carnauba
DESCRIPTION
INDIAN FOLK BRASILIANTRANSCRIPT
Cecília Nunes e Antônio Amaral
C a r n a u b aC a r n a u b a
.
Os antigos contam que
nas ilhas do Delta do Parnaíba
as tribos viviam felizes,
de vez em quando
as nuvens cobriam o sol
e a chuva caia molhando
as plantações, aumentando os rios..
Mas, depois o sol
foi ficando muito quente.
Tão quente que depois
os rios foram secando
as plantas morrendo
e os animais também.
os urubus devoravam os corpos abandonados.
Os índios rezavam e dançavam pedindo o Tupã
que lhes mandasse outra vez a chuva
que mata a sede das plantas e dos animais.
só restou um casal
com o filho que foi obrigado
a abandonar a taba
em busca de terras
que o fizessem felizes.
Caminhou toda a noite,
mastigando raízes.
O sol queimava novamente
quando o menino avistou
uma palmeira sozinha naquele deserto,
balançando suas palhas eles paravam
para descansar à sobrinha daquela palmeira.
Ali ele pedia o auxilio de Tupã,
quando ouviu uma voz que chamava por ele
e viu no topo da palmeira uma índia
que lhe disse: Eu me chamo Carnaubeira.
Estou aqui para te ajudar.
.. .. .. .. .. .. .. ..
.. .. .. .. .. .. .. ..Há muitos anos a minha tribo
também foi atormentada
pela seca. Socorri a todos,
e, quando morri,
a lua me transformou nesta árvore
destinada a salvar
os desamparados.
.. .. .. .. .. .. .. ..
.. .. .. .. .. .. .. ..
a minha seiva mata a sede
de teus pais e a tua.
Come os meus frutos
e não sentirás mais fome.
Cozinha um pouco as minhas raízes,
é remédio que bebido,
fecha as feridas.
Põe a secar minhas folhas e bate-as.
Delas sairá um pó cinzento e perfumado,
é a minha cera, com que poderás iluminar
o teu caminho nas noites sem lua.
Da palha que tirar,
tece teu chapéu
e tua esteira.
Agora faço-te um pedido:
para que tenhais um carnaubal.
E assim, poderás, então,
construir a tua cabana
com a madeira do meu tronco.
planta os meus coquinhos
O menino fez tudo
que a índia lhe aconselhou.
Dentro de alguns anos,
um carnaubal imenso
balançava-se ao vento.
E o indiozinho já homem
despedia-se da tribo
para levar a todas as tabas
os cocos da
árvore da providência,