carnauba

38
Cecília Nunes e Antônio Amaral Carnauba

Upload: antonio-amaral

Post on 11-Mar-2016

215 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

INDIAN FOLK BRASILIAN

TRANSCRIPT

Page 1: CARNAUBA

Cecília Nunes e Antônio Amaral

C a r n a u b aC a r n a u b a

Page 2: CARNAUBA
Page 3: CARNAUBA
Page 4: CARNAUBA
Page 5: CARNAUBA
Page 6: CARNAUBA
Page 7: CARNAUBA

.

Os antigos contam que

nas ilhas do Delta do Parnaíba

as tribos viviam felizes,

de vez em quando

as nuvens cobriam o sol

e a chuva caia molhando

as plantações, aumentando os rios..

Page 8: CARNAUBA

Mas, depois o sol

foi ficando muito quente.

Tão quente que depois

os rios foram secando

as plantas morrendo

e os animais também.

Page 9: CARNAUBA
Page 10: CARNAUBA

os urubus devoravam os corpos abandonados.

Page 11: CARNAUBA
Page 12: CARNAUBA

Os índios rezavam e dançavam pedindo o Tupã

que lhes mandasse outra vez a chuva

que mata a sede das plantas e dos animais.

Page 13: CARNAUBA
Page 14: CARNAUBA
Page 15: CARNAUBA

só restou um casal

com o filho que foi obrigado

a abandonar a taba

em busca de terras

que o fizessem felizes.

Caminhou toda a noite,

mastigando raízes.

Page 16: CARNAUBA
Page 17: CARNAUBA

O sol queimava novamente

quando o menino avistou

uma palmeira sozinha naquele deserto,

balançando suas palhas eles paravam

para descansar à sobrinha daquela palmeira.

Page 18: CARNAUBA
Page 19: CARNAUBA

Ali ele pedia o auxilio de Tupã,

quando ouviu uma voz que chamava por ele

e viu no topo da palmeira uma índia

que lhe disse: Eu me chamo Carnaubeira.

Estou aqui para te ajudar.

Page 20: CARNAUBA

.. .. .. .. .. .. .. ..

.. .. .. .. .. .. .. ..Há muitos anos a minha tribo

também foi atormentada

pela seca. Socorri a todos,

e, quando morri,

a lua me transformou nesta árvore

destinada a salvar

os desamparados.

Page 21: CARNAUBA

.. .. .. .. .. .. .. ..

.. .. .. .. .. .. .. ..

Page 22: CARNAUBA
Page 23: CARNAUBA

a minha seiva mata a sede

de teus pais e a tua.

Come os meus frutos

e não sentirás mais fome.

Cozinha um pouco as minhas raízes,

é remédio que bebido,

fecha as feridas.

Põe a secar minhas folhas e bate-as.

Delas sairá um pó cinzento e perfumado,

é a minha cera, com que poderás iluminar

o teu caminho nas noites sem lua.

Da palha que tirar,

tece teu chapéu

e tua esteira.

Page 24: CARNAUBA
Page 25: CARNAUBA

Agora faço-te um pedido:

para que tenhais um carnaubal.

E assim, poderás, então,

construir a tua cabana

com a madeira do meu tronco.

Page 26: CARNAUBA
Page 27: CARNAUBA

planta os meus coquinhos

Page 28: CARNAUBA

O menino fez tudo

que a índia lhe aconselhou.

Page 29: CARNAUBA
Page 30: CARNAUBA
Page 31: CARNAUBA
Page 32: CARNAUBA
Page 33: CARNAUBA

Dentro de alguns anos,

um carnaubal imenso

balançava-se ao vento.

Page 34: CARNAUBA

E o indiozinho já homem

despedia-se da tribo

para levar a todas as tabas

os cocos da

árvore da providência,

Page 35: CARNAUBA
Page 36: CARNAUBA
Page 37: CARNAUBA
Page 38: CARNAUBA