carnaval 2015 - 16 de fevereiro de 2015

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C a r n a v a l Especial MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2015 [email protected] 3090-1000 2 0 1 5 Escola desfila pela primeira vez no Grupo Especial contando a história da luz – e de sua falta nos dias atuais MÁRCIA OLIVEIRA* Equipe do AGORA Em sua estreia no grupo especial, Impé- rio fez bonito FOTOS: IONE MORENO Alegria e confiança no resultado: receita do vigor nas apresentações CARNAVAL 2015 C om uma bateria forte e rit- mada, a escola Império da Kamélia estreou no grupo especial e abriu os desfiles na noite de sábado (14) no Centro de Convenções do Amazonas, na Zona Centro-Oeste, iniciando o mo- mento mais esperado do Carnaval amazonense, cujas agremiações campeãs de cada grupo serão co- nhecidas hoje, com a apuração que começará às 9h no sambódromo. A disputa pelo título no grupo especial está entre A Grande Fa- mília, Reino Unido, Vitória-Régia e Unidos do Alvorada, que ganharam a preferência do público no último sábado e foram apontadas como favoritas durante o desfile. Mesmo com o Centro de Con- venções vazio, a escola Império da Kamélia não se intimidou e mostrou a que veio, trasbordando beleza, luxo e muita animação. Ainda na concentração, os compo- nentes aguardavam ansiosos pela tão esperada estreia. Segundo a professora Ariane Oliveira, 28, uma das componentes da escola, o des- file da agremiação foi mais que esperado. Conforme a brincante, o último ensaio teve uma carga mui- to grande de emoção e expectativa. “A Kamélia é uma escola de bairro, e apesar da tradição de mais de sete décadas, apenas agora teve o lugar de destaque que merece”, conta a professora. A escola campeã do grupo de acesso iniciou sua apresentação por volta das 19h13 e levou para o sambódromo o tema “Luz, energia que move o mundo”, contando a história da evolução da luz na humanidade, e em sua entrada sur- preendeu quem estava esperando, com muitas plumas, pa- etês e brilho, em um Carnaval digno de grupo especial. O luxo adornou a escola desde a comissão de fren- te, que repre- sen- tava o surgimento da luz, tanto o divino como o tecnológico, passando pe- los quatro carros que cruzaram a avenida do samba. Já no carro abre-alas, a escola mostrou o tra- balho realizado pelos seus artistas, chamando a atenção do público com 14 destaques suspensos. As alas da escola representa- ram tanto a luz quanto a falta dela. A primeira, a “Ala das tre- vas”, simbolizava o período escu- ro e sombrio, seguido pela idade da pedra, recontando como o povo da época descobriu o fogo, tema da terceira da ala. Já a quarta ala, “O Sol”, representava a Grécia Antiga. A bateria foi um dos grandes atrativos, ritmada, forte, har- mônica e “nervosa”, contagian- do os 2,2 mil componentes da agremiação e todos os foliões que começaram a preencher o sambódromo na metade da apresentação da escola. “Es- tou muito emocionada, minha primeira vez como madrinha”, contou a apresentadora Norma Araújo, madrinha da bateria, que também estreou no Carnaval. A apresentação da Kamélia durou aproximadamente 60 minutos. Para a dona de casa Maria José Oliveira, 31, que prestigiou a apresentação, a agremiação surpreendeu. “Eu venho todos os anos assistir ao desfile, e confesso que me surpreendi. Eu não esperava que uma escola do grupo de acesso pudesse realizar um desfile tão rico”, contou. Para o presidente da escola, Almério Botelho, o desfile teve um saldo positivo. “Nossa escola não vem brigar pelo título, porém viemos para ficar”, desabafou. * Com texto de Karine Pantoja, do AGORA Das trevas à luz, tema da Kamélia marca sua estreia GARRA Mesmo com o Centro de Convenções ainda vazio, a escola Impé- rio da Kamélia não se intimidou e mostrou a que veio, transbordan- do beleza, luxo e muita animação em sua es- treia no grupo especial ESPECIAL - 01.indd 1 15/2/2015 21:14:29

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Carnaval 2015 - Caderno especial do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Carnaval 2015 - 16 de fevereiro de 2015

CarnavalEspe

cial

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2015 [email protected] 3090-1000

2015

Escola desfila pela primeira vez no Grupo Especial contando a história da luz – e de sua falta nos dias atuais

MÁRCIA OLIVEIRA*Equipe do AGORA Em sua estreia no

grupo especial, Impé-rio fez bonito

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Alegria e confi ança no resultado: receita do vigor nas apresentações

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2015

Com uma bateria forte e rit-mada, a escola Império da Kamélia estreou no grupo especial e abriu os desfi les

na noite de sábado (14) no Centro de Convenções do Amazonas, na Zona Centro-Oeste, iniciando o mo-mento mais esperado do Carnaval amazonense, cujas agremiações campeãs de cada grupo serão co-nhecidas hoje, com a apuração que começará às 9h no sambódromo.

A disputa pelo título no grupo especial está entre A Grande Fa-mília, Reino Unido, Vitória-Régia e Unidos do Alvorada, que ganharam a preferência do público no último sábado e foram apontadas como favoritas durante o desfi le.

Mesmo com o Centro de Con-venções vazio, a escola Império da Kamélia não se intimidou e mostrou a que veio, trasbordando beleza, luxo e muita animação. Ainda na concentração, os compo-nentes aguardavam ansiosos pela tão esperada estreia. Segundo a professora Ariane Oliveira, 28, uma das componentes da escola, o des-fi le da agremiação foi mais que esperado. Conforme a brincante, o último ensaio teve uma carga mui-to grande de emoção e expectativa. “A Kamélia é uma escola de bairro, e apesar da tradição de mais de sete décadas, apenas agora teve o lugar de destaque que merece”, conta a professora.

A escola campeã do grupo de acesso iniciou sua apresentação por volta das 19h13 e levou para o sambódromo o tema “Luz, energia que move o mundo”, contando a história da evolução da luz na humanidade, e em sua entrada sur-preendeu quem estava esperando,

com muitas plumas, pa-etês e brilho, em um Carnaval digno de grupo especial.

O luxo adornou a escola desde

a comissão de fren-

te, que repre-s e n -

tava o

surgimento da luz, tanto o divino como o tecnológico, passando pe-los quatro carros que cruzaram a avenida do samba. Já no carro abre-alas, a escola mostrou o tra-balho realizado pelos seus artistas, chamando a atenção do público com 14 destaques suspensos.

As alas da escola representa-ram tanto a luz quanto a falta dela. A primeira, a “Ala das tre-vas”, simbolizava o período escu-ro e sombrio, seguido pela idade da pedra, recontando como o povo da época descobriu o fogo, tema da terceira da ala. Já a quarta ala, “O Sol”, representava a Grécia Antiga.

A bateria foi um dos grandes atrativos, ritmada, forte, har-mônica e “nervosa”, contagian-do os 2,2 mil componentes da agremiação e todos os foliões que começaram a preencher

o sambódromo na metade da apresentação da escola. “Es-tou muito emocionada, minha primeira vez como madrinha”, contou a apresentadora Norma Araújo, madrinha da bateria, que também estreou no Carnaval.

A apresentação da Kamélia durou aproximadamente 60 minutos. Para a dona de casa Maria José Oliveira, 31, que prestigiou a apresentação, a agremiação surpreendeu. “Eu venho todos os anos assistir ao desfile, e confesso que me surpreendi. Eu não esperava que uma escola do grupo de acesso pudesse realizar um desfile tão rico”, contou.

Para o presidente da escola, Almério Botelho, o desfi le teve um saldo positivo. “Nossa escola não vem brigar pelo título, porém viemos para fi car”, desabafou.

* Com texto de Karine Pantoja, do AGORA

Das trevas à luz, tema da Kamélia marca sua estreia

GARRAMesmo com o Centro de Convenções ainda vazio, a escola Impé-rio da Kamélia não se intimidou e mostrou a que veio, transbordan-do beleza, luxo e muita animação em sua es-treia no grupo especial

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E2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2015Carnaval 2015

Problemas afetam desfi le da Andanças de CiganosAtrasada em sua entrada, a segunda escola a desfi lar enfrentou problemas em alegorias, afetando seu desempenho

Com um atraso de 20 minutos, a G.R.E.S. An-danças de Ciganos foi a segunda escola a des-

fi lar no Centro de Convenções de Manaus, na noite do último sábado (14). A agremiação entrou na avenida com defei-tos no primeiro carro alegórico, problemas no som e com a pri-meira ala em desarmonia com o enredo. Em sua segunda apre-sentação como escola do grupo Especial, a agremiação trouxe o tema “No clamor do seu povo desperta o guerreiro esquecido, Ajuricaba, o herói Manaó”, con-tando a história de um lendário guerreiro do século 18.

Ainda na concentração, os foliões já mostravam o samba no pé e o sorriso no rosto para ganhar o público e os jurados. “Estou só na expectativa para nossa entrada, fomos prejudi-cados este ano pela falta de verba, mas mesmo assim nós ensaiamos muito”, comentou o intérprete Agnaldo do Samba.

A escola iniciou seu desfi le às 20h30, e logo no começo, o primeiro carro alegórico teve muitos problemas. O guerreiro Ajuricaba representado nele teve a sua cabeça virada ao contrário, as luzes da alegoria não ligaram e os dez brincan-tes que estavam suspensos não pareciam animados e pouco

dançaram, prejudicando assim a beleza da alegoria.

Os integrantes da primeira ala trouxeram uma dança tipi-camente indígena, mas ainda pareciam um pouco perdidos no compasso da música. O casal de mestre-sala e porta-bandeira apresentou beleza e luxo em suas vestes dourada e preta mostrando todo samba no pé e cumprimentando o público.

A ala das baianas ganhou des-taque trazendo idosas como a aposentada Marluce Gomes,66, que com um grande sorriso se emocionou ao falar que todos os anos ela faz questão de descer a avenida com a agremiação, e que a escola faz parte da vida dela. “Toda vez eu fi co nervosa e animada para dançar. Essa animação do público é que me mantém viva”, afi rmou.

Mostrando toda sua euforia, a funcionária pública Francieli Santos, 37, que é cadeirante, veio vestida de baiana e disse que este ano resolveu descer a avenida em sua cadeira de rodas. “Todos os anos eu ve-nho suspensa na alegoria, mas resolvi desafi ar meus limites, e estou adorando essa adre-nalina de estar aqui pertinho de todos”, declarou.

O terceiro carro alegórico trouxe algumas mulheres com seios à mostra, ilustrando as índias adoradas do lendário guerreiro Ajuricaba, dançado em harmonia umas com as

outras, mas a alegoria teve problemas em meio ao des-fi le e deixou a avenida com espaço vazio. Todas as alas estavam com fantasias cheias de penas e muito brilho, ilus-trando a riqueza em que vivia aquele povo. Cores vibrantes como o amarelo, vermelho e o verde predominaram.

O quarto carro alegórico trou-xe o Teatro Amazonas como foco ilustrando os espectado-res que usavam leques luxuosos para aliviar o calor e binóculos para assistir o espetáculo.

Um acidente no meio do des-fi le assustou o Corpo de Bom-beiros e espectadores, quando um drone (câmera móvel) de uma emissora de televisão caiu em cima dos foliões e integrantes da corporação. O aparelho acabou ferindo levemente um idoso. Levado para uma das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ele foi liberado.

A escola fechou o desfi le com 61 minutos e 59 segun-dos de duração e teve mui-tas críticas do público. A dona de casa Maria Rosa Sena, 43, disse que gostou da animação dos brincantes, mas achou a bateria fraca e sem ritmo.

Ao sair da avenida, o presiden-te da escola, Wilson Benayon, ressaltou que a agremiação deu o máximo de si , mas afi rmou não ter gostado do desempenho.

ANA SENAEquipe do AGORA

Focada na saúde e no exotismo

O Grêmio Recreativo Escola de Samba (G.R.E.S.) Unidos da Alvorada foi a terceira escola a desfi lar no Carnaval 2015, após a Andanças de Ciganos, na noite de sábado (14). De modo geral, a apre-sentação foi tranquila e os tor-cedores na arquibancada do sambódromo vibraram com agremiação. A escola saiu da avenida com o tempo de uma hora e três minutos, dentro do prazo estabelecido.

A agremiação levou para avenida o tema de enredo “Saúde, alegria e paz – o resto a gente corre atrás”. O enredo surgiu de uma sugestão do presidente da agremiação, Heroldo Linhares. De acordo com o carnavalesco, a saú-de vem sendo discutida em todo o país com descaso. “Nossa ideia é levar à so-ciedade e ao poder público

que a saúde deve ter mais atenção de todos a cada dia. E que a saúde bem cuidada signifi ca vida prolongada”, explicou o presidente.

Os 3,5 mil brincantes da escola de samba foram divi-

didos em 26 alas que mos-traram, cada uma, desde o nascimento do homem até os cuidados com a saúde. Nas alegorias, muitas fi-guras de rosto, alguns exó-ticos, além da beleza da

mulher da amazônica com traços exuberantes, mas sempre reforçando a ideia proposta pela agremiação de que “a saúde deve ser tratada com seriedade por todos nós, independente de classe social”.

Um dos principais des-taques foi a comissão de frente, que trouxe a ma-gia do surgimento da vida, com integrantes vestidos de médicos e enfermeiros, além de monges que repre-sentavam a vida. O carro abre-alas também chamou atenção do público, trazendo a fi gura da era Egito.

A escola desceu a passa-rela do samba com quatro alegorias e 26 alas. Ao todo, 80 baianas se apresentaram no segundo setor do desfi le. A bateria fez estremecer o coração dos brincantes e dos torcedores na arquibancada. O samba-enredo foi interpre-tado por Auzier do Samba.

MENSAGEMOs 3,5 mil brincantes da escola de samba Unidos da Alvorada foram divididos em 26 alas que mostraram, cada uma, desde o nascimento do homem até os cuidados com a saúde

UNIDOS DA ALVORADA

Unidos do Alvorada

mostrou belo espetá-

culo no desfi le

A agremiação primou

pelo exotismo de

suas fantasias

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Problemas na ale-

goria de Ajuricaba:

desempenho fraco

Escola entrou com

atraso na passarela

do sambódromo

JOSEMAR ANTUNESEspecial EM TEMPO ONLINE

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E3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2015Carnaval 2015

A Grande Família revela infl uência da cultura afro Contando a história do candomblé desde os porões dos navios negreiros, escola entrou fi rme para conquistar o título

A gigante da Zona Leste, A Grande Família, ini-ciou seu desfi le às 23h de sábado (14) e levou

para a passarela do samba 21 alas, cinco carros alegóricos, 3,6 mil brincantes e 250 rit-mistas com o enredo “Orixás: a força que vem da natureza”, composta por Alan Vasconcelos, Gueivy Garcia, Gleison Garcia, Val Fernandes, André do Banjo e Júnior Feijão. A agremiação apresentou uma surpresa logo na primeira alegoria, que fazia parte da coreografi a da co-missão de frente, com efeitos especiais que davam ilusão do lançamento de um foguete.

Esse foi o primeiro ano de participação de Luiz Gilberto An-drade Lima, o Luizinho, fi lho do patrono da escola, Luiz Gilberto, que foi por mais de 20 anos presidente da agremiação.

Um dos pontos cruciais e o mais importantes do des-fi le foi a alegoria viva, com os integrantes da comissão de frente executando uma coreo-grafi a bem sincronizada, har-moniosa, que interpretava a história dos orixás.

Nessa estreia como presidente, Luizinho fa-lou da importância de estar com essa respon-sabilidade este ano e dos desafi os que o esperam. “É uma emoção muito grande estar como presi-dente da escola, descre-vendo em cada ala e no próprio enredo o verda-deiro amor pela escola. Nessa nova fase vamos mostrar quem faz o ver-dadeiro Carnaval e quem é a melhor”, afi rmou.

A agremiação contou, por meio de suas alego-rias, a história de

navios negreiros que chegaram entre os séculos 16 e 19 trazen-do centenas de africanos para trabalharem como escravos no Brasil Colônia. Em seus porões, viajava também uma religião estranha aos portugueses, con-siderada feitiçaria pelos colo-nizadores, surgindo assim uma das religiões mais populares do país: o candomblé.

O candomblé, com seus ba-tuques e danças, é uma festa para os adeptos e, com suas divindades geniosas, é a religião afro-brasileira mais infl uente do país. Por isso, para levar os ma-nauenses ao mundo do candom-blé, a agremiação trouxe para a avenida do samba o enredo “Orixás: a força que vem da natu-reza”, que mostrou a origem dos orixás e sua importância para o destino da humanidade.

Com essa proposta de mos-trar o que a cultura afro tem de mais infl uente na cultura brasileira, a agremiação trouxe uma ala representando os ori-xás coordenada pelo babalorixá Alberto Jorge, principal articu-lador nacional de luta contra o preconceito e ódio religioso no Estado.

A escola apresentou ainda, durante o desfi le, problemas mecânicos em dois dos car-ros alegóricos, rapidamen-te solucionados pela equi-pe de harmonia coordenada por Arleson Mota.

A agremiação trouxe ainda personalidades conhecidas do cenário artístico da cidade, como as cantoras Márcia Si-queira e Lucilene Castro, o ator e diretor teatral Michel Guerreiro e os comediantes Rosa Mala-gueta e Raimundo.

MAIRKON CASTROEspecial EM TEMPO ONLINE

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Com o tema, escola

revelou importância

do candomblé

drade Lima, o Luizinho, fi lho do patrono da escola, Luiz Gilberto, que foi por mais de 20 anos presidente da agremiação.

Um dos pontos cruciais e o mais importantes do des-fi le foi a alegoria viva, com os integrantes da comissão de frente executando uma coreo-grafi a bem sincronizada, har-moniosa, que interpretava a história dos orixás.

Nessa estreia como presidente, Luizinho fa-lou da importância de estar com essa respon-sabilidade este ano e dos desafi os que o esperam. “É uma emoção muito desafi os que o esperam. “É uma emoção muito desafi os que o esperam.

grande estar como presi-dente da escola, descre-vendo em cada ala e no próprio enredo o verda-deiro amor pela escola. Nessa nova fase vamos mostrar quem faz o ver-dadeiro Carnaval e quem é a melhor”, afi rmou.

A agremiação contou, por meio de suas alego-rias, a história de

gueta e Raimundo.

Com o tema, escola

revelou importância

do candomblé

Alegorias trouxeram

um pouco da história

do candomblé

Escola resgatou a história das religiões de matriz africana

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DIEGO JANATÃDIEGO JANATÃ

Elegância, cores e be-

leza na apresentação

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Lutas e muito luxo na escola Sem CompromissoDos gladiadores romanos ao UFC, escola mostrou a relação do homem de várias épocas com a luta

Com muita criatividade, o Grê-mio Recreativo Escola de Sam-ba (G.R.E.S) Sem Compromisso transformou a avenida do samba

em um ringue a céu aberto seguindo o enredo “Lutar sempre, vencer talvez, desistir jamais”.

Em exatos 59 minutos de apresenta-ção, a quinta escola da noite narrou a relação do homem de diferentes civili-zações e épocas com a luta. Desde os primórdios até a criação do Ultimate Fighting Championship (UFC), os três mil brincantes, distribuídos em 25 alas, passearam pela força dos ho-mens de neanderthal, a agilidade dos gladiadores romanos e dos guerreiros espartanos, a organização das tropas medievais, a sutileza dos samurais japoneses e a mistura moderna das técnicas do M.M.A.

Os artistas da comissão de frente, fantasiados de lutadores, surgiram de dentro do carro abre-alas em formato de tucano, o símbolo da escola.

Foram cinco carros alegóricos e um dos mais criativos representou a arte da luta milenar do povo japonês. A es-trutura trazia um guerreiro em posição de combate, cercado de dragões e atrás de um palácio de estilo oriental. De branco com detalhes em prateado, a fantasia das baianas fez referência à cultura africana, que também desen-volveu diferentes técnicas de luta.

A luta moderna foi representada pelos foliões “preparados para entrar no ringue”, trajando roupão, short e, claro, o famoso cinturão dos vence-dores. Contudo, uma das alas mais

irreverentes foi sem dúvida a dos su-per-heróis mascarados, com direito à capa e balõezinhos de onomatopéias sobre a cabeça.

Cada cultura foi representada por uma combinação de nuances que co-loriu a avenida.

O último carro alegórico trouxe ima-gens de lutadores famosos, como Mike Tyson, John Jones e do amazonense José Aldo, que não participou do desfile.

À 0h09 de domingo, a escola tomou toda a avenida. Oito minutos depois foi a vez de a bateria ocupar o recuo, sem deixar buracos e sem prejudicar sua evolução.

Antes de deixar a passarela, a bateria - sempre coreografada - parou próximo à saída e tocou para a arquibancada.

A Sem Compromisso driblou o atraso na liberação do patrocínio do Estado – feito somente um dia antes do des-file, na sexta-feira (13) – e o aumento significativo dos preços dos materiais como ferragens e plumas, com trocas inteligentes mas sem perder o brilho. Em algumas alas, por exemplo, as pe-nas foram produzidas com um material emborrachado e nos pés os brincantes usaram meias sobre os calçados. “Tive-mos que abortar 40% do nosso projeto inicial. O certo era nos repassarem o dinheiro pelo menos com três meses de antecedência. Mas deu certo, viemos com um samba bonito e a comunidade da Zona Norte nos abraçou. A escola estava linda, veio com garra e vamos para as cabeças”, afirmou o carnava-lesco Augusto Maciel, que trabalha no Carnaval desde 1981.

Cantores amazonenses participaram do desfile da escola. “Gosto de todas, mas por esta tenho mais apreço desde quando tive a honra de ser homena-geado e receber o título benemérito”, afirmou o cantor Chico da Silva.

O enredo foi entoado também pelo cantor e atual apresentador do boi Caprichoso, Arlindo Júnior, que desde 2000 desfila pela Sem Compromisso. “Eu vim do samba. É minha raiz. Nosso enredo está muito bom, para cima, agitado, com tons altos, bom para a galera cantar”, disse.

Emocionado após a apresentação, o vice- presidente da escola, Ba-tista Lima, acredita na vitória. “A Sem Compromisso foi linda, o pú-blico esteve com a gente todo o tempo pulsando, foi muita alegria. Vamos chegar lá”, afirmou.

IVE RYLOEquipe EM TEMPO

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Alegoria da Sem

Compromisso entra

na passarela

A história de diferentes épocas da luta foi o tema da escola este ano

claro, o famoso cinturão dos vence-Mestre

-sala e porta-

bandeira fi zeram bela

apresentação

Sem Compromisso levou

seu desfi le até a madru-

gada de domingo

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tes de todas as idades

marcou o desfi le

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E5MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2015Carnaval 2015

Mocidade de Aparecida homenageia o vizinho AcreHistória do Estado foi a inspiração para a sexta escola do grupo especial a se apresentar no sambódromo ontem

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Mantendo a tradição de levar para a ave-nida um desfi le lu-xuoso, a G.R.E.S.

Mocidade Independente de Aparecida mostrou as bele-zas e a história do Acre com o enredo “Aquiri – Orgulho do Brasil” na madrugada de on-tem. Durante 63 minutos de apresentação, a sexta escola do Grupo Especial a se apresen-tar levou alegria e animação para o Centro de Convenções, com destaque para o carro abre-alas – um jacaré de 30 metros com movimentos e com acabamento impecáveis – e os efeitos especiais das outras alegorias.

Para o carnavalesco da Apa-recida, Saulo Borges, a escola levou ao sambódromo uma his-tória que merece ser contada. “Falamos de Acre, Acre e Acre. Independente de qualquer coi-sa, é a nossa homenagem a um povo guerreiro, que lutou, sobretudo, para ser brasilei-ro. Um povo que enfrentou todos os inimigos e até hoje enfrenta, por conta das difi -culdades pelas quais o povo passa”, declarou.

Para Borges, escrever o en-redo sobre a história do Es-tado vizinho não foi a tarefa mais fácil. “Nós percebemos a difi culdade quando come-çamos a escrever a sinopse e notamos que se tratava de um assunto que não dominamos e, por isso, buscamos ajuda de historiadores. Apesar disso, conseguimos contar magni-fi camente a trajetória desse Estado, desse povo que, além das lutas, se misturou e ainda se mistura, criando multifa-ces”, completa.

A bateria foi um show à parte. Para o mestre Lucas, a animação dos foliões foi a peça-chave para fazer um bom desfi le. “Este ano trouxe-mos muitas novidades, com a

bateria, como sempre, muito ousada. Fizemos várias bossas, e o momento mais especial foi quando estávamos próximos da nossa galera. Trouxemos alegria, antes de tudo”, co-memorou.

Amor verde e brancoDo recuo da bateria até a sa-

ída do Centro de Convenções, a Aparecida contou com um folião para lá de animado: o senador Omar Aziz – torcedor de carteirinha e presidente de honra da escola –, ao lado de sua esposa Nejmi Jomaa, que fi zeram questão de ir do camarote até o carro de som onde fi cam os intérpretes para pular e cantar junto com os componentes da escola.

Para a empresária Maria Cristina Silva, 47, que desfi -la pela escola há 10 anos, a emoção de estar mais uma vez colaborando para dar vida ao enredo da agremiação não tem preço. “Amo essa escola e faço tudo para ajudá-la a brilhar na avenida. Até trago meus fi lhos e minha família, porque somos todos apaixonados por Carnaval. É uma delícia poder ver minha escola tão linda e estar ao lado de quem a gente ama”, disse a animada foliã.

Os primeiros acordes do samba-enredo aconteceram à 0h53. O primeiro carro a sair pela dispersão saiu à 1h35, o que gerou certa correria entre os componentes da harmo-nia. No entanto, a situação foi contornada e a Aparecida terminou o desfi le após 63 minutos, sem grandes percal-ços, de acordo com a equipe responsável por cronometrar a passagem da escola pela avenida.

Ao fi nal do desfi le, houve um início de confusão na área da dispersão entre membros da diretoria da escola, mas a situação foi controlada e a passagem da Aparecida pelo sambódromo acabou sem maiores problemas.

Fantasias mostravam o luxo e a criativida-de da escola

Sem limites para brincar, foliões fi ze-

ram a alegria

Como em outros

anos, a Mocidade

marcou o Carnaval

O cantor Zezinho Corrêa, um dos parti-cipantes do desfi le da Mocidade

Alegria dos partici-

pantes não deixou a

desejar na avenida

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

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Jacaré de 30 metros levou espanto ao público que assistiu ao desfi le da Aparecida

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E6 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2015Carnaval 2015

Balaku-Blaku revela os encantos da ‘Princesinha’Manacapuru, a terra das cirandas, foi o tema da agremiação, que se mostra otimista na disputa do campeonato

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Nem mesmo as difi -culdades encontra-das antes e durante o desfi le consegui-

ram tirar o brilho, a garra, a determinação e a superação do Grêmio Recreativo Escola de Samba (G.R.E.S.) Balaku-Blaku, que se apresentou nas primeiras horas de ontem na passarela do samba. A Ver-melha e Branca do Centro levou o público, durante 60 minutos, a uma viagem que contou a história do município de Manacapuru.

A águia de ouro, que teve como enredo este ano “Canta, alto ci-randeiro, com orgulho e amor, conta a história de Manacapuru, o sonho que se realizou”, mos-trou e exaltou em quatro ale-gorias e 32 alas os encantos da “Princesinha do Solimões”.

“Apresentamos toda a histó-ria desse município tão querido que é Manacapuru e desse povo tão sonhador. Desenvolvemos nosso Carnaval contando a história desde o início, quando os índios mura resistiram aos ataques protegendo a cidade. Mostramos também suas be-lezas naturais, sua economia, sua paixão pelo futebol e prin-cipalmente pelas tradicionais cirandas”, disse o presidente da escola, José Renato Junior.

Um dos pontos altos do des-fi le da Balaku-Blaku, que ar-rancou aplausos e levantou a torcida, foi a apresentação da comissão de frente, que este ano veio ousada e inovou na troca dos brincantes dentro da passarela do samba. As ciran-das Flor Matizada, Tradicional e Guerreiros Mura, que vieram de Manacapuru em caravanas para abrilhantar o desfi le, tam-bém deram um show à parte

com o seu bailado. Emocionado, o presidente

destacou no fi nal do desfi le que mesmo com todos os obstá-culos encontrados nos últimos meses, a Balaku-Blaku se mos-trou uma escola determinada e pronta para continuar no grupo especial no próximo ano.

“Infelizmente, não deu tudo certo. A difi culdade fi nancei-ra foi muito grande este ano e adiou o sonho de conquis-tar o nosso terceiro título no grupo especial, mas a escola veio com o lema superação e conseguimos mostrar essa bela história, mesmo que não tenha sido 100% como havía-mos planejado. A comunidade se empenhou e deu o seu melhor para que a escola fi zesse um desfi le emocionante. Só tenho a agradecer e dizer que fi zemos o nosso trabalho com garra, determinação e superação”, fi nalizou José Renato.

GERSON FREITASEquipe do AGORA

Cores e brilho na ave-nida: Balaku-Blaku foi para a avenida com superação

Manacapuru e suas cirandas foi a inspi-ração da escola de samba Balaku-Blaku

Religiosidade e alegria foram as marcas da agremiação na passa-rela do samba

Escola se empenhou em mostrar muita har-monia em seu desfi le de ontem

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Escola se empenhou em mostrar muita har-monia em seu desfi le de ontem

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E7MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2015Carnaval 2015

Reino Unido usa criatividade ao homenagear construçõesA Torre de Babel, o Coliseu de Roma e o Teatro Amazonas foram algumas das criações representadas pela escola

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“Construção - Obra prima da humanidade” foi o tema escolhido pela Reino Unido

Com o enredo “Construção - Obra Prima da Humani-dade”, a Reino Unido da Liberdade homenageou as

maiores construções de todos os tempos. Da criação divina, pas-sando pela Torre de Babel e o Coliseu até chegar ao Teatro Ama-zonas, os carros alegóricos e as alas mostraram criatividade.

Por volta das 3h15 de ontem, a escola entrou na avenida do samba já consolidada como uma das favo-ritas do Carnaval 2015. Apesar de problemas na concentração, a escola completou seu desfile em pouco mais de uma hora de apresentação.

A arquibancada promoveu um espetáculo à parte. Vários balões nas cores verde e branca sau-daram a representante do bair-ro Morro da Liberdade, Zona Sul de Manaus. A Bateria Furiosa, por sua vez, marcou o ritmo de maneira fluente e coesa.

“Enfrentamos algumas dificulda-des, mas considero o desfile um sucesso. É um sinal do profissiona-lismo que marca o nosso trabalho”, disse Jairo Beira-Mar, presidente da Reino Unido. Ele considera o favoritismo um reflexo do trabalho social feito pelo grupo no Instituto Reino do Amanhã. A iniciativa pro-move atividades lúdicas e educati-vas a 300 crianças carentes. Gran-de parte dessa turma integrou a ala mirim do desfile.

Encerrando a apresentação, o carro alegórico “Terreirão do Sam-ba Mãe Zulmira Gomes” dá nome à nova quadra de ensaios, com inauguração prevista para abril. A ex-diretora do terreiro Santa Bár-bara já foi homenageada no enredo “Mãe Zulmira, O Amanhecer de Uma Raça”, de 1989. Naquele ano, a escola faturou seu primeiro título no Carnaval de Manaus.

DANIEL AMORIMEspecial para o Em Tempo

Sensualidade no fi gurino e também na perfomance durante as apresentações

O símbolo da escolafoi destaque em uma das alegorias napassarela do samba

Brincantes de todas as idades entraram em cena em busca do título deste ano

A Reino Unido apos-tou em coreografi as ousadas para prender a atenção do público

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E8 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2015Carnaval 2015

Vitória-Régia encerra o Carnaval com muita féDevoção do povo amazônico a Nossa Senhora foi o tema da escola que fechou os desfi les deste ano do Carnaval amazonense

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Com 3,5 mil foliões divididos em 26 alas e cinco carros alegóricos, a esco-

la de samba Vitória-Régia fechou o desfile do grupo especial na manhã de on-tem, com o tema “Fé de Nazaré à Conceição nos Ca-minhos das Águas”, sobre a devoção a Nossa Senhora na região amazônica.

O abre-alas da Vitória-Régia relembrou a anun-ciação do anjo Gabriel a Maria, mãe de Jesus Cristo. O desenvolvedor do tema, Adson Garcia, explicou que trouxe na abertura mulhe-res vestidas de verde e rosa – as cores da esco-la - que lembraram uma rosa para ser oferecida a Nossa Senhora.

Para embelezar a aveni-da, os ritmistas trouxeram luzes rosas nos tamborins. O primeiro carro da es-cola trouxe a basílica do Círio de Nazaré carrega-da por jacarés, lembran-do a devoção e a cultura do povo paraense.

Para continuar a home-nagem, após o primeiro carro a escola de samba apresentou suas baia-nas, todas relembrando a imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Os problemas surgiram no segundo car-ro, com o tema “Mística Paraense”. A cabeça de um dos animais foi quebrada, mas carregada durante todo o desfile pelo grupo de apoio da escola.

Como um dos destaques no segundo carro, a esco-

la de samba Vitória-Ré-gia trouxe o marinheiro mais antigo da comuni-dade, que também tem ra-ízes paraenses, conhecido como “Delay”.

Uma imagem de Nossa Senhora do Carmo, padro-eira de Parintins, veio no terceiro carro junto os prin-cipais destaques do festival folclórico - azul de um lado e vermelho do outro.

Continuando a homena-gem às santas, o quarto carro, com anjos e trom-betas, trouxe a imagem de Nossa Senhora da Concei-ção, além de lembrar nos destaques toda a popula-ção amazônica.

Para fechar a apresenta-ção, a última ala apresen-tou a devoção do paraense. Nele, estavam como desta-ques algumas candidatas do concurso Miss Amazo-nas e a vencedora de 2015. Com uma hora de desfile, a Vitória-Régia fechou o Carnaval amazonense com o trecho do samba-enre-do: “Podem falar o que quiser, eu sou a primeira mãe do samba”.

O presidente da agre-miação Vitória-Régia, Ivan Martins, disse que se sentiu satisfeito em poder fazer um desfile mesmo com as dificuldades enfren-tadas por todas as esco-las. “Se não tivéssemos o apoio da comunidade, o Carnaval de Manaus não existiria. A situação do repasse do dinheiro atra-palha, pois se tudo fos-se conforme o acordado, nosso Carnaval sem dúvi-da seria um modelo para o país”, desabafou.

Religiosidade foi o tema da escola de samba

Alegria e organização

foram a marca da

Vitória-Régia

ISABELLE VALOISEquipe EM TEMPO

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Vitória-Régia fechou o Carnaval amazonense já no início da manhã de domingo

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alto nível do processo

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IONE MORENO

IONE MORENO

DIEGO JANATÃ

DIEGO JANATÃ

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