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SÉRIE DOCUMENTO - IV CARREIRAS PÚBLICAS

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CARREIRAS PÚBLICAS SÉRIE DOCUMENTO - IV CARREIRAS PÚBLICAS 5 PALAVRA DA GOVERNADORA 6 7 Alterações de estrutura e reajustes - Legislação - 21 Corpo Voluntário de Militares Estaduais Inativos - CVMI - 27 Ingresso de servidores - 20 Previdência - 26 Brigada Militar - 26 8 Oficiais - 26 Polícia Civil - 28 Secretaria da Fazenda - 34 Magistério e Servidores de Escola - 34 Secretaria da Saúde - 32 Instituto-Geral de Perícias - IGP - 30 9

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Page 1: Carreiras Públicas

SÉRIE DOCUMENTO - IV

CARREIRAS PÚBLICAS

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CARREIRASPÚBLICAS

Valorizaçãogerandoresultados

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PALAVRA DA GOVERNADORA

UM NOVO SERVIÇO PÚBLICO

Quando o Governo do Estado propôs um conjunto demedidas voltadas à modernização do serviço público, muitaspessoas ficaram em dúvida sobre como esse conceito se apli-caria na prática, sobre como poderia refletir-se na vida de cadacidadão. Nosso Estado passou um longo tempo enfrentando di-ficuldades financeiras que impediam a melhoria dos serviçosprestados aos gaúchos e, também, avanços na qualificaçãodos servidores públicos. É para esses valorosos gaúchos, osservidores públicos, que se destina este volume. Aqui estãoreunidas as principais ações implementadas pelo Governo doEstado para avançar nas carreiras e para melhorar as condi-ções de trabalho dos servidores públicos gaúchos.

Em 2007, a situação era muito complicada. Além de dívi-das e déficits acumulados, o serviço público estava praticamen-te paralisado, desvalorizado e muitos quadros não eram reno-vados há muitos anos. Tínhamos enormes demandas para amodernização de estruturas que não haviam acompanhado osavanços tecnológicos e os anseios da população. Na era dogoverno eletrônico, dos serviços online, tínhamos estruturasarcaicas, que acabavam desmotivando os servidores e, conse-quentemente, prejudicando o serviço prestado ao cidadão. OEstado não tinha a avaliação do desempenho como cultura etambém era dada pouca atenção a pesquisas de opinião sobrea qualidade dos serviços prestados à população.

Arrumar a casa significou criar as condições para que pu-déssemos implementar mudanças com diálogo e com apoiodas categorias. Do ponto de vista da estrutura, significava criaras condições para comprarmos novos veículos, autorizarmosnovos concursos, comprarmos computadores e equipamentosde segurança. Do ponto de vista da gestão, significava mudar aforma de fazer.

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Com coragem, modernizamos uma série de estruturasdo serviço público, conforme está apresentado neste volume, eavançamos com base na legalidade. Entre algumas das medi-das adotadas, estabelecemos o teto para os servidores do Exe-cutivo, pagamos os passivos das chamadas “Leis Britto” e reto-mamos o pagamento de Precatórios. Valorizamos a Matriz Sa-larial na Segurança. Regularizamos o pagamento de um direitobásico do trabalhador, mas que a cada ano significava um de-safio para o Tesouro, que era o 13º salário. Constituímos umfundo de previdência, que está reservado para os novosservidores.

Abrimos os caminhos para a valorização do mérito, inau-gurando uma nova sistemática de reconhecimento do servidor,fazendo o que muitos Estados haviam feito antes exatamenteporque tinham conquistado o ajuste fiscal. Tivemos a primeiracarreira – de Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão daSecretaria de Planejamento e Gestão - com gratificação salarialregida pelo desempenho institucional. Tivemos um novoDETRAN, um novo DAER, uma nova Central de Compras, commais benefícios a seus servidores. Contratamos quase 12 milservidores por concurso público, trabalhadores que construirãouma nova história na gestão pública do Estado, a partir do ajus-te fiscal.

Assim, cumprimos um compromisso assumido, de avan-çar na discussão das carreiras, fazendo com que os resultadospositivos do equilíbrio das contas fosse também revertido aoserviço público. Conseguimos avançar na agenda de moderni-zação do Estado com respeito aos direitos adquiridos e comausteridade fiscal. Ao valorizar o funcionário público, estamosaumentando a qualidade e o cuidado com que o Governo doEstado trata toda a população.

Yeda CrusiusGovernadora do Rio Grande do Sul2007 - 2010

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SUMÁRIO

Palavra da Governadora - 6

Um novo serviço público - 6

Carreiras dos servidores do Estado doRio Grande do Sul - 15

Introdução - 16

Carreiras de pessoal do ServiçoPúblico Estadual - 19

Poder Executivo - Administração Direta eIndireta - Autarquias e Fundações deDireito Público - 19

Ingresso de servidores - 20

Alterações de estrutura e reajustes - Legislação- 21

Brigada Militar - 26

Oficiais - 26

Previdência - 26

Corpo Voluntário de Militares EstaduaisInativos - CVMI - 27

Polícia Civil - 28

Page 7: Carreiras Públicas

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Superintendência dos Serviços Penitenciários -Susepe - 29

Instituto-Geral de Perícias - IGP - 30

Secretaria da Saúde - 32

Magistério e Servidores de Escola - 34

Secretaria da Fazenda - 34

Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca eAgronegócio - 38

Page 8: Carreiras Públicas

SUMÁRIO

Servidores integrantes do quadro dos funcioná-rios técnico-científicos do Estado e do QuadroGeral dos funcionários públicos do Estado emexercício no Departamento de Defesa Agrope-cuária da SEAPPA - 39

Secretaria de Planejamento e Gestão - 40

Procuradoria-Geral do Estado - 42

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Procuradores do Estado - 44

Servidores da PGE - 44

Central de Compras do Estado - Cecom/RS - 45

Complexo Piratini - 46

Quadro Especial da Secretaria dos Transportes(extinto DAE) - 47

Quadro Geral dos funcionários públicos doEstado, quadro dos funcionários técnico-científi-cos do Estado, quadro especial vinculado à Se-cretaria da Administração e dos Recursos Hu-manos, quadro da Fundação Instituto Gaúchode Tradição e Folclore - FIGTF, quadro do Insti-tuto Rio Grandense do Arroz - IRGA, quadro daFundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre- FOSPA, quadro da Exatoria, em extinção, edos contratados da Secretaria da Fazenda, semcorrespondência estabelecida em lei e Cargosem Comissão Extraordinários - CCEX - 49

Agência Estadual de Regulação dos ServiçosPúblicos Delegados do Rio Grande do Sul -AGERGS - 50

Departamento Autônomo de Estradas de Roda-gem - DAER - 51

Departamento Estadual de Trânsito -DETRAN/RS - 53

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Instituto de Previdência do Estado do Rio Gran-de do Sul - IPERGS - 55

Superintendência de Portos e Hidrovias - SPHe Quadro Especial, em extinção, junto à Secre-taria dos Transportes (atualmente Secretaria daInfra-estrutura e Logística), em exercício na Su-perintendência do Porto de Rio Grande -SUPRG - 56

Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária -FEPAGRO - 57

Poder Executivo - AdministraçãoIndireta: Fundações deDireito Privado - 61

Reajustes Salariais - 61

Alterações de estrutura - 65

Fundação de Atendimento Sócio-Educativo doRio Grande do Sul - FASE - 67

Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul -FZB - 69

Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social -FGTAS - 70

Reforço de Proventos - 72

SUMÁRIO

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Outros poderes, Ministério Público e DefensoriaPública - 73

Assembleia Legislativa - 73

Tribunal de Contas do Estado - 74

Magistratura - 75

Ministério Público - 75

Defensoria Pública - 76

ConsideraçõesFinais - 79

Administração Direta - 80

Administração Indireta - 84

Autarquias e Fundações de Direito Público - 84

Fundações de Direito Privado - 86

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Carreiras dosServidoresdo Estado doRio Grandedo Sul

Page 14: Carreiras Públicas

INTRODUÇAO

Para a consecução de uma política de valorização do serviço

público, é importante dispensar ao servidor público um tratamento

equânime e digno mediante a instituição de um sistema remunerató-

rio e de uma política salarial que leve em consideração a diversidade

de cargos, funções e empregos públicos existentes na administração

direta e indireta.

Em janeiro de 2007, o Estado do Rio Grande do Sul vinha de

longa data apresentando elevado comprometimento da Receita Cor-

rente Líquida com a Despesa de Pessoal do serviço público estadual.

Portanto, no início da atual Administração, foi fundamental a institui-

ção de um regime de responsabilidade na gestão fiscal, visando ao

estabelecimento do equilíbrio das finanças públicas. Neste sentido,

foi preciso, também, compatibilizar o controle da despesa com pesso-

al determinado constitucionalmente, com a necessidade de conce-

der, no tempo, uma política salarial que privilegiasse a remuneração

dos servidores públicos estaduais.

Para que tais objetivos fossem plenamente alcançados, o Go-

verno do Estado do Rio Grande do Sul, em julho de 2007, decidiu

constituir o Grupo de Assessoramento Estadual para Política de Pes-

soal - GAE, vinculado ao Gabinete da Governadora, com o intuito de

estabelecer as diretrizes de Governo no que concerne à Política de

Pessoal do Poder Executivo Estadual.

O GAE foi instituído pelo Decreto nº 45.123, de 3 de julho de

2007, composto por um Plenário, integrado pelos Secretários de

Estado da Fazenda, do Planejamento e Gestão e da Administração e

dos Recursos Humanos; pela Procuradora-Geral do Estado e pelo

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Page 15: Carreiras Públicas

Secretário de Estado Extraordinário da Casa Civil, bem como por

uma Secretaria Executiva, integrada pelo Secretário Executivo e por

assessores designados para prestar apoio técnico e dar efetividade

às deliberações do Plenário.

Desta forma, as proposições de fixação e alteração de padrões

de vencimentos, de concessão de vantagens remuneratórias; reajus-

tes e aumentos de vencimentos e salários; a celebração de acordos e

convenções coletivas de trabalho, bem como outras propostas que

impliquem em aumento da despesa de pessoal, como planos de car-

gos e vencimentos e de empregos e salários, passaram a ser previa-

mente analisadas e estudadas pelos integrantes do GAE, sendo en-

caminhadas para a deliberação da Governadora as proposições com

parecer favorável do Plenário.

A definição de política salarial para os servidores do Poder Exe-

cutivo Estadual é da competência do Governo do Estado, condiciona-

da, no entanto, para os servidores da administração direta, das funda-

ções de direito público e das autarquias à aprovação pela Assembleia

Legislativa. No caso dos servidores das fundações de direito privado

do Poder Executivo Estadual, a definição de política salarial é igual-

mente da competência do Governo do Estado, negociada, no entan-

to, com os Sindicatos representativos das categorias destes servido-

res mediante a celebração de acordos ou convenções coletivas de

trabalho devidamente registrados no Ministério do Trabalho e

Emprego.

O presente estudo refere-se às carreiras de servidores públicos

estaduais da Administração Direta, de todas as Autarquias e Funda-

ções de direito público e privado, que foram contempladas por benefí-

cios, reajustes, aumentos e/ou reestruturações neste Governo.

17

Page 16: Carreiras Públicas
Page 17: Carreiras Públicas

19

CARREIRAS DE PESSOALDO SERVIÇO PÚBLICOESTADUAL

PODER EXECUTIVO -ADMINISTRAÇÃO DIRETAE INDIRETA

Autarquias eFundaçõesde DireitoPúblico

Page 18: Carreiras Públicas

INGRESSO DE SERVIDORES

Quando se iniciou a atual Administração, em janeiro de

2007, o Poder Executivo Estadual já vinha sofrendo, sistematica-

mente, com o esvaziamento de seus quadros funcionais devido,

principalmente, às aposentadorias de seus servidores. Não esta-

va ocorrendo a necessária reposição e isto comprometia em mui-

to a qualidade dos serviços públicos prestados pelo Estado. Com

a finalidade de suprir os recursos humanos indispensáveis ao

bom andamento dos serviços, o Governo nomeou, até outubro de

2010, um total de 11.608 servidores concursados e contratou

emergencialmente mais de 14.595 servidores, de acordo com da-

dos apurados pela Assessoria Técnica do Gabinete do Secretário

da Fazenda.

Do total de ingressos, merecem destaque aqueles efetuados na

Secretaria da Segurança Pública, onde foram nomeados, em pos-

tos/graduações/cargos de provimento efetivo um total de 5.012 servi-

dores militares, na Brigada Militar; 1.085 servidores policiais, na Polí-

cia Civil; 915 servidores penitenciários, na SUSEPE; e 128 servidores

no Instituto-Geral de Perícias.

Já na Secretaria da Educação foram nomeados, neste

Governo, 1.793 professores e 645 servidores de escola. Houve tam-

bém, no período, a nomeação de 111 servidores na Defensoria Públi-

ca, 229 na Secretaria da Fazenda, 384 na Procuradoria-Geral do

Estado, 371 na Secretaria da Saúde e 47 na Secretaria do Planeja-

mento e Gestão.

Para os demais órgãos, foram nomeados 431 servidores do

Quadro dos Funcionários Técnico-Científicos do Estado e 457 servi-

20

Page 19: Carreiras Públicas

dores do Quadro Geral dos Funcionários Públicos do Estado.

Com a efetivação do ingresso de novos servidores públicos,

ocorrida a partir de 2007, o Poder Executivo Estadual vem repondo,

paulatinamente, o quantitativo mínimo de recursos humanos, com a

finalidade de cada vez mais atender melhor às necessidades do povo

gaúcho.

ALTERAÇÕES DE ESTRUTURA E

REAJUSTES - LEGISLAÇÃO

No seu primeiro ano, a atual Administração começou pagando o

índice de 2,4%, a partir de 1º março de 2007, estabelecido no Gover-

no Rigotto, pela Lei nº 12.442, de 3 de abril de 2006, para os servido-

res públicos da Administração Direta, autarquias e fundações públi-

cas estaduais do Poder Executivo, exceto para os membros do Ma-

gistério Público Estadual e para o Quadro dos Servidores de Escola.

Para estes, foi concedido o índice de 2,9%, a partir de 1º de março de

2007, de acordo com a Lei nº 12.443, de 3 de abril de 2006.

Desde 1996, o Estado convivia com dívidas relativas à política

salarial do Governo Britto (1995 -1998) - Lei nº 10.395, de 1º de junho

de 1995, e Lei nº 10.420, de 4 de julho de 1995 -, referentes a percen-

tuais de aumentos estabelecidos para 1996, ainda pendentes de im-

plantação em folha de pagamento. O montante pago a este título por

determinação judicial, só em 2007, gerou um crescimento na folha da

Administração Direta do Poder Executivo da ordem de aproximada-

mente 4% ao ano.

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Page 20: Carreiras Públicas

Diante deste quadro, no exercício de 2008, a Governadora re-

solveu encaminhar um projeto de lei para a Assembleia Legislativa, a

fim de saldar essa dívida com os servidores, o que resultou na Lei nº

12.961, de 14 de maio de 2008, que autorizou o Poder Executivo a im-

plantar em parcelas os índices de aumento concedidos pelas citadas

Leis nºs 10.395 e 10.420, ambas de 1995, com vigência a partir dos

meses de agosto de 2008, março de 2009, agosto de 2009 e integrali-

zando, a partir do mês de março de 2010, nos índices discriminados a

seguir, para os seguintes quadros de pessoal:

19,90%

● Quadro Geral dos Funcionários Públicos do Estado;

● Quadro Especial, em extinção, da Secretaria de Ciência e Tecnologia;

● Quadro dos Servidores Ferroviários;

● Quadro dos Funcionários do extinto DAE;

● Quadro Especial;

● Pessoal do Nível Elementar e Médio do Quadro dos Funcionários da Saú-de e do Meio Ambiente;

● Quadro da Exatoria, em extinção, e Contratados da Secretaria da Fazen-da (sem correspondência estabelecida em Lei);

● Quadro de Pessoal dos Funcionários do DAER;

● Quadro Geral dos Funcionários do extinto Instituto Sul-Riograndense deCarnes;

● Quadro Geral dos Servidores do Instituto Riograndense do Arroz;

● Quadro de Pessoal da Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore;

● Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore - Cargos Isolados;

● Quadro Geral de Pessoal da Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Ale-gre;

● Quadro do Instituto de Previdência do Estado (Lei nº 10.286/1994);

● Quadro dos Funcionários Policiais, exceto Delegados; Brigada Militar, ex-ceto os Postos de Coronel, Tenente-Coronel e Major;

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Page 21: Carreiras Públicas

● Quadro dos Funcionários Penitenciários, exceto Nível Superior (Lei nº9.228/1991);

● Cargos de Monitor Penitenciário do Quadro dos Funcionários Penitenciá-rios, em extinção;

● Letras "a" a "h" do Anexo II da Lei nº 10.395/1995 (Cargos em Comissão eFunções Gratificadas);

23,28%

● Plano de Carreira do Magistério Público Estadual;

● Quadro Único do Magistério Público Estadual, em extinção, criado pelaLei nº 6.181/1971;

33,09%

● Quadro dos Funcionários Técnico-Científicos e paradigmados das Autar-quias;

● Nível Superior do Quadro Especial, em extinção, da Secretaria da Ciênciae Tecnologia;

● Quadro dos Técnicos em Planejamento;

● Cargos de Criminólogo e Técnico Penitenciário do Quadro Especial dosFuncionários Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul;

● Cargo de Técnico Penitenciário do Quadro dos Funcionários Penitenciári-os do Estado, em extinção;

● Nível Superior do Quadro dos Funcionários da Saúde e do Meio Ambien-te.

A Emenda Constitucional nº 57, de 21 de maio de 2008, promul-

gada pela Mesa da Assembleia Legislativa, alterou o inciso XXXI do ar-

tigo 53 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, concedendo

competência exclusiva à Assembleia Legislativa para fixar os subsídi-

os do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários Estaduais.

Neste sentido, a Lei nº 13.030, de 16 de agosto de 2008, fixou o

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Page 22: Carreiras Públicas

subsídio mensal do Governador do Estado em R$ 17.347,14, e o do

Vice-Governador e dos Secretários de Estado em R$ 11.564,76, a

partir de 1º de julho de 2008, passando tais remunerações para um

patamar mais condizente com as responsabilidades das funções

exercidas por essas autoridades.

A Lei nº 12.201, de 29 de dezembro de 2004, instituiu o fator de

recomposição para cálculo do realinhamento dos soldos/vencimen-

tos básicos dos quadros de pessoal efetivo da Secretaria da Seguran-

ça Pública, quais sejam: da Brigada Militar, da Polícia Civil, exceto os

integrantes da carreira de Delegado de Polícia; da Superintendência

dos Serviços Penitenciários e do Instituto-Geral de Perícias, sendo

recompostos os soldos/vencimentos básicos, anualmente, a contar

do mês de março, sempre que ocorrer resultado positivo apurado

pela adição do incremento real de receitas e pela redução real de des-

pesas, obtido na comparação entre os dois exercícios fiscais imedia-

tamente anteriores ao da recomposição. Neste caso, será destinado

valor equivalente a 15% do resultado positivo obtido nos termos

dessa Lei.

No exercício de 2007, não houve valor a ser distribuído, tendo

em vista que o resultado apurado apresentou valor negativo da ordem

de R$ 602.195.545,29, de acordo com o Decreto nº 44.909, de 27 de

fevereiro de 2007.

Já nos exercícios de 2008, 2009 e 2010, foram distribuídos,

respectivamente, R$ 21,83 milhões/ano, R$ 138,80 milhões/ano e

R$ 180,00 milhões/ano, segundo informação fornecida pela Assesso-

ria Técnica do Gabinete do Secretário da Fazenda.

Ficou assegurado, para o exercício de 2011, o valor de

24

Page 23: Carreiras Públicas

R$ 111 milhões, caso o percentual de 15% do resultado positivo apu-

rado seja menor que este valor, conforme estabelecido pela Lei nº

13.414, de 5 de abril de 2010. Estes valores distribuídos significam a

concessão de percentuais de realinhamento variáveis, conforme o

posto/graduação/cargo do servidor.

Assim, em 2008, 2009 e 2010, os maiores percentuais concedi-

dos foram da ordem de 1,86%, 10,93% e 12,44%, respectivamente,

todos para os postos de Capitão PM e para os cargos de Comissário

de Polícia. No mesmo período, os menores percentuais concedidos

foram da ordem de 0,31% (Papiloscopista e Fotógrafo Criminalístico

classe "A"), 1,84% (Papiloscopista e Fotógrafo Criminalístico classe

"A") e 0% (Coronel PM, Tenente-Coronel PM e Major PM), respectiva-

mente.

A partir do exercício de 2009, após superar os obstáculos e co-

locar as finanças em dia, o Governo do Estado teve condições de

conceder vantagens e benefícios para os servidores públicos estadu-

ais, bem como construir novas carreiras com padrões de remunera-

ção inovadores e promover alterações em estruturas de carreiras pre-

existentes, conforme é demonstrado nas páginas seguintes.

25

Page 24: Carreiras Públicas

BRIGADA MILITAR

OFICIAIS

A Lei nº 13.432, de 5 de abril de 2010, dispôs sobre os reajus-

tes dos soldos básicos dos Oficiais da Brigada Militar. Tais índices

são semelhantes aos previstos na Lei nº 10.395, de 1º de junho de

1995, conhecida como Lei Britto, para os demais policiais militares,

pelo fato de que os Oficiais PM não haviam sido contemplados por

essa Lei.

Pela Lei nº 13.432/2010, os valores dos soldos básicos dos

postos de Major PM, Tenente-Coronel PM e Coronel PM da Brigada

Militar foram reajustados em 19,90%, obedecendo ao seguinte esca-

lonamento cumulativo: 9,95%, a partir de 1º de março de 2009;

4,52%, a partir de 1º de agosto de 2009; e 4,33%, a partir de 1º de

março de 2010.

PREVIDÊNCIA

A Lei Complementar nº 13.431, de 5 de abril de 2010, dispôs

sobre a contribuição previdenciária mensal compulsória dos servido-

res militares, no sentido de fixar, com base no princípio da equidade,

as alíquotas e o salário de contribuição; disciplinar os recolhimentos

durante os períodos de afastamento sem remuneração e adequar as

normas em vigor aos padrões estabelecidos pelo ordenamento de

obrigatória observância pelos entes federados, especialmente aque-

les expressos pela Constituição Federal e pela Lei Federal nº 9.717,

26

Page 25: Carreiras Públicas

de 27 de novembro de 1998.

Desta forma, a alíquota de contribuição previdenciária mensal

compulsória dos servidores militares foi fixada, de forma parcial, em

7,5 %, a partir de 1º de março de 2010, integralizando 11% a partir de

1º de março de 2011.

CORPO VOLUNTÁRIO DE MILITARES

ESTADUAIS INATIVOS - CVMI

O Corpo Voluntário de Militares Estaduais Inativos - CVMI foi

criado pela Lei nº 10.297, de 16 de novembro de 1994, e alterações,

com a finalidade de atuar em situações especiais, que inclui o policia-

mento de escolas públicas estaduais e escolas especiais mantidas

e/ou administradas pelas entidades que prestam atendimento e as-

sistência às pessoas portadoras de deficiência, em atividades própri-

as do servidor policial militar e, mediante ressarcimento, no policia-

mento de guarda dos prédios do Poder Judiciário, do Ministério Públi-

co, da Defensoria Pública e do Tribunal de Contas do Estado. Desta

forma, suprem carência de pessoal técnico-especializado e perce-

bem, enquanto permanecerem nesta situação, a Gratificação Especi-

al de Retorno à Atividade, fixada pela Lei nº 10.916, de 3 de janeiro de

1997, e alterações.

A fim de tornar atrativa a adesão de voluntários ao CVMI e pro-

porcionar aumento significativo do contingente de militares no policia-

mento, a Lei nº 13.034, de 19 de setembro de 2008, introduziu modifi-

cações na Lei nº 10.916/1997, criando novas vagas no Corpo Volun-

tário de Militares Estaduais Inativos - CVMI, aumentando o valor da

Gratificação Especial de Retorno à Atividade e o número de vales-re-

27

Page 26: Carreiras Públicas

feição mensal. Atualmente, o CVMI poderá contar com um efetivo má-

ximo de 3.038 integrantes.

POLÍCIA CIVIL

A Lei nº 13.190, de 29 de junho de 2009, dispôs sobre os reajus-

tes dos vencimentos básicos dos cargos de Delegado de Polícia, dis-

pensando a esta carreira tratamento semelhante ao das demais car-

reiras da Polícia Civil, que já haviam sido contempladas com reajus-

tes através da Lei n° 10.395, de 1º de junho de 1995.

Assim, os vencimentos básicos dos cargos da carreira de Dele-

gado de Polícia foram reajustados em 24,01%, obedecendo ao se-

guinte escalonamento cumulativo: 13,72%, a partir de 1° de março de

2009; 4,52%, a partir de 1º de agosto de 2009; e 4,33%, a partir de 1°

de março de 2010.

A Lei nº 13.439, de 5 de abril de 2010, determinou a incorpora-

ção ao vencimento básico dos cargos de Comissários de Polícia e de

Diversões Públicas, da Polícia Civil, da gratificação de que trata o art.

3º da Lei nº 10.084, de 20 de janeiro de 1994, em seis parcelas

anuais, sendo as duas primeiras de 20% cada e as demais de 15%

cada, não cumulativas, a contar de 1º de maio de 2010, extensiva aos

inativos, pensionistas e pensões vitalícias respectivas. Esta incorpo-

ração atende antiga reivindicação da categoria.

28

Page 27: Carreiras Públicas

SUPERINTENDÊNCIA DOS SERVIÇOS

PENITENCIÁRIOS - SUSEPE

O Quadro Especial de Servidores Penitenciários do Estado do

Rio Grande do Sul, da Superintendência dos Serviços Penitenciários

- SUSEPE, criado pela Lei nº 9.228, de 1º de fevereiro de 1991, foi re-

estruturado pela Lei Complementar nº 13.259, de 20 de outubro de

2009. As alterações foram acordadas entre as entidades sindicais e o

Governo, atendendo a reivindicações da categoria de servidores pe-

nitenciários.

A norma extinguiu, criou e transformou cargos; alterou a escola-

ridade e a jornada de trabalho, neste caso quando os servidores labo-

rarem em regime de plantão; concedeu o direito a porte de arma de

fogo permanente aos servidores ativos e inativos das categorias fun-

cionais do Quadro; assegurou condições de salubridade no ambiente

de trabalho e no desenvolvimento de suas atividades funcionais; ga-

rantiu o fornecimento de equipamentos de proteção individual e a per-

cepção de gratificação de insalubridade, enquanto essas condições

não forem atingidas.

A categoria funcional de Auxiliar de Serviços Penitenciários foi

transformada em Agente Penitenciário Administrativo, foi criado o

grau "E" e a escolaridade exigida passou de nível Fundamental para

nível Médio. Na categoria funcional de Agente Penitenciário, igual-

mente, foi criado o grau "E" e a escolaridade passou de nível Médio

para nível Superior. Já a categoria funcional de Monitor Penitenciário

foi transformada em Técnico Penitenciário e a categoria funcional de

Criminólogo foi extinta, juntamente com os respectivos cargos

criados pela Lei nº 9.228/1991.

29

Page 28: Carreiras Públicas

INSTITUTO-GERAL DE PERÍCIAS - IGP

A Lei nº 13.074, de 25 de novembro de 2008, dispôs sobre a

concessão de bolsa de estudos para os alunos do Curso de Forma-

ção dos Servidores do Instituto-Geral de Perícias, órgão integrante da

Secretaria da Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul, no

valor de 50% do vencimento básico do cargo pretendido.

O valor da bolsa será pago na proporção da frequência do can-

didato ao curso, não podendo ser inferior a 75% de presença, no mês.

O servidor não poderá perceber bolsa de estudos cumulativamente

com qualquer outra remuneração paga pelo erário.

O servidor público estadual, detentor de cargo efetivo e estável,

matriculado no Curso de Formação Profissional, terá direito ao afas-

tamento do exercício do seu cargo, mediante licença, podendo optar

por perceber os vencimentos do cargo que detém, devendo ser consi-

derado em efetivo exercício nos dias em que estiver afastado para

frequentar o curso. O candidato deverá cumprir, no mínimo, 75% da

carga horária prevista no Curso de Formação Profissional, sob pena

de eliminação do respectivo concurso público.

A Lei nº 13.329, de 29 de dezembro de 2009, objetivou com-

plementar o alcance do projeto de lei nº 54/2008, que resultou na

Lei nº 12.961, de 14 de maio de 2008, no que tange às categorias

dos servidores efetivos do Instituto-Geral de Perícias - IGP, aten-

dendo ao compromisso assumido pelo Governo do Estado com os

servidores desse Órgão, em negociações mantidas com a catego-

ria, ao reconhecer e resgatar o direito dos servidores aos índices

de aumento pré-fixados nas Leis nºs 10.395, de 1º de junho de

30

Page 29: Carreiras Públicas

1995, e 10.420, de 4 de julho de 1995.

A Lei nº 13.483, de 1º de julho de 2010, reorganizou o Quadro

de Cargos de Provimento Efetivo do Plano de Classificação de Car-

gos e Vencimentos do Instituto-Geral de Perícias. Criou, também,

a Gratificação de Risco de Vida, a contar de 1º de setembro de

2010, no percentual de 40% incidente sobre o respectivo venci-

mento básico dos cargos integrantes desse Quadro, sobre a qual

não incidirão quaisquer vantagens.

Instituiu, ainda, a Gratificação de Produtividade Pericial - GPP,

parcela mensal e variável, atribuída proporcionalmente ao desempe-

nho institucional, a ser paga aos servidores ativos integrantes do refe-

rido Quadro, bem como aos inativos e pensionistas respectivos com

direito à paridade em seus benefícios, nos termos da Constituição Fe-

deral.

A GPP deverá ser calculada sobre o vencimento básico dos

respectivos cargos, nos percentuais de 5%, a contar de 1º de março

de 2011, e de até 20%, a contar de 1º de setembro de 2011, não cu-

mulativamente. Será atribuída proporcionalmente ao alcance das me-

tas institucionais e aos objetivos organizacionais definidos em

regulamento.

A Lei nº 13.483/2010 excluiu os servidores do Quadro de Provi-

mento Efetivo do Instituto-Geral de Perícias das disposições do "ca-

put" do art. 1.º da Lei nº 12.201, de 29 de dezembro de 2004 ("Matriz

da Segurança"), que instituiu o fator de recomposição para cálculo do

realinhamento dos vencimentos básicos de Quadros de Pessoal Efe-

tivo da Secretaria da Segurança.

Esta Lei teve por objetivo melhor remunerar os servidores do

31

Page 30: Carreiras Públicas

IGP, bem como incentivar a categoria a alcançar as metas estabeleci-

das para o Órgão, a fim de melhor atender à população gaúcha.

SECRETARIA DA SAÚDE

O Quadro de Funcionários da Saúde Pública, criado pela Lei nº

8.189, de 23 de outubro de 1986 e alterações, foi reestruturado pela

Lei nº 13.417, de 5 de abril de 2010, atendendo antiga reivindicação

da categoria.

Esta reestruturação promoveu a adequação das carreiras às

especificidades das atribuições de saúde, como, por exemplo, carga

horária compatível, já que muitos profissionais desta área exercem

atividades em mais de uma instituição pública ou privada; e a valori-

zação do servidor que exercer as atividades com dedicação exclusiva

na Secretaria.

Da mesma forma, em busca da valorização de seus servidores,

concedeu melhoria salarial mediante o enquadramento destes no

novo Quadro de Pessoal reorganizado por essa Lei, utilizando como

um dos critérios para tanto o tempo de serviço na Secretaria; instituiu

a premiação por desempenho organizacional; criou a gratificação

para o exercício das funções de Regulador, Auditor e Pregoeiro; e,

ainda, previu a capacitação permanente de seus servidores.

Assim, o Quadro de Funcionários passou a ser denominado

Quadro de Pessoal da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, com-

preendido do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo e do Quadro

Especial, em extinção, junto à Secretaria da Saúde.

32

Page 31: Carreiras Públicas

Os ocupantes dos cargos do Quadro criado pela Lei nº

8.189/86, cujas atribuições forem de mesma natureza, de mesmo

grau de responsabilidade e de mesma escolaridade dos cargos inte-

grantes do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo do novo Quadro

de Pessoal, criado pela Lei nº 13.417/2010, assim como os inativos e

pensionistas, passam a integrar esse Quadro, conforme regras de en-

quadramento estabelecidas nesta Lei.

A jornada normal de trabalho foi reduzida de quarenta para trin-

ta horas semanais, facultada aos servidores a opção por vincula-

rem-se ao regime de dedicação exclusiva, com carga horária mínima

de 40 horas semanais, podendo a qualquer hora ser convocado para

atender à necessidade de serviço, quando perceberão adicional cal-

culado sobre o seu grau de vencimento na ordem de 20% por ano de

opção, até que alcance 100%, no quinto ano.

Foi instituída a Premiação por Desempenho Organizacional, a

ser paga a todos os servidores ativos, no mês de julho do ano subse-

quente ao do atingimento das metas, correspondente ao percentual

de 50% ou 100% do valor do vencimento básico do nível "1" grau "A"

do cargo de Técnico em Saúde, desde que alcançados, respectiva-

mente, entre 70% e 99,99% ou 100% das metas estabelecidas.

Também previu a Gratificação de Função Especial para os ser-

vidores ocupantes do cargo de Especialista em Saúde que forem de-

signados para as funções de Regulador e de Auditor, nos percentuais

de 100% e de 50% do vencimento básico fixado para o nível NS1,

grau "A" do referido cargo, respectivamente. Para os servidores que

exercerem a função de Pregoeiro ou de Ouvidor foi fixada a Gratifica-

ção de Função Especial no percentual de 100% do vencimento bási-

co estabelecido para o cargo de Técnico em Saúde, nível NT1, grau

33

Page 32: Carreiras Públicas

"A". A Gratificação de Função Especial não é acumulável com a Grati-

ficação de Risco de Vida.

Por fim, foi instituída como atividade permanente na Secretaria

da Saúde a capacitação de seus servidores, visando estimular o de-

senvolvimento funcional, o desempenho de suas atribuições específi-

cas, a criação de hábitos, valores e comportamentos adequados e

dignos ao exercício da função pública, bem como a integração dos

objetivos pessoais de cada servidor, no exercício de suas atribuições,

às finalidades da Secretaria da Saúde como um todo.

MAGISTÉRIO E SERVIDORES DE ESCOLA

A Lei nº 13.424, de 5 de abril de 2010, reajustou o vencimento

básico dos integrantes do Plano de Carreira do Magistério Público do

Rio Grande do Sul, do Quadro Único do Magistério Público do Estado,

em extinção, e do Quadro dos Servidores de Escola, cumulativamen-

te, nos índices de 4%, a partir de 1º de setembro de 2010, e de 2%, a

partir de 1º de dezembro de 2010.

SECRETARIA DA FAZENDA

Em 2010, foram aprovadas pela Assembleia Legislativa três

Leis Complementares que alteram a estrutura e a carreira de nível su-

perior da Secretaria da Fazenda, que passa a contar com três estrutu-

ras especializadas voltadas para a administração tributária, para a

34

Page 33: Carreiras Públicas

administração financeira e para o controle interno, e com carreiras es-

pecíficas para cada uma delas. Assim, foram criadas três carreiras de

Estado, uma para cada área: Agente Fiscal do Tesouro do Estado

para a Receita Estadual, responsável pela administração tributária;

Auditor de Finanças do Estado, para o Tesouro do Estado, responsá-

vel pela administração financeira; e Auditor do Estado, para a Conta-

doria e Auditoria-Geral do Estado, responsável pelo controle interno.

A Contadoria e Auditoria-Geral do Estado - CAGE, criada

pela Lei Complementar nº 13.451, de 26 de abril de 2010, é o órgão

institucional do sistema de controle interno, atuando junto às uni-

dades administrativas dos três Poderes do Estado e Ministério Pú-

blico, tendo como missão zelar pela boa e regular gestão dos recur-

sos públicos, contando para tanto com 170 cargos de Auditor do

Estado.

A CAGE é integrante da estrutura administrativa da Secretaria

da Fazenda, atuando em todos os Órgãos e entidades dos Poderes

Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado, e no Ministério Público,

por meio de unidades seccionais que orientam os administradores

quanto à organização e funcionamento dos controles contábeis, fi-

nanceiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais, bem como fis-

calizam os atos de gestão.

A Receita Estadual, criada pela Lei Complementar nº 13.452,

de 26 de abril de 2010, é uma instituição de caráter permanente vin-

culada ao interesse público como atividade essencial ao funciona-

mento do Estado, organizada sob a forma de sistema, órgão de exe-

cução subordinado à Secretaria da Fazenda, responsável pela admi-

nistração tributária estadual, contando para este fim com 830 cargos

de Agente Fiscal do Tesouro do Estado. Tem como missão primordial

35

Page 34: Carreiras Públicas

otimizar a receita estadual para garantir os recursos necessários à

manutenção das políticas públicas, com uma administração tributária

moderna, ágil e eficaz.

São funções institucionais da Receita Estadual, entre outras,

gerir, administrar, planejar, normatizar e executar as atividades: de

fiscalização e de imposição tributária; de arrecadação das receitas

públicas estaduais, de cobrança administrativa dos créditos tributári-

os e não-tributários, inclusive a inscrição como dívida ativa; de presta-

ção de assessoramento na formulação da política econômico-tributá-

ria, inclusive em relação a benefícios fiscais e incentivos financeiros e

fiscais oriundos de fundos de desenvolvimento setorial; de supervi-

são, planejamento e coordenação de programas de promoção e de

educação tributárias; e de divulgação da legislação tributária e de ori-

entação aos contribuintes.

O Tesouro do Estado, criado pela Lei Complementar nº 13.453,

de 26 de abril de 2010, é uma instituição de caráter permanente vin-

culada ao interesse público como atividade essencial ao funciona-

mento do Estado, organizada sob a forma de sistema, órgão de exe-

cução subordinado à Secretaria da Fazenda, responsável pela admi-

nistração financeira estadual, contando para tanto com 100 cargos de

Auditor de Finanças do Estado. Tem a missão de administrar com ex-

celência as finanças públicas estaduais, objetivando satisfazer as ne-

cessidades da sociedade gaúcha.

São funções e competências do Tesouro do Estado, entre ou-

tras, supervisionar, planejar, acompanhar e executar a ação da des-

pesa orçamentária; administrar a execução orçamentária; emitir pare-

cer sobre a abertura de créditos orçamentários adicionais e outras al-

terações orçamentárias; elaborar as minutas de decreto de abertura

36

Page 35: Carreiras Públicas

de crédito adicional; manifestar-se em propostas que impliquem im-

pacto orçamentário, econômico ou financeiro relevante nas contas do

Estado; planejar, acompanhar e executar o fluxo financeiro do Estado

e o pagamento das despesas públicas, bem como administrar os in-

gressos e disponibilidades do Estado; gerenciar o Sistema Integrado

de Administração de Caixa do Estado - SIAC; administrar o sistema

de pagamento de pessoal do Estado; acompanhar, avaliar e elaborar

propostas para solução de passivos contingentes, dívidas com preca-

tórios e requisições de pequeno valor; e acompanhar a gestão finan-

ceira das entidades da Administração Indireta.

As três Leis Orgânicas apresentadas são pioneiras em termos

de administração pública estadual no país. Para a CAGE, a Lei Orgâ-

nica sancionada segue os moldes do que foi criado no Governo Fede-

ral para a Controladoria-Geral da União. Já para a Receita Estadual,

atende às disposições da Constituição Federal, em seus artigos 37,

inciso XXII, e 167, inciso IV, sendo vanguarda no sentido de ser o pri-

meiro Estado da Federação a aprovar uma Lei Orgânica para a admi-

nistração tributária. Para o Tesouro do Estado, o modelo foi a estrutu-

ra da Secretaria do Tesouro Nacional que, na década de 90, foi funda-

mental para a estabilização monetária da economia brasileira.

No âmbito internacional, buscou-se amparo técnico nas expe-

riências dos países da OCDE que, nas décadas de 80 e 90, passaram

a dar a seus órgãos de administração tributária maior dinamismo e

autonomia. Nesta linha, quase todos os países do Primeiro Mundo

decidiram melhorar o gerenciamento dos tributos por meio da especi-

alização de seus servidores.

A exigência de escolaridade para o ingresso na carreira de nível

médio de Técnico do Tesouro do Estado passou a ser nível superior,

37

Page 36: Carreiras Públicas

de acordo com a Lei nº 13.314, de 18 de dezembro de 2009.

SECRETARIA DA AGRICULTURA, PECUÁRIA,

PESCA E AGRONEGÓCIO

QUADRO DOS TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO

O Quadro dos Técnicos de Nível Médio foi criado pela Lei nº

13.422, de 5 de abril de 2010, composto por cargos de provimento

efetivo, organizados nas carreiras de Técnico Agrícola e de Técnico

em Viticultura e Enologia, vinculado à Secretaria da Administração e

dos Recursos Humanos do Estado do Rio Grande do Sul. Sua criação

visou à modernização dos serviços prestados pelo Estado, especial-

mente no apoio às atividades desenvolvidas na agricultura, como a

assistência técnica na cultura, colheita e conservação dos produtos

agrícolas e, igualmente, nas atividades desenvolvidas na pecuária,

como a orientação prática de vacinação, desinfecção e manejo de re-

banho, bem como de extração de produtos derivados da pecuária.

O Quadro de que trata esta Lei foi composto pelos servidores

ocupantes dos cargos de provimento efetivo de Técnico Agrícola e de

Técnico em Viticultura e Enologia do Quadro Geral dos Funcionários

Públicos do Estado, mediante redistribuição, nos termos do art. 60 da

Lei Complementar nº 10.098, de 3 de fevereiro de 1994.

Com o intuito de valorizar estes servidores, foi criada a Gratifi-

cação por Exercício das Atividades de Técnico Agrícola e de Técnico

em Viticultura e Enologia, no valor de R$ 600,00, a ser paga aos servi-

dores ativos em efetivo exercício.

38

Page 37: Carreiras Públicas

Foi instituída, também, a Gratificação de Desempenho de Fun-

ção Especial, através da Lei nº 13.439, de 5 de abril de 2010, e altera-

ções, no percentual de 30% incidente sobre o vencimento básico do

respectivo cargo, igualmente paga aos servidores ativos lotados na

Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio - SEAPPA,

desde que desempenhem suas atividades funcionais, exclusivamen-

te, no Departamento de Defesa Agropecuária, e cuja concessão exi-

ge designação por ato do Secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca

e Agronegócio e Termo de Aceitação da Atividade Especial firmado

pelo servidor, que se compromete a integrar escala de trabalho.

SERVIDORES INTEGRANTES DO QUADRO

DOS FUNCIONÁRIOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS

DO ESTADO E DO QUADRO GERAL DOS

FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO ESTADO EM

EXERCÍCIO NO DEPARTAMENTO DE

DEFESA AGROPECUÁRIA DA SEAPPA

A Lei nº 13.439, de 5 de abril de 2010, criou a Gratificação de

Desempenho de Função Especial para os servidores integrantes do

Quadro dos Funcionários Técnico-Científicos do Estado e do Quadro

Geral dos Funcionários Públicos do Estado, ativos, lotados na Secre-

taria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio - SEAPPA e que

desempenham suas atividades funcionais, exclusivamente, no De-

partamento de Defesa Agropecuária, no percentual de 60% incidente

sobre o vencimento básico do respectivo cargo, cuja concessão exige

designação por ato do Secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e

39

Page 38: Carreiras Públicas

Agronegócio e Termo de Aceitação da Atividade Especial firmado

pelo servidor, no qual ele se compromete a integrar escala de

trabalho.

A criação da Gratificação de Desempenho de Função Especial

se deve à necessidade de remunerar os servidores cujas atividades

necessitam a sua presença em horários fora do expediente normal,

incluindo finais de semana, feriados, em períodos diurnos e noturnos,

bem como àquelas que excedam quarenta horas semanais, buscan-

do-se, assim, evitar solução de continuidade nas ações de fiscaliza-

ção da produção, comercialização e trânsito de animais e vegetais,

seus produtos e subprodutos.

Essas atividades possuem características altamente diferenci-

adas dentro da SEAPPA, demandando dedicação integral, de grande

diversidade e complexidade, exercida em condições específicas e

com atuação especialíssima, que muitas vezes necessita desloca-

mento contínuo em todo o Estado do Rio Grande do Sul. A atividade

de fiscalização assegura ao Estado proteção em saúde pública, ma-

nutenção do status sanitário animal e vegetal, garantindo níveis satis-

fatórios de desenvolvimento social e acesso a mercados internos e

externos de produtos agropecuários.

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

A Lei nº 13.421, de 5 de abril de 2010, instituiu a Carreira de

Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão, de nível superior;

criou 150 cargos de Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão,

organizados nos graus A, B, C, D, Especial E e Especial F, todos os

40

Page 39: Carreiras Públicas

graus compostos de três níveis, denominados 1, 2 e 3, respectiva-

mente; incorporou ao vencimento básico dos integrantes do Quadro

de Técnico em Planejamento, a parcela autônoma definida no art. 2.º

da Lei nº 11.757, de 5 de abril de 2002, e estendeu a sua percepção e

incorporação aos cargos da nova carreira; instituiu a Gratificação de

Incentivo à Qualificação - GIQ - aos ocupantes dos cargos de Analista

de Planejamento, Orçamento e Gestão, no valor de 5% ou 10%, cal-

culado sobre o vencimento básico do cargo, de acordo com requisitos

técnicos funcionais, organizacionais e acadêmicos regulados nessa

Lei; instituiu, também, a Gratificação de Desempenho das Funções

do Ciclo de Planejamento, Orçamento e Gestão - GCPOG, a ser paga

mensalmente aos servidores efetivos detentores do cargo de Analista

de Planejamento, Orçamento e Gestão, na situação de ativo em efeti-

vo exercício na Secretaria do Planejamento e Gestão e nas unidades

setoriais de planejamento, orçamento e gestão das Secretarias de

Estado ou equivalentes. O valor da GCPOG corresponde a até 25

pontos percentuais, calculados sobre o vencimento básico do servi-

dor, atribuídos proporcionalmente ao alcance das metas institucio-

nais.

Aos atuais ocupantes dos cargos de Técnico em Planejamento

foi facultada a opção pela Carreira de Analista de Planejamento,

Orçamento e Gestão, mediante enquadramento, e foram garantidas

as vantagens já concedidas a esses servidores.

A Lei implantou novas regras de promoção e desenvolvimento,

que valorizam o mérito, a formação, a capacitação e qualificação pro-

fissional e a produtividade de desempenho funcional.

As funções de planejamento, orçamento e gestão desempe-

nham um papel muito relevante para garantir a eficiência, a eficácia e

41

Page 40: Carreiras Públicas

a efetividade das políticas públicas que são formuladas e executadas

para atender as demandas da sociedade nos diversos níveis da admi-

nistração pública. Portanto, os mecanismos de incentivo ao mérito e

ao desempenho funcional definidos para a carreira de Analista de

Planejamento, Orçamento e Gestão contribuem não apenas para a

valorização e profissionalização do servidor desta carreira, mas, tam-

bém, e fundamentalmente, para qualificar ainda mais a prestação de

serviços do Estado à sociedade.

PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO

A Lei nº 13.116, de 30 de dezembro de 2008, com o objetivo de

implementar plenamente a Advocacia-Geral do Estado - AGE, previs-

ta no art. 114 da Constituição Estadual, disciplinou as relações entre

os órgãos do Sistema de Advocacia de Estado, alterando a Lei nº

11.766, de 5 de abril de 2002, criando cargos e gratificações nos Qua-

dros de Procuradores e de Pessoal da Procuradoria-Geral do Estado.

O Sistema de Advocacia do Estado, instituído pela Lei nº

11.742, de 17 de janeiro de 2002, é integrado pela Procuradoria-Ge-

ral do Estado como órgão central, pela Coordenação das Assessorias

Jurídicas como responsável pela articulação com os órgãos do Siste-

ma e pelo Procurador do Estado-Agente Setorial como coordenador

dos serviços jurídicos das Secretarias de Estado, das Autarquias,

Fundações Públicas e Fundações de Direito Privado integrantes do

Poder Executivo.

Para que se viabilize a implementação plena do Sistema de

Advocacia, fez-se necessário um reforço na estrutura administrativa

42

Page 41: Carreiras Públicas

da Procuradoria-Geral do Estado, com a criação de cargos de servi-

dores e Procuradores, além da remodelação de órgãos de execução

e a criação das respectivas gratificações, permitindo, assim, a atua-

ção administrativa dos Agentes Setoriais aliada à defesa judicial da

Administração Pública. É importante salientar que as gratificações

dos Agentes Setoriais, sendo da própria Procuradoria-Geral, estrei-

tam o vínculo entre estes Agentes e a coordenação central do Siste-

ma de Advocacia de Estado - Procuradoria-Geral - garantindo-lhes a

necessária isenção para o exercício de suas atribuições.

Portanto, foram criados, na carreira de Procurador do Estado

prevista na Lei Complementar nº 11.742/2002, treze cargos de Procu-

rador do Estado classe inicial, sete cargos de Procurador do Estado

classe intermediária e vinte cargos de Procurador do Estado classe fi-

nal. Da mesma forma, foram criadas quarenta Gratificações de Agen-

te Setorial - GAS, a serem atribuídas mediante ato do Procurador-Ge-

ral do Estado, bem como dezoito gratificações de direção e

assessoramento.

No Quadro de Pessoal da Procuradoria-Geral do Estado, foram

criados 68 cargos de Agente Administrativo, classe M, 30 cargos de

Assessor Contador, classe R, 10 cargos de Técnico Superior em

Informática, classe R, e 198 cargos de Assessor Jurídico, classe R.

Este Quadro foi alterado, posteriormente, pela Lei nº 13.380, de 20 de

janeiro de 2010.

43

Page 42: Carreiras Públicas

PROCURADORES DO ESTADO

A Lei nº 13.326, de 21 de dezembro de 2009, fixou o subsídio

mensal dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul, nos ter-

mos do artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal, bem como criou

o cargo de Procurador do Estado classe inicial substituto, mediante

transformação de cargos de Procurador do Estado de outras classes,

revogado, posteriormente, pela Lei Complementar nº 13.482, de 1º de

julho de 2010.

O subsídio mensal do Procurador-Geral do Estado e dos Procu-

radores do Estado classe superior foi fixado em R$ 19.900,12, a partir

de 1º de março de 2010, e em R$ 22.111,25, a partir de 1º de novem-

bro de 2010.

SERVIDORES DA PGE

A Lei nº 13.380, de 20 de janeiro de 2010, instituiu o Plano de

Carreira e de Vencimentos do Quadro de Pessoal dos Serviços Auxili-

ares da Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul, com-

posto por cargos de provimento efetivo, organizados em carreiras, e

previu a extinção de cargos do Quadro, visando prover a instituição

de uma estrutura organizada.

Cada carreira ficou composta de cinco classes, sendo que cada

classe é composta de dois níveis - I e II. A Lei estabelece progressão

horizontal, de caráter pessoal, que se dará nos níveis I e II, obedecen-

do ao critério de avaliação anual dos títulos do servidor, tendo como

requisito a participação em curso de aperfeiçoamento profissional

oportunizado pela instituição e provas de avaliação, bem como de for-

44

Page 43: Carreiras Públicas

mação, pós-graduação, mestrado e doutorado, em área correlata

com as atribuições do cargo, nos termos do regulamento editado pelo

Procurador-Geral do Estado.

O objetivo principal da presente norma, à luz dos princípios

constitucionais, foi tornar mais eficiente a prestação dos serviços pú-

blicos prestados pela PGE, criando as condições necessárias ao de-

sempenho das funções de apoio técnico e administrativo imprescindí-

veis às atividades institucionais, visando ao fortalecimento da Procu-

radoria-Geral do Estado e, por conseguinte, do Estado do Rio Grande

do Sul, em juízo.

CENTRAL DE COMPRAS DO ESTADO - CECOM/RS

A Lei nº 13.428, de 5 de abril de 2010, alterou dispositivos da Lei

nº 11.094, de 22 de janeiro de 1998, e criou Cargos em Comissão e

Funções Gratificadas junto à Secretaria da Administração e dos Re-

cursos Humanos, com lotação exclusiva na Central de Compras -

CECOM/RS; bem como instituiu as Gratificações de Pregoeiro e de

Presidente de Comissão Permanente de Licitações, tendo em vista a

necessidade de uma reestruturação da força de trabalho dos servido-

res da SARH, por intermédio da CECOM/RS, para que os proje-

tos/ações dos Programas Estruturantes, aprovados pela Assembleia

Legislativa do Estado através do PPA e do Orçamento 2010, atinjam

os objetivos e metas estabelecidas.

Com a criação de dez Gratificações de Pregoeiro e uma de Pre-

sidente de Comissão Permanente de Licitações, o Estado poderá au-

mentar o número de pregoeiros, agilizando os processos de compras

45

Page 44: Carreiras Públicas

e contratação de serviços.

A capacitação dos servidores que atuarão como Pregoeiro é in-

dispensável para desenvolver habilidades relacionadas com atuação

sistêmica, postura empreendedora, negociação, gestão de equipes,

tomada de decisão, visão de processo, visão de mercado/atuação es-

tratégica, ética profissional e relacionamento interpessoal. Para isso,

o servidor terá que ter conhecimento de administração de contra-

tos/compras, gestão financeira, legislação sobre licitação e em espe-

cial sobre pregão, Lei nº 8.666/93, Lei Federal nº 10.520/02, Decreto

Federal nº 3.555/00, Decreto Estadual nº 42.434/03, Instrução Nor-

mativa da CELIC nº 03/03 e suas alterações.

Já a Gratificação de Presidente de Comissão Permanente de

Licitações justifica-se pela intensa atividade do mesmo na realização

dos procedimentos licitatórios das mais diversas ordens (obras, servi-

ços técnicos etc.), quando não cabível a modalidade licitatória do pre-

gão, ficando a seu cargo a condução de todos os trabalhos atinentes

ao certame (presidência da sessão, habilitação, julgamento das pro-

postas, instrução do processo, entre outras) e a coordenação e atua-

ção em conjunto com servidores integrantes da Comissão, advindos

dos mais diversos órgãos e entidades, de acordo com o objeto, a

complexidade e o vulto da contratação pretendida.

COMPLEXO PIRATINI

A Lei nº 13.439, de 5 de abril de 2010, concedeu aos servidores

do Quadro dos Funcionários Técnico-Científicos do Estado, do Qua-

dro Geral dos Funcionários Públicos do Estado e aos servidores ex-

46

Page 45: Carreiras Públicas

tranumerários dos quadros referidos, lotados e em efetivo exercício

no Complexo Piratini no desempenho de atividades inerentes à fun-

ção, desde que exijam a presença do servidor fora do horário normal

de expediente, ou que requeiram estado de prontidão ou articulação

permanente do servidor, gratificação no valor correspondente ao per-

centual de 60% incidente sobre o vencimento básico do respectivo

cargo.

QUADRO ESPECIAL DA SECRETARIA

DO TRANSPORTES (EXTINTO DAE)

A Lei nº 13.438, de 5 de abril de 2010, fixou novos vencimentos

básicos para os cargos de provimento efetivo do Quadro Especial da

Secretaria dos Transportes, criado pela Lei nº 10.585, de 27 de no-

vembro de 1995, sucedida pela Secretaria da Infra-Estrutura e Logís-

tica, a partir de 1º maio de 2010.

Os valores dos referidos vencimentos básicos fixados para os

cargos do Quadro em questão têm como referência os estabelecidos,

na mesma data, para os cargos do Quadro de Pessoal Efetivo do

DAER.

Há mais de duas décadas o Quadro do Departamento Aeroviá-

rio do Estado, que antecedeu este Quadro Especial, acompanha os

valores atribuídos aos cargos correspondentes do DAER, especial-

mente os cargos situados no nível superior.

Os integrantes deste Quadro são servidores especializados em

atividades de infraestrutura aeroportuária e aeroviária - planejamen-

47

Page 46: Carreiras Públicas

to, projeto, construção, conservação e administração de sistemas de

aeroportos de alta complexidade. De relevante atuação e formação

específica, os servidores que estão abrigados no mesmo Quadro - pi-

lotos, mecânicos e auxiliares de mecânicos de aeronaves - são in-

cumbidos da operação e manutenção das aeronaves do Estado e do

transporte do Governador, Secretários e outras autoridades.

48

Page 47: Carreiras Públicas

QUADRO GERAL DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DOESTADO

QUADRO DOS FUNCIONÁRIOS TÉCNICO-CIENTÍFICOSDO ESTADO

QUADRO ESPECIAL VINCULADO À SECRETARIA DAADMINISTRAÇÃO E DOS RECURSOS HUMANOS

QUADRO DA FUNDAÇÃO INSTITUTO GAÚCHO DETRADIÇÃO E FOLCLORE - FIGTF

QUADRO DO INSTITUTO RIO GRANDENSE DO ARROZ -IRGA

QUADRO DA FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DEPORTO ALEGRE - FOSPA

QUADRO DA EXATORIA, EM EXTINÇÃO, E DOSCONTRATADOS DA SECRETARIA DA FAZENDA, SEMCORRESPONDÊNCIA ESTABELECIDA EM LEI; E

CARGOS EM COMISSÃO EXTRAORDINÁRIOS - CCEX

A Lei nº 13.444, de 5 de abril de 2010, reajustou os valores dos

vencimentos básicos dos cargos efetivos dos Quadros e Cargos aci-

ma identificados, cumulativamente, em 4% a partir de 1º de setembro

de 2010, e em 2% a partir de 1º de março de 2011.

49

Page 48: Carreiras Públicas

AGÊNCIA ESTADUAL DE REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS

PÚBLICOS DELEGADOS DO RIO GRANDE DO SUL-

AGERGS

Os servidores integrantes do Quadro de Pessoal da AGERGS

foram beneficiados pela Lei nº 13.344, de 4 de janeiro de 2010, que

dispôs sobre o aumento dos vencimentos básicos dos cargos de nível

médio, bem como da remuneração dos membros do Conselho Supe-

rior da Agência. O reajuste dos valores era necessário para tornar a

remuneração compatível com as oferecidas por outras carreiras pú-

blicas de semelhante qualificação e requisitos, visto que se encontra-

vam bastante defasada em relação ao mercado. Os percentuais de

reajuste sobre o vencimento básico tiveram variação entre 62% e

87%.

Tendo em vista o considerável incremento das atividades em

determinadas áreas, assim como a absoluta insuficiência quantitativa

do quadro atual, a referida Lei também previu o aumento do número

de cargos em todos os graus da carreira de técnicos de nível superior,

inclusive com a criação dos Graus "E", "F" e "G" e os respectivos car-

gos. Desta forma, é possibilitada a ascensão profissional para os ser-

vidores desta carreira com o consequente aumento de suas remune-

rações.

Igualmente, foi criada a Gratificação de Apoio à Fiscalização

Regulatória Externa - GAFRE, no percentual de até 20%, incidente

sobre o vencimento básico dos cargos integrantes do Quadro de Pes-

soal da AGERGS, exceto Conselheiros. Trata-se de remuneração va-

riável, definida pelo alcance de metas gerais de produtividade. Este

50

Page 49: Carreiras Públicas

instrumento é reconhecido modernamente como método de gestão

que prima pela eficiência e estimula os servidores públicos na busca

da melhoria constante dos serviços prestados à sociedade.

A contrapartida das alterações promovidas resultará no aumen-

to de ingresso de recursos na Autarquia.

DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE

RODAGEM - DAER

O Quadro de Pessoal Efetivo do DAER, instituído pela Resolu-

ção de seu Conselho Rodoviário nº 2.384, de 28 de julho de 1980, e

alterações, ratificada pela Lei Estadual nº 11.090, de 22 de janeiro de

1998, foi reorganizado, na atual Administração Estadual, pela Lei nº

13.416, de 5 de abril de 2010.

A medida justificou-se pela necessidade de renovação de pes-

soal associada a um elevado número de desvios de funções e remu-

neração reconhecidamente aquém das necessidades básicas da

grande maioria dos servidores.

A Lei promoveu o redimensionamento do Quadro de Cargos de

Provimento Efetivo, através da redenominação, da criação e da extin-

ção de cargos previstos na Resolução do Conselho Rodoviário nº

2.384/1980, e alterações.

Assim, o Quadro de Pessoal Efetivo do DAER ficou compreen-

dido do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo, composto por

1.200 cargos e do Quadro Especial, em extinção, composto por car-

51

Page 50: Carreiras Públicas

gos que atualmente não mais atendem às necessidades da Autar-

quia.

Esta Lei fixou nova matriz de vencimentos básicos, que resultou

em reajustes variáveis de 15,81% a 17,83% nestes vencimentos,

para os cargos de nível superior, e de 55,40% a 60,32%, para os car-

gos de níveis fundamental e médio.

Como medida complementar à reestruturação do Órgão, foi ins-

tituída a Gratificação de Produtividade Rodoviária - GPR, correspon-

dente ao produto de até 20% sobre o vencimento básico do grau "A"

da respectiva carreira. Trata-se de um instrumento inovador, com o

objetivo de medir o desempenho da Autarquia, já que está vinculado

ao cumprimento de metas institucionais e de resultados a serem al-

cançados, incentivando não só a produtividade, mas também a efi-

ciência e a qualidade dos serviços prestados.

A proposta contemplou cerca de 1.900 servidores ativos e

3.000 inativos.

Concomitante com a reorganização do Quadro de Pessoal da

Autarquia, foi remodelada a sua estrutura organizacional, por meio da

Lei nº 13.423, de 5 de abril de 2010, que reorganizou o Departamento

Autônomo de Estradas de Rodagem - DAER, criado pela Lei nº 750,

de 11 de agosto de 1937, e reorganizado, posteriormente, pela Lei nº

11.090, de 22 de janeiro de 1998, e alterações.

A Lei nº 13.423/2010 redefiniu as características básicas de es-

trutura, gestão e atuação do novo DAER, bem como alterou o Quadro

de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas, compatibilizando-o

com a sua nova estrutura administrativa, a fim de dotar a Autarquia de

uma organização estrutural que possibilite um eficiente gerenciamen-

52

Page 51: Carreiras Públicas

to do Sistema Rodoviário Estadual e do Plano Diretor Rodoviário do

Estado.

Neste novo contexto, o DAER passa a ser uma instituição dedi-

cada ao planejamento, gerenciamento e fiscalização das atividades

inerentes à sua área de competência.

DEPARTAMENTO ESTADUAL

DE TRÂNSITO - DETRAN/RS

A Lei nº 13.032, de 3 de setembro de 2008, alterou o Plano de

Cargos Efetivos do Departamento Estadual de Trânsito -

DETRAN/RS, mediante a criação de cargos de níveis médio e superi-

or, totalizando 416 cargos, distribuídos nos graus "A", "B", "C", "D" e

"E"; a fixação dos vencimentos básicos, incorporando a Parcela Autô-

noma; a instituição da Gratificação de Produtividade de Trânsito -

GPT, parcela mensal e variável, atribuída aos servidores do Plano de

Cargos Efetivos do DETRAN/RS que, no desempenho de suas atribu-

ições, contribuírem para o incremento da eficiência e da eficácia das

atividades inerentes à Segurança do Trânsito e para a ampliação ge-

ral da arrecadação do Órgão Executivo Estadual de Trânsito; e a alte-

ração do Plano de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas do

DETRAN/RS. A presente norma resgatou e valorizou a atuação do

servidor público da Autarquia.

Posteriormente, a Lei nº 13.088, de 12 de dezembro de 2008,

criou a Gratificação de Examinador - GRAEx e mais 104 cargos na

Autarquia, para a realização dos exames de Prática de Direção Vei-

53

Page 52: Carreiras Públicas

cular, que devem ser executados perante Comissões Examinadoras

de Trânsito, compostas por três servidores públicos estaduais deten-

tores de cargo de provimento efetivo, em consonância com a Lei Fe-

deral nº 9.503/97 - Código de Trânsito Brasileiro - e com a Resolução

nº 168/04, do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, represen-

tando uma redução para o Estado, nas despesas com essa atividade,

da ordem de aproximadamente R$ 21 milhões.

A Lei nº 13.366, de 11 de janeiro de 2010, estabeleceu os valo-

res dos vencimentos básicos dos cargos integrantes do Quadro de

Pessoal do DETRAN/RS e instituiu a Gratificação de Produtividade

de Trânsito - GPT, de que trata a Lei nº 13.032/2008, visando a reade-

quação dos vencimentos básicos na busca de similitude com os ven-

cimentos de outras categorias funcionais do Estado, representando

um acréscimo salarial médio da ordem de 33%. Esta Lei objetivou a

valorização dos servidores da Autarquia, considerando a relevância

das atividades realizadas no Órgão, aliados ao alto grau de responsa-

bilidade.

O atual contexto de violência no trânsito gaúcho apresenta dia-

riamente novas exigências à Autarquia, como Órgão Executivo Esta-

dual de Trânsito, demandando-lhe projetos e desenvolvimento per-

manente de ações e campanhas educativas, para que se efetive seu

compromisso legal e social de minimizar os números infracionais e de

vítimas de acidentes no trânsito, visando a garantir um trânsito segu-

ro. Para tanto, é necessário que o Quadro de Pessoal esteja adequa-

do, quantitativamente e qualitativamente, para absorver às deman-

das atinentes à missão do DETRAN/RS.

54

Page 53: Carreiras Públicas

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGS

A Lei nº 13.415, de 5 de abril de 2010, reorganizou o Quadro de

Pessoal do IPERGS, instituído pela Lei nº 9.670, de 29 de maio de

1992, e alterado pela Lei n° 10.286, de 31 de outubro de 1994, e alte-

rações, a fim de adequar seu corpo funcional ao papel estratégico do

IPERGS, como Gestor Único do Regime Próprio de Previdência Soci-

al - RPPS/RS e do Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores

Públicos do Estado do Rio Grande do Sul - IPE-SAÚDE, conforme de-

termina o artigo 2º da Lei Estadual nº 12.395, de 15 de dezembro de

2005, bem como pelo disposto no artigo 26 da mesma Lei.

O Quadro de Pessoal do IPERGS ficou composto pelo Quadro

de Cargos de Provimento Efetivo, pelo Quadro Especial, em extinção,

e pelo Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas.

O Quadro de Cargos de Provimento Efetivo ficou constituído

pelos cargos de nível superior de Analista em Previdência e Saúde e

de Perito e Auditor Médico, sendo este uma criação necessária para

atender aos novos ditames legais, e de nível médio de Assistente em

Previdência e Saúde, todos organizados em carreira, mediante a cria-

ção, extinção e redenominação de cargos.

Foi prevista a incorporação da parcela autônoma de que trata a

Lei nº 11.753, de 5 de abril de 2002, ao vencimento básico dos inte-

grantes do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo e do Quadro

Especial, em extinção, em três parcelas não cumulativas (abril/2010,

agosto/2010 e março/2011).

Também foi instituída, a partir de 1º de abril de 2010, a Gratifica-

55

Page 54: Carreiras Públicas

ção de Incentivo à Produtividade em Previdência e Saúde - GIPPS,

parcela mensal e variável, correspondente ao resultado da incidência

de até 0,2 (dois décimos) sobre o vencimento básico do Grau "A" da

respectiva carreira, a ser paga aos servidores integrantes do Quadro

de Cargos de Provimento Efetivo e do Quadro Especial, em extinção,

sendo o seu valor apurado de acordo com o resultado da avaliação de

desempenho institucional.

Com estas alterações legais, o IPERGS está se capacitando

para assumir seu papel de Gestor Único e melhor atender a sua clien-

tela.

SUPERINTENDÊNCIA DE PORTOS E HIDROVIAS - SPH;

QUADRO ESPECIAL, EM EXTINÇÃO, JUNTO ÀSECRETARIA DOS TRANSPORTES (ATUALMENTESECRETARIA DA INFRA-ESTRUTURA E LOGÍSTICA), EMEXERCÍCIO NA SUPERINTENDÊNCIA DO PORTO DE RIOGRANDE - SUPRG

A Lei nº 13.388, de 11 de março de 2010, alterou o salário bási-

co dos empregos do Quadro Permanente da Superintendência de

Portos e Hidrovias - SPH e do Quadro Especial, em extinção, junto à

Secretaria dos Transportes, criado pelo § 2.º do art. 11 da Lei nº

10.723, de 18 de janeiro de 1996, bem como incorporou a Parcela Au-

tônoma de que trata a Lei nº 11.754, de 5 de abril de 2002, objetivan-

do atender ao acordo assumido pelo Governo do Estado com os ser-

vidores portuários, em negociações mantidas com a categoria.

56

Page 55: Carreiras Públicas

FUNDAÇÃO ESTADUALDE PESQUISA AGROPECUÁRIA -FEPAGRO

A FEPAGRO, com sede em Porto Alegre, composta por 23 cen-

tros e unidades distribuídas no Estado, atua na pesquisa agropecuá-

ria desde 1994 e como Departamento de Pesquisa da Secretaria da

Agricultura, desde 1919. Sua missão é promover a geração de tecno-

logias e serviços para a agropecuária gaúcha.

Por meio de seus pesquisadores, vem mantendo trabalho

nas áreas agronômica, veterinária, zootécnica e florestal, com

contribuições expressivas para o processo produtivo agrope-

cuário. Um quadro de profissionais gabaritados significa maior

aquisição de investimentos para pesquisa no RS, tendo em vista

que os recursos são ofertados pelas fontes financiadoras pro-

porcionalmente ao número de doutores da instituição, entre ou-

tras condições. Em vista disto, ficou evidente a necessidade de

investimento na qualificação de pessoal deste órgão de pesqui-

sa, pois a inovação tecnológica só poderá vir através de profissi-

onais especializados nas diferentes áreas do conhecimento, ge-

rando tecnologias, com o propósito de atender às demandas le-

vantadas, para o melhor desempenho do agronegócio estadual e

nacional.

57

Page 56: Carreiras Públicas

Assim, com o intuito de valorizar os seus servidores, a Lei nº

13.445, de 05 de abril de 2010, que alterou o Plano de Cargos e Salá-

rios da FEPAGRO, dispôs sobre: estabelecimento de novos valores

de vencimento básico na matriz salarial da Fundação, a partir dos me-

ses de maio de 2010 e março de 2011; adequação de vencimentos

para cargos de nível médio e criação do Nível IV-Especial para as ca-

tegorias funcionais de nível superior, cujo acesso exige além da habi-

litação básica e habilitação adicional, a capacitação, realizada a qual-

quer tempo, em nível de pós-doutorado lato sensu ou stricto sensu,

com conteúdo atinente às funções da carreira.

Com a fixação da nova matriz salarial, no mês de maio de 2010,

os valores de vencimento básico tiveram reajuste médio de 54% e, no

mês de março de 2011, corresponderão, em média, a 105%, ambos

calculados sobre o mês de abril de 2010.

Foi concedida, também, aos integrantes do Quadro Especial,

em extinção, na Secretaria de Ciência e Tecnologia, instituído pela

Lei nº 9.963, de 7 de outubro de 1993, cedidos à FEPAGRO, a incor-

poração da Parcela de Estímulo à Pesquisa Agropecuária - PEPA

através da Lei nº 13.427, de 5 de abril de 2010. Com esta medida foi

atendida reivindicação de longa data dos servidores integrantes des-

te Quadro, tendo em vista que a mesma não havia sido regularmente

reajustada pelos governos subsequentes à sua criação, em 1993.

Como muitos servidores obtiveram a atualização da Parcela

em juízo, resultando no pagamento de valores variados a esse títu-

lo, para viabilizar a sua incorporação, foi necessária a fixação de

novos valores de vencimentos básicos, a fim de se manter uma ma-

triz salarial para o Quadro Especial, em extinção, ficando assegu-

rada a esses servidores a inexistência de perdas. Ademais, ficou

58

Page 57: Carreiras Públicas

garantido o pagamento da PEPA, nos termos do art. 2º da Lei nº

9.963/1993, para aqueles servidores que não integram o Quadro

Especial, em extinção, mas que conquistaram judicialmente a sua

percepção. A incorporação da PEPA atingiu cerca de 518 servido-

res e representou ganhos médios de 19%.

59

Page 58: Carreiras Públicas
Page 59: Carreiras Públicas

61

PODER EXECUTIVO -ADMINISTRAÇÃOINDIRETA: FUNDAÇÕESDE DIREITO PRIVADO

ReajustesSalariais

Page 60: Carreiras Públicas

Os contratos de trabalho dos empregados das fundações de di-

reito privado instituídas e/ou mantidas pelo Estado são regidos pela

Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, sendo receptores da políti-

ca salarial nacional, que estabelece a livre negociação para as cate-

gorias profissionais nas respectivas "data-base".

Anualmente, são procedidas negociações entre os sindicatos

patronais e os sindicatos dos empregados, com a efetiva participação

dos representantes do Governo Estadual, por intermédio de integran-

tes do GAE, e dos dirigentes das entidades.

Assim, na atual Administração foram concedidos os seguintes

reajustes salariais aos empregados das fundações de direito privado:

FADERS, FAPERGS, CIENTEC, FDRH, FASE,PROTEÇÃO, FEE, FEPAM, FGTAS, TEATRO SÃOPEDRO, ZOOBOTÂNICA E METROPLAN:

● 4% a partir de 1º de janeiro de 2009; 4% a partir de 1º de ju-

nho de 2009; 1,385% a partir de 1º de janeiro de 2010, e

11,144% a partir de 1º de junho de 2010, totalizando um reajus-

te de 21,9%, frente a uma inflação medida pelo INPC/IBGE no

período de novembro de 2006 a maio de 2010 de 21,9%;

LIBERATO

● 4% a partir de 1º de janeiro de 2009; 4% a partir de 1º de junho

de 2009; 4,77% a partir de 1º de março de 2010, e 9,86% a par-

tir de 1º de junho de 2010, totalizando um reajuste de 24,5%,

62

Page 61: Carreiras Públicas

frente a uma inflação medida pelo INPC/IBGE no período de

março de 2006 a fevereiro de 2010 de 21%;

UERGS/PROFESSORES

● 4% a partir de 1º de janeiro de 2009; 4% a partir de 1º de junho

de 2009; 4,77% a partir de 1º de março de 2010, e 7,92% a par-

tir de 1º de junho de 2010, totalizando um reajuste de 22,3%,

frente a uma inflação medida pelo INPC/IBGE no período de

março de 2006 a fevereiro de 2010 de 21%;

UERGS/ADMINISTRAÇÃO

● 4% a partir de 1º de janeiro de 2009; 4% a partir de 1º de junho

de 2009; 1,385% a partir de 1º de janeiro de 2010, e 12,1% a

partir de 1º de junho de 2010, totalizando um reajuste de 22,9%,

frente a uma inflação medida pelo INPC/IBGE no período de no-

vembro de 2006 a maio de 2010 de 21,9%;

TVE/JORNALISTAS

● 4% a partir de 1º de janeiro de 2009; 4% a partir de 1º de junho

de 2009, e 9,26% a partir de 1º de junho de 2010, totalizando

um reajuste de 18,2%, frente a uma inflação medida pelo

INPC/IBGE no período de junho de 2006 a maio de 2009 de

16,5%. A reposição da inflação do período de junho de 2009 a

maio de 2010 está sendo objeto de negociação, mediante con-

63

Page 62: Carreiras Públicas

cessão do índice integral do INPC/IBGE verificado no mesmo

período;

TVE/RADIALISTAS

● 4% a partir de 1º de janeiro de 2009; 4% a partir de 1º de junho

de 2009, e 9,00% a partir de 1º de junho de 2010, totalizando

um reajuste de 17,9%, frente a uma inflação medida pelo

INPC/IBGE no período de novembro de 2006 a outubro de 2009

de 17,1%. A reposição da inflação do período de novembro de

2009 a outubro de 2010 está sendo objeto de negociação, me-

diante concessão do índice integral do INPC/IBGE verificado no

mesmo período.

ALTERAÇÕES DE ESTRUTURA

Visando a adoção de tratamento isonômico para todos os em-

pregados das fundações de direito privado, o Governo do Estado ins-

tituiu Planos de Empregos, Funções e Salários nas seguintes entida-

des desprovidas do regramento:

64

Page 63: Carreiras Públicas

FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO ESPECIAL DO

RIO GRANDE DO SUL - PROTEÇÃO

O Plano de Empregos, Funções e Salários, instituído pela Lei nº

13.418, de 5 de abril de 2010, é composto pelo Quadro Permanente

de Empregos e pelo Quadro de Empregos e de Funções em Comis-

são. O Quadro Permanente de Empregos conta com categorias funci-

onais de nível superior, médio e fundamental, distribuídas em sete

padrões salariais, sendo um de nível superior, um de nível médio téc-

nico e cinco de nível médio ou fundamental. Cada um dos sete pa-

drões salariais está dividido em quatorze níveis salariais, que alcan-

çam uma amplitude salarial de 88,5%. O nível inicial é provido por em-

pregados aprovados em concurso público e os demais através de

promoções.

O quantitativo de empregos de provimento permanente criados

é de 127 de nível superior, de 142 de nível médio técnico e de 780 de

nível médio e fundamental. O Quadro de Empregos e de Funções em

Comissão é composto por 103 empregos e funções em comissão,

destinados ao atendimento dos encargos de direção, de chefia e de

assessoramento, a serem exercidos por pessoas de notória capacita-

ção, de livre contratação ou designação e demissão ou dispensa pelo

Presidente da Entidade.

O Plano prevê a concessão de promoções horizontais no mês

de janeiro de cada ano, pelos critérios de antiguidade e merecimento,

alternadamente, beneficiando 20% dos empregados integrantes do

Quadro Permanente de Empregos, respeitado o interstício mínimo de

730 dias.

65

Page 64: Carreiras Públicas

Foi criada uma parcela mensal denominada Adicional de Incen-

tivo Educativo equivalente a 18% do salário básico percebido pelo

empregado detentor do emprego de Agente Educador, de concessão

restrita aos empregados em efetivo exercício no emprego.

A instituição do Plano de Carreira na Fundação de Proteção

Especial do Rio Grande do Sul, além de atender a uma antiga reivindi-

cação dos empregados, assegura tratamento isonômico com os em-

pregados das diversas fundações, respeitadas as peculiaridades de

cada entidade, e contempla, também, a criação de novos empregos

imprescindíveis para atender demandas de ordem técnico-operacio-

nal e legal. Estes empregos vinham até então sendo supridos de for-

ma alternativa, ferindo em muitos momentos a legislação consolida-

da, por excessiva convocação de empregados para prestação de ser-

viços extraordinários, acarretando-lhes desgaste físico e emocional,

além da contratação emergencial de empregados por longos anos,

fato insistentemente apontado pelos órgãos legais fiscalizadores.

66

Page 65: Carreiras Públicas

FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO

SÓCIO-EDUCATIVO DO RIO GRANDE DO

SUL - FASE

O Plano de Empregos, Funções e Salários, instituído pela Lei nº

13.419, de 5 de abril de 2010, é composto pelo Quadro Permanente

de Empregos e pelo Quadro de Empregos e de Funções em Co-

missão. O Quadro Permanente de Empregos conta com categorias

funcionais de nível superior, médio e fundamental, distribuídas em

sete padrões salariais, sendo um de nível superior, um de nível médio

técnico e cinco de nível médio ou fundamental. Cada um dos sete pa-

drões salariais está dividido em quatorze níveis salariais, que alcan-

çam uma amplitude salarial de 88,5%. O nível inicial é provido por em-

pregados aprovados em concurso público e os demais através de

promoções.

O quantitativo de empregos de provimento permanente criados

é de 339 de nível superior, de 99 de nível médio técnico e de 1.866 de

nível médio e fundamental. O Quadro de Empregos e de Funções em

Comissão é composto por 227 empregos e funções em comissão,

destinados ao atendimento dos encargos de direção, de chefia e de

assessoramento, a serem exercidos por pessoas de notória capacita-

ção, de livre contratação ou designação e demissão ou dispensa pelo

Presidente da Entidade.

O Plano prevê a concessão de promoções horizontais no

mês de janeiro de cada ano pelos critérios de antiguidade e mere-

cimento, alternadamente, beneficiando 20% dos empregados in-

tegrantes do Quadro Permanente de Empregos, respeitado o in-

67

Page 66: Carreiras Públicas

terstício mínimo de 730 dias.

Foi criada uma parcela mensal denominada Adicional de Incen-

tivo Sócioeducativo equivalente a 18% (dezoito por cento) do salário

básico percebido pelo empregado detentor do emprego de Agente

Sócioeducador, de concessão restrita aos empregados em efetivo

exercício no emprego.

A instituição do Plano de Carreira na Fundação de Atendimento

Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul, além de atender a uma antiga

reivindicação dos empregados, assegura tratamento isonômico com

os empregados das diversas fundações, respeitadas as peculiarida-

des de cada entidade, e contempla, também, a criação de novos em-

pregos imprescindíveis para atender as demandas de ordem técni-

co-operacional e legal, decorrentes do crescimento vertiginoso da po-

pulação atendida, tanto em número quanto no agravamento do ato in-

fracional praticado, o que exige maior controle e atividades junto à cli-

entela. Tais demandas eram supridas de forma alternativa, ferindo

em muitos momentos a legislação consolidada, por excessiva convo-

cação de empregados para prestação de serviços extraordinários,

acarretando-lhes desgaste físico e emocional, fato insistentemente

apontado pelos órgãos legais fiscalizadores.

68

Page 67: Carreiras Públicas

FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA

DO RIO GRANDE DO SUL - FZB

O Plano de Empregos, Funções e Salários, instituído pela Lei nº

13.420, de 5 de abril de 2010, é composto pelo Quadro Permanente

de Empregos e pelo Quadro de Empregos e de Funções em Comis-

são. O Quadro Permanente de Empregos conta com categorias funci-

onais de nível superior, médio e fundamental, distribuídas em quatro

padrões salariais, sendo um de nível superior, um de nível médio téc-

nico e dois de nível médio ou fundamental. Cada um dos quatro pa-

drões salariais está dividido em quatorze níveis salariais, que alcan-

çam uma amplitude salarial de 88,5%. O nível inicial é provido por em-

pregados aprovados em concurso público e os demais através de

promoções.

O quantitativo de empregos de provimento permanente criados

é de 79 de nível superior, de 51 de nível médio técnico e de 188 de ní-

vel médio e fundamental. O Quadro de Empregos e de Funções em

Comissão é composto por 63 empregos e funções em comissão, des-

tinados ao atendimento dos encargos de direção, de chefia e de as-

sessoramento, a serem exercidos por pessoas de notória capacita-

ção, de livre contratação ou designação e demissão ou dispensa pelo

Presidente da Entidade.

O Plano prevê a concessão de promoções horizontais no mês

de janeiro de cada ano pelos critérios de antiguidade e merecimento,

alternadamente, beneficiando 20% dos empregados integrantes do

Quadro Permanente de Empregos, respeitado o interstício mínimo de

730 dias.

69

Page 68: Carreiras Públicas

Foi criada uma parcela mensal denominada "Incentivo Acadê-

mico", aos empregados integrantes da categoria funcional de Técnico

de Nível Superior, com carga horária semanal de 40 horas, possuido-

res de titulação em nível de pós-graduação, sendo 12% para detento-

res de título de "Mestre" e 17% para detentores de título de "Doutor",

de forma não cumulativa.

A instituição do Plano de Carreira na Fundação Zoobotânica do

Rio Grande do Sul, além de atender a uma antiga reivindicação dos

empregados, assegura tratamento isonômico com os empregados

das diversas fundações, respeitadas as peculiaridades de cada enti-

dade e contempla, também, a criação de novos empregos imprescin-

díveis para atender as demandas de ordem técnico-operacional e le-

gal. Estes empregos vinham até então sendo supridos de forma alter-

nativa, ferindo em muitos momentos a legislação consolidada, por ex-

cessiva convocação de empregados para prestação de serviços ex-

traordinários, acarretando-lhes desgaste físico e emocional, além da

utilização de mão-de-obra terceirizada, fato insistentemente aponta-

do pelos órgãos legais fiscalizadores.

FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO E

AÇÃO SOCIAL - FGTAS

O Plano de Empregos, Funções e Salários, instituído pela Lei nº

13.443, de 5 de abril de 2010, é composto pelo Quadro Permanente

de Empregos e pelo Quadro de Empregos e de Funções em Comis-

são. O Quadro Permanente de Empregos conta com categorias funci-

onais de nível superior, médio e fundamental, distribuídas em quatro

padrões salariais, sendo um de nível superior, um de nível médio téc-

70

Page 69: Carreiras Públicas

nico e dois de nível médio ou fundamental. Cada um dos quatro pa-

drões salariais está dividido em quatorze níveis salariais, que alcan-

çam uma amplitude salarial de 88,5%. O nível inicial é provido por em-

pregados aprovados em concurso público e os demais através de

promoções.

O quantitativo de empregos de provimento permanente criado é

de 141 de nível superior, 18 de nível médio técnico e de 469 de nível

médio e fundamental. O Quadro de Empregos e de Funções em Co-

missão é composto por 116 empregos e funções em comissão, desti-

nados ao atendimento dos encargos de direção, de chefia e de asses-

soramento, a serem exercidos por pessoas de notória capacitação,

de livre contratação ou designação e demissão ou dispensa pelo

Presidente da Entidade.

O Plano prevê a concessão de promoções horizontais no mês

de janeiro de cada ano pelos critérios de antiguidade e merecimento,

alternadamente, beneficiando 20% dos empregados integrantes do

Quadro Permanente de Empregos, respeitado o interstício mínimo de

730 dias.

A instituição do Plano de Carreira na Fundação Gaúcha do Tra-

balho e Ação Social, além de atender a uma antiga reivindicação dos

empregados, assegura tratamento isonômico com os empregados

das diversas fundações, respeitadas as peculiaridades de cada enti-

dade e contempla, também, a criação de novos empregos, imprescin-

díveis para atender as demandas de ordem técnico-operacional e le-

gal, até então supridos pela utilização de mão-de-obra terceirizada,

fato insistentemente apontado pelos órgãos legais fiscalizadores.

71

Page 70: Carreiras Públicas

REFORÇO DE PROVENTOS

Face ao expressivo número de empregados já aposentados ou

em condições legais de se aposentarem, filiados ao Regime Geral de

Previdência Social - RGPS, detentores de empregos nas fundações

de direito privado e desestimulados a gozarem deste benefício, devi-

do ao grande desequilíbrio financeiro entre o valor do benefício decor-

rente da efetiva aposentadoria e o valor remuneratório percebido nas

entidades, o Governo do Estado, por intermédio da Lei nº 13.437, de 5

de abril de 2010, concedeu Reforço de Proventos aos empregados

das fundações de direito privado instituídas e/ou mantidas pelo Poder

Público Estadual, filiados ao Regime Geral de Previdência Social -

RGPS, nas seguintes condições:

● O valor do Reforço de Proventos a ser pago pelo Tesouro do

Estado corresponderá à aplicação do coeficiente de 0,8 sobre a

diferença apurada entre a remuneração do empregado na data

de seu desligamento e o valor do benefício de aposentadoria do

empregado no RGPS;

● O Reforço de Proventos será concedido aos empregados das

fundações de direito privado instituídas e/ou mantidas pelo Po-

der Público Estadual, que atendam aos seguintes requisitos: te-

nham sido admitidos no serviço público, em qualquer entidade

ou esfera de governo, até a data de 5 de outubro de 1983; apre-

sentem comprovante de concessão de benefício de aposenta-

doria no RGPS; formalizem pedido de desligamento do empre-

go ou contrato de trabalho que mantenham com a fundação; re-

queiram, por escrito, a concessão do Reforço de Proventos,

dentro do prazo estipulado na Lei, ao dirigente da entidade com

72

Page 71: Carreiras Públicas

a qual mantenham vínculo empregatício ou contrato de

trabalho.

Em síntese, o objetivo da concessão do Reforço de Proventos

é estimular a aposentadoria dos empregados, para possibilitar a reno-

vação da força de trabalho nas fundações de direito privado, ao mes-

mo tempo em que constitui um reconhecimento do Governo pela con-

tribuição desses servidores na consolidação das instituições em que

atuam.

OUTROS PODERES,

MINISTÉRIO PÚBLICO E

DEFENSORIA PÚBLICA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

A Lei nº 11.894, de 14 de fevereiro de 2003, com a redação

dada pela Lei nº 12.739, de 3 de julho de 2007, fixou o subsídio

mensal dos Deputados Estaduais, a partir de 1º de junho de 2007,

em R$ 11.564,76. Esta Lei recompôs parcialmente as perdas infla-

cionárias nos subsídios dos parlamentares estaduais, no último

quadriênio à época. Esta recomposição foi de 21,22%, represen-

tando 70% do subsídio do legislador federal, ficando 5% abaixo do

limite máximo dos 75% previstos na legislação. Foi desconsidera-

73

Page 72: Carreiras Públicas

da, também, a retroatividade aplicada em nível federal, tendo o

subsídio sido fixado a partir de 1º de junho de 2007.

TRIBUNAL DE CONTAS

DO ESTADO

A Lei nº 13.257, de 9 de outubro de 2009, fixou o subsídio men-

sal para os membros ativos, inativos e pensionistas dos Membros do

Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul e do Ministério

Público Especial junto ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Gran-

de do Sul, decorrente de imposição constitucional - limitado a 90,25%

do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal

Federal -, em R$ 22.111,25, a partir de 1º de março de 2009.

A Lei nº 13.409, de 5 de abril de 2010, reajustou o subsídio men-

sal dos Conselheiros e Auditores Substitutos de Conselheiro do Tri-

bunal de Contas do Estado, bem como do Procurador e Adjuntos de

Procurador do Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas

do Estado, em 5%, a partir de 1º de setembro de 2009, corresponden-

do a R$ 23.216,81, e em 3,88%, a partir de 1º de fevereiro de 2010,

correspondendo a R$ 24.117,62, objetivando a recuperação da perda

do poder aquisitivo da moeda.

74

Page 73: Carreiras Públicas

MAGISTRATURA

A Lei nº 12.910, de 11 de março de 2008, instituiu o subsídio

dos Magistrados ativos, inativos e pensionistas dos Magistrados do

Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul, decorrente de im-

posição constitucional. Desta forma, o subsídio mensal dos Desem-

bargadores do Tribunal de Justiça e dos Juízes do Tribunal Militar do

Estado do Rio Grande do Sul - limitado a 90,25% do subsídio mensal,

em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal -, foi fixado

em R$ 22.111,25, a partir de 1º de março de 2009.

A Lei nº 13.408, de 5 de abril de 2010, reajustou o subsídio

mensal dos Membros do Poder Judiciário do Estado do Rio Grande

do Sul, bem como dos inativos e pensionistas de Magistrados do

Poder Judiciário Estadual, conforme preceitua o inciso XI do artigo

37 da Constituição Federal. Desta forma, o subsídio mensal dos

Membros do Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul, fi-

cou reajustado em 5%, a partir de 1.º de setembro de 2009, corres-

pondendo a R$ 23.216,81, e em 3,88%, a partir de 1.º de fevereiro

de 2010, correspondendo a R$ 24.117,62.

MINISTÉRIO

PÚBLICO

A Lei nº 12.911, de 11 de março de 2008, instituiu o subsídio

aos membros ativos, inativos e pensionistas do Ministério Público do

Estado do Rio Grande do Sul, decorrente de imposição constitucio-

nal. Assim, o subsídio mensal dos membros do Ministério Público do

Estado do Rio Grande do Sul - limitado a 90,25% do subsídio mensal,

75

Page 74: Carreiras Públicas

em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal -, foi fixado

em R$ 22.111,25 a partir de 1º de março de 2009.

A Lei nº 13.407, de 5 de abril de 2010, reajustou o subsídio men-

sal dos Membros ativos, inativos e pensionistas do Ministério Público

do Estado do Rio Grande do Sul, em conformidade com o art. 37, inci-

so XI, da Constituição Federal, em 5% a partir de 1º de setembro de

2009, correspondendo a R$ 23.216,81 e em 3,88%, a partir de 1º de

fevereiro de 2010, correspondendo a R$ 24.117,62, objetivando a re-

cuperação da perda do poder aquisitivo da moeda.

DEFENSORIA

PÚBLICA

A Lei nº 13.301, de 1º de dezembro de 2009, adequou a forma

de remuneração dos Defensores Públicos do Estado do Rio Grande

do Sul às disposições constitucionais, instituindo o subsídio como for-

ma de remuneração. Desta forma, o subsídio mensal dos Defensores

Públicos do Estado da classe especial foi fixado, a partir de 1° de mar-

ço de 2010, em R$ 19.900,12 e, a partir de 1° de março de 2011, em

R$ 22.111,25.

A Lei Complementar nº 13.398, de 29 de março de 2010, teve o

objetivo de cumprir disposição expressa no art. 2º da Lei nº

13.301/2009, que fixou o subsídio mensal dos Defensores Públicos.

Ocorre que o Estatuto dos Defensores Públicos - Lei Complementar

nº 11.795, de 22 de maio de 2002 - previa em seu artigo 55 a diferen-

ça remuneratória de 5% entre as classes da carreira de Defensor Pú-

blico, o que, após a aprovação do sistema de remuneração por subsí-

dio mostrou-se incabível, sendo impositivo aumentar essa diferença

76

Page 75: Carreiras Públicas

para 10% entre as classes da carreira, a partir do fixado para o Defen-

sor Público do Estado de classe especial, não podendo exceder o

subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Fe-

deral, nos termos do disposto nos arts. 37, inciso XI; 39, § 4.º; e 135,

todos da Constituição Federal, observada a estruturação definida

pelo § 1.º do art. 2.º da Lei Complementar nº 11.795/2002.

77

Page 76: Carreiras Públicas
Page 77: Carreiras Públicas

79

ConsideraçõesFinais

Page 78: Carreiras Públicas

Por fim, estão relacionadas, a seguir, as carreiras dos servido-

res públicos estaduais da Administração Direta e Indireta do Poder

Executivo Estadual, cujas estruturas foram reorganizadas pelo Go-

verno do Estado na atual Administração.

ADMINISTRAÇÃO DIRETA

Quadro dos Funcionários da Saúde Pública

● Este Quadro foi reestruturado pela Lei nº 13.417, de 5 de abril

de 2010, passando a chamar-se Quadro de Pessoal da Saúde

do Estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de valorizar o

servidor e prestar um atendimento de melhor qualidade para a

população gaúcha.

Quadro Especial dos Servidores Penitenciários doEstado do Rio Grande do Sul - SUSEPE

● Este Quadro foi reorganizado pela Lei Complementar nº

13.259, de 20 de outubro de 2009, que promoveu diversas alte-

rações nas carreiras, fruto de negociações mantidas entre os

sindicatos das categorias penitenciárias e a Administração

Estadual, com o objetivo de valorizar os servidores penitenciá-

rios e prestar um atendimento de melhor qualidade para a po-

pulação carcerária, a fim de auxiliar na promoção da seguran-

ça pública.

80

Page 79: Carreiras Públicas

Quadro dos Técnicos em Planejamento

● Os cargos deste Quadro foram colocados em extinção e foi

instituída a Carreira de Analista de Planejamento, Orçamento e

Gestão, pela Lei nº 13.421, de 5 de abril de 2010, com o objetivo

de valorizar e profissionalizar os servidores desta carreira,

como também e, fundamentalmente, qualificar a prestação de

serviços do Estado à sociedade.

Quadro dos Procuradores do Estado

● Para a implementação plena do Sistema da Advocacia-Geral

de Estado, fez-se necessário um reforço na estrutura adminis-

trativa da Procuradoria-Geral do Estado, com a criação de car-

gos de Procuradores e alteração da estrutura remuneratória.

Foram criados cargos na carreira de Procurador do Estado,

bem como Gratificações de Agente Setorial - GAS e gratifica-

ções de direção e assessoramento.

Quadro de Pessoal da Procuradoria-Geral do Estado

● Cargos deste Quadro foram colocados em extinção e foi insti-

tuído o Plano de Carreira e de Vencimentos do Quadro de Pes-

soal dos Serviços Auxiliares da Procuradoria-Geral do Estado

do Rio Grande do Sul, pela Lei nº 13.380, de 20 de janeiro de

2010, com o objetivo de tornar mais eficiente a prestação dos

serviços públicos, mediante um melhor desempenho das fun-

ções de apoio técnico e administrativo, imprescindíveis às ativi-

dades institucionais da PGE.

81

Page 80: Carreiras Públicas

Quadro de Pessoal Efetivo da Secretaria da Fazenda

● Todas as carreiras da Secretaria da Fazenda foram alteradas

na atual Administração. A exigência de escolaridade para o in-

gresso na carreira de nível médio de Técnico do Tesouro do

Estado passou a ser nível superior, de acordo com a Lei nº

13.314, de 18 de dezembro de 2009. A carreira de nível superi-

or de Agente Fiscal do Tesouro do Estado, criada pela Lei Com-

plementar nº 10.933, de 15 de janeiro de 1997, passou a com-

por o Quadro de Pessoal Efetivo de Agente Fiscal do Tesouro

do Estado, vinculado à Receita Estadual, conforme estabeleci-

do na Lei Complementar nº 13.452, de 26 de abril de 2010. Fo-

ram transformados 170 cargos de Agente Fiscal do Tesouro do

Estado para compor a carreira de Auditor do Estado, integrante

do Quadro de Pessoal da Contadoria e Auditoria-Geral do Esta-

do, criado pela Lei Complementar nº 13.451, de 26 de abril de

2010. Foram transformados 100 cargos de Agente Fiscal do Te-

souro do Estado para compor a carreira de Auditor de Finanças

do Estado, vinculada ao Tesouro do Estado, de acordo com a

Lei Complementar nº 13.453, de 26 de abril de 2010. As três

Leis Orgânicas são pioneiras em termos de administração pú-

blica estadual no país, colocando o Estado na vanguarda quan-

to à estruturação fazendária para uma boa gestão, essencial

para a manutenção do equilíbrio fiscal.

Quadros dos Técnicos de Nível Médio

● Criado pela Lei nº 13.422, de 5 de abril de 2010, e composto

por cargos de provimento efetivo, organizados nas carreiras de

Técnico Agrícola e de Técnico em Viticultura e Enologia, vincu-

82

Page 81: Carreiras Públicas

lados à Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos

do Estado do Rio Grande do Sul. Este Quadro foi composto pe-

los servidores ocupantes dos cargos de provimento efetivo de

Técnico Agrícola e de Técnico em Viticultura e Enologia do Qua-

dro Geral dos Funcionários Públicos do Estado, mediante redis-

tribuição, nos termos do art. 60 da Lei Complementar nº 10.098,

de 3 de fevereiro de 1994. A criação deste novo Quadro visou à

modernização dos serviços prestados pelo Estado, especial-

mente no apoio às atividades desenvolvidas na agricultura e na

pecuária.

● Plano de Classificação de Cargos e Vencimentos do Institu-

to-Geral de Perícias - IGP: a Lei nº 13.483, de 01 de julho de

2010, reorganizou o Quadro de Cargos de Provimento Efetivo

do Plano de Classificação de Cargos e Vencimentos do Institu-

to-Geral de Perícias e concedeu gratificações para os servido-

res. Esta Lei teve por objetivo valorizar o corpo técnico e perici-

al, incentivando-o, também, a alcançar as metas estabelecidas

para o Órgão, a fim de melhor atender à população gaúcha.

83

Page 82: Carreiras Públicas

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

Autarquias e Fundações de Direito Público

Quadro de Pessoal Efetivo do Departamento Autônomode Estradas de Rodagem - DAER

● Este Quadro foi reorganizado pela Lei nº 13.416, de 5 de abril

de 2010, que promoveu diversas alterações nas carreiras obje-

tivando a valorização dos servidores da Autarquia, consideran-

do a relevância das atividades realizadas, aliada ao alto grau de

responsabilidade técnica, e, também, como medida comple-

mentar à reestruturação do próprio Órgão, na busca do aprimo-

ramento de suas ações, da racionalização burocrática e da oti-

mização de seus recursos para atender aos anseios da socie-

dade gaúcha.

Quadro de Pessoal do Instituto de Previdência do Estadodo Rio Grande do Sul - IPERGS

● Este Quadro foi reorganizado pela Lei nº 13.415, de 5 de abril

de 2010, que promoveu diversas alterações nas carreiras que o

compõem, como a criação da carreira de Perito e Auditor Médi-

co, buscando primordialmente adequar seu corpo funcional ao

papel estratégico do IPERGS, como Gestor Único do Regime

Próprio de Previdência Social - RPPS/RS e do Sistema de

Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Rio

Grande do Sul - IPE-SAÚDE, conforme determina o artigo 2º da

84

Page 83: Carreiras Públicas

Lei Estadual nº 12.395, de 15 de dezembro de 2005, bem como

pelo disposto no artigo 26 da mesma Lei.

Quadro dos Cargos de Provimento Efetivo da FundaçãoEstadual de Pesquisa Agropecuária - FEPAGRO

● A estrutura do Quadro foi alterada, tanto para as carreiras de

nível médio, como para as de nível superior, pela Lei nº 13.445,

de 5 de abril de 2010, com o objetivo de valorizar e incentivar a

capacitação dos servidores, como também, e, principalmente,

qualificar o desempenho do agronegócio estadual e nacional.

Plano de Cargos Efetivos do Quadro de Pessoal daAgência Estadual de Regulação dos Serviços PúblicosDelegados do Rio Grande do Sul - AGERGS

● A amplitude da carreira de nível superior foi alterada, com a

criação dos graus "E", "F" e "G" e respectivos cargos, bem

como foram extintos cargos isolados de nível médio, pela Lei nº

13.344, de 4 de janeiro de 2010, com o objetivo de valorizar os

servidores, possibilitando ascensão na carreira, resultando em

melhoria nos serviços prestados à sociedade.

Plano de Cargos Efetivos do Quadro de Pessoal doDepartamento Estadual de Trânsito - DETRAN/RS

● As Leis nºs 13.032, de 3 de setembro de 2008; 13.088, de 12

de dezembro de 2008; e 13.366, de 11 de janeiro de 2010, am-

pliaram o Quadro mediante a criação de novos cargos, bem

como estabeleceram condições em sua estrutura para o atendi-

85

Page 84: Carreiras Públicas

mento de novas atribuições definidas em legislação federal, re-

sultando em ações que visam contribuir para um trânsito segu-

ro.

Fundações de Direito Privado

Quadro de Classificação de Empregos dos empregadosda Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do RioGrande do Sul - FASE

● Este Quadro foi colocado em extinção e foi instituído o Plano

de Empregos, Funções e Salários da Fundação de Atendimen-

to Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul, pela Lei nº 13.419, de

5 de abril de 2010, com o objetivo de atender antiga reivindica-

ção dos empregados e promover a criação de novos empregos

imprescindíveis para atender as demandas de ordem técni-

co-operacional e legal, decorrentes do crescimento vertiginoso

da população atendida.

Quadro de Classificação de Empregos dos empregadosda Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social -FGTAS

● Este Quadro foi colocado em extinção e foi instituído o Plano

de Empregos, Funções e Salários da Fundação Gaúcha do Tra-

balho e Ação Social, pela Lei nº 13.443, de 5 de abril de 2010,

em atendimento a antiga reivindicação dos empregados, bem

como para criar novos empregos, imprescindíveis para atender

as demandas de ordem técnico-operacional e legal, até então

86

Page 85: Carreiras Públicas

supridos pela utilização de mão-de-obra terceirizada, fato insis-

tentemente apontado pelos órgãos legais fiscalizadores.

Quadro de Classificação de Empregos dos empregadosda Fundação de Proteção Especial do Rio Grande do Sul- PROTEÇÃO

● Este Quadro foi colocado em extinção e foi instituído o Plano

de Empregos, Funções e Salários da Fundação de Proteção

Especial do Rio Grande do Sul, pela Lei nº 13.418, de 5 de abril

de 2010, com o objetivo de atender antiga reivindicação dos

empregados e promover a criação de novos empregos impres-

cindíveis para atender demandas de ordem técnico-operacional

e legal.

Quadro Geral de Pessoal da Fundação Zoobotânica doRio Grande do Sul - FZB

● Este Quadro foi colocado em extinção e foi instituído o Plano

de Empregos, Funções e Salários da Fundação Zoobotânica do

Rio Grande do Sul, pela Lei nº 13.420, de 5 de abril de 2010,

com o objetivo de atender antiga reivindicação dos empregados

e promover a criação de novos empregos imprescindíveis para

atender a demandas de ordem técnico-operacional e legal.

87

Page 86: Carreiras Públicas

O Governo do Estado, a partir de 2008, com o ajuste fiscal em

andamento e com o aumento gradativo da arrecadação, retomou as

promoções funcionais dos servidores públicos estaduais da Adminis-

tração Direta, Autarquias e Fundações de direito público, tendo em

vista que muitas se encontravam em atraso. Esta medida valorizou os

servidores, mediante melhoria na sua remuneração e na sua auto-es-

tima e, por outro lado, gerou abertura de vagas nas carreiras, possibi-

litando a abertura de novos concursos públicos e oxigenando os qua-

dros funcionais do Estado.

Dentre as carreiras do funcionalismo público abrangidas pela

regularização das promoções, cabe ressaltar as da Polícia Civil, da

Superintendência dos Serviços Penitenciários - SUSEPE, do Institu-

to-Geral de Perícias - IGP, do Quadro da Saúde, do Quadro Geral dos

Funcionários Públicos do Estado, do Quadro dos Funcionários Técni-

co-Científicos do Estado, dos Técnicos em Planejamento e dos

servidores da Secretaria da Fazenda.

Quanto aos servidores das Fundações de direito privado, o Go-

verno do Estado também encontrou um expressivo número de pro-

moções pendentes de implantação desde 1º de janeiro de 2004. Por

intermédio de integrantes do GAE, o Governo, com o objetivo de dar

cumprimento às disposições compulsórias constantes nos planos de

carreiras aplicáveis aos empregados integrantes dos quadros perma-

nentes de empregos das fundações de direito privado, negociou com

os sindicatos de todas as categorias profissionais representativas de

seus empregados a imediata implantação em folha de pagamento

das promoções em atraso, bem como se comprometeu a regularizar

os processos de promoções previstas nos Planos, retomando as ava-

liações regulares relativas aos períodos vincendos.

88

Page 87: Carreiras Públicas

Por todo o exposto, pode-se afirmar que o Estado passa a contar

com servidores estimulados por carreiras renovadas, com segurança

jurídica e que, com certeza, saberão retribuir à sociedade com atitudes

transparentes e ousadas em favor do bem comum.

89

Page 88: Carreiras Públicas

90

Governo do Estado DO RIO GRANDE DO SULSÉRIE DOCUMENTO - IV

Porto Alegre, novembro de 2010