carl gustav jung - o desenvolvimento da personalidade.doc

Upload: alvaro-benedito-de-borba-jr

Post on 03-Jun-2018

229 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    1/182

    C. G. Jung

    O desenvolvimento da personalidade

    CRCULO DO LIVRO

    Edio integral !tulo do original" #$%er die ent&i'(lung der pers)nli'*(eit#

    raduo" +rei Valdemar do ,maral

    Reviso t-'ni'a" Dora +erreira da ilva

    I/0 1234453617431

    um8rio

    9re:8'io dos editores su!os ............................................................ 5I. o%re os 'on:litos da alma in:antil............................................... 4II. Introduo ; o%ra de +ran'n'ia do in'ons'iente para a edu'ao individual ...... 744VIL Da :ormao da personalidade................................................. 7?1

    VIII. O 'asamento 'omo rela'ionamento ps!Aui'o ......................... 7B@/i%liogra:ia ..................................................................................... 7@

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    2/182

    9re:8'io dos editores su!os

    , personalidade 'omo epresso da totalidade do *omem :oi 'ir'uns'ritapor C. G. Jung 'omo sendo o ideal do adulto 'uFa realiao 'ons'iente por

    meio da #individuao# representa o mar'o :inal do desenvolvimento*umano para o per!odo situado al-m da metade da eistn'ia ; do amadure'imento do adulto Kel%st&erdung e assim in'luirainda o ensaio #o%re a :ormao da personalidade#. M Fustamente esseensaio Aue :orne'e o t!tulo e o tema para este volume.

    Eiste ainda o pre'on'eito muito di:undido de Aue a psi'ologia de C. G.Jung se re:ira uni'amente ; segunda metade da eist

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    3/182

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    4/182

    lgi'a de 'onsiderar visando a'ompan*ar o desenvolvimento do pro'essolgi'o na 'riana. E at- mesmo seria poss!vel adotar3se o ponto de vista dapsi'ologia da religio 'om o intuito de desta'ar os 'omeos na :ormao do'on'eito de Deus. Contentei3me em 'onservar uma posio intermedi8riaAue mantivesse a lin*a de simples 'onsiderao psi'olgi'a das 'oisas sem

    tentar a'omodar o material a este ou ;Auele prin'!pio :undamental*ipot-ti'o apenas. Com isso naturalmente no pretendo impugnar apossi%ilidade desses prin'!pios pois todos eles esto in'lusos na naturea*umanaN apenas um espe'ialista par'ial poderia de'larar 'omouniversalmente v8lido algum prin'!pio *eur!sti'o Aue :osse de valor espe'ialpara a sua dis'iplina ou para seu modo pessoal de 'onsiderar as 'oisas.Justamente por eistirem v8rios prin'!pios poss!veis - essen'ial empsi'ologia *umana Famais tentar 'on'e%er as 'oisas ; lu de um Hni'o desses

    prin'!pios mas sim pro'urar 'onsider83las so% diversos aspe'tos., 'on'epo adotada neste livro tem por %ase a suposio de Aue o

    interesse seual desempen*a um papel 'ausal no pro'esso da :ormao dopensamento in:antil Aue de modo algum poder8 ser negligen'iado. Estepressuposto 'ertamente no dever8 en'ontrar nen*uma oposio mais s-ria., posio oposta F8 teria 'ertamente 'ontra si um nHmero muito grande de:atos %em o%servados mesmo sem se tomar em 'onta Aue seriaetremamente inveross!mil dar3se o :ato de um instinto to importante na

    psi'ologia *umana no 'omear a mani:estar3se F8 na alma in:antil aindaAue de :orma rudimentar.

    Em 'ontrapartida a'entuo neste tra%al*o Aue o pensar e a ela%orao dos'on'eitos so de grande import>n'ia para a soluo de 'on:litos ps!Aui'os. OAue segue deveria %astar para es'lare'er de uma ve Aue o interesse seualin'ipiente em sua atuao 'ausal apenas muito impropriamente tende paraum alvo seual determinadoN sua atuao 'ausal se orienta muito mais para odesenvolvimento do pensar. e assim no :osse a soluo do 'on:lito seria'onseguida uni'amente pelo :orne'imento de um alvo seual e no pelaaFuda em modi:i'ar a 'on'epo intele'tual. as - Fustamente este Hltimo'aso Aue se d8. Da! ser8 l!'ito 'on'luir invertendo a ordem Aue aseualidade in:antil no apresenta eatamente a mesma naturea Aue aseualidade adulta. , seualidade adulta Famais a'eita uma ela%orao de'on'eito 'omo su'ed>neo pleno e eAuivalente mas re'lama Aue l*e seFa:orne'ido o alvo seual real e adeAuado ao uso da :uno normal de a'ordo

    'om a eig

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    5/182

    apto para o desenvolvimento de modo Aue l*e esteFa assegurada sua atuaopermanente. Wuando o 'on:lito atinge 'erta intensidade a :alta de :ormaoda 'on'epo intele'tual passa a atuar 'omo impedimento repelindo de voltaa li%ido para os rudimentos da seualidadeN - isto Aue 'onstitui a 'ausa deesses rudimentos ou germes serem desviados pre'o'emente para um

    desenvolvimento anormal. +orma3se deste modo uma neurose in:antil.9rin'ipalmente as 'rianas %em3dotadas nas Auais as eig

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    6/182

    9re:8'io da ter'eira edio

    J8 se passaram Auase trinta anos desde Aue este tra%al*o :oi pu%li'ado

    pela primeira ve. 9are'e todavia Aue esta peAuena o%ra nada perdeu de suavida prpriaN 'ontinua mesmo a ser pro'urada sempre de novo pelo pH%li'o.De 'erto ponto de vista 'ertamente ela no se tornou antiAuada enAuantorelata simplesmente o desenrolar de :atos Aue podem repetir3se por toda aparte de modo mais ou menos pare'ido. Esta o%ra '*ama ainda a atenopara algo muito importante tanto na teoria 'omo na pr8ti'aN trata3se datendn'ias 'omo seria poss!vel son*ar 'om teorias geraisX ,teoria representa inegavelmente o mel*or es'udo para proteger ainsu:i'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    7/182

    'on'eito de seualidade se tornar8 demasiadamente in:lado e ne%ulosoenAuanto Aue os :atores espirituais apare'ero apenas 'omo merasde:ormaes do instinto. ais 'onsideraes 'onduem a um ra'ionalismoAue se torna in'apa de lidar 'om a naturea polivalente das disposiesin:antis ainda Aue apenas de maneira aproimada. O :ato de a 'riana F8 se

    o'upar 'om Auestes Aue para o adulto t

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    8/182

    0a mesma -po'a em Aue +REUD pu%li'ou seus 'omuni'ados so%re#Jooin*o#7 re'e%i de 'erto pai entendido em psi'an8lise uma s-rie deo%servaes a respeito de sua :il*in*a de Auatro anos.

    7. +reud ,n8lise da :o%ia de um menino de 'in'o anos.

    Essas o%servaes se pare'iam em muitos pontos 'om os 'omuni'adosde +reud so%re #Jooin*o# e em outros at- os 'omplementavam. enti3mepois Auase Aue o%rigado a tornar esse material a'ess!vel a um pH%li'o maior., in'ompreenso para no dier a indignao Aue o 'aso de #Jooin*o#provo'ou :oi para mim mais um motivo para pu%li'ar o material presenteAue sem dHvida no se 'ompara em etenso ao de #Jooin*o#. Contudo

    aAui se en'ontram 'ertas passagens Aue podem 'on:irmar o Auanto de t!pi'otroue #Jooin*o#. , '*amada 'r!ti'a 'ient!:i'a na medida em Aue sedignou tomar 'on*e'imento dessas 'oisas importantes tam%-m dessa vetornou a agir 'om pre'ipitao dando mostras de no ter aprendido ainda aeaminar primeiro para depois Fulgar.

    , menina Aue por sua intuio e viva'idade intele'tual nos :orne'eu aso%servaes seguintes - uma 'riana sadia e %em disposta de !ndole umtanto temperamental. 0un'a esteve seriamente doenteN tam%-m Famais :oram

    notados nela AuaisAuer #sintomas# 'ausados pelo sistema nervoso.Interesses sistem8ti'os mais vivos despertaram nessa 'riana por volta

    dos tr

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    9/182

    ,nin*a" #Est8 %em e depoisX#,v" #Ento eu me torno anFo...#,nin*a" #E depois disso vais ser de novo uma 'rian'in*a

    peAueninin*aX#0este di8logo a 'riana en'ontra uma o'asio oportuna para resolver

    provisoriamente um pro%lema. J8 *8 algum tempo vivia perguntando ; mese algum dia ela no poderia ter tam%-m uma %one'a viva uma 'rian'in*atalve um irmoin*oN a isso seguiam3se normalmente as perguntas a'er'ada origem dos %e%nea e sem despertar ateno os pais no l*es davam grandeimport>n'ia mas to3somente as entendiam 'om a mesma despreo'upao'om a Aual a 'riana pare'ia perguntar. ,ssim 'erto dia l*e deram aepli'ao Fo'osa de Aue os %e%

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    10/182

    Eu mesmo tratei 'erta o'asio de uma mo'in*a de Auine anos em 'uFaan8lise surgiu repentinamente uma id-ia Aue retornou outras vees. Era apoesia de CPILLER Lied vou der Glo'(' K#Cantiga do sino#. , mo'in*aainda nem tin*a lido essa poesia mas apenas a tin*a :ol*eado uma veNsomente se re'ordava de ter lido algo so%re uma #'atedral#. 0o 'onseguia

    lem%rar3se de mais nada. , passagem - a seguinte"Da 'atedralGrave e temerosoo'a o sinoUm 'anto :Hne%re et'.

    ,iZ M a esposa a Auerida,iZ M a me :iel

    Wue o negro pr!n'ipe das som%rasRetira dos %raos do esposo et'.

    0aturalmente a :il*a ama a me e nem de longe pensa na morte dela'ontudo a situao presente - esta" a :il*a deve a'ompan*ar a me numaviagem de 'in'o semanas para visitar parentesN no ano anterior a me tin*aviaFado soin*a enAuanto a :il*a K:il*a Hni'a e mimada :i'ara soin*a em'asa 'om o pai. In:elimente nesse ano #a peAuena esposa# - #retirada# dos

    %raos do esposo ao passo Aue na verdade seria pre:er!vel para a :il*in*aAue #a me :iel# se separasse da :il*a.

    #atar# na %o'a de uma 'riana - por isso algo de ino:ensivo tanto maisAuando se sa%e Aue ela usa a palavra #matar# indi:erentemente para todos osmodos poss!veis de destruio a:astamento aniAuilamento et'. Em todo'aso mere'e alguma 'onsiderao a tend

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    11/182

    a man* a menina se manteve visivelmente a:astada da me o Auedespertou ateno tanto maior porAue ela era sempre muito agarrada ; me.as 'erto momento Auando a me estava soin*a ,nin*a entrou 'orrendono Auarto e enlaando3a pelo pes'oo murmurou apressadamente" Entono ias morrer agoraX

    orna3se ento 'lara para ns uma parte do 'on:lito Aue *avia na alma da'riana. , teoria da 'egon*a nun'a tin*a pegado direito mas muito mais a*iptese da reen'arnao segundo a Aual uma pessoa morre para Aue uma'rian'in*a 'ome'e a viver. 0esse 'aso a me deveria morrer 3 e 'omopoderia ,nin*a nessas 'ondies sentir AualAuer alegria por 'ausa do re'-m3nas'ido 'ontra o Aual F8 se insurge o 'iHme in:antilX 9or isso no momentooportuno pre'isa 'erti:i'ar3se se a me deve morrer ou no. , me nomorreu. Esse des:e'*o :eli resultava por-m em rude golpe para a teoria da

    reen'arnao. E daAui para a :rente 'omo dever8 ser epli'ado o nas'imentodo irmoin*o e de modo geral a origem dos %e%

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    12/182

    uma :reira *avia '*egado 'omo ama3se'a o Aue 'ausou uma grandeimpresso na menina por 'ausa do *8%ito religioso. as de in!'io o e:eito:oi mais negativo e at- mesmo em grau etremo pois a menina l*e opun*aem tudo a maior resist

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    13/182

    dominar a represso espe'!:i'a %em 'omo as :antasias t!pi'as dos gagos 'omo se possu!ssemgrandes dotes oratrios. KWue *aFa em todas essas pessoas determinada epe'tativa isso noseviden'iam os estudos muito engen*osos de ,dler so%re as de:i'in'ia ;smani:estaes espont>neas da 'riana. +ieram apenas o Aue se 'onsiderao%rigao geral na edu'ao. M mesmo 'ostume generaliado dar3se pou'o

    valor ao Aue diem as 'rianasN em AualAuer :ase de idade so elas'onsideradas ainda irrespons8veis no to'ante ;s 'oisas essen'iais enAuantoAue nas 'oisas sem import>n'ia so treinadas at- a per:eio de autmatos.

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    14/182

    9or tr8s das resist

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    15/182

    supervaloriar desmesuradamente a import>n'ia do pensar 'ons'iente na atuao so%re o agir.+reud esta%ele'e 'omo 'rit-rio ps!Aui'o do agir no o motivo 'ons'iente mas o resultado doato Keste no - avaliado tanto 'omo e:eito :!si'o mas muito mais em sua import>n'ia

    ps!Aui'a. Esta 'on'epo :a o agir apare'er so% um aspe'to novo e muito importante doponto de vista %iolgi'o. Dispenso a eempli:i'ao e me 'ontento em indi'ar Aue esta'on'epo - etremamente valiosa na psi'an8lise para entender3se tanto a naturea 'omo a

    motivao dos :atos.

    em dHvida alguma nos en'ontramos diante do pro%lema" #Donde - Auevem o %e%

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    16/182

    tremido e as 'asas ru!do e Auantas pessoas *aviam pere'ido. Isso mar'avatam%-m o apare'imento do medo em todas as noites. Ela F8 no podia :i'arsoin*a a me tin*a de vir :i'ar 'om ela porAue seno viria o terremoto a'asa desa%aria e a mataria. esmo no de'orrer do dia vivia ela a o'upar3se'om tais id-iasN Auando sa!a a passeio 'om a me no parava de molest83la

    'om as mesmas perguntas" #er8 Aue a 'asa ainda estar8 de p- AuandovoltarmosX# #er8 Aue papai ainda estar8 vivoX# #L8 em 'asa 'om 'erteano *8 terremotoX# Ou ao passar por AualAuer %lo'o de pedra no 'amin*o"#Ela tam%-m - do terremotoX# Uma 'asa em o%ras era para ela are'onstruo de uma 'asa destru!da pelo terremoto. E assim outras 'oisasmais. Ultimamente a'ordava gritando durante a noite Aue o terremoto estava'*egando e Aue ela F8 estava es'utando o %arul*o. ,o deitar3se era pre'isoAue algu-m l*e garantisse solenemente Aue 'om toda a 'ertea no viria

    terremoto nen*um. +oram tentados diversos re'ursos para tranAili83la.Entre outros :oi3l*e epli'ado Aue os terremotos somente se do ondeeistem vul'es. as ento era pre'iso provar3l*e tam%-m sempre de novoAue as montan*as nas viin*anas da 'idade seguramente no eram vul'es.,os pou'os esse modo de ra'io'inar :oi arrastando a 'riana para umenorme deseFo de sa%er Aue era :ora do normal para a idade dela. 9arasatis:aer esse deseFo tin*am os outros de ir %us'ar para ela todas asgravuras de geologia e os ,tlas da %i%liote'a do pai. E ela se pun*a a

    pro'urar *oras a :io por representaes de vul'es e de terremotos e noparava de perguntar so%re essas 'oisas.

    En'ontramo3nos aAui diante de uma tentativa muita intensa desu%limao na Aual o medo se trans:orma em #deseFo ardente# da 'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    17/182

    se apresentasse.O'orreu isso pou'o depois Auando ,nin*a voltou a indagar a respeito da

    'egon*a. Disse3l*e ento a me Aue toda essa *istria da 'egon*a nem eraverdade mas Aue o peAueno +rit tin*a 'res'ido dentro do 'orpo da meassim 'omo as :lores tam%-m %rotam da terra. 9rimeiro ele era %em

    peAuenino e depois 'omeou a 'res'er 'ada ve mais do mesmo modo Aueas plantas 'res'em. , 'riana ia es'utando atentamente mas sem demonstrara menor admirao e a'a%ou perguntando" #/em mas ele saiu assim s porsi mesmoX#

    e" #im#.,nin*a" #as ele ainda nem sa%e andar#., irmin*a menor" #Ora ento ele saiu engatin*ando#.,nin*a Ksem dar ateno ; resposta da irm" #/em ser8 Aue ali

    Kmostrando o peito da me eiste algum %ura'oX Ou ser8 Aue ele saiu pela%o'aX E Auem - ento Aue saiu da ama3se'aX#

    De repente ,nin*a interrompeu3se a si mesma e inter'alou" #0o eu F8sei a 'egon*a :oi %us'ar o irmoin*o no '-uZ# Ento antes mesmo Aue ame pudesse responder ;s perguntas desistiu do assunto e Aueria ver denovo as gravuras de vul'es. De'orreu tranAila a noite imediata a essa'onversa. O es'lare'imento repentino 'ertamente desen'adeou na 'riana

    uma seA

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    18/182

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    19/182

    se impe ; :ora um novo pro%lema" Ento da me saem :il*os mas o Auea'onte'e no 'aso da ama3se'aX er8 Aue dela tam%-m saiu algu-mX Logo emseguida muda de rumo" #0o no a 'egon*a - Aue :oi %us'ar o irmoin*ono '-u#. as o Aue *8 de to espe'ial assim no 'aso de ningu-m ter sa!do daama3se'aX Devemos re'ordar3nos Aue ,nin*a se identi:i'ava 'om a :reira e

    ama3se'a e Aue planeFa tornar3se mais tarde tam%-m ama3se'a pois 3 elatam%-m gostaria de ter um %e%

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    20/182

    indi:erena para as estampas" #Isto so mortosZ J8 vi isso muitas vees#. ,t-a :otogra:ia de uma erupo vul'>ni'a no tin*a para ela nada mais deatraente. ,ssim todo aAuele interesse 'ient!:i'o desmoronou e desapare'euto repentinamente 'omo *avia surgido. 0os dias Aue se seguiram aoes'lare'imento tin*a ,nin*a tam%-m 'oisas muito mais importantes para

    :aer. Ela 'omeava a estender esses 'on*e'imentos re'entes a todo o seuam%iente. +oi assim" 9rimeiro pro'urou veri:i'ar mais uma ve e de modo'ompleto Aue o peAueno +rit 'res'eu dentro da meN depois Aue ela e airmin*a menor tam%-mN e o pai dentro da me dele a me dentro da medela e tam%-m as empregadas dentro da me de 'ada uma delas.9erguntando sempre de novo pro'urava ver se essa verdade 'ontinuavasempre sendo verdade. M Aue era muito grande a des'on:iana Aue *aviadespertado na 'rianaN muitas 'on:irmaes eram ne'ess8rias para dissipar

    todas as dHvidas. Entrementes a'onte'eu v8rias vees Aue as duas voltaram'om a teoria da 'egon*a e do anFoN mas agora de maneira pou'o digna de'r-dito pois se pun*am 'omo Aue a 'antarol83la tam%-m para as %one'as.

    @. Unia de:inio primitiva da divindade.

    Em tudo ali8s o novo 'on*e'imento se mostrou deveras e:i'a pois a:o%ia no tornou a apare'er

    ,penas uma ve *ouve ameaa de ser destru!da esta 'ertea. 9assados

    'er'a de oito dias desde Aue :ora dado o es'lare'imento o pai teve de :i'arde 'ama na parte da man* devido a uma gripe. ,s 'rianas por-m noestavam in:ormadas a respeito disso. ,nin*a ao entrar no Auarto de dormirdos pais deu 'om o pai deitado na 'ama 'oisa a Aue no estava a'ostumada.,ssumiu uma epresso de espanto muito singularN :i'ou parada a grandedist>n'ia da 'ama e no Aueria aproimar3se provavelmente por estar outrave intimidada e des'on:iada. De repente :e esta pergunta 'omo Aueeplodindo" #9or Aue est8s de 'amaX er8 Aue tam%-m tens uma planta na

    %arrigaX#0aturalmente o pai riu3se e a a'almou epli'ando" Aue dentro do pai

    no podem 'res'er %e%

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    21/182

    e Aue l8 dentro *avia muitos %i'*in*os#. eguiu3se nova pausa. Ento pelater'eira ve re'omeou" #Esta noite son*ei 'om a ar'a de 0o- e Aue l8dentro *avia muitos %i'*in*os e Aue a tampa se a%riu e Aue os %i'*in*os'a!ram todos para :ora#[. Wuem tem eperi

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    22/182

    possa ter de novo um %e%

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    23/182

    %rin'adeira e tudo so% a orientao de ,nin*a. ,pan*aram uns Fornaisvel*os no es'ritrio do pai e os en:iaram por %aio dos vestidos de modoAue era ineg8vel o intuito de imitao. 0a noite seguinte teve a menina outroson*o" #Eu son*ei 'om uma mul*er da 'idade e Aue ela tin*a a %arrigamuito grande#[. O ator prin'ipal no son*o - sempre a prpria pessoa Aue

    son*a dis:arado so% uma apar

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    24/182

    'ons'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    25/182

    respeito dele. Wue o pro%lema ten*a esta'ionado eatamente a! nem - deadmirar pois a! est8 realmente o ponto mais di:!'il. ,l-m disso 'onsta daeperin'ia. as Aue - Aue ele :aXanto Jooin*o 'omo ,nin*a imaginam Aue deva ser alguma 'oisa 'om as

    pernas.Este per!odo de sossego durou 'er'a de 'in'o meses e nele no

    o'orreram AuaisAuer sintomas de :o%ia nem outros ind!'ios de Aue algum'ompleo se a'*asse em desenvolvimento. 9elo :inal do per!odo 'omearama surgir prenHn'ios de Aue algo estava para a'onte'er. 0aAuele tempo a:am!lia de ,nin*a morava em uma 'asa de 'ampo perto de uma lagoa emAue as 'rianas podiam %rin'ar Auando a'ompan*adas da me. Como,nin*a mostrava medo de entrar na 8gua al-m da altura dos Foel*os o pai

    resolveu 'erto dia 'olo'83la sentada dentro da 8guaN mas isso resultou numagritaria da parte dela. \ noite ao ir para a 'ama perguntou ,nin*a ; me"#0o - o papai Aueria a:ogar3meX#

    ,lguns dias depois o'orre nova gritaria. ,nin*a tin*a :i'ado tantotempo parada diante do Fardineiro Aue ele por %rin'adeira a agarrou e'olo'ou dentro de um %ura'o Aue a'a%ava de 'avar. ,nin*a ps3se a gritar ea '*orar 'lamorosamente a:irmando Aue o *omem Aueria enterr83la deverdade.

    E ainda por 'ima disso voltou a a'ordar espavorida durante ; noitegritando de medo. , me :oi ento ao Auarto dela Aue :i'ava logo ao ladoe pro'urou a'alm83la. ,nin*a tin*a son*ado" Um trem estava passando l8em 'ima e 'aiu.

    0esse parti'ular temos tam%-m o 'aso da 'arroa Kou dilig

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    26/182

    pensamentos da 'riana se o'upavam agora em des'o%rir o Aue o pai podiaestar tramando em segredo ou :aendo. O mist-rio se apresenta ; 'riana'omo algo de muito perigoso de modo Aue ela devia estar pre'avida at-mesmo para o pior da parte do pai. KEssa mesma atitude in:antil de medo'om relao ao pai reapare'e mesmo em idade adulta so%retudo em

    pa'ientes de dementia prae'o e at- de maneira etremamente 'laraN demodo geral essa :orma de dem

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    27/182

    indagar. er8 Aue Deus ento sa%ia isso e o pai tam%-mN e por Aue Deus e opai sempre sa%iam tudoX , me l*e disse Aue ela :osse ento pro'urar o pai el*e perguntasse 'omo - Aue os ol*os 'res'iam na 'a%ea. 9assados mais unsdias a :am!lia inteira esteve reunida ; *ora do '*8 e a'a%ada a re:eio :oi'ada um saindo para seu lado. as o pai se demorou ainda um pou'o

    sentado a ler o FornalN e ,nin*a tam%-m permane'eu sentada. De repentedirigindo3se ao pai perguntou"#Die uma 'oisa 'omo - Aue os ol*os nas'eram para dentro da 'a%eaX#9ai" #Eles no nas'eram entrando na 'a%ea mas desde o 'omeo F8

    estavam a!N eles 'res'eram Funtamente 'om a 'a%ea#.,nin*a" #Ento os ol*os no :oram 'olo'ados KplantadosX#9ai" #0o eles somente 'res'eram e :aem parte da 'a%ea 'omo o nari

    tam%-m#.

    ,nin*a" #E a %o'a e as orel*as tam%-m 'res'eram assimX E os 'a%elostam%-mX#

    9ai" #im tudo isso 'res'eu dessa maneira#.,nin*a" #as os 'a%elos tam%-mX Como - Aue os ratin*os v

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    28/182

    seuais" #Ento :oi por a! Aue ele saiuX#9ai" #De'erto Aue simN e sem dHvida F8 tin*as pensado nissoX#,nin*a Kapressada sem dar ateno a essa pergunta" #as ento 'omo -

    Aue o +rit entrou na mameX ,lgu-m o 'olo'ou Kplantou l8X +oi 'olo'adal8 uma sementin*aX#

    , essa pergunta etremamente pre'isa o pai no podia esAuivar3se mais.Comeou ento a epli'ar ; menina enAuanto ela o es'utava 'om a m8imaateno Aue a me - assim 'omo a terra e o pai 'omo o Fardineiro Aue o paid8 a sementin*a e Aue - na me Aue ela 'res'e e se torna um %e%ein*o. Essaresposta :oi etraordinariamente satis:atria para ela. aiu 'orrendo paraFunto da me e l*e disse gritando" #9apai me 'ontou tudo agora eu F8 seitudo#. as o Aue era tudo isso Aue ela agora sa%ia ela no o 'ontou aningu-m.

    0o dia seguinte a menina resolveu aproveitar3se desse novo'on*e'imento. 9ro'urou a me e l*e disse" #Ol*a s mameN papai me'ontou 'omo o peAueno +rit era um anFin*o e Aue a 'egon*a :oi l8 no '-u eo troue de l8#. , me naturalmente muito admirada respondeu" #0o :oiisso Aue teu pai te disse ten*o toda a 'ertea#. Ento a menina desatou a rir ea:astou3se 'orrendo.

    Era 'ertamente a vingana da menina. e a me :ingia ignorar ou nosa%ia mesmo 'omo - Aue os ol*os 'res'em na 'a%ea ento talve ela nem

    seAuer sou%esse 'omo o peAueno +rit entrara no 'orpo dela. 9or isso sepodia logr83la tranAilamente 'om a vel*a *istria da 'egon*a.9ossivelmente ela at- a'reditava nisso.

    ,gora a 'riana estava sossegada porAue seus 'on*e'imentos *aviamaumentado e um pro%lema di:!'il estava resolvido. , maior vantagem paraela 'onsistia em ter atingido um rela'ionamento mais !ntimo 'om o pai semter sido preFudi'ada de modo algum em sua independ

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    29/182

    um novo son*o. on*ou Aue estava no pomar e Aue v8rios Fardineirosestavam urinando Funto ;s 8rvores e Aue o pai estava entre eles.

    9er'e%e3se a! o antigo pro%lema ainda sem soluo" #Como - Aue o pai:a issoX#

    0essa -po'a *avia sido '*amado um mar'eneiro para 'onsertar uma

    gaveta emperrada. ,nin*a :i'ou por perto e ps3se a o%servar 'omo eleaplainava a madeira. Durante a noite teve outro son*o" #O mar'eneiro estavaaplainando os rgos seuais dela#.

    Este son*o pode ser interpretado sem di:i'uldade no sentido de Aue,nin*a :aia a si mesma a pergunta" er8 Aue dar8 'erto 'omigoX Ou ser8Aue - pre'iso :aer algo pare'ido 'om o Aue :e o mar'eneiro a :im de Aued< 'ertoX Essa suposio sugere Aue o pro%lema 'ontinua a so:rer nomomento nova ela%orao no in'ons'iente uma ve Aue alguma 'oisa nele

    no est8 %em 'lara ainda. Wue a suposio era 'orreta :oi 'on:irmado naprimeira oportunidade Aue se deu ali8s somente alguns meses mais tardeAuando ,nin*a estava Auase para 'ompletar 'in'o anos. 0esse meio tempotam%-m a irmin*a mais nova o:ia entrava na idade dessas perguntas.Ela estivera presente naAuela o'asio em Aue ,nin*a tin*a re'e%ido algunses'lare'imentos por 'ausa da :o%ia dos terremotos. Pavia at- mesmo :eitouma o%servao muito aFuiada aparentemente. 0a verdade por-m ela nada*avia entendido ento do Aue tin*am epli'ado. Isso se tornou 'laro pou'o

    tempo depois. eu 'omportamento era os'ilante" ora se mostrava muito'arin*osa 'om a me de modo a viver agarrada a ela ora se tornava muitomal'riada e irritada. 0um desses maus dias Auis at- virar o %ero doirmoin*o. , me a repreendeu por isso e ela desatou num grande %erreiro.Repentinamente durante a '*oradeira saiu3se 'om essa" #Eu nem sei nadaainda de onde - Aue v

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    30/182

    me'anismo da eva'uao durante a Aual se #deia 'air# o %olo :e'al no vasosanit8rio.

    ,nin*a" #er8 Aue o +rit era uma 'oisa assim 'omo Aue vomitadaX#0a tarde anterior ,nin*a tivera uma peAuena pertur%ao digestiva e

    *avia mesmo vomitado.

    Era pois aps uma pausa de v8rios meses Aue o:ia N *avia tomadonovo impulso para 'erti:i'ar3se novamente a'er'a do es'lare'imentoanterior. O :ato de voltar a 'erti:i'ar3se F8 indi'a Aue pare'ia restaremdHvidas no resolvidas pela epli'ao dada antes pela me. , Fulgar pelapergunta :eita a dHvida surgia da epli'ao insu:i'iente so%re a naturea doparto. , epresso #:aer :ora para ele sair# - usada pelas 'rianas para oato da de:e'ao. 9or a! F8 se v< Aual o rumo Aue tomar8 a teoria no 'aso deo:ia. E a o%servao seguinte se o +rit #tin*a 'a!do# mostra ento a

    identi:i'ao 'ompleta entre o irmoin*o e o e'remento to 'ompleta Aueatinge as raias do *umor!sti'o. as deveras estran*a era a o%servao :eitapor ,nin*a" se o +rit *avia sido #vomitado#. O vomitar o'orrido na v-speradeve t

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    31/182

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    32/182

    presente. ,nin*a tem agora pou'o mais de 'in'o anos e F8 'on*e'e umas-rie de :atos importantes so%re a seualidade. 0o :oi o%servado nen*ume:eito preFudi'ial desse 'on*e'imento nem so%re a atitude moral nem so%reo evoluir do 'ar8ter. Do ponto de vista terap

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    33/182

    porAue a :antasia simplesmente ps de lado a epli'ao da 'ineo do pensamento. as de outra parte o :ato de a:antasia in:antil ter 'onseguido suplantar a epli'ao 'orreta a mim pare'eser uma advert

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    34/182

    emos pois toda a rao de admitir Aue o mesmo vale para a psi'ologiain:antil. e 'ertos grupos ind!genas sul3ameri'anos se 'onsideram papagaiosvermel*os e isso de modo real e verdadeiro 'om e'luso epressa de uma'on'epo :igurada o :ato no tem a m!nima ligao 'om AualAuerrepresso seual de #ordem moral#. , rao disso deve ser pro'urada nas

    leis inatas e imut8veis da :uno do pensar Aue 'onsistem na independ

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    35/182

    IIIntroduo ; o%ra de +ran'

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    36/182

    talve evitar AualAuer 'r!ti'a e possivelmente enganar3nos a ns mesmos arespeito de nossa pro%idade Aue - to mani:esta em nossa prpria opinio.as um tanto a%aio do n!vel mediano e 'omum da 'ons'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    37/182

    'a%eas. Contudo esse pro%lema interessa tanto ao m-di'o 'omo ao %ilogoe tam%-m ao :ilso:o. 9ara Auem estudou e 'on*e'e a psi'ologia de povosprimitivos pare'e mani:esto eistir uma relao entre o 'on'eito de#identidade# e o Aue LMV3/RUPL designa 'omo parti'ipation mSstiAu'K#parti'ipao m!sti'a#. E :ato 'urioso Aue muitos etnlogos ainda se

    re'usem a a'eitar esta 'on'epo genialN a 'ulpa disso talve deva serpro'urada so%retudo na es'ol*a pou'o :eli do termo mSstiAu'. , palavra#m!sti'o# nos da 'omo Aue a id-ia de uma morada de todos os esp!ritosimundos ainda Aue originariamente no ten*a sido esse o 'onteHdo do'on'eito o Aual :oi re%aiado a tal ponto Fustamente pelo uso impuro detodo o mundo. 0esta identidade no *8 nada de #m!sti'o# 'omo tam%-m no- a%solutamente m!sti'o o meta%olismo eistente entre a me e o em%rio. ,identidade prov-m essen'ialmente do estado de in'ons'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    38/182

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    39/182

    trata de :enmeno psi'olgi'o at8vi'o do pe'ado original. al a:irmaopoderia pare'er algo de sum8rio e arti:i'ial sem esta restrio" essa parte davida a Aue nos re:erimos seria aAuela Aue os pais poderiam ter vivido se noa tivessem o'ultado mediante su%ter:Hgios mais ou menos gastos. rata3sepois de uma parte da vida Aue T numa epresso ineAu!vo'a T :oi a%a:ada

    talve 'om uma mentira piedosa. M isto Aue a%riga os germes maisvirulentos.M plenamente oportuna a eortao da autora para Aue se '*egue ao

    'on*e'imento 'laro de si mesmo. Entretanto - a naturea de 'ada 'aso Auedever8 de'idir Auanto de 'ulpa ter8 de ser realmente atri%u!do aos pais.Jamais se dever8 esAue'er Aue se trata aAui do #pe'ado original# 'ertamenteum pe'ado 'ontra a vida e no uma :alta 'ontra a moral 'onstru!da pelos*omens. 9or isso os pais por sua ve devero ser vistos 'omo :il*os dos

    avs. , maldio dos ,tridas no - nen*um palavreado o'o.Igualmente se evite in'orrer no erro de supor Aue a esp-'ie e a

    intensidade da reao in:antil dependam simplesmente da singularidade dospro%lemas paternos.

    uitas vees esse pro%lema atua mais 'omo simples 'atalisador adesen'adear reaes Aue podem ser epli'adas de modo mel*or a partir damassa *eredit8ria do Aue Auando se 'onsidera a 'ausalidade ps!Aui'a.

    Essa atuao 'omo 'ausa Aue os pro%lemas dos pais t

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    40/182

    grosseira timide neurti'a ou 'onven'ionalismo sem alma. 0isto pode'a%er aos pais muitas vees grave responsa%ilidade. E em :altas 'ontra anaturea no adianta alegar a des'ulpa de ignor>n'ia.

    , ignor>n'ia atua 'omo 'ulpa.Outro pro%lema Aue o livro de =IC]E prope ao leitor Aue re:lete - a

    Auesto seguinte., psi'ologia do estado de #identidade# Aue pre'ede ; 'ons'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    41/182

    9or estar espal*ada por toda a parte a alma 'oletiva Aue ainda est8 muitoprima da 'riana peAuena esta per'e%e no apenas os 'ondi'ionamentosmais pro:undos dos pais mas tam%-m em um >m%ito mais etenso o %em e omal eistentes nas pro:undeas da alma *umana. , alma in'ons'iente da'riana possui uma etenso in'al'ul8vel e da mesma :orma uma idade

    in'al'ul8vel. esmo sendo pai e me 'om todas as *onras 3 'ontudo por tr8sdo deseFo de voltar a ser 'riana ou por tr8s dos son*os angustiosos da'riana est8 o'ulto algo mais Aue o mero praer do %ero ou edu'aoerrada.

    Entre povos primitivos eiste :reAentemente a 'rena de Aue a alma da'riana - um esp!rito de antepassado Aue se en'arnouN por isso - perigoso'astigar as 'rianas o Aue seria uma o:ensa ao antepassado. Essa 'rena no- mais do Aue uma :ormulao mais intuitiva dos 'on'eitos a'ima epostos.

    , imensido pr-3'ons'iente da alma in:antil desapare'e ou 'ontinua aeistir 'om ela. 9or isso os vest!gios da alma in:antil 'onstituem no adultotanto o Aue ele tem de mel*or Auanto o Aue tem de pior. Em todo 'aso soesses vest!gios Aue :ormam o esp!rito diretor (spiritus rector) o'ulto denossos :eitos ou :atos mais importantes Auer esteFamos 'ons'ientes dissoou.no. o eles Aue no ta%uleiro de adre de nossa vida 'onseguem dar ;s:iguras *umanas sem import>n'ia a dignidade de rei ou de peoN so elesAue :aem um po%re 'oitado :il*o de pai 'asual trans:ormar3se emtirano dominador de povos 'omo tam%-m elevam uma in:eli :il*ade me involunt8ria ao esplendor de uma deusa do destino. M Aue portr8s de 'ada pai determinado est8 sempre a :igura eterna do pai e portr8s da atuao passageira de uma me real se en'ontra a :iguram8gi'a da me a%soluta. Esses arAu-tipos da alma 'oletiva 'uFo poderse a'*a glori:i'ado nas o%ras imortais da arte ou nas ardentespro:isses de :- das religies so tam%-m as pot

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    42/182

    tam%-m. 0a verdade Aue *omem moralmente 'ons'iente poderiasuportar essa responsa%ilidade imensaX uito mel*or seria entodeiar esse poder e'essivo ao divino onde ele sempre esteve antesde ser #es'lare'ido# (aufgeklrt).

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    43/182

    IIIA importncia da psicologia analtica para a educao

    QCon:er

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    44/182

    trans:erindo3se para o 'ampo mais geral da psi'ologia do *omem normal.9ortanto ao me dirigir aos sen*ores e epor o rela'ionamento entre apsi'ologia anal!ti'a e a edu'ao deio de 'onsiderar a an8lise :reudiana.Como ela - apenas uma psi'ologia das rami:i'aes do instinto seual napsiAue to3somente seria Fusti:i'ado men'ion83la se nosso propsito :osse o

    de :alar e'lusivamente so%re a psi'ologia seual da 'riana. Wuero evitar depropsito a :alsa apar

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    45/182

    adultas e no ;s 'rianas Aue por enAuanto ne'essitam apenas de 'oisaselementares.

    Uma das 'onAuistas mais importantes da psi'ologia 76 anal!ti'a - semdHvida o 'on*e'imento da estrutura %iolgi'a da alma. 0o ser8 :8'ilepli'ar em pou'as palavras o Aue nos 'ustou muitos anos para des'o%rir.

    9or isso pre'iso 'omear agora um pou'o adiante para depois poder retornar; alma in:antil em espe'ial.Os sen*ores de 'erto sa%em Aue at- o presente a psi'ologia assim 'omo

    vem sendo representada pela es'ola de =undt - e'lusivamente umapsi'ologia da 'ons'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    46/182

    'omeo a 'ontinuidade da 'ons'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    47/182

    anatmi'as do passado long!nAuo. , mesma lei vale tam%-m para odesenvolvimento ps!Aui'o do *omem. egundo essa lei a 'riana sedesenvolve a partir de um estado ini'ial in'ons'iente e semel*ante ao doanimal at- atingir a 'ons'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    48/182

    outras 'oisas por 'omear ela a dier #eu#. 0ormalmente o'orre essa mu3dana entre tr

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    49/182

    perigoso e no 'onseguiam entender isso de maneira alguma pois a me eraamorosa e se sa'ri:i'ava por elas. ,nos mais tarde a me passou a so:rer dedoena mental e nos a'essos de lou'ura se pun*a a andar de Auatro 'omo umlo%isomem e a imitar o grun*ido dos por'os o ladrar dos 'es e o rosnar dosursos.5b. Os eemplos Aue aAui apresento aos sen*ores mostram uma

    aproimao etraordin8ria entre os *8%itos ps!Aui'os eistentes nosmem%ros da mesma :am!lia '*egando Auase ; identidade.5. O manus'rito e a traduo inglesa traem a anotao de Aue o autor nesta parte da

    eposio :e uma demonstrao re:erente ; eperi

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    50/182

    medida Aue o pro:essor pro'ura simplesmente 'umprir seu dever 'omo*omem e 'idado. E pre'iso Aue ele mesmo seFa uma pessoa 'orreta e sadiaNo %om eemplo - o mel*or m-todo de ensino. 9or mais per:eito Aue seFa om-todo de nada adiantar8 se a pessoa Aue o ee'uta no se en'ontrar a'imadele em virtude do valor de sua personalidade. O 'aso seria di:erente se o

    importante :osse apenas meter as mat-rias de ensino metodi'amente na'a%ea das 'rianas. Isso representaria no m8imo a metade da import>n'iada es'ola. , outra metade - a verdadeira edu'ao ps!Aui'a Aue s pode sertransmitida pela personalidade do pro:essor. , :inalidade dessa edu'ao -'onduir a 'riana para o mundo mais amplo e dessa :orma 'ompletar aedu'ao dada pelos pais. , edu'ao por parte dos pais por mais 'uidadosaAue seFa no deiar8 de ser um tanto par'ial pois o meio am%iente 'ontinuasempre o mesmo. , es'ola por-m - a primeira parte 'io grande mundo realN

    ela pro'ura ir ao en'ontro da 'riana para aFud83la a desprender3se at- 'ertoponto do am%iente da 'asa paterna. , 'riana tem naturalmente :rente aopro:essor o modo de adaptao aprendido do paiN proFeta so%re ele a imagempaterna 'omo se di em linguagem t-'ni'a demonstrando a tendn'ia ter8 se o m-todo did8ti'o 'orresponde ou no ;s eig

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    51/182

    Certamente seria de deseFar Aue os pro:essores tivessem 'on*e'imento des3ses m-todosN mas esse 'on*e'imento seria deseF8vel no no sentido de serapli'ado na edu'ao das 'rianas mas no de ser aproveitado para a prpriaedu'ao do pro:essor. , edu'ao do prprio pro:essor por-m reverter8indiretamente em %ene:!'io das 'rianas.

    alve os sen*ores se admirem de Aue eu esteFa :alando da edu'ao dosedu'adores. Devo de'larar3l*es Aue de a'ordo 'om a min*a opinioningu-m a%solutamente ningu-m est8 'om sua edu'ao terminada aodeiar a es'ola ainda Aue 'on'lua o 'urso superior. Dever!amos ter noapenas 'ursos de :ormao ulterior para os adoles'entes mas pre'isar!amosde 'ursos de edu'ao ulterior tam%-m para os adultos. Costumamos edu'aras pessoas apenas at- o ponto de poderem gan*ar a vida e 'asar3se. Com issose d8 por terminada a edu'ao 'omo se as pessoas F8 estivessem

    'ompletamente prontas e preparadas para a vida. Desse modo se a%andonaao 'rit-rio e ; ignor>n'ia do indiv!duo a soluo de todos os pro%lemas:uturos e 'ompli'ados da vida. Ca%e Hni'a e e'lusivamente ; :alta deedu'ao dos adultos a 'ulpa de tantos 'asamentos desaFustados e in:eliesassim 'omo inHmeras de'epes na vida pro:issionalN todos esses adultosvivem muitas vees na mais 'ompleta ignor>n'ia das 'oisas prin'ipais davida. C*ega3se at- mesmo a pensar Aue os maus modos in:antis pare'em serpropriedades imut8veis do 'ar8ter ao o'orrerem na idade adulta Auando as

    pessoas F8 deveriam ter terminado sua edu'ao e *8 muito ultrapassaram aidade prpria de ainda poderem ser edu'adas. rata3se aAui por-m de umgrande engano. am%-m o adulto - edu'8vel e pode mesmo 'onstituiro%Feto muito grato da arte da edu'ao individual. ,penas no podem serapli'ados ao adulto os mesmos m-todos empregados para as 'rianas. Oadulto F8 perdeu a plasti'idade etraordin8ria da psiAue in:antil e no podemais ser atingido em grau to elevado por in:lu

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    52/182

    esperar tal tare:a da 'riana mas devemos esper83la da parte de um adultoso%retudo ao tratar3se de um edu'ador. O edu'ador no pode 'ontentar3seem ser o portador da 'ultura apenas de modo passivo mas deve tam%-m de3senvolver ativamente a 'ultura e isso por meio da edu'ao de si prprio.ua 'ultura no deve Famais esta'ionar pois de outro modo 'omear8 a

    'orrigir nas 'rianas os de:eitos Aue no 'orrigiu em si mesmo.e agora passo a epor aos sen*ores alguma 'oisa so%re os m-todos depesAuisa da psi'ologia anal!ti'a gostaria Aue :i'asse 'laro Aue o :ao paramostrar3l*es a possi%ilidade da edu'ao ulterior de si mesmo. orno aa'entuar Aue seria inteiramente errado pretender usar tais m-todosdiretamente na 'riana. 9ara Aue seFa poss!vel a edu'ao de si mesmoeige3se o auto'on*e'imento 'omo :undamento indispens8vel. Esseauto'on*e'imento - 'onseguido tanto pela o%servao 'r!ti'a e pelo

    Fulgamento dos prprios atos 'omo tam%-m pelo Fulgamento de nossasaes por parte dos outros. O Fulgamento de si mesmo 'ontudo - :a'ilmentesuFeito aos prprios pre'on'eitos enAuanto Aue o Fulgamento por parte deoutros pode estar errado ou nem seAuer - a'eito. eFa 'omo :or oauto'on*e'imento *aurido dessas duas :ontes - '*eio de :al*as e 'on:uso'omo em geral todos os Fulgamentos *umanos os Auais raramente soisentos de um :alseamento provindo do deseFo ou do temor. er8 Aue eisteum 'rit-rio o%Fetivo Aue nos diga 'omo - Aue realmente somosX ,lgo

    semel*ante a um termmetro Aue apresenta a um doente de modoin'ontest8vel o :ato de estar realmente 'om 42C de :e%reX 0o Aue sere:ere ao 'orpo no duvidamos da eist

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    53/182

    independente do deseFo e do temor e 'omo produto da prpria naturea -in'apa de iludir3nos. Esta averiguao o%Fetiva ns a en'ontramos numproduto da atividade ps!Aui'a ao Aual s em Hltimo lugar atri%uir!amos talrelev>n'ia. rata3se dosonho.

    Wue - ento o son*oX O son*o - um produto da atividade ps!Aui'a

    in'ons'iente durante o sono. EnAuanto dormimos nossa alma deia de estarsuFeita 8 nossa vontade 'ons'iente e isso em grau elevado. Com o restom!nimo de 'ons'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    54/182

    Auanto poss!vel livres de pre'on'eitos. Devemos 'omo Aue deiar omaterial :alar por si mesmo. Em muit!ssimos 'asos - su:i'iente ol*ar para aimagem on!ri'a e para o material re'ol*ido a :im de poder3se ao menossuspeitar Aual - o signi:i'ado do son*o. 0estes 'asos no se reAuer nen*umra'io'!nio espe'ial para o%termos o signi:i'ado do son*o. Em outros 'asos

    tornar3se indispens8vel um tra%al*o la%orioso de interpretao em Auepre'isamos valer3nos da eperin'ia ao alpinismopedi3l*e Aue me :osse 'ontando alguma 'oisa a respeito das es'aladas de

    montan*as. Ele 'on'ordou prontamente e ps3se a 'ontar Aue gostavaespe'ialmente de es'alar soin*o sem guia porAue o perigo o atra!aetraordinariamente. +alou tam%-m de umas es'aladas muito perigosasN suaousadia me pare'eu muito impressionante. Em meu !ntimo eu me admirava

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    55/182

    sem sa%er o Aue poderia lev83lo a pro'urar aparentemente 'om praerespe'ial tais situaes '*eias de perigo. Ele deve ter pensado em 'oisasemel*ante pois a'res'entou tornando3se mais s-rio Aue no temia operigo pois a morte nas montan*as seria para ele uma 'oisa linda. Essao%servao proFetava so%re o son*o uma lu muito signi:i'ativa.

    Evidentemente ele estava pro'urando o perigo talve pelo motivoin'on:ess8vel de sui'idar3se. as por Aue estaria pro'urando a morteX Devia*aver motivos espe'iais para isso. inter'alei por isso a o%servao de Aueum *omem de sua posio no deveria epor3se a tais perigos. Repli'ou3meimediatamente em tom muito de'idido Aue no *averia de desistir dasmontan*as Aue precisa+a ir para l8 para longe da 'idade para :ora da:am!lia. 0o valia a pena viver sempre em 'asa. Com isso se a%ria um 'a3min*o de a'esso aos motivos mais !ntimos de sua paio. +iAuei sa%endo

    Aue seu 'asamento tin*a :ra'assado e Aue nada o prendia ao lar. am%-mpare'ia Aue F8 estava mais ou menos entediado 'om suas atividadespro:issionais. ,ssim estava epli'ada a enorme paio pelas montan*as" elassigni:i'avam para ele a li%ertao da eist

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    56/182

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    57/182

    IVsicologia analtica e educao

    Qr

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    58/182

    a:irmava ser pou'o o Aue se sa%ia a respeito da verdadeira naturea dospro'essos ps!Aui'os enAuanto outro ensinava 'ategori'amente o Aue a almadevia ser. e os sen*ores estudarem os in!'ios da psi'ologia moderna e em3p!ri'a 'ertamente :i'aro impressionados 'om a luta Aue os primeirospesAuisadores tiveram de en:rentar 'ontra o modo de pensar es'ol8sti'o Aue

    ento dominava de modo a%soluto. 0o dom!nio da :iloso:ia o pensamentoera :ortemente in:luen'iado pela teologia Ka #rain*a das 'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    59/182

    '*amado +REUD7 prin'ipiou a usar o m-todo do *ipnotismo em Viena domesmo modo Aue Janet mas logo enveredou por outro 'amin*o. EnAuantoJanet se o'upava prin'ipalmente 'om o aspe'to des'ritivo +reud pro'urou irmais longe e penetrar naAuilo Aue a 'in'ia de pro'essosin'ons'ientes na estrutura psi'olgi'a das pertur%aes nervosas e ps!Aui'as.O m-rito de +reud no :oi a des'o%erta da eist

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    60/182

    4. C:. 0ammlung kleiner 0chriften $ur eurosenlehre K#Coleo de peAuenos tratados a'er'a dateoria das neuroses#.

    ?. Os resultados de meus 'ola%oradores e de min*as prprias eperi

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    61/182

    pressupe3se uma %oa dose de psi'opatologia pois se no - di:!'il'ompreender a 'riana normal - %em mais tra%al*oso lidar 'om a anormal.,normalidade e

    doena no se a'*am muito distantes entre si. 9or isso do mesmo modoAue se espera Aue o edu'ador %em preparado ten*a 'erto 'on*e'imento das

    doenas prprias da in:>n'ia tam%-m se deve esperar Aue esteFa in:ormadoso%re os distHr%ios ps!Aui'os 'omuns.P8 'in'o grupos prin'ipais de pertur%aes ps!Aui'as em 'rianas"A criana psi*uicamente deficiente. O 'aso mais :reAente - a

    im%e'ilidade Aue se 'ara'teria so%retudo pelo %aio !ndi'e de intelig

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    62/182

    Aue o :il*o no era normal. 0egava3se propositadamente a re'on*e'er ode:eito do menino. Ele tinha simplesmente de ser inteligente T e se nopodia ser era porAue no Aueria por m8 vontade e por teimosia maldosa.Como era de esperar o menino no aprendia a%solutamente nada muitomenos do Aue teria sido 'apa de assimilar se tivesse tido a sorte de ter uma

    me mais rao8vel. ,l-m disso ele reagia o%ede'endo ao m8imo ; orien3tao para a Aual a am%io da me o impelia isto - a ser maldoso eteimoso. 9elo :ato de sentir3se totalmente in'ompreendido e isolado em simesmo :oi Aue por puro desespero se originaram seus a'essos de 'lera. J8o'orreu Aue em 'ir'unst>n'ias semel*antes um rapain*o de 'atore anosnum a'esso de 'lera matou o padrasto a ma'*adadas T tam%-m deleestavam a eigir demais.

    O desenvolvimento ps!Aui'o retardado o'orre no ! pou'as vees entre

    os primeiros :il*os ou entre 'rianas 'uFos pais se distan'iaram um dooutro por 'ausa de desentendimentos ps!Aui'osN 'ostuma tam%-m ser 'on3seAn'ia os:il*os ileg!timos esto sempre em perigo ps!Aui'o ora maior ora menorNnesses 'asos - o lado moral Aue so:re em primeiro lugar e em maior grau.,lgumas 'rianas 'onseguem adaptar3se aos pais adotivos mas nem todas.

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    63/182

    ,s Aue no o 'onseguem desenvolvem uma atitude altamente ego'

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    64/182

    Como os pais no pensaram em pro'urar um psiAuiatra 'ontinuava o 'asosem ser re'on*e'ido 'omo talN e o menino passou a ser tratado 'omomaldoso. ,os doe anos deu3se o primeiro a'esso epil-ti'o Aue pde serveri:i'ado o%Fetivamente e s ento - Aue sua doena :oi entendida. ,pesardas grandes di:i'uldades en'ontradas 'onsegui arran'ar algo do menino" Aue

    aos seis anos se sentira de repente tomado de medo diante de um serdes'on*e'ido. Wuando soin*o tin*a a impresso de Aue algu-m estavapresente. ais tarde per'e%eu o vulto de um *omem peAueno %ar%udo AueFamais vira antes mas 'uFos traos :isionmi'os podia des'rever 'om todasas parti'ularidades. Este *omem apare'eu3l*e 'erta ve de repente e oamedrontou de tal maneira Aue ele 'orreu e :oi es'onder3se. +oi di:!'il 'on3seguir Aue me epli'asse por Aue o tal *omem era to medon*o. O meninoestava visivelmente pertur%ado 'om algo Aue 'onsiderava um segredo

    *orr!vel. 9re'isei de muitas *oras at- 'onAuistar3l*e a simpatia para Aue eleme 'ontasse tudo. Disse3me ento" #Este *omem tentava me entregar uma'oisa *orrorosa. 0o posso dier o Aue era mas era terr!vel. Ele ia '*egando'ada ve mais perto e insistia sempre Aue eu a'eitasse a 'oisa. as eu :i'avato amedrontado Aue sempre :ugia e no pegava naAuilo#. EnAuanto omenino ia 'ontando isso :i'ou p8lido e 'omeou a tremer de medo. Wuandoen:im 'onsegui a'alm83lo Disse3me ento" #Esse *omem tentava me en3tregar uma culpa;. #as Aue 'ulpaX# perguntei. Ento o menino se ergueu

    ol*ou des'on:iado em torno de si e disse Auase 'o'*i'*ando" #Crime demorte#. Pavia de :ato o'orrido Auando ele tin*a oito anos o in'idente emAue Auase matara a irmin*a 'omo re:eri a'ima. ais tarde 'ontinuaram osa'essos de medo mas a viso era outra. O *omem *orr!vel deiou deapare'er tratava3se agora da imagem de uma :reira uma esp-'ie de en:er3meira primeiro 'om o rosto velado mas pou'o depois 'om o rostodes'o%erto p8lida 'omo a morte e 'om um aspe'to etremamenteassustador. Entre os sete e os oito anos ele :oi perseguido por essa :igura e'essaram os a'essos de 'lera apesar do aumento da irrita%ilidadeN mas emsu%stituio 'omearam a o'orrer os a'essos mani:estamente epil-ti'os. ,viso da :reira indi'ava evidentemente uma trans:ormao em doenamani:esta da tendni'os de modo Aueainda - poss!vel :aer3se alguma 'oisa por meio de um tratamento ps!Aui'o.

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    65/182

    E esta a rao pela Aual apresentei tantos pormenores neste 'aso. O 'asomostra o Aue se passa na alma da 'riana 'omo Aue por tr8s dos %astidores.

    ,s crianas neurm%ito de uma preleo. En'ontra3se a! tudo o Aue vai desde o mau

    'omportamento ea'er%ado at- os ataAues e estados de'laradamente *is3t-ri'os. Os sintomas podem ser aparentemente som8ti'os 'omo :e%re*ist-ri'a ou temperatura normalmente %aia espasmos paralisias dorespertur%aes digestivas et'N ou assumir aspe'to ps!Aui'o ou moral so% a:orma de e'itao ou depresso mentiras perverses seuais :urtos et'.O%servei o 'aso de uma menina muito nova Aue desde os primeiros anospade'ia de uma 'onstipao etremamente desagrad8vel. J8 tin*a sidosu%metida a todos os tratamentos som8ti'os Aue se possa imaginar. as tudo

    em vo porAue o m-di'o deiou de 'onsiderar um :ator importante na vidada 'riana a sa%er a me dela. Wuando vi a me 'ompreendi imediatamenteAue era a verdadeira 'ausa da doena da menina. 9ropus3l*e Aue sesu%metesse a um tratamento e ao mesmo tempo a'onsel*ei3a a deiar a'riana entregue a outra pessoa. Wuando outra pessoa passou a 'uidar da'riana no dia imediato desapare'eu a pertur%ao digestiva. , soluodesse pro%lema :oi at- muito simples. Esta menina era a 'aulin*a aAueridin*a de uma me neurti'a. , me proFetava nela as suas prprias

    :o%ias e a tin*a envolvido ansiosamente de tantos 'uidados Aue a 'riana nopodia sair desse estado de tenso permanente" e tal estado 'omo se sa%e no- :avor8vel ;s :unes digestivas. OO Auinto grupo - 'onstitu!do pelasdiversas :ormas depsicose. ,inda Aue tais 'asos no seFam :reAentes em'rianas 'ontudo F8 podem surgir as primeiras :ases desse desenvolvimentops!Aui'o doentio Aue mais tarde aps a pu%erdade 'ondu ; esAuio:renianuma de suas v8rias :ormas. ais 'rianas geralmente mostram um'omportamento estran*o e esAuisitoN so in'ompreens!veis a miHdoina'ess!veis eageradamente sens!veis :e'*adas em si mesmas'ompletamente anormais em seus sentimentos" ou em%rute'idas ouetremamente emotivas diante de 'ausas sem nen*uma import>n'ia.

    O%servei o 'aso de um rapain*o de uns Auine anos 'uFa atividadeseual *avia surgido espontaneamente e antes do tempo e isso de modo%astante inAuietante por pertur%ar o sono e o estado geral da saHde. , per3tur%ao teve in!'io por o'asio de um %aile Auando uma moa o re'usou.

    Ele angou3se muito e :oi3se em%ora. endo voltado para 'asa Auis estudaras lies es'olares mas isso :oi imposs!vel porAue se sentia tomado de umaemoo indes'rit!vel Aue 'res'ia sem parar. Era um misto de medo raiva edesespero Aue se apossou dele de modo 'res'ente at- Aue saiu em disparada

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    66/182

    para o Fardim e se ps a rolar no '*o em estado Auase in'ons'iente. ,psalgumas *oras a emoo serenou. rata3se aAui de emoo tipi'amentepatolgi'a Aue - 'ara'ter!sti'a de 'rianas portadoras de tara *eredit8ria.Entre os as'endentes desse rapa *avia v8rios 'asos de esAuio:renia.

    0a min*a opinio - indispens8vel Aue o edu'ador disposto a seguir os

    prin'!pios da psi'ologia anal!ti'a preste muita ateno ; psi'opatologiain:antil e aos perigos de tais estados. Lamentavelmente eistem muitos livrosde psi'an8lise Aue deiam no leitor a impresso de Aue sua apli'ao - muitosimples e Aue se o%t

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    67/182

    para 'om a me#. as tudo isso no passa de :igura de epresso oumet8:ora. O termo in'esto tem sentido pre'iso e designa uma 'oisadeterminadaN geralmente s pode ser usado para o adulto Aue seFapsiAui'amente in'apa de rela'ionar sua seualidade 'om o o%Feto adeAuado.as - um erro empregar o mesmo termo para indi'ar as di:i'uldades no

    desenvolvimento da 'ons'inea ou Aue a alegria seFa 'onsiderada a'esso delou'uraN do mesmo modo tam%-m a 'rueldade no pre'isa serne'essariamente sadismo nem o praer ne'essariamente volHpia nem a :ir3

    mea ne'essariamente re'alAue seual e assim por diante.,o estudar a *istria da mente *umana impe3se3nos sempre de novo a

    impresso de ser um :ato real Aue o desenvolvimento do esp!rito se a'*asempre unido a um alargamento do >m%ito da 'ons'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    68/182

    in'ons'ientemente e 'omeam a agir de a'ordo 'om o papel Aue l*es -atri%u!do. 9or sua prpria naturea os :il*os no :ariam isso se no tivessemsido :orados in'ons'ientemente pela atitude dos pais a desempen*ar papelto raro e desnatural.

    Gostaria de des'rever um desses 'asos. rata3se de uma :am!lia de

    Auatro :il*os dois rapaes e duas moas. Os Auatro :il*os eram neurti'os.,s meninas F8 apresentavam sintomas neurti'os antes da pu%erdade. 9ro3'urarei evitar minH'ias e des'reverei apenas em traos gerais a sorte dessa:am!lia.

    , :il*a mais vel*a aos vinte anos noivou 'om um Fovem de %oaedu'ao e :ormao a'ad

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    69/182

    O outro :il*o - um neurti'o do tipo psi'ast

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    70/182

    'ompensao seu so:rimento passa a ter sentido e se re:ere a um malverdadeiro. O re'alAue entretanto tem apenas a vantagem aparente dedes'arregar a 'ons'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    71/182

    ilumin83los 'om todo o 'uidado Fustamente nos re'antos mais o%s'uros. Oerro dos pais estaria em :ugir das di:i'uldades da vida por meio de mano%rasenganadoras e por tentativas arti:i'iais de levar tudo para o in'ons'iente.eria de grande proveito revelar o segredo e a%rir3se 'om uma pessoa 'apade 'ompreender a situao. e isso no :or poss!vel por motivos eternos ou

    internos ser8 apenas um agravamento sem 'onstituir desvantagensN ao 'on3tr8rio pode ser at- vantaFoso pois ento a pessoa se v< o%rigada a dar 'ontasoin*a da tare:a mais di:!'il. Con:isses pH%li'as 'omo eistem noE-r'ito da alvao e al*ures podem ser sumamente e:i'aes para umapessoa simples Aue o :aa do :undo de sua alma (e profundis). E verdadeAue tais almas no eistem nos sales elegantes e tais 'on:isses no se doneles por mais indis'retas Aue seFam. M sa%ido Aue se pode usar a 'on:issopara enganar3se a si prprio. Wuanto mais inteligente e 'ulto :or algu-m

    tanto mais re:inado - o modo Aue emprega para mentir a si mesmo.0en*uma pessoa dotada de alguma intelig

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    72/182

    IIin*as sen*oras e meus sen*oresZ

    , psi'ologia 'ient!:i'a :oi ini'ialmente apenas psi'ologia :isiolgi'a ou

    ento um amontoado %em pou'o org>ni'o de :atos isolados e de :unes.Certamente a *iptese de +reud ainda Aue par'ial :oi assim mesmo umavano li%ertador para a 'riao de uma psi'ologia das 'onees ps!Aui'as.ua o%ra - pre'isamente uma psi'ologia das rami:i'aes do instinto seualna alma *umana. 0o o%stante a import>n'ia ineg8vel da seualidade'ontudo no se pode admitir Aue toda e AualAuer 'oisa dependa desseinstinto. al *iptese de ampl!ssimo emprego atua de in!'io > maneira deuma iluso ti'a" ela %orra tudo o Aue - de outra 'or e se passa a energar

    tudo vermel*o. E por isso de grande import>n'ia o :ato de ,DLER oprimeiro dis'!pulo de +reud ter esta%ele'ido uma *iptese 'ompletamentedi:erente e Aue apresenta a mesma amplitude de utiliao. Os :reudianostn'ia destinado a atuarem oposio a AualAuer :un'ionamento do instinto seual Aue se torneeagerado e por isso mesmo destruidor. , estrutura ps!Aui'a no - unipolar.,ssim 'omo a seualidade - um poder Aue inunda o *omem de impulsosdominadores do mesmo modo eiste nele um poder de auto3a:irmao Aueo auilia a resistir a AualAuer esp-'ie de eploso emo'ional. 9ode3seo%servar este :ato at- mesmo entre os povos primitivos para os Auais *8 umgrande nHmero de limitaes estritas no apenas 'om re:er

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    73/182

    de ver Aue na alma muita 'oisa de :ato depende da seualidade ou talvetudoN mas em outras -po'as - pou'o o Aue dela depende e ento Auase tudose en'ontra so% o dom!nio da auto3a:irmao ou do instinto de poder. O errode +reud 'omo tam%-m o de ,dler 'onsiste em admitirem a atuao'ont!nua de um e mesmo instinto 'omo se o instinto :osse um 'omponente

    Au!mi'o sempre presente e sempre em igual Auantidade 'omo os dois8tomos de *idrog

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    74/182

    re'aindo na %iologia e tudo se torna mais 'on:uso do Aue antes. Eua'onsel*aria Aue nos limit8ssemos ao 'ampo psi'olgi'o sem tentar:ormular nen*uma *iptese so%re a naturea do :enmeno %iolgi'osu%Fa'ente. alve raie em :uturo remoto aAuele dia no Aual o %ilogo eno apenas ele mas tam%-m o :isiologista estendero a mo ao psi'logo no

    ponto em Aue se en'ontrarem dentro do tHnel a%erto na montan*a dodes'on*e'ido Aue eles 'omearam a 'avar partindo de lados opostos.1 9orora pre'isamos aprender a tornar3nos um pou'o mais modestos diante dos:atos ps!Aui'os. Em ve de pretender sa%er 'om eatido Aue 'ertas 'oisasno so #nada mais Aue# seualidade ou vontade de poder dever!amospro'urar 'onsider83las do ponto de vista de seu valor 'omo :enmeno.

    1. entativas muito promissoras nesse sentido se en'ontram na o%ra e'elente de =alterP. Von =Sss s!choph!siologische robleme in der =edi$in K#9ro%lemas psi'o:isiolgi'os na

    medi'ina#.

    Consideremos por eemplo a religio. er8 Aue a 'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    75/182

    modo e:i'a'!ssimo o tra%al*o de re'alAue. ,ntes dele nada devia ser seualagora - 'omo se tudo se tornasse de repente #nada mais Aue# seual.

    . 0igmund >reud ais kulturhistorische #rscheinung K#igmund +reud 'omo a'onte'imento*istri'o3'ultural# KO%. Compl. vol. V.

    e a psi'oterapia se o'upa tanto 'om a seualidade isso prov-m emparte da *iptese de Aue a ligao 'om a imagem dos pais - de natureaseual e em parte tam%-m pelo :ato de Aue em muitos pa'ientespredominam :antasias seuais ou pelo menos Aue podem ser 'onsideradas'omo tais. , doutrina de +reud pro'ura epli'ar tudo isso ; sua maneiraseual 'om a :inalidade de li%ertar o pa'iente dessa ligao 'om a imagemdos pais entendida 'omo seual para re'ondui3lo ; '*amada vida normal.Essa doutrina usa visivelmente a linguagem do prprio pa'iente 76 o Aue

    'onstitui uma vantagem ini'ial em 'ertos 'asosN mas no de'urso dosa'onte'imentos se trans:orma em desvantagem porAue tanto a linguagem'omo a 'on'eituao de 'un*o seualista ret

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    76/182

    para seus :il*os um am%iente ps!Aui'o to lastim8vel 'omo o Aue ele prpriotalve ten*a tido.

    , situao ps!Aui'a de :aer parte de uma organiao leiga de AualAuernaturea Aue seFa Famais poder8 satis:aer 'ompletamente as eig

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    77/182

    :atos deve ter sempre em mira os dois pontos de vista tanto o %iolgi'o'omo o espiritual. Como psi'ologia m-di'a somente pode tomar em'onsiderao o *omem 'ompleto. 9elo :ato de o m-di'o re'e%er :ormaoe'lusivamente orientada para as 'ineo de idiossin'rasias e de proFees. Emnen*um outro 'ampo o'orre Aue o o%servador pertur%e tanto o eperimento'omo na psi'ologia. 9or isso pode3se Auase a:irmar Aue Famais ser8 poss!velesta%ele'er um nHmero su:i'iente de :atos reais porAue o eperimentops!Aui'o - assunto muito deli'ado e al-m disso se en'ontra ainda eposto ainHmeras in:lu

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    78/182

    al-m da psiAue Kisso seria por 'erto o 'aso do %aro de n'**ausenZ mas- %em poss!vel Aue dois estran*os se en'ontrem no interior do ps!Aui'o. 0osa%ero Famais o Aue 'ada um - em si mas apenas o Aue 'ada um pare'e serpara o outro. ,li8s em todas as outras 'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    79/182

    mani:estamente pelo 'onteHdo. e algu-m son*a 'om um leo ainterpretao 'orreta somente pode estar orientada para o leo i. - ser8essen'ialmente uma ampliao dessa imagem. omar outra 'oisa seria uma'on'epo inadeAuada e errada pois a imagem do #leo# 'onstitui por si suma 'on'epo ineAu!vo'a e su:i'ientemente positiva. Wuando +reud a:irma

    Aue o son*o signi:i'a 'oisa diversa da Aue apresenta o Aue :a - #'riar umapolneoN por isso essa pol

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    80/182

    psi'ologia em relao ; 'inti'a intuitiva# p. 5@7 sN e"ie h!sik und das %eheinmis des organischen ebens (;A :!si'a e osegredo da vida org>ni'a# p. 77?s.

    , psi'ologia pode re'lamar para si o direito de ser tam%-m uma ci2nciado esprito. odas as 'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    81/182

    essas dHvidas se re:erem de uma parte ; sua ambi+al2ncia, e de outra parte; sua arbitrariedade, 'omo a denominam. 0o to'ante a este Hltimo aspe'tono se deve esAue'er Aue *8 pessoas Aue 'onsideram todos os pro'essosps!Aui'os puras ar%itrariedades.

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    82/182

    p!rito. , psi'ologia deve limitar3se ao 'ampo dos :enmenos naturais parano ser a'usada de in'urso em 'ampo al*eio. , delimitao dos :enmenosps!Aui'os no - uma tare:a to simples 'omo o denota essa ilusogeralmente to di:undida a'er'a da ar%itrariedade do pro'esso ps!Aui'o.

    Eistem de :ato 'onteHdos ps!Aui'os Aue so produidos ou 'ausados

    por um ato de vontade Aue os pre'ede de modo Aue devem ser 'onsiderados'omo produtos de uma atividade inten'ionada orientada para um :im e'ons'iente. 0esse sentido uma parte su%stan'ial dos 'onteHdos ps!Aui'os'onstitui um produto do esp!rito. as a vontade F8 - um :enmeno em si'omo tam%-m - um :enmeno o prprio suFeito Aue AuerN esse suFeito se:undamenta so%re uma %ase in'ons'iente pois a 'ons'in'ia se uma ne'essidadesuperior no re'lamasse sua eist

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    83/182

    Em relao a 'on'epes anteriores a di:erena reside no :ato de apsi'ologia anal!ti'a no re'usar a o'upar3se de AuaisAuer pro'essos por maisdi:!'eis e 'ompli'ados Aue seFam. Outra di:erena 'onsiste no m-todoadotado e no :un'ionamento de nossa 'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    84/182

    a grande di:erena eistente entre ela e o Aue entendemos por 'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    85/182

    'uidado no ser8 demasiado porAue as pessoas tn'ia

    'omo terapia e tam%-m 'omo m-todo de pesAuisa. Consiste prati'amente emuma anamnese ou re'onstruo 'uidadosa do desenvolvimento *istri'o daneurose. O material o%tido por este pro'esso - uma s-rie de :atos mais oumenos 'oerentes Aue o pa'iente 'onta ao m-di'o 'on:orme - 'apa dere'ordar3se deles. O pa'iente 'omo - de esperar omite 'ertasparti'ularidades Aue l*e pare'em sem import>n'ia ou Aue esAue'eu. O

    analista eperiente Aue 'on*e'e o de'urso 'omum da evoluo de umaneurose prope 'ertas perguntas ao pa'iente mediante as Auais possam serpreen'*idas as la'unas ou os neos insu:i'ientes. uit!ssimas vees este

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    86/182

    pro'edimento F8 apresenta valor terapni'a. ratava3seevidentemente de neurose. Come'ei por isso a indagar so%re a *istria desua vida. O mais importante era Aue o rapa *avia perdido %em 'edo os paise Aue vivia em 'ompan*ia desse tio. O tio era seu pai de 'riao. Ele gostavamuito do tio. Um dia antes de de'larar3se doente *avia re'e%ido uma 'artado tio em Aue ele 'omuni'ava estar novamente a'amado por 'ausa de suane:rite. , 'arta era desagrad8vel e ele a Fogou :ora imediatamente semtornar real a verdadeira rao da emoo Aue pretendia re'al'ar. Era o

    grande medo de Aue seu pai de 'riao pudesse morrer e isso :aia voltar3l*e ; memria a dor sentida pela perda dos pais. Wuando ele tornou real essador desatou a '*orar violentamente. O resultado :oi Aue no dia seguintepde retomar o servio. in*a o'orrido uma identi:i'ao 'om seu tio Aue:oi des'o%erta pela anamnese. O :ato de tornar reais os sentimentosreprimidos teve e:eito terap

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    87/182

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    88/182

    da neurose Aue o pa'iente 'onserve 'ertos pre'on'eitos Aue :reAentementeso os 'ausadores diretos e alimentadores da neurose. e esses mal3entendidos no :orem es'lare'idos do modo mais adeAuado poss!velAualAuer ressentimento Aue restar poder8 :a'ilmente anular todos os es:orosposteriores. Caso algu-m pretenda ini'iar a an8lise partindo de determinada

    'rena em uma teoria Aue prometa 'ompreender por 'ompleto a ess

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    89/182

    atitude errnea do pa'iente de modo Aue ele no ten*a AualAuer sensao deAue algu-m l*e esteFa impondo 'erto modo de pensar 'ontra sua vontade ouat- mesmo usando de astH'ia em relao a ele.

    Gostaria de ilustrar isso um pou'o mais. Um *omem ainda Fovem deseus trinta anos dotado de prudn'ia nen*uma# disse3me ele#pois eu re'e%ia esse din*eiro de uma sen*ora de uns trinta e seis anos Aue -pro:essora em uma es'ola prim8ria... Eiste 'erto rela'ionamento o sen*orsa%e# a'res'entou ele. 0a realidade vivia essa sen*ora em 'ondies muitomodestasN era alguns anos mais vel*a do Aue ele e dispun*a para viverapenas dos par'os ven'imentos de pro:essora. Ela :aia e'onomia T e Auasepassava privao T naturalmente na esperana de um :uturo 'asamento

    'om o Aual esse admir8vel gentil3*omem nem de longe se preo'upava. #Osen*or no a'*a# eu disse #Aue eplorar :inan'eiramente essa po%re mul*erpoderia ser uma das raes prin'ipais pela Aual o sen*or ainda no est8'uradoX# Ele riu3se de min*a aluso moral Aue 'onsiderava a%surda e Aue

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    90/182

    segundo suas id-ias nada tin*a a ver 'om a estrutura 'ient!:i'a de suaneurose. #,l-m do mais# 'ontinuou #F8 :alei 'om ela a respeito disso e nsdois estamos de a'ordo Aue isso no tem import>n'ia#. , isso respondi" #Osen*or a'*a Aue o :ato de F8 ter 'onversado so%re essa situao elimina ooutro :ato T o de Aue o sen*or - sustentado por uma po%re mul*erX ,dmite

    o sen*or Aue esse din*eiro Aue entra no seu %olso - algum %em adAuirido*onestamenteX# ,o ouvir isso levantou3se indignado murmurou ainda algoso%re min*as id-ias morais e despediu3se. Ele - um dos muitos Aue a'*amAue a moral nada tem a ver 'om a neurose e Aue um pe'ado inten'ionaldeia de ser pe'ado desde Aue seFa eliminado intele'tualmente pelopensamento.

    M 'erto Aue eu tin*a o%rigao de epor min*as opinies a este sen*or.e tiv-ssemos '*egado a um a'ordo Auanto a isso teria sido poss!vel o

    tratamento. as se tiv-ssemos 'omeado o tra%al*o sem levar em 'onta a%ase imposs!vel da vida dele tudo teria sido em vo. ,daptar3se ; vida 'omtais id-ias s - poss!vel para Auem - 'riminoso. as esse pa'iente no erapropriamente um 'riminosoN era apenas um dos '*amados intele'tuais Auea'redita a tal ponto no poder da intelig

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    91/182

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    92/182

    O signi:i'ado e o 'onteHdo dos son*os esto sempre em relao !ntima'om o estado o'asional da 'ons'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    93/182

    palavras" #M isso mesmo. O sen*or a'ertou. Wuando era ainda um FovemmaFor interessava3me muito pela arte. as depois esses interesses sedes:ieram na rotina da pro:isso#. Ento emude'eu 'ompletamente e no se:alou mais nada. ,ps a re:eio tive oportunidade de 'onversar 'om ooutro Aue eu Fulgava ser o aFudante de ordens. Ele 'on:irmou min*a

    suposio a respeito do grau militar do sen*or idoso e me 'ontou ainda Aueeu *avia to'ado em seu ponto sens!vel pois o general era 'on*e'ido 'omoum :ormalista empedernido e temido 'omo tal por interessar3se at- porminH'ias Aue nem eram da 'onta dele.

    eria sido mel*or para a orientao geral desse *omem Aue ele tivesse'onservado e 'ultivado alguns interesses al*eios ao tra%al*o pro:issionalpara no deiar3se a%sorver pela rotina Aue no :oi %en-:i'a nem para elenem para o seu tra%al*o.

    e a an8lise deste 'aso tivesse tido prosseguimento eu teria mostrado aele Aue seria sensato e a'onsel*8vel a'eitar o ponto de vista do son*o. Dessemodo 'onseguiria entender e 'orrigir essa sua par'ialidade o% este aspe'toos son*os so de valor in'al'ul8velN mas apesar disso - pre'iso pre'aver3se'ontra AualAuer pre'on'eito teri'o pois dessa :orma apenas seriamdespertadas sem ne'essidade resist

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    94/182

    Conseguimos tam%-m re'on*e'er por Aue so to singulares e di:!'eis poisa eperi

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    95/182

    aFuda m-di'a eistem muitos outros para os Auais seria igualmenteproveitoso o au!lio do psi'logo versado na pr8ti'a.

    O tratamento por meio da an8lise dos son*os - atividade eminentementeedu'ativa 'uFos prin'!pios e resultados seriam de m8ima import>n'ia para'urar os males de nossa -po'a. Wue de %

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    96/182

    interpretao de +reud. Re'ondu sempre ao Aue eiste de primitivo eelementar. O ponto de vista 'onstrutivo no entanto pro'ura atuar demaneira sint-ti'a 'onstruir e dirigir o ol*ar para o :uturo. E menospessimista do Aue o ponto de vista redutivo o Aual vive sempre a :areFar algode imprest8vel e tende a de'ompor em partes mais simples tudo o Aue -

    'ompli'ado. 9ode a'onte'er Aue em 'ertos 'asos seFa ne'ess8rio destruir pelaterapia alguma :ormao doentiaN no entanto 'om a mesma :reAm%ito da 'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    97/182

    outro son*o ou de outro son*ador. Eiste apenas 'erta 'onst>n'ia designi:i'ados Auando se trata de imagens ar*uetpicas, 'omo as designamos.57

    56. C:. a esse respeitos!chologic und Alchemie K#9si'ologia e alAuimia# 5jparte" #raumsSm%oledes Individuationsproesses# K#!m%olos on!ri'os do pro'esso de individuao# KO%. Compl. vol. II.

    57. C:. a esse respeito meu tra%al*o $ber die Archet!pen des kollekti+en Gnbe6ussten K#o%re osarAu-tipos do in'ons'iente 'oletivo# KO%. Compl. vol. Ih7.

    9ara Aue algu-m possa eer'er na pr8ti'a 'omo pro:isso ainterpretao dos son*os reAuer3se primeiramente 'erta *a%ilidadeespe'!:i'a e a 'apa'idade de sintoniar3se emotivamente 'om os outrosN al-mdisso eigem3se ainda 'on*e'imentos 'onsider8veis da *istria doss!m%olos. Como em AualAuer outra atividade de psi'ologia pr8ti'a tam%-maAui no %asta o intele'to mas o sentimento - igualmente de grandeimport>n'ia pois de outra :orma nem seriam per'e%idos os valores a:etivos

    do son*o Aue so etremamente importantes. em esses valores a:etivos setorna imposs!vel a interpretao do son*o. Como o son*o prov-m do *omem'omo um todo aAuele Aue tenta interpret83lo deve atingi3lo na totalidade desua pessoa *umana.Ars toum re*uirit hominem K#a arte re'lama o *omeminteiro# di um antigo alAuimis3ta. , intelig

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    98/182

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    99/182

    tratar3se de um 'aso de represso. Em tal 'aso deve eistir algum interesseem pre:erir o esAue'imento. , supresso de um 'onteHdo no 'ausa nen*umesAue'imento ao passo Aue a represso o produ. M muito natural aeist

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    100/182

    en'ontro 'om um es'ritor o Aual mais tarde em sua auto%iogra:ia des'revenossa 'onversa por etenso. as em sua des'rio :alta a ;piece der1sistence;, i. - uma peAuena epli'ao Aue l*e dei a respeito da :ormaode 'ertas pertur%aes ps!Aui'as. Essa re'ordao l*e es'apou. 0o entantoesta mesma epli'ao se en'ontra retratada de modo sumamente adeAuado

    em um livro Aue ele dedi'ou ao assunto.55. , respeito de 0iets'*e des'revi um 'aso dessa naturea em min*a dis sertao7urs!chologie und athologie sogenannter occulter hnomene K#9ara uma psi'ologia e patologia dosassim '*amados :enmenos o'ulteis# KO%. Compl vol. I.

    En:im no - apenas o passado Aue nos 'ondi'iona mas tam%-m o:uturo Aue muito tempo antes F8 se en'ontra em ns e lentamente vaisurgindo a partir de ns mesmos. D83se isto de modo espe'ial na pessoa

    dotada de 'apa'idade 'riadora Aue no 'omeo no per'e%e de relan'e ariAuea de suas possi%ilidades apesar de F8 estarem elas alertas em seu in3terior. 9or isso pode o'orrer :a'ilmente Aue algo F8 predisposto noin'ons'iente seFa atingido por alguma o%servao #'asual# ou por alguma'onte'imento sem Aue a 'ons'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    101/182

    a impresso de Aue a 'ultura - apenas um longo suspiro pela perda dopara!so e do Aue *avia a! de in:antilismo %ar%arismo e primitivismo. Demodo tipi'amente neurti'o 'omea3se a supor Aue nos tempos de antan*oum pai malvado ten*a proi%ido so% pena de 'astrao a :eli'idade de ser'riana. O mito da 'astrao se torna assim um tanto eagerado e passa a ser

    visto 'omo o mito 'ausai da 'ultura o Aue mostra muito pou'o sensopsi'olgi'o. 0as'e da! a epli'ao aparente do #mal3estar# Aue eiste na'ultura 54 suspeitando3se 'ontinuamente de Aue *8 um 'erto lamentar3se por'ausa de algum para!so perdido Aue eistiu antes. Wue a permann'ia de algum modo AualAuer e sem a nossa

    'ola%orao. De :ato a pessoa no 'onsegue re'ordar3se 'omo :oiN mas sepudesse ento toda a neurose desapare'eria 'omo se a'redita. Esseses:oros para re'ordar3se pare'em ser uma atividade 'ansativa e al-m dissoapresentam a vantagem de desviar a ateno do verdadeiro assunto. o% esseaspe'to poder8 at- pare'er a'onsel*8vel prolongar por muito tempo essa'aada > pro'ura de algum trauma poss!vel.

    24. Cf. o caso j mencionado do jovem que ia aan!ar sol na iviera e no #n$adin.

    Este argumento ainda Aue no seFa inoportuno no eige AualAuerreviso na 'on'eituao atual nem nova dis'usso dos pro%lemas surgidosatualmente. Certamente no se pode duvidar Aue muitas neuroses F8 se

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    102/182

    prenun'iam na in:>n'ia devido a a'onte'imentos traumatiantes. am%-m -'erto Aue o deseFo voltado para o tempo passado da irresponsa%ilidadein:antil 'ontinua a ser a tentao di8ria para muitos pa'ientes. De outra parte- igualmente 'erto Aue a *isteria por eemplo est8 sempre pronta para:a%ri'ar eperi

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    103/182

    a essn'ia para a neurose enAuanto tal ao passo Aue se en'o%ria o Hni'oaspe'to importante dessa doena i. - Aue - sempre uma mani:estao

    inteiramente individual. , terapia da neurose para ser verdadeira e e:i'adeve ser sempre individual.52 C:. Junguracelsus als geistige #rscheinung K#9ara'elso 'omo mani:estao espiritual# KO%.

    Compl. vol. III.

    9or isso o emprego o%stinado de determinada teoria e de 'erto m-tododeve ser 'onsiderado errado. e em algum 'aso F8 se tornou evidente Aue noeistem doenas mas sim pessoas doentes isso 'ertamente o'orre nas

    neuroses. 0elas en'ontramos sintomas mais individuais Aue em todas asoutras doenas. ,l-m disso des'o%rimos muitas vees na neurose 'onteHdose mesmo aspe'tos da personalidade Aue para o doente so mais'ara'ter!sti'os do Aue seu aspe'to talve Auase apagado de 'idado. 9elo :atode as neuroses serem etraordinariamente individuais - Aue a :ormulaoteri'a a respeito delas se apresenta 'omo uma tare:a Auase imposs!velN tais:ormulaes apenas podem 'onsiderar traos 'oletivos i. - traos 'omuns amuitos indiv!duos. as isso representa Fustamente o Aue - menos importante

    na doena seno at- algo desprovido de todo valor. , par dessa di:i'uldadeeiste ainda outra Aue de 'erto modo - prpria da psi'ologia" toda tesepsi'olgi'a ou toda verdade re:erente ; psiAue deve ser imediatamenteinvertida a :im de Aue possa ser :ormulada de a'ordo 'om a verdade. 9oreemplo" algu-m - neurti'o porAue reprime ou porAue no reprimeN porAuetem a mente repleta de :antasias seuais in:antis ou porAue no tem nadadissoN porAue apresenta inadaptao in:antil ao am%iente ou *8 eagero deadaptao Ki. - e'lusivamente ao am%ienteN porAue vive segundo o

    prin'!pio do praer ou porAue no o segueN porAue - eageradamente in3'ons'iente ou porAue - e'essivamente 'ons'ienteN porAue - ego'

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    104/182

    eperi

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    105/182

    ten*a sua inspirao reduida e s produa 'oisa de menor valor do Aueantes e tudo isso ser8 ento por 'ulpa Hni'a e e'lusiva da psi'ologiaZ Demin*a parte sentir3me3ia satis:eito se o 'on*e'imento psi'olgi'o tivessee:eito to desin:etante e a'a%asse 'om o elemento neurti'o Aue desvirtua aarte *odierna tornando3a to po%re em goo art!sti'o. , doena Famais

    poder8 %ene:i'iar a :a'uldade 'riativaN pelo 'ontr8rio 'onstitui para ela omais :orte dos empe'il*os. , resoluo de AualAuer represso Famais poder8destruir o Aue - realmente 'riativo e do mesmo modo no se pode esgotar oin'ons'iente.

    O in'ons'iente - a me 'riadora da 'ons'in'ia tal 'omo o'orreu naseras long!nAuas do primitivismo Auando o *omem se tornou *omem. J8 meperguntaram muitas vees 'omo - Aue a 'ons'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    106/182

    reprimido ou de AualAuer modo se tornou su%liminar tudo o Aue a pessoaadAuiriu antes de modo 'ons'iente ou in'ons'iente. ais materiais somar'ados por um 'un*o in'on:undivelmente pessoal. as no in'ons'ientepodem ser en'ontrados ainda outros 'onteHdos Aue pare'em inteiramenteestran*os ; pessoa e muitas vees no apresentam o menor vest!gio de uma

    Aualidade pessoal. aterial desse tipo - :reAentemente en'ontrado nosdoentes mentais 'ontri%uindo no pou'o para a 'on:uso e desorientao dopa'iente. O'asionalmente esses 'onteHdos estran*os podem apare'ertam%-m nos son*os de pessoas normais. ,o analisarmos um neurti'o e'ompararmos seu material in'ons'iente 'om o en'ontrado em alguns 'asosde esAuio:renia logo per'e%emos uma di:erena 'onsider8vel. 0o neurti'oo material re'ol*ido 'ostuma ser preponderantemente de origem pessoal.eus pensamentos e sentimentos giram em torno da :am!lia e da so'iedade

    em Aue vive. Em se tratando de doena3mental d83se muitas vees o 'aso deas imaginaes 'oletivas passarem para o primeiro plano 'omo Aueen'o%rindo a es:era pessoal. O doente es'uta a vo de Deus a :alar3l*e suaviso mostra trans:ormaes 'smi'asN - 'omo se tivesse sido retirado o v-ude todo um mundo de id-ias e emoes at- ento o'ulto ; sua mente. WuaseAue em seguida pe3se a :alar de esp!ritos de demnios de magia deperseguies o'ultas e m8gi'as e assim por diante. 0o ser8 di:!'il adivin*arde Aue mundo se trata. M o mundo da mente primitiva Aue se mant-m

    pro:undamente in'ons'iente enAuanto tudo 'orre %em na vida mas Aueemerge dessa pro:undea assim Aue algo de :unesto se apresente ;'ons'i

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    107/182

    tumam o'ultar esses son*os 'omo um segredo pre'ioso e pro'edem'orretamente agindo assim. ais son*os so de signi:i'ado muito grandepara o eAuil!%rio ps!Aui'o do indiv!duo. uit!ssimas vees at- ultrapassam o*orionte mental da pessoa e adAuirem assim validade para muitos anos davida 'omo se :ossem uma esp-'ie de mar'os mili8rios espirituais mesmo

    Aue Famais seFam entendidos 'ompletamente. er8 tare:a %em desalentadoratentar interpretar esses son*os pelo m-todo redutivoN o valor e o verdadeirosentido deles - inerente a eles mesmos. o 'omo Aue a'onte'imentosps!Aui'os os Auais no 'aso dado resistem a AualAuer tentativa de ra'iona3liao. , :im de ilustrar meu pensamento gostaria de apresentar aossen*ores o son*o de um Fovem estudante de teologia.5@0em seAuer 'on*eopessoalmente o son*ador de modo Aue se a'*a e'lu!da a *iptese de min*ain:lu

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    108/182

    pessoa desde Aue no esteFa dominada por algum pre'on'eito poder8 sentirsem maior an8lise o signi:i'ado do son*o e 'on'ordar8 'onos'o Aue talson*o prov-m de #outra 'amada# diversa da Aue surgem os son*os 'omunsde todas as noites. 0este son*o atingimos pro%lemas de grande import>n'iae nos sentimos 'omo Aue tentados a o'upar3nos demoradamente deste

    assunto. Este son*o dever8 servir aAui apenas 'omo eemplo da atividade de'amadas mais pro:undas da psiAue do Aue as :ormadas pelo in'ons'ientepessoal. J8 o sentido mani:esto do son*o passa a ter aspe'to muito espe'ialao levarmos em 'onta Aue o son*ador era um Fovem telogo. Como pare'eevidente o son*o l*e apresenta de :orma muito impressionante a relatividadedo %em e do mal. eria pois 'onveniente pers'rutar3l*e a mente em relaoa esse pro%lemaN seria at- interessante 'on*e'er o Aue um telogo teria adier so%re essa importante Auesto psi'olgi'a. Interessaria tam%-m

    muit!ssimo ao psi'logo 'on*e'er a maneira pela Aual um telogo se 'olo'ae a'eita o :ato de Aue o in'ons'iente apesar da distino das duas metadesopostas re'on*e'e assim mesmo 'laramente a identidade delas. 0o -prov8vel Aue um Fovem telogo ten*a pensado 'ons'ientemente algo to *e3r-ti'o. Wuem - ento o autor de tais pensamentosX e 'onsiderarmos aindaAue no so raros os son*os em Aue apare'em motivos mitolgi'os os Auaisno o%stante o son*ador des'on*e'e ento poderemos 'olo'ar diversasAuestes. eriam estas" donde prov-m esse material 'om o Aual o son*ador

    Famais esteve em 'onta'to em sua vida 'ons'ienteN e em seguida Auem - ouo Aue - o autor dos pensamentos :ormulados nessa linguagem e depensamentos tais Aue ultrapassam o *orionte mental do son*adorX51

    51. 0o pretendo '*egar perto demais do son*ador des'on*e'ido 'uFo son*o a'a%ei demen'ionar. ,'*o por-m Aue o pro%lema atingido no son*o no podia ainda estar 'ons'ienteem toda a sua etenso em um Fovem de vinte e dois anos.

    Em geral nos son*os e tam%-m em 'ertos tipos de psi'oses en'ontram3

    se muitas vees material arAuet!pi'o Aue 'onsiste em imagens e neos 'or3respondentes aos Aue eistem nos mitos. +oi a partir desse paralelismo Aue'*eguei ; 'on'luso de Aue deve eistir uma 'amada do in'ons'iente Aue:un'iona eatamente do mesmo modo Aue a psiAue ar'ai'a geradora demitos. ,inda Aue no seFam raros os son*os nos Auais eistam'orrespond

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    109/182

    voltamos a en'ontrar na poesia e na arte em geral e T last not leastT aeperin'ia demasiada ao in'ons'iente. uito:a'ilmente poderia a'onte'er Aue se despertasse 'edo demais uma esp-'ie de'uriosidade mr%ida ou Aue se apressasse de modo anormal o

    amadure'imento ps!Aui'o e a :ormao da 'ons'in'ia. 9or eemplo parapodermos lidar 'om uma neurose in:antil ou 'om uma 'riana di:!'il al-m de outras 'oisaspre'isamos dispor de um sa%er adeAuado 'on:orme as 'ir'unst>n'ias.

    0aturalmente tam%-m no 'onv-m ser simplrio nestas 'oisas. De :atoeistem pessoas m-di'os e pedagogos Aue pensam em seu !ntimo Kmas no

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    110/182

    o diem a%ertamente Aue Auem o'upa um posto de autoridade tem ali%erdade de pro'eder 'omo l*e aprouver e Aue a 'riana - Aue tem de sea'omodar por %em ou por mal porAue a vida real ir8 pro'eder mais tardeeatamente desse modo. ais pessoas esto 'onven'idas em seu !ntimoKem%ora no o digam Aue a Hni'a 'oisa importante - o resultado palp8vel e

    Aue a Hni'a limitao moral verdadeiramente 'apa de 'onven'er algu-m - aatitude de poli'ial eigindo o 'umprimento dos par8gra:os do 'digo penal.Certamente onde o prin'!pio supremo da :- 'onsistir na adaptao ;spot

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    111/182

    para :alar. Era suFeito a repentinos ataAues de raiva. 9ertur%ava a 'asa 'omseus a'essos de ira atirando o%Fetos para todos os lados e ameaando matara :am!lia. Gostava de provo'ar os outros e mostrar o seu poder. 0a es'olamolestava as outras 'rianas. 0o aprendeu a ler nem a'ompan*ava asoutras 'rianas da mesma idade. ,ps ter :reAentado a es'ola por 'er'a de

    seis meses agravaram3se os a'essos de raiva o'orrendo v8rios por dia. Era o:il*o mais vel*o. ,t- os 'in'o anos e meio mostrava3se alegre e amig8velNmas entre os tr

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    112/182

    re'air nos a'essos de raiva. 0egava3se a 'ontar os son*os Aue tin*aN masgostava de :antasiar de modo %om%8sti'o diendo Aue ia matar todo omundo e Aue 'om uma grande espada ia 'ortar a 'a%ea de todos. Um diainterrompeu3se repentinamente e disse" #as isto eu vou :aer de verdade.Wue a'*a a sen*oraX# , psi'loga riu e respondeu3l*e #9enso do mesmo

    modo Aue vo'

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    113/182

    Auesto a%erta. Durante esse tempo no :ieram tam%-m nen*um es:oropara solu'ionar de algum modo as di:i'uldades Aue os :aiam in:elies.,m%os tin*am para 'om a 'riana um apego demasiado e possessivo. ,'riana tin*a um :orte 'ompleo paterno. Dormia muitas vees no Auarto dopai em uma 'amin*a perto da dele e de man* ia para a 'ama do pai. Um

    dia 'ontou o son*o seguinte" ;>ui com o pai +isitar a a+

  • 8/12/2019 Carl Gustav Jung - O desenvolvimento da personalidade.doc

    114/182

    nen*um livro de medi'ina indi'a a possi%ilidade de Aue as di:i'uldadesps!Aui'as no rela'ionamento entre pai e me possam ser responsa%iliadaspela