carlos alberto soffiatti

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1 MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 15 REGIÃO COORDENADORIA DE DEFESA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS – CODIN INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO MPT-08145-06/00 INTERESSADO: PRT-15ª REGIÃO OBJETO: MEDICINA E SEGURANÇA DO TRABALHO DENUNCIANTE: SDT EM CAMPINAS INQUIRIDO: UNICAMP – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS TERMO DE AUDIÊNCIA Às catorze horas do dia seis do mês de março de dois mil e um, na Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região, com sede na Avenida Marechal Carmona, 686, Vila João Jorge, Campinas/SP, compareceram, pela UNICAMP – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, o Sr. JOÃO PEDRO CAUSO NETO, Engenheiro de Segurança do Trabalho, portador da cédula de identidade RG n.º 5.095.654, o Sr. LUIZ CARLOS DE FREITAS, Diretor de Recursos Humanos, portador da cédula de identidade RG n.º 3.820.742, e o Dr. EDSON CESAR DOS SANTOS CABRAL, advogado, inscrito na OAB/SP sob n.º 79.396 e o Sr. CARLOS ALBERTO SOFFIATTI, portador da cédula de identidade RG de n º 6.178.200, Supervisor de Medicina do Trabalho – SESMT/DGRH; pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES DA UNICAMP, o Sr. CELSO RIBEIRO DE ALMEIDA, portador da RG 10.843.141, e a Sra. ELISABETE DE JESUS REIMÃO, portadora do RG 13.107.680-2, e a Dra. ADRIANA ZANARDI, advogada, OAB/SP 147.760, para prestarem esclarecimentos a respeito do Inquérito Civil Público nº 0006/00. Preside a audiência o Exmo. Sr. Procurador do Trabalho Dr. RONALDO JOSÉ DE LIRA. Presente à audiência o Dr. MARCOS OLIVEIRA SABINO, Médico, Analista Pericial da PRT 15ª Região.

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOMINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 15 REGIÃO

COORDENADORIA DE DEFESA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS – CODIN

INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO MPT-08145-06/00INTERESSADO: PRT-15ª REGIÃOOBJETO: MEDICINA E SEGURANÇA DO TRABALHODENUNCIANTE: SDT EM CAMPINASINQUIRIDO: UNICAMP – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE

CAMPINAS

TERMO DE AUDIÊNCIA

Às catorze horas do dia seis do mês de março de dois mil e um, na Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região, com sede na Avenida Marechal Carmona, 686, Vila João Jorge, Campinas/SP, compareceram, pela UNICAMP – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, o Sr. JOÃO PEDRO CAUSO NETO, Engenheiro de Segurança do Trabalho, portador da cédula de identidade RG n.º 5.095.654, o Sr. LUIZ CARLOS DE FREITAS, Diretor de Recursos Humanos, portador da cédula de identidade RG n.º 3.820.742, e o Dr. EDSON CESAR DOS SANTOS CABRAL, advogado, inscrito na OAB/SP sob n.º 79.396 e o Sr. CARLOS ALBERTO SOFFIATTI, portador da cédula de identidade RG de n º 6.178.200, Supervisor de Medicina do Trabalho – SESMT/DGRH; pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES DA UNICAMP, o Sr. CELSO RIBEIRO DE ALMEIDA, portador da RG 10.843.141, e a Sra. ELISABETE DE JESUS REIMÃO, portadora do RG 13.107.680-2, e a Dra. ADRIANA ZANARDI, advogada, OAB/SP 147.760, para prestarem esclarecimentos a respeito do Inquérito Civil Público nº 0006/00. Preside a audiência o Exmo. Sr. Procurador do Trabalho Dr. RONALDO JOSÉ DE LIRA. Presente à audiência o Dr. MARCOS OLIVEIRA SABINO, Médico, Analista Pericial da PRT 15ª Região.

A presente audiência tem como objetivo discutir a possibilidade de conciliação nos autos judiciais nº 2198/2000, em trâmite pela 8ª Vara do Trabalho de Campinas.

Para pôr fim ao presente processo 2198/2000, em trâmite pela 8ª Vara do Trabalho de Campinas, a UNICAMP se compromete a cumprir as obrigações abaixo assumidas, nos prazos assinalados:

1. No prazo de seis meses : Fornecer água potável aos trabalhadores do Hospital das Clínicas em condições higiênicas, conforme NR 24, subitem 24.7.1 e seguintes, sendo que nos

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locais onde haja risco de contaminação a UNICAMP providenciará para que os trabalhadores utilizem bebedouros em locais que os pacientes não tenham acesso;

2. No prazo de um ano : Fornecer água potável aos trabalhadores em todos os estabelecimentos, ressalvado o item anterior, em condições higiênicas, conforme NR 24, subitem 24.7.1 e seguintes, sendo que, se restar configurado a existência de algum setor em que não haja água potável para os trabalhadores, a Universidade providenciará, em caráter emergencial, a regularização no prazo de 30 dias, na forma da NR 24, subitem 24.7.1;

3. No prazo de seis meses : Abster-se de tolerar ou exigir que seus

trabalhadores, que não tenham formação e habilitação em Farmácia, realizem atividades de manipulação de drogas antineoplásicas/ quimioterápicos e similares.

4. À partir desta data : Continuar fornecendo aos trabalhadores, gratuitamente, equipamentos de proteção individual nos termos do art. 166 da CLT e NR-6, adequados às atividades, aos riscos, em perfeito estado de conservação e funcionamento, em especial: óculos de proteção (principalmente para todos os trabalhadores da área médica e de enfermagem), luvas, calçados de segurança, protetores auriculares, gorros, máscaras e aventais, ressalvados os equipamentos de proteção individual postulados na AÇÃO CIVIL PÚBLICA n.º 1.191/98-0 em trâmite

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pela 5a Vara do Trabalho de Campinas (DOC. 49), devendo a UNICAMP ainda: proceder a Higienização e Manutenção periódica dos equipamentos de proteção na forma da NR 6, subitem 6.6.1, alínea ‘f’;

5. No prazo de um ano : Dotar os estabelecimentos de vestiários com armários individuais, observada a separação de sexo, na forma da NR 24, subitem 24.2.1 e seguintes, ressalvadas as hipóteses em que não houver espaço físico para a instalação dos armários quando então o prazo será de dois anos;

6. No prazo de um ano : Manter nos vestiários, a partir desta data, para os trabalhadores que desempenham atividades e operações insalubres, bem como nas atividades incompatíveis com o asseio corporal, que exponham os empregados à poeiras e produtos graxos e oleosos, armários individuais com compartimento duplo, em número suficiente ao efetivo de trabalhadores, na forma dos subitens 24.2.11 e 24.2.12, da NR 24, ressalvadas as hipóteses em que não houver espaço físico para a instalação dos armários quando então o prazo será de dois anos;

7. No prazo de um ano : Manter as áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e equipamentos dimensionados de forma que o material, os trabalhadores e os transportadores mecanizados possam movimentar-se com segurança, na forma da NR 12, subitem 12.1.2.

8. No prazo de seis meses : Abster-se de permitir ou tolerar que

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seus trabalhadores façam suas refeições fora de locais sem condições sanitárias e de conforto apropriadas, na forma da NR 24, subitem 24.6.1;

9. No prazo de um ano : Manter a organização e limpeza em todos os estabelecimentos, na forma da NR 24;

10. No prazo de dois anos: Abster-se de manter instalações sanitárias que não sejam separadas por sexo, conforme NR 24, subitem 24.1.2.1;

11.No prazo de um ano: Enclausurar as partes móveis ou transmissões de força das máquinas equipamentos, em especial: correias e polias, na forma do art. 186 da CLT c/c NR 12 subitem 12.3 e seguintes;

12. No prazo de três meses : Instalar e manter nos seus estabelecimentos extintores portáteis devidamente carregados e apropriados à classe do fogo a extinguir (art.200, IV da CLT c/c NR 23, subitem 23.12.1 c/c), obedecendo os parâmetros previstos na forma da NR-23, item 23.16 e ainda: 12.1 No prazo de um ano: promover a sinalização e localização dos extintores, nas áreas de saúde, na forma do subitem 23.17 e seguintes da NR-23;12.2 No prazo de dois anos: promover a sinalização e localização dos extintores, nos demais estabelecimentos da universidade, na forma do subitem 23.17 e seguintes da NR-23.

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12.3 No prazo de seis meses: Constituir uma brigada de combate a incêndio, treinando seus integrantes, destinados ao atendimento do Hospital das Clínicas e CAISM – Centro de Atenção Integral à saúde da Mulher, na forma do subitem 23.8.5 da NR-23;12.4 No prazo de dois anos: Treinar os trabalhadores para o uso dos extintores de incêndio na forma do subitem 23.8.5 da NR-23;

13. No prazo de três meses : Dimensionar e manter em funcionamento o SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) na forma do quadro II na NR 4;

14. No prazo de dois anos : Fazer correções no piso de seus estabelecimentos, deixando-o livre de depressões ou saliências, na forma dos arts. 172, 174 da CLT e NR 8, subitem 8.3.1, priorizando o início dos trabalhos pela anatomia patológica;

15. No prazo de seis meses : instalar corrimão nas rampas e escadas no Hospital das clínicas, na forma do art. 174 da CLT e NR 8, subitem 8.3.6;

16. No prazo de dezoito meses : instalar corrimão nas rampas e escadas nos demais estabelecimentos da universidade, na forma do art. 174 da CLT e NR 8, subitem 8.3.6;

17. No prazo de sessenta dias : Sinalizar e isolar pisos de seus

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estabelecimentos com acúmulo de água, líquidos ou em processo de higienização;

18. No prazo de nove meses : Instalar materiais ou processos antiderrapantes nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, em todos os locais com perigo de escorregamento, bem como nas entradas do F1, F2 e F3 (entradas de funcionários) no Hospital das Clínicas, conforme art. 174 da CLT c/c NR 8, subitem 8.3.5

19. No prazo de dois meses : Somente transportar seus trabalhadores em ônibus (próprio ou de empresa terceirizada) que possua: piso antiderrapante nas escadas e corredores, degrau (para subir ou descer) próximo da rua ou guia, ordem de serviço para prevenção de acidentes quando da abertura e fechamento da porta, na forma da NR 8, subitem 8.3.5 c/c NR 1.7;

20. No prazo de dois anos : Treinar os trabalhadores sobre o uso adequado dos equipamentos de proteção individual e coletiva, na forma da NR 6, subitem 6.6.1, alínea ‘c’;

21. No prazo de dois meses : Fiscalizar e exigir dos trabalhadores a efetiva utilização dos equipamentos de proteção individual e coletiva, na forma da NR 6, subitem 6.6.1, alínea ‘d’;

22. No prazo de quinze meses : Identificar os riscos do processo

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de trabalho, e elaborar, através da CIPA, o mapa de riscos , com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, na forma da NR 5, subitem 5.16, bem como afixar e implementar nos respectivos locais de trabalho;

23. No prazo de dois anos: Promover reforma ou reconstrução do teto do hospital das clínicas, deixando-o livre de vazamentos e infiltrações na forma da NR 8;

24. No prazo de cinco anos: Promover reforma ou reconstrução do teto dos demais estabelecimentos deixando-os livre de vazamentos e infiltrações na forma da NR 8;

25. No prazo de seis meses: Manter desobstruídas as saídas de emergência que estejam em funcionamento, dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança em caso de emergência, no Hospital das Clínicas, na forma NR 23, item 23.2;

26. No prazo de um ano após elaboração do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais): Reabilitar saídas de emergência no Hospital das Clínicas que não estejam em operação, dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança em caso de emergência, na forma NR 23, item 23.2;

27. No prazo de dois anos após elaboração do PPRA (Programa

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de Prevenção de Riscos Ambientais): Manter saídas de emergência em seus estabelecimentos, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança em caso de emergência, na forma NR 23, item 23.2;

28. No prazo de dois anos: Promover a manutenção e inspeção das máquinas e dos equipamentos de acordo com as instruções fornecidas pelo fabricante e/ou de acordo com as normas técnicas oficiais vigentes no País, máxime, semanalmente nos ductos de ar das máquinas de secar (lavanderias), a cada seis meses nas capelas, na forma da NR 12, subitem 12.6.3;

29. No prazo de um ano : Elaborar e implementar PPRA

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, na forma da NR9, incluindo avaliação e implementação de medidas relativas à ergonomia e riscos mecânicos, com cronograma contemplando o estabelecimento de prioridades, metas de avaliação, controle dos riscos ambientais e respectivos prazos de implementação, priorizando medidas de proteção coletiva (proteção de máquinas, sistemas locais de ventilação exaustora, enclausuramento de fontes de ruído, medidas de engenharia para proteção contra ocorrências de acidentes com materiais perfurantes e/ou cortantes contaminados com material biológico e de proteção contra projeção de fluídos biológicos contaminados), com laudo ambiental quantitativo e qualitativo (agentes químicos, físicos, ergonômicos, biológicos e

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mecânicos) em todos os setores com riscos ambientais e ocupacionais;

30. Imediatamente : Implementar PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) na forma da NR 7, com ações de saúde previstas no ano (ações primárias, tais como vacinação, primeiros socorros, palestra, treinamento) e ações secundárias, sendo estas objeto de relatório anual, conforme NR-7, subitem 7.4.6 e seguintes, discriminando por setores da Universidade, o número e a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares nos termos do quadro II da NR 7;

31. No prazo de dois anos : Promover a rotulagem prevencionista dos produtos químicos, bem como o treinamento dos trabalhadores quanto aos riscos e medidas corretas de manipulação, de proteção e controle, na forma da NR-26, subitem 26.6, NR 1.7, Convenção 170 da OIT - Segurança Química);

32. No prazo de um ano : Elaborar, afixar, implementar, manter e atualizar periodicamente as ordens de serviço no Hospital das Clínicas, nos seguintes setores: nutrição, lavanderia e necrópsia, e no Instituto de biologia: departamento de bioquímica e departamento de microbiologia e imunologia, visando instruir os trabalhadores quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho e doenças

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profissionais, determinando os procedimentos e medidas que serão adotados para eliminação ou neutralização da insalubridade e condições inseguras de trabalho, incluindo treinamento dos trabalhadores e supervisão pelo SESMT, CIPA e chefia local, com o devido treinamento dos trabalhadores, conforme artigo 157, II da CLT;

33. No prazo de três anos: Elaborar, afixar, implementar, manter e atualizar periodicamente as ordens de serviço nos demais estabelecimentos da Universidade, visando instruir os trabalhadores quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho e doenças profissionais, determinando os procedimentos e medidas que serão adotados para eliminação ou neutralização da insalubridade e condições inseguras de trabalho, incluindo treinamento dos trabalhadores e supervisão pelo SESMT, CIPA e chefia local, com o devido treinamento dos trabalhadores, conforme artigo 157, II da CLT;

34. No prazo de oito meses: Implantar sistema de ventilação exaustora nas salas de necropsia, conforme art. 176, parágrafo único da CLT;

35. No prazo de dezoito meses : Promover a ventilação adequada nas salas de atendimento médico e paramédico nos ambulatórios de Moléstias Infecciosas (MI), conforme art. 176 e seu parágrafo único, da CLT;

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TRABALHO INFANTIL/ADOLESCENTES

36. No prazo de trinta dias : Abster-se de utilizar/manter trabalhadores com idade inferior a 18 anos de idade (inclusive aprendizes, guardas mirins, patrulheiros mirins e assemelhados) em seus hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação, estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana, locais em que são manuseados objetos de uso destes pacientes não previamente esterilizados, e ainda, na administração desses locais e setores, ressalvadas a hipótese de trabalho técnico administrativo realizado fora das áreas de risco, na forma da Portaria nº 6 da Secretaria de Inspeção do Trabalho de 05.2.2001 (publicado no D.O.U em 07.02.01) c.c art. 405, I da CLT.

ERGONOMIA

37. No prazo de seis meses: Reavaliar a situação dos trabalhadores acometidos de LER/DORT cuja suspensão do auxílio doença acidentário tenha ocorrido a partir de primeiro de janeiro de 1999;

38. No prazo de um ano: Reinserir os trabalhadores portadores de LER/DORT na forma inicial e não incapacitante, com conclusão médica de retorno ao trabalho, em atividade compatível, não permitindo o seu regresso às mesmas condições

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laborativas que permitiram o estabelecimento da doença;

39. No prazo de dois anos : Fornecer e manter para os trabalhadores que desempenham atividades sentados, apoio para pés e cadeiras que possuam os seguintes requisitos mínimos de conforto (art. 199 da CLT c/c NR 17, subitens 17.3.3 e 17.3.4):1. Altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;2. Características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;3. Borda frontal arredondada;4. Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.5. Perfeito estado de conservação e funcionamento;

40. No prazo de dezoito meses: Realizar a análise ergonômica do trabalho, de modo a adaptar as condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, proporcionando um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, devendo a mesma abordar as condições de trabalho em todos os setores da Universidade, bem como: mobiliário (subitem 17.3.2, alínea “c” da NR 17), atividades relacionadas com o levantamento, transporte de materiais e pacientes, todo o trabalho desempenhado nos Hospitais existentes no campus, laboratórios, lavanderias, serviços de nutrição e dietética, restaurantes, costura, marcenarias e demais áreas de apoio e manutenção (conforme estabelecido NR-17 e subitens);

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41. No prazo de dois anos: Dotar os estabelecimentos de saúde de equipamentos e instrumentos mecanizados como sugadores de resíduos líquidos, torcedores e máquina de limpeza a vapor, na quantidade necessária e suficiente para a higienização hospitalar;

42. No prazo de dois anos : Adequar e manter as condições ambientais de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado quanto aos níveis de ruído, índice de temperatura, velocidade do ar e umidade relativa do ar, no Hospital das Clínicas e nos Restaurantes Universitários, conforme NR 17, subitem 17.5.2 e alíneas;

43. No prazo de cinco anos : Adequar e manter as condições ambientais de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado quanto aos níveis de ruído, índice de temperatura, velocidade do ar e umidade relativa do ar, nos demais estabelecimentos da universidade, conforme NR 17, subitem 17.5.2 e alíneas;

44. No prazo de dois anos : Adequar e manter o mobiliário, máquinas, dispositivos, equipamentos e ferramentas às características fisiológicas do trabalhador, de modo a reduzir a intensidade dos esforços aplicados e corrigir posturas inadequadas, conforme análise ergonômica da atividade e do posto de trabalho, nos setores de lavanderia e nutrição do

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Hospital das Clínicas e restaurantes universitários, conforme NR 17, itens 17.3, 17.4 e seus subitens;

45. No prazo de cinco anos : Adequar e manter o mobiliário, máquinas, dispositivos, equipamentos e ferramentas às características fisiológicas do trabalhador, de modo a reduzir a intensidade dos esforços aplicados e corrigir posturas inadequadas, conforme análise ergonômica da atividade e do posto de trabalho, nos demais estabelecimentos da universidade, conforme NR 17, itens 17.3, 17.4 e seus subitens;

46. No prazo de dois anos : Adequar a organização do trabalho e implementar nos setores cujas atividades sujeitem os trabalhadores a riscos ergonômicos, nos setores de lavanderia e nutrição do Hospital das Clínicas e restaurantes universitários, as seguintes medidas:

a) Não permitir ou tolerar que os trabalhadores realizem jornada de trabalho suplementar;

b) Conceder e exigir dos trabalhadores que exercem função relativa ao processamento eletrônico de dados (digitação e mecanografia) o gozo de pausas diárias de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho (NR 17, subitem 17.6.4, alínea ‘d’);

c) Conceder e exigir aos trabalhadores exercentes de atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores pausas diárias para descanso, desconsiderado o intervalo para

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refeição (NR 17, subitem 17.6.3, alínea ‘b’);d) Reduzir o tempo de exposição dos trabalhadores nas atividades

geradoras e potencialmente geradoras de LER/DORT (NR 17, subitem 17.6.2 alínea ‘c’ e ‘d’ );

e) Promover a diversificação de tarefas dos trabalhadores (NR 17, subitem 17.6.2. alínea ‘f’);

f) Implementar ginástica laboral diária (alongamento e relaxamento);

g) Reduzir o ritmo de trabalho nas atividades geradoras e potencialmente geradoras de LER/DORT (NR 17, subitem 17.6.2 alínea ‘e’ );

h) Controlar a demanda de trabalho dos portadores de LER/DORT, de modo que não haja agravamento do quadro ou mesmo recidiva (reaparecimento da doença);

i) Organizar e adequar o espaço físico; j) Fornecer e manter assentos para descanso em locais cujas

atividades são realizados de pé (Parágrafo único do art. 199 da CLT c/c subitem 17.3.5 da NR 17);

45. No prazo de cinco anos: Adequar a organização do trabalho e implementar nos setores cujas atividades sujeitem os trabalhadores a riscos ergonômicos, nos demais estabelecimentos da universidade, as seguintes medidas: a) Não permitir ou tolerar que os trabalhadores realizem jornada

de trabalho suplementar;b) Conceder e exigir dos trabalhadores que exercem função

relativa ao processamento eletrônico de dados (digitação e

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mecanografia) o gozo de pausas diárias de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho (NR 17, subitem 17.6.4, alínea ‘d’);

c) Conceder e exigir aos trabalhadores exercentes de atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores pausas diárias para descanso, desconsiderado o intervalo para refeição (NR 17, subitem 17.6.3, alínea ‘b’);

d) Reduzir o tempo de exposição dos trabalhadores nas atividades geradoras e potencialmente geradoras de LER/DORT (NR 17, subitem 17.6.2 alínea ‘c’ e ‘d’ );

e) Promover a diversificação de tarefas dos trabalhadores (NR 17, subitem 17.6.2. alínea ‘f’);

f) Implementar ginástica laboral diária (alongamento e relaxamento);

g) Reduzir o ritmo de trabalho nas atividades geradoras e potencialmente geradoras de LER/DORT (NR 17, subitem 17.6.2 alínea ‘e’ );

h) Controlar a demanda de trabalho dos portadores de LER/DORT, de modo que não haja agravamento do quadro ou mesmo recidiva (reaparecimento da doença);

i) Organizar e adequar o espaço físico; j) Fornecer e manter assentos para descanso em locais cujas

atividades são realizados de pé (Parágrafo único do art. 199 da CLT c/c subitem 17.3.5 da NR 17);

46. No prazo de seis meses: Assegurar aos trabalhadores

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portadores de LER/DORT reabilitados do Hospital das Clínicas:a) A manutenção das condições adequadas de trabalho, a

informação e o treinamento do trabalhador com relação à natureza da doença, suas causas, tratamento e prevenção quanto ao agravamento;

b) Que os trabalhadores com diagnóstico da doença não permaneçam no trabalho diante de manifestações inflamatórias ou recidivas, observando as recomendações individuais e específicas do médico assistente;

47. No prazo de três meses: Assegurar aos trabalhadores portadores de LER/DORT reabilitados, salvo os trabalhadores do Hospital das Clínicas, conforme item anterior:a) A manutenção das condições adequadas de trabalho, a

informação e o treinamento do trabalhador com relação à natureza da doença, suas causas, tratamento e prevenção quanto ao agravamento;

b) Que os trabalhadores com diagnóstico da doença não permaneçam no trabalho diante de manifestações inflamatórias ou recidivas, observando as recomendações individuais e específicas do médico assistente;

48. No prazo de seis meses: Adotar, em relação aos trabalhadores do Hospital das Clínicas, as medidas indicadas nos itens anteriores na freqüência e intensidade necessárias para garantir o retorno ao trabalho do trabalhador com diagnóstico de LER/DORT, em condições compatíveis que não permitam o agravamento,

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cronicidade ou incapacidade, bem como que impeçam a recidiva;

49. No prazo de três meses: Adotar, salvo em relação aos trabalhadores do Hospital das Clínicas, conforme item anterior, as medidas indicadas nos itens anteriores na freqüência e intensidade necessárias para garantir o retorno ao trabalho do trabalhador com diagnóstico de LER/DORT, em condições compatíveis que não permitam o agravamento, cronicidade ou incapacidade, bem como que impeçam a recidiva;

50. A partir desta data: Manter o iluminamento de seus estabelecimentos, observando os níveis previstos na NBR 5413, na forma da NR 17 subitem 17.5.3 e seguintes;

51. No prazo de um ano: Treinar os trabalhadores dos respectivos setores para manutenção (cuidados no leito e enfermaria) e transporte de pacientes. Referidos trabalhadores devem ser aptos a desempenhar essas tarefas, treinados em técnicas de levantamento de peso: consistente em respeitar o eixo vertebral, manter o equilíbrio (ter um bom apoio para mãos e pés), utilizar a força dos membros inferiores, aproximar-se da carga a levantar (superposição dos centros de gravidade);

52. No prazo de cinco anos: Implantar nos estabelecimentos de saúde equipamentos auxiliares, mecânicos ou motorizados, destinado a movimentação de cargas, ou

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levantamento/locomoção/transporte/transferência de pacientes, com o treinamento dos trabalhadores responsáveis por essas tarefas;

RADIOPROTEÇÃO

53. No prazo de seis meses : Implementar os planos locais de radioproteção com todas as obrigações previstas no Anexo 5 da NR 15 c.c a Norma CNEN-NE-3.01: Diretrizes Básicas de Radioproteção, expedida através da Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear 12/88, publicada no Diário Oficial da União de 01.08.88, nos locais de trabalho com a exposição de trabalhadores à radiações ionizantes, especialmente nas unidades de radioterapia, laboratórios e departamentos com manuseio de radioisótopos;

54. No prazo de um ano :Implementar os planos locais de radioproteção com todas as obrigações previstas no Anexo 5 da NR 15 c.c a Norma CNEN-NE-3.01: Diretrizes Básicas de Radioproteção, expedida através da Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear 12/88, publicada no Diário Oficial da União de 01.08.88 e Portaria 453 de 01.06.98 da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária - Ministério da Saúde, nos locais de trabalho com a exposição de trabalhadores à radiações ionizantes, especialmente nas unidades de serviços de radiologia médica, odontológica e outros locais que estejam abrangidos pela aplicação das normas acima;

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55. No prazo de dezoito meses : Instalar lava-olhos junto às capelas (compartimento fechado envidraçado nos laboratórios para realização de reações químicas que desprendem gases deletérios) para as situações de emergência;

RISCO BIOLÓGICO - PERFURANTES E/OU CORTANTES

56. No Prazo de três meses : Não permitir que seus trabalhadores:

a) Utilizem os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam materiais perfurantes e/ou cortantes;

b) Reencapem, entortem, quebrem ou retirem agulhas de seringas com as mãos;

57. No Prazo de seis meses: Instalar e manter coletores rígidos, adequados e em número suficientes, nos locais com manipulação de materiais perfurantes e/ou cortantes contaminados nas áreas de saúde;

58. No Prazo de um ano: Instalar e manter coletores rígidos, adequados e em número suficientes, nos locais com manipulação de materiais perfurantes e/ou cortantes contaminados nos demais estabelecimentos da Universidade;

59. No Prazo de três meses: Não permitir que seus trabalhadores

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descartem material perfurante e/ou cortante (agulhas, scalp, lâminas de bisturi, vidrarias, entre outros), fora dos coletores mencionados no item anterior;

60. No Prazo de três meses: Não permitir que os coletores para descarte de material perfurante e/ou cortante sejam preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total, devendo os mesmos ser colocados próximos do local onde é realizado o procedimento;

61. No prazo de cinco anos: Dotar seus estabelecimentos de saúde, onde haja a manipulação de materiais perfurantes e/ou cortantes contaminados com material biológico, de equipamentos com medidas de proteção coletiva (medidas de engenharia), de modo a reduzir o risco dos acidentes com materiais perfurantes e/ou cortantes. Referidos equipamentos deverão possuir mecanismo que efetivamente eliminem ou reduzam substancialmente o risco de exposição acidental, tais como: agulhas retráteis (automáticas ou deslizantes), seringas com proteção protrátil; lancetas retráteis; scalps com dispositivo de proteção para descarte seguro (encapsular a agulha após o uso); agulhas de sutura com ponta romba; uso de dispositivo com imãs para transporte e transferências de material perfurante e/ou cortantes nas cirurgias, abstendo-se da utilização, em referidos locais, de equipamentos perfurantes e/ou cortantes que não possuam proteção coletiva, ressalvada a hipótese prevista na NR 9 subitem 9.3.5.4;

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62. No prazo de cinco anos: Promover o treinamento dos trabalhadores envolvidos com a manipulação dos equipamentos retromencionados, enfatizando o uso seguro e eficaz dos equipamentos/dispositivos referidos no item anterior;

Em caso de descumprimento das obrigações acima a UNICAMP pagará multa diária de R$ 5.000,00, revertida ao FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador.

As partes requerem a homologação do acordo para que surta os seus devidos efeitos legais.

NADA MAIS.

A audiência encerrou-se às dezoito horas. O presente termo, após ser lido e achado conforme, vai assinado por todos os presentes, pelo que eu, Denise Bassoli da Silva, , secretária neste procedimento, lavrei-o.

Dr. RONALDO JOSÉ DE LIRA PROCURADOR DO TRABALHO

CODIN - 15ª REGIÃO

MARCOS OLIVEIRA SABINOANALISTA PERICIAL

PRT 15ª REGIÃO

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JOÃO PEDRO CAUSO NETO UNICAMP – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

LUIZ CARLOS DE FREITASUNICAMP – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

EDSON CESAR DOS SANTOS CABRALADVOGADO/UNICAMP

CELSO RIBEIRO DE ALMEIDASINDICATO DOS TRABALHADORES DA UNICAMP

CARLOS ALBERTO SOFFIATTI Supervisor de Medicina do Trabalho – SESMT/DGRH

ADRIANA ZANARDIADVOGADA/SINDICATO