carreiras espec ficas - magistratura federal 1 - q

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Read online free and download free, Carreiras Específicas - Magistratura Federal 1

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  • Rua Henrique Schaumann, 270, Cerqueira Csar So Paulo SP CEP 05413-909 PABX: (11) 3613 3000 SACJUR: 0800 055 7688 De 2 a 6, das 8:30 s 19:30

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  • ISBN 978-85-02-20186-6

    Magistratura Federal, volume 1 : questes comentadas / estratgias de estudo / coordenadores Flvia Cristina Mourade Andrade, Lucas dos Santos Pavione. So Paulo : Saraiva, 2013. (Col. carreiras especficas).

    Bibliografia.1. Magistratura Federal (Brasil) - Concursos - Exames, questes etc. I. Andrade, Flvia Cristina Moura de. II. Pavione,

    Lucas dos Santos. III. Srie.CDU-347.962( 81)(097.1)

    ndice para catlogo sistemtico:

    1. Concursos : Questes comentadas : Magistratura Federal : Direito : Brasil 347.962(81)(097.1)

    Diretor editorial Luiz Roberto CuriaGerente de produo editorial Lgia Alves

    Editor Roberto NavarroAssistente editorial Thiago Fraga

    Produtora editorial Clarissa Boraschi MariaPreparao de originais Ana Cristina Garcia, Maria Izabel Barreiros Bitencourt Bressan e Raquel

    Benchimol RosenthalProjeto grfico Mnica Landi

    Arte e diagramao Cristina Aparecida Agudo de Freitas e Muiraquit Editorao GrficaReviso de Provas Rita de Cssia Queiroz Gorgati e Wilson Imoto

    Servios editoriais Elaine Cristina da Silva e Vinicius Asevedo VieiraCapa Guilherme P. Pinto

    Produo grfica Marli RampimProduo eletrnica Know-how Editorial

    Data de fechamento da edio: 19-12-2012

    Dvidas?

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  • Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem aprvia autorizao da Editora Saraiva. A violao dos direitos autorais crime estabelecido

    na Lei n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

  • Coordenadores

    Flvia Cristina Moura de AndradeProcuradora Federal. Professora exclusiva da Rede de Ensino LFG (telepresencial),

    ministrando aulas de Direito Administrativo e Direito Previdencirio nos CursosPreparatrios para Concursos Pblicos e Exame da OAB. Coordenadora dos Cursos dePs-Graduao em Direito Previdencirio da Faculdade Baiana de Direito. Coordenadorae autora de diversos livros jurdicos.

    Site: www.professoraflavia.com.brTwitter: @profaflaviaFacebook: ProfessoraFlaviaCristina

    Lucas dos Santos PavioneProcurador Federal. Coordenador e coautor de diversas obras jurdicas voltadas

    preparao para concursos pblicos.Twitter: @lucaspavione

    Autores deste volume:Carlos Alberto Antonio JuniorDiego Pereira MachadoFernando Henrique Corra CustodioGeraldo de Azevedo Maia NetoJlio Csar FranceschetMaria Vitria Maziteli de OliveiraRaphael Jos de Oliveira Silva

  • SUMRIO

    Apresentao

    Direito Administrativo1. ADMINISTRAO PBLICA COMO FUNO DO ESTADO2. ADMINISTRAO DIRETA (RGOS PBLICOS: CONCEITO,ESPCIES EREGIME)3. DIREITO ADMINISTRATIVO REGULADOR4. INTERVENO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA5. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO E DOS PRESTADORES DE SERVIOSPBLICOS6. SERVIDORES PBLICOS. REGIME CONSTITUCIONAL7. ATO ADMINISTRATIVO8. PROCESSO ADMINISTRATIVO.FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS9. CONTROLE DA ADMINISTRAO PBLICA10. LICITAES11. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS12. PODERES DA ADMINISTRAO13. BENS PBLICOS. DOMNIO PBLICO. CONCEITO14. SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAOBibliografia

    Direito Civil1. LEI DE INTRODUO S NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO2. DAS PESSOAS3. BENS4. FATOS JURDICOS5. OBRIGAES6. CONTRATOS EM GERAL7. CONTRATOS EM ESPCIE8. ATOS UNILATERAIS9. RESPONSABILIDADE CIVIL10. POSSE11. DIREITOS REAIS12. DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA

  • 13. FAMLIA E SUCESSES14. OUTROS TEMASBibliografia

    Direito Empresarial1. TEORIA GERAL DO DIREITO DE EMPRESA2. DIREITO SOCIETRIO3. TTULOS DE CRDITO4. CONTRATOS EMPRESARIAIS5. RECUPERAO DE EMPRESAS E DIREITO FALIMENTAR6. PROPRIEDADE INDUSTRIAL7. DIREITO CONCORRENCIAL8. DIREITO MARTIMOBibliografia

    Direito Do Consumidor1.CONSUMIDORBibliografia

    Direito Internacional1. A ORDEM JURDICA INTERNACIONAL E AS ORDENS INTERNAS12. FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL3. PERSONALIDADE INTERNACIONAL4. RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL5. IMUNIDADE JURISDIO6. NACIONALIDADE7. CONDIO JURDICA DO ESTRANGEIRO8. PROTEO INTERNACIONAL AOS DIREITOS HUMANOS9. SOLUO PACFICA DE CONTROVRSIAS INTERNACIONAIS10. DOMNIO PBLICO INTERNACIONAL11. DIREITO INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE12. DIREITO INTERNACIONAL DO TRABALHO13. DIREITO PENAL INTERNACIONAL14. DIREITO DA INTEGRAO E DIREITO COMUNITRIO15. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO16. CARTAS ROGATRIAS E SENTENAS ESTRANGEIRAS17. CONTRATOS INTERNACIONAIS18. PRESTAO TRANSNACIONAL DE ALIMENTOS19. COMPETNCIA DA JUSTIA FEDERAL

  • Bibliografia

    Direito Ambiental1. DIREITO AMBIENTALBibliografia

    Processo Civil1. JURISDIO2. COMPETNCIA3. SUJEITOS DO PROCESSO4. FASE POSTULATRIA5. RECURSOS6. EXECUes7. EXECUES EM ESPCIE8. TUTELAS JURDICA, JURISDICIONAL, PROCESSUAL, SATISFATIVA, INICIAL,FINAL E DE URGNCIA9. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS10. JUIZADOS ESPECIAIS CVEISBibliografia

  • Apresentao

    com imensa satisfao que apresentamos esta obra, a qual, temos certeza, ser degrande valia queles que se preparam para os concursos de ingresso ao cargo de juizfederal substituto da Magistratura Federal.No se trata de mais uma coletnea de questes com gabaritos. Buscamos trazer para oleitor o estudo mais completo possvel das provas aplicadas nos ltimos anos nosconcursos promovidos pelos Tribunais Regionais Federais.O livro apresenta as matrias divididas em temas e subtemas, com gabarito e comentriosao final de cada captulo elaborados por especialistas nos respectivos assuntos. Alm docomentrio referente alternativa correta, os autores trazem, a cada questo, umainformao extra, chamando a ateno do candidato a respeito de algum(uns) aspecto(s)relevante(s) referente(s) ao tema tratado naquela questo.Ao final dos comentrios de cada captulo ou matria, so apresentados vrios tpicos desuma importncia para a preparao de nossos leitores, quais sejam:

    Raio-XO autor apresenta um retrato de como o tema analisado foi exigido nos concursos daMagistratura Federal, os percentuais de incidncia, a principal base da qual so retiradasas questes doutrina, legislao ou jurisprudncia e quais itens do editalcorrespondem quele assunto.Com isso, o candidato poder elaborar sua estratgia de estudos, de modo a obter ummelhor aproveitamento de seu tempo.

    IMPORTANTE SABERReservamos este espao para que o autor de cada disciplina traga ao leitor informaesdoutrinrias importantes para o estudo, alm de quadros e esquemas teis para amemorizao do tema discutido.

    smulas e legislao pertinentesEm provas de 1 fase, o conhecimento da chamada lei seca e de smulas importantssimo. O autor nesta seo elenca as principais leis e smulas que o candidatodeve se atentar.

    JURISPRUDNCIA SELECIONADANos ltimos anos, observa-se que os concursos tm exigido dos candidatos relativoconhecimento dos principais julgamentos proferidos pelo STF e pelo STJ. Por essa razo,dedicamos este espao para que o candidato possa se inteirar do que tem sido decidido

  • por esses Tribunais Superiores, o que certamente enriquecer ainda mais o estudo dotema.

    BIBLIOGRAFIA RECOMENDADAEmbora bastante completa, a obra no tem a pretenso de substituir os livros doutrinrios.Esta seo vem ao final de cada uma das disciplinas e subdividida em: BIBLIOGRAFIABSICA, na qual esto indicadas obras para a primeira fase; e BIBLIOGRAFIACOMPLEMENTAR, em que h indicaes de leituras complementares, at mesmo parauma eventual segunda fase do concurso.Portanto, acreditamos que esta obra se constituir em uma importante ferramentacolocada disposio dos futuros magistrados. Aproveite-a!E, claro: sugestes e crticas so sempre bem-vindas! Ajude-nos a aprimorar ainda maiseste livro.

    Bons estudos!Flvia Cristina Moura de Andrade

    Site: www.professoraflavia.com.brTwitter: @profaflavia

    Lucas dos Santos PavioneTwitter: @lucaspavione

    http://www.professoraflavia.com.br/
  • DIREITO ADMINISTRATIVO

    MARIA VITRIA MAZITELI DE OLIVEIRA

    Graduada pela Pontifcia Universidade Catlica de Campinas (PUC Campinas). Especialista em Direito Administrativo Econmico pelaUniversidade Mackenzie. Juza Federal Seo Judiciria de So Paulo. Ex-Procuradora do Municpio de Santana de Parnaba. Ex-Procuradora Federal.

    RAPHAEL JOS DE OLIVEIRA SILVA

    Juiz Federal Seo Judiciria de So Paulo. Mestrando em Direito Constitucional pela Universidade de So Paulo. Especializado em DireitoConstitucional Aplicado pela Escola de Magistrados do Tribunal Regional Federal da 3 Regio. Ps-graduado em Direitos Fundamentais peloIBCCrim em parceria com o Centro de Direitos Humanos da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Procurador Federal entreagosto de 2002 e julho de 2005. Graduado em Direito pela Universidade de So Paulo.

  • 1. ADMINISTRAO PBLICA COMO FUNO DOESTADO

    I. PRINCPIOS REGENTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO CONSTITUCIONAIS E LEGAIS,EXPLCITOS E IMPLCITOS

    1. (TRF 1 Regio 2005) O princpio da segurana jurdica, na Administrao:a) no impede aplicao retroativa de lei de ordem pblica, porque no h direito adquirido em face de

    norma dessa natureza;b) no veda aplicao retroativa de nova interpretao da lei;c) protege, alm do direito adquirido, expectativas legtimas e situaes em vias de constituio sob o

    plio de promessas firmes do Estado;d) conforme a jurisprudncia, assegura direito adquirido ao regime jurdico em que o funcionrio

    ingressou no servio pblico.

    2 . (TRF 3 Regio 2011) Acerca dos rgos e entidades que integram a administrao pblicafederal e dos princpios que informam o direito administrativo, assinale a opo correta.a) Como pessoas jurdicas criadas por lei, dotadas de capacidade de autodeterminao e de patrimnio

    e receita prprios, as autarquias no se submetem a controle administrativo ou legislativo, mas apenasa controle jurisdicional, tanto pelas vias comuns quanto pelas especiais.

    b) As empresas pblicas, criadas por lei especfica, destinam-se realizao de atividades tpicas daadministrao que requeiram, para seu melhor funcionamento, gesto administrativa e financeiradescentralizada.

    c) Apenas os rgos situados no pice da pirmide estatal, como os Poderes Legislativo, Executivo eJudicirio, dispem de personalidade jurdica prpria e plena capacidade processual.

    d) As entidades da administrao indireta regem-se primordialmente por normas de direito privado,subordinando-se ao ministrio em cuja rea de competncia estiver enquadrada sua principalatividade.

    e) Afora os princpios constantes do texto constitucional, a legislao determina, de forma expressa,que a administrao pblica federal obedea, entre outros, aos princpios da motivao,razoabilidade, ampla defesa e segurana jurdica.

    3. (TRF 1 Regio 2011) No que se refere aos princpios que regem o direito administrativo, asorganizaes sociais e as organizaes da sociedade civil de interesse pblico, assinale a opocorreta.a) As instituies hospitalares no gratuitas e as cooperativas so aptas para o recebimento da

    qualificao de organizaes da sociedade civil de interesse pblico, nos termos da legislao deregncia.

    b) Na sindicncia, ainda que instaurada com carter meramente investigatrio ou preparatrio de umprocesso administrativo disciplinar, indispensvel a observncia dos princpios do contraditrio eda ampla defesa.

    c) Segundo o STJ, na hiptese em que o particular ocupa irregularmente rea pblica, no cabvel o

  • pagamento de indenizao por acesses ou benfeitorias, tampouco o direito de reteno, sob pena deofensa aos princpios da indisponibilidade do patrimnio pblico e da supremacia do interessepblico.

    d) O contrato de gesto, instituto oriundo da reforma administrativa, recebeu tratamento diferenciado noordenamento jurdico nacional, a exemplo da Lei de Licitaes e Contratos, que inseriu a celebraode contratos de prestao de servios com as organizaes sociais, qualificadas no mbito dasrespectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gesto como hiptese deinexigibilidade de licitao.

    e) O auxlio que o poder pblico presta organizao social no pode abranger a destinao derecursos oramentrios e bens necessrios ao cumprimento do contrato de gesto, ainda que mediantepermisso de uso.

    II. A REFORMA DO ESTADO BRASILEIRO

    4. (TRF 5 Regio 2009) No meio, entre as atividades exclusivas de Estado e a produo de bens eservios para o mercado, temos hoje, dentro do Estado, uma srie de atividades na rea social ecientfica que no lhe so exclusivas, que no envolvem poder de Estado. Incluem-se nessa categoria asescolas, as universidades, os hospitais etc. Se o seu financiamento em grandes propores umaatividade exclusiva do Estado, sua execuo definitivamente no o . Pelo contrrio, estas soatividades competitivas, que podem ser controladas no apenas pela administrao pblica gerencial,mas tambm e principalmente pelo controle social e pela constituio de quase mercados. Nessestermos, no h razo para que essas atividades permaneam dentro do Estado, sejam monoplio estatal.Mas tambm no se justifica que sejam privadas. Luiz Carlos Bresser Pereira. A Reforma do Estadodos anos 90: lgica e mecanismos de controle. Lua Nova Revista de Cultura Poltica, n. 45, 1998,p. 49-95 com adaptaes.Com relao reforma do Estado brasileiro e ao tema abordado no texto acima, assinale a opocorreta.a) No contexto da reforma do Estado referida no texto, publicizao surge como sinnimo de

    privatizao. Ambas partem da dicotomia entre o pblico e o privado e servem para caracterizar aalterao da forma de gesto pblica em que se impe a transferncia de vrios bens e atividades doEstado (ambiente pblico) para a propriedade privada (ambiente privado).

    b) A administrao pblica gerencial, ou nova administrao pblica, tem como uma de suascaractersticas principais a diminuio do papel da burocracia estatal, colocando em segundo plano otrabalho tcnico na formulao e gesto das polticas pblicas.

    c) As leis que dispem sobre a qualificao de entidades como organizaes sociais e como OSCIPsso instrumentos importantes da reforma do Estado brasileiro realizada na segunda metade da dcadapassada. Essas leis, contudo, no preveem formas de controle dessas entidades, que, apesar decaracterizarem-se como privadas, so fomentadas pelo poder pblico.

    d) A administrao pblica gerencial deve dar nfase na avaliao que tem como parmetro osresultados obtidos, especialmente quando se trata da prestao de servios sociais e cientficos. Poressa razo, tanto a lei que trata das organizaes sociais quanto a que trata das OSCIPs preveem queo instrumento firmado entre o poder pblico e as entidades qualificadas contrato de gesto e termode parceria, respectivamente deve estipular as metas e os resultados a serem atingidos e os critriosobjetivos de avaliao e desempenho.

    e) O plenrio do STF deferiu medida cautelar em ao direta de inconstitucionalidade para suspender a

  • eficcia do dispositivo legal que diz ser dispensvel a licitao para a celebrao de contratos deprestao de servios com as organizaes sociais, qualificadas no mbito das respectivas esferas degoverno, para atividades contempladas no contrato de gesto.

    III. INTERVENO DO ESTADO NA ECONOMIA

    5. (TRF 5 Regio 2006 questo adaptada) Julgue o item seguinte, com respeito administraopblica e interveno do Estado na economia.O monoplio uma forma de interveno do Estado na economia e est previsto expressamente, naConstituio Federal, para a hiptese de transporte de petrleo, de seus derivados e de gs natural, deorigem nacional ou estrangeira, por meio de conduto.

    IV. OS QUATRO SETORES E SUAS CARACTERSTICAS. A PUBLICIZAO DOTERCEIRO SETOR (AS ORGANIZAES SOCIAIS E AS OSCIPS)

    6. (TRF 1 Regio 2009) Assinale a opo correta, tendo como referncia as Leis n. 9.637/1998 e n.9.790/1999.a) Uma cooperativa qualificada como OSCIP poder colaborar com o poder pblico para o fomento e a

    execuo das atividades de interesse pblico, aps a realizao de consulta ao conselho de polticaspblicas da respectiva rea de atuao.

    b) vedada a participao de servidores pblicos na composio do conselho de OSCIP.c) A desqualificao de entidade como organizao social depender de regular processo judicial

    movido pelo MP, com base no descumprimento das disposies contidas no contrato de gesto.d) A perda da qualificao de OSCIP ocorre a pedido ou mediante deciso proferida em processo

    administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do MP, no qual sero assegurados a ampla defesae o contraditrio.

    e) Entende-se por contrato de gesto o instrumento firmado entre o poder pblico e a entidadequalificada como OSCIP, com vistas formao de parceria entre as partes para fomento e execuode atividades relativas ao ensino, pesquisa cientfica, ao desenvolvimento tecnolgico, proteo epreservao do meio ambiente, cultura e sade.

    7. (TRF 2 Regio 2009) Assinale a opo correta a respeito dos princpios regentes do direitoadministrativo e da reforma do Estado.a) De acordo com o princpio da publicidade, os atos administrativos devem ser publicados

    necessariamente no Dirio Oficial, no tendo validade a mera publicao em boletins internos dasreparties pblicas.

    b) De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Estado, o segundo setor compe o chamado ncleoestratgico, que define as leis e as polticas pblicas e cobra o seu cumprimento.

    c) De acordo com um modelo de administrao gerencial, no setor das atividades exclusivas e deservios competitivos ou no exclusivos, o foco a nfase no controle prvio da atividade, de formaa no permitir condutas no previstas em lei.

    d) As organizaes sociais podero receber recursos pblicos mediante transferncias voluntrias, masno podero receber recursos diretamente do oramento.

    e) No podem ser qualificadas como OSCIPs as organizaes sociais.

    (TRF 5 Regio 2007) Acerca dos quatro setores da economia, os quais repercutem na atuao da

  • administrao pblica, julgue os itens subsequentes.

    8. A ao de controle do Estado sobre organizaes do terceiro setor que recebem, utilizam e gerenciamrecursos pblicos est amparada na Constituio Federal. Com o controle estatal, objetiva-se assegurarno apenas a regular aplicao dos recursos pblicos transferidos, mas tambm a observncia dosprincpios da legitimidade e da economicidade na aplicao desses recursos, de forma a preservar obem pblico, a correta identificao dos beneficirios e a minimizao dos custos dos recursosutilizados na consecuo das atividades, sem comprometimento dos padres de qualidade, buscando-se, em suma, a eficincia alocativa do dinheiro pblico.

    9. A qualificao de entidades como organizaes sociais e a celebrao de contratos de gesto tiveramorigem na necessidade de se desburocratizar e otimizar a prestao de servios coletividade, bemcomo de se viabilizarem o fomento e a execuo de atividades relativas s reas especificadas na Lein. 9.637/1998, como ensino, pesquisa cientfica, desenvolvimento tecnolgico, proteo e preservaodo meio ambiente, cultura e sade.

    10. O quarto setor o espao institucional que abriga um conjunto de aes de carter privado,associativo e voluntarista e, em geral, estruturado e voltado para a gerao de bens e servios pblicosde consumo coletivo.

    11. O Estado compe o primeiro setor, ao passo que o mercado configura o segundo setor.

    12. (TRF 5 Regio 2006 questo adaptada) Julgue o item abaixo, com respeito administraopblica e interveno do Estado na Economia.Segundo o plano diretor da reforma administrativa do Estado, o chamado terceiro setor aquele em quea atuao do Estado ocorre de forma simultnea com entidades organizadas da sociedade civil,criando-se um espao pblico, mas no estatal, cuja forma de administrao do tipo burocrtica.

    13. (TRF 5 Regio 2006 questo adaptada) Julgue o item abaixo, com respeito administraopblica e interveno do Estado na Economia.

    As organizaes sociais so entidades privadas, qualificadas como tais por meio de decreto dopresidente da Repblica, que passam a integrar a chamada administrao indireta, visto que podemreceber recursos pblicos e servidores pblicos cedidos da administrao direta.

    14. (TRF 3 Regio 2011) Assinale a opo correta, considerando a execuo de servios pblicospelas organizaes sociais e OSCIPs, em regime de parceria com o poder pblico.a) Os conselhos de administrao das OSCIPs devem obrigatoriamente ser compostos por

    representantes do poder pblico, definidos pelos estatutos das entidades.b) Denomina-se contrato de gesto o instrumento que, passvel de ser firmado entre o poder pblico e

    as OSCIPs, seja destinado formao de vnculo de cooperao para o fomento e a execuo dasatividades de interesse pblico.

    c) O contrato de gesto representa verdadeira cooperao entre as partes no tocante ao interessepblico a ser perseguido, sendo vedada, porm, a contratao direta que, feita com entidadecolaboradora, implique, de algum modo, dispensa de licitao.

    d) O termo de parceria ajuste que somente se consuma aps aprovao do ministro de Estado ou deautoridade supervisora da rea correspondente atividade fomentada.

    e) As organizaes sociais e as OSCIPs detm personalidade jurdica de direito privado e no tm fins

  • lucrativos.

    15. (TRF 2 Regio 2011) Com relao ao terceiro setor e aos princpios que regem o direitoadministrativo, assinale a opo correta.a) As entidades que integram o terceiro setor no se sujeitam a controle de tribunal de contas, dada a

    natureza privada de sua organizao.b) As organizaes sociais so institudas por iniciativa do poder pblico para o desempenho de

    servio pblico de natureza social.c) A doutrina aponta o crescimento do terceiro setor como uma das consequncias da aplicao do

    denominado princpio da subsidiariedade no mbito da administrao pblica.d) Com fundamento no princpio da impessoalidade, a doutrina destaca que, no mbito do processo

    administrativo, a autoridade administrativa no pode invocar o seu prprio impedimento oususpeio, ao contrrio do que ocorre nas aes judiciais.

    e) Aplica-se o princpio da especialidade quando a administrao pblica firma termo de parceria comorganizaes da sociedade civil de interesse pblico, visto que recebe ou pode receber delegaopara a gesto do servio pblico.

    16. (TRF 5 Regio 2011) Entre os setores do Estado, destaca-se o denominado terceiro setor conceito surgido com a reforma do Estado brasileiro , que compreende os servios no exclusivos doEstado e abrange a atuao simultnea do Estado com outras organizaes privadas e no estatais,como as organizaes sociais (OSs) e as organizaes da sociedade civil de interesse pblico(OSCIPs). Considerando as semelhanas e as diferenas entre essas duas entidades paraestatais,assinale a opo correta.a) O poder pblico deve celebrar contrato de gesto com a OSCIP.b) O processo de habilitao de OS deve tramitar no Ministrio da Justia.c) As OSs so regidas pela Lei n. 9.790/1999.d) As OSCIPs so regidas pela Lei n. 9.637/1998.e) Nem a OS nem a OSCIP podem ter fim lucrativo ou econmico.

    1. C O princpio da segurana jurdica pode ser analisado sob dois aspectos: 1) oobjetivo, que se refere irretroatividade das normas e proteo dos atosperfeitamente acabados contra as modificaes legislativas posteriores; 2) o subjetivodiz respeito preservao das expectativas legtimas da sociedade e representa fatopreponderante para a harmonia das relaes jurdicas (princpio da proteo daconfiana). A questo abordada traz na assertiva c justamente o enunciadorepresentativo do princpio da proteo.Importante ressaltar, com relao assertiva constante do item d, que constituientendimento sedimentado nos Tribunais que o regime jurdico do servidor pblicono imutvel, porquanto a Administrao pode alterar a sistemtica de remunerao e aestrutura das carreiras e cargos visando ao aperfeioamento de sua atividade. Certamentesero resguardados os direitos adquiridos de acordo com o princpio da seguranajurdica.Comentrio Extra: O princpio da segurana jurdica representa um dos pilares doEstado de Direito. O Estado brasileiro, configurado como Estado Democrtico de Direito,

  • pretende conter toda a forma de arbtrio estatal. Preza, por isto, pela prtica de condutasprevisveis dos administradores e com consequncias corretamente identificveis aosadministrados. Portanto, o conceito de segurana jurdica est atrelado ideia deprevisibilidade, regularidade e estabilidade das relaes jurdicas.2. E Os princpios citados na alternativa e esto previstos expressamente no art. 2 daLei n. 9.784/1999, que regula o processo administrativo no mbito da AdministraoPblica Federal, sendo ratificados em outros artigos da mesma norma. Por exemplo, o art.50 da citada lei prev situaes de fato e de direito que, quando presentes, tornamobrigatria a motivao do ato com a indicao dos fatos e dos fundamentos jurdicospresentes. A garantia constitucional da ampla defesa tambm encontra previso expressano art. 143 da Lei n. 8.112/1990, que assegura ao acusado a ampla defesa na apurao deirregularidade no servio pblico, realizada mediante sindicncia ou processoadministrativo. Segundo Jos dos Santos Carvalho Filho, autarquia a pessoa jurdicade direito pblico integrante da Administrao Indireta, criada por lei para desempenharfunes que, despidas de carter econmico, sejam prprias e tpicas do Estado. Ocontrole administrativo exercido sobre os atos das entidades da Administrao Indiretapelos rgos centrais da Administrao Direta denomina-se tutela ou supervisoministerial e abrange o controle finalstico (quanto obedincia finalidade para a qualforam criadas) dos atos da Administrao Indireta. Ainda segundo o autor, os atospraticados pelas Autarquias so controlados pelo Poder Judicirio tanto pelas aes derito ordinrio, como, por exemplo, ao de indenizao, anulao, etc., quanto pelosprocedimentos especiais (mandado de segurana, ao popular).A criao das empresas pblicas depende de autorizao legislativa especfica. caracterstica comum a todas as pessoas jurdicas que fazem parte da AdministraoIndireta a personalidade jurdica prpria, o que lhes confere plena capacidade processual.As pessoas jurdicas da Administrao Indireta esto sujeitas a algumas normas de direitopblico, como a obrigatoriedade de concurso pblico para contratao de seu pessoal ede licitao para compras de bens e servios, alm da proibio de acumulao de cargos,empregos e funes pblicas.Comentrio Extra: As pessoas jurdicas da Administrao Indireta Federal esto sujeitas superviso ministerial, conforme previso do Decreto-lei n. 200/67. Conforme ensinaJos dos Santos Carvalho Filho, o controle ministerial funda-se na relao devinculao j que toda pessoa da administrao indireta vinculada a determinado rgoda Administrao Direta concernente.3. C A jurisprudncia do STJ entende no ser possvel a posse de bem pblico, pois suaocupao irregular (ausente de aquiescncia do titular do domnio) representa meradeteno de natureza precria.Conforme o art. 2 da Lei n. 9.790/99, as instituies hospitalares privadas no gratuitas,bem como as cooperativas, no podem ser qualificadas como Organizaes da Sociedade

  • Civil de Interesse Pblico.O STJ j decidiu pela desnecessidade da observncia dos princpios da ampla defesa e docontraditrio quando a sindicncia for instaurada com mero propsito investigatrio oupreparatrio do procedimento administrativo disciplinar (STJ, 3 Seo, MS 10504-DFprocesso 2005/0041621-6, j. 13-10-2010).Dispe o art. 24, XXIV, da Lei n. 8.666/93 ser dispensvel e no inexigvel a licitaopara a celebrao de contratos de prestao de servios com as organizaes sociais,qualificadas no mbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladasno contrato de gesto (a diferena entre dispensa e inexigibilidade de licitao seranalisada no captulo sobre licitao).O art. 12 da Lei n. 9.637/98 prev que podero ser destinados recursos oramentrios ebens pblicos s organizaes sociais, desde que necessrios ao cumprimento do contratode gesto.Comentrio Extra: So assegurados s organizaes sociais os crditos previstos nooramento e as respectivas liberaes financeiras, de acordo com o cronograma dedesembolso previsto no contrato de gesto. Quanto destinao de bens, ser dispensadaa licitao, mediante permisso de uso, consoante clusula expressa do contrato de gesto.4. D A Administrao Pblica Gerencial constitui um afastamento do sistemaburocrtico tradicional, mantendo-se, entretanto, alguns de seus princpios essenciais,como avaliao de desempenho, sistema de carreiras, profissionalismo e impessoalidade.O foco da administrao gerencial a satisfao do cidado, devendo o Estado assegurara maior eficincia e qualidade dos servios pblicos.O texto apresentado trata da necessidade de redefinio do papel do Estado diante doatual cenrio econmico e poltico. Neste passo, esclarece que h mudana do conceito deEstado, que passa de intervencionista para subsidirio, aproximando-se da sociedade,na medida em que os corpos sociais possuem uma participao ativa na realizao dointeresse pblico. H uma delegao social. Portanto, o texto no trata da privatizao oude dicotomia entre pblico e privado, mas sim de uma aproximao e colaborao entreestes dois conceitos.As organizaes sociais e as Oscips so fiscalizadas e prestam contas de suas atividadesao Poder Pblico, uma vez que recebem recursos financeiros do Poder Pblico.Comentrio Extra: O Plenrio do STF, por maioria, acompanhou o voto do relator,ministro aposentado Ilmar Galvo, indeferindo a liminar na Ao Direta deInconstitucionalidade (ADI), 1923, que questionava a constitucionalidade da redaodada ao inciso XXIV, art. 24, da Lei n. 8.666/93, pela Lei n. 9.648/98 (dispensa delicitao para a celebrao de contratos com as organizaes sociais para a prestao deservios pblicos de ensino, pesquisa cientfica, desenvolvimento tecnolgico, proteo epreservao ao meio ambiente, cultura e sade).O Min. Gilmar Mendes, que proferiu voto-vista, lembrou que as organizaes sociais se

  • inserem num contexto de reforma do Estado brasileiro, iniciado na dcada de 1990 e queainda est sendo implantada no pas. No se trata de uma resposta neoliberal crise doestado intervencionista, ou seja, a reforma no visa reduo drstica do tamanho doestado e no prima pela predominncia do mercado. Ao contrrio, ela parte daconstatao de que a soluo para a crise do Estado no estaria no desmantelamento doaparelho estatal, mas em sua reconstruo. O ministro citou exemplos de sucesso deorganizaes sociais como a Associao das Pioneiras Sociais, gestora da Rede Sarah deHospitais, que foi criada pela Lei n. 8.246/91, dentro do esprito que rege esse tipo deentidade no governamental. Destacou, tambm, que o modelo de contrato de gestoestabelecido na Lei n. 9.637/98, ora impugnada, baseou-se amplamente nesse sistema degesto da Rede Sarah. Ao finalizar seu voto-vista, o Min. Gilmar Mendes considerou quea Lei n. 9.637/91 institui um programa de publicizao de atividades e servios noexclusivos do Estado, como o ensino, a pesquisa cientfica, o desenvolvimentotecnolgico, a proteo e preservao do meio ambiente, a cultura e a sade,transferindo-os para a gesto desburocratizada a cargo de entidades de carter privado e,portanto, submetendo-os a um regime mais flexvel, mais dinmico, enfim maiseficiente. Para o Ministro, a busca por mais eficincia justifica a implementao de umregime todo especial, regido por regras que respondem a racionalidades prprias dodireito pblico e do direito privado. Hoje, disse ele, no h mais como compreender esseramo do direito desde a perspectiva de uma rgida dicotomia entre o pblico e o privado.5. C O monoplio do Estado para o transporte, por meio de conduto, de petrleo bruto,seus derivados e gs natural de qualquer origem est previsto no art. 177, IV, daConstituio da Repblica de 1988.Comentrio Extra: No h monoplio quanto ao transporte martimo de petrleo eseus derivados bsicos importados.6. D A excluso da qualificao de OSCIP pode ser requerida pela prpria entidade.Tambm poder haver a perda desta qualificao no caso da entidade descumprir ascondies exigidas pela lei, aps procedimento administrativo instaurado a pedido doMinistrio Pblico ou de qualquer cidado, em que a ampla defesa e o contraditriosejam assegurados (Lei n. 9.790/99, art. 7). permitida a participao de servidores pblicos na composio de conselho deOrganizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico, vedada a percepo de remuneraoou subsdio, a qualquer ttulo (Lei n. 9.790/99, art. 4, pargrafo nico, com a redaodada pela Lei n. 10.539/2002).O equvoco existente na assertiva c est no instrumento citado como forma devinculao da OSCIP com o Estado, que se d por meio do Termo de Parceria e nopelo contrato de gesto.A Lei n. 9.790/99 institui o Termo de Parceria como o instrumento passvel de serfirmado entre o Poder Pblico e as entidades qualificadas como Organizaes da

  • Sociedade Civil de Interesse Pblico e que se destina formao de vnculo decooperao entre as partes para o fomento e a execuo das atividades de interessepblico previstas no art. 3 da citada lei. Referido termo discriminar direitos,responsabilidades e obrigaes das partes signatrias.Comentrio Extra: A Lei n. 9.637/98, que dispe sobre a qualificao de entidadescomo organizaes sociais, conceitua o contrato de gesto como o instrumentofirmado entre o Poder Pblico e a entidade qualificada como organizao social, comvistas formao de parceria entre as partes para fomento e execuo de atividades depesquisa cientfica, desenvolvimento tecnolgico, proteo e preservao do meioambiente, cultura e sade.7. E As Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico, ou simplesmenteOSCIPs, esto previstas na Lei n. 9.790/99 que foi fundamentalmente elaborada parafortalecer o Terceiro Setor (aquele composto por entidades da sociedade civil, sem finslucrativos e de finalidade pblica). Incluem-se neste setor as organizaes que visam prestao de servios nas reas de sade, educao, assistncia social, proteo ao meioambiente, defesa dos direitos de grupos especficos da populao e que possuem umaorientao estratgica em virtude da sua capacidade de gerar projetos, assumirresponsabilidades, empreender iniciativas e mobilizar pessoas e recursos necessrios aodesenvolvimento social do Pas.Segundo o art. 2 da Lei n. 9.790/99, a organizao social no poder ser enquadradacomo OSCIP. O legislador pretendeu afianar que os benefcios determinados pelaqualificao de uma organizao como OSCIP pudessem atingir a todos, excluindo-se,alm das organizaes sociais, por exemplo, as sociedades comerciais, partidos polticos,escolas privadas e instituies hospitalares no gratuitos, dentre outras.O Princpio da Publicidade previsto no caput do art. 37 da Constituio Federal de1988 e visa dar conhecimento aos administrados dos atos emanados do Poder Pblico. a divulgao oficial do ato da Administrao para a cincia do pblico em geral,objetivando a gerao de efeitos jurdicos. Em regra, a publicidade do ato satisfeita pormeio de publicao em rgo da imprensa oficial da Administrao, como os DiriosOficiais e mesmo os Boletins internos das entidades pblicas, mas as unidades dafederao, que no possuem imprensa oficial, podem utilizar outras formas quesubstituam estes peridicos, nos termos das normas legais e administrativas locais.Comentrio Extra: Organizaes Sociais so aquelas criadas com base na Lei n. 9.637,de 15 de maio de 1998, e assim passaro a ser denominadas por meio de outorga daAdministrao Pblica, que possibilitar o recebimento de recursos oramentriosaps a assinatura de um contrato de gesto.8. C Nos termos do pargrafo nico do art. 70 da Constituio Federal de 1988, asentidades integrantes do terceiro setor devem prestar contas perante o Tribunal de Contas,uma vez que recebem, gerenciam e administram dinheiro pblico. Entretanto, conforme

  • ressalvado na assertiva, o controle do Estado tambm de resultado e de obedincia aosprincpios da economicidade e da legitimidade (previstos no caput do art. 70 da CF/88).Fiscalizao da legitimidade significa que, alm de obedecer lei, o administrador deveatender aos objetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil, preconizados noart. 3 da CF/88. Fiscalizao de economicidade visa verificar se o dinheiro pblico estsendo bem empregado de uma forma til sociedade.Comentrio Extra: Extrai-se da assertiva a inteno do examinador em mostrar quetambm se aplica o princpio da eficincia s entidades do terceiro setor. De acordo como citado princpio, toda a atividade administrativa deve ser executada de forma a atenderda melhor maneira os interesses da sociedade, por meio de tcnicas adequadas queproporcionem o melhor resultado possvel.9. C Organizaes sociais so pessoas jurdicas de direito privado sem fins lucrativos,cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, pesquisa cientfica, ao desenvolvimentotecnolgico, proteo e preservao do meio ambiente, cultura e sade (Lei n.9.637/98, art. 1), que se vincula ao Estado por meio de um contrato de gesto. Asregras aplicadas s organizaes sociais esto previstas na Lei n. 9.637/98.Comentrio Extra: O contrato de gesto e as formas de fomento previstas nos arts. 11 a14 da Lei n. 9.637/98 (destinao de recursos oramentrios, cesso especial deservidores, entre outras medidas) visam estimular o desempenho de atividades de cartersocial pelas pessoas jurdicas de direito privado sem fins lucrativos. A origem destaaproximao entre Estado e sociedade civil foi a necessidade de otimizar a prestao deservios sociedade de forma desburocratizada.10. E 11. C 12. E Primeiro setor uma terminologia sociolgica que se refere aosetor pblico, ou seja, o Estado/Governo. Considera-se o Estado como o primeiro setor,depois o Mercado como sendo o segundo setor e as Entidades da Sociedade Civilformam o Terceiro Setor.O terceiro setor formado pela atuao simultnea do Estado e da sociedade civil eengloba as entidades de utilidade pblica, as associaes civis sem fins lucrativos, asorganizaes no governamentais e as entidades da Administrao Indireta que estoenvolvidas com as esferas em que o Estado no atua privativamente, mas que tm umcarter essencialmente pblico. A origem desta aproximao entre Estado e sociedadecivil foi a necessidade de otimizar a prestao de servios sociedade de formadesburocratizada.O quarto setor formado pela economia informal que se originou dos problemassociais atuais, bem como da insuficincia da absoro, pelo setor produtivo formal, docrescente contingente populacional.Comentrio Extra: O Estado, o mercado, as entidades privadas sem fins lucrativos queexercem atividades de interesse social e, para alguns (conforme analisado), a economiainformal, compem os setores da economia nacional. Todos estes elementos colaboram,

  • dentro de seu mbito de atuao, para o dinamismo econmico atual do Brasil, seja pormeio da atividade administrativa para satisfazer as necessidades coletivas (Estado eentidades do terceiro setor), seja por meio da busca do lucro (mercado e economiainformal).13. E As organizaes sociais no fazem parte da administrao indireta. Referidasentidades no so criadas por lei, nem sua criao depende de autorizao legislativa,tambm no so custeadas na sua integridade por recursos pblicos. Ao contrrio, sopessoas jurdicas de direito privado que se aproximam do Poder Pblico (por meio daassinatura de um contrato de gesto) com a finalidade de aperfeioar a prestao deservios de interesse da coletividade.Comentrio Extra: Por no fazer parte da administrao indireta, as organizaes sociaisno esto sujeitas tutela estatal. Portanto, respondero apenas pela execuo e regularaplicao dos recursos e bens pblicos vinculados ao contrato de gesto que assinaremcom o Poder Pblico.Maria Sylvia Zanella Di Pietro cita que alguns tericos da Reforma do Estado incluem asentidades que fazem parte do terceiro setor como entidades pblicas no estatais.Pblicas porque prestam atividade de grande interesse social e, por outro lado, noestatais, pois no integram a administrao pblica direta ou indireta.14. E A alternativa e est em consonncia com os artigos primeiros das Leis n.9.637/98 e 9.790/99, os quais dispem que as organizaes sociais e as OSCIPs sopessoas jurdicas de direito privado que no possuem finalidade lucrativa.A Lei n. 9.790/99 exige que o estatuto das pessoas jurdicas, qualificadas comoOrganizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico, disponha expressamente sobre aconstituio de conselho fiscal ou rgo equivalente, dotado de competncia para opinarsobre os relatrios de desempenho financeiro e contbil, bem como sobre as operaespatrimoniais realizadas, sendo permitida a participao de servidores pblicos nacomposio desses conselhos, vedado, porm, o recebimento de remunerao ousubsdio. Por outro lado, a lei impe que a Organizao Social possua Conselho deAdministrao, do qual necessariamente deve participar representante do poder pblico.O item b, conquanto mencione expressamente o contrato de gesto, na verdadeconceitua o termo de parceria realizado entre o Poder Pblico e a OSCIP (Lei n. 9.790/99,art. 9).O contrato de gesto instrumento firmado entre o Poder Pblico e a entidade qualificadacomo organizao social que visa formao de parceria entre as partes para fomento eexecuo de atividades relativas s reas relacionadas no art. 1 da Lei n. 9.637/98.Conforme previsto no art. 24 da Lei n. 8.666/93, dispensvel a licitao a fim decontratar Organizaes Sociais para prestar servio previsto no contrato de gesto.Diversamente do que consta no item d, o contrato de gesto e no o termo de parceria dever ser submetido, aps aprovao pelo Conselho de Administrao da entidade, ao

  • Ministro de Estado ou autoridade supervisora da rea correspondente atividadefomentada.Comentrio Extra: A lei exige que a OSCIP possua Conselho fiscal, mas no exige quecontenha Conselho de Administrao. No necessria a participao de representante dopoder pblico nos rgos da entidade.15. C O crescimento das entidades do Terceiro Setor deve-se ao redescobrimento doprincpio da subsidiariedade e crise do Estado enquanto um prestador eficiente deservios pblicos. A principal forma de atuao deste princpio o fomento, um gnerode atividade jurdica destinado ao incentivo e incremento do Terceiro Setor.As entidades integrantes do Terceiro Setor da economia se submetem a controle dosTribunais de Contas, j que recebem recursos pblicos.Conforme j analisado, as Organizaes Sociais atuam em nome prprio exercendoatividades privadas de interesse social. Vale esclarecer que uma entidade no nasceOrganizao Social, mas assim pode ser qualificada quando celebra contrato de gestocom ente pblico. Diferente do que consta na assertiva b, as organizaes sociais noso institudas por iniciativa do Poder Pblico, mas a conferncia deste ttulo depende deprvia habilitao da pessoa jurdica interessada.As organizaes da sociedade civil de interesse pblico devem dedicar-se s atividadescitadas no art. 3 da Lei n. 9.790/99, mediante a execuo direta de projetos, programas,planos de aes correlatas, por meio da doao de recursos fsicos, humanos efinanceiros, ou ainda pela prestao de servios intermedirios de apoio a outrasorganizaes sem fins lucrativos e a rgos do setor pblico que atuem em reas afins(pargrafo nico, art. 3, da Lei n. 9.790/99). Ou seja, no h hiptese de delegao para agesto de servio pblico.Comentrio Extra: O princpio da especialidade aplica-se s autarquias, uma vez que elasno podem ter funes diversas daquelas para as quais foram criadas.16. E Conforme visto na questo anterior, as Leis n. 9.790/99 e 9.637/98 exigem que asorganizaes sociais e as OSCIPs no tenham finalidade lucrativa ou econmica.As demais assertivas buscam confundir o candidato, j que mesclam conceitos aplicveiss organizaes sociais e OSCIPs.As OSCIPs firmam termo de parceria com o Poder Pblico e so regidas pela Lei n.9.790/99, enquanto s organizaes sociais aplicada a Lei n. 9.637/98.Comentrio Extra: A concesso do status de OSCIP (Organizao da Sociedade Civilde Interesse Pblico) um ato vinculado da Administrao Pblica, desde que asentidades preencham os requisitos legais. A qualificao de uma entidade comoorganizao social, por sua vez, ato discricionrio do Poder Pblico. Destaque-se queas organizaes sociais no podem ser qualificadas como OSCIPs, mesmo que sedediquem a atividade tutelada pelas normas pertinentes a tais organizaes, conformeexpressa previso do art. 2 da Lei n. 9.790/99.

  • Administrao pblica, princpios e os quatro setores da economia so matrias constantementecobradas nos concursos da Magistratura Federal, correspondendo a aproximadamente 10% dasquestes selecionadas;

    A maioria das questes baseada em: doutrina legislao jurisprudncia

    O tema corresponde aos seguintes itens no contedo programtico trazido pelos editais dos ltimosconcursos:

    Magistratura Federal edital comum para as 5 regies

    1. Administrao Pblica como funo do Estado. Princpios regentes do Direito Administrativo, constitucionais e legais, explcitos eimplcitos. A reforma do Estado brasileiro. Os quatro setores e suas caractersticas. A publicizao do terceiro setor (as organizaessociais e as OSCIPS).

    Administrao Pblica possui dois sentidos, objetivo e subjetivo. No sentido objetivo, considerada agesto dos interesses pblicos executada pelo Estado, seja atravs da prestao de servios pblicos,seja por sua organizao interna, ou ainda pela interveno no campo privado, algumas vezes at deforma restritiva (poder de polcia) (Jos dos Santos Carvalho Filho. Manual de DireitoAdministrativo. 13. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005, p. 6). Em sentido subjetivo, AdministraoPblica o conjunto de agentes, rgos e pessoas jurdicas que tenham a incumbncia de executar asatividades administrativas (Jos dos Santos Carvalho Filho, op. cit., p. 6).

    Tema correlato matria a Teoria do rgo, pela qual se presume que a pessoa jurdica expressa suavontade por meio de seus rgos, partes integrantes da estrutura da pessoa jurdica. Portanto, a vontademanifestada pelos agentes que atuam nestes rgos considerada como expressa manifestao doprprio Estado. Fala-se em imputao (e no representao) da atuao do agente, pessoa natural, pessoa jurdica.

    O art. 37, caput, da Constituio Federal de 1988 elenca os seguintes princpios regentes daAdministrao Pblica: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia.

    O princpio da legalidade o vetor de todo o regime jurdico administrativo. Para a AdministraoPblica, o princpio da legalidade significa que permitido ao administrador pblico fazer somenteaquilo que a lei determina. Diferente o contedo do princpio da legalidade geral previsto no art. 5,inciso II, da CF/88, segundo o qual permitido fazer tudo o que no proibido pela lei.

    Pelo regime jurdico administrativo, so conferidas prerrogativas e sujeies Administrao Pblica,tanto direta como indireta. Nesta seara, tendo em vista os interesses resguardados pelo Poder Pblico,h afastamento das regras de direito comum para utilizao de preceitos contidos em normas previstasem leis especiais, muitas vezes editadas para conciliar os interesses do administrado e daAdministrao. Um exemplo do regime jurdico administrativo a submisso do Poder Pblico aoprincpio da legalidade administrativa.

    O princpio da impessoalidade pode ser visto sob duas vertentes: sob a tica do administrado e doadministrador. No primeiro sentido, relaciona-se imparcialidade que deve condicionar o tratamentodos administrados (neste sentido, o princpio da impessoalidade serve de fundamento necessidade deprvio concurso pblico para ingresso em cargo pblico). Ou seja, a Administrao no pode conferirtratamento diferenciado aos cidados. No que se refere Administrao, o princpio da impessoalidadeconsagra que os atos praticados so imputados prpria Administrao e no ao servidor ou agenteque o praticou. Neste sentido o contedo do 1 do art. 37 da CF/88, que veda qualquer forma depublicidade pessoal dos administradores e dos rgos, admitindo to somente aquela de carter

  • educativo, informativo ou de orientao social. Hely Lopes Meirelles afirma que o princpio da impessoalidade nada mais do que o princpio da

    finalidade, o qual impe ao administrador pblico que s pratique o ato para o seu fim legal (DireitoAdministrativo Brasileiro. 33. ed. So Paulo: Malheiros, 2007, p. 91).

    O princpio da moralidade impe ao administrador um dever de agir com tica e especial ateno aosfins sociais.

    Pelo princpio da publicidade busca-se a transparncia dos atos praticados pela Administrao, osquais, em regra, devem ser publicados para que produzam efeito.

    O princpio da eficincia foi introduzido pela EC 19/98 e visa a aproximar a Administrao Pblica daexcelncia buscada pela iniciativa privada, com vistas gerao de resultados. Pode-se citar comoexemplo do princpio da eficincia a norma contida no inciso III do 1 do art. 41 da CF/88.

    Outros princpios podem ser citados como norteadores da atividade administrativa, como, por exemplo,supremacia do interesse pblico, presuno de legitimidade e veracidade de seus atos, continuidade doservio pblico, razoabilidade e proporcionalidade, motivao e segurana jurdica.

    Maria Sylvia Zanella Di Pietro cita a especialidade como um dos princpios da Administrao Pblica,que estaria relacionado a ideia de descentralizao administrativa. Neste passo, a criao de pessoasjurdicas para a prestao de servios pblicos, inclusive com previso na lei criadora dos objetivos aserem alcanados pela nova entidade, um exemplo do princpio da especialidade.

    Os princpios da administrao pblica no podem ser confundidos com os princpios que norteiam aadministrao privada. A administrao pblica possui caractersticas prprias, e ao longo do tempoevoluiu por trs modelos, quais sejam, patrimonialista, burocrtica e gerencial.

    Na Administrao Pblica Patrimonialista, o cidado comum est na base da pirmide, enquanto oEstado e seus agentes no topo. Os interesses do povo esto abaixo dos interesses do Estado. omodelo de Estado das antigas monarquias.

    Administrao Pblica Burocrtica o conjunto do capitalismo e democracia. Visa a afastar a ideia deum Estado patrimonialista e corrupto, por isso suas razes so a impessoalidade e a profissionalizaona forma de investidura de seus agentes. H rigidez e complexidade tambm com relao forma deatendimento das necessidades do povo, por isso sendo altamente burocrtica. o Estado empresrio(que se afasta da ideia de Estado social).

    A Administrao Pblica Gerencial o conceito mais moderno de Estado, em que este assume suaresponsabilidade social, sem afastamento das funes econmicas. O objetivo do modelo gerencial adiminuio de custos e a eficincia dos servios pblicos. Trabalha definindo objetivos futuros eintervm apenas nos resultados. O Estado empresrio passa a ser o Estado gerente.

    No Brasil, o Governo Federal lanou em 1995 o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, oqual definiu os objetivos e diretrizes para a reforma da administrao pblica brasileira.

    Os objetivos principais da citada reforma, em resumo, foram a descentralizao do Estado, o estmulo privatizao de algumas atividades econmicas (consideradas sustentveis em regime de mercado),eficincia nas atividades administrativas, surgimento do Terceiro Setor com o incentivo iniciativaprivada para a prestao de servios sociais e assistenciais, simplificao dos procedimentos etramitao de processos administrativos (desburocratizao), ampliao dos mecanismos departicipao popular na atividade administrativa e de controle social da administrao pblica.

    CF/88, art. 37. Lei n. 9.790/99.

  • Lei n. 9.637/98. Por vislumbrar aparente ofensa ao princpio da impessoalidade, o Tribunal concedeu medida liminar

    em ao direta de inconstitucionalidade ajuizada pelo Governador do Estado da Paraba parasuspender, com efeitos ex nunc, a Lei Estadual n. 8.736/2009, que institui o Programa Acelera Paraba,para incentivo aos pilotos de automobilismo nascidos e vinculados quele Estado-membro. Entendeu-se que a lei impugnada singularizaria de tal modo os favorecidos que apenas uma s pessoa sebeneficiaria com mais de 75% dos valores destinados ao programa (STF, ADI 4259/PB, rel. Min.Ricardo Lewandowski, 23-6-2010).

    Turma iniciou julgamento de recurso extraordinrio interposto contra acrdo de Tribunal de Justiaque mantivera sentena que julgara procedente pedido formulado em ao popular ajuizada contraprefeito, por afronta aos princpios da impessoalidade e da moralidade administrativa (CF, art. 37, 1), em razo do uso de smbolo e de slogan poltico-pessoais nas diversas formas de publicidade e/oudivulgao de obras e eventos da prefeitura. O ento prefeito reitera a alegao de ofensa ao art. 37, 1, da CF, porquanto a interpretao dada pela Corte de origem ao referido dispositivo constitucional,que no menciona o vocbulo slogan, seria errnea ao considerar a utilizao de um smbolo o elo deuma corrente e o slogan unidos seremos mais fortes como conflitantes com o aludido artigo. Aduzser possvel a conclamao do povo por meio de palavras de ordem e afirma, ainda, que o smbolo porele utilizado fora criado por artista local e escolhido em concurso para dar significado frase deexortao (slogan), no se enquadrando, pois, na vedao constitucional (STF, RE 281012/PI, rel. Min.Gilmar Mendes, 17-11-2009).

    O Min. Gilmar Mendes, relator, proveu o extraordinrio para julgar improcedente a ao popular aofundamento de que o acrdo impugnado aplicara equivocadamente o disposto no referido art. 37, 1,da CF, violando-o. Inicialmente, asseverou que, no caso, tratar-se-ia de valorao das provasproduzidas nos autos e no de seu reexame. Em seguida, reputou que, da mesma forma que se poderiaproceder leitura do smbolo e do slogan de acordo com aquela feita pelo recorrido/autor popular, asaber, a letra H e sua conexo com o adjetivo fortes usado na frase do slogan (unidos seremosmais fortes) que, segundo ele, constituiria uma associao direta ao nome do recorrente, tambm seriaperfeitamente possvel, de maneira legtima, interpretar-se o mesmo smbolo como se um elo decorrente representasse, e leitura do mesmo slogan como se diretamente relacionado funo do eloda corrente, ou seja, unio que leva fora. Tendo isso em conta, entendeu que as provascolacionadas, por si ss, seriam insuficientes para caracterizar a promoo pessoal do recorrente.Aps o voto do Min. Joaquim Barbosa que, na linha da jurisprudncia do STF, no conhecia do recursopor demandar reexame de provas, pediu vista o Min. Cezar Peluso (RE 281012/PI, rel. Min. GilmarMendes, 17-11-2009).

    2. ADMINISTRAO DIRETA (RGOS PBLICOS:CONCEITO,ESPCIES E REGIME)

    I. ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS, FUNDAES PBLICAS, SOCIEDADES DEECONOMIA MISTA E EMPRESAS PBLICAS. PRINCIPAIS CARACTERSTICAS DE CADA EREGIMES JURDICOS

  • 1. (TRF 4 Regio 2007) Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.I. A descentralizao pressupe pessoas jurdicas diversas; a desconcentrao refere-se a uma s

    pessoa.II. As autarquias, cuja gnese depende de decreto especfico, somente podem ser extintas por ato de

    igual natureza.III. A fundao pblica espcie do gnero autarquia.IV. A responsabilidade estatal por ato omissivo sempre decorrente de comportamento ilcito,

    havendo, portanto, que se sindicar sobre a existncia de dolo ou culpa.a) Esto corretas apenas as assertivas I e II.b) Esto corretas apenas as assertivas I, III e IV.c) Esto corretas apenas as assertivas II, III e IV.d) Esto corretas todas as assertivas.

    2. (TRF 4 Regio 2010) Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta:I. A descentralizao pressupe pessoas jurdicas diversas; a desconcentrao refere-se a uma s

    pessoa.II. As autarquias, cuja gnese depende de Decreto especfico, somente podem ser extintas por ato de

    igual natureza.III. Somente por lei especfica poder ser autorizada a instituio de fundao, cabendo lei

    complementar definir a rea de sua atuao.IV. As empresas pblicas e as sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime jurdico prprio

    das empresas privadas quanto aos direitos e s obrigaes civis, comerciais, trabalhistas etributrias.

    a) Esto corretas apenas as assertivas I e II.b) Esto corretas apenas as assertivas I, III e IV.c) Esto corretas apenas as assertivas II, III e IV.d) Esto corretas todas as assertivas.e) Nenhuma assertiva est correta.

    3. (TRF 3 Regio 2010) Assinale a alternativa correta:a) Nas sociedades de economia mista no assegurada a participao dos acionistas minoritrios na

    constituio e funcionamento dos conselhos de administrao e fiscal;b) Para a cesso ou transferncia total ou parcial de autorizao ou concesso de explorao de

    recursos minerais exige -se a prvia anuncia do poder concedente;c) As empresas pblicas exploradoras de atividade econmica de produo ou comercializao de

    bens podem ter regime jurdico tributrio distinto das empresas privadas;d) As sociedades de economia mista no se sujeitam responsabilidade pela prtica de atos contra a

    economia popular.

    4. (TRF 1 Regio 2011) Assinale a opo correta com referncia administrao direta e indireta.a) O STF entende que a imunidade tributria recproca dos entes polticos, prevista na CF, no

    extensiva s autarquias.b) As sociedades de economia mista somente tm foro na justia federal quando a Unio intervm como

    assistente ou opoente, competindo justia federal, e no justia comum, decidir acerca daexistncia de interesse que justifique a presena da Unio no processo.

  • c) Os empregados das empresas pblicas e das sociedades de economia mista esto sujeitos ao tetoremuneratrio estabelecido para a administrao pblica, mesmo quando tais entidades no recebemrecursos da fazenda pblica para custeio em geral ou gasto com pessoal.

    d) De acordo com o entendimento do STJ, o servidor da administrao pblica federal direta que tenhaprestado servios a empresa pblica ou a sociedade de economia mista tem direito ao cmputo dotempo de servio prestado nas referidas entidades para todos os fins, inclusive para a percepo deadicional de tempo de servio.

    e) Os atos de gesto comercial praticados pelos administradores de empresas pblicas e de sociedadede economia mista podem ser contestados por meio de mandado de segurana.

    5. (TRF 5 Regio 2011) A respeito do regime jurdico e das caractersticas das empresas estatais empresas pblicas e sociedades de economia mista , assinale a opo correta.a) A instituio de empresa estatal pode ser realizada no mesmo ato jurdico de criao de secretaria

    de um estado-membro da Federao.b) As empresas estatais no esto obrigadas a obedecer aos princpios de impessoalidade, moralidade,

    eficincia e publicidade.c) As empresas estatais exploradoras de atividade econmica de produo ou comercializao de bens

    ou de prestao de servios sujeitam-se ao regime jurdico prprio das empresas privadas.d) A responsabilidade civil das empresas estatais pelos atos ilcitos civis praticados por seus agentes

    objetiva.e) As empresas estatais podem ser dotadas de personalidade jurdica de direito privado ou de direito

    pblico.

    6. (TRF 2 Regio 2011) No que concerne administrao pblica direta, a rgos pblicos e aentidades da administrao indireta, assinale a opo correta.a) A sociedade de economia mista pode explorar empreendimentos e exercer atividades distintas das

    definidas pela lei que autorizou a sua constituio, mediante deliberao do respectivo rgo dedireo.

    b) vedada a participao de pessoas jurdicas de direito privado no capital da empresa pblica,ainda que integrem a administrao indireta.

    c) No que se refere posio estatal, os rgos superiores so rgos de direo, controle e comandoque gozam de autonomia administrativa, financeira e tcnica.

    d) As fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo poder pblico submetem-se ao controleexercido pelo tribunal de contas, o qual se estende, na esfera federal, a todas as empresas de que aUnio participe tanto majoritria quanto minoritariamente.

    e) Embora dotada de personalidade jurdica prpria, a autarquia no dispe de capacidade deautoadministrao, caracterstica da pessoa poltica que a constituiu.

    II. O REGIME DAS SUBSIDIRIAS

    7 . (TRF 5 Regio 2009) Acerca do regime jurdico, das caractersticas e de outros temasrelacionados administrao indireta, assinale a opo correta.a) Prevalece o entendimento de que, no mbito da Unio, os contratos celebrados pelas empresas

    pblicas prestadoras de servio pblico, via de regra, se submetem ao controle prvio do TCU.b) vedada a participao de outras pessoas de direito pblico interno ou entidades da administrao

  • indireta da Unio, dos estados, do DF e dos municpios na composio do capital de empresa pblicade propriedade da Unio.

    c) As regras sobre aposentadoria e estabilidade, constantes dos arts. 40 e 41 da CF, se aplicam aopessoal das sociedades de economia mista que exercem atividade econmica.

    d) A penhora de bens de sociedade de economia mista prestadora de servio pblico pode serrealizada ainda que esses bens sejam essenciais para a continuidade do servio.

    e) O TRF da 5 Regio acompanha o entendimento do STF de que os bens da ECT gozam do atributo daimpenhorabilidade.

    III. DIREITO ADMINISTRATIVO ECONMICO. AS FORMAS DE INTERVENO DOESTADO. OS PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS DA ORDEM ECONMICA E A CRIAO DESOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E EMPRESAS PBLICAS

    8. (TRF 4 Regio 2005) Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.I. Em hiptese na qual venha a autarquia a exaurir seus recursos, guarda o Estado responsabilidade

    subsidiria pelas obrigaes inadimplidas.II. A responsabilidade civil do Estado objetiva, mas na Administrao Indireta imprescindvel

    demonstrar -se ocorrncia de dolo ou culpa.III. Em face de tratar-se o Banco do Brasil S.A. de pessoa jurdica de direito privado, deve ser

    acionado na Justia Estadual.IV. No exerccio de atividade administrativa federal delegada, o gerente do Banco do Brasil S.A. pode

    ocupar posio de autoridade indigitada como coatora em mandado de segurana.a) Est correta apenas a assertiva I.b) Esto corretas apenas as assertivas I e II.c) Esto corretas apenas as assertivas I, III e IV.d) Todas as assertivas esto corretas.

    9. (TRF 1 Regio 2006) Na doutrina clssica de Lon Duguit (incio do Sc. XX), para o conceitode servio pblico:a) Utiliza -se o critrio da interdependncia ou solidariedade social.b) Utiliza -se o critrio subjetivo ou orgnico.c) Utiliza -se o critrio do regime jurdico exorbitante.d) Devem ser combinados os critrios subjetivo ou orgnico, formal e objetivo ou material.

    1. B 2. B Atividade centralizada aquela desenvolvida diretamente pela entidadeestatal. Diz-se desconcentrada a atividade cujo exerccio dividido entre vrios rgosde um mesmo ente, como Ministrios e Secretarias. E, finalmente, haverdescentralizao da atividade administrativa quando esta for transferida, por lei ou porcontrato, a outras entidades dotadas de personalidade jurdica.Fundao pblica considerada pessoa jurdica de direito pblico, criada por lei, sem finslucrativos. O STF j decidiu que as fundaes pblicas so espcies do gnero autarquia(CJ 6.728-3, RE 215.741/SE, 30-3-1999).Por realizarem, em regra, atividade econmica, o art. 173 da Constituio Federalestabelece que as empresas pblicas e sociedade de economia mista devem ter o mesmo

  • tratamento jurdico da iniciativa privada, inclusive no que tange s obrigaes tributrias etrabalhistas.Conquanto a criao de uma autarquia dependa de lei especfica, a sua extino pode sedar por meio de lei ordinria, no necessitando de uma lei especfica. Ou seja, para acriao de duas autarquias so necessrias duas leis distintas, mas a extino dessasmesmas duas autarquias pode se dar por uma nica lei.Comentrio Extra: Atualmente a posio majoritria que a fundao pblica pode terpersonalidade jurdica de direito privado ou de direito pblico. A este respeito concluiJos dos Santos Carvalho Filho (...) as fundaes governamentais dependem diretamentedo oramento pblico e subsistem custa dos recursos pblicos oriundos do errio darespectiva pessoa poltica que as controla, ser foroso reconhecer que, luz da distinoacima, restaram poucas dentre as fundaes pblicas que podem ser qualificadas comofundaes governamentais de direito privado (op. cit., p. 399). A distino a que o autorse refere diz respeito aos fatores apresentados pelo STF para distino entre fundao dedireito pblico ou de direito privado, quais sejam: desempenho de servio estatal, regimeadministrativo, finalidade e origem dos recursos.3. B O art. 176, 3, da Constituio Federal de 1988 permite a cesso e a transfernciatotal ou parcial das autorizaes e concesses referentes aos recursos minerais(alm dos demais recursos de que trata o respectivo artigo), desde que haja prviaanuncia do poder concedente.Comentrio Extra: A legislao que rege as contrataes realizadas pela AdministraoPblica admite expressamente a cesso, total ou parcial, dos contratos, desde que tenhapreviso no edital e sejam atendidos os requisitos que possibilitem a sua fiel execuo. Ailustrar, temos o art. 78, VI, da Lei n. 8.666/93, que disciplina as licitaes e os contratosadministrativos, e deve ser lido a contrario sensu: Constituem motivo para a rescisodo contrato: (...) VI. A subcontratao total ou parcial do seu objeto, a associao docontrato com outrem, a cesso ou transferncia, total ou parcial, bem como a fuso, aciso ou a incorporao, no admitidas no edital e no contrato (grifo nosso). Ou seja,havendo previso no edital e no contrato, nada impede a realizao da cesso contratual.4. B 5. C Conforme o enunciado da Smula 517 do STF, a sociedade de economiamista somente ter foro na justia federal quando a Unio intervir como assistente ouopoente. A deciso sobre a existncia, ou no, de interesse da Unio que justifique a suainterveno no feito caber a Justia Federal.Segundo entendimento do STF, a imunidade recproca de impostos relacionados renda,patrimnio e servios somente se aplicar aos bens ou servios que estejam vinculados finalidade essencial das autarquias, ou dela decorrentes.Dispe o art. 37, 9, da Constituio da Repblica (includo pela EC 19/98), que seaplica o teto remuneratrio previsto no inciso XI do mesmo artigo aos empregados dasempresas pblicas e sociedades de economia mista, desde que recebam recursos da

  • Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios, para pagamento das despesasde pessoal ou de custeio em geral.Entende o STJ que o tempo de servio prestado pelo servidor empresa pblica ou sociedade de economia mista somente contado para fins de aposentadoria edisponibilidade.O art. 1, 2, da Lei n. 12.016/2009 veda a impetrao do mandado de segurana contraatos de gesto comercial praticados pelos administradores de empresas pblicas e desociedades de economia mista e de concessionrias de servio pblico.Conforme j analisado, o art. 173 da Constituio Federal de 1988 prev a aplicao doregime prprio das empresas privadas s sociedades de economia mista e empresaspblicas exploradoras de atividade econmica.De acordo com o inciso XIX do art. 37 da Constituio Federal, a criao das empresasestatais depende de autorizao legislativa especfica.O caput do citado art. 37 da CF/88, que prev os princpios que regem a administraopblica, faz meno expressa s pessoas jurdicas da administrao indireta.A responsabilidade objetiva somente se aplica s empresas estatais que prestem serviopblico, consoante o art. 37, 6, da Constituio.As empresas estatais devem necessariamente ser dotadas de personalidade jurdica dedireito privado.Comentrio Extra: A EC 19/98 deu nova redao ao art. 37, XIX, da Constituio,consignando que a criao das empresas pblicas e sociedade de economia mista seriaautorizada por lei especfica. O Decreto-lei n. 200/67 previa que as empresas pblicas eas sociedades de economia mista somente poderiam ser criadas por lei especfica.Entretanto, conforme ensina Jos dos Santos Carvalho Fiho, era preciso adequar ovetusto conceito previsto no citado decreto realidade jurdica dessas pessoasadministrativas, j que possuem personalidade jurdica de direito privado e, portanto, no a lei em si que as cria, mas sim que autoriza a sua criao.6. D As fundaes pblicas e sociedades mantidas pelo Poder Pblico submetem-se aocontrole pelo Tribunal de Contas, inclusive com oferecimento de suas contas a este rgopara apreciao (arts. 70 e 71, II, da CF/88).O art. 237 da Lei n. 6.404/76 afirma que a sociedade de economia mista somente poderexplorar os empreendimentos ou exercer as atividades previstas na lei que autorizou a suaconstituio.O capital da empresa pblica dever ser exclusivamente pblico. De acordo com aassertiva b, o examinador entende que os recursos provenientes de uma pessoa jurdicada administrao indireta, ainda que possua natureza de direito privado, sempre serpblico (j que no deixa de pertencer Administrao Pblica).As autarquias possuem autoadministrao, ou seja, so dotadas de bens e receita prpriaque no se confundem com aqueles da pessoa poltica a qual so vinculadas.

  • Comentrio Extra: O controle administrativo exercido sobre os atos das entidades daAdministrao Indireta pelos rgos centrais da Administrao Direta, denomina-setutela ou superviso ministerial e abrange o controle finalstico (quanto obedincia finalidade para a qual foram criadas) dos atos da Administrao Indireta. Cada um destesrgos se vincula a um ente da Administrao Direta, entretanto, possuempersonalidades jurdicas prprias. Portanto, so sujeitos de direito, respondendo porseus atos.7. E Conforme j decidiu o STF, inconstitucional norma local que estabelea acompetncia do Tribunal de Contas para realizar exame prvio de validade de contratosfirmados com o Poder Pblico (ADI 916/MT, Informativos 534 e 537 do STF).Com relao ao capital da empresa pblica da Unio, desde que a maioria do capitalcom direito a voto permanea de propriedade da Unio, admite-se a participao deoutras pessoas de direito pblico interno, bem como de entidades da administraoindireta.O s empregados pblicos das empresas pblicas e sociedades de economia mista,conforme determinado pela Constituio Federal de 1988, esto sujeitos s normastrabalhistas, no se aplicando as regras referentes aposentadoria e estabilidade dosservidores pblicos regidos pelo regime estatutrio.Comentrio Extra: Conforme noticiou o Informativo 534 do STF, entendeu-se que a leiobjeto da ADI 916 ofende a norma prevista no art. 71 da CF/88, a qual tambm se aplicaaos Tribunais de Contas estaduais, pela regra da simetria (CF, art. 75). Isto porque no previsto como atribuio do Tribunal de Contas da Unio o controle prvio e amplodos contratos celebrados pela Administrao Pblica.8. ANULADA Analisando os itens de I a IV no h nas alternativas de a a dnenhuma hiptese que esteja correta.O item I est correto, uma vez que a responsabilidade do Estado subsidiria em relao Autarquia e somente ser acionado quando se esgotar todos os recursos destas pessoasjurdicas de direito pblico.O item II, da forma como est colocada a premissa, no est correto. O Banco do Brasil,ainda que seja uma pessoa jurdica de direito privado, ser acionado na Justia Comumpor ser uma sociedade de economia mista, conforme o art. 109, caput, da CF/88 e aSmula 556 do STF. O simples fato de ser uma pessoa jurdica de direito privado nodesloca a competncia para a Justia Estadual (por exemplo, as empresas pblicasfederais que so pessoas jurdicas de direito privado, como a CEF, so acionadas naJustia Federal).O item IV est correto. A Smula 510 do Supremo Tribunal Federal prev que praticadoo ato por autoridade, no exerccio de competncia delegada, contra ela cabe o mandadode segurana ou medida judicial. Desse modo, o Gerente-Geral do Banco do Brasil S/Apode ser acionado como autoridade coatora em mandado de segurana. Ele poder estar

  • no exerccio de funo delegada federal.O item II no est em consonncia com o disposto no 6 do art. 37 da CF/88.9. A Lon Duguit foi um jurista francs especializado em direito pblico e responsvelpor influenciar significativamente este ramo do direito nas primeiras dcadas do sculoXX. Sua lio estabelece a ideia de servio pblico como fundamento do Estado,reconhecendo na solidariedade e interdependncia as regras para a vida em sociedade.Na viso de Duguit, o Estado no um poder soberano, mas sim derivado da necessidadede organizao social da humanidade. Neste passo, foram substitudos os conceitos desoberania e direito subjetivo pelos de servio pblico e funo social.Comentrio Extra: Para Duguit o servio pblico deveria ser assegurado, disciplinado econtrolado pelos administradores, j que indispensvel efetivao e ao desenvolvimentoda interdependncia social, que s poder ser realizada com a interveno governamental. Administrao Indireta matria cobrada nos concursos da Magistratura Federal, correspondendo a

    aproximadamente 4,8% das questes selecionadas; A maioria das questes baseada em:

    doutrina legislao jurisprudncia O tema corresponde aos seguintes itens no contedo programtico trazido pelos editais dos ltimos

    concursos:

    Magistratura Federal edital comum para as 5 regies

    2. Administrao Direta (rgos pblicos: conceito, espcies, regime); Administrao Indireta: Autarquias, Fundaes Pblicas,Sociedades de Economia Mista e Empresas Pblicas. Principais caractersticas de cada e regimes jurdicos. O regime das subsidirias.Direito Administrativo Econmico. As formas de interveno do Estado. Os princpios constitucionais da ordem econmica e a criao desociedades de economia mista e empresas pblicas.

    As entidades que fazem parte da Administrao Indireta so autarquias, fundaes pblicas, sociedadesde economia mista e empresas pblicas.

    So caractersticas comuns a todas as pessoas jurdicas que fazem parte da Administrao Indireta:personalidade jurdica prpria; patrimnio prprio; e vinculao a rgos da Administrao Direta.

    A vinculao destas pessoas jurdicas Administrao Pblica denomina-se tutela. Para Maria SylviaZanella Di Pietro, tutela a fiscalizao que os rgos centrais das pessoas pblicas polticas (Unio,Estados, Distrito Federal e Municpios) exercem sobre as pessoas administrativas descentralizadas,nos limites definidos em lei, para garantir a observncia da legalidade e o cumprimento de suasfinalidades institucionais.

    Para melhor visualizao das caractersticas de cada entidade da Administrao Indireta, apresentamoso quadro abaixo:

    Autarquias Fundaes Pblicas Sociedades de Economia Mista Empresas Pblicas

    personalidade jurdica dedireito pblico

    personalidade jurdica dedireito pblico (hdivergncia doutrinria)

    personalidade jurdica de direitoprivado

    personalidade jurdica de direitoprivado

    criao por lei especfica criao por autorizaolegislativa especficacriao por autorizao legislativaespecfica

    criao por autorizao legislativaespecfica

    realizao de atividadesespecializadas (capacidade

    desempenham atividadeatribuda ao Estado no

    realizao, em regra, de atividadeseconmicas realizao de atividades econmicas

  • especfica), em regra mbito social

    descentralizaoadministrativa e financeira ,capital pblico e privado capital exclusivamente pblico

    revestimento da forma de SociedadeAnnima

    revestimento de qualquer formaadmitida em Direito

    derrogaes (alteraes parciais) doregime de direito privado por normasde direito pblico

    derrogaes (alteraes parciais) doregime de direito privado por normasde direito pblico

    Com relao natureza jurdica das fundaes, para Celso Antnio Bandeira de Mello, aps o adventoda Constituio Federal de 1988, no h mais dvidas de que se trata de pessoas jurdicas de direitopblico. Entende o doutrinador que a prpria CF/88, ao se referir expressamente que os servidores dasfundaes pblicas estariam sujeitos ao mesmo teto remuneratrio dos servidores da administraodireta e autrquica (CF/88, art. 37, XI), considerou-as como pessoa jurdica de direito pblico.Ressalva o autor que este tratamento no foi dispensado pelo constituinte s pessoas jurdicas dedireito privado que fazem parte da administrao indireta (sociedade de economia mista e empresapblica).

    Em sentido contrrio o entendimento de Maria Sylvia Zanella Di Pietro e Hely Lopes Meirelles, paraos quais a fundao pblica pode ser de direito pblico ou privado, dependendo da lei instituidora.

    Em regra, a explorao da atividade econmica realizada pelo setor privado, mas, excepcionalmente,tal atividade pode ser realizada diretamente pelo setor pblico. As sociedades de economia mista eempresas pblicas, que so pessoas jurdicas de direito privado prestadoras de atividade econmica,devem observar o disposto no art. 173 da CF/88. Portanto, o Estado s poder explorar diretamenteatividade econmica quando necessria aos imperativos da segurana nacional ou relevante interessecoletivo, conforme definido em lei.

    Os pargrafos do art. 173 da CF/88 preveem um sistema que dever ser obedecido pela pessoa jurdicade direito privado exploradora de atividade econmica: exigncia de lei detalhada para a constituiode cada empresa pblica; isonomia tributria entre a empresa pblica e as demais empresas privadas;regulamentao das relaes da empresa pblica com a sociedade (aplicao, por exemplo, das regrasdo Cdigo de Defesa do Consumidor s empresas pblicas e sociedades de economia mista);imposio de responsabilidade empresarial, reprimindo prticas abusivas do poder econmico.

    s pessoas jurdicas de direito privado exploradoras de atividade econmica no se aplicamintegralmente as regras de direito privado, as quais so derrogadas em boa parte pelas normas dedireito pblico. Por exemplo, h obrigatoriedade de prvia licitao para compras e obras, alm danecessidade de concursos pblicos para provimento de seus cargos.

    As causas em que haja interesse das empresas pblicas federais (por exemplo, a CEF), conformepreceitua o art. 109 da CF/88, sero julgadas pela Justia Federal, ao passo que as causas de interessedas sociedades de economia mista federais (por exemplo, o Banco do Brasil) sero julgadas pelaJustia Estadual.

    Decreto-lei n. 200/67. CF/88, art. 37, incisos I a XXII e 6. CF/88, art. 49, inciso X. CF/88, arts. 70 e 71. Cdigo Civil, art. 41, inciso IV. Smula 517 do STF: As sociedades de economia mista s tm foro na Justia Federal, quando a Unio

  • intervm como assistente ou opoente. Smula 556 do STF: competente a Justia Comum para julgar as causas em que parte sociedade de

    economia mista. Smula 39 do STJ: Prescreve em vinte anos a ao para haver indenizao, por responsabilidade

    civil, de sociedade de economia mista. Smula 42 do STJ: Compete Justia comum estadual processar e julgar as causas cveis em que

    parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento. O Tribunal, por maioria, concedeu liminar em ao cautelar para conferir suspenso dos efeitos de

    deciso de 1 instncia que, em execuo, determinara a penhora dos recursos financeiros daCompanhia do Metropolitano de So Paulo METR , at o julgamento de recurso extraordinrio poresta interposto, e para restabelecer esquema de pagamento antes concebido na forma do art. 678,pargrafo nico, do CPC. Sustenta a ora requerente, no recurso extraordinrio, que no se lhe aplica oregime jurdico prprio das empresas privadas (CF, art. 173, 1, II), porquanto no exerce atividadeeconmica em sentido estrito, razo pela qual pleiteia a prerrogativa da impenhorabilidade de seusbens, tal como concedida pela Corte Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos ECT nojulgamento do RE 220906/DF (DJU de 14-11-2002). Tendo em conta tratar-se de empresa estatalprestadora de servio pblico de carter essencial, qual seja, o transporte metrovirio (CF, art. 30, V),e que a penhora recai sobre as receitas obtidas nas bilheterias da empresa que esto vinculadas ao seucusteio, havendo sido reconhecida, nas instncias ordinrias, a inexistncia de outros meios para opagamento do dbito, entendeu-se, com base no princpio da continuidade do servio pblico, bemcomo no disposto no art. 620 do CPC, densa a plausibilidade jurdica da pretenso e presente opericulum in mora. Vencido o Min. Marco Aurlio que indeferia a liminar ao fundamento de que aempresa em questo sociedade de economia mista que exerce atividade econmica em sentido estrito,no lhe sendo extensvel a orientao fixada pelo Supremo em relao ECT (STF, AC 669 MC/SP,rel. Min. Carlos Britto, 6-10-2005).

    (...) Inexigncia de concurso pblico para a admisso dos contratados pela OAB, Autarquias Especiaise Agncias. Carter jurdico da OAB. Entidade prestadora de servio pblico independente. Categoriampar no elenco das personalidades jurdicas existentes no direito brasileiro. Autonomia eindependncia da entidade. Princpio da moralidade. Violao do art. 37, caput, da Constituio doBrasil. No ocorrncia. 1. A Lei n. 8.906/94, art. 79, 1, possibilitou aos servidores da OAB, cujoregime outrora era estatutrio, a opo pelo regime celetista. Compensao pela escolha: indenizao aser paga poca da aposentadoria. 2. No procede a alegao de que a OAB sujeita-se aos ditamesimpostos administrao pblica direta e indireta. 3. A OAB no uma entidade da AdministraoIndireta da Unio. A ordem um servio pblico independente, categoria mpar no elenco daspersonalidades jurdicas existentes no direito brasileiro. 4. A OAB no est includa na categoria naqual se inserem essas que se tem referido como autarquias especiais para pretender-se afirmarequivocada independncia das hoje chamadas agncias. 5. Por no consubstanciar uma entidade daadministrao indireta, a OAB no est sujeita a controle da administrao, nem a qualquer das suaspartes est vinculada. Essa no vinculao formal e materialmente necessria. 6. A OAB ocupa-se deatividades atinentes aos advogados, que exercem funo constitucionalmente privilegiada, na medidaem que so indispensveis administrao da Justia [art. 133 da CF/88]. entidade cuja finalidade afeita a atribuies, interesses e seleo de advogados. No h ordem de relao ou dependncia entrea OAB e qualquer rgo pblico. 7. A Ordem dos Advogados do Brasil, cujas caractersticas soautonomia e independncia, no pode ser tida como congnere dos demais rgos de fiscalizao

  • profissional. A OAB no est voltada exclusivamente a finalidades corporativas. Possui finalidadeinstitucional. 8. Embora decorra de determinao legal, o regime estatutrio imposto aos empregadosda OAB no compatvel com a entidade, que autnoma e independente. 9. Improcede o pedido dorequerente no sentido de que se d interpretao conforme o art. 37, inciso II, da Constituio do Brasilao caput do art. 79 da Lei n. 8.906/94, que determina a aplicao do regime trabalhista aos servidoresda OAB. 10. Incabvel a exigncia de concurso pblico para admisso dos contratados sob o regimetrabalhista pela OAB. 11. Princpio da moralidade. tica da legalidade e moralidade. Confinamento doprincpio da moralidade ao mbito da tica da legalidade, que no pode ser ultrapassada, sob pena dedissoluo do prprio sistema. Desvio de poder ou de finalidade. 12. Julgo improcedente o pedido(STF, ADIN 3026 Informativo 430 8-6-2006, deciso publicada no DJ de 19-6-2006).

    3. DIREITO ADMINISTRATIVO REGULADOR

    I. AGNCIAS: REGULADORAS E EXECUTIVAS. O REGIME JURDICO DAS AGNCIASREGULADORAS: NATUREZA JURDICA, CARACTERSTICAS, CONTRATO DE GESTO,PESSOAL E PODER NORMATIVO

    1. (TRF 5 Regio 2009) Quanto s agncias reguladoras, concesso de servios e s parceriaspblico-privadas, assinale a opo correta.a) As agncias reguladoras tm permisso constitucional expressa para editar regulamentos autnomos

    que ultrapassem a mera elaborao de normas tcnicas.b) Na concesso de servio pblico, aps a apresentao da proposta, a criao, alterao ou extino

    de quaisquer tributos ou encargos legais, ressalvados os impostos sobre a renda, implicar a revisoda tarifa do servio concedido quando comprovado seu impacto. Essa alterao, contudo, no podedeterminar a reduo do valor da tarifa.

    c) Apesar de o no recolhimento da contribuio previdenciria pela concessionria configurardescumprimento de disposio legal o que poderia ensejar declarao de caducidade da concesso, a autoridade mxima do rgo pode, com as devidas justificativas, manter o contrato quando oservio for essencial e prestado sob o regime de monoplio.

    d) A concessionria poder contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades acessrias oucomplementares ao servio concedido. Essa contratao se confunde com a subconcesso, uma vezque a legislao impe os mesmos requisitos para ambos os institutos.

    e) Assim como no prego, o edital de licitao para a contratao de parceria pblico-privada deverprever a inverso da ordem das fases de habilitao e julgamento.

    2. (TRF 5 Regio 2006 questo adaptada) No que se refere ao direito administrativo regulador,s parcerias pblico-privadas e s concesses de servio pblico, julgue o item que segue.O poder normativo das agncias reguladoras encontra-se fundado em normas jurdicas lineares, asquais no revelam muito espao interpretativo para a administrao pblica.

    II. AS PARCERIAS DA ADMINISTRAO PBLICA. PARCERIAS PBLICO -PRIVADAS

    3. (TRF 1 Regio 2006) As parcerias pblico-privadas, de acordo com a Lei n. 11.079/2004:

  • a) So contratos administrativos de concesso;b) No so contratos de concesso, mas contratos administrativos especiais, que envolvem,

    adicionalmente tarifa cobrada dos usurios, contraprestao pecuniria do parceiro pblico;c) So contratos de concesso apenas na modalidade patrocinada;d) So contratos de concesso apenas na modalidade administrativa.

    4. (TRF 2 Regio 2009) Assinale a opo correta a respeito do direito administrativo regulador.a) Deciso de agncia reguladora pode ser alterada por meio de recurso hierrquico.b) As agncias executivas podem ser transformadas em agncias reguladoras, por meio de contrato de

    gesto.c) Os contratos de concesso de servio pblico devem ser precedidos de procedimento licitatrio de

    concorrncia, no qual a anlise da habilitao dos licitantes deve ser obrigatoriamente anterior declassificao das propostas e oferecimento de lances.

    d) Ser obrigatria autorizao por meio de lei especfica para uma concesso patrocinada, no mbitodas parcerias pblico-privadas, em que mais de 70% da remunerao do parceiro privado deva serpaga pela administrao pblica.

    e) De acordo com a lei de regncia atual, os contratos de franquia postal podem ser celebrados pormeio de credenciamento.

    5. (TRF 5 Regio 2006 questo adaptada) No que se refere ao direito administrativo regulador,s parcerias pblico-privadas e s concesses de servio pblico, julgue o item que segue.O contrato de parceria pblico-privada deve ser firmado entre o poder pblico e uma sociedade depropsito especfico, a qual poder adotar a forma de companhia aberta, com valores mobiliriosadmitidos a negociao no mercado.

    6. (TRF 1 Regio 2009) Assinale a opo correta com referncia s parcerias pblico-privadas, deacordo com a Lei n. 11.079/2004.a) permitida a celebrao de contrato de parceria pblico-privada que tenha como objeto nico o

    fornecimento de mo de obra, o fornecimento e instalao de equipamentos ou a execuo de obrapblica, desde que o perodo de prestao do servio seja superior a cinco anos.

    b) Antes da celebrao do contrato de parceria pblico-privada, dever ser constituda sociedade depropsito especfico, que ter de assumir a forma de companhia aberta, com valores mobiliriosadmitidos negociao no mercado.

    c) Concesso administrativa o contrato de prestao de servios de que a administrao pblica sejaa usuria direta ou indireta, desde que no envolva o fornecimento e a instalao de bens.

    d) A contraprestao da administrao pblica ter de ser obrigatoriamente precedida dadisponibilizao do servio objeto do