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MARINA MYORI MADOKORO CARBONO SOCIAL COMO FERRAMENTA COMPLEMENTAR AOS ESTUDOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS Lorena 2014

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MARINA MYORI MADOKORO

CARBONO SOCIAL COMO FERRAMENTA COMPLEMENTAR AOS ESTUDOS DE IMPACTOS

AMBIENTAIS

Lorena

2014

2

MARINA MYORI MADOKORO

Projeto de monografia apresentada à Escola de

Engenharia de Lorena – EEL-USP como requisito

parcial para a conclusão de Graduação do curso de

Engenharia Química.

Orientador: Prof. Dr. Francisco José Moreira Chaves

LORENA

2014

3

Nome: Marina Myori Madokoro

Título: Carbono Social como Ferramenta Complementar aos Estudos de Impactos Ambientais

Projeto de monografia apresentada à Escola de

Engenharia de Lorena – EEL-USP como requisito

parcial para a conclusão de Graduação do curso de

Engenharia Química.

Orientador: Prof. Dr. Francisco José Moreira

Chaves

Aprovado em:

Banca Examinadora

Prof. Dr. _____________Instituição: ______________

Julgamento: ___________ Assinatura: ______________

Prof. Dr. _____________Instituição: ______________

Julgamento: ___________ Assinatura: ______________

Prof. Dr. _____________Instituição: ______________

Julgamento: ___________ Assinatura: ______________

4

RESUMO

A legislação brasileira utiliza ferramentas de estudo e planejamento de

implantação de projetos que às vezes são falhas quanto a alguns assuntos,

como o lado social das comunidades diretamente afetadas por estes

projetos. As mudanças em qualquer sociedade são necessárias, portanto

devemos nos munir de ferramentas que possam avaliar e acompanhar tais

impactos. A metodologia do “Carbono Social” foi criada com o objetivo de

acompanhar os projetos de redução de emissão de gases do efeito estufa.

Este trabalho de monografia adapta esta ferramenta para que possa ser

usada como um meio de estudo prévio para a implantação de um projeto,

como a ‘Molécula Social’.

Palavras-chave: carbono social, gases do efeito estufa, projeto, sociedade,

molécula social.

5

ABSTRACT

Brazilian law uses planning tools and implementation of projects that

sometimes are not enough on some issues, such as the social aspect of the

communities directly affected by these projects. The changes are necessary

in any society, so we must equip ourselves with tools that can evaluate and

monitor such impacts. The methodology of "Social Carbon" was created with

the aim of monitoring projects of reduction the emissions of greenhouse

gases. This work adapted this tool so it can be used as a previous study to

the implementation of a project, as the ‘Social Molecule’.

Key-words: social carbon, greenhouse gases, project, society, social

molecule

6

Sumário

RESUMO ................................................................................................................................... 4

ABSTRACT ................................................................................................................................. 5

LISTA DE SIGLAS ....................................................................................................................... 7

OBJETIVO GERAL ...................................................................................................................... 8

Objetivos Específicos ............................................................................................................ 8

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 9

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 10

2.1 Aquecimento Global .............................................................................................. 10

2.2 Protocolo de Kyoto................................................................................................. 10

2.3 Agenda 21 .............................................................................................................. 13

2.4 Metodologia do Carbono Social ............................................................................. 14

3 CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS ........................................................................................... 28

3.1 Molécula Social ...................................................................................................... 28

3.2. Johnson&Johnson .................................................................................................. 31

3.2.1. Nosso Credo ................................................................................................... 31

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 34

BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 35

7

LISTA DE SIGLAS

GEE Gases do Efeito Estufa

HFC Hidrofluorcarbonos

PFC perfluocarbonos

SF6 Hexafluoreto de enxofre

CFC Clorofluorcarbono

HCFC Hidroclorofluorcarbono

CQNUMC Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas

CNUMAD Conferencia das Nações Unidaas sobre Meio Ambiente e o Desenvolvimento

CPDS Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável

CRE Reduções Certificadas de Emissões

CERs Certified Emissions Reduction

Unfccc United Nations Framework Convention on Climate Change

8

OBJETIVO GERAL

O presente trabalho tem como objetivo o estudo da metodologia “Carbono

Social”, entender seu funcionamento para adaptar o uso como complemento

para às metodologias já existentes sobre implementação de projetos.

Objetivos Específicos

Propor uma metodologia aplicativa dos conceitos da Metodologia

“Carbono Social”;

Propor uma adaptação da ferramenta da MCS a um ambiente

industrial

Proporcionar o conhecimento de aplicações reais das ferramentas

apresentadas, de forma consorciada ou complementar.

9

1. INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, as questões ambientais estão em evidência e são assuntos

constantemente debatidos pela mídia, governos e sociedade. Sobretudo de

como as mudanças no clima irão afetar o futuro do planeta como um todo. A

ciência contribui para evidenciar e comprovar que as atividades exercidas

pelo homem são responsáveis pelo aumento do teor dos gases do efeito

estufa (GEE) na atmosfera, causando então o aquecimento global da Terra.

Devido aos esforços da ciência e da mídia tem ocorrido uma maior

conscientização da necessidade de se preocupar com o aquecimento global

e com o meio ambiente de forma geral. Entende-se que as consequências

do AG refletem diretamente na economia e na sociedade em geral.

O conceito de Carbono Social, introduzido pelo Instituto Ecológica surgiu

para assegurar que os projetos de redução de GEE ou de desenvolvimento

sustentável tivessem ganhos sociais atrelados a eles. O projeto surgiu do

sucesso de um projeto implantado na Ilha do Bananal, em Tocantins, para

auxiliar as famílias dos assentamentos que desmatavam a floresta e viviam

da agricultura e que passaram a viver da coleta, seleção e vendas de

sementes para viveiros. A ferramenta do Carbono Social surgiu justamente

para avaliar e acompanhar o desenvolvimento do projeto, buscando mostrar

de forma resumida os ganhos que se estão sendo obtidos com os projetos

de desenvolvimento sustentável.

Este trabalho tem como objetivo mostrar que o meio ambiente está

diretamente ligado à sociedade, e que mesmo com projetos que tragam

impactos ao meio ambiente, é possível realizar esforços para manter o

menor impacto possível e como consequência trazer benefícios à população

local. Também será estudado a metodologia do Carbono Social e então

discutir como esta ferramenta pode ser utilizada para o contexto industrial,

para no futuro servir de ferramenta auxiliar para os demais mecanismos que

avaliam os impactos ambientais de um projeto, porém dando foco aos

ganhos sociais que se podem ter através de tal projeto.

10

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Aquecimento Global

O sol emite radiação eletromagnética na Terra como radiação luminosa,

raios ultravioleta e infravermelhos. Energia, que é em parte refletida pela

atmosfera, e outra parte por ela é absorvida. Uma outra parcela a atravessa

e chega na superfície terrestre. Dessa radiação absorvida, ¾ é absorvida

pela superfície e ¼ pelas nuvens e vapor d’água da atmosfera. Este

fenômeno é necessário, pois fornece energia para que ocorra troca de calor

entre os componentes do sistema climático do planeta, incluindo o

aquecimento da Terra. Para manter a temperatura constante, o planeta deve

trocar com o espaço a mesma quantia de calor que absorve.

A composição da atmosfera basicamente é de 99% de nitrogênio, oxigênio e

argônio. O outro 1% é composto por Gases do Efeito Estufa (GEE), que são

os que absorvem a radiação solar. Os principais gases considerados GEE

são metano, dióxido de carbono, ozônio e óxido nitroso. Também

consideram-se os hidrofluorcarbonos (HFCs), perfluocarbonos (PFCs),

hexafluoreto de enxofre (SF6), clorofluorcarbonos (CFCs) e

hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), que são resultados das atividades

industriais (OLIVEIRA, 2008).

A comunidade de cientistas afirmam que os gases provindos das atividades

industriais são os grandes causadores do Aquecimento Global. Nas ultimas

décadas o aquecimento global tem se tornado uma das questões mais

abordadas. Isto é o resultado das emissões de Gases do Efeito estufa (GEE),

que permanecem como uma faixa na atmosfera, impedindo o reflexo do

calor para o espaço. Como consequência a temperatura terrestre aumentou

0,7°C desde o período de pré-industrialização. (IPCC, 2007, online)

2.2 Protocolo de Kyoto

Atualmente a sociedade como um todo tem voltado os olhos para as

questões ambientais no geral. Sobretudo com evidências apontadas pela

11

ciência de que o aquecimento global é causado pelos GEE liberados para

atender ao conforto do ser humano.

Muitos países têm tomado iniciativas para resolver o problema das

mudanças climáticas do planeta, porém a maioria que tem sido alcançada foi

devido a esforços de sensibilização do que na obtenção de reduções de

emissão de gás carbono.

As nações começaram a se reunir para gerar discussões sobre causas e

soluções para o problema causado pelas emissões de GEE. O primeiro

passo de engajamento a nível mundial foi a Convenção-Quadro das Nações

Unidas sobre Mudanças Climáticas, em 1992 (CQNUMC), na qual resultou

na consciência de que só obteriam resultados se os países agissem em

conjunto. No terceiro encontro anual de CQNUMC estabeleceu-se o

Protocolo de Kyoto, em 1997. (CHANDER, et. al 2006)

O mais importante feito do Protocolo de Kyoto é o compromisso acertado

com os principais países emissores do GEE, para reduzir suas emissões

cerca de 5% do seu nível específico de país, no período de 2008 a 2012,

com cláusulas de penalização caso não cumpridas. (DAGOUMAS et. al.,

2006) Porém o acordo somente entraria em vigor após confirmação de

compromisso por 55 países do Anexo I do Protocolo, pois estes representam

55% das emissões de GEE, avaliadas em 1990.

O Protocolo estabelece três mecanismos para atingir as metas de redução:

- Comercio internacional de emissão (Artigo 17 do

Protocolo de Kyoto)

A Conferência das Partes deve definir os princípios, as

modalidades, regras e diretrizes apropriados, em particular

para verificação, elaboração de relatórios e prestação de

contas do comércio de emissões. Tal comércio deve ser

suplementar às ações domésticas com vistas a atender os

compromissos quantificados de limitação e redução de

emissões, assumidos sob esse Artigo.

- Implementação conjunta (Artigo 6 do Protocolo de

Kyoto)

12

Uma Parte incluída no Anexo I pode autorizar entidades

jurídicas a participarem, sob sua responsabilidade, de ações

que promovam a geração, a transferência ou a aquisição, sob

este Artigo, de unidades de redução de emissões.

- Mecanismo de desenvolvimento limpo (Artigo 12 do

Protocolo de Kyoto)

O objetivo do mecanismo de desenvolvimento limpo

deve ser assistir às Partes não incluídas no Anexo I para que

atinjam o desenvolvimento sustentável e contribuam para o

objetivo final da Convenção, e assistir às Partes incluídas no

Anexo I para que cumpram seus compromissos quantificados

de limitação e redução de emissões, assumidos no Artigo

3.(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2013.)

O MDL (Clean Development Mechanism – CDM) refere-se à produção de

Créditos de Carbono através de projetos de absorção ou produção de GEE

que são gerados por países não pertencentes ao Anexo I do Protocolo de

Kyoto. (ENCONTRO DA ENAPAD, 2006)

Para o cumprimento das cotas de emissão de GEE, os países do Anexo I

podem comprar as Reduções de Emissões (CRE) ou Certified Emissions

Reduction (CERs), que só podem ser originados a partir de projetos de MDL.

Segundo o Protocolo, os países do Anexo I podem instalar projetos nos

outros países projetos que modifiquem as emissões de GEE na atmosfera.

Os resultados de redução obtidos através destes projetos, são

contabilizados em toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO2e) e

convertidos em CREs. (ENCONTRO DA ENAPAD, 2006)

No Brasil e nos demais países não inclusos no Anexo I, a MDL é a única

metodologia que pode ser aplicada, portanto há a necessidade de uma

organização para poder incentivar a vinda de investidores para o

financiamento de projetos no país. No ano de 2006 a Unfccc (United Nations

Framework Convention on Climate Change ) contabilizou 165 projetos MDL

registrados no mundo, sendo que 40 deles foram registrados no Brasil, e

desta forma é o país com o maior numero de projetos.(ENCONTRO DA

ENAPAD, 2006)

13

2.3 Agenda 21

Em 1992 a Organização das Nações Unidas, ONU realizou no Rio de

Janeiro a Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o

Desenvolvimento (CNUMAD), que ficou mais conhecida como Eco 92. Nesta

conferência, 179 países participaram, concordaram e assinaram a Agenda

21 Global. (OWEN, A. L. et. al., 2008)

A Agenda 21 Global é um plano global para ajudar os países a

desenvolverem e executar estratégias para reduzir a emissão de GEE. O

documento gerado desta conferencia possui 40 capítulos, no qual áreas são

descritas como base para ação, objetivo e meios de implementação. (OWEN,

A. L. et. al., 2008)

O capítulo 28 do documento da Agenda 21 Global refere-se à necessidade

da criação de Agenda 21 Local para cada país, pois se entende que muito

dos problemas tem como origem as atividades locais. E que com a

participação das autoridades locais terá maior proximidade à população para

levar os conceitos do projeto, pois estes que são responsáveis pela

administração de todos os processos locais, como infraestrutura econômica,

social e ambiental. (IPPC, 2007)

A partir da Agenda 21 Global pôde-se construir a Agenda 21 Brasileira entre

1996 e 2002, coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento

Sustentável (CPDS) através de uma consulta à aproximadamente 40 mil

pessoas do país. Sua implementação deu-se a partir de 2003, coordenada

pela CPDS e também sendo passada a Programa do Plano Plurianual, (PPA

2004-2007). Fato importante por proporcionar maior força política ao projeto

e atrelando às diretrizes de desenvolvimento sustentável, participação social

e política ambiental do Governo. A Agenda 21 Brasileira se apresenta como

excelente ferramenta para junção da sociedade com conceitos de cidadania

e de sua aplicação.(IPPC, 2007)

14

2.4 Metodologia do Carbono Social

A Metodologia do Carbono Social (MCS) surgiu no período de experiência

de 5 anos na implantação do Projeto Sequestro de Carbono da Ilha do

Bananal, TO e do seu entorno, pelo Instituto Ecológica(IE), organização não

governamental que tem a sua sede em Palmas/TO.

Tocantins é um estado relativamente novo em termos de povoação e

organização social. Os moradores de assentamentos e dos municípios da

região em questão vivem da plantação agrícola. Estes habitantes utilizavam

a área florestal unicamente como área de plantio e/ou pastagem.

O surgimento deste conceito deu-se pela demanda de uma ferramenta que

garantisse que os projetos de redução dos GEE realmente exercessem um

papel importante nas questões sociais das comunidades diretamente

envolvidas nos projetos atuando e analisando a realidade local, orientando

com iniciativas para que a comunidade pudesse atuar no desafio.

Conforme Rezende e Merlin, autores do livro Carbono Social, (2003, p.73)

“O Carbono Social é o carbono absorvido/reduzido, considerando as ações

que viabilizem e melhorem as condições de vida das comunidades

envolvidas nos projetos de redução de emissões/mudanças climáticas”.

O envolvimento da comunidade em projetos garante o seu sucesso,

principalmente em projetos de longo prazo, esta conclusão também foi

fundamental para a criação da Agenda Local, a partir da Agenda 21 do Rio-

92. (REZEND et al, 2003)

Inicialmente o projeto de MCS foi mostrar à população do entorno da Ilha do

Bananal que a floresta pode ser uma espécie de provedora de benefícios

ambientais quando utilizada como uma parceria entre o homem e a floresta.

A principal atividade implantada pelo IE nessa fase foi levar para as

comunidades o conceito e implantação do sistema agroflorestal. Foram

apresentados os diversos tipos de sistemas agroflorestais, para que a

comunidade escolhesse a que mais se interessassem, mistura de plantios

anuais com plantas perenes, enfoques medicinais ou específicos para

regiões de cerrado. (REZENDE et al, 2001)

15

O IE apresentou diversos projetos para que as comunidades pudessem

compreender e obter retorno financeiro de forma sustentável e que assim

passassem a ver a floresta como aliada e não como um empecilho para o

desenvolvimento da região, projetos estes que em conjunto compõem a

MCS. Como a coleta de sementes, que é um trabalho que consiste na coleta,

seleção e identificação de sementes da floresta e que passaram a ser

vendidas para os viveiros parceiros, que antes compravam sementes de

redes empresariais revendedoras ou de outros viveiros. Também projetos

para construção de viveiros comunitários com a intenção de reverter às

queimadas das áreas do cerrado para abrir pastagens. Nestes viveiros

passou-se a produzir mudas exóticas e frutíferas, como açaí, cupuaçu, teca

e neem, devido à solicitação da comunidade. Neste projeto pôde-se utilizar o

sistema agroflorestal como meio de enriquecimento florestal. O projeto de

viveiro comunitário só teve sucesso com a parceria da prefeitura e da Natura

Cosméticos, além dos voluntários do IE. (REZENDE et al, 2003)

A MCS já é considerada eficiente na avaliação dos ganhos sociais de

projetos do Instituto Ecológica. Esta metodologia pode ser usada em

processos de vários cunhos, como acompanhamento de projetos, gerando

diagnósticos, medição dos ganhos sociais em projetos ambientais, entre

outros. (REZENDE et al, 2003)

A metodologia possui uma estrutura conceitual que gera o cenário da

situação a ser trabalhados, com elementos como perspectivas, recursos,

estratégias, fatores de ameaça, oportunidades, organizações político e

relações sociais. MCS também possui diretrizes básicas, de acordo com a

figura 1:

16

Figura 1 - Diretrizes básicas (Fonte: REZENDE et al, 2003)

A metodologia é esquematizada em cima do que a comunidade busca,

atuando nos objetivos e aspirações da comunidade, desta forma pode

valorizar o potencial das pessoas envolvidas e que serão beneficiadas com

os projetos. (REZENDE et al, 2003)

A MCS faz o uso de diversas metodologias para despertar o potencial das

pessoas favorecidas e conseguir estimular a participação de todos. Também

tem a função de identificar os ecossistemas e seus possíveis potenciais em

termos de biodiversidade e então realizando um monitoramento da fauna e

flora. No seu todo busca solucionar problemas relacionados à

sustentabilidade e como consequência proporcionar melhor qualidade de

vida às comunidades locais. (REZENDE et al, 2003)

O conceito carbono social considera seis recursos de bens materiais e

sociais para a sua conceitualização e então através destes recursos criado

uma representação visual em forma de hexágono, quantificando-os.

Recurso Biodiversidade: que engloba a diversidade da biológica da região,

como as espécies e os ecossistemas. Fator importante a se levar em conta é

a consistência das comunidades naturais, o uso destinado e a interação do

ser humano com a biodiversidade, visando as principais ameaças às

espécies nativas e necessidade de áreas prioritárias para conservação.

Recurso Natural: se refere ao estoque de recursos naturais, como solo,

água, ar e recursos genéticos e também a serviços ambientais, tais como

proteção de solos, manutenção de ciclos hidrológicos, absorção da poluição,

17

controle de pragas, polinização, entre outros de onde derivam os recursos

de um novo ciclo de vida.

Recurso Financeiro: quanto ao capital disponível para as

comunidades/pessoas usem com opções distintas de meio de vida.

Recurso Humano: se refere à habilidade, conhecimento e capacidade da

comunidade para aplicar ao trabalho.

Recurso social: são os recursos sociais para um meio de vida alternativo.

Recurso Carbono: se refere manejo de carbono, tanto sequestro,

substituição ou conservação. (REZENDE et al, 2003)

Figura 2 – Hexágono: representação dos recursos baseados na MCS (Fonte: REZENDE et al, 2003)

Assim como representado na figura 2, o centro do hexágono representa zero

acesso aos recursos e cada um dos vértices do hexágono representa o

acesso máximo aos mesmos, em uma escala de 0 a 6.Este modelo

representativo pode identificar a realidade da comunidade em estudo,

possibilitando uma melhor análise do acesso aos recursos necessários para

sua sobrevivência. (REZENDE et al, 2003)

Para a construção do hexágono é necessário colher dados estatísticos em

campo e posteriormente fazer a sistematização destas informações. Nos

18

quadros de 1 a 12 seguintes estão dispostos critérios para a escala do

hexágono da MCS.

1 2 3 4 5 6

Bio

div

ersi

dad

e

Comunidades

naturais

totalmente

descaracterizadas,

com o predomínio

de espécies

exóticas.

Comunidades

naturais muito

descaracterizadas,

com o predomínio

de espécies

comuns e pouco

relevantes para a

conservação.

Comunidades

naturais

razoavelmente

conservadas,

mas com

visíveis sinais

de

perturbação

(ausência de

elementos

indicadores).

Comunidades

naturais em bom

estado de

conservação nas

áreas destinadas

à proteção

Comunidades

naturais

pouco

perturbadas e

bem

diversificadas

nas áreas

destinadas à

proteção.

Bem

conservadas ou

quase intactas

nas áreas

destinadas à

proteção.

Biodiversidade

não está

disponível ou não

é utilizada pela

população local.

Biodiversidade é

utilizada em

muito baixa

proporção pela

população local.

Biodiversidade

local é

razoavelmente

utilizada pela

população

local.

Biodiversidade

local é

significativamente

utilizada,

representando

uma expressiva

parcela das

necessidades

alimentares e

medicinais da

população local.

Biodiversidade

bastante

utilizada pela

população

local, que

apresenta

uma grande

dependência

das espécies

nativas.

Biodiversidade

é amplamente

utilizada pela

população local,

que depende

intrinsecamente

das espécies

nativas.

Total ausência de

espécies de

importância para

a conservação.

Espécies de

interesse para a

conservação com

rara ocorrência ou

com acentuado

declínio

populacional.

Espécies de

interesse para

a conservação

com

ocorrência

esporádica e

moderado

declínio

populacional.

Ocorrência de um

baixo numero de

espécies de

interesse para a

conservação e

baixo declínio

populacional.

Ocorrência de

um número

razoável de

espécies de

interesse para

a conservação

cujas

populações

tendem à

estabilização

Ocorrência de

várias espécies

de interesse

para a

conservação,

cujas

populações

estão estáveis

ou

aumentando.

Fonte: REZENDE et al, 2003

Quadro 1 – Indicadores de biodiversidade na MCS

Item Método de Avaliação Responsabilidade Periodicidade Comunidades naturais Inventários em campo Equipe

multidisciplinar Semestral

Uso da biodiversidade Entrevistas com moradores locais

Qualquer profissional Semestral

Espécies relevantes para conservação

Entrevistas com moradores e inventários em campo

Equipe multidisciplinar

Anual

Fonte: REZENDE et al, 2003 Quadro 2 – Monitoramento dos indicadores de biodiversidade

19

1 2 3 4 5 6 R

ecu

rso

Nat

ura

l

Ecossistemas

nativos

totalmente

ausentes na

região.

Ecossistemas

nativos que

cobrem uma

superfície de até

1% da região e

com elevado

grau de

fragmentação.

Ecossistemas

nativos que

cobrem uma

superfície entre

1% a 5% e com

grande grau de

fragmentação.

Ecossistemas

nativos que

cobrem uma

superfície entre

5% a 20% da

região com

baixo nível de

conexão.

Ecossistemas

nativos que

cobrem uma

superfície entre

20% a 50% da

região e bem

conectados.

Ecossistemas

nativos que

cobrem uma

superfície

superior a 50%

da região

totalmente

conectados.

Ecossistemas

nativos sem

nenhuma

proteção

específica.

Ecossistemas

nativos com

proteção

irrisória ou

pouco

expressiva.

Ecossistemas

nativos com

pequena

proteção legal

específica.

Ecossistemas

nativos com

razoável

proteção legal

específica.

Ecossistemas

nativos

protegidos com

nível mínimo

previsto na

legislação.

Ecossistemas

nativos

protegidos

acima do exigido

pela legislação.

Atividades

socioeconômicas

desenvolvidas

com alto grau de

impacto sobre

as áreas nativas.

Atividades

socioeconômicas

desenvolvidas

com expressivo

grau de impacto

sobre as áreas

nativas.

Atividades

socioeconômicas

desenvolvidas

com moderado

impacto sobre

as áreas nativas.

Atividades

socioeconômicas

desenvolvidas

com baixo

impacto sobre

as áreas nativas.

Atividades

socioeconômicas

desenvolvidas

com mínimo

impacto sobre

as áreas nativas

Atividades

socioeconômicas

desenvolvidas

de modo

sustentável.

Recursos

hídricos

indisponíveis

para utilização

pelas

comunidades

locais.

Recursos

hídricos

disponíveis a um

custo muito

elevado para as

comunidades

locais.

Recursos

hídricos

disponíveis, mas

com custo

moderado para

as comunidades

locais.

Recursos

hídricos

disponíveis a um

baixo custo

pelas

comunidades ,

mas seu uso

ocorre de

maneira não

sustentável.

Recursos

hídricos de boa

qualidade e de

baixo custo, mas

o uso requer um

certo controle

ou adequação

da demanada.

Recursos

hídricos de boa

qualidade, baixo

custo e

utilizados de

forma

sustentável

pelas

comunidades

locais.

Fonte: REZENDE et al, 2003

Quadro 3 – Indicadores de Recurso Natural na MCS

Item Método de Avaliação Responsabilidade Periodicidade Cobertura Vegetal Uso de imagens de satélite Especialista em

geoprocessamento Anual

Proteção legal Levantamento nos órgãos públicos federais, estaduais e municipais

Qualquer profissional Semestral

Impacto de atividades Coleta de parâmetros sobre estrutura da vegetação e composição de espécies nas áreas afetadas

Equipe multidisciplinar Semestral

Recursos hídricos Coleta de parâmetros físico-quimicos dos mananciais

Equipe multidisciplinar Semestral

Fonte: REZENDE et al, 2003 Quadro 4 – Monitoramento dos indicadores de Recurso Natural

20

1 2 3 4 5 6 So

cial

Não-existência

de associação

formal.

Existência de

associação

formal,

desestruturada

e com conflitos

internos.

Existência de

associação

formal,

comandada por

dirigentes

interessados no

fortalecimento

do grupo.

Existência de

associação

formal,

comandada por

líderes e não

apenas

dirigentes.

Existência de

associação

formal,

comandada por

líderes

interessados e

relativamente

experientes.

Existência de

associação

formal, com

internalização

do espírito

comunitário e

comandada por

líderes

preparados e

experientes.

Conflitos

internos difíceis

de resolver

Conflitos

internos de

pequena monta.

Conflitos

internos

passíveis de

resolução

Poucos conflitos

internos.

Nenhum

conflito interno

ou conflitos

dentro do limite

tolerável pelo

grupo.

Grupo bastante

vulnerável a

interferências

externas,

especialmente

de políticos

locais.

Média

vulnerabilidade

a interferências

externas.

Interesse pelo

coletivo.

Pouca

vulnerabilidade

a interferências

externas.

Mínima

vulnerabilidade

a interferência

externa.

A relação é

individualista ou

melhor, cada

um por si.

Interesse pelo

coletivo.

Espírito

assocoativista

presente.

Espírito de

comunidade

presente.

Relações

familiares

desestruturadas.

Ligações

familiares

existentes.

Relações

familiares e de

parentesco

existentes.

Relações

familiares e de

parentesco

fortalecidas.

Fonte: REZENDE et al, 2003

Quadro 5 – Indicadores de Recursos Sociais na MCS

Item Método de Avaliação

Responsabilidade Periodicidade

Relações sociais Participativo e entrevistas

Técnico social Anual

Existência de associações Participativo, entrevistas semi-estruturadas

Técnico social Anual

Fonte: REZENDE et al, 2003

Quadro 6 – Monitoramento dos indicadores de Recursos Sociais

21

1 2 3 4 5 6 H

um

ano

Alto índice de

analfabetismo.

Analfabetismo

entre os mais

velhos.

Poucos

analfabetos

Mínima

quantidade de

analfabetos

Quase nenhum

analfabeto

Nenhum

analfabeto

A maior parte

das pessoas

teve dois a três

anos de estudo.

Jovens com

quatro anos de

escola.

Jovens com seis

anos de escola

ou mais.

Jovens com

acesso à escola e

com mais de seis

anos de estudo.

Jovens com

acesso à escola

e muitos com

primeiro grau

completo,

porém sem

interesse em

continuar os

estudos.

Jovens com

primeiro grau

completo e

alguns cursando

o segundo grau.

Alto índice de

doenças,

especialmente

tropicais, e

quase nenhum

acesso a

hospitais e

médicos.

Incidência de

doenças em

crianças e

velhos.

Incidência de

doenças, com

grau médio de

dificuldade de

acesso a

médicos e

hospitais.

Poucas doenças e

alguma

dificuldade de

acesso a médicos

e hospitais.

Poucas doenças

e acesso a

agentes de

saúde, médicos

e hospitais.

Quase nenhum

tipo de doença.

Facilidade de

acesso a

hospital e

médicos.

Sem acesso à

assistência

técnica.

Dificuldade de

acesso a

hospitais e

médicos. Pouco

acesso à

assistência

técnica.

Assistência

técnica apenas

na elaboração

de projetos

agrícolas, para a

obtenção de

crédito.

Assistência

técnica

relativamente

presente.

Acesso à

assistência

técnica.

Acesso à

assistência

técnica no dia-

dia da

produção.

Pessoas

desestimuladas

para o trabalho.

Pessoas pouco

estimuladas

para o trabalho.

Pessoal com

algum estímulo

para o trabalho.

Pessoas

estimuladas para

o trabalho, mas

com dificuldade

em saber como

atuar.

Pessoas

estimuladas

para o trabalho

Pessoas

bastante

estimuladas

para o trabalho,

sabendo como

atuar.

Poucos

profissionais

preparados.

Poucos

profissionais

preparados

Alguns

profissionais

habilitados

Profissionais

habilitados, com

necessidade de

aperfeiçoamento.

Profissionais

habilitados.

Diferentes tipos

de profissionais

e bem

habilitados.

Visitas aos

familiares como

lazer.

Visitas aos

familiares como

lazer.

Viagens e

esporte como

lazer.

Passeios e

esporte como

lazer.

Passeios, festas

religiosas,

esporte, banhos

de rio como

lazer.

Campeonatos

esportivos,

festas religiosas,

passeios e

banhos de rio

como lazer.

Fonte: REZENDE et al, 2003

Quadro 7- Indicadores de Recursos Humanos na MCS

22

Item Método de Avaliação

Responsabilidade Periodicidade

Educação Entrevistas e visitas, reuniões e discussões conjuntas de forma integrada com a comunidade.

Técnico social, conhecedor de realidade local e que conheça as técnicas participativas.

Anual

Saúde

Assistência técnica

Habilidade profissional

Oportunidade de lazer Fonte: REZENDE et al, 2003

Quadro 8 – Monitoramento dos indicadores de Recursos Humanos

1 2 3 4 5 6

Car

bo

no

Custo de

transação do

projeto alto

Custo de

transação alto,

mas com

contrapartidas

das

comunidades.

Custo de

transação

inserido em

agentes

financiadores.

Custo de

transação

médio

Custo de

transação

compartilhado

Custo de

transação

compartilhado

de forma

cooperativa

Projetos

voltados à

conservação de

carbono não-

elegíveis ao

CDM.

Projetos não

elegíveis, com

poucas

atividades

elegíveis.

Projetos com

atividades não-

elegíveis (70%)

e elegíveis

Projetos mistos:

50% elegíveis e

50% não-

elegíveis

Projetos com

atividades

elegíveis (70%)

e não-elegiveis

Projetos com

atividades

elegíveis ao

CDM

Nenhum

envolvimento da

comunidade na

concepção e

desenvolvimento

do projeto.

Pouco

envolvimento

da comunidade.

Participação

relativa da

comunidade

Participativa,

mas não de

forma

completa.

Participativa e

significante

Processo

participativo de

forma completa

Pouco retorno

social e

econômico para

a comunidade

no projeto.

Baixo retorno

social.

Retorno social e

econômico

adequado nos

níveis de

participação da

comunidade.

Retorno social e

econômico

satisfatorio

Retorno social

evidente e

mensurável do

ponto de vista

social e

econômico.

Alto retorno

social e

econômico.

Fonte: REZENDE et al, 2003

Quadro 9 – Indicadores de Recursos de Carbono na MCS

23

Item Método de Avaliação

Responsabilidade Periodicidade

Custo de transação Analise dos custos em cada fase

Especialista Inicio do projeto

Elegibilidade CDM Parâmetros do protocolo e CDM/Baseline/PDD

Equipe multidisciplinar Inicio do projeto

Envolvimento comunitário

Processo participativo Equipe multidisciplinar Inicio do projeto/anual

Retorno econômico e social

Reuniões semi-estruturadas e participativas. Informações sobre renda da comunidade

Equipe multidisciplinar Anual

Fonte: REZENDE et al, 2003 Quadro 10 – Monitoramento dos indicadores de Recursos de Carbono

1 2 3 4 5 6

Fin

ance

iro

Desconhecimento

da existência de

créditos

Alguns já

conseguiram

crédito e estão

inadimplentes

Cientes da

existência de

créditos , mas

sem acesso a

eles

Muitos

conseguiram

créditos e

começam a

beneficiar a

propriedade.

Maior parte

conseguiu

credito e tem

planejamento

para o

pagamento da

divida.

Já tiveram

crédito e

buscam novos

créditos, tendo

já pagado quase

a totalidade do

débito.

Comercialização

inexistente de

produtos

agropecuários

Produção

mínima e

comercialização

quase

inexistente de

produtos

agropecuários,

retirados da

alimentação da

família.

Produção e

comercialização

mínima de

produtos

agropecuários .

O debito existe

mas ainda em

fase de

carência.

Comercialização

de produtos

agropecuários

como fonte

geradora de

renda.

Sem trabalho Trabalho de

diarista nas

fazendas

vizinhas

Trabalho dentro

da propriedade

e também

venda de mão

de obra nas

fazendas

vizinhas

Trabalho quase

exclusivamente

dentro da

propriade

Trabalho

dentro da

propriedade.

Trabalho para a

propriedade.

Comercialização

de produtos do

extrativisto de

forma

insustentavel

Utilização de

produtos do

extrativismo

como única

fonte de

subsistência.

Utilziação

mínima de

produtos do

extrativismo

como fonte de

subsistência

Utilização

adequada dos

produtos do

extrativismo

como fonte de

subsistência

Utilização

adequada dos

produtos do

extrativismo

como fonte de

subsistência

Manejo

adequado de

produtos

extrativista

como fonte

geradora de

renda

Quadro 11 – Indicadores dos Recursos Financeiros da MCS

24

Fin

ance

iro

1 2 3 4 5 6

Nenhum

rebanho e

quase nenhuma

criação de

pequenos

animais

Criação de

pequenos

animais

Criação mínima

de rebanho

bovino e um

pouco maior de

pequenos

animais

Criação de

animais e

produção

suficiente para

alimentar a

familia

Criação de

animais e

produção

suficiente para a

família e

comercialização

Criação de

animais como

fonte geradora

de renda

Comunidades

isoladas

Estradas

precárias, sem

energia e água

Estradas

construídas,

sem energia e

água

Estradas

construídas,

energia em

construção e

poço artesiano

Estradas

construídas,

energia e água

encanada

parcial

Estradas

construídas,

sistemas de

energia e água

encanada total

Casas

construídas de

palha, barro e

madeira,

coberta com

palha

Casas

construídas de

tijolo, barro,

cobertas com

telha e palha

Casas

construídas de

tijolo, barro,

cobertas com

telha. Banheiros

externos.

Casas de

alvenaria e

telha, com

banheiros

internos.

Casas de

alvenaria com

água e energia

Casas de

alvenaria com

reboco e

pintura, com

água e energia.

Nenhuma

maquina ou

equipamento

agrícola

Equipamentos

de tração

animal

Equipamentos

agrícolas com

constantes

problemas de

manutenção

Equipamentos

agrícolas com

constantes

problemas de

manutenção

Equipamentos

agrícolas

funcionando,

mas sem a

segurança de

que chegarão

até o final da

safra

Equipamentos

agrícolas

adquiridos

recentemente

e em

funcionamento.

Fonte: REZENDE et al, 2003

Quadro 11 – Indicadores dos Recursos Financeiros da MCS (cont.)

Item Método de Avaliação

Responsabilidade Periodicidade

Acesso ao crédito Entrevistas e visitas às

agências financeiras Técnico social,

economista com

conhecimento de

crédito, mercado

Anual

Comercialização Entrevistas e mercados

Formas de trabalho Reuniões

participativas

Produção animal Levantamento in loco

e entrevistas

Fonte: REZENDE et al, 2003

Quadro 12 – Monitoramento dos indicadores de Recursos Financeiros

25

Figura 3 – Fluxograma de análise do carbono social (Fonte: REZENDE et al, 2003)

A figura 3 representa uma análise do carbono social, na qual expõe que os

projetos dependem das aspirações da comunidade, das estratégias traçadas,

das vulnerabilidades presentes para os integrantes da comunidade e para o

projeto e das políticas locais.

Considerou-se três estratégias de manejo do carbono social em casos de

mudança no uso da terra, como na figura 4, a seguir:

Figura 4 – Estratégias no manejo do carbono social V(Fonte: REZENDE et al, 2003)

26

Para cada estratégia, montou-se no quadro 14 as possíveis atividades que

podem ser realizadas para o manejo do carbono social

Sequestro de Carbono Substitiuição de Carbono Conservação de carbono

Reflorestamento;

Silvicultura;

Fruticultura;

Sistemas agroflorestais;

Recuperação e

restauração de áreas

degradadas.

Plantio de florestas

energéticas;

Utilização de biodiesel;

Biomassa em substituição

a materiais energéticos

intensivos;

Utilização de restos

agrícolas e florestais.

Criação de reservas

privadas do patrimônio

natural;

Utilização de práticas de

manejo florestal

cibtraoibt as atividades

de manejo tradicional;

Proteção contra

incêndios florestais.

Quadro 13 - Atividades para o manejo do carbono social (Fonte: REZENDE et al, 2003)

O conceito do Carbno Social não fica restrito somente a projetos florestais,

pode-se, por exemplo, adequá-lo a projetos de cunho energético, desde que

vise a avaliação dos ganhos das comunidades envolvidas.

O livro Carbono Social trás vários exemplos de hexágonos construídos para

comparar o antes e depois da implementação dos projetos nos

assentamentos que tiveram acesso à reformas agrárias. Como por exemplo,

no quadro 14, a comunidade do Projeto Assentamento União II, que a partir

de depoimentos sobre o meio de vida dos moradores, pôde-se construir a

tabela e então plotar o hexágono representativo da evolução do

assentamento, na figura 5.

RECURSO COMENTÁRIOS PERSPECTIVAS

Natural e Biodiversidade Animais silvestres: Haviam muitos animais silvestres, hoje alguns animais ficaram um pouco reduzidos. Mata: havia mata e cerrado, ficaram um pouco reduzidas com abertura de roças e construção de casas.

Se houver preservação das matas, os animais continuarão a existir. Esperam ter acesso a tecnologias que preservem o meio ambiente e propiciem a geração de renda.

Financeiro Quando chegaram os recursos eram poucos, em 1996 receberam fomento que investiram em roças. Hoje há fartura de alimentos, porém os recursos ainda são poucos.

Esperam ter acesso a novos créditos para investir em culturas, formação de pasto etc.

Quadro 14 – Depoimentos sobre o meio de vida dos moradores

27

RECURSO COMENTÁRIOS PERSPECTIVAS

Humano Saúde: Havia muitas doenças, que hoje estão controladas apesar de ainda não terem atendimento médico.

Esperam que haja um posto de saúde local com enfermeiros, médicos e medicamentos.

Social No início não havia nada, hoje há associações que necessitam de ajuda para se reestruturar.

Desejam que as associações sejam organizadas ou que se juntem para se fortalecerem.

Carbono Atividades elegíveis no CDM para reflorestamento e sistemas agroflorestais. Retorno econômico da produção de mudas e das atividades sociais e de capacitação.

Deseja-se possuir grandes áreas de sistemas agroflorestais e plantios de perenos e florestas para lenha e madeira.

Quadro 14 continuação– Depoimentos sobre o meio de vida dos moradores

Figura 5 – Estratégias no manejo do carbono social

A partir deste hexágono comparativo pode-se ver que apesar de ter perdido

em recursos naturais e biodiversidade, com o passar dos anos a tendência

do hexágono se equilibrar aumenta em todos os recursos. E a partir dele

pode-se construir um plano de ação afim de se obter o máximo em todos os

recursos para trazer para o assentamento o máximo de benefícios.

0

1

2

3

4

5 Natural

Social

Humano

Carbono

Biodiversidade

Financeiro

1998

2001

28

3 CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS

3.1 Molécula Social

Entendendo o propósito e funcionamento da MCS, tem-se como objetivo

adaptar a ferramenta para o tema industrial, no qual poderá servir de

complemento às demais ferramentas que estão disponíveis para medir os

impactos que serão causados pela instalação de determinado

empreendimento ao ambiente e à população local. A Molécula Social, nome

dado à ferramenta que foi adaptada neste trabalho, irá focar no impacto

social e ambiental.

Pensando nesse contexto industrial pode-se adaptar novos índices que são

a base de montagem do hexágono representativo. Utilizou-se a mesma

escala e a mesma ideia para os recursos, no entanto os critérios

considerados dentro da escala foram pensados e adaptados para a

realidade da indústria.

O recurso biodiversidade foi trocado pelo recurso meio ambiente, no

qual avalia os esforços do projeto em minimizar os impactos que suas

atividades causam ao meio ambiente local. Não somente nos casos

em que haja esforços e também como um indicador de necessidade

de melhoria, no qual irá visar na proteção da biodiversidade já

existente no local.

O recurso natural foi mantido, pois irá avaliar os recursos naturais

disponíveis na região do projeto, uma vez que este é um dos fatores

que influenciam na escolha do local de instalação pelas empresas.

Este recurso é importante no ponto de vista econômico e ecológico,

pois a disponibilidade e qualidade deste recurso diminui o tratamento

e transporte e, como consequência reflete diretamente no recurso

financeiro.

Recurso financeiro teve o conceito voltado para o retorno financeiro

que seria obtido através da reciclagem dos resíduos produzidos na

empresa, tais como venda e/ou beneficiamento destes resíduos.

29

Recurso humano foi adaptado para o ambiente fabril, no qual volta os

interesses em conhecer qual é o nível escolar dos funcionários e

terceiros. Entender quais são os incentivos para ascensão na carreira.

Recurso social teve seu conceito mantido, pois se quer conhecer o

quanto os funcionários são beneficiados pelo lado social. Interações

do tipo sindical, benefícios trabalhistas e outros.

Recurso de carbono continua com o intuito de avaliar a conservação

do carbono, o sequestro do carbono e substituição do carbono.

Como um auxilio de avaliação do Recurso de carbono, pode-se usar a

“Calculadora de Carbono”, resultado do Programa de Carbono Compensado

Lepac. LEPAC é o Laboratório de Estudos em Artes e Ciências da Unicamp

em Paraty, ligado à Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários

(PREAC). A calculadora realiza cálculos da quantia de novas árvores

necessárias para zerar a quantidade de CO2 liberado na atmosfera devido

às atividades como consumo de energia elétrica, produção de lixo,

automóveis em circulação etc. (NAKAMURA, L. T. et al, 2013)

Pode-se encontrar a ferramenta disponível para uso público em:

<http://www.preac.unicamp.br/lepac/carbono/calcule.php>

Para facilitar a construção do hexágono elaborou-se um novo quadro,

quadro 16, no qual irá orientar com relação às pontuações para cada vértice

da Molécula Social, representado na figura 6 na qual se manteve a mesma

escala, de 0 a 6.

Figura 6 – Figura representativa da Molécula Social

0

2

4

6

Recurso Meio Ambiente

Recurso Natural

Recurso Financeiro

Recurso Humano

Recurso Social

Recurso Carbono

30

MOLÉCULA SOCIAL

Baixo Bom Ótimo

2 4 6

Recurso Meio

Ambiente

Preservação do meio ambiente

Baixos esforços de preservação do meio ambiente

Iniciativa de preservação ambiental, porém ainda pouco significativa

muitos esforços para preservação ambiental e de forma efetiva

Recurso Natural

Ecossistemas nativos

Baixa existência de ecossistemas nativos devido ao desmatamento e poluição

Existência de ecossistemas, porém afetados pela industrialização

Ecossistemas preservados mesmo com a industrialização

Recursos hídricos

Baixa disponibilidade dos recursos hídricos na região

Disponibilidade de recursos hídricos, porém com necessidade de tratamento antes do uso

Disponibilidade de recursos hídricos com alta qualidade

Impacto de atividades Poucas atividades que preservem a fauna e flora local.

Há impactos à natureza, porém ocorre algum tipo de preservação

Poucas atividades que impactem na natureza e alto nível de preservação

Recurso Social

Trabalhos com a comunidade

Pouco ou nenhuma preocupação com relação à comunidade local

Iniciativas de trabalhos sociais com a comunidade local

Projetos sociais constantes e efetivos na comunidade local

Tratamento com os funcionários

Atende parcialmente as leis trabalhistas

Atende na integra as leis trabalhistas

Atende na integra as leis trabalhistas e extende alguns benefícios aos familiares

Recurso Humano

Plano de carreira Não há plano de carreira para os funcionários

Há plano de carreira

Há plano de carreira e com incentivos para atingir a ascensão de carreira

Recurso Financeiro

Montante obtido através da reciclagem

Venda de descarte para cooperativas

Beneficiamento de descarte e posterior venda desta, com valor agregado.

Beneficiamento e uso de descarte nos próprios produtos ou processos da empresa

Recurso Carbono

Sequestro e substituição do carbono

Projetos voltados para a conservação de carbono, porém de baixa efetividade.

Projetos voltados para a conservação de carbono, com resultados significativos.

Projetos eficientes voltados para a conservação de carbono.

Quadro 15 - Quadro da molécula social

As maiores dificuldades foram encontradas na adaptação do Recurso

Financeiro, pois ao considerar o quadro 11, referente ao financeiro da MCS

pode-se observar que há itens muito específicos para assentamentos

31

agrícolas e, portanto trazer este indicador para o contexto industrial

proporcionou uma maior reflexão para entender qual seria o foco e

delimitação do indicador. Pode-se dizer que o Recurso Financeiro tem várias

oportunidades de avaliação em um projeto, porém como a adaptação está

focando o meio ambiente, optou-se por avaliar acompanhar o retorno

financeiro que se pode obter através da reciclagem.

A ideia inicial para o Recurso Humano era um estudo de quais são os níveis

escolares dentro da empresa e no seu entorno, pois o quadro 7, referente a

Recursos Humanos da MCS discute bastante em cima de acessos à

educação, porém entende-se que dentro de uma empresa há todos os níveis

escolares, e o que se torna mais interessante de avaliar são as

oportunidades que o empregado tem de ascensão do que exatamente seu

nível atual.

3.2. Johnson&Johnson

Como uma demonstração prática do uso da ferramenta, levantou-se dados e

os utilizou na construção da Molécula Social relativa à empresa

Johnson&Johnson, localizada em São José dos Campos, SP.

Esta ferramenta irá mostrar de forma mais visual qual é o perfil da empresa

e quais são os impactos dela no seu entorno, no caso na cidade de São

José do Campos, localizado no Vale do Paraíba.

3.2.1. Nosso Credo

Todas as companhias Johnson&Johnson seguem uma filosofia que se

baseia na carta de princípios, o Nosso Credo, escrita por Robert Wood

Johnson em 1943, filho de um dos irmãos Johnson fundadores da empresa.

Este documento escrito há mais de 70 anos já se preocupava com assuntos

como meio ambiente e responsabilidade social, por isso esta carta ainda

hoje se mantém atual e atua ativamente nas decisões da empresa.

O Nosso Credo é composto por quatro pilares, nos quais em cada um é

discutido como cada um deve ser tratado pela empresa, sejam os

consumidores, funcionários, terceiros, investidores etc. Aqui também se

pode ver como os itens do vértice da Molécula Social são atendidos.

32

No primeiro pilar, a preocupação é com médicos, enfermeiras e pacientes,

também com os pais e mães e demais que utilizam os serviços da empresa,

ou seja, os principais consumidores da marca:

Cremos que nossa primeira responsabilidade é para com os médicos, enfermeiras e paciente, para com as mães, pais e todos os demais que usam nossos produtos e serviços. Para atender suas necessidades, tudo o que fizermos deve ser de alta qualidade. Devemos constantemente nos esforçar para reduzir nossos custos, a fim de manter preços razoáveis. Os pedidos de nossos clientes devem ser pronta e corretamente atendidos. Nossos fornecedores e distribuidores devem ter a oportunidade de auferir um lucro justo. (NOSSO CREDO, 2014)

Neste trecho, pode-se dizer que o Recurso Social é discutido, pois há a

preocupação com todos que usam os produtos e também com os

fornecedores, que são partes essenciais do processo. Neste pilar também é

citado a importância da qualidade dos produtos, a eficiência na logística e

preço justo.

No segundo trecho da carta, a preocupação é para com os empregados:

Somos responsáveis por nossos empregados, homens e mulheres que conosco trabalham em todo o mundo. Todos devem ser considerados em sua individualidade. Devemos respeitar sua dignidade e reconhecer seu mérito. Eles devem se sentir seguros em seus empregos. A remuneração pelo seu trabalho deve ser justa e adequada e o ambiente de trabalho limpo, ordenado e seguro. Devemos ter em mente maneiras de ajudar nossos empregados a atender as suas responsabilidades familiares. Os empregados devem se sentir livres para fazer sugestões e reclamações. Deve haver igual oportunidade de emprego, desenvolvimento e progresso para os qualificados. Devemos ter uma administração competente, e suas ações devem ser justas e éticas. (NOSSO CREDO, 2014)

Nesta parte o Recurso Humano é atendido, pois este vê além das leis

trabalhistas, por pregar a liberdade do trabalhador de opinar dentro da

empresa, assim como ter oportunidades de promoção e estender os

benefícios para os seus familiares.

No terceiro trecho do Nosso Credo, abaixo, a preocupação é com as

comunidades:

33

Somos responsáveis perante as comunidades nas quais vivemos e trabalhamos, bem como perante a comunidade mundial.

Devemos ser bons cidadãos - apoiar boas obras sociais e de caridade e pagar corretamente os tributos.

Devemos encorajar o desenvolvimento do civismo e a melhoria da saúde e da educação.

Devemos manter em boa ordem as propriedades que temos o privilégio de usar, protegendo o meio ambiente e os recursos naturais. (NOSSO CREDO, 2014)

Novamente reforçando o Recurso social e também para atendendo o Recurso Meio Ambiente, na qual prioriza a proteção do meio ambiente e dos Recursos Naturais.

No quarto e ultimo trecho, o compromisso é com relação aos acionistas da empresa:

Nossa responsabilidade final é para com os acionistas. Os negócios devem proporcionar lucros adequados. Devemos experimentar novas idéias. Pesquisas devem ser levadas avante. Programas inovadores desenvolvidos e erros corrigidos. Novos equipamentos devem ser adquiridos, novas fábricas construídas e novos produtos lançados. Reservas devem ser criadas para enfrentar tempos adversos. Ao operarmos de acordo com esses princípios, Nossos acionistas devem receber justa recompensa. (NOSSO CREDO, 2014)

Pois além de exigir o bem de todos, também é necessário obter lucros e,

visando o crescimento constante da empresa. Nesta parte do Nosso Credo o

Recurso Financeiro é atendido.

O Nosso Credo participa ativamente das decisões diárias da empresa,

principalmente em momentos que discussões ou tomadas de decisões se

encontram aparentemente insolúveis, o time se baseia nos princípios que

estão no Credo para conseguir chegar a uma conclusão que se encaixe nos

princípios da empresa.

34

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo propôs um adaptação da molécula criada pelo Instituto Ecológica,

e como forma de evidenciar que a nova ferramenta é aplicável ao mundo

industrial, utilizou-se do Credo da Johnson&Johnson para fazer uma alusão

aos vértices do hexágono proposto.

Deste trabalho pode-se concluir que a ferramenta da MCS, adaptada como

Molécula Social para o âmbito industrial, pode ser aplicada e construir assim

com o perfil da empresa, mostrando quais são os esforços desta com o meio

ambiente e com a sociedade que se encontra ao redor dela.

Esta ferramenta pode ser utilizada como forma complementar de avaliação

do perfil da empresa, e também utilizá-la ao longo do tempo como forma de

acompanhar a evolução deste perfil.

Outro uso da metodologia é que esta pode servir de base para traçar planos

de ação, uma vez que, atualmente a sociedade consumidora cobra das

indústrias que estas sejam ecologicamente corretas e corretas como um

todo.

Os indicadores apresentados não são fixos nem exatos, portanto há certa

dificuldade em se definir com precisão os valores para a construção da

Molécula. Desta forma, cabe ao usuário ponderar os limites durante a

avaliação para cada caso em específico, buscando retratar da melhor forma

a realidade do projeto no ambiente que este se encontra.

O exemplo do Nosso Credo teve como objetivo mostrar que é possível fazer

um link dos indicadores da Molécula Social com o perfil da empresa e

entender melhor cada pilar que a Johnson&Johnson preza como valores da

empresa.

35

BIBLIOGRAFIA

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36

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