espaço delimitado pelo traçado do jogo ou prática, acrescida das áreas de segurança mínimas necessárias. Neste

ponto devem ser identificados terrenos que apresentem as dimensões mínimas e as regulamentares para a prática da modalidade a que se

destinam, assim como os equipamentos desportivos que apresentam dimensão reduzida, a qual apenas permite actividades recreativas.

Nota: este ponto é retirado do inquérito da tipologia “Outros”, por não haver uma medida standard para o tipo de equipamentos que a integram.

Prática desportiva oficial – o equipamento desportivo tem as medidas mínimas exigidas e as condições ideais para as competições oficiais

(devem indicar-se as modalidades);

Prática desportiva formal – o equipamento desportivo não tem as medidas mínimas exigidas para as competições oficiais, no entanto permite

a prática correcta de uma (ou várias) modalidade (s).

14 – Envolvência

Caracterização do espaço envolvente.

Integrado num Complexo Desportivo – indica se o equipamento desportivo se encontra ou não integrado num complexo e em caso

afirmativo, refere-se o respectivo nome do complexo;

Vedação exterior – indica se o equipamento desportivo apresenta ou não vedação exterior e, em caso afirmativo, refere-se qual o tipo de

vedação existente (exemplo: muro, redes, grades, desnível, entre outras).

15 - Atributos Específicos

Este ponto do inquérito refere-se à existência de atributos específicos:

Balneários Próprios – indica se existem ou não balneários e se estes se encontram ou não partilhados com outras instalações;

Balneários Partilhados com outras instalações – se os balneários são partilhados com outras instalações e em caso afirmativo quais;

Bancadas – indica a existência ou não de bancadas;

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

199

Arrecadação – refere-se à sua existência ou inexistência;

Secretaria – refere-se à sua existência ou inexistência;

Sistema Sonoro - refere-se à sua existência ou inexistência;

Instalações de Imprensa - refere-se à sua existência ou inexistência;

Sala de Conferências de Imprensa - refere-se à sua existência ou inexistência;

Recepção - refere-se à sua existência ou inexistência;

WC Público – indica o número de casas-de-banho públicas: Femininas, masculinas e adaptadas a deficientes;

Placard – refere-se à sua existência ou inexistência. Em caso de existência, indicar: Placard electrónico ou manual;

Bancadas – em caso de existência, é feita a sua caracterização: Fixas, Móveis, Telescópicas (bancadas retracteis); Numero de lugares

sentados e em pé; Lugares individuais (sim ou não); Certificação da bancada, se ela se encontra certificada por autoridades competentes como

segura (sim ou não).

Cobertura da Bancada – fixa, móvel, mista, total, parcial ou inexistente.

16 – Observações

É onde se assinalam os aspectos significativos que ajudem a clarificar ou a definir as características e o tipo de equipamento desportivo que

está a ser recenseado, ou seja, as informações que se considerem relevantes acerca do espaço desportivo, referidas pela Autarquia ou pela

entidade responsável pela mesma.

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

201

Designação

Tipologia GC PC PAV SD PIS. C. PISC. D. P.ATL OUT.

Distrito/Ilha Município Freguesia

Morada

Telefone Fax E-mail

Página web

Ano de início de actividade LatitudeLongitude

Estado de conservação Muito Bom Bom Razoável Mau Abandonado

Equipamento Individual ID do equipamento

Complexo Desportivo ID do complexo

Público: Placa solar térmicaUrbana Autárquico Placa solar foto voltaicaPeri-Urbana M.E EólicaNão-urbana M.C.E.S. Hídrica

Outros BiomassaOutras

Privado: InexistenteMov. AssociativoOutros

Rodoviário Ferroviário Sem transporte

Urbano Caminhos-de-ferro Distância ao mais próximoNão Urbano Metropolitano/Eléctrico (Km)

Equipamentos DesportivosInquérito Geral

6 Transportes Públicos

5 Energias Renováveis

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

1 Identificação

2 Tipo

Município de Arganil

3 Localização 4 Natureza Jurídica

Bar ArmazémSauna Restaurante Sala de exposiçõesHidromassagem Zona infantil Sala de formação

Banho turco Serviços comerciais Gabinete médicoDuche ciclónico Controlo de acesso EnfermariaOutros Oficinas Fisioterapia

Palco MassagensSala de leitura Sala de eventos

Escritórios OutrosSim Apropriado SecretariaNão Improvisado

Nº de lugares Plano de emergência

9 Estacionamento

10 Observações

7 Serviços Auxiliares 8 Outros Serviços

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Anexos

202

GRANDES CAMPOS DE JOGOS1 Identificação

ID

Designação

Tipologia Grande Campo

Distrito/Ilha Município Freguesia

Latitude Longitude

2 Gestão

Proprietário

Entidade de suporte

Gestão

Homologação

3 UsoTipo de equipamento Formativo Recreativo Rendimento

Estado de usoAnual Em construção

Em Uso Fora de Uso Em remodelaçãoSazonal Desactivado

4 Prática Desportiva

Actividade principal

Outras actividades

Integrado num parque escolar Sim Não

5 Tipo de Utilizador 6 Acesso 7 Adaptação a Deficientes

População em Geral Generalizado TotalAlunos Condicionado Prática desportivaUtentes Fortemente Condicionado AcessosSócios Restrito OutrasAtletasOutros

8 Importância

Centro de Alto Rendimento de índole Nacional Equipamento de signif icado Regional/IntermunicipalEquipamento de nível Internacional Equipamento de signif icado Autárquico (Municipal)Centro de Estágio Equipamento de índole local Equipamento de nível Nacional Equipamento Escolar

9 Piso 10 IluminaçãoTipo

SimEspecif icar piso: Lux

Solo Estabilizado NãoSolo Natural SimRelva Natural Permite transmissão televisiva (lux) NãoRelva SintéticaSintéticoBetuminoso 13 FuncionalidadeOutros pisos

Sim Não11 Área de Jogo 12 Área de Implantação Permite a prática formal

Largura Largura Sim NãoComprimento Comprimento Permite a prática of icialÁrea ÁreaPerímetro Quais as modalidades

Dimensão funcional

14 EnvolvênciaSim Não Qual?

Integrado num Complexo DesportivoVedação Exterior (Área funcional)

15 Atributos EspecíficosS N S N Tipo de Bancadas

Arrecadação Sistema SonoroBancadas Instalações de Imprensa Fixas Móveis TelescópicasSecretaria Sala de Conf. de imp.Balneários próprios Recepção Lugares SentadosBalneários partilhados com Lugares de Péoutras instalações. S N

Lugares individuaisCertif icação da Bancada

(nº)WC's Públicos Masculino Placard Electrónico Cobertura (Bancadas)

Feminino Manual Fixa Móvel MistaDeficientes Inexistente

Total Parcial Inexistente

16 Observações

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

203

PEQUENOS CAMPOS DE JOGOS1 Identificação

ID

Designação

Tipologia Pequeno Campo

Distrito/Ilha Município Freguesia

Latitude Longitude

2 Gestão

Proprietário

Entidade de suporte

Gestão

Homologação

3 UsoTipo de equipamento Formativo Recreativo Rendimento

Estado de usoAnual Em construção

Em Uso Fora de Uso Em remodelaçãoSazonal Desactivado

4 Prática Desportiva

Actividade principal

Outras actividades

Integrado num parque escolar Sim Não

5 Tipo de Utilizador 6 Acesso 7 Adaptação a Deficientes

População em Geral Generalizado TotalAlunos Condicionado Prática desportivaUtentes Fortemente Condicionado AcessosSócios Restrito OutrasAtletasOutros

8 Importância

Equipamento de nível Internacional Equipamento de caracter IntermunicipalCentro de Alto Rendimento/ de Estágio Equipamento de caracter MunicipalEquipamento de nível Nacional Equipamento de índole local Equipamento de caracter Regional Equipamento Escolar

9 Piso 10 IluminaçãoRelva Sintética Betuminoso TipoRelva natural Alcatrão SimCimento Pó de tijolo LuxSolo Estabilizado Outros pisos NãoSolo Natural SimMadeira Especif icar piso: Permite transmissão televisiva (lux) NãoBorrachaSintético 13 FuncionalidadeMetálicoModular Sim Não

Permite a prática formal11 Área de Jogo 12 Área de Implantação

Sim NãoLargura Largura Permite a prática oficialComprimento ComprimentoÁrea Área Quais as modalidadesPerímetro

Dimensão funcional

14 Cobertura

Sem cobertura Altura livre Com cobertura Fixa AquecimentoSazonal Móvel Climatização

15 EnvolvênciaSim Não Qual?

Integrado num Complexo DesportivoVedação Exterior (Área funcional)

16 Atributos EspecíficosS N S N Tipo de Bancadas

Arrecadação Sistema SonoroBancadas Instalações de Imprensa Fixas Móveis TelescópicasSecretaria Sala de Conf . de imp.Balneários próprios Recepção Lugares SentadosBalneários partilhados com Lugares de Péoutras instalações. S N

Lugares individuaisCertif icação da Bancada

(nº)WC's PúblicosMasculino Placard Electrónico Cobertura (Bancadas)

Feminino Manual Fixa Móvel MistaDeficientes Inexistente

Total Parcial Inexistente

17 Observações

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Anexos

204

PISCINAS COBERTAS E DESCOBERTAS1 Identificação

ID

Designação

Tipologia Piscinas Coberta Descoberta

Distrito/Ilha Município Freguesia

Latitude Longitude

2 Gestão

Proprietário

Entidade de suporte

Gestão

Homologação

3 UsoTipo de equipamento Formativo Recreativo Rendimento

Estado de usoAnual Em construção

Em Uso Fora de Uso Em remodelaçãoSazonal Desactivado

4 Prática Desportiva

Actividade principal

Outras actividades

Integrado num parque escolar Sim Não

5 Tipo de Utilizador 6 Acesso 7 Adaptação a Deficientes

População em Geral Generalizado TotalAlunos Condicionado Prática desportivaUtentes Fortemente Condicionado AcessosSócios Restrito OutrasAtletasOutros

8 Importância

Equipamento de nível Internacional Equipamento de caracter IntermunicipalCentro de Alto Rendimento/ de Estágio Equipamento de caracter MunicipalEquipamento de nível Nacional Equipamento de índole local Equipamento de caracter Regional Equipamento Escolar

9 Plano de Água Sim Não 10 IluminaçãoPranchas de salto Tipo

Água doce S N Número SimÁgua Salgada S N Tipo LuxQuebra ondas S N NãoProfundidade Min Sim Não SimProfundidade Max Ondulação artif icial Permite transmissão televisiva (lux) NãoBlocos Estruturas de diversão

Sim Não Tipo 13 FuncionalidadeÁgua Aquecida

Sim NãoPermite a prática formal

11 Area de Prática 12 Área de ImplantaçãoSim Não

Largura Largura Permite a prática oficialComprimento ComprimentoÁrea ÁreaPerímetro Quais as modalidadesNº de Pistas Dimensão funcional

14 Cobertura

Sem cobertura Altura livre Com cobertura Fixa AquecimentoSazonal Móvel Climatização

15 EnvolvênciaSim Não Qual?

Integrado num Complexo DesportivoVedação Exterior (Área funcional)

16 Atributos EspecíficosS N S N Tipo de Bancadas

Arrecadação Sistema SonoroBancadas Instalações de Impre. Fixas Móveis TelescópicasSecretaria Sala de Conf. de imp.Balneários próprios Recepção Lugares SentadosBalneários partilhados com Lugares de Péoutras instalações. S N

Lugares individuaisCertificação da Bancada

(nº)WC's Públicos Masculino Placard Electrónico Cobertura (Bancadas)

Feminino Manual Fixa Móvel MistaDeficientes Inexistente

Total Parcial Inexistente

17 Observações

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

205

PAVILHÕES1 Identificação

ID

Designação

Tipologia Pavilhão

Distrito/Ilha Município Freguesia

Latitude Longitude

2 Gestão

Proprietário

Entidade de suporte

Gestão

Homologação

3 UsoTipo de equipamento Formativo Recreativo Rendimento

Estado de usoAnual Em construção

Em Uso Fora de Uso Em remodelaçãoSazonal Desactivado

4 Prática Desportiva

Actividade principal

Outras actividades

Integrado num parque escolar Sim Não

5 Tipo de Utilizador 6 Acesso 7 Adaptação a Deficientes

População em Geral Generalizado TotalAlunos Condicionado Prática desportivaUtentes Fortemente Condicionado AcessosSócios Restrito OutrasAtletasOutros

8 Importância

Equipamento de nível Internacional Equipamento de caracter IntermunicipalCentro de Alto Rendimento/ de Estágio Equipamento de caracter MunicipalEquipamento de nível Nacional Equipamento de índole local Equipamento de caracter Regional Equipamento Escolar

9 Piso 10 IluminaçãoBorracha TipoCimento SimSolo Estabilizado Especif icar piso: LuxSolo Natural NãoMadeira Rígida SimMadeira Flexível Permite transmissão televisiva (lux) NãoBetuminosoSintéticoModular 13 FuncionalidadeOutros pisos

Sim Não11 Área de Jogo 12 Área de Implantação Permite a prática formal

Largura Largura Sim NãoComprimento Comprimento Permite a prática of icialÁrea ÁreaPerímetro Quais as modalidades

Dimensão funcional

14 Cobertura

cobertura Fixa AquecimentoMóvel Climatização

15 EnvolvênciaSim Não Qual?

Integrado num Complexo DesportivoVedação Exterior (Área funcional)

16 Atributos EspecíficosS N S N Tipo de Bancadas

Arrecadação Sistema SonoroBancadas Instalações de Impre. Fixas Móveis TelescópicasSecretaria Sala de Conf. de imp.Balneários próprios Recepção Lugares SentadosBalneários partilhados com Lugares de Péoutras instalações. S N

Lugares individuaisCertif icação da Bancada

(nº)WC's Públicos Masculino PlacardElectrónico

Feminino ManualDeficientes Inexistente

17 Observações

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Anexos

206

SALAS DE DESPORTO1 Identificação

ID

Designação

Tipologia Sala de desporto

Distrito/Ilha Município Freguesia

Latitude Longitude

2 Gestão

Proprietário

Entidade de suporte

Gestão

Homologação

3 UsoTipo de equipamento Formativo Recreativo Rendimento

Estado de usoAnual Em construção

Em Uso Fora de Uso Em remodelaçãoSazonal Desactivado

4 Prática Desportiva

Actividade principal

Outras actividades

Integrado num parque escolar Sim Não

5 Tipo de Utilizador 6 Acesso 7 Adaptação a Deficientes

População em Geral Generalizado TotalAlunos Condicionado Prática desportivaUtentes Fortemente Condicionado AcessosSócios Restrito OutrasAtletasOutros

8 Importância

Equipamento de nível Internacional Equipamento de caracter IntermunicipalCentro de Alto Rendimento/ de Estágio Equipamento de caracter MunicipalEquipamento de nível Nacional Equipamento de índole local Equipamento de caracter Regional Equipamento Escolar

9 Piso 10 IluminaçãoBorracha TipoCimento SimSolo Estabilizado Especif icar piso: LuxSolo Natural NãoMadeira Rígida SimMadeira Flexível Permite transmissão televisiva (lux) NãoBetuminosoSintéticoModular 13 FuncionalidadeOutros pisos

Sim Não11 Área de Jogo 12 Área de Implantação Permite a prática formal

Largura Largura Sim NãoComprimento Comprimento Permite a prática of icialÁrea ÁreaPerímetro Quais as modalidades

Dimensão funcional

14 Cobertura

Com cobertura Fixa AquecimentoMóvel Climatização

15 EnvolvênciaSim Não Qual?

Integrado num Complexo DesportivoVedação Exterior (Área funcional)

16 Atributos EspecíficosS N S N Tipo de Bancadas

Arrecadação Sistema SonoroBancadas Instalações de Impre. Fixas Móveis TelescópicasSecretaria Sala de Conf. de imp.Balneários próprios Recepção Lugares SentadosBalneários partilhados com Lugares de Péoutras instalações. S N

Lugares individuaisCertif icação da Bancada

(nº)WC's Públicos Masculino Placard Electrónico

Feminino ManualDeficientes Inexistente

17 Observações

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

207

PISTAS DE ATLETISMO1 Identificação

ID

Designação

Tipologia Pistas

Distrito/Ilha Município Freguesia

Latitude Longitude

2 Gestão

Proprietário

Entidade de suporte

Gestão

Homologação

3 UsoTipo de equipamento Formativo Recreativo Rendimento

Estado de usoAnual Em construção

Em Uso Fora de Uso Em remodelaçãoSazonal Desactivado

4 Prática Desportiva Tipo de Pista

Actividade principal 8 corredores8 corredores

Outras actividades mais pista aquecimento4 corredores 2+4+6 corredores

Integrado num parque escolar Sim Não Escolares

5 Tipo de Utilizador 6 Acesso 7 Adaptação a Deficientes

População em Geral Generalizado TotalAlunos Condicionado Prática desportivaUtentes Fortemente Condicionado AcessosSócios Restrito OutrasAtletasOutros

8 Importância

Equipamento de nível Internacional Equipamento de caracter IntermunicipalCentro de Alto Rendimento/ de Estágio Equipamento de caracter MunicipalEquipamento de nível Nacional Equipamento de índole local Equipamento de caracter Regional Equipamento Escolar

9 Piso 10 Iluminação

Solo Estabilizado TipoSolo Natural Especif icar piso: SimMadeira LuxPó de tijolo NãoSintético SimCinza Permite transmissão televisiva (lux) NãoBetuminosoOutros pisos 13 Funcionalidade

Sim Não11 Área de Jogo 12 Área de Implantação Permite a prática formalNº de PistasLargura da Pista Largura Sim NãoComprimento de Recta Comprimento Permite a prática oficialÁrea ÁreaEntensão da Pista Quais as modalidades

Dimensão funcional

14 Cobertura

Sem cobertura Altura livre Com cobertura Fixa AquecimentoSazonal Móvel Climatização

15 EnvolvênciaSim Não Qual?

Integrado num Complexo DesportivoVedação Exterior (Área funcional)

16 Atributos EspecíficosS N S N Tipo de Bancadas

Arrecadação Sistema SonoroBancadas Instalações de Impre. Fixas Móveis TelescópicasSecretaria Sala de Conf. de imp.Balneários próprios Recepção Lugares SentadosBalneários partilhados com Lugares de Péoutras instalações. S N

Lugares individuaisCertif icação da Bancada

(nº)WC's Públicos Masculino Placard Electrónico Cobertura (Bancadas)

Feminino Manual Fixa Móvel MistaDeficientes Inexistente

Total Parcial Inexistente

17 Observações

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Anexos

208

ESPAÇOS COMPLEMENTARES

1- Balneários 1.1

ID Equipamento Ano construção Ano remodelaçãoNº de balneários colectivosNº de balneários individuais 1.2 UtilizaçãoNº de balneários masculinosNº de balneários femininos Anual Em construçãoNº de cabides Em remodelaçãoNº de cacifos Sazonal DesactivadoNº de chuveiros:

Temporizador S N 1.3 Estado de conservaçãoTorneira S N

Nº de lavatórios Bom MauNº de urinóis Razoável DesactivadoNº de sanitas

ObservaçõesÁrea total

Serve complexo desportivo S N

ID do Compexo

2- Utilizadores wc's públicos

Público Nº de lavatóriosAtleta Nº de urinóisComum Nº de sanitas

3- Arrecadação desportiva Balneários partilhados pelos ID's

Altura Superf ície

Acesso directo ao espaço desportivo S N

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Índice Geral

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

211

Nota Prévia .................................................................................................................................................................................................................. 3 Notas Introdutórias ...................................................................................................................................................................................................... 7 O Sistema Desportivo Nacional e o seu Quadro Legislativo ..................................................................................................................................... 13 1. O Sistema Desportivo Nacional .......................................................................................................................................................................... 17 2. Enquadramento Legislativo ................................................................................................................................................................................ 18

2.1. O Papel do Poder Central .......................................................................................................................................................................... 18 2.2. O Papel do Poder Local ............................................................................................................................................................................. 20

A Carta de Equipamentos Desportivos Municipal ..................................................................................................................................................... 25 1. Âmbito, Natureza e Objectivos ........................................................................................................................................................................... 28 2. Metodologia e Técnicas Utilizadas ..................................................................................................................................................................... 30

2.1. Recolha da Informação, Elaboração das Bases de dados e Desenvolvimento da Plataforma Dinâmica (aplicação SIG) ....................... 34 2.2. Conceitos e Normas dos Equipamentos Desportivos ................................................................................................................................ 40 2.2.1. Terminologias dos Equipamentos Desportivos .................................................................................................................................... 40 Espaços Naturais ......................................................................................................................................................................................... 41 Espaços Adaptados ou Espaços “Verdes Construídos” .............................................................................................................................. 42 Espaços ou Equipamentos Artificiais ........................................................................................................................................................... 43

2.2.2 Estrutura e Hierarquia dos Equipamentos Desportivos ........................................................................................................................ 44 Equipamentos Desportivos de Base Recreativos ....................................................................................................................................... 45 Equipamentos Desportivos de Base Formativos ......................................................................................................................................... 45 Equipamentos Desportivos Especializados ................................................................................................................................................. 45 Equipamentos Desportivos de Competição e Espectáculo ......................................................................................................................... 46

2.2.3. Critérios de Previsão e Normas dos Equipamentos Desportivos ........................................................................................................ 47 Enquadramento Territorial do Município ................................................................................................................................................................... 49 1. Enquadramento e Caracterização Física ........................................................................................................................................................... 51 2. Caracterização Sócio-Económica ....................................................................................................................................................................... 61

2.1. Análise demográfica global ........................................................................................................................................................................ 63 2.1.1. Caracterização Demográfica ................................................................................................................................................................ 63 2.1.1.1. Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com a população desigualmente repartida .................................. 64 2.1.1.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório ................................................................................. 72 2.1.1.3. Estrutura da população: sexo e idades .......................................................................................................................................... 78 2.1.1.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI ............................... 83

2.2. As actividades económicas ........................................................................................................................................................................ 93 2.2.1. Caracterização geral ............................................................................................................................................................................ 93 2.2.2. Sectores de actividade e profissões ..................................................................................................................................................... 94

2.3. A evolução do construído ........................................................................................................................................................................... 97 Análise dos Equipamentos Desportivos .................................................................................................................................................................. 103

1. Equipamentos Desportivos Artificiais................................................................................................................................................................ 105

1.1. Distribuição Espacial dos Equipamentos Desportivos ............................................................................................................................. 105

1.2. Análise dos Equipamentos Desportivos por Tipologia ............................................................................................................................. 111

1.2.1.Grandes Campos de Jogos ................................................................................................................................................................. 112

1.2.2. Pequenos Campos de Jogos ............................................................................................................................................................. 117

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Índice Geral

212

1.2.3 Pavilhões ............................................................................................................................................................................................. 122

1.2.4 Salas de Desporto ............................................................................................................................................................................... 125

1.2.5 Piscinas Descobertas .......................................................................................................................................................................... 128

1.2.6 Pistas de Atletismo e Espaços Polivalentes para a Aprendizagem de Atletismo ............................................................................... 131

1.2.7 Outros ou Especializados ................................................................................................................................................................... 134

1.3. Índices de Comunidade do Município de Arganil .................................................................................................................................... 137

Movimento Associativo............................................................................................................................................................................................ 149

1. O Movimento Associativo no Município de Arganil .......................................................................................................................................... 151

Síntese do Sistema Desportivo Municipal ............................................................................................................................................................... 155

Algumas Considerações Finais ............................................................................................................................................................................... 167

Bibliografia ............................................................................................................................................................................................................... 171

Anexos .................................................................................................................................................................................................................... 179

Índice Geral ............................................................................................................................................................................................................. 209

Índice de Figuras ..................................................................................................................................................................................................... 213

Índice de Fotos ........................................................................................................................................................................................................ 217

Índice de Quadros ................................................................................................................................................................................................... 221

Índice de Anexos ..................................................................................................................................................................................................... 225

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Índice de Figuras

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

215

Figura 1 – Esquema metodológico utilizado na Carta de Equipamentos Desportivos Artificiais do Município de Arganil. ...................................... 32 Figura 2 – Introdução da password (palavra-chave) e do username (nome de utilizador). ...................................................................................... 36 Figura 3 - Visualização da informação geral (à esquerda) e do edificado de um equipamento desportivo (à direita). ............................................ 37 Figura 4 – Construção de gráficos. ........................................................................................................................................................................... 38 Figura 5 – Construção de Pirâmides Etárias. ............................................................................................................................................................ 38 Figura 6 – Visualização da Informação Geográfica................................................................................................................................................... 39 Figura 7 – Subdivisão dos Equipamentos Desportivos. ............................................................................................................................................ 41 Figura 8 – Subdivisão dos Espaços Naturais. ........................................................................................................................................................... 42 Figura 9 – Hierarquia dos Equipamentos Desportivos Artificiais. ............................................................................................................................. 46 Figura 10 - Enquadramento administrativo do Município de Arganil. ........................................................................................................................ 51 Figura 11 - Hipsometria. ............................................................................................................................................................................................ 53 Figura 12 - Declives. .................................................................................................................................................................................................. 55 Figura 13 - Declives preferenciais. ............................................................................................................................................................................ 57 Figura 14 - Gráfico termopluviométrico - Estação meteorológica de Nelas. ............................................................................................................. 59 Figura 15 - Gráfico pluviométrico - Posto udométrico de Coja. ................................................................................................................................. 59 Figura 16 - Gráfico pluviométrico - Posto udométrico de Cadafaz. ........................................................................................................................... 60 Figura 17 - Gráfico pluviométrico - Posto udométrico de Fajão. ............................................................................................................................... 60 Figura 18 - Gráfico pluviométrico - Posto udométrico de Góis. ................................................................................................................................. 60 Figura 19 – População residente em 2001 e variação populacional entre 1991 e 2001por freguesia no Município de Arganil. ............................. 65 Figura 20 – População residente por freguesia no Município de Arganil de 1981 a 2001. ....................................................................................... 67 Figura 21 – Evolução da população residente no Município de Arganil de 1981 a 2001. ........................................................................................ 68 Figura 22 – Evolução da população residente no Município de Arganil de 1991 a 2007. ........................................................................................ 69 Figura 23 – Variação da população residente por freguesia no Município de Arganil entre 1991 e 2001. .............................................................. 71 Figura 24 – Evolução da taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural no Município de Arganil de 1991 a 2007. ......... 75 Figura 25 – Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por freguesia no Município de Arganil em 2001 ................... 77 Figura 26 – População residente no Município de Arganil, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001. .................................................. 80 Figura 27 – Pirâmide etária da população residente no Município de Arganil entre 1991 e 2001............................................................................ 81 Figura 28 - Carta de Ocupação do Solo do Município de Arganil. ............................................................................................................................ 99 Figura 29 - Evolução do construído no Município de Arganil. ................................................................................................................................. 100

Figura 30 - Evolução do construído no sector central do Município de Arganil. ..................................................................................................... 101

Figura 31 - Relação entre o construído e a rede de acessibilidades no Município de Arganil. .............................................................................. 102

Figura 32 – Percentagem de equipamentos desportivos artificiais, por tipologia ................................................................................................... 106

Figura 33 – Distribuição espacial dos equipamentos desportivos artificiais. .......................................................................................................... 109

Figura 34 – Distribuição espacial dos Grandes Campos de Jogos, por freguesia. ................................................................................................ 113

Figura 35 – Distribuição espacial dos Pequenos Campos de Jogos, por freguesia. .............................................................................................. 119

Figura 36 – Distribuição espacial dos Pavilhões, por freguesia. ............................................................................................................................. 123

Figura 37 – Distribuição espacial das Salas de Desporto, por freguesia. ............................................................................................................... 127

Figura 38 – Distribuição espacial das Piscinas Descobertas, por freguesia. .......................................................................................................... 129

Figura 39 – Distribuição espacial das Pistas de Atletismo e Espaços Polivalentes para a Aprendizagem de Atletismo, por freguesia. ............... 132

Figura 40 – Distribuição espacial dos Outros ou Especializados, por freguesia .................................................................................................... 135

Figura 41 – Índice Geral do Município, por freguesia. ............................................................................................................................................ 139

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Índice de Figuras

216

Figura 42 – Índice Geral por freguesia em comparação com o Índice Geral do Município e valor de referência da DGOTDU. ........................... 140

Figura 43 – Índice qualitativo dos equipamentos desportivos do Município. .......................................................................................................... 140

Figura 44 – Índice de Grandes Campos de Jogos do Município, por freguesia. .................................................................................................... 142

Figura 45 – Índice de Grandes Campos por freguesia em comparação com o Índice de Grandes Campos do Município e valor de referência da DGOTDU. ................................................................................................................................................................................................................ 143

Figura 46 – Índice de Pequenos Campos de Jogos do Município, por freguesia. ................................................................................................. 144

Figura 47 – Índice de Pequenos Campos por freguesia em comparação com o Índice de Grandes Campos do Município e valor de referência da DGOTDU. ................................................................................................................................................................................................................ 145

Figura 48 – Distribuição das Modalidades Desportivas – dados de 2010. ............................................................................................................. 154

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Índice de Fotos

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

219

Foto 1 – Exemplo de Espaço natural onde podem decorrer actividades físicas e desportivas (Pedestrianismo). ................................................... 41 Foto 2 – Exemplo de Espaço Adaptado ou Espaço “Verde Construído” – Circuito de Manutenção. ....................................................................... 43 Foto 3 – Exemplos de Espaços ou Equipamentos Desportivos Artificiais – Pista de Atletismo (à esquerda) e Piscina descoberta (à direita). ...... 43 Foto 4 – Exemplo de Espaços ou Equipamentos Desportivos Artificiais – Pavilhão (à esquerda) e Sala de Desporto (à direita). ......................... 44 Foto 5 – Estádio José Eduardo Ralha (requalificado para piso sintético) – Muito Bom Estado de Conservação. ................................................. 115

Foto 6 – Parque de Jogos José Martins Dias da Cunha – Mau Estado de Conservação. ..................................................................................... 115

Foto 7 - Campo de Futebol 11 do Parque de Jogos de Pomares – Abandonado .................................................................................................. 115

Foto 8 – Campo de Futebol 11 do Clube Operário Jardim do Alva – Piso em Solo Estabilizado. .......................................................................... 116

Foto 9 – Campo de Futebol 11 João Rafael Abranjes Guerreiro Figueira – Piso em Solo Natural. ....................................................................... 116

Foto 10 – Polidesportivo do Centro Educativo de Coja – Muito Bom Estado de Conservação e Piso Betuminoso. .............................................. 118

Foto 11 – Polidesportivo Barril do Alva – Mau Estado de Conservação e Piso em Cimento. ................................................................................ 118

Foto 12 – Polidesportivo do Sardal – Mau Estado de Conservação e Piso Betuminoso. ....................................................................................... 118

Foto 13 – Campo de Futebol 5 de Sobral Gordo – Razoável Estado de Conservação e Piso Cimento. ............................................................... 118

Foto 14 - Pavilhão da EB 2,3 de Arganil – Muito Bom Estado de Conservação e Piso Sintético. .......................................................................... 122

Foto 15 – Pavilhão Polivalente da Casa do Povo de Coja – Bom Estado de Conservação e Piso Madeira. ......................................................... 122

Foto 16 – Pavilhão do G.D.C. de São Martinho da Cortiça - Razoável Estado de Conservação e Piso Cimento. ................................................ 122

Foto 17 – Sala de Desporto da EB 2,3 de Arganil - Muito Bom Estado de Conservação e Piso Sintético. ........................................................... 126

Foto 18 – Sala de Desportos Marciais do Complexo José Miguel Dias – Bom Estado de Conservação e Piso em Madeira Flexível. ................. 126

Foto 19 – Sala de Desporto do Clube Operário Jardim do Alva - Mau Estado de Conservação e Piso de Azulejo. ............................................. 126

Foto 20 – Piscina Descoberta de Sorgaçosa – Muito Bom Estado de Conservação. ............................................................................................ 128

Foto 21 – Piscina Descoberta do Parque de Campismo de Cepos – Bom Estado de Conservação. .................................................................... 128

Foto 22 – Piscina Descoberta de Água d'Alte – Mau Estado de Conservação. ..................................................................................................... 128

Foto 23 – Espaço para a Aprendizagem de Atletismo da ES de Arganil – Bom Estado de Conservação. ............................................................ 131

Foto 24 - Espaço para a Aprendizagem de Salto em Comprimento da EB 2,3 de Arganil – Razoável Estado de Conservação. ......................... 131

Foto 25 - Espaço para a Aprendizagem de Salto em Comprimento da EB 2,3 de Coja – Razoável Estado de Conservação. ............................. 131

Foto 26 – Circuito de Manutenção do Complexo José Miguel Dias – Estado Razoável de Conservação. ............................................................ 134

Foto 27 – Circuito de Manutenção do Parque de Lazer de Coja – Estado Razoável de Conservação.................................................................. 134

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Índice de Quadros

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

223

Quadro 1 – População residente por freguesia no Município de Arganil de 1981 a 2001. ....................................................................................... 66 Quadro 2 – Evolução da população residente e variação populacional no Município de Arganil de 1981 a 2001. ................................................. 68 Quadro 3 – Evolução da população residente no Município de Arganil de 1991 a 2007. ........................................................................................ 69 Quadro 4 – Variação da população residente por freguesia no Município de Arganil entre 1981 e 2001. ............................................................... 71 Quadro 5 – Nados-vivos por freguesia no Município de Arganil de 1991 a 2007. .................................................................................................... 72 Quadro 6 – Óbitos por freguesia no Município de Arganil de 1991 a 2007. ............................................................................................................. 74 Quadro 7 – Dinâmica natural no Município de Arganil de 1991 a 2007. ................................................................................................................... 75 Quadro 8 – Dinâmica natural no Município de Arganil em 1991 e 2001. .................................................................................................................. 77 Quadro 9 – Dinâmica da população por freguesia no Município de Arganil entre 1991 e 2001. .............................................................................. 78 Quadro 10 – População residente no Município de Arganil, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001. ................................................ 79 Quadro 11 – Índice de envelhecimento, índice dependência e estrutura etária no Município de Arganil em 1991 e 2001. .................................... 82 Quadro 12 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Arganil entre 2001 e 2021. ............................................................. 84 Quadro 13 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Arganil, com saldo migratório entre 2001 e 2021). ........................ 85 Quadro 14 – Nados-vivos no Município de Arganil entre 2001 e 2021. .................................................................................................................... 86 Quadro 15 – Taxa de natalidade no Município de Arganil entre 2001 e 2021 (‰). .................................................................................................. 87 Quadro 16 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 0 a 4 anos no Município de Arganil entre 2001 e 2021. ................. 88 Quadro 17 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 5 a 9 anos no Município de Arganil entre 2001 e 2021. ................. 89 Quadro 18 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 10 a 14 anos no Município de Arganil entre 2001 e 2021. ............. 89 Quadro 19 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 15 a 19 anos no Município de Arganil entre 2001 e 2021. ............. 90 Quadro 20 – População residente, sobreviventes e varação no grupo etário 20 a 24 anos no Município de Arganil entre 2001 e 2021. .............. 90 Quadro 21 – População residente, sobreviventes e variação por escalão etário no Município de Arganil entre 2001 e 2021. ............................... 91 Quadro 22 – Índice de envelhecimento e estrutura da população no Município de Arganil entre 2001 e 2021 (%). ............................................... 91 Quadro 23 – Índice de envelhecimento por freguesia no Município de Arganil entre 2001 e 2021 (%). .................................................................. 92 Quadro 24 – Índice de dependência por freguesia no Município de Arganil entre 2001 e 2021(%)......................................................................... 92 Quadro 25 - Indicadores síntese de dinâmica populacional e emprego, em 1991 e 2001. ...................................................................................... 94 Quadro 26 - População residente empregada segundo o sector de actividade económica, em 1991 e 2001. ........................................................ 95 Quadro 27 - População residente empregada segundo grupos de profissões, em 1991 e 2001. ............................................................................ 96 Quadro 28 – Distribuição dos equipamentos desportivos ....................................................................................................................................... 106

Quadro 29 – Distribuição dos equipamentos desportivos artificiais, segundo as suas principais características, por tipologia ............................ 110

Quadro 30 – Designação e distribuição dos Grandes Campos de Jogos, segundo as suas principais características, por freguesia. ................ 114

Quadro 31 – Distribuição dos Grandes Campos de Jogos, segundo as suas principais características, por freguesia. ....................................... 114

Quadro 32 – Designação e distribuição dos Pequenos Campos de Jogos, segundo as suas principais características, por freguesia. .............. 120

Quadro 33 – Distribuição dos Pequenos Campos de Jogos, segundo as suas principais características, por freguesia...................................... 121

Quadro 34 – Designação e distribuição dos Pavilhões, segundo as suas principais características, por freguesia. ............................................. 124

Quadro 35 – Distribuição dos Pavilhões, segundo as suas principais características, por freguesia. ................................................................... 124

Quadro 36 – Designação e distribuição das Salas de Desporto, segundo as suas principais características, por freguesia. ............................... 126

Quadro 37 – Distribuição das Salas de Desporto, segundo as suas principais características, por freguesia. ..................................................... 126

Quadro 38 – Designação e distribuição das Piscinas Descobertas, segundo as suas principais características, por freguesia. .......................... 130

Quadro 39 – Distribuição das Piscinas Descobertas, segundo as suas principais características, por freguesia. ................................................ 130

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Índice de Quadros

224

Quadro 40 – Designação e distribuição das Pistas de Atletismo e Espaços Polivalentes para a Aprendizagem de Atletismo, segundo as suas principais características, por freguesia. ................................................................................................................................................................. 133

Quadro 41 – Distribuição das Pistas de Atletismo e Espaços Polivalentes para a Aprendizagem de Atletismo, segundo as suas principais características, por freguesia. ................................................................................................................................................................................. 133

Quadro 42 – Designação e distribuição dos Outros, segundo as suas principais características, por freguesia. ................................................. 136

Quadro 43 – Distribuição dos Outros, segundo as suas principais características, por freguesia. ........................................................................ 136

Quadro 44 – Tabela resumo dos índices gerais por tipologia, por freguesia. ........................................................................................................ 138

Quadro 45 – Associações, Clubes e Colectividades segundo a Modalidade, Escalão e Género por Freguesia – dados 2010. .......................... 153

Quadro 46 – Número de atletas, segundo as modalidades desportivas e o género – dados de 2010. ................................................................. 154

Quadro 47 - Quadro síntese por freguesia. ............................................................................................................................................................ 160

Quadro 48 - Quadro síntese municipal. .................................................................................................................................................................. 165

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Índice de Anexos

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Carta de Equipamentos Desport ivos Artificiais

Município de Arganil

227

DEFINIÇÕES PRÉVIAS/GLOSSÁRIO .................................................................................................................................................................... 184

Equipamento desportivo .......................................................................................................................................................................................... 184

Complexo Desportivo .............................................................................................................................................................................................. 184

Grande Campo de Jogos ......................................................................................................................................................................................... 184

Campo de Futebol ................................................................................................................................................................................................... 184

Campo de Rugby ..................................................................................................................................................................................................... 185

Campo de Hóquei em Campo ................................................................................................................................................................................. 185

Pista de Atletismo .................................................................................................................................................................................................... 185

Espaço Polivalente para Atletismo .......................................................................................................................................................................... 185

Pequeno Campo de Jogos ...................................................................................................................................................................................... 185

Campo de Futebol de 7 ........................................................................................................................................................................................... 185

Campo de Futsal ..................................................................................................................................................................................................... 185

Campo de Basquetebol ........................................................................................................................................................................................... 185

Campo de Andebol .................................................................................................................................................................................................. 185

Campo de Voleibol .................................................................................................................................................................................................. 186

Campo de Ténis ...................................................................................................................................................................................................... 186

Hóquei em Patins .................................................................................................................................................................................................... 186

Pavilhão ................................................................................................................................................................................................................... 186

Sala de Desporto ..................................................................................................................................................................................................... 186

Piscina Coberta ....................................................................................................................................................................................................... 186

Piscina ao Ar Livre ou Descoberta .......................................................................................................................................................................... 186

Dimensões das Piscinas .......................................................................................................................................................................................... 186

Tanques de Aprendizagem...................................................................................................................................................................................... 187

Outros ...................................................................................................................................................................................................................... 187

A – CAMPOS QUE CONSTAM NA BASE DE DADOS – INQUÈRITOS GERAIS ................................................................................................. 188

1 – Identificação ....................................................................................................................................................................................................... 188

2 – Tipo .................................................................................................................................................................................................................... 189

3 – Localização ........................................................................................................................................................................................................ 189

4 – Natureza Jurídica ............................................................................................................................................................................................... 189

5 – Utilização de Energias Renováveis ................................................................................................................................................................... 190

6 – Transportes Públicos ......................................................................................................................................................................................... 190

7 – Serviços Auxiliares ............................................................................................................................................................................................ 191

8 - Outros Serviços .................................................................................................................................................................................................. 191

9 – Estacionamento ................................................................................................................................................................................................. 191

10 – Observações .................................................................................................................................................................................................... 191

B – CAMPOS QUE CONSTAM NA BASE DE DADOS – INQUÉRITOS ESPECÍFICOS POR TIPOLOGIA ......................................................... 192

1 – Identificação ....................................................................................................................................................................................................... 192

2 – Gestão ............................................................................................................................................................................................................... 192

3 – Tipo de Uso ....................................................................................................................................................................................................... 193

4 - Prática desportiva ............................................................................................................................................................................................... 193

5 - Tipo de Utilizador ................................................................................................................................................................................................ 194

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Índice de Quadros

228

6 – Acesso ao Equipamento ................................................................................................................................................................................... 194

7 - Adaptação para Deficientes ............................................................................................................................................................................... 195

8 – Importância ........................................................................................................................................................................................................ 195

9 – Piso ................................................................................................................................................................................................................... 196

10 – Iluminação ....................................................................................................................................................................................................... 196

11 - Área de jogo ..................................................................................................................................................................................................... 196

12 - Área de Implantação ........................................................................................................................................................................................ 197

13 – Funcionalidade ................................................................................................................................................................................................ 198

14 – Envolvência ..................................................................................................................................................................................................... 198

15 - Atributos Específicos ....................................................................................................................................................................................... 198

16 – Observações ................................................................................................................................................................................................... 199

Quadro 1 – Principais Diplomas Legais que regem o Desporto em Portugal. ....................................................................................................... 181

Quadro 2 – Dimensão Funcional Útil do equipamento desportivo, por tipologia. ................................................................................................... 197

Quadro 3 - Dimensão Funcional Útil do equipamento desportivo Especial para Espectáculo. .............................................................................. 197