carnaval? tô fora!

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Carnaval? Tô fora! Experimentando novas possibilidades de fazer telejornalismo Cassandra Barteló¹ O conceito É hora do jantar, um dos poucos momentos do dia em que mãe e filho se encontram. Ela comenta sobre uma reportagem que viu na TV e ele dá sua opinião sobre o assunto. Surpresa, a mãe pergunta: - O que sabe sobre esta notícia? Nunca vejo você assistindo o jornal, está sempre no quarto, em frente ao computador. E o adolescente responde: - Ora, mãe, eu assisto na internet. Não. A cena não é de teatro, nem de cinema. É um episódio real, cada vez mais comum. A internet conquista as pessoas, principalmente as mais jovens, que já cresceram utilizando as novas tecnologias e encontram na rede mundial de computadores, além de entretenimento, um meio de obter informação e conhecimento. É uma nova forma de perceber o mundo. No mesmo momento em que conversa on-line com um amigo, o rapaz pode assistir ao jornal e iniciar uma pesquisa escolar.

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Experimentando novas possibilidades de fazer telejornalismo - vídeo

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Page 1: Carnaval? Tô fora!

Carnaval? Tô fora!

Experimentando novas possibilidades de fazer telejornalismo

Cassandra Barteló¹

O conceito

É hora do jantar, um dos poucos momentos do dia em que mãe e filho se encontram. Ela

comenta sobre uma reportagem que viu na TV e ele dá sua opinião sobre o assunto.

Surpresa, a mãe pergunta: - O que sabe sobre esta notícia? Nunca vejo você assistindo o

jornal, está sempre no quarto, em frente ao computador. E o adolescente responde: -

Ora, mãe, eu assisto na internet.

Não. A cena não é de teatro, nem de cinema. É um episódio real, cada vez mais comum.

A internet conquista as pessoas, principalmente as mais jovens, que já cresceram

utilizando as novas tecnologias e encontram na rede mundial de computadores, além de

entretenimento, um meio de obter informação e conhecimento. É uma nova forma de

perceber o mundo. No mesmo momento em que conversa on-line com um amigo, o

rapaz pode assistir ao jornal e iniciar uma pesquisa escolar.

“O jornal, os quadrinhos, o rádio, o cinema, a televisão, a internet, estão todos inseridos no mesmo suporte e quando colocados em relação, não enquanto mídias propriamente, mas referências às linguagens dessas mídias, permitem tanto a criação de novas estruturas de comunicação quando à introdução mais efetiva do acesso ao enunciatário, construindo o efeito de sentido de efetiva interatividade no processo enunciativo” (Médola, 2006, p. 9)

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¹ Jornalista, graduada pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), em 1995, e com Especialização em Relações Públicas pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em 2005. Trabalhou como repórter em veículos impressos e assessorias e hoje atua como editora na área de economia do Jornal A TARDE.E a internet, junto com outras novas tecnologias, não mudou apenas a forma de perceber

o mundo do espectador/leitor, mas também alterou a maneira de produzir informação.

Hoje, pequenos aparelhos como simples câmaras fotográficas e até mesmo celulares

possibilitam filmagens e, consequentemente, a produção de vídeos, por profissionais e

amadores de uma forma mais “democrática”. É possível produzir, experimentando

novas possibilidades, e veicular informação mais facilmente e de maneira atrativa.

A ideia

Foi justamente a partir da proposta de experimentar novas possibilidades que surgiu o

desafio como tarefa da disciplina Telejornalismo na Era Digital: em pleno Carnaval de

Salvador, a equipe formada por três alunas recebeu a incumbência de filmar um aspecto

específico da festa momesca para transformar em vídeo. Nenhuma das três ia participar

do festejo e todas estavam escaladas para trabalhar a maior parte do Carnaval dentro da

redação². Foi então que surgiu a ideia de buscar entender o que os soteropolitanos que

não brincam Carnaval fazem no período da festa, quais as alternativas que eles têm.

Considerada a maior festa de rua do mundo, o Carnaval de Salvador, de acordo com a

Salvador Turismo (Saltur), entidade oficial de turismo do município, concentra 2

milhões de foliões em seus três circuitos – Osmar (Campo Grande-Praça da Sé), Dodô

(Barra-Ondina), Batatinha (Pelourinho) e nas festas nos bairros – durante os seis dias

de folia. O levantamento do órgão contabilizou, em 2009, negócios gerados da ordem de

R$ 1 bilhão e a criação de 219.205 empregos.

Em 2010, só de turistas nacionais foram mais de 500 mil visitantes, vindos

principalmente dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília,

segundo os dados a Saltur. O número de visitantes de outros estados foi 20% maior que

o registrado no ano passado. E teve ainda aqueles que vieram de outros países e das

demais cidades baianas.

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² As três estudantes que fizeram juntas o vídeo Carnaval? Tô Fora!, Cassandra Barteló, Giovanna Castro e Paula Pitta, trabalham na redação do Grupo A TARDE, sendo uma, a autora deste texto, no jornal impresso e as outras duas na versão on-line. Porém os números grandiosos não estão apenas na festa, mas também fora dela. A

pesquisa Comportamento dos Residentes em Salvador no Carnaval revela que 77% dos

soteropolitanos não participam do Carnaval. São 1,93 milhão de pessoas que não vão à

festa. Deste total, 1,57 milhão (62,7%) de soteropolitanos ficam em casa e 360 mil

(14,3%) viajam. O levantamento, realizado em 2009 e divulgado no início de 2010 pela

Secretaria de Cultura (Secult) e pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais

da Bahia (SEI), mostra que apenas 478 mil moradores da capital (19%) brincam o

Carnaval, enquanto outros 100 mil (4%) vão às ruas trabalhar.

A pesquisa que contraria a máxima de que “atrás do trio elétrico só não vai quem já

morreu” serviu de base para consolidar o tema do trabalho. A intenção da equipe era

captar imagens que mostrassem o que fazem os soteropolitanos que não brincam

Carnaval nos dias de folia. A ideia era aproveitar os horários livres e filmar tudo que

estivesse fora do circuito, mostrando o que muda na rotina dos moradores da cidade.

Sem a genialidade do cineasta Glauber Rocha, que cunhou a frase “uma ideia na cabeça

e uma câmera na mão”, e nem mesmo equipamentos de qualidade profissional, a equipe

“foi à luta”.

“O jornalismo, em particular, sempre nutriu interesse por tecnologias a mobilidade para fazer frente às suas especificidades de produção e publicação de notícias baseadas no caráter imediatista. Talvez agora todas as mídias possam se beneficiar de fato de uma estrutura que permita a proximidade com este tempo real, que vem sendo propalado de forma mais intensa nos últimos 13, 14 anos com a implementação do jornalismo digital e a circulação de informação em redes telemáticas. Possivelmente estamos diante de novos processos de construção da notícia ou de velhos processos potencializados pelas tecnologias da mobilidade”. (Silva, 2008, p. 10)

 

A experiência

Com uma câmera digital amadora e dois celulares, a equipe filmou o que viu fora do

circuito festivo: pessoas em praias, restaurantes, nas ruas, nos pontos de ônibus, na

rodoviária. Particularmente para a autora deste texto, uma profissional acostumada às

especificidades da produção do texto e a fotografar de forma amadora, a experiência de

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pensar no fluxo das imagens foi completamente diferente, ímpar. Como não pensar

apenas na imagem estática, aquilo que seria clicado para registrar um momento único?

Na rodoviária, não bastava focar no relógio que marca meio dia na rodoviária de

Salvador ou nas pessoas e clicar, era preciso mostrar o movimento no terminal.

Em um episódio curioso, ao fazer as imagens na rodoviária, a estudante foi abordada

por um segurança da estação: – Só pode filmar aqui quem é da imprensa. Bastou

mostrar a carteira do Sindicato dos Jornalistas para o homem liberar a filmagem, sem ao

menos perguntar do que se tratava e para que veículo a filmagem estava sendo feita. A

situação mostra o quanto o uso de um equipamento, mesmo que um simples celular,

requer uma determinada habilidade, que vai além da técnica.

Diferente do papel e caneta, em geral, usado por quem vai produzir o texto, o

equipamento de filmagem atrai a atenção, bem como inibe quem está do outro lado da

câmara, sendo filmado. Abordagens como a do segurança da rodoviária são comuns

quando o cinegrafista, bem como o fotógrafo, “saca” seu equipamento. E nem sempre

elas são feitas de forma educada ou amigável. As pessoas, que são potenciais fontes,

também, em sua maioria, se sentem inibidas com a presença do equipamento. O

profissional precisa saber lidar com as situações e, quando necessário e na medida do

possível, “conquistar” as fontes, mostrando a importância do trabalho.

A prática

Após o processo individual, sem que uma tivesse visto o que a outra produziu, a equipe

levou as filmagens para a sala de aula, onde a edição seria feita. Seria a etapa mais

complexa, já que nenhuma tinha experiência com o programa usado para a edição, o

Movie Maker. Inicialmente, todas assistiram as imagens produzidas pelas demais e

partiram para trilhar o caminho pensando na aula anterior proposto em roteiro.

No roteiro inicial, existiam duas propostas. A primeira era a de captar imagens de

pessoas no cinema, praia, praça, lendo, assistindo o Carnaval pela TV, ruas livres, entre

outras formas de entretenimento. A segunda era fazer um vídeo (animado ou não) das

pessoas que querem fugir da folia, mas que encontram dificuldade, seja porque moram

no circuito ou porque a cidade, em clima de festa, oferece poucas oportunidades de

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diversão. Só após as filmagens prontas foi possível perceber que a primeira opção

prevaleceu.

A trilha sonora proposta inicialmente foi mantida. A equipe escolheu a música Atrás do

trio elétrico, de Caetano Veloso. A intenção era, de forma irônica, mostrar que a

máxima imortalizada pela conhecida canção de que todos pulam Carnaval, ficando de

fora apenas quem já “morreu”, não é necessariamente verdadeira. Procuramos “casar”

as imagens das pessoas nas ruas, fora do circuito de Carnaval, com os trechos da

música, a exemplo da família correndo, não atrás do trio, mas para atravessar a rua para

chegar à praia; ou do sol, mas não aquele do circuito e sim o de quem aproveita de

sunga e biquíni.

“En ninguna situación texto e imágenes pueden ser discordantes, un problema que no es constatable en la radio por sus propias características. Aun así, haciendo una analogía entre la imagen de la televisión y el sonido de la radio, en este último caso la palabra tiene el papel principal y el sonido es un complemento ya que el poder de los sonidos no verbales de fuentes naturales o artificiales son muchas veces incomprendidas por los periodistas (De Wolk, 2001). Esta será, quizás, la característica que marca la diferencia entre los principios de construcción en uno y outro médio” (Canavilhas, 2007, p.49).

O resultado

No vídeo, tudo ganha uma nova conotação, como o relógio da rodoviária que marca o

horário no mesmo momento em o meio-dia é cantado. Enquanto na música o trecho

“Nem quero saber se o diabo / Nasceu, foi na Bahi ... / Foi na Bahia / O trio elétrico /O

sol rompeu /No meio-dia /No meio-dia”, tem uma alusão direta com a festa profana. No

trabalho, que ganhou o título de Carnaval? Tô fora!, é a lembrança da hora para aqueles

que vão embarcar e não podem perder o ônibus.

Sutilmente, o vídeo também mostra que é período de Carnaval, por meio, por exemplo,

das imagens de placas de publicidades dos anunciantes da festa colocadas na orla da

cidade, mesmo nos locais fora do circuito, da TV no restaurante mostrando imagens da

festa e da pata do camaleão tatuada na perna de uma pessoa na praia, em referência a

banda que leva o nome do animal e uma das mais conhecidas do axé.

Page 6: Carnaval? Tô fora!

No site https://sites.google.com/site/carnavalcon, criado para a disciplina, o vídeo foi

postado na categoria Alternativas dos Divergentes. A equipe optou por capturar uma das

imagens do vídeo e colocar sobre ela um pequeno texto com os resultados da pesquisa

que revela que 77% dos soteropolitanos não brincam Carnaval. A imagem funciona

como uma espécie de capa, na qual o internauta clica e assiste ao vídeo Carnaval? Tô

Fora! Em um mesmo ambiente, postamos vídeo, foto e texto.

A finalização, por mais simples que seja o produto final, não foi tão fácil, já que a

equipe não tinha os equipamentos adequados, o que é possível perceber claramente na

diferença da qualidade das imagens produzidas pela câmara, mesmo amadora, das feitas

com celular. As imagens realizadas com celular ficaram bem aquém do desejado. Um

outro obstáculo enfrentado pela equipe, como pelos demais alunos da turma, foi a

dificuldade técnica em sala de aula para postar os vídeos.

Os exemplos

Embora o resultado final do vídeo Carnaval? Tô fora! seja o de uma produção amadora,

o trabalho possibilitou a reflexão sobre as novas possibilidades de experimentações a

partir do uso da tecnologia digital associada à internet. Experiências cuidadosamente

produzidas por profissionais e até mesmo amadores reforçam a certeza de que a

multimidialidade possível principalmente a partir da internet amplia as possibilidades. A

multimidialidade no sentido de “convergência dos formatos das mídias tradicionais

(imagem, texto e som) na narração do fato jornalístico” (Palacios, 2003, p.17).

Em seu quinto ano, o portal de literatura Cronópios (www.cronopios.com.br) é um

exemplo de experiência alternativa bem sucedida. Mais especificamente, dentro do

portal, a TV Cronópios, criada em 2007, como descreve Spinelli (2009, p.3), tem o

objetivo de estudar e desenvolver uma linguagem de vídeo para a web, apresentando um

caráter de documentação e experimentação e criando programas que experimentam o

uso de narrativas audiovisuais multimídias.

O exemplo mais contundente é o programa de entrevistas Bitniks, gravado com a

participação do público e que tem uma proposta de edição multimídia. O ambiente do

programa dentro do portal, além da própria entrevista, traz um making off em fotografia,

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um texto com a biografia do entrevistado e depoimentos de pessoas ligadas ao

entrevistado.

É possível citar outros exemplos de experimentação de multimidialidade em programas

alternativos produzidos para a internet, como o Ambulantes no Trem

(http://www.ambulantesnotrem.com) feitos pelo Grupo Buscapé sobre a atividades dos

trabalhadores informais nos trens da região metropolitana de São Paulo, o site traz

estatísticas sobre o trabalho informal, entrevistas com economistas, depoimentos de

trabalhadores e de usuários. Em um exemplo de boa utilização de multimidialidade, são

postadas fotografias, filmagens, áudios, mapas.

A conclusão

Os grandes grupos de comunicação também já estão atentos às novas possibilidades e

apostando principalmente em reportagens especiais multimídias. O Clárin, proprietário

de um dos principais grupos de comunicação da Argentina, em 2008, decidiu percorrer

4 mil quilômetros por oito estados cortados pela Rota 66 para reportar a expectativa dos

norte-americanos em torno das eleições presidenciais. A equipe do Clárin mostrou em

fotografias, vídeos, detalhes da estrada que recebeu o primeiro motel e o primeiro

McDonald's do mundo, e foi cenário de filmes como Bagdá Café. O trabalho resultoou

no site Rota 66 (http://www.clarin.com/diario/2008/10/10/conexiones/inicio_ruta.html).

“Somente no webjornalismo de terceira geração, fase na qual se encontra o desenvolvimento do meio atualmente, é que aparece uma preocupação com a construção de narrativas hipertextuais com conteúdo multimídia. Não é uma transposição de conteúdo do impresso para o meio digital, nem uma mistura de linguagens na mesma página (como fazem a maioria dos portais brasileiros), mas uma construção de uma linguagem efetivamente on-line”. (Spinelli, 2009, p.4).

A análise detalhada de cada um destes exemplos poderia resultar em artigos distintos e

profícuos, mas o que se pretende aqui é entender como o surgimento das novas

tecnologias abriu possibilidades para a prática jornalística. É certo de que tudo ainda é

incipiente, principalmente no que diz respeito a reportagem diária. Como observa

Spinelli (2009, p. 12), “no cenário jornalístico digital brasileiro ainda está em por ser

desenvolvida a construção de linguagens narrativas multimídia e a formação de equipes

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especializadas de produção”. Mas já é possível perceber que as mudanças não são

apenas promessas. Não é mais história de filme de ficção.

Endereços na internet

Carnaval.con – site criado pela professora Leila Nogueira para a postagem dos

trabalhos da disciplina Telejornalismo na Era Digital -

https://sites.google.com/site/carnavalcon

Cronópios – portal de arte e literatura, produzido por estudiosos da Universidade de

Campinas (Unicamp) – http://www.cronopios.com.br

Ambulantes no Trem – site desenvolvido por um grupo de cinco estudantes, intitulado

Buscapé, como TCC. http://www.ambulantesnotrem.com/

Referências bibliográficas

CANAVILHAS, João. Webnotícia: propuesta de modelo periodístico para la www.

Covilhã: Livros LabCom, 2007

MÉDOLA, Ana Sílvia Lopes Davi. Da TV Analógica para a digital: elementos para

a compreensão da práxis enunciativa. Trabalho apresentado ao Drupo de Trabalho

“Produção de Sentido nas Mídias, do XV Encontro da Compôs, na Unesp, Bauru, SP,

em junho de 2006

PALACIOS, Marcos. Ruptura, continuidade e potencialização no jornalismo on-

line: o lugar da memória. In:MACHADO, Elias e PALACIOS, Marcos (Orgs).

Modelos de jornalismo digital. Salvador: Calandra, 2003

PICCININ, Fabiana. Edição na TV: Olhares híbridos no tratamento da notícia. IN:

FELIPPI, Ângela, SOSTER, Demétrio de Azevedo e PICCININ, Fabiana.Edição de

imagens em jornalismo. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2008

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SILVA, Fernando Firmino da.  Jornalismo reconfigurado: tecnologias móveis e

conexões sem fio na reportagem de campo. Apresentado no Intercom.

Natal-RN/Brasil, 2008.

SILVA, Fernando Firmino da.  Jornalismo e tecnologias da mobilidade: conceitos e

configurações. Apresentado no ABCiber. São Paulo/Brasil, 2008. 

SOSTER, Demétrio de Azevedo. Telewebjornalismo, entre a autonomia e o

outsourcing. IN: FELIPPI, Ângela, SOSTER, Demétrio de Azevedo e PICCININ,

Fabiana.Edição de imagens em jornalismo. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2008

SPINELLI, Egle Muller. TV Cronópios: Experiência de programa de entrevista

multimídia na web. São Paulo: Revista Alterjor (ECA/USP), 2009