carcinoma hepatocelular dx y tto

11
r e v a s s o c m e d b r a s . 2 0 1 3; 5 9(5) :514–524 Revista da ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA www.ramb.org.br Artigo de revisão Carcinoma hepatocelular: epidemiologia, biologia, diagnóstico e terapias Marcos António Gomes a , Denise Gonc ¸alves Priolli b , José Guilherme Tralhão c,d e Maria Filomena Botelho a,d,a Servic ¸o de Biofísica, Instituto Biomédico de Investigac ¸ão da Luz e Imagem, Coimbra, Portugal b Faculdade de Medicina, Universidade de São Francisco, Braganc ¸a Paulista, SP, Brasil c Faculdade de Medicina, Departamento de Cirurgia, Cirurgia 3, Hospitais Universitários de Coimbra, Coimbra, Portugal d Centro de Investigac ¸ão em Meio Ambiente, Genética e Oncobiologia, Coimbra, Portugal informações sobre o artigo Histórico do artigo: Recebido em 18 de junho de 2012 Aceito em 23 de março de 2013 On-line em 14 de setembro de 2013 Palavras-chave: Carcinoma hepatocelular Terapia Diagnóstico Hepatite B Hepatite C Neoplasias do fígado r e s u m o O carcinoma hepatocelular é o quinto tipo de câncer mais comum em homens e o sétimo em mulheres, diagnosticado todos os anos em mais de meio milhão de pessoas por todo o mundo. Em Portugal, sua incidência e mortalidade são baixas, comparativamente a outros tipos de cânceres. No Brasil, no município de São Paulo, segundo dados divulgados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a incidência do câncer primário de fígado foi de 2,07/ 100.000 habitantes. Apesar de a grande maioria dos casos (85%) afetar principalmente países em desenvolvimento, sobretudo onde a infec ¸ão pelo vírus de hepatite B (HVB) é endêmica, a incidência em países desenvolvidos é cada vez maior. Esta patologia está associada a inúmeros fatores de risco não ambientais, mas também genéticos, os quais, cada vez mais, despertam interesse na procura pelo melhor conhecimento da patologia, muito associada ainda a diagnósticos tardios e maus prognósticos. Dos tratamentos disponíveis, poucos doentes são aqueles que usufruem das suas escassas vantagens, estimulando cada vez mais a pesquisa de novas formas de terapêutica. Esta revisão pretende, de forma breve mas completa, identificar fatores de risco, vias moleculares e bioquímicas, fisiopatologia, diagnóstico e possíveis abordagens clínicas do carcinoma hepatocelular. © 2013 Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados. Hepatocellular carcinoma: epidemiology, biology, diagnosis, and therapies Keywords: Hepatocellular carcinoma Therapy Diagnosis Hepatitis B a b s t r a c t Hepatocellular carcinoma is the fifth most common cancer in men and the seventh in women, as is diagnosed in more than half a million individuals worldwide every year. In Portugal, its incidence and mortality rates are low compared to other types of cancers. In Brazil, in the city of São Paulo, according to data released by the Brazilian Unified Health System (Sistema Único de Saúde - SUS), the incidence of primary liver cancer was 2.07/ 100,000 inhabitants. Although the vast majority of cases (85%) mainly affect developing Trabalho realizado no Instituto Biomédico de Investigac ¸ão da Luz e Imagem, e no Centro de Investigac ¸ão em Meio Ambiente, Genética e Oncobiologia, Coimbra, Portugal. Autor para correspondência. E-mail: [email protected] (M.F. Botelho). 0104-4230/$ see front matter © 2013 Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados. http://dx.doi.org/10.1016/j.ramb.2013.03.005

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  • r e v a s s o c m e d b r a s . 2 0 1 3;5 9(5):514524

    Revista da

    ASSOCIAO MDICA BRASILEIRA

    www.ramb.org .br

    Artigo d

    Carcindiagn

    Marcos Jos Guia Servico deb Faculdadec Faculdade d Centro de

    informa

    Histrico do a

    Recebido em

    Aceito em 2

    On-line em 1

    Palavras-cha

    Carcinoma

    Terapia

    Diagnstico

    Hepatite B

    Hepatite C

    Neoplasias

    Keywords:

    Hepatocellu

    Therapy

    Diagnosis

    Hepatitis B

    Trabalhoe Oncobiolo

    Autor parE-mail:

    0104-4230/$http://dx.doe reviso

    oma hepatocelular: epidemiologia, biologia,stico e terapias

    Antnio Gomesa, Denise Goncalves Priolli b,lherme Tralhoc,d e Maria Filomena Botelhoa,d,

    Biofsica, Instituto Biomdico de Investigaco da Luz e Imagem, Coimbra, Portugal de Medicina, Universidade de So Francisco, Braganca Paulista, SP, Brasilde Medicina, Departamento de Cirurgia, Cirurgia 3, Hospitais Universitrios de Coimbra, Coimbra, PortugalInvestigaco em Meio Ambiente, Gentica e Oncobiologia, Coimbra, Portugal

    es sobre o artigo

    rtigo:

    18 de junho de 2012

    3 de maro de 2013

    4 de setembro de 2013

    ve:

    hepatocelular

    do fgado

    r e s u m o

    O carcinoma hepatocelular o quinto tipo de cncer mais comum em homens e o stimo

    em mulheres, diagnosticado todos os anos em mais de meio milho de pessoas por todo

    o mundo. Em Portugal, sua incidncia e mortalidade so baixas, comparativamente a

    outros tipos de cnceres. No Brasil, no municpio de So Paulo, segundo dados divulgados

    pelo Sistema nico de Sade (SUS), a incidncia do cncer primrio de fgado foi de 2,07/

    100.000 habitantes. Apesar de a grande maioria dos casos (85%) afetar principalmente pases

    em desenvolvimento, sobretudo onde a infeco pelo vrus de hepatite B (HVB) endmica,

    a incidncia em pases desenvolvidos cada vez maior. Esta patologia est associada a

    inmeros fatores de risco no s ambientais, mas tambm genticos, os quais, cada vez

    mais, despertam interesse na procura pelo melhor conhecimento da patologia, muito

    associada ainda a diagnsticos tardios e maus prognsticos. Dos tratamentos disponveis,

    poucos doentes so aqueles que usufruem das suas escassas vantagens, estimulando cada

    vez mais a pesquisa de novas formas de teraputica. Esta reviso pretende, de forma breve

    mas completa, identicar fatores de risco, vias moleculares e bioqumicas, siopatologia,

    diagnstico e possveis abordagens clnicas do carcinoma hepatocelular.

    2013 Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados.

    Hepatocellular carcinoma: epidemiology, biology, diagnosis, andtherapies

    lar carcinoma

    a b s t r a c t

    Hepatocellular carcinoma is the fth most common cancer in men and the seventh in

    women, as is diagnosed in more than half a million individuals worldwide every year.

    In Portugal, its incidence and mortality rates are low compared to other types of cancers.

    In Brazil, in the city of So Paulo, according to data released by the Brazilian Unied Health

    System (Sistema nico de Sade - SUS), the incidence of primary liver cancer was 2.07/

    100,000 inhabitants. Although the vast majority of cases (85%) mainly affect developing realizado no Instituto Biomdico de Investigaco da Luz e Imagem, e no Centro de Investigaco em Meio Ambiente, Genticagia, Coimbra, Portugal.a [email protected] (M.F. Botelho).

    see front matter 2013 Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados.i.org/10.1016/j.ramb.2013.03.005

  • r e v a s s o c m e d b r a s . 2 0 1 3;5 9(5):514524 515

    Hepatitis C

    Liver neoplasms

    countries, especially where infection by hepatitis B virus (HBV) is endemic, the incidence

    in developed countries is increasing. This pathology is associated with several risk factors,

    o gen

    ease,

    reatm

    earch

    ident

    poss

    Carcinom

    O hepatocacncer primprincipais ccnceres, sque a faz pode ser chepatite, oua regeneraco risco deO CHC temaltssimo comumentfase sintomde vida mdos tratamen

    O CHC crias, o tobservado comuns notem origemos canais bcas primro angiossarepitelioide heptico pr

    Anualmmilho de mados reveconsequen60.200 novocer o quinto(g. 1).1,2

    Em Portcomparativdados do Gtipos de ctipo de patrelacionadatituto Naci979 bitos pintra-hept

    A Organa segunda devido sunente africCHC baixa

    ia. Eoresdos Tcas.aiorses cia

    te B a. Oroxi

    do fs muHC rtornontribplicouou dado, comculttoras

    presegua inc0 habdo u

    parca deestimugere

    para femas de00.00tivam

    s dnot only environmental but als

    better understanding of this dis

    poor prognosis. Of the available t

    ges, increasingly stimulating res

    review aimed to briey but fully

    pathophysiology, diagnosis, and

    a hepatocelular

    rcinoma ou carcinoma hepatocelular (CHC) orio do fgado, ou seja, o cncer derivado das

    lulas do fgado os hepatcitos. Como os demaisurge quando h mutaco nos genes de uma clulase multiplicar desordenadamente. Essa mutacoausada por agentes externos, como o vrus da

    pelo excesso de multiplicaces das clulas, comoo crnica nas hepatites crnicas, o que aumenta

    surgimento de erros na duplicaco dos genes. por caracterstica ser muito agressivo, com

    ndice de bito aps o incio dos sintomas, maise ictercia e/ou ascite. Se for detectado apenas natica, o paciente sem tratamento tem expectativaia inferior a um ms, sendo que mesmo nessa fasetos disponveis so limitados e pouco ecazes.onstitui 70-85% das neoplasias hepticas prim-umor primrio do fgado mais frequentementee se constitui em um dos tumores ma lignos mais

    mundo. Por outro lado, o colangiocarcinoma, que nos colangicitos, clulas epiteliais que revestemiliares, constituem 10-15% das neoplasias hepti-ias. Os restantes 5% so tumores incomuns, comocoma primrio heptico, o hemangioendoteliomaheptico, o hemangiopericitoma, ou o linfomaimrio.ente, o CHC diagnosticado em mais de meiopessoas em todo o mundo. Os ltimos dados esti-lam 748.300 novos casos de CHC e 695.900 mortostes a esta doenca. Na Europa, foram diagnosticadoss casos no ano de 2008, tornando este tipo de cn-

    mais comum em homens e o stimo em mulheres

    ugal, a taxa de incidncia desta patologia baixa,amente com outros tipos de cncer, de acordo comLOBOCAN 2008, representando 1,1% de todos osnceres. Quanto mortalidade associada a este

    e a Bahos tumsileira Hepti

    A mnos paincidnhepatisaarianpico apcncerentre a

    O C(HVC) dos, coque tricontin

    Os pasessos, dipromonsticoPaulo, (SUS), 100.00existinvidadepresen

    As 2008 stanteso sexoAs taxe 1,1/1respec

    Fatoreologia, responsvel por 2% de todas as mortess com cncer.3 S no ano de 2011, segundo o Ins-onal de Estatstica de Portugal, foram registadosor tumores malignos do fgado e das vias biliaresicas, 84 casos a mais que no ano anterior.4

    izaco Mundial da Sade (OMS) aponta o CHC comocausa de bito por cncer na espcie humana,a alta incidncia no Oriente, em reas do conti-ano e do Pacco oeste. No Brasil, a incidncia de, sendo mais alta em estados como o Esprito Santo

    Os principapelo HVB ede lcool, aatose hepfatty liver dimatose herhepatite auA distribuiCHC altame grupo tnetic, generating an increasing interest in attaining a

    which is still associated with very late diagnosis and

    ents, few patients benet from their scanty advanta-

    of new forms of treatment against this disease. This

    ify risk factors, molecular and biochemical pathways,

    ible clinical approaches of hepatocellular carcinoma.

    2013 Elsevier Editora Ltda. All rights reserved.

    m So Paulo, o CHC o quinto em frequncia entre do aparelho di gestivo, segundo a Associaco Bra-ransplantados de Fgado e Portadores de Doencas

    ia de casos desta doenca, cerca de 85%, ocorreem desenvolvimento, sendo as maiores taxas dedescritas em regies onde a infeco pelo vrus da(HVB) endmica: Sudeste Asitico e frica Sub-

    CHC raramente ocorre antes dos 40 anos e atingemadamente aos 70 anos. A taxa de prevalncia dogado entre os homens 2-4 vezes maior que a taxalheres.elacionado com a infeco pelo vrus da hepatite Cu-se causa em maior ascenso nos Estados Uni-uindo para a crescente incidncia do CHC no pas,u, enquanto a taxa de sobrevivncia em cinco anosabaixo dos 12%.s epidemiolgicos referentes ao CHC em algunso Brasil e Portugal, continuam exguos e disper-ando a organizaco e o planejamento de atividades

    de sade, com impacto na prevenco e no diag-coce da patologia. No Brasil, no municpio de Sondo dados divulgados pelo Sistema nico de Sadeidncia do cncer primrio de fgado foi de 2,07/itantes. A idade mdia dos doentes foi de 54,7 anos,ma relaco masculino/feminino de 3,4:1. A positi-a HbsAg foi de 41,6%; para o anti-HVC, de 26,9%;

    alcoolismo crnico, de 37%; e de cirrose, de 71,2%.5

    ativas realizadas pelo GLOBOCAN referentes am que a taxa de incidncia de 3,5/100.000 habi-

    o sexo masculino e de 1,2/100.000 habitantes parainino, traduzindo-se em 477 novos casos por ano.

    mortalidade so, segundo a mesma fonte, de 3,40 habitantes para o sexo masculino e feminino,ente.

    e riscois fatores de risco para o CHC incluem a infeco HVC, as doencas hepticas derivadas do consumo

    exposico a aatoxinas e, principalmente, a este-tica no alcolica (NAFLD do ingls Non-alcoholicsease).6 Causas menos comuns incluem a hemocro-editria (HH), a decincia da Alfa1-Antitripsina, atoimune, algumas porrias e a doenca de Wilson.co desses fatores de risco entre os doentes comente varivel e depende de regio geogrca, raca

    ico.7

  • 516 r e v a s s o c m e d b r a s . 2 0 1 3;5 9(5):514524

    2,5Casos/100 000 pessoas

    4,0 6,0 9,3 9,4

    Figura 1 Variaco regional das taxas de incidncia de CHC (idade padronizada). As taxas de incidncia apresentadas(nmero de casos por 100.000 habitantes) so referentes a ambos os sexos e todas as idades.106,107.

    A maioria dos fatores de risco leva formaco e progres-so de cirrose, que est presente em 80-90% dos doentes comCHC. O risco cumulativo em cinco anos para que doentes por-tadores de cirrose desenvolvam CHC varia entre os 5% e 30%,dependendo da causa, com o maior risco entre os infetadoscom HVC, regio geogrca ou grupo tnico 17% nos EUA e30% no Japrisco para p

    escalates adultosenquanto, mente todo

    onde a infeco por HVB vertical, cerca de 90% das pessoasinfectadas sofrem evoluco crnica da doenca, com frequenteintegraco do vrus no DNA hospedeiro.9,10 A relaco entreHVB e cncer varia muito segundo os pases considerados e ostipos de provas laboratoriais utilizadas para o diagnstico dadoenca,11 o que est sendo modicado com as novas tcnicas

    gnssar d0% ate

    nfeccara

    53

    p

    Figura 2 o, por exemplo e o estgio da cirrose, com o maioracientes com a doenca descompensada.8

    mundial, aproximadamente 50% de todos os doen- com CHC sofrem de infeco crnica com HVB,em criancas, essa associaco ocorre em pratica-s os casos. Em zonas endmicas da sia e da frica,

    de diaApe

    entre 7sequencom idade p

    DiabetesObesidadeSndromeMetablica

    Aflotaxinas

    PredisposioGentica

    OutrosLeses do DNAMutao da TP

    Aumento de NO

    Cancergenos

    VrusVHB/VHClcoolTabaco

    Cloreto deVinilo Hepatite crnica

    cirrose

    Ativao da protenado ncleo do VHC

    Ligao p53

    Ligao p53

    formao de

    Ativao da

    Inibe a via do

    Inibe a expressoda p21WAF

    ROS.

    Diminuio daexpresso da

    Ativao da

    Ativao doWnt/-catenina

    Wnt/-cateninaIL-8; TNF; TGF- 1;

    TGF-.

    EGFR.

    Sobrexpresso Displasia

    Sobrexpressodo TNF- e INF-

    Rea

    o inflam

    atria

    Muta

    o da

    p53

    Disfun

    o da

    Rb

    Rege

    nera

    o he

    Inativa

    o da

    p16

    Transativao da HBx

    do VEGF.

    Induz a

    E-caderina

    Eventos moleculares no desenvolvimento das etapas do carcinomtico, em especial de PCR.e o HVB poder causar CHC na ausncia de cirrose,

    80% dos doentes sofrem de cirrose heptica con- infecco com HVB. O risco de CHC entre pessoaso com HVB, aqueles que apresentam positivi-antgeno de superfcie de Hepatite B (AgHBs),

    a p53Me

    tilao

    aberr

    ante

    do DN

    A

    ticaCHCprecoce

    CHCAvanado/Metasttico

    Disfun

    o da

    Rb

    Ativa

    o da

    -caten

    ina

    Muta

    o d

    Redu

    o da

    expre

    sso

    da p2

    1WAF

    1/ClP1

    Inativa

    o da

    E-cad

    erina

    a hepatocelular.39,4648,50,5356,5861,63,6567,7074.

  • r e v a s s o c m e d b r a s . 2 0 1 3;5 9(5):514524 517

    maior em homens idosos expostos h muito tempo ao vrus,que apresemicotoxinaapresentam(HVD), tmforam infecmado de Ccom HVC, cparte do risavancada o

    Um estutrou que a jovens aduna dcada de 1970. Essresultado ddependentedescrito o p

    Marcado90% dos p30-50% nosentre indivno momenvrus da imvavelmentee prolonga60 g, tomande risco belada indepede 1,5-2,0, qa infecco HVB.16

    O desengue, para ode 1990, redassociada a0,3% nos EUtra HVB paimunoglobureduziu draTaiwan, a inuniversal p100.000 cria

    A incidde doadorelatncia demento de cno ser vicasos de CO desenvolainda no vrus. Para o tratamenreduco da

    Diversostram que 3infeco croutras causalteraces tose hepti

    estudos de coorte com base populacional de EUA, Escandin-iwan e Japo, o CHC foi 1,5-2,0 vezes mais frequente em

    do ladodia,olveo dit pquas

    se ausa entrtivaso, dseso risco nmeclipdcomivac), qusuliaatentpergs doela Aal TPnte nliinasnvolv

    ole

    o eatorestiga

    adosnfecos nismospedndos poB em

    p.ex.4244

    racorticu,5-kade ditos rmaue a

    genrio es centam histria familiar de CHC, foram expostos as do tipo aatoxinas, consomem lcool ou tabaco,

    coinfecco por HVC ou vrus de hepatite delta nveis elevados de replicaco viral de HVB, e/outados por HVB do gentipo C.10,1215 O risco esti-HC 15-20 vezes maior entre pessoas infectadasomparativamente a no infectados, sendo a maiorco adicional limitada queles com brose hepticau cirrose.16

    do da anlise molecular evolucionria demons-infecco por HVC ocorreu em grande nmero deltos no Japo na dcada de 1920, no sul da Europae 1940 e na Amrica do Norte nas dcadas de 1960es casos, na Amrica do Norte, ocorreram comoa partilha de agulhas contaminadas entre toxico-s e devido a transfuses sanguneas,17 tendo sidorimeiro caso em 1989.res de infecco por HVC so encontrados em 80-acientes com CHC no Japo, 44-66% na Itlia e

    Estados Unidos.7 Os fatores de risco para HCHduos infetados com HVC incluem idade avancadato da infeco, sexo masculino, coinfecco com ounodecincia humana (HIV) ou com HVB e, pro-, diabetes ou obesidade.1821 O consumo abusivodo de lcool, denido pela ingesto diria de 40-do bebida padro contendo 13,7 g de lcool, fatorm-estabelecido para o CHC, quer de forma iso-ndente, com um aumento do risco por um fatoruer combinado com outros fatores de risco, como

    por HVC ou, em menor grau, com a infecco com

    volvimento de rastreio ecaz ao doador de san- HVB na dcada de 1980 e para o HVC na dcadauziu drasticamente a incidncia de hepatite viral

    transfuses, reduzindo suas taxas de 33% paraA.22 O desenvolvimento de vacinas ecazes con-ra pr-exposico proltica e a combinaco comlinas da hepatite B para ps-exposico prolticasticamente a incidncia da infeco de HVB.23,24 Emcidncia de CHC em criancas depois da vacinacoelo HVB reduziu de 0,70 para 0,35 casos porncas.25

    ncia de HVC tambm diminuiu aps o rastreios de sangue, em 1990, mas devido ao tempo de

    20 anos, desde a infecco aguda at ao apareci-irrose e de CHC, o impacto da diminuico do HVCsto antes de 2015. esperado que a incidncia deHC relacionados com o HVC continue a diminuir.vimento de vacina ecaz para a infecco por HVCocorreu devido elevada taxa de mutaco dodoentes com infecco crnica pelo HVB ou HVC,to com o interferon alfa tem sido associado

    incidncia de CHC.2628

    estudos conduzidos em pases ocidentais mos-0% a 40% dos doentes com CHC no apresentavamnica por HVB ou HVC, sugerindo a presenca deas para a doenca. Alguns pacientes apresentaramclnicas ou bioqumicas compatveis com estea-ca, como obesidade ou sndrome metablica. Em

    via, Taobesoscontroem mdesenvnos nque ese em parecePor cadireta estimaContudnos paseja, delevad

    Os daco livres ral, at(IKK-hiperin

    As so pogos (Ascomunsada ptumortivamemeta-aaatoxo dese

    Vias m

    A relace os fde inveadequ

    A idistintmecando hoO segugnicado HVgenos,TRAP1prolifeem pados (16varied

    Mutransfociam qalgunsequilbmotoreque em no obesos.2932 Vrios estudos de casoss e alguns estudos de coorte demonstraram que,

    o CHC tem probabilidade duas vezes mais de ser em pessoas com diabetes mellitus tipo 2 do queabticos.33,34 A esteatose heptica no alcolica,resente em praticamente 90% de pessoas obesase 70% de pessoas com diabetes mellitus tipo 2,presentar como possvel fator de risco para CHC.35

    dos escassos dados que estabelecem associacoe a progresso de esteatose heptica e CHC, as

    atualmente disponveis do risco no so claras.evido elevada incidncia da sndrome metablica

    ocidentais, qualquer aumento, por menor queo de obesidade ou diabetes podem traduzir-se emmero de casos de CHC.anismos patognicos envolvidos incluem peroxi-ica e estresse oxidativo, com produco de radicaiso passo para a iniciaco e a promoco tumo-o crnica do inibidor da quinase kappa betae leva inamaco, e brose heptica, devido nemia e hiperglicemia.36

    toxinas, em especial a aotoxina B1 (AFB-1),es carcingenos hepticos produzidas por fun-illus avus e Aspergillus parasiticus), contaminantess cereais armazenados.37 Mutaco gentica cau-FB-1 no cdo 249 no eixo 7 do gene supressor

    53 (transverso GC para TA) foi identicada e posi-correlacionada com a exposico aatoxina emses composta por 49 estudos.38,39 Alm disso, as

    so sinrgicas com a infeco crnica por HVB paraimento de CHC.11

    culares do hepatocarcinoma

    ntre as vias moleculares da hepatocarcinogneses de risco associados a esta patologia motivoco, objetivando a quimioprevenco e tratamento

    , personalizados e ecazes do CHC (g. 2).o crnica por HVB envolve trs mecanismosa mediaco da hepatocarcinognese. O primeiro

    envolve a integraco do DNA viral ao genomaeiro, induzindo instabilidade cromossmica.40,41

    mecanismo proposto envolve vrias mutacesr inserco, resultando na integraco do genoma

    locais especcos que podem ativar genes end-., RAR (receptor do cido retinico) , ciclina A eO terceiro mecanismo envolve a modulaco da

    celular por meio da expresso de protenas virais,lar a protena X do HVB (HBx), com 154 aminoci-Da), que pode transativar ou sobre-expressar umae genes virais e celulares.44,45

    estudos relacionam a HBx com o processo deco maligna que ocorre no CHC. Estudos eviden-

    HBx pode coativar o processo de transcrico dees celulares e virais importantes, coordenando ontre a proliferaco celular e a apoptose.46,47 Pro-lulares de genes associados proliferaco, como a

  • 518 r e v a s s o c m e d b r a s . 2 0 1 3;5 9(5):514524

    interleucina 8 (IL-8), o fator de necrose tumoral (TNF), o fatorde transforfator de crcomo fator

    A HBx cascatas sitribuindo pciclo celulagenes, comEstudos tampode ativaprotena pcatenina cida quinasefosforilacodo glicogn

    Outro mCHC pelatranscricoEsses mecdiminuicocatenina naumentada alvo de dGSK-3.57 D-cateninavia como a

    Tal comDNA de vrprotena-prtes da p53,reprimir a tHBx sobre das clulaspode tambsobrexpresdo endotlcondico d

    Estudossividade aocasos de CContrariamintegrado asas interachepatocarcdo HVC adada, j quhepatocarccelular, da

    Essa prROS por malm de sinteraco ccar o fato p21WAF1, lecelular.47

    As vias Rtena do nTGF- e atitambm de

    da -catenina em CHC de pacientes com HVC aproximada- o dobro, comparando as outras causas.68

    o jmen

    es carodundonesa vianio

    nas molscen

    impada tanteexpr

    e INos hA deticarnadoativor seneseexpodo, estar sos dnandes HC

    ugereidaslaresrmanvolatam

    mas

    tomaHC aproinal

    espdiste6%),sinaia e

    gia

    nstio. Ao, deros fmaco do crescimento (TGF-1) e o receptor doescimento epidrmico (EGFR) so ativados, assimes de transcrico, com a transativaco da HBx.48,49

    tambm parece estar envolvida na ativaco denalizadoras envolvendo a via Ras/Raf/MAPK, con-ara a desregulaco de pontos de vericaco dor,50 bem como para a ativaco de diversos onco-o o c-myc, c-jun e o c-fos, no citoplasma.51,52

    bm demonstraram duas vias pelas quais a HBxr a via Wnt/-catenina, em colaboraco com aroto-oncognica Wnt-1, pela estabilizaco da -toplasmtica em clulas de CHC53 ou pela ativaco

    regulada por sinal extracelular (Erk), que leva e, por sua vez, inativaco da cnase-3 da snteseio (GSK-3), estabilizando a -catenina.54

    ecanismo alternativo de ativaco da Wnt em represso da E-caderina, por parte da HBx, na, pela hipermetilaco do promotor da E-caderina.55

    anismos mostram a associaco da HBx com a da expresso da E-caderina e o acmulo de -o citoplasma e/ou no ncleo, levando ativaco

    da -catenina.56 No estado normal, a -cateninaegradaco por meio da quinase da casena I e dae 20 a 90% de todos os CHC evidenciam ativaco da

    , o que tem aumentado o interesse no estudo dessalvo teraputico atrativo.5860

    o acontece a diversas protenas codicadas porus, a HBx pode ligar-se a p53, formando complexosotena e inativando atividades crticas dependen-

    como a apoptose mediada pela p53,61 ou mesmoranscrico da TP53.62 Esses efeitos moduladores daa p53 fornecem a base da transformaco maligna. Adicionalmente a esse papel na apoptose, a HBxm contribuir para a tumorignese em CHC pelaso do potente fator angiognico de crescimentoio vascular (VEGF), evidenciado em estudos, sobe hipoxia.63,64

    clnicos e epidemiolgicos atribuem maior agres- HVC que ao HVB, j que maior a frequncia deHC em pacientes com cirrose induzida por HVC.ente ao HVB, o HVC um vrus de RNA que no o genoma do hospedeiro, contudo ocorrem diver-es vrus-hospedeiro, tidas como responsveis pelainognese indireta do vrus. A protena do ncleoltamente conservada e tem sido amplamente estu-e se acredita que desempenha papel importante nainognese por meio da modulaco da proliferacoapoptose e da resposta imunolgica.otena do ncleo do HVC induz a formaco deeio da interaco com a protena choque Hsp60,e ligar p53, p73 e protena Rb.47,65 Essaom protenas supressoras tumorais parece expli-de a protena estar associada com a inibico davando inibico da apoptose e promoco do ciclo

    af1/MAPK e Wnt/-catenina so ativadas pela pro-cleo do HVC, ao mesmo tempo em que inibe a via dova o recetor TNF-, e a via do NF-.58,66,67 Estudosmonstram que a frequncia de mutaces gnicas

    menteCom

    quenteinfeccom presultaangiogprpride oxigDNA emacro

    Cre(NO),catalisimporsobre-TNF-NO nno DNvia anrelacio

    A incrita ppatogque a ContuTP53 edos carelaciointerac

    O Cque senvolvtocelutransfoo desee/ou tr

    Sinto

    Os sincam Cao comabdomteriana(23%), rcia (1(60%), o com

    Patolo

    O progsombrum ande out se sabe, a inamaco crnica e a infeco esto fre-te associadas ao aumento do risco de cncer. Asusadas pelos HVB e pelo HVC causam inamacoco de radicais livres, quimiocinas e citoquinas,

    em danos do DNA, proliferaco celular, brose ee. Exemplo da reposta ao estresse inamatrio a

    da p53.69 Radicais livres, como as espcies reativas ou de azoto, podem diretamente causar danos noprotenas, e/ou indiretamente causar danos nessasculas via peroxidaco lipdica.tes evidncias indicam que o monxido de azotoortante molcula de sinalizaco e de biorregulacopela famlia de enzimas NOS, desempenha papel

    na carcinognese.70,71 Durante hepatite crnica, aesso de algumas citocinas proinamatrias, comoF- e IL-1, levam ao aumento das concentraces deepatcitos humanos.72 O NO pode causar danos

    forma a induzir uma resposta ao estresse pelacinognica da p53 ou causar mutaces de geness ao cncer, como a TP53.70

    aco mutacional do gene TP53 tem sido muito des-r um dos mecanismos moleculares envolvidos na

    do CHC, especialmente em reas geogrcas emsico aotoxina B1 (AFB1) proeminente.39,73,74

    apesar da mutaco GT no codo 249 do gene dabem relacionada exposico da AFB1, a maioriae CHC evidencia ausncia de mutaces de TP53,o essa inativaco a outros mecanismos, como as

    com protenas virais.75

    exibe alto grau de heterogeneidade gentica, o que mltiplas vias moleculares podem estar

    na gnese de subconjuntos de neoplasias hepa-. Entender as bases moleculares e celulares dasces neoplsticas que ocorrem no fgado permitevimento de melhores estratgias para a prevencoentos mais ecazes para o CHC.

    s do CHC no so especcos, geralmente indi-vancado e esto relacionados mais diretamentemetimento da funco do fgado. Pode existir dor

    (entre 40% e 60%), que pode indicar peritonite bac-ontnea, tumoraco palpvel no abdome direitanso abdominal (45%), falta de apetite (45%), icte-

    ascite (26%), emagrecimento (29%), mal-estar gerals de encefalopatia heptica desde sonolncia athemorragia digestiva (7%).76

    e diagnstico

    ico para os doentes com CHC , de maneira geral, sobrevivncia varia desde algumas semanas atpendendo da extenso do envolvimento tumoral eatores de prognstico.

  • r e v a s s o c m e d b r a s . 2 0 1 3;5 9(5):514524 519

    O CHC pode apresentar quatro graus de diferenciaco(classicactolgicos d

    CHC escl carcinom

    para extr carcinom hepatoco hepatobl

    A transfcesso graduallicas, altlares e molpode ser mnham o CHndulos sassociadosferativo e d

    O InternMundial desicos, que em dimete ndulos LGDN mosqualquer rso caractede pequenformaces assemelhanquanto an

    A distin um desaimuno-histtena de cho glipicanodisso, dadoquantitativsurvivina, pinicial.84

    O diagnmes de imantomo-pdos marcadser possveheptica, ado tumor) anedticoslha), o diagde exame cador tumomodalidade

    As diretos doentesradiolgicoo diagnstleso de pelares tpicocomputoriz

    cia magntica (RM) que demonstra realce na fase arterial com depuraco do contraste na fase portal.a les

    doidas em ses.

    de nm esrma

    vasc hepcut

    de dos isa, lfa-f

    prontar-iculaque,85,86

    s elevm seva dres gtes o. A ilida

    com

    iam

    esos ino grs delemeose. ocali, masa o p

    avassicitrioLiverCUPlass

    ica

    sicaa de er tictomnte orcor ou o de Edmonson e Steiner, 1954) e cinco tipos his-iferentes:

    erosante;a brolamelar (que apresenta maior facilidadeaco cirrgica, portanto melhor prognstico);a colangiocelular;langiocarcinoma;astoma (mais comum em criancas).

    ormaco maligna dos hepatcitos em CHC pro-al que est associado a mutaces genticas, perdaseraces epigenticas e perturbaco das vias celu-eculares. A expresso fenotpica dessas alteracesanifestada por leses percursoras que acompa-C, denominadas ndulos displsicos.77,78 Esses

    o distintos dos ndulos regenerativos benignos cirrose em virtude de seu elevado ndice proli-a clonalidade.ational Working Party of Terminology do Congresso

    Gastroenterologia classicou os ndulos displ-so leses nodulares distintas maiores que 5 mmro, em ndulos displsicos de baixo grau (LGDN)displsicos de alto grau (HGDN).79 Os ndulostram apenas displasias leves e no expressamelaco com as neoplasias. J os ndulos HGDNrizados por maior densidade celular (alteracesas clulas) que os tecidos circundantes, exibindocaractersticas do tipo ndulo dentro do ndulo,do-se ao CHC bem diferenciado tanto radiologiaatomia patolgica.80,81

    co entre ndulos HGDN e CHC em fase inicialo ainda por resolver. Painel de trs marcadoresoqumicos de transformaco maligna, como a pro-oque trmico (HSP) 70, a glutamina sintetase e-3, tem sido usado para os distinguir.82,83 Alms moleculares com base nos pers de expressoa gnica com os genes LYVE-1, a E-caderina e aermitem o diagnstico seguro de CHC em estgio

    stico do CHC pode ser feito por meio de exa-agem, marcadores tumorais (exame de sangue) eatolgico (bipsia). Como nem sempre h aumentoores tumorais e a realizaco de bipsia pode nol (pela decincia de coagulaco da insucinciascite ou por diculdade de acesso pela localizacoou recomendvel (h risco terico, por relatos

    , de disseminaco do tumor pelo trajeto da agu-nstico do CHC pode ser fechado pela presencade imagem com leso tpica e aumento em mar-ral ou pela presenca de imagem tpica em duass diferentes de exame de imagem.rizes para o diagnstico de CHC76 sugerem que

    com cirrose e com massa detectada em estudo no necessitam de conrmaco por bipsia paraico de CHC. Critrios para esse diagnstico so:lo menos 2 cm de dimetro com padres vascu-s em imagens dinmicas obtidas numa tomograaada (TC) e ecograa com contraste ou ressonn-

    rpidaPar

    menostpico tro dev3-6 mednciamanttransfomentoartriasia pero riscoresultaimprec

    A amenteaprese partmaior 20 g/Lvalorepoderetite atimulhee doengstricsensibvduos

    Estad

    Devidode casrose e dcritriopora eda cirrmultiftncia

    Partros dana clados crof the Score), nostic C

    Class

    A clasa mdiqualquhepatetivamea prop maioes de 1-2 cm de dimetro so necessrios pelos estudos imagiolgicos dinmicos com realcecaractersticas do CHC. Leses

  • 520 r e v a s s o c m e d b r a s . 2 0 1 3;5 9(5):514524

    Tabela 1 Terapias dirigidas em carcinoma hepatocelular108113

    Frmaco Via

    Sorafenibe VEGSunitinibe VEG

    Bevacizum VEG

    Cetuximab EGF

    Trastazum Her

    Erlotininbe EGFGetinibe EGFLapatinibe HerRapamicin PIKEverolmus PIKXL-765 PIK

    EMEA, Euro nasetelial vascu o-qurapamicina ase B

    seu devidorelaco a esluram munovos agencas de quimo auxlio dee Yag-laserA classicaso de progde compara

    O sistescore) englfunco hena classica inltracoveia porta. a expectati

    J o sistnizado inteAmericanae da Assocbaseia-se a(2012), a EAestudo e trtrizes clnicteraputicaproposto em

    O sistemintermediChild-Pughdade e a pestgios mlidades de transplanteablaco por

    J os pacsveis de trem estgio

    iagnidors clndicaais n

    espele doHC

    compos: ema

    (vagas clralmdentdo dolenssoTipo de frmaco Alvo molecular

    Inibidor TC VEGFR, PDGFR, RAF Inibidor TC VEGFR, PDGFR, c-kit

    abe Anticorpo monoclonalao ligando

    VEGFR

    e Anticorpo monoclonalao ligando

    EGFR

    abe Anticorpo monoclonalao receptor

    Her-2/neu

    Inibidor TC EGFR Inibidor TC EGFR

    Inibidor TC Her-2/neu a Inibidor cnase ST mTOR

    Inibidor cnase ST mTOR Inibidor cnase ST PI3K

    pean Medicines Agency; FDA, Food and Drug Administration; TC, tirosina clar; PDGFR, fator de crescimento derivado de plaquetas; MAPK, proten

    em mamferos; PIK3, fosfatidilinositol 3-quinases; Akt, protena quin

    prognstico estimado em semanas. A ressalva emsa classicaco que os tratamentos clnicos evo-ito desde 1985, em especial com o surgimento detes quimioterpicos, o aprimoramento das tcni-ioembolizaco e de tratamentos percutneos, com

    novos instrumentos, como os bisturis de argnio, alm da melhoria das tcnicas de hepatectomia.co mantm sua importncia em relaco previ-nstico para pacientes sem tratamento como baseco com os tratamentos disponveis.94,95

    ma CLIP (Cancer of the Liver Italian Programoba a classicaco de Child-Pugh, que avalia aptica, a fraco de fgado acometido (comoaco de Okuda), o nvel srico de alfa-fetoprotena e

    pelo cncer dos vasos hepticos, especialmente aCom a pontuaco obtida, possvel comparar comva de vida esperada em condices semelhantes.96

    ema BCLC (Barcelona Clinic Liver Cancer) o padro-

    casos dos inibensaiomas interminmentocontro

    O Cndulodois tibem-dmentebarreirso getas aciresultaser indprogrernacionalmente e recomendado pela Associaco para o Estudo das Doencas do Fgado (AASLD)iaco Europeia para o Estudo do Fgado (EASL), epenas em parmetros clnicos.76,97 RecentementeSL em conjunto com a Associaco Europeia para oatamento do cncer (EORTC), publicaram as dire-as para a vigilncia, o diagnstico e as estratgiass do CHC, atualizando o painel de recomendaces

    200198 e at agora usado.99

    a BCLC classica o CHC em muito precoce, precoce,rio, avancado e terminal, baseado nos critrios de, estado funcional, tamanho tumoral, multifocali-resenca de invaso da veia porta. Os doentes emuito precoces e precoces so passveis de moda-tratamento curativas que incluem a ressecco, o

    heptico, a injeco percutnea de etanol ou a radiofrequncia.ientes com CHC em estgio intermedirio so pas-atamento por quimioembolizaco. Para os doentess avancados, como acontece em grande parte dos

    progride grseguido de veia portacompanhAFP, mesmmrio do fgramos da vpropagandcomo trommenos com

    A dissemtognica paEssas lesecomo o tu(hemoptisesseas podsintomatolou de nervo

    Para a dde crnio, t de sinalizaco afetada Aprovaco (EMEA e FDA)

    FR, PDGFR, RAS/MAPK AprovadoFR, PDGFR, c-kit No Aprovado

    (Em ensaios de fase IIou III)

    FR

    R

    -2/neu

    RR-2/neu3/Akt/mTOR3/Akt/mTOR3/Akt/mTOR

    ; ST, serina/treonina; VEGFR, fator de crescimento endo-inases ativadas por mitgenos; mTOR, protena-alvo da.

    osticados, os tratamentos recomendados incluemes de vrias tirosinaquinase ou a participaco deicos de fase III e IV, visto que os tratamentos aci-

    dos raramente so ecazes. Os doentes em estgioso so normalmente considerados para o trata-cco e ser indicado tratamento paliativo para os sintomas.em estgio precoce se apresenta como pequeno

    dimetro inferior a 2 cm e pode ser classicado emCHC pequeno distintamente do tipo nodular, que rcado e, por vezes, encapsulado, ou do indistinta-amente) do tipo nodular, que maldenido e semaras.100,101 Os ndulos displsicos e o CHC precoceente assintomticos e usualmente so descober-ais em estudos radiogrcos ou detectados comoe procedimentos de rastreio. O CHC precoce podete ou de crescimento lento (at 1 ano) at sofrer

    tumoral rpida. Nesses estgios precoces, o CHC

    adualmente com o aumento do volume tumoral,

    invaso dos ramos da veia porta, estendendo-sea principal. A invaso da veia porta geralmenteada de rpido aumento da concentraco srica dao sem haver alteraces do tamanho do tumor pri-ado. O tumor pode tambm invadir diretamente oseia heptica ou a veia cava inferior intra-heptica,o para a veia cava superior ou para a aurcula direitabo tumoral. A invaso da artria heptica muitoum.inaco do CHC ocorre primariamente via hema-ra pulmes, ossos e crebro em estgios tardios.s metastticas so tipicamente hipervasculares,mor primrio, e predispem-se a hemorragias

    ou hemorragia intracraniana). As metstasesem ser solitrias ou mltiplas, e podem produzirogia isolada, como a compresso de par craniano

    perifrico.eteco de metastizaco de CHC, a TC com contrasterax, abdome e pelvis, bem como as cintilograas

  • r e v a s s o c m e d b r a s . 2 0 1 3;5 9(5):514524 521

    sseas, so exames padronizados. As aquisices dinmi-cas com contraste no so geralmente necessrias, mascaso sejam realizadas podem demonstrar hipervascularizacoarterial dasprimrio. Ovel que jusestadiamen

    Mltiploticularmenrepresentarda veia porhematogn

    A heterofato da poupia dirigidareceptores,genes suprenvolvido nou funcesmente, mui terapia dcom microagenoma tomento. AlguEGFR, DDEentre outrogida, comomolculas nicos, haveapenas o Sonase RAS, pela Europe

    Conitos

    Os autores

    r e f e r n

    1. Jemal AGlobal

    2. Ferlay cancerCancer

    3. Ferlay EstimaGLOBO

    4. INE. bbiliaresLisboa.

    5. Goncalcarcino(Florian1997;39

    6. Baffy Gin non-J Hepat

    7. ElSeraepidemGastroe

    8. Fattovich G, Stroffolini T, Zagni I, Donato F. Hepatocellularcarcinoma in cirrhosis: incidence and risk factors.Gastroe

    -Serapato12;14t JJ, Sideme-sp12;30twicd heen Cd ouppl:Sng Hsociautanncerllicine poi11;32llot Gvirusnatobertifect o

    mennaka

    al. Midemrcinovis G

    hepaates:sease321lle Eerweospe03;34oller ncer94;30SL. Cviruster Hst-tr

    Y, Cpatipereccinarpazrpenrus inogramang iver

    cidened. 1n SMnecith ch99;29unet

    inter hepancet leses metastticas do mesmo modo que o tumor PET no tem demonstrado consistncia con-tique sua incorporaco em exames de rotina noto do CHC.102

    s tumores podem surgir em fgado cirrtico, par-te com infecco crnica por HVC, ou podem

    metstases hepticas consequente a tromboseta, a partir do tumor primrio e da disseminacoica para o fgado.geneidade clnica e gentica desta doenca dita oca resposta teraputica efetiva no CHC. A tera-

    a alvos moleculares, quer a genes, quer aos seus pretende inativar oncogenes ativados, recuperaressores tumorais ou qualquer molcula ou geneo desenvolvimento do CHC, corrigindo assim erros

    anormais ou comportamento biolgico. Recente-tas molculas baseadas no genoma so candidatasirigida. Foram descobertas por meio de estudosrray, na anlise de aberraces epigenticas dotal, de sistemas de sequenciaco de alto rendi-ns genes ou molculas-alvo em estudo so VEGFR,

    FL, VANGL1, WDRPUH, Ephrin-A1, GPC3, PFTK1,s.103,104 Muitas dessas molculas para terapia diri-

    anticorpos monoclonais, molculas pequenas eantisense, j esto na fase II e III de ensaios cl-ndo no momento dados promissores. Atualmente,rafenib, inibidor multiquinase do VEGFR e da qui-

    est aprovado pela Food and Drug Asministration ean Medicines Agency104,105 (tabela 1).

    de interesse

    declaram no haver conitos de interesse.

    c i a s

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    betaelsond caomp

    liveru HHnt/berget.ndu

    gnaliith an06;17aib Fd liv116e SG3 gen00;19oon E

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