caracterização das incapacidades físicas
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Ministério da saúde
Bras
ília
DF
2020
VENDA PROIBIDADIST
RIBUIÇÃO
GRATUITA
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúdewww.saude.gov.br/bvs
MINISTÉRIO DASAÚDE
Hanseníase no Brasil CaraCterização das
inCapaCidades FísiCas
9 7 8 8 5 3 3 4 2 7 5 6 3
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
Bras
ília
DF
2020
VENDA PROIBIDADIST
RIBUIÇÃO
GRATUITA
Hanseníase no Brasil CaraCterização das
inCapaCidades FísiCas
2020 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: www.saude.gov.br/bvs.
Tiragem: 1ª edição – 2020 – 300 exemplares
Elaboração, distribuição e informações:MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria de Vigilância em SaúdeDepartamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente TransmissíveisSRTVN Quadra 701, Av. W5, Edifício PO 700, 5º andarCEP: 70719-040 – Brasília/DFSite: www.saude.gov.br/svsE-mail: [email protected]
Coordenação:Gerson Fernando Mendes Pereira – DCCI/SVS/MSCarmelita Ribeiro Filha Coriolano – CGDE/DCCI/SVS/MS
Organização e colaboração:Carmelita Ribeiro Filha Coriolano – CGDE/DCCI/SVS/MSElaine da Rós Oliveira – CGDE/DCCI/SVS/MSElaine Silva Nascimento Andrade – CGDE/DCCI/SVS/MSEstefânia Caires de Almeida – CGDE/DCCI/SVS/MSFernanda Cassiano de Lima – CGDE/DCCI/SVS/MSJeann Marie Rocha Marcelino – CGDE/DCCI/SVS/MSJurema Guerrieri Brandão – CGDE/DCCI/SVS/MSMábia Milhomem Bastos – CGDE/DCCI/SVS/MSMargarida Cristiana Napoleão Rocha – CGDE/DCCI/SVS/MSPedro Terra Teles de Sá – CGDE/DCCI/SVS/MSRaylayne Ferreira Bessa – CGDE/DCCI/SVS/MSRossilene Conceição da Silva Cruz – CGDE/DCCI/SVS/MS
Revisão:Angela Gasperin Martinazzo – DCCI/SVS/MS
Diagramação:Sabrina Lopes – Nucom/GAB/SVS
Normalização:Delano de Aquino Silva – Editora MS/CGDI
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Hanseníase no Brasil : caracterização das incapacidades físicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis – Brasília : Ministério da Saúde, 2020. 96 p. : il.
ISBN 978-85-334-2756-3
1. Hanseníase. 2. Incapacidades Físicas. 3. Doenças Transmissíveis. I. TítuloCDU 616-002.73
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2020/0048
Título para indexação: Leprosy in Brazil: characterization of physical disabilities
sumário5 Apresentação
6 Métodos
9 Brasil
12 Acre
15 Alagoas
18 Amapá
21 Amazonas
24 Bahia
27 Ceará
30 Distrito Federal
33 Espírito Santo
36 Goiás
39 Maranhão
42 Mato Grosso
45 Mato Grosso do Sul
48 Minas Gerais
51 Pará
54 Paraíba
57 Paraná
60 Pernambuco
63 Piauí
66 Rio de Janeiro
69 Rio Grande do Norte
72 Rio Grande do Sul
75 Rondônia
78 Roraima
81 Santa Catarina
84 São Paulo
87 Sergipe
90 Tocantins
93 Considerações
94 Referências
apresentação
O documento Hanseníase no Brasil: Caracterização das Incapacidades Físicas apresenta
informações sobre a situação das incapacidades físicas ocasionadas pela hanseníase
no Brasil e Unidades da Federação (UF), de acordo com as informações oriundas do Sistema
de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
A hanseníase caracteriza-se como uma doença infecciosa crônica, com potencial de causar
incapacidades físicas que podem acarretar vários problemas, como a limitação nas atividades
da vida diária, diminuição da capacidade laboral, restrição à participação social, estigma
e discriminação (BRASIL, 2019). Tais situações impactam diretamente na carga da doença.
O agravo permanece como importante problema de saúde pública, de relevância epide-
miológica e social. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2018 foram
notificados 208.619 casos novos de hanseníase no mundo. Desses, 11.323 foram diagnos-
ticados com grau de incapacidade física (GIF) 2 (OMS, 2019). No Brasil, dos 28.660 casos
novos de hanseníase no ano, 2.109 foram diagnosticados com GIF 2, o que corresponde a
18,6% dos casos registrados com incapacidade no mundo, colocando o país na segunda
posição em número de casos novos.
Esse cenário requer que a prática dos profissionais de saúde esteja voltada para a busca ativa,
a investigação qualificada dos contatos e a orientação para o autocuidado, pois as principais
estratégias para a prevenção de incapacidades físicas na hanseníase são o diagnóstico precoce
e o tratamento oportuno dos casos, a fim de evitar as limitações funcionais decorrentes dos
danos neurais.
Nesse sentido, o objetivo desta publicação é oferecer aos tomadores de decisão, sejam
eles gestores, profissionais de saúde ou usuários, informações para subsidiar a análise
da situação de saúde, prevenção e tratamento das incapacidades físicas relacionadas
à hanseníase. O conjunto de informações que os indicadores apresentam é uma importante
ferramenta que permite estimar a magnitude da incapacidade física, possibilitando
o delineamento de ações estratégicas para a redução da carga da doença no país.
5Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
métodos
Para a elaboração deste material, foram utilizadas as
bases de dados nacionais do Sistema de Informação
de Agravos de Notificação (Sinan). Para o cálculo das
taxas, utilizaram-se denominadores populacionais
segundo Brasil, regiões e Unidades da Federação (UF),
disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), refe rentes ao período de 2009
a 2018.
Foi analisado o grau de incapacidade física, classifi cado
em 0, 1 e 2, segundo as seguintes variáveis do Sinan:
(1) faixa etária (menor de 15 anos, 15 a 29, 30 a 59 e 60
anos ou mais); (2) sexo (masculino, feminino e ignorado);
(3) raça/cor da pele (branca, preta, amarela, parda,
indígena e ignorado); (4) escolaridade (analfabeto, ensino
fundamental incompleto, ensino funda mental completo
e ensino médio incompleto, ensino médio completo
e educação superior incompleta, educação superior
completa, não se aplica e ignorado); (5) classificação
operacional (paucibacilar, multibacilar e ignorado);
e (6) modo de detecção (encaminhamento, demanda
espontânea, exame de coletividade, exame de contatos,
outros modos e ignorado).
Para a análise da variável escolaridade, as categorias
do Sinan foram agregadas da seguinte maneira: anal-
fabeto; ensino fundamental in completo (1ª à 8ª série
incompleta); ensino fundamental completo e ensino
médio incom pleto; ensino médio completo e educação
superior incompleta; educação superior completa e não
se aplica.
Foram utilizados os indicadores oficiais contidos nas
“Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da
hanseníase como problema de saúde pública”, conforme
apresentados no Quadro 1 (BRASIL, 2016).
Foi utilizado mapa temático do Brasil para a análise
da proporção de casos novos com GIF 2 no diagnóstico
e da proporção de incremento ou declínio nos anos de
2009 e 2018, por UF de residência. O indicador proporção
de casos novos com GIF 2 no diagnóstico foi analisado
também segundo o nível de atenção: primária, secundária
e terciária, utilizando informações do Cadastro Nacional
de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
A magnitude da incapacidade física nos indivíduos
que receberam alta por cura foi avaliada por meio do
número de casos de hanseníase curados com grau 2 de
incapacidade física entre os avaliados no momento da
alta por cura, no período de 2009 a 2018.
Para o gerenciamento e processamento dos dados,
utilizaram-se os programas Microsoft Office Excel 2013,
RStudio 3.6.1 e TabWin versão 3.6. Os mapas temáticos
foram plotados utilizando o software Quantum GIS
(QGIS), versão 2.18.28.
6 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
QuAdRo 1. Indicadores epidemiológicos e operacionais de hanseníase
Indicador Construção Parâmetros Período de análise
taxa de detecção anual de casos novos de hanseníase por 100 mil hab.
Numerador: Casos novos residentes no Brasil, região e estados, diagnosticados nos anos de 2009 a 2018.
Denominador: População total residente no mesmo local e ano.
Fator de multiplicação: 100 mil.
�� Baixo: <2,00/100.000 hab.
�� Médio: 2,00 a 9,99/100.000 hab.
�� Alto: 10,00 a 19,99/100.000 hab.
�� Muito alto: 20,00 a 39,99/100.000 hab.
�� Hiperendêmico: ≥40,00/100.000 hab.
2009 a 2018
taxa de detecção anual de casos novos de hanseníase, na população de zero a 14 anos, por 100 mil hab.
Numerador: Casos novos em menores de 15 anos, residentes no Brasil, região e estados, diagnosticados nos anos de 2009 a 2018.
Denominador: População total residente no mesmo local e ano.
Fator de multiplicação: 100 mil.
�� Baixo: <0,50/100.000 hab.
�� Médio: 0,50 a 2,49/100.000 hab.
�� Alto: 2,50 a 4,99/100.000 hab.
�� Muito alto: 5,00 a 9,99/100.000 hab.
�� Hiperendêmico: ≥10,00/100.000 hab.
taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico por 1 milhão de hab.
Numerador: Casos novos com grau 2 de incapacidade física no diagnóstico, residentes no Brasil, região e estados, diagnosticados nos anos de 2009 a 2018.
Denominador: População total residente no mesmo local e ano.
Fator de multiplicação: 1 milhão.
Não definido
proporção de casos novos de hanseníase com grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico.
Numerador: Casos novos de hanseníase com o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico, residentes no Brasil, região e estados, diagnosticados nos anos de 2009 a 2018.
Denominador: Casos novos de hanse níase, residentes no mesmo local e diagnosticados no ano da avaliação.
Fator de multiplicação: 100.
�� Bom: ≥90,0%
�� Regular: 75,0% a 89,9%
�� Precário: <75,0%
proporção de casos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico entre os casos novos detectados e avaliados no ano.
Numerador: Casos novos com grau 2 de incapacidade física no diagnóstico, residentes no Brasil, região e estados, diagnosticados nos anos de 2009 a 2018.
Denominador: Casos novos com grau de incapacidade física avaliado, residentes no mesmo local e diagnosticados no ano da avaliação.
Fator de multiplicação: 100.
�� Alto: ≥10,0%
�� Médio: 5,0% a 9,9%
�� Baixo: ≤5,0%
Casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física, diagnosticados por nível de atenção.
Casos novos diagnosticados com grau 2 de incapacidade física, por nível de atenção, residentes no Brasil, região e estados, diagnosticados nos anos de 2009 a 2018.
Não definido
proporção de casos novos de hanseníase com grau de incapacidade física avaliado na cura.
Numerador: Casos novos de hanseníase com o grau de incapacidade física avaliado na cura, residentes no Brasil, região e estados, diagnosticados nos anos de 2009 a 2018.
Denominador: Casos novos de hanseníase, residentes no mesmo local e curados no ano da avaliação.
Fator de multiplicação: 100.
�� Bom: ≥90,0%
�� Regular: 75,0% a 89,9%
�� Precário: <75,0%
Fonte: Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação – CGDE/DCCI/SVS-MS.
7Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
Brasil
O grau de incapacidade física indica a existência de
perda da sensibilidade protetora, força muscular e/ou
deformidades visíveis em face, membros superiores
e inferiores, com graduação que varia entre 0, 1 e 2,
sendo o GIF 2 sinalizador do diagnóstico tardio (BRASIL,
2017). No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados
311.384 casos novos de hanseníase. Desses, 85.217
(27,4%) foram detectados com incapacidade graus 1 e
2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente na faixa etária de 30 a
59 anos, correspondendo a mais de 50% dos casos novos
nessa faixa etária. O sexo masculino foi predominante em
todos os indivíduos avaliados, com o GIF 2 representando
70,5% do total (Tabela 1).
Essa situação também se verificou quando analisada
a variável raça/cor, sendo a maior frequência observada
nos pardos, com mais de 50% dos casos avaliados.
Quanto à escolaridade, houve maior predomínio de GIF
2 em indivíduos com ensino fundamental incompleto,
responsáveis por 52% em relação a todos os níveis de
escolaridade. No que se refere à classificação operacional,
os casos multibacilares também foram predominantes,
sendo a diferença mais acentuada nos casos com GIF 2,
correspondendo a 92,7% dos casos. Em relação ao modo
de detecção, o encaminhamento apresentou o maior
percentual de GIF 2, com 53% (Tabela 1).
A análise das taxas de detecção de casos novos de hanse-
níase em menores de 15 anos e com GIF 2 no diagnóstico
permite avaliar a situação da carga da hanseníase no
país, uma vez que expressam a magnitude da endemia
(BRASIL, 2016).
O Brasil, no ano de 2018, apresentou endemicidade “alta”
tanto na população de menores de 15 anos de idade
quanto na população geral. Quando analisado o período
de 2009 a 2018, a taxa de detecção geral passou de
19,64 para 13,70 casos por 100 mil habitantes, com uma
redução de 30,2% (Figura 1). Esse declínio também foi
observado na população de zero a 14 anos, em que a taxa
de detecção passou de 5,43 para 3,75 casos por 100 mil
habitantes, reduzindo-se 30,9% ao longo da série histórica
(Figura 2). A taxa de casos novos de hanseníase com GIF
2 de incapacidade física apresentou oscilação ao longo
do tempo, com redução de 20,8%; contudo, nos últimos
dois anos, houve aumento da taxa, que passou de 9,39,
em 2017, para 10,08 casos por 1 milhão de habitantes,
em 2018 (Figura 3).
TAbelA 1. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Brasil, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
177.417 100 65.255 100 19.962 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 16.251 9,2 2.011 3,1 541 2,7
15-29 35.631 20,1 9.132 14,0 2.537 12,7
30-59 94.760 53,4 36.247 55,5 10.121 50,7
60 ou mais 30.775 17,3 17.865 27,4 6.763 33,9
Sexo
Feminino 85.791 48,4 26.196 40,1 5.889 29,5
Masculino 91.616 51,6 39.055 59,8 14.073 70,5
Ignorado 10 0,0 4 0,0 0 0,0
Raça/cor
Branca 46.764 26,4 19.068 29,2 5.801 29,1
Preta 22.037 12,4 8.549 13,1 2.796 14,0
Amarela 1.681 0,9 616 0,9 172 0,9
Parda 100.492 56,6 34.779 53,3 10.372 52,0
Indígena 669 0,4 299 0,5 81 0,4
Ignorado 5.774 3,3 1.944 3,0 740 3,7
Escolaridade
Analfabeto 14.616 8,2 8.525 13,1 3.578 17,9
Ensino fundamental incompleto
86.751 48,9 33.888 51,9 10.381 52,0
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
24.323 13,7 7.669 11,8 1.959 9,8
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
26.868 15,1 7.163 11,0 1.506 7,5
Educação superior completa
5.562 3,1 1.397 2,1 244 1,2
Não se aplica 2.207 1,2 142 0,2 18 0,1
Ignorado 17.090 9,6 6.471 9,9 2.276 11,4
Classificação operacional
Paucibacilar 79.248 44,7 10.454 16,0 1.460 7,3
Multibacilar 98.159 55,3 54.793 84,0 18.502 92,7
Ignorado 10 0,0 8 0,0 0 0,0
Modo de detecção
Encaminhamento 77.783 43,8 30.295 46,4 10.571 53,0
Demanda espontânea 75.764 42,7 26.489 40,6 7.297 36,6
Exame de coletividade 6.206 3,5 2.420 3,7 587 2,9
Exame de contatos 14.352 8,1 4.521 6,9 860 4,3
Outros modos 2.334 1,3 1.045 1,6 488 2,4
Ignorado 978 0,6 485 0,7 159 0,8
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
9Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 1. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Brasil, 2009 a 2018
19,64
13,70
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 2. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Brasil, 2009 a 2018
5,43
3,75
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
ano
s
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 3. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Brasil, 2009 a 2018
12,72
10,08
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
O percentual de pacientes diagnosticados com GIF 2
representa a efetividade dos serviços em realizar as
atividades de detecção precoce de casos (BRASIL, 2016).
A redução de casos diagnosticados com incapacidade
física é prioridade para o Ministério da Saúde e constitui
um indicador chave para a elaboração dos grupos
epidemiológicos e operacionais da “Estratégia Nacional
para Enfrentamento da Hanseníase 2019-2022”.
Estruturada em três pilares: fortalecimento da gestão
do programa; enfrentamento da hanseníase e suas
complicações; e promoção da inclusão social por meio
do combate ao estigma e discriminação, a Estratégia
Nacional foi elaborada em alinhamento à “Estratégia
Global para Hanseníase 2016-2020” (OMS, 2016).
Na Figura 4, observa-se o mapa temático com o percentual
de declínio ou incremento no indicador percentual de casos
diagnosticados com GIF 2. Entre os anos de 2009 a 2018,
foi observada redução em cinco Unidades da Federação;
nas demais, verificou-se aumento. O Distrito Federal
apresentou a maior redução, com 36,6%, e o Rio Grande
do Sul foi o estado que mostrou o maior incremento, com
203,3%.
Ao longo do período, o país manteve-se no parâmetro
“regu lar” para a avaliação do grau de incapacidade física
no momento do diagnóstico. No que se refere ao percentual
de GIF 2, esse indicador oscilou entre 6,6%, em 2014,
e 8,5%, em 2018, apresentando classificação “média”,
segundo os parâmetros oficiais, conforme apresentado na
Figura 5.
Dos casos novos diagnosticados por nível de atenção,
o maior percentual de GIF 2 foi observado na atenção
terciária, com tendência crescente. Em 2009, 8,9% dos
casos foram diagnosticados nesse nível de atenção e, em
2018, 12,6% (Figura 6).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária”
em todo período da análise, com o menor percentual
observado no ano de 2015 (66,7%) (Figura 7). Desse
universo, 57.312 indivíduos receberam alta com alguma
incapacidade física, sendo 15.021 (26,2%) com GIF 2
(Figura 8). Esse cumulativo representa o universo de
indivíduos que receberam alta do tratamento poliqui-
mioterápico, mas que, em virtude da incapacidade,
necessitam de acompanhamento, demandando cuidado
nos diferentes níveis de atenção.
10 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 4. Proporção de casos novos com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico. Brasil, 2009 a 2018
Percentual de incremento ou declínio na proporção de grau 2
de incapacidade física (GIF 2) de hanseíase, entre 2009 e 2018
GIF 2 (%) 2018
GIF 2 (%) 2009
%
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 7. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Brasil, 2009 a 2018
00
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 8. Número de casos de hanseníase com grau de incapacidade física na cura. Brasil, 2009 a 2018
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
Núm
ero
acum
ulad
o
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 5. Proporção de casos novos de hanseníase com grau de incapacidade física avaliado e graus 1 e 2 de inca pacidade física no momento do diagnóstico. Brasil, 2009 a 2018
0
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 6. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Brasil, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
11Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
Acre
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 1.701
casos novos de hanseníase no estado do Acre. Desses,
331 (19,5%) foram diagnosticados com incapacidade
graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente na faixa etária
de 30 a 59 anos, respondendo por mais de 48% dos
casos. O sexo masculino foi predominante nos indivíduos
avaliados com GIF 1 e 2, sendo o grau 2 correspondente
a 92,4% do total de avaliados (Tabela 2).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada nos
pardos, com mais de 86% dos casos avaliados. Quanto
à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2 em
indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
55,7%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas as
categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada nos
casos com GIF 2, correspondendo a 97,4% dos casos. No
que se refere ao modo de detecção, o encaminhamento
apresentou o maior percentual de grau 2, com 44,3%
(Tabela 2).
O estado do Acre, no ano de 2018, apresentou ende-
micidade “alta” tanto na população de menores de 15 anos
de idade quanto na população geral. Quando analisado o
período de 2009 a 2018, a taxa de detecção geral passou
de 37,76, em 2009, para 15,79 casos novos por 100 mil
habitantes, em 2018, com declínio de 58,2% (Figura 9).
Essa redução também foi observada na população de zero
a 14 anos, em que a taxa de detecção passou de 9,04
para 4,63 casos novos por 100 mil habitantes no mesmo
período, com redução de 48,8% (Figura 10).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de
incapacidade física apresentou importante oscilação
ao longo do tempo, com o menor registro em 2016,
representando uma taxa de 2,45, e o maior em 2018,
com 20,18 casos por 1 milhão de habitantes. Durante
o período, o incremento no indicador foi de 16,2% (Figura
11). O comportamento das taxas de detecção geral e em
menores de 15 anos analisadas na UF assemelha-se ao
observado no Brasil e na região Norte; entretanto, a taxa
do GIF 2 diferenciou-se em relação ao país.
TAbelA 2. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Acre, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
1223 100 252 100 79 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 134 11,0 12 4,8 6 7,6
15-29 367 30,0 51 20,2 15 19,0
30-59 609 49,8 142 56,3 38 48,1
60 ou mais 113 9,2 47 18,7 20 25,3
Sexo
Feminino 490 40,1 68 27,0 6 7,6
Masculino 733 59,9 184 73,0 73 92,4
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 98 8,0 26 10,3 8 10,1
Preta 12 1,0 5 2,0 3 3,8
Amarela 6 0,5 0 0,0 0 0,0
Parda 1.094 89,5 218 86,5 68 86,1
Indígena 6 0,5 3 1,2 0 0,0
Ignorado 7 0,6 0 0,0 0 0,0
Escolaridade
Analfabeto 161 13,2 63 25,0 22 27,8
Ensino fundamental incompleto
672 54,9 132 52,4 44 55,7
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
193 15,8 25 9,9 6 7,6
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
134 11,0 19 7,5 5 6,3
Educação superior completa
29 2,4 2 0,8 1 1,3
Não se aplica 7 0,6 1 0,4 0 0,0
Ignorado 27 2,2 10 4,0 1 1,3
Classificação operacional
Paucibacilar 388 31,7 22 8,7 2 2,5
Multibacilar 835 68,3 230 91,3 77 97,5
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 365 29,8 85 33,7 35 44,3
Demanda espontânea 292 23,9 87 34,5 24 30,4
Exame de coletividade 94 7,7 15 6,0 2 2,5
Exame de contatos 471 38,5 65 25,8 18 22,8
Outros modos - - - - - -
Ignorado 1 0,1 0 0,0 0 0,0
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
12 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 9. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Acre, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Norte Acre
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 10. Taxa de detecção de casos novos em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Acre, região
Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
anos
Brasil Região Norte Acre
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 11. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física (por 1 milhão de hab.).
Acre, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2010 2012 2014 2016 2018
Brasil Região Norte Acre
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cidad
e fís
ica (p
or 1
milh
ão d
e ha
b.)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
O Acre manteve-se no parâmetro “bom” para a avaliação
do grau de incapacidade física no momento do diagnós-
tico. No que se refere ao GIF 2, esse indicador obteve
o menor percentual em 2015, com 1,6%, e o maior em
2018, com 13,5%, apresentando classificação “baixa” e
“alta”, respectivamente, segundo os parâmetros oficiais
(Figura 12).
Analisando a proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, o maior percentual variou entre
os três níveis de atenção. Os maiores percentuais ao longo
da série ocorreram na atenção primária e secundária,
no ano de 2018, com 15,5% e 13,7%, respectivamente,
e na atenção terciária em 2009, com 11,6% (Figura 13).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária”
na maioria dos anos analisados, apresentando o menor
percentual observado em 2015 (Figura 14). Entre os anos
de 2009 e 2018, observa-se oscilação na frequência de
casos que receberam alta por cura com incapacidade
física. Em 2009, houve o maior quantitativo de GIF 1
e GIF 2 na alta, com 29 e 24 casos, respectivamente
(Figura 15). No período da análise, 274 indivíduos
receberam alta do tratamento com alguma incapacidade
física; destes, 88 (32,1%) foram avaliados com GIF 2.
13Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 12. Proporção de casos novos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento diagnóstico. Acre, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 13. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no diagnóstico segundo nível de atenção. Acre, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 14. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Acre, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 15. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Acre, 2009 a 2018
0
50
100
150
200
250
300
0
10
20
30
40
50
60
70
80
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
14 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 3.621
casos novos de hanseníase no estado de Alagoas. Desses,
970 (26,8%) foram diagnosticados com incapacidade
graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente na faixa etária
de 30 a 59 anos, respondendo por mais de 50% dos
casos. O sexo masculino foi predominante nos indivíduos
avaliados com GIF 1 e 2, sendo o grau 2 correspondente
a 66,8% do total de avaliados (Tabela 3).
Essa situação também se verificou quando analisada
a variável raça/cor, sendo a maior frequência observada
nos pardos, com mais de 60% dos casos avaliados.
Quanto à escolaridade, houve maior predomínio de GIF
2 em indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
52,5%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas
as categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada
nos casos com GIF 2, correspondendo a 92,2% dos casos.
No que se refere ao modo de detecção, o encaminhamento
apresentou o maior percentual de GIF 2, com 69,4%
(Tabela 3).
Em 2018, o estado de Alagoas apresentou endemicidade
“alta” tanto na população de menores de 15 anos de idade
quanto na população geral. Quando analisado o período
de 2009 a 2018, a taxa de detecção geral passou de 12,86
para 10,53 casos por 100 mil habitantes, com redução de
18,1% (Figura 16). Em relação à taxa de detecção anual
de casos novos de hanseníase na população de zero a
14 anos, foi observado um aumento de 46,1% na taxa, que
passou de 2,15 para 3,14 casos por 100 mil habitantes
(Figura 17).
A taxa de casos novos de hanseníase com GIF 2 de
incapacidade física apresentou importante oscilação
ao longo do tempo, com o menor registro em 2014,
representando uma taxa de 4,21, e o maior em 2012, com
12,32 casos por 1 milhão de habitantes. Durante o período,
o incremento no indicador foi de 36,7% (Figura 18).
O comportamento da taxa de detecção geral analisada na
UF acompanha o observado no país e na região Nordeste;
entretanto, as taxas referentes aos menores de 15 anos
e ao GIF 2 foram diferentes.
TAbelA 3. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Alagoas, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
1.745 100 738 100 232 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 157 9,0 24 3,3 5 2,2
15-29 403 23,1 122 16,5 41 17,7
30-59 921 52,8 398 53,9 129 55,6
60 ou mais 264 15,1 194 26,3 57 24,6
Sexo
Feminino 993 56,9 339 45,9 77 33,2
Masculino 751 43,0 399 54,1 155 66,8
Ignorado 1 0,1 0 0,0 0 0,0
Raça/cor
Branca 323 18,5 126 17,1 44 19,0
Preta 235 13,5 102 13,8 33 14,2
Amarela 16 0,9 5 0,7 1 0,4
Parda 1.131 64,8 488 66,1 150 64,7
Indígena 7 0,4 7 0,9 1 0,4
Ignorado 33 1,9 10 1,4 3 1,3
Escolaridade
Analfabeto 257 14,7 186 25,2 78 33,6
Ensino fundamental incompleto
856 49,1 360 48,8 122 52,6
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
213 12,2 62 8,4 10 4,3
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
246 14,1 78 10,6 12 5,2
Educação superior completa
45 2,6 14 1,9 2 0,9
Não se aplica 22 1,3 0 0,0 0 0,0
Ignorado 106 6,1 38 5,1 8 3,4
Classificação operacional
Paucibacilar 1.012 58,0 206 27,9 18 7,8
Multibacilar 733 42,0 532 72,1 214 92,2
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 931 53,4 427 57,9 161 69,4
Demanda espontânea 603 34,6 253 34,3 58 25,0
Exame de coletividade 64 3,7 24 3,3 6 2,6
Exame de contatos 116 6,6 24 3,3 4 1,7
Outros modos 20 1,1 6 0,8 2 0,9
Ignorado 11 0,6 4 0,5 1 0,4
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
Alagoas
15Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 16. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Alagoas, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Nordeste Alagoas
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 17. Taxa de detecção de casos novos em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Alagoas, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
ano
s
Brasil Região Nordeste Alagoas
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 18. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física (por 1 milhão de hab.). Alagoas, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,002,004,006,008,00
10,0012,0014,0016,0018,0020,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Nordeste Alagoas
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, Alagoas manteve-se no parâmetro
“regular” para a avaliação do grau de incapacidade física
no momento do diagnóstico. No que se refere ao GIF 2,
esse indicador oscilou entre 11,5% em 2010, como o maior
percentual, e 4,1% em 2014, como o menor, apresentando
classificação “alta” e “média”, respectivamente, segundo
os parâmetros oficiais (Figura 19).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, observa-se o maior percen-
tual na atenção secundária. Nos anos de 2017 e 2018,
esse percentual foi de 15,5% e 11,5%, respectivamente
(Figura 20).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária” em
todo período, com o menor percentual observado em
2016 (Figura 21). Entre os anos de 2009 e 2018, observa-
-se oscilação na frequência de casos que receberam alta
por cura com incapacidade. O ano de 2011 apresentou
o maior quantitativo de GIF 1 na alta, com 75 casos, e
2013 teve maior frequência de GIF 2, 32 casos (Figura
22). No período da análise, 690 indivíduos receberam
alta do tratamento com alguma incapacidade física;
destes, 171 (24,8%) foram avaliados com GIF 2.
16 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 19. Proporção de casos novos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Alagoas, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 20. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Alagoas, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 21. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Alagoas, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 22. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Alagoas, 2009 a 2018
0
100
200
300
400
500
600
700
800
0
20
40
60
80
100
120
140
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
17Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
Amapá
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 1.321
casos novos de hanseníase no estado do Amapá. Desses,
335 (25,4%) foram diagnosticados com incapacidade
graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente na faixa etária
de 30 a 59 anos, respondendo por mais de 50% dos
casos. O sexo masculino foi predominante nos indivíduos
avaliados com GIF 0, 1 e 2, sendo o grau 2 correspondente
a 76,1% do total de avaliados (Tabela 4).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada nos
pardos, com mais de 70% dos casos avaliados. Quanto
à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2 em
indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
45,4%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas
as categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada
nos casos com GIF 1, correspondendo a 81,7% dos casos.
No que se refere ao modo de detecção, o encaminhamento
apresentou o maior percentual de grau 2, com 55,7%
(Tabela 4).
O estado do Amapá, no ano de 2018, apresentou ende-
micidade “alta” tanto na população de menores de 15 anos
de idade quanto na população geral. Quando analisado
o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção geral
passou de 30,32 para 13,41 casos por 100 mil habitantes,
com redução de 55,8% (Figura 23). Essa redução também
foi observada na taxa de detecção anual de casos novos
de hanseníase na população de zero a 14 anos, que
passou de 8,18 para 2,87 casos por 100 mil habitantes,
com redução de 64,9% (Figura 24).
A taxa de casos novos de hanseníase com GIF 2
apresentou importante oscilação ao longo do tempo, com
o menor registro em 2014, representando uma taxa de
6,66, e o maior em 2015, com 22,17 casos por 1 milhão
de habitantes. Durante o período, a redução no indicador
foi de 31,5% (Figura 25). O comportamento das três taxas
analisadas no estado assemelha-se ao observado no país
e na região Norte.
TAbelA 4. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Amapá, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
860 100 247 100 88 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 92 10,7 5 2,0 6 6,8
15-29 258 30,0 55 22,3 18 20,5
30-59 429 49,9 122 49,4 45 51,1
60 ou mais 81 9,4 65 26,3 19 21,6
Sexo
Feminino 358 41,6 72 29,1 21 23,9
Masculino 502 58,4 175 70,9 67 76,1
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 96 11,2 28 11,3 13 14,8
Preta 87 10,1 31 12,6 5 5,7
Amarela - - - - - -
Parda 671 78,0 188 76,1 70 79,5
Indígena - - - - - -
Ignorado 6 0,7 0 0,0 0 0,0
Escolaridade
Analfabeto 66 7,7 39 15,8 14 15,9
Ensino fundamental incompleto
336 39,1 113 45,7 40 45,5
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
141 16,4 48 19,4 12 13,6
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
209 24,3 26 10,5 12 13,6
Educação superior completa
40 4,7 3 1,2 1 1,1
Não se aplica 12 1,4 0 0,0 0 0,0
Ignorado 56 6,5 18 7,3 9 10,2
Classificação operacional
Paucibacilar 406 47,2 45 18,2 18 20,5
Multibacilar 454 52,8 202 81,8 70 79,5
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 393 45,7 119 48,2 49 55,7
Demanda espontânea 319 37,1 102 41,3 30 34,1
Exame de coletividade 38 4,4 6 2,4 2 2,3
Exame de contatos 105 12,2 15 6,1 5 5,7
Outros modos 1 0,1 4 1,6 2 2,3
Ignorado 4 0,5 1 0,4 0 0,0
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
18 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 23. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Amapá, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Norte Amapá
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 24. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Amapá, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
anos
Brasil Região Norte Amapá
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 25. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Amapá, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2010 2012 2014 2016 2018
Brasil Região Norte Amapá
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, o Amapá manteve-se no parâmetro
“regular” para a avaliação do grau de incapacidade física
no momento do diagnóstico. No que se refere ao GIF 2,
esse indicador oscilou entre 4,1% em 2014 e 15,7%
em 2015, sendo estes o menor e o maior percentuais,
respectivamente (Figura 26).
Analisando a proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, observa-se uma variação entre
os três níveis de atenção. Os maiores percentuais ao longo
da série foram observados, na atenção primária, em 2018,
com 25%; na atenção secundária, em 2015, com 17,8%;
e na atenção terciária, em 2013, com 100% (Figura 27).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “regular” na
maior parte do período, com o menor percentual obser-
vado no ano de 2009 (Figura 28). Entre os anos de 2009
e 2018, observa-se oscilação na frequência de casos
que receberam alta por cura com incapacidade. Em
2009, houve maior quantitativo de GIF 1 na alta, com
31 casos, e em 2012, a maior frequência de GIF 2, com
10 casos (Figura 29). No período da análise, 195 indivíduos
receberam alta do tratamento com alguma incapacidade
física; destes, 54 (27,7%) foram avaliados com GIF 2.
19Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 26. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Amapá, 2009 a 2018
0102030405060708090
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 27. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Amapá, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 28. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Amapá, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 29. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Amapá, 2009 a 2018
0
50
100
150
200
250
0
10
20
30
40
50
60
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
20 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
Amazonas
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados
5.773 casos novos de hanseníase no estado do Ama-
zonas. Desses, 1.744 (30,2%) foram diagnosticados
com incapacidade física graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais
frequente na faixa etária de 30 a 59 anos, respondendo
por mais de 50% dos casos. O sexo masculino foi
predominante nos indivíduos avaliados com GIF 0,
1 e 2, sendo o grau 2 correspondente a 82,4% do total
(Tabela 5).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada
nos pardos, com mais de 70% dos casos. Quanto à
escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2 em
indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
53% dos casos. Em relação à classificação operacional,
os casos multibacilares também foram predominantes
em todas as categorias do GIF, sendo a diferença mais
acentuada nos casos com GIF 2, correspondendo a
89,6% dos casos. No que se refere ao modo de detecção,
a demanda espontânea apresentou o maior percentual
de grau 2, com 56,2% (Tabela 5).
O estado do Amazonas, no ano de 2018, apresentou
endemicidade “alta” tanto na população de menores de
15 anos de idade quanto na população geral. Quando
analisado o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção
geral passou de 21,54 para 10,31 casos por 100 mil
habitantes, com redução 52,1% (Figura 30). Esse declínio
também foi observado na taxa de detecção anual de casos
novos de hanseníase na população de zero a 14 anos, que
passou de 6,02 para 4,19 casos por 100 mil habitantes,
com decréscimo de 30,4% (Figura 31).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo
do tempo; em 2009, a taxa foi de 20,33, e em 2018, de
8,97 casos por 1 milhão de habitantes, com declínio
de 55,9% (Figura 32). O comportamento das taxas de
detecção geral e em menores de 15 anos analisadas
na UF acompanha o observado no país e na região; no
entanto, a taxa do GIF 2, na região Norte, apresentou
aumento em relação aos anos da análise.
TAbelA 5. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Amazonas, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
3.324 100 1.244 100 500 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 417 12,5 54 4,3 23 4,6
15-29 1.022 30,7 274 22,0 76 15,2
30-59 1.576 47,4 669 53,8 270 54,0
60 ou mais 309 9,3 247 19,9 131 26,2
Sexo
Feminino 1.453 43,7 404 32,5 88 17,6
Masculino 1.871 56,3 840 67,5 412 82,4
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 337 10,1 154 12,4 55 11,0
Preta 207 6,2 79 6,4 38 7,6
Amarela 26 0,8 12 1,0 6 1,2
Parda 2.610 78,5 926 74,4 382 76,4
Indígena 90 2,7 41 3,3 8 1,6
Ignorado 54 1,6 32 2,6 11 2,2
Escolaridade
Analfabeto 200 6,0 140 11,3 94 18,8
Ensino fundamental incompleto
1.687 50,8 675 54,3 265 53,0
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
486 14,6 147 11,8 39 7,8
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
608 18,3 160 12,9 50 10,0
Educação superior completa
97 2,9 21 1,7 10 2,0
Não se aplica 37 1,1 2 0,2 1 0,2
Ignorado - - - - - -
Classificação operacional
Paucibacilar 1.799 54,1 309 24,8 52 10,4
Multibacilar 1.524 45,8 935 75,2 448 89,6
Ignorado 1 0,0 0 0,0 0 0,0
Modo de detecção
Encaminhamento 798 24,0 354 28,5 156 31,2
Demanda espontânea 1.935 58,2 737 59,2 281 56,2
Exame de coletividade 270 8,1 60 4,8 27 5,4
Exame de contatos 273 8,2 69 5,5 15 3,0
Outros modos 18 0,5 11 0,9 8 1,6
Ignorado 30 0,9 13 1,0 13 2,6
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
21Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 30. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Amazonas, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Norte Amazonas
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 31. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Amazonas, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
ano
s
Brasil Região Norte Amazonas
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 32. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Amazonas, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2010 2012 2014 2016 2018
Brasil Região Norte Amazonas
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Em relação à avaliação do grau de incapacidade física no
momento do diagnóstico, o estado do Amazonas apre-
sentou parâmetro “regular” apenas no ano de 2015; nos
demais anos da série, manteve o parâmetro “bom”. No
que se refere ao GIF 2, esse indicador oscilou entre 11,2%
em 2011, com parâmetro “alto”, e 7,7% em 2014 e 9,2%
em 2018, com classificação “média”, segundo os parâ-
metros oficiais (Figura 33).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, observa-se ao longo da série
que o maior percentual foi identificado na atenção secun-
dária, nos anos de 2016 e 2017, correspondendo a 18,1%
e 13,3%, respectivamente (Figura 34).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “regular” na
maioria dos anos, com o menor percentual observado
no ano de 2011 (Figura 35). Entre os anos de 2009 e
2018, observa-se oscilação na frequência de casos que
receberam alta por cura com incapacidade. Em 2018,
foi encontrado o maior quantitativo de GIF 1 na alta, com
118 casos, e em 2010, a maior frequência de GIF 2,
com 78 casos (Figura 36). No período da análise, 1.577
indivíduos receberam alta do tratamento com alguma
inca pacidade física; destes, 554 (35,1%) foram avaliados
com GIF 2.
22 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 33. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Amazonas, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 34. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diag nóstico segundo nível de atenção. Amazonas, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 35. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Amazonas, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 36. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Amazonas, 2009 a 2018
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
0
50
100
150
200
250
300
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
23Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
bahia
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 24.601
casos novos de hanseníase no estado da Bahia. Desses,
4.953 (20,1%) foram diagnosticados com incapacidade
física graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente na faixa
etária de 30 a 59 anos, respondendo por mais de 50% dos
casos. O sexo masculino foi predominante nos indivíduos
avaliados com GIF 1 e 2, sendo o grau 2 correspondente
a 70,3% do total de avaliados. Essa situação também se
verificou quando analisada a variável raça/cor, sendo
a maior frequência observada nos pardos, com quase
60% dos casos avaliados (Tabela 6).
Quanto à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2
em indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
48,8%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas
as categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada
nos casos com GIF 2, correspondendo a 91,6% dos casos.
No que se refere ao modo de detecção, o encaminhamento
apresentou o maior percentual de grau 2, com 60,4%
(Tabela 6).
O estado da Bahia, no ano de 2018, apresentou ende-
micidade “alta” tanto na população de menores de 15 anos
de idade quanto na população geral. Quando analisado
o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção geral
passou de 19,37 para 13,83 casos por 100 mil habitantes,
representando um declínio de 28,6% (Figura 37). A taxa
de detecção anual de casos novos de hanseníase na
população de zero a 14 anos mostrou uma redução de
37,3%, passando de 5,69 para 3,57 casos por 100 mil
habitantes no mesmo período (Figura 38).
O comportamento das taxas de detecção geral e em
menores de 15 e GIF 2 analisadas no estado assemelha-se
ao do país e região. A taxa de casos novos de hanseníase
com grau 2 de incapacidade física apresentou oscilação
ao longo do tempo, com aumento em 2017 e diminuição
em 2018. Entre 2009 e 2018, a redução nesse indicador
foi de 17,3% (Figura 39).
TAbelA 6. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Bahia, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
13.893 100 3.650 100 1.303 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 1.248 9,0 137 3,8 41 3,1
15-29 2.545 18,3 530 14,5 183 14,0
30-59 7.504 54,0 1.974 54,1 676 51,9
60 ou mais 2.596 18,7 1.009 27,6 403 30,9
Sexo
Feminino 7.210 51,9 1.602 43,9 387 29,7
Masculino 6.682 48,1 2.048 56,1 916 70,3
Ignorado 1 0,0 0 0,0 0 0,0
Raça/cor
Branca 2.313 16,6 586 16,1 224 17,2
Preta 2.319 16,7 640 17,5 251 19,3
Amarela 116 0,8 50 1,4 13 1,0
Parda 8.680 62,5 2.243 61,5 778 59,7
Indígena 52 0,4 17 0,5 5 0,4
Ignorado 413 3,0 114 3,1 32 2,5
Escolaridade
Analfabeto 1.131 8,1 487 13,3 277 21,3
Ensino fundamental incompleto
6.609 47,6 1.851 50,7 637 48,9
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
1.624 11,7 378 10,4 113 8,7
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
2.416 17,4 444 12,2 115 8,8
Educação superior completa
419 3,0 41 1,1 19 1,5
Não se aplica 173 1,2 9 0,2 3 0,2
Ignorado 1.521 10,9 440 12,1 139 10,7
Classificação operacional
Paucibacilar 6.653 47,9 759 20,8 109 8,4
Multibacilar 7.235 52,1 2.889 79,2 1.194 91,6
Ignorado 5 0,0 2 0,1 0 0,0
Modo de detecção
Encaminhamento 6.999 50,4 1.996 54,7 788 60,5
Demanda espontânea 4.944 35,6 1.277 35,0 402 30,9
Exame de coletividade 313 2,3 61 1,7 10 0,8
Exame de contatos 1.335 9,6 210 5,8 59 4,5
Outros modos 211 1,5 71 1,9 35 2,7
Ignorado 91 0,7 35 1,0 9 0,7
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
24 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 37. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Bahia, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Nordeste Bahia
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 38. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Bahia, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
ano
s
Brasil Região Nordeste Bahia
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 39. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.) Bahia, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
20,00
2010 2012 2014 2016 2018
Brasil Região Nordeste Bahia
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, a Bahia manteve-se no parâmetro
“regular” para a avaliação do grau de incapacidade física
no momento do diagnóstico. No que se refere ao GIF 2,
esse indicador apresentou o menor percentual em 2014,
com 7,0%, e o maior em 2017, com 12,8%, apresentando
classificação “média” e “alta”, respectivamente, segundo
os parâmetros oficiais (Figura 40).
Analisando a proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, o maior percentual foi obser-
vado na atenção terciária, nos anos de 2017 e 2018,
representando 13,8% e 14%, respectivamente (Figura 41).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária”
em todo período, com o menor percentual observado
no ano de 2015 (Figura 42). Entre os anos de 2009 e
2018, observa-se oscilação na frequência de casos que
receberam alta por cura com incapacidade; 2009 foi o
ano com o maior quantitativo de GIF 1 na alta, com 298
casos, e 2016 apresentou a maior frequência de GIF 2,
com 93 casos (Figura 43). No período da análise, 2.878
indivíduos receberam alta do tratamento com alguma
incapacidade física; destes, 774 (26,9%) foram avaliados
com GIF 2.
25Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 40. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Bahia, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 41. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Bahia, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 42. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Bahia, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 43. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Bahia, 2009 a 2018
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
0
100
200
300
400
500
600
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
26 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
Ceará
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 19.355
casos novos de hanseníase no estado do Ceará. Desses,
1.610 (8,3%) foram diagnosticados com incapacidade
graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente na faixa etária
de 30 a 59 anos, respondendo por aproximadamente
50% dos casos. O sexo masculino foi predominante nos
indivíduos avaliados quanto ao GIF 0, 1 e 2, sendo o grau
2 correspondente a 72,3% do total de avaliados. Essa
situação também se verificou quando analisada a variável
raça/cor, sendo a maior frequência observada nos pardos,
com mais de 50% dos casos avaliados (Tabela 7).
Quanto à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2
em indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
38,8%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas
as categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada
nos casos com GIF 2, correspondendo a 90,6% dos casos.
No que se refere ao modo de detecção, o encaminhamento
apresentou o maior percentual de grau 2, com 59,4%
(Tabela 7).
O estado do Ceará, no ano de 2018, apresentou ende-
micidade “alta” tanto na população de menores de 15 anos
de idade quanto na população geral. Quando analisado
o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção geral
passou de 26,16 para 18,63 casos por 100 mil habitantes,
correspondendo a um decréscimo de 28,8% (Figura 44).
Essa redução também foi observada na taxa de detecção
anual de casos novos de hanseníase na população de zero
a 14 anos, que passou de 4,97 para 3,04 casos por 100 mil
habitantes, representando declínio de 38,8% (Figura 45).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de inca-
pacidade física apresentou oscilação ao longo do tempo;
em 2009, alcançou 18,37, e em 2018, 16,09 casos por
1 milhão de habitantes, com redução de 12,4% no período
(Figura 46). O comportamento das taxas de detecção
geral, menores de 15 anos e GIF 2 analisadas na UF
assemelha-se ao observado no país e na região.
TAbelA 7. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Ceará, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
10.450 100 3.443 100 1.267 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 790 7,6 77 2,2 46 3,6
15-29 1.557 14,9 353 10,3 167 13,2
30-59 5.661 54,2 1.677 48,7 549 43,3
60 ou mais 2.442 23,4 1.336 38,8 505 39,9
Sexo
Feminino 5.155 49,3 1.237 35,9 351 27,7
Masculino 5.294 50,7 2.205 64,0 916 72,3
Ignorado 1 0,0 1 0,0 0 0,0
Raça/cor
Branca 1.972 18,9 650 18,9 196 15,5
Preta 694 6,6 289 8,4 116 9,2
Amarela 120 1,1 24 0,7 9 0,7
Parda 5.810 55,6 1.917 55,7 686 54,1
Indígena 29 0,3 8 0,2 4 0,3
Ignorado 1.825 17,5 555 16,1 256 20,2
Escolaridade
Analfabeto 1.064 10,2 576 16,7 227 17,9
Ensino fundamental incompleto
4.092 39,2 1.457 42,3 491 38,8
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
1.036 9,9 275 8,0 85 6,7
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
1.098 10,5 218 6,3 56 4,4
Educação superior completa
211 2,0 30 0,9 14 1,1
Não se aplica 114 1,1 7 0,2 0 0,0
Ignorado 2.835 27,1 880 25,6 394 31,1
Classificação operacional
Paucibacilar 4.887 46,8 633 18,4 119 9,4
Multibacilar 5.563 53,2 2.810 81,6 1.148 90,6
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 5.802 55,5 1.863 54,1 752 59,4
Demanda espontânea 3.946 37,8 1.343 39,0 415 32,8
Exame de coletividade 183 1,8 65 1,9 22 1,7
Exame de contatos 294 2,8 71 2,1 29 2,3
Outros modos 153 1,5 75 2,2 37 2,9
Ignorado 72 0,7 26 0,8 12 0,9
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
27Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 44. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Ceará, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Nordeste Ceará
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 45. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Ceará, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
anos
Brasil Região Nordeste Ceará
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 46. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Ceará, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,002,004,006,008,00
10,0012,0014,0016,0018,0020,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Nordeste Ceará
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, o Ceará manteve-se no parâmetro
“regular” para a avaliação do grau de incapacidade física
no momento do diagnóstico. No que se refere ao GIF 2,
esse indicador oscilou entre 5,2% em 2014 e 9,1% em
2015, com parâmetro “médio”, e alcançou 10,6% em 2018,
apresentando classificação “alta”, segundo os parâmetros
oficiais (Figura 47).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, observa-se, ao longo da série,
o maior percentual de GIF 2 na atenção secundária, nos
anos de 2017 e 2018, com 14,5% e 16,4%, respecti-
vamente (Figura 48).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária” em
todo período, com o menor percentual observado no ano
de 2015 (Figura 49). Em relação aos casos que receberam
alta por cura com avaliação da incapacidade, observa-se
que 2010 foi o ano com o maior quantitativo de GIF 1 e
GIF 2 na alta, com 320 e 129 casos, respectivamente
(Figura 50). No período da análise, 3.578 indivíduos rece-
beram alta do tratamento com alguma incapacidade
física; destes, 1.043 (29,2%) foram avaliados com GIF 2.
28 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 47. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Ceará, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 48. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Ceará, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 49. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Ceará, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 50. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Ceará, 2009 a 2018
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
0
100
200
300
400
500
600
700
800
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
29Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
distrito Federal
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 1.972
casos novos de hanseníase no Distrito Federal. Desses,
707 (35,9%) foram diagnosticados com incapacidade
graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente na faixa etária
de 30 a 59 anos, respondendo por mais de 50% dos
casos. O sexo masculino foi predominante nos indivíduos
avaliados com GIF 0, 1 e 2, sendo o grau 2 correspondente
a 60,1% do total de avaliados (Tabela 8).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada nos
pardos, com mais de 47% dos casos avaliados. Quanto
à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2 em
indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
46,8%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas as
categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada nos
casos com GIF 2, correspondendo a 93,7% dos casos. No
que se refere ao modo de detecção, o encaminhamento
apresentou o maior percentual de grau 2, com 57,6%
(Tabela 8).
O Distrito Federal, no ano de 2018, apresentou ende-
micidade “baixa” na população de menores de 15 anos
de idade e “média” na população geral. Quando analisado
o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção geral
passou de 9,40 para 4,51 casos por 100 mil habitantes,
representando um decréscimo de 52% (Figura 51). Essa
redução também foi observada na taxa de detecção anual
de casos novos de hanseníase na população de zero a
14 anos, que passou de 0,89 para 0,48 casos por 100 mil
habitantes, com declínio de 46,1% (Figura 52).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo do
tempo; em 2009, a taxa foi de 11,12, e em 2018, de
2,58 casos por 1 milhão de habitantes, com redução de
76,8% no período (Figura 53). O comportamento das
três taxas analisadas no estado acompanha o observado
no país e na região.
TAbelA 8. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Distrito Federal, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
933 100 549 100 158 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 53 5,7 9 1,6 4 2,5
15-29 241 25,8 114 20,8 28 17,7
30-59 520 55,7 335 61,0 83 52,5
60 ou mais 119 12,8 91 16,6 43 27,2
Sexo
Feminino 458 49,1 270 49,2 63 39,9
Masculino 475 50,9 279 50,8 95 60,1
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 302 32,4 153 27,9 40 25,3
Preta 120 12,9 69 12,6 32 20,3
Amarela 17 1,8 8 1,5 3 1,9
Parda 439 47,1 278 50,6 72 45,6
Indígena 4 0,4 0 0,0 1 0,6
Ignorado 51 5,5 41 7,5 10 6,3
Escolaridade
Analfabeto 32 3,4 32 5,8 7 4,4
Ensino fundamental incompleto
342 36,7 236 43,0 74 46,8
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
172 18,4 102 18,6 22 13,9
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
183 19,6 51 9,3 21 13,3
Educação superior completa
61 6,5 22 4,0 2 1,3
Não se aplica 10 1,1 0 0,0 0 0,0
Ignorado 133 14,3 106 19,3 32 20,3
Classificação operacional
Paucibacilar 349 37,4 78 14,2 10 6,3
Multibacilar 584 62,6 469 85,4 148 93,7
Ignorado 0 0,0 2 0,4 0 0,0
Modo de detecção
Encaminhamento 433 46,4 289 52,6 91 57,6
Demanda espontânea 360 38,6 205 37,3 52 32,9
Exame de coletividade 35 3,8 16 2,9 9 5,7
Exame de contatos 95 10,2 33 6,0 3 1,9
Outros modos 8 0,9 3 0,5 1 0,6
Ignorado 2 0,2 3 0,5 2 1,3
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
30 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 51. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Distrito Federal, região CentroOeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Centro-Oeste Distrito Federal
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 52. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Distrito Federal, região CentroOeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
anos
Distrito Federal Brasil Região Centro-Oeste
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 53. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Distrito Federal, região CentroOeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Centro-Oeste Distrito Federal
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, o Distrito Federal apresentou
importante oscilação nos parâmetros de avaliação do
grau de incapacidade física no momento do diagnóstico,
iniciando a série com parâmetro “bom” e finalizando
com parâmetro “precário”. No que se refere ao GIF 2,
esse indicador oscilou entre 5,0% em 2014 e 16,7% em
2016, com parâmetro “médio” e “alto”, e alcançou 8% em
2018, apresentando classificação “média”, segundo os
parâmetros oficiais (Figura 54).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, observa-se, ao longo da série,
o maior percentual de GIF 2 na atenção secundária, com
25% dos casos no ano de 2015 (Figura 55).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “regular” na
maioria dos anos, com o menor percentual observado em
2018 (Figura 56). Em relação aos casos que receberam
alta por cura com avaliação da incapacidade, observa-se
que 2009 foi o ano com o maior quantitativo de GIF 1 e
GIF 2 na alta: 67 e 25 casos respectivamente (Figura 57).
No período da análise, 581 indivíduos receberam alta
do tratamento com alguma incapacidade física; destes,
147 (25,3%) foram avaliados com GIF 2.
31Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 54. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Distrito Federal, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 55. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Distrito Federal, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 56. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Distrito Federal, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 57. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Distrito Federal, 2009 a 2018
0
100
200
300
400
500
600
700
0
20
40
60
80
100
120
140
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
32 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
espírito Santo
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados
7.259 casos novos de hanseníase no estado do Espírito
Santo. Desses, 1.897 (26,1%) foram diagnosticados com
incapacidade graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente
na faixa etária de 30 a 59 anos, respondendo por mais de
50% dos casos. O sexo masculino foi predominante nos
indivíduos avaliados quanto ao GIF 0, 1 e 2, sendo o grau
2 correspondente a 74% do total de avaliados (Tabela 9).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada nos
pardos, com mais de 43% dos casos avaliados. Quanto
à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2 em
indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
56,4%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes no GIF 1 e
2, sendo a diferença mais acentuada nos casos com GIF
2, correspondendo a 83,9% dos casos. No que se refere
ao modo de detecção, o encaminhamento apresentou o
maior percentual de grau 2, com 62,5% (Tabela 9).
O estado do Espírito Santo, no ano de 2018, apresentou
endemicidade “alta” tanto na população de menores de
15 anos de idade quanto na população geral. Quando
analisado o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção
geral passou de 29,94 para 11,48 casos por 100 mil
habitantes, correspondendo a um decréscimo de 61,7%
(Figura 58). Essa redução também foi observada na taxa
de detecção anual de casos novos de hanseníase na
população de zero a 14 anos, que passou de 9,25 para
3,09 casos por 100 mil habitantes, representando declínio
de 66,6% (Figura 59).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo
do tempo; em 2009, alcançou 14,34, e em 2018, 5,17
casos por 1 milhão de habitantes, com redução de 64%
no período (Figura 60). O comportamento das três taxas
analisadas na UF assemelha-se ao observado no país
e região.
TAbelA 9. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Espírito Santo, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
4.885 100 1.500 100 397 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 414 8,5 25 1,7 9 2,3
15-29 1.050 21,5 179 11,9 45 11,3
30-59 2.597 53,2 802 53,5 204 51,4
60 ou mais 824 16,9 494 32,9 139 35,0
Sexo
Feminino 2.414 49,4 568 37,9 103 25,9
Masculino 2.470 50,6 932 62,1 294 74,1
Ignorado 1 0,0 0 0,0 0 0,0
Raça/cor
Branca 1.645 33,7 568 37,9 130 32,7
Preta 694 14,2 240 16,0 76 19,1
Amarela 24 0,5 13 0,9 1 0,3
Parda 2.400 49,1 648 43,2 179 45,1
Indígena 7 0,1 4 0,3 0 0,0
Ignorado 115 2,4 27 1,8 11 2,8
Escolaridade
Analfabeto 332 6,8 207 13,8 64 16,1
Ensino fundamental incompleto
2.413 49,4 843 56,2 224 56,4
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
802 16,4 180 12,0 40 10,1
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
895 18,3 165 11,0 32 8,1
Educação superior completa
176 3,6 27 1,8 7 1,8
Não se aplica 56 1,1 2 0,1 0 0,0
Ignorado 211 4,3 76 5,1 30 7,6
Classificação operacional
Paucibacilar 3.063 62,7 370 24,7 64 16,1
Multibacilar 1.822 37,3 1.130 75,3 333 83,9
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 2.457 50,3 833 55,5 248 62,5
Demanda espontânea 1.771 36,3 509 33,9 116 29,2
Exame de coletividade 95 1,9 32 2,1 5 1,3
Exame de contatos 479 9,8 84 5,6 13 3,3
Outros modos 78 1,6 35 2,3 15 3,8
Ignorado 5 0,1 7 0,5 0 0,0
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
33Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 58. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Espírito Santo, região Sudeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Sudeste Espírito Santo
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 59. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Espírito Santo, região Sudeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
ano
s
Brasil Região Sudeste Espírito Santo
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 60. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Espírito Santo, região Sudeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Sudeste Espírito Santo
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, o Espírito Santo manteve-se no parâ-
metro “bom” para a avaliação do grau de incapacidade
física no momento do diagnóstico. No que se refere ao
GIF 2, esse indicador oscilou entre 4,9% em 2015, 8,9%
em 2016 e 4,8% em 2018, apresentando classificação
“baixa”, segundo os parâmetros oficiais (Figura 61).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, observou-se variação entre os
três níveis de atenção. Os maiores percentuais ao longo
da série, na atenção primária, ocorreram em 2016, com
9,4%; na atenção secundária, em 2014, com 8,6%; e na
atenção terciária, em 2009, com 12% (Figura 62).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “regular” em
todo período, com o menor percentual observado no ano
de 2018 (Figura 63). Em relação aos casos que receberam
alta por cura com avaliação da incapacidade, observa-
se que 2011 foi o ano com o maior quantitativo de GIF
1 na alta, com 164 casos, e 2012, o ano com o maior
quantitativo de GIF 2 na alta, com 47 casos (Figura 64).
No período da análise, 1.514 indivíduos receberam alta
do tratamento com alguma incapacidade física; destes,
330 (21,8%) foram avaliados com GIF 2.
34 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 61. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Espírito Santo, 2009 a 2018
0102030405060708090
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 62. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Espírito Santo, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 63. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Espírito Santo, 2009 a 2018
75
80
85
90
95
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 64. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Espírito Santo, 2009 a 2018
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
0
50
100
150
200
250
300
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
35Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
goiás
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 19.277
casos novos de hanseníase do estado de Goiás. Desses,
4.624 (24%) foram diagnosticados com incapacidade
graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente na faixa etária
de 30 a 59 anos, respondendo por mais de 50% dos casos.
O sexo masculino foi predominante nos indivíduos ava-
liados quanto ao GIF 0, 1 e 2, sendo o grau 2 correspon-
dente a 69,9% do total de avaliados (Tabela 10).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada nos
pardos, com mais de 50% dos casos avaliados. Quanto
à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2 em
indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
55,9%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas as
categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada nos
casos com GIF 2, correspondendo a 97,9% dos casos. No
que se refere ao modo de detecção, o encaminhamento
apresentou o maior percentual de grau 2, com 52,6%
(Tabela 10).
O estado de Goiás, no ano de 2018, apresentou ende-
micidade “alta” na população de menores de 15 anos
de idade e “muito alta” na população geral. Quando
analisado o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção
geral passou de 43,25 para 21,46 casos por 100 mil
habitantes, correspondendo a um decréscimo de 50,4%
(Figura 65). Essa redução também foi observada na taxa
de detecção anual de casos novos de hanseníase na
população de zero a 14 anos, que passou de 6,25 para
3,01 casos por 100 mil habitantes, representando declínio
de 51,8% (Figura 66).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo do
tempo. Em 2009, alcançou 21,43, e em 2018, 14,87 casos
por 1 milhão de hab., com redução de 30,6% no período
(Figura 67). O comportamento das três taxas analisadas
na UF acompanha o observado no país e na região.
TAbelA 10. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Goiás, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
12.848 100 3.522 100 1.102 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 665 5,2 45 1,3 23 2,1
15-29 2.149 16,7 419 11,9 130 11,8
30-59 7.728 60,1 2.076 58,9 623 56,5
60 ou mais 2.306 17,9 982 27,9 326 29,6
Sexo
Feminino 5.615 43,7 1.309 37,2 332 30,1
Masculino 7.232 56,3 2.213 62,8 770 69,9
Ignorado 1 0,0 0 0,0 0 0,0
Raça/cor
Branca 4.267 33,2 1.162 33,0 345 31,3
Preta 1.475 11,5 432 12,3 120 10,9
Amarela 156 1,2 40 1,1 13 1,2
Parda 6.686 52,0 1.812 51,4 591 53,6
Indígena 36 0,3 10 0,3 2 0,2
Ignorado 228 1,8 66 1,9 31 2,8
Escolaridade
Analfabeto 874 6,8 358 10,2 146 13,2
Ensino fundamental incompleto
6.308 49,1 1.867 53,0 616 55,9
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
2.050 16,0 468 13,3 129 11,7
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
1.873 14,6 392 11,1 75 6,8
Educação superior completa
425 3,3 72 2,0 13 1,2
Não se aplica 92 0,7 5 0,1 0 0,0
Ignorado 1.226 9,5 360 10,2 123 11,2
Classificação operacional
Paucibacilar 4.015 31,3 298 8,5 23 2,1
Multibacilar 8.833 68,8 3.223 91,5 1.079 97,9
Ignorado 0 0,0 1 0,0 0 0,0
Modo de detecção
Encaminhamento 5.235 40,7 1.668 47,4 580 52,6
Demanda espontânea 6.572 51,2 1.627 46,2 456 41,4
Exame de coletividade 187 1,5 39 1,1 24 2,2
Exame de contatos 607 4,7 107 3,0 19 1,7
Outros modos 175 1,4 62 1,8 18 1,6
Ignorado 72 0,6 19 0,5 5 0,5
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
36 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 65. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Goiás, região CentroOeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Centro-Oeste Goiás
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 66. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Goiás, região CentroOeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
ano
s
Goiás Brasil Região Centro-Oeste
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 67. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Goiás, região CentroOeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Centro-Oeste Goiás
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, Goiás manteve-se no parâmetro
“bom” para a avaliação do grau de incapacidade física no
momento do diagnóstico. No que se refere ao GIF 2, esse
indicador manteve-se estável em toda série histórica; em
2018, obteve 7,3%, apresentando classificação “média”,
segundo os parâmetros oficiais (Figura 68).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, observou-se variação entre os
três níveis de atenção. Os maiores percentuais ao longo da
série, na atenção primária, foram 6,5% em 2015 e 2018;
na atenção secundária, 10,5% em 2018; e na atenção
terciária, 11,1% em 2012 (Figura 69).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária” na
maioria dos anos, com o menor percentual observado
no ano de 2012 (Figura 70). Em relação aos casos que
receberam alta por cura com avaliação da incapacidade,
observa-se que 2010 foi o ano com o maior quantitativo
de GIF 1 na alta, com 252 casos, e 2016, o ano com o
maior quantitativo de GIF 2, com 75 casos (Figura 71).
No período da análise, 2.625 indivíduos receberam alta
do tratamento com alguma incapacidade física; destes,
670 (25,5%) foram avaliados com GIF 2.
37Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 68. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Goiás, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 69. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Goiás, 2009 a 2018
0
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 70. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Goiás, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 71. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Goiás, 2009 a 2018
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
050
100150200250300350400450500
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
38 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
Maranhão
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 35.866
casos novos de hanseníase no estado do Maranhão.
Desses, 5.744 (16%) foram diagnosticados com
incapacidade graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente
na faixa etária de 30 a 59 anos, respondendo por mais de
44% dos casos. O sexo masculino foi predominante nos
indivíduos avaliados quanto ao GIF 0, 1 e 2, sendo o grau 2
correspondente a 71,3% do total de avaliados (Tabela 11).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada nos
pardos, com mais de 60% dos casos avaliados. Quanto
à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2 em
indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
48,5%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas
as categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada
nos casos com GIF 2, correspondendo a 95,1% dos
casos. No que se refere ao modo de detecção, a demanda
espontânea apresentou o maior percentual de grau 2, com
50,3% (Tabela 11).
O estado do Maranhão, no ano de 2018, apresentou
parâmetro “hiperendêmico” tanto na população de
menores de 15 anos de idade quanto na população geral.
Quando analisado o período de 2009 a 2018, a taxa de
detecção geral passou de 61,99 para 44,94 casos por
100 mil habitantes, correspondendo a um decréscimo
de 27,5% (Figura 72). Essa redução também foi observada
na taxa de detecção anual de casos novos de hanseníase
na população de zero a 14 anos, que passou de 18,25
para 15,21 casos por 100 mil habitantes, representando
declínio de 16,7% (Figura 73).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de inca-
pacidade física apresentou oscilação ao longo do tempo.
Em 2009, alcançou 39,42, e em 2018, 29,53 casos por
1 milhão de habitantes, com redução de 25,1% no período
(Figura 74). O comportamento das três taxas analisadas
na UF acompanha o observado no país e na região.
TAbelA 11. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Maranhão, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
19.557 100 7.593 100 2.151 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 2.515 12,9 373 4,9 103 4,8
15-29 4.606 23,6 1.377 18,1 402 18,7
30-59 9.228 47,2 3.809 50,2 961 44,7
60 ou mais 3.208 16,4 2.034 26,8 685 31,8
Sexo
Feminino 9.367 47,9 3.030 39,9 618 28,7
Masculino 10.190 52,1 4.563 60,1 1.533 71,3
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 3.089 15,8 1.172 15,4 327 15,2
Preta 3.149 16,1 1.313 17,3 375 17,4
Amarela 196 1,0 82 1,1 22 1,0
Parda 12.837 65,6 4.877 64,2 1.395 64,9
Indígena 53 0,3 31 0,4 6 0,3
Ignorado 233 1,2 118 1,6 26 1,2
Escolaridade
Analfabeto 2.551 13,0 1.578 20,8 622 28,9
Ensino fundamental incompleto
9.676 49,5 3.834 50,5 1.044 48,5
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
2.723 13,9 892 11,7 215 10,0
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
3.303 16,9 913 12,0 189 8,8
Educação superior completa
508 2,6 100 1,3 11 0,5
Não se aplica 325 1,7 26 0,3 6 0,3
Ignorado 471 2,4 250 3,3 64 3,0
Classificação operacional
Paucibacilar 7.686 39,3 1.030 13,6 106 4,9
Multibacilar 11.871 60,7 6.563 86,4 2.045 95,1
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 7.603 38,9 3.189 42,0 902 41,9
Demanda espontânea 9.982 51,0 3.723 49,0 1.082 50,3
Exame de coletividade 878 4,5 332 4,4 71 3,3
Exame de contatos 826 4,2 209 2,8 55 2,6
Outros modos 179 0,9 91 1,2 31 1,4
Ignorado 89 0,5 49 0,6 10 0,5
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
39Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 72. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Maranhão, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Nordeste Maranhão
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 73. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Maranhão, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
anos
Brasil Região Nordeste Maranhão
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 74. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Maranhão, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Nordeste Maranhão
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, o Maranhão manteve-se no parâmetro
“regular” para a avaliação do grau de incapacidade física
no momento do diagnóstico. No que se refere ao GIF 2,
esse indicador manteve-se estável em toda série histórica,
obtendo, em 2018, 7,7% de GIF 2 e apresentando
classificação “média”, segundo os parâmetros oficiais
(Figura 75).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, observa-se, ao longo da série,
que o maior percentual de GIF 2 variou entre os três níveis
de atenção. Os maiores percentuais ao longo da série
ocorreram, na atenção primária, em 2012, com 8,3%; na
atenção secundária, em 2016, com 8,8%; e na atenção
terciária, em 2014, com 8,2% (Figura 76).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária”, em
todo período, com o menor percentual observado no ano
de 2013 (Figura 77). Em relação aos casos que receberam
alta por cura com avaliação da incapacidade, observa-
se que 2009 foi o ano com o maior quantitativo de GIF
1 na alta, com 491 casos, e 2016, o ano com o maior
quantitativo de GIF 2 na alta, com 161 casos (Figura 78).
No período da análise, 5.694 indivíduos receberam alta
do tratamento com alguma incapacidade física; destes,
1.361 (23,9%) foram avaliados com GIF 2.
40 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 75. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Maranhão, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 76. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Maranhão, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 77. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Maranhão, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 78. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Maranhão, 2009 a 2018
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
0100200300400500600700800900
1000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
41Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
Mato grosso
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados
29.684 casos novos de hanseníase no estado do Mato
Grosso. Desses, 9.043 (30,5%) foram diagnosticados com
incapacidade graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente
na faixa etária de 30 a 59 anos, respondendo por mais de
55% dos casos. O sexo masculino foi predominante nos
indivíduos avaliados quanto ao GIF 0, 1 e 2, sendo o grau 2
correspondente a 65,7% do total de avaliados (Tabela 12).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada nos
pardos, com mais de 50% dos casos avaliados. Quanto
à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2 em
indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
58,4%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas
as categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada
nos casos com GIF 2, correspondendo a 95,6% dos
casos. No que se refere ao modo de detecção, a demanda
espontânea apresentou o maior percentual de grau 2, com
50,1% (Tabela 12).
O estado de Mato Grosso, no ano de 2018, apresentou
parâmetro “hiperendêmico” tanto na população de
menores de 15 anos de idade quanto na população geral.
Quando analisado o período de 2009 a 2018, verifica-
se que a taxa de detecção geral passou de 89,48 para
138,30 casos por 100 mil habitantes, correspondendo
a um acréscimo de 54,6% (Figura 79). Esse aumento
também foi observado na taxa de detecção anual de casos
novos de hanseníase na população de zero a 14 anos, que
passou de 17,37 para 24,56 casos por 100 mil habitantes,
representando incremento de 41,4% (Figura 80).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo do
tempo; em 2009, foi de 33,65, e em 2018, de 62,08 casos
por 1 milhão de habitantes, com incremento de 84,5%
no período (Figura 81). O comportamento das três taxas
analisadas do estado difere do comportamento do país
e região.
TAbelA 12. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Mato Grosso, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
16.459 100 7.686 100 1.357 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 1.202 7,3 230 3,0 29 2,1
15-29 3.034 18,4 952 12,4 151 11,1
30-59 9.933 60,3 4.867 63,3 767 56,5
60 ou mais 2.290 13,9 1.637 21,3 410 30,2
Sexo
Feminino 8.094 49,2 3.567 46,4 466 34,3
Masculino 8.365 50,8 4.119 53,6 891 65,7
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 5.568 33,8 2.553 33,2 433 31,9
Preta 1.941 11,8 989 12,9 188 13,9
Amarela 135 0,8 60 0,8 10 0,7
Parda 8.633 52,5 3.975 51,7 710 52,3
Indígena 54 0,3 42 0,5 8 0,6
Ignorado 128 0,8 67 0,9 8 0,6
Escolaridade
Analfabeto 1.138 6,9 764 9,9 203 15,0
Ensino fundamental incompleto
8.281 50,3 4.040 52,6 792 58,4
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
2.598 15,8 1.098 14,3 149 11,0
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
2.768 16,8 1.082 14,1 103 7,6
Educação superior completa
773 4,7 277 3,6 24 1,8
Não se aplica 151 0,9 12 0,2 0 0,0
Ignorado 750 4,6 413 5,4 86 6,3
Classificação operacional
Paucibacilar 5.238 31,8 751 9,8 60 4,4
Multibacilar 11.221 68,2 6.935 90,2 1.297 95,6
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 4.191 25,5 1.818 23,7 386 28,4
Demanda espontânea 8.162 49,6 3.723 48,4 680 50,1
Exame de coletividade 1.049 6,4 614 8,0 96 7,1
Exame de contatos 2.750 16,7 1.379 17,9 140 10,3
Outros modos 259 1,6 122 1,6 49 3,6
Ignorado 48 0,3 30 0,4 6 0,4
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
42 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 79. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Mato Grosso, região CentroOeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
160,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 80. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Mato Grosso, região CentroOeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
anos
Mato Grosso Brasil Região Centro-Oeste
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 81. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.) Mato Grosso, região CentroOeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, o Mato Grosso manteve-se no parâ-
metro “regular” para a avaliação do grau de incapacidade
física no momento do diagnóstico. No que se refere
ao GIF 2, esse indicador manteve-se estável em toda
série histórica, obtendo 5,4% em 2018 e apresentando
classificação “média”, segundo os parâmetros oficiais
(Figura 82).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, observa-se, ao longo da série,
que o maior percentual de GIF 2 variou entre dois níveis
de atenção. Os maiores percentuais observados ao longo
da série foram 7,1% na atenção secundária, e 24,6% na
atenção terciária, ambos em 2018 (Figura 83).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária”na
maior parte do período, com o menor percentual observado
no ano de 2016 (Figura 84). Em relação aos casos que
receberam alta por cura com avaliação da incapacidade,
observa-se que 2014 foi o ano com o maior quantitativo
de GIF 1 na alta, com 345 casos, e 2012, o ano com o
maior quantitativo de GIF 2, com 69 casos (Figura 85).
No período da análise, 3.602 indivíduos receberam alta
do tratamento com alguma incapacidade física; destes,
598 (16,6%) foram avaliados com GIF 2.
43Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 82. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Mato Grosso, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 83. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Mato Grosso, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 84. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Mato Grosso, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 85. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Mato Grosso, 2009 a 2018
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
0
100
200
300
400
500
600
700
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
44 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
Mato grosso do Sul
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 6.598
casos novos de hanseníase no estado de Mato Grosso
do Sul. Desses, 2.317 (35,1%) foram diagnosticados com
incapacidade graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente
na faixa etária de 30 a 59 anos, respondendo por mais
de 50% dos casos. O sexo masculino foi predominante
nos indivíduos avaliados quanto ao GIF 0, 1 e 2, sendo
o grau 2 correspondente a 65,9% do total de avaliados
(Tabela 13).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada nos
pardos, com mais de 43% dos casos avaliados. Quanto
à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2 em
indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
55,4%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas
as categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada
nos casos com GIF 2, correspondendo a 95,2% dos
casos. No que se refere ao modo de detecção, a demanda
espontânea apresentou o maior percentual de grau 2, com
38,7% (Tabela 13).
O estado de Mato Grosso do Sul, no ano de 2018, apre-
sentou parâmetro de endemicidade “médio” na população
de menores de 15 anos de idade e “alto” na população
geral. Quando analisado o período de 2009 a 2018, a taxa
de detecção geral passou de 27,92 para 12,83 casos por
100 mil habitantes, correspondendo a um decréscimo de
54,1% (Figura 86). Essa redução também foi observada
na taxa de detecção anual de casos novos de hanseníase
na população de zero a 14 anos, que passou de 3,88 para
1,42 casos por 100 mil habitantes, representando declínio
de 63,4% (Figura 87).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo do
tempo. No ano de 2009, a taxa foi de 13,98, e em 2018,
de 10,21 casos por 1 milhão de habitantes, com declínio
de 27% no período (Figura 88). O comportamento das
três taxas analisadas na UF acompanha o observado no
país e na região.
TAbelA 13. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Mato Grosso do Sul, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
2.857 100 1.821 100 496 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 170 6,0 48 2,6 3 0,6
15-29 416 14,6 176 9,7 32 6,5
30-59 1.699 59,5 1.103 60,6 260 52,4
60 ou mais 572 20,0 494 27,1 201 40,5
Sexo
Feminino 1.318 46,1 878 48,2 169 34,1
Masculino 1.539 53,9 943 51,8 327 65,9
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 1.217 42,6 758 41,6 193 38,9
Preta 273 9,6 175 9,6 62 12,5
Amarela 27 0,9 13 0,7 3 0,6
Parda 1.250 43,8 796 43,7 220 44,4
Indígena 25 0,9 11 0,6 4 0,8
Ignorado 65 2,3 68 3,7 14 2,8
Escolaridade
Analfabeto 231 8,1 197 10,8 90 18,1
Ensino fundamental incompleto
1.438 50,3 913 50,1 275 55,4
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
364 12,7 183 10,0 30 6,0
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
327 11,4 153 8,4 19 3,8
Educação superior completa
72 2,5 37 2,0 7 1,4
Não se aplica 24 0,8 7 0,4 2 0,4
Ignorado 401 14,0 331 18,2 73 14,7
Classificação operacional
Paucibacilar 1.002 35,1 255 14,0 24 4,8
Multibacilar 1.855 64,9 1.566 86,0 472 95,2
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 921 32,2 646 35,5 166 33,5
Demanda espontânea 1.171 41,0 680 37,3 192 38,7
Exame de coletividade 157 5,5 91 5,0 31 6,3
Exame de contatos 511 17,9 330 18,1 75 15,1
Outros modos 60 2,1 41 2,3 19 3,8
Ignorado 37 1,3 33 1,8 13 2,6
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
45Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 86. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Mato Grosso do Sul, região CentroOeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 87. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Mato Grosso do Sul, região CentroOeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
anos
Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 88. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Mato Grosso do Sul, região CentroOeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, o Mato Grosso do Sul manteve-
-se no parâmetro “regular” para a avaliação do grau de
incapacidade física no momento do diagnóstico, exceto
no ano de 2016, que apresentou parâmetro “precário”.
No que se refere ao GIF 2, esse indicador oscilou entre
6,1% em 2014, com o menor percentual, e 13,6% em
2016, com o maior percentual; em 2018, obteve 10,4%,
apresentando classificação “alta”, segundo os parâmetros
oficiais (Figura 89).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, observa-se, ao longo da série,
que o maior percentual variou entre dois níveis de atenção.
Os maiores percentuais de GIF 2 ocorreram na atenção
primária, com 13,5% em 2010, e na atenção terciária, com
24,3% em 2018 (Figura 90).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária” em
todo período, com o menor percentual observado no ano
de 2009 (Figura 91). Em relação aos casos que receberam
alta por cura com avaliação da incapacidade, observa-
se que 2013 foi o ano com o maior quantitativo de GIF
1 na alta, com 175 casos, e 2014, o ano com o maior
quantitativo de GIF 2 na alta, com 55 casos (Figura 92).
No período da análise, 1.557 indivíduos receberam alta
do tratamento com alguma incapacidade física; destes,
353 (22,7%) foram avaliados com GIF 2.
46 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 89. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Mato Grosso do Sul, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 90. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Mato Grosso do
Sul, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 91. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Mato Grosso do Sul, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 92. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Mato Grosso do Sul, 2009 a 2018
02004006008001.0001.2001.4001.6001.800
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
47Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
Minas gerais
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados
13.315 casos novos de hanseníase no estado de Minas
Gerais. Desses, 4.548 (34,2%) foram diagnosticados com
incapacidade graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente
na faixa etária de 30 a 59 anos, respondendo por mais
de 50% dos casos. O sexo masculino foi predominante
nos indivíduos avaliados quanto ao GIF 0, 1 e 2, sendo
o grau 2 correspondente a 70,3% do total de avaliados
(Tabela 14).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável a raça/cor, sendo a maior frequência observada
nos pardos, com mais de 41% dos casos avaliados.
Quanto à escolaridade, houve maior predomínio de GIF
2 em indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
55,2%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas
as categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada
nos casos com GIF 2, correspondendo a 92,7% dos casos.
No que se refere ao modo de detecção, o encaminhamento
apresentou o maior percentual de grau 2, com 59,7%
(Tabela 14).
O estado de Minas Gerais, no ano de 2018, apresentou
endemicidade “média” tanto na população de menores
de 15 anos de idade quanto na população geral. Quando
analisado o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção
geral passou de 9,39 para 4,93 casos por 100 mil
habitantes, correspondendo a um decréscimo de 47,5%
(Figura 93). Essa redução também foi observada na
taxa de detecção anual de casos novos de hanseníase
na população de zero a 14 anos, que passou de 1,73
para 1,38 casos por 100 mil habitantes, representando
incremento de 20,2% (Figura 94).
A taxa de casos novos com grau 2 de incapacidade física
apresentou oscilação ao longo do tempo; em 2009, foi de
8,98, e em 2018, de 5,27 casos por 1 milhão de habitantes.
Durante o período, o declínio no indicador foi de 41,3%
(Figura 95). O comportamento das taxas de detecção geral
e do GIF 2 analisadas na UF acompanha o observado
no país e na região; entretanto, a taxa da população em
menores de 15 anos apresentou diferenças.
TAbelA 14. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Minas Gerais, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
6.630 100 3.241 100 1.307 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 458 6,9 46 1,4 13 1,0
15-29 1.018 15,4 315 9,7 83 6,4
30-59 3.724 56,2 1.835 56,6 691 52,9
60 ou mais 1.430 21,6 1.045 32,2 520 39,8
Sexo
Feminino 3.162 47,7 1.285 39,6 388 29,7
Masculino 3.468 52,3 1.956 60,4 919 70,3
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 2.354 35,5 1.212 37,4 455 34,8
Preta 981 14,8 516 15,9 227 17,4
Amarela 72 1,1 40 1,2 12 0,9
Parda 2.905 43,8 1.340 41,3 555 42,5
Indígena 21 0,3 10 0,3 4 0,3
Ignorado 297 4,5 123 3,8 54 4,1
Escolaridade
Analfabeto 522 7,9 419 12,9 225 17,2
Ensino fundamental incompleto
3.262 49,2 1.746 53,9 721 55,2
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
826 12,5 293 9,0 81 6,2
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
883 13,3 285 8,8 69 5,3
Educação superior completa
238 3,6 68 2,1 14 1,1
Não se aplica 74 1,1 4 0,1 0 0,0
Ignorado 825 12,4 426 13,1 197 15,1
Classificação operacional
Paucibacilar 2.708 40,8 471 14,5 95 7,3
Multibacilar 3.922 59,2 2.769 85,4 1.212 92,7
Ignorado 0 0,0 1 0,0 0 0,0
Modo de detecção
Encaminhamento 3.350 50,5 1.719 53,0 776 59,4
Demanda espontânea 2.283 34,4 1.191 36,7 411 31,4
Exame de coletividade 111 1,7 56 1,7 13 1,0
Exame de contatos 745 11,2 201 6,2 62 4,7
Outros modos 114 1,7 52 1,6 35 2,7
Ignorado 27 0,4 22 0,7 10 0,8
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
48 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 93. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Minas Gerais, região Sudeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Sudeste Minas Gerais
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 94. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Minas Gerais, região Sudeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
anos
Brasil Região Sudeste Minas Gerais
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 95. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Minas Gerais, região Sudeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Sudeste Minas Gerais
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, Minas Gerais manteve-se no parâ-
metro “bom” para a avaliação do grau de incapacidade
física no momento do diagnóstico, exceto no ano de
2017, que apresentou parâmetro “regular”. No que se
refere ao GIF 2, esse indicador oscilou entre 9,9% em
2009, como o menor percentual, e 13,8% em 2016, como
o maior percentual; em 2018, obteve 11,8%, apresentando
classificação “alta”, segundo os parâmetros oficiais
(Figura 96).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, ao longo da série, o maior
percentual variou entre dois níveis de atenção, ocorrendo
na atenção primária, com 13,1% em 2012, e na atenção
terciária, com 26,2% em 2016 (Figura 97).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária”
em todo período, com o menor percentual observado
no ano de 2018 (Figura 98). Em relação aos casos que
receberam alta por cura com avaliação da incapacidade,
o ano de 2009 apresentou o maior quantitativo de GIF 1 e
de GIF 2 na alta, com 414 e 141 casos, respectivamente
(Figura 99). No período da análise, 3.559 indivíduos
receberam alta do tratamento com alguma incapacidade
física; destes, 1.037 (29,1%) foram avaliados com GIF 2.
49Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 96. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Minas Gerais, 2009 a 2018
0102030405060708090
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 97. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Minas Gerais, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 98. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Minas Gerais, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 99. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Minas Gerais, 2009 a 2018
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
0
100
200
300
400
500
600
700
800
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
50 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
Pará
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 32.926
casos novos de hanseníase no estado do Pará. Desses,
8.866 (26,9%) foram diagnosticados com incapacidade
graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente na faixa
etária de 30 a 59 anos, respondendo por mais de 49%
dos casos. O sexo masculino foi predominante nos
indivíduos avaliados quanto ao GIF 0, 1 e 2, sendo o grau
2 correspondente a 75,9% do total de avaliados. Essa
situação também se verificou quando analisada a variável
raça/cor, sendo a maior frequência observada nos pardos,
com mais de 60% dos casos avaliados (Tabela 15).
Quanto à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2
em indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
58,0%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas
as categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada
nos casos com GIF 2, correspondendo a 95,6% dos
casos. No que se refere ao modo de detecção, a demanda
espontânea apresentou o maior percentual de grau 2, com
47,5% (Tabela 15).
O estado do Pará, no ano de 2018, apresentou parâmetro
“hiperendêmico” na população de menores de 15 anos de
idade e “muito alto” na população geral. Quando analisado
o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção geral
passou de 55,70 para 30,44 casos por 100 mil habitantes,
correspondendo a um decréscimo de 45,4% (Figura 100).
Essa redução também foi observada na taxa de detecção
anual de casos novos de hanseníase na população de
zero a 14 anos, que passou de 19,11 para 11,10 casos
por 100 mil habitantes, representando declínio de 41,9%
(Figura 101).
A taxa de casos novos com grau 2 de incapacidade física
apresentou oscilação ao longo do tempo; em 2009, foi
de 30,28, e em 2018, de 23,53 casos por 1 milhão de
habitantes. Durante o período, o decréscimo no indicador
foi de 22,3% (Figura 102). O comportamento das taxas
de detecção geral e em menores de 15 anos analisadas
na UF acompanha o observado no país e na região; entre-
tanto, a taxa do GIF 2 apresentou diferença em relação
à região Norte.
TAbelA 15. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Pará, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
20.546 100 6.801 100 1.885 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 2.785 13,6 369 5,4 101 5,4
15-29 5.492 26,7 1.284 18,9 341 18,1
30-59 9.858 48,0 3.647 53,6 936 49,7
60 ou mais 2.411 11,7 1.501 22,1 507 26,9
Sexo
Feminino 8.898 43,3 2.290 33,7 455 24,1
Masculino 11.648 56,7 4.508 66,3 1.430 75,9
Ignorado 0 0,0 3 0,0 0 0,0
Raça/cor
Branca 2.761 13,4 977 14,4 277 14,7
Preta 2.628 12,8 885 13,0 256 13,6
Amarela 157 0,8 45 0,7 19 1,0
Parda 14.645 71,3 4.748 69,8 1.301 69,0
Indígena 87 0,4 45 0,7 9 0,5
Ignorado 268 1,3 101 1,5 23 1,2
Escolaridade
Analfabeto 1.554 7,6 969 14,2 370 19,6
Ensino fundamental incompleto
11.739 57,1 3.995 58,7 1.093 58,0
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
2.741 13,3 668 9,8 157 8,3
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
2.571 12,5 589 8,7 138 7,3
Educação superior completa
378 1,8 78 1,1 20 1,1
Não se aplica 241 1,2 18 0,3 0 0,0
Ignorado 1.322 6,4 484 7,1 107 5,7
Classificação operacional
Paucibacilar 9.262 45,1 775 11,4 82 4,4
Multibacilar 11.284 54,9 6.026 88,6 1.803 95,6
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 7.205 35,1 2.593 38,1 823 43,7
Demanda espontânea 10.885 53,0 3.456 50,8 896 47,5
Exame de coletividade 903 4,4 267 3,9 46 2,4
Exame de contatos 1.264 6,2 361 5,3 65 3,4
Outros modos 204 1,0 87 1,3 38 2,0
Ignorado 85 0,4 37 0,5 17 0,9
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
51Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 100. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Pará, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Norte Pará
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 101. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Pará, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
ano
s
Brasil Região Norte Pará
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 102. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Pará, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2010 2012 2014 2016 2018
Brasil Região Norte Pará
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, o Pará manteve-se no parâmetro
“bom” para a avaliação do grau de incapacidade física no
momento do diagnóstico. No que se refere ao GIF 2, esse
indicador manteve-se estável em toda a série histórica,
alcançando 8,3% em 2018 e apresentando classificação
“média”, segundo os parâmetros oficiais (Figura 103).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, o maior percentual variou entre
dois níveis de atenção. Os maiores percentuais ao longo
da série ocorrem na atenção secundária, com 13,1% em
2009, e na atenção terciária, com 11,1% em 2011 e 2017
(Figura 104).
A avaliação do GIF na cura foi “precária” em todo período,
com o menor percentual observado no ano de 2009
(Figura 105). Em relação aos casos que receberam alta
por cura com avaliação da incapacidade, observa-se que
2014 foi o ano com o maior quantitativo de GIF 1 na alta,
com 419 casos, e 2013 o ano com o maior quantitativo
de GIF 2 na alta, com 127 casos (Figura 106). No período
da análise, 4.671 indivíduos receberam alta do tratamento
com alguma incapacidade física; destes, 1.155 (24,7%)
foram avaliados com GIF 2.
52 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 103. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Pará, 2009 a 2018
0102030405060708090
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 104. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Pará, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 105. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Pará, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 106. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Pará, 2009 a 2018
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
0
100
200
300
400
500
600
700
800
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
53Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
Paraíba
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 5.948
casos novos de hanseníase no estado da Paraíba. Desses,
1.575 (26,5%) foram diagnosticados com incapacidade
graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente na faixa etária
de 30 a 59 anos, respondendo por mais de 50% dos casos.
O sexo masculino foi predominante nos indivíduos
avaliados quanto ao GIF 1 e 2, sendo o grau 2 corres-
pondente a 70,7% do total de avaliados (Tabela 16).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada nos
pardos, com mais de 58% dos casos avaliados. Quanto
à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2 em
indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
47,0%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas as
categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada nos
casos com GIF 2, correspondendo a 89,4% dos casos. No
que se refere ao modo de detecção, o encaminhamento
apresentou o maior percentual de grau 2, com 68,9%
(Tabela 16).
O estado da Paraíba, no ano de 2018, apresentou ende-
micidade “média” na população de menores de 15 anos
de idade e “alta” na população geral. Quando analisado
o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção geral
passou de 19,34 para 12,79 casos por 100 mil habitantes,
correspondendo a um decréscimo de 33,9% (Figura 107).
Essa redução também foi observada na taxa de detecção
anual de casos novos de hanseníase na população de
zero a 14 anos, que passou de 5,17 para 2,07 casos por
100 mil habitantes, representando declínio de 60,0%
(Figura 108).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo do
tempo; em 2009, alcançou 14,85, e em 2018, 11,85
casos por 1 milhão de habitantes. Durante o período,
o decréscimo no indicador foi de 20,2% (Figura 109).
O comportamento das taxas de detecção geral e em
menores de 15 anos analisadas na UF acompanha o
observado no país e na região; entretanto, a taxa do GIF
2 foi diferente das verificadas no Brasil e no Nordeste.
TAbelA 16. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Paraíba, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
3.018 100 1.179 100 396 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 239 7,9 32 2,7 6 1,5
15-29 587 19,4 159 13,5 59 14,9
30-59 1.608 53,3 630 53,4 198 50,0
60 ou mais 584 19,4 358 30,4 133 33,6
Sexo
Feminino 1.533 50,8 495 42,0 116 29,3
Masculino 1.485 49,2 684 58,0 280 70,7
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 858 28,4 305 25,9 98 24,7
Preta 299 9,9 143 12,1 50 12,6
Amarela 34 1,1 13 1,1 1 0,3
Parda 1.758 58,3 694 58,9 242 61,1
Indígena 11 0,4 6 0,5 1 0,3
Ignorado 58 1,9 18 1,5 4 1,0
Escolaridade
Analfabeto 299 9,9 210 17,8 90 22,7
Ensino fundamental incompleto
1.401 46,4 589 50,0 186 47,0
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
377 12,5 127 10,8 45 11,4
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
408 13,5 100 8,5 26 6,6
Educação superior completa
128 4,2 24 2,0 7 1,8
Não se aplica 47 1,6 1 0,1 1 0,3
Ignorado 358 11,9 128 10,9 41 10,4
Classificação operacional
Paucibacilar 1.669 55,3 305 25,9 42 10,6
Multibacilar 1.349 44,7 874 74,1 354 89,4
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 1.887 62,5 770 65,3 273 68,9
Demanda espontânea 914 30,3 333 28,2 102 25,8
Exame de coletividade 51 1,7 18 1,5 5 1,3
Exame de contatos 93 3,1 25 2,1 4 1,0
Outros modos 42 1,4 24 2,0 7 1,8
Ignorado 31 1,0 9 0,8 5 1,3
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
54 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 107. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Paraíba, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Nordeste Paraíba
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 108. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Paraíba, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
ano
s
Brasil Região Nordeste Paraíba
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 109. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Paraíba, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,002,004,006,008,00
10,0012,0014,0016,0018,0020,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Nordeste Paraíba
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, a Paraíba manteve-se no parâmetro
“regular” para a avaliação do grau de incapacidade física
no momento do diagnóstico. No que se refere ao GIF 2,
esse indicador oscilou entre 6,3% em 2014, com o menor
percentual, e 11,4% em 2018, com o maior percentual,
obtendo classificação “alta”, segundo os parâmetros
oficiais (Figura 110).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, o maior percentual de GIF 2
variou entre dois níveis de atenção. Os maiores percentuais
ao longo da série ocorreram na atenção secundária, com
21,7% em 2016, e na atenção terciária, com 15,4% em
2017 (Figura 111).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária”
em todo período, com o menor percentual observado
no ano de 2018 (Figura 112). Em relação aos casos que
receberam alta por cura com avaliação da incapacidade,
observa-se que 2009 foi o ano com o maior quantitativo
de GIF 1 e 2 na alta, com 96 e 42 casos, respectivamente
(Figura 113). No período da análise, 833 indivíduos
receberam alta do tratamento com alguma incapacidade
física; destes, 226 (27,1%) foram avaliados com GIF 2.
55Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 110. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Paraíba, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 111. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Paraíba, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 112. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Paraíba, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 113. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Paraíba, 2009 a 2018
0100200300400500600700800900
020406080
100120140160180200
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
56 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
Paraná
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados
8.295 casos novos de hanseníase no estado do Paraná.
Desses, 3.453 (41,6%) foram diagnosticados com
incapacidade graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente
na faixa etária de 30 a 59 anos, respondendo por mais
de 50% dos casos. O sexo masculino foi predominante
nos indivíduos avaliados quanto ao GIF 0, 1 e 2, sendo
o grau 2 correspondente a 70,8% do total de avaliados
(Tabela 17).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada
nos brancos, com mais de 70% dos casos avaliados.
Quanto à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2
em indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
60,1%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas
as categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada
nos casos com GIF 2, correspondendo a 94,9% dos casos.
No que se refere ao modo de detecção, o encaminhamento
apresentou o maior percentual de grau 2, com 58,9%
(Tabela 17).
O estado do Paraná, no ano de 2018, apresentou ende-
micidade “baixa” na população de menores de 15 anos
de idade e “média” na população geral. Quando analisado
o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção geral
passou de 11,17 para 4,91 casos por 100 mil habitantes,
correspondendo a um decréscimo de 56% (Figura 114).
Essa redução também foi observada na taxa de detecção
anual de casos novos de hanseníase na população de
zero a 14 anos, que passou de 0,63 para 0,30 casos por
100 mil habitantes, representando declínio de 52,4%
(Figura 115).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo do
tempo; em 2009, alcançou 13,57, e em 2018, 6,05 casos
por 1 milhão de habitantes. Durante o período, a redução
no indicador foi de 55,4% (Figura 116). O comportamento
das três taxas analisadas do estado acompanha o
observado no país e na região Sul.
TAbelA 17. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Paraná, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
4.402 100 2.625 100 828 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 95 2,2 7 0,3 3 0,4
15-29 615 14,0 184 7,0 29 3,5
30-59 2.572 58,4 1.509 57,5 447 54,0
60 ou mais 1.120 25,4 925 35,2 349 42,1
Sexo
Feminino 2.030 46,1 1.008 38,4 242 29,2
Masculino 2.371 53,9 1.617 61,6 586 70,8
Ignorado 1 0,0 0 0,0 0 0,0
Raça/cor
Branca 3.151 71,6 1.872 71,3 602 72,7
Preta 232 5,3 164 6,2 58 7,0
Amarela 25 0,6 12 0,5 7 0,8
Parda 949 21,6 537 20,5 143 17,3
Indígena 5 0,1 5 0,2 2 0,2
Ignorado 40 0,9 35 1,3 16 1,9
Escolaridade
Analfabeto 379 8,6 311 11,8 142 17,1
Ensino fundamental incompleto
2.515 57,1 1.642 62,6 498 60,1
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
524 11,9 229 8,7 57 6,9
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
551 12,5 169 6,4 37 4,5
Educação superior completa
124 2,8 41 1,6 4 0,5
Não se aplica 19 0,4 0 0,0 0 0,0
Ignorado 290 6,6 233 8,9 90 10,9
Classificação operacional
Paucibacilar 1.518 34,5 279 10,6 42 5,1
Multibacilar 2.884 65,5 2.346 89,4 786 94,9
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 2.434 55,3 1.553 59,2 488 58,9
Demanda espontânea 1.558 35,4 871 33,2 278 33,6
Exame de coletividade 23 0,5 14 0,5 2 0,2
Exame de contatos 309 7,0 130 5,0 33 4,0
Outros modos 73 1,7 50 1,9 24 2,9
Ignorado 5 0,1 7 0,3 3 0,4
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
57Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 114. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Paraná, região Sul e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Sul Paraná
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 115. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Paraná, região Sul e Brasil, 2009 a 2018
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
anos
Brasil Região Sul Paraná
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 116. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Paraná, região Sul e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Sul Paraná
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, o Paraná manteve-se no parâmetro
“bom” para a avaliação do grau de incapacidade física
no momento do diagnóstico. No que se refere ao GIF 2,
esse indicador oscilou entre 8,6% em 2014, com o menor
percentual e 12,7% em 2009, com o maior percentual,
apresentando classificação “média” e “alta”, respec ti-
vamente (Figura 117).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, o maior percentual variou em
dois níveis de atenção. Os maiores percentuais ao longo
da série ocorreram na atenção secundária, com 15,3%,
e na atenção terciária, com 29,4%, ambos em 2017
(Figura 118).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “regular” na
maior parte do período, com o menor percentual observado
no ano de 2015 (Figura 119). Em relação aos casos que
receberam alta por cura com avaliação da incapacidade,
observa-se que 2009 foi o ano com o maior quantitativo de
GIF 1 na alta, com 327 casos, e 2012 o ano com o maior
quantitativo de GIF 2 na alta, com 125 casos (Figura 120).
No período da análise, 3.216 indivíduos receberam alta
do tratamento com alguma incapacidade física; destes,
866 (26,9%) foram avaliados com GIF 2.
58 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 117. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Paraná, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 118. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Paraná, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 119. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Paraná, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 120. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Paraná, 2009 a 2018
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
0
100
200
300
400
500
600
700
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
59Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
Pernambuco
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 25.237
casos novos de hanseníase no estado de Pernambuco.
Desses, 4.652 (18,4%) foram diagnosticados com
incapacidade graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente
na faixa etária de 30 a 59 anos, respondendo por mais
de 50% dos casos. O sexo masculino foi predominante
nos indivíduos avaliados com GIF 1 e 2, sendo o grau 2
correspondente a 66,2% do total de avaliados (Tabela 18).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada
nos pardos, com mais de 57,7% dos casos avaliados em
todas as categorias. Quanto à escolaridade, houve maior
predomínio de GIF 2 em indivíduos com ensino funda-
mental incompleto, com 46,8%. Em relação à classifi-
cação operacional, os casos multibacilares também
foram predominantes em todas as categorias do GIF,
sendo a diferença mais acentuada nos casos com GIF 2,
correspondendo a 90,1% dos casos. No que se refere ao
modo de detecção, o encaminhamento apresentou o maior
percentual de grau 2, com 57,5% (Tabela 18).
O estado de Pernambuco, no ano de 2018, apresentou
endemicidade “muito alta” tanto na população de menores
de 15 anos de idade quanto na população geral. Quando
analisado o período de 2009 a 2018, verifica-se que a taxa
de detecção geral passou de 36,45, em 2009, para 23,73
casos por 100 mil habitantes, em 2018, com declínio de
34,9% (Figura 121). Essa redução também foi observada
na população de zero a 14 anos, em que a taxa passou de
13,56 para 6,77 casos por 100 mil habitantes no mesmo
período, com redução de 50,1% (Figura 122).
A taxa de casos novos de hanseníase com GIF 2 de inca-
pacidade física apresentou importante oscilação ao longo
do tempo, com o menor registro em 2016, representando
uma taxa de 8,71, e o maior em 2009, com 18,96 casos
por 1 milhão de habitantes. Durante o período, o declínio
no indicador foi de 29,8% (Figura 123). O comportamento
das três taxas analisadas na UF acompanha o observado
no país e na região.
TAbelA 18. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Pernambuco, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
15.622 100 3.546 100 1.106 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 1.871 12,0 150 4,2 40 3,6
15-29 2.959 18,9 548 15,5 167 15,1
30-59 7.990 51,1 1.939 54,7 570 51,5
60 ou mais 2.802 17,9 909 25,6 329 29,7
Sexo
Feminino 8.473 54,2 1.534 43,3 374 33,8
Masculino 7.146 45,7 2.012 56,7 732 66,2
Ignorado 3 0,0 0 0,0 0 0,0
Raça/cor
Branca 3.020 19,3 767 21,6 204 18,4
Preta 1.979 12,7 509 14,4 163 14,7
Amarela 141 0,9 29 0,8 10 0,9
Parda 9.290 59,5 2.009 56,7 638 57,7
Indígena 52 0,3 5 0,1 4 0,4
Ignorado 1.140 7,3 227 6,4 87 7,9
Escolaridade
Analfabeto 1.215 7,8 442 12,5 166 15,0
Ensino fundamental incompleto
7.127 45,6 1.710 48,2 518 46,8
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
1.797 11,5 391 11,0 108 9,8
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
1.899 12,2 336 9,5 78 7,1
Educação superior completa
379 2,4 76 2,1 16 1,4
Não se aplica 393 2,5 18 0,5 3 0,3
Ignorado 2.812 18,0 573 16,2 217 19,6
Classificação operacional
Paucibacilar 8.681 55,6 858 24,2 110 9,9
Multibacilar 6.938 44,4 2.687 75,8 996 90,1
Ignorado 3 0,0 1 0,0 0 0,0
Modo de detecção
Encaminhamento 7.757 49,7 1.931 54,5 636 57,5
Demanda espontânea 6.027 38,6 1.203 33,9 351 31,7
Exame de coletividade 675 4,3 152 4,3 33 3,0
Exame de contatos 794 5,1 142 4,0 31 2,8
Outros modos 236 1,5 71 2,0 40 3,6
Ignorado 133 0,9 47 1,3 15 1,4
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
60 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 121. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Pernambuco, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Nordeste Pernambuco
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 122. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Pernambuco, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
ano
s
Brasil Região Nordeste Pernambuco
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 123. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física (por 1 milhão de hab.). Pernambuco, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,002,004,006,008,00
10,0012,0014,0016,0018,0020,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Nordeste Pernambuco
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Pernambuco manteve-se no parâmetro “regular” para
a avaliação do grau de incapacidade física no momento
do diagnóstico. No que se refere ao GIF 2, esse indicador
apresentou o menor percentual em 2013, com 4,3%, e o
maior em 2018, com 7,21%, apresentando classificação
“baixa” e “média”, respectivamente, segundo os parâ-
metros oficiais (Figura 124).
Analisando a proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, o maior percentual foi iden-
tificado na atenção terciária. Os maiores percentuais ao
longo da série, na atenção primária, secundária e terciária,
ocorreram no ano de 2018, com 6,5%, 7,6% e 12,8%,
respectivamente (Figura 125).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária”,
em todo período, com o menor percentual observado
no ano de 2013 (Figura 126). Entre os anos de 2009
e 2018, observa-se oscilação na frequência de casos
que receberam alta por cura com incapacidade; 2010
foi o ano com o maior quantitativo de GIF 1 na alta,
com 277 casos, e de GIF 2, com 92 casos (Figura 127).
No período da análise, 3.011 indivíduos receberam alta
do tratamento com alguma incapacidade física; destes,
762 (25,3%) foram avaliados com GIF 2.
61Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 124. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Pernambuco, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 125. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Pernambuco, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 126. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Pernambuco, 2009 a 2018
00
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 127. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Pernambuco, 2009 a 2018
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
0
100
200
300
400
500
600
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
62 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
Piauí
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 10.890
casos novos de hanseníase no estado do Piauí. Desses,
2.547 (23,4%) foram diagnosticados com incapacidade
graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente na faixa etária
de 30 a 59 anos, respondendo por mais de 47% dos
casos. O sexo masculino foi predominante nos indivíduos
avaliados com GIF 1 e 2, sendo o grau 2 correspondente
a 70,4% do total de avaliados (Tabela 19).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada
nos pardos, com mais de 67% dos casos avaliados
em todas as categorias. Quanto à escolaridade, houve
maior predomínio de GIF 2 em indivíduos com ensino
fundamental incompleto, com 51,8%. Em relação à classi-
ficação operacional, os casos multibacilares também
foram predominantes em todas as categorias do GIF,
sendo a diferença mais acentuada nos casos com GIF
2, correspondendo a 94,4% dos casos. No que se refere
ao modo de detecção, o encaminhamento apresentou o
maior percentual de grau 2, com 53,7% (Tabela 19).
O estado do Piauí, no ano de 2018, apresentou ende-
micidade “muito alta” tanto na população de menores
de 15 anos de idade quanto na população geral. Quando
analisado o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção
geral passou de 40,25, em 2009, para 31,66 casos por
100 mil habitantes, em 2018, com declínio de 21,3%
(Figura 128). Essa redução também foi observada
na população de zero a 14 anos, cuja taxa passou de
10,69 para 7,59 casos por 100 mil habitantes no mesmo
período, com redução de 29% (Figura 129).
A taxa de casos novos de hanseníase com GIF 2 de
incapacidade física apresentou importante oscilação
ao longo do tempo, com o menor registro em 2016,
representando uma taxa de 13,70, e o maior em 2017,
com 22,99 casos por 1 milhão de habitantes. Durante o
período, o declínio no indicador foi de 3,9% (Figura 130).
O comportamento das três taxas analisadas na UF é
similar ao observado na região e divergente da tendência
apresentada pelo Brasil.
TAbelA 19. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Piauí, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
7.068 100 1.960 100 587 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 622 8,8 51 2,6 18 3,1
15-29 1.396 19,8 247 12,6 66 11,2
30-59 3.591 50,8 1.021 52,1 277 47,2
60 ou mais 1.459 20,6 641 32,7 226 38,5
Sexo
Feminino 3.550 50,2 770 39,3 174 29,6
Masculino 3.518 49,8 1.190 60,7 413 70,4
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 938 13,3 260 13,3 73 12,4
Preta 1.041 14,7 315 16,1 102 17,4
Amarela 102 1,4 21 1,1 9 1,5
Parda 4.883 69,1 1.331 67,9 397 67,6
Indígena 22 0,3 5 0,3 2 0,3
Ignorado 82 1,2 28 1,4 4 0,7
Escolaridade
Analfabeto 896 12,7 379 19,3 156 26,6
Ensino fundamental incompleto
3.389 47,9 1.023 52,2 304 51,8
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
941 13,3 192 9,8 56 9,5
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
1.128 16,0 192 9,8 35 6,0
Educação superior completa
246 3,5 32 1,6 5 0,9
Não se aplica 72 1,0 3 0,2 0 0,0
Ignorado 396 5,6 139 7,1 31 5,3
Classificação operacional
Paucibacilar 3.622 51,2 415 21,2 33 5,6
Multibacilar 3.445 48,7 1.545 78,8 554 94,4
Ignorado 1 0,0 0 0,0 0 0,0
Modo de detecção
Encaminhamento 3.547 50,2 948 48,4 315 53,7
Demanda espontânea 2.727 38,6 772 39,4 204 34,8
Exame de coletividade 322 4,6 107 5,5 25 4,3
Exame de contatos 310 4,4 83 4,2 13 2,2
Outros modos 126 1,8 41 2,1 23 3,9
Ignorado 36 0,5 9 0,5 7 1,2
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
63Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 128. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Piauí, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Nordeste Piauí
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 129. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Piauí, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
ano
s
Brasil Região Nordeste Piauí
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 130. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Piauí, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Nordeste Piauí
Fonte: Sinan/SVS-MS.
O estado do Piauí iniciou a série com parâmetro “bom” para
a avaliação do grau de incapacidade física no momento do
diagnóstico e, a partir do ano de 2012, passou a incluir-
-se no parâmetro “regular”. No que se refere ao GIF 2,
esse indicador apresentou o menor percentual em 2010,
com 4,7%, e o maior em 2017, com 7,7%, apresentando
classificação “baixa” e “média”, respectivamente, segundo
os parâmetros oficiais (Figura 131).
Analisando a proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, o maior percentual foi iden-
tificado na atenção terciária. Os maiores percentuais ao
longo da série aconteceram nos anos de 2009 e 2011,
com 11,6% e 10,6%, respectivamente (Figura 132).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária” na
maior parte do período, com o menor percentual obser-
vado no ano de 2017 (Figura 133). Entre os anos de 2009
e 2018, observa-se oscilação na frequência de casos que
receberam alta por cura com incapacidade; 2011 foi o ano
com o maior quantitativo de GIF 1 na alta, com 167 casos,
e o ano de 2012 apresentou o maior número de GIF 2,
com 42 casos (Figura 134). No período da análise, 1.350
indivíduos receberam alta do tratamento com alguma
incapacidade física; destes, 304 (22,5%) foram avaliados
com GIF 2.
64 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 131. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Piauí, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 132. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Piauí, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 133. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Piauí, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 134. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Piauí, 2009 a 2018
02004006008001.0001.2001.4001.600
050
100150200250300350400
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
65Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
Rio de Janeiro
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados
13.097 casos novos de hanseníase no estado do Rio de
Janeiro. Desses, 3.989 (30,5%) foram diagnosticados
com incapacidade graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais fre-
quente na faixa etária de 30 a 59 anos, respondendo por
mais de 50% dos casos. O sexo masculino foi predo-
minante nos indivíduos avaliados com GIF 1 e 2, sendo
o grau 2 correspondente a 68,6% do total de avaliados
(Tabela 20).
Quando analisada a variável raça/cor, observa-se a
maior frequência de GIF 2 em brancos, com mais de
38% dos casos avaliados. Em relação à escolaridade,
houve maior predomínio de GIF 2 em indivíduos com
ensino fundamental incompleto, com 49%. Quanto à
classificação operacional, os casos multibacilares também
foram predominantes em todas as categorias do GIF,
sendo a diferença mais acentuada nos casos com GIF 2,
correspondendo a 85,9% dos casos. No que se refere ao
modo de detecção, o encaminhamento apresentou o maior
percentual de grau 2, com 62,5% (Tabela 20).
O estado do Rio de Janeiro, no ano de 2018, apresentou
endemicidade “média” tanto na população de menores
de 15 anos de idade quanto na população geral. Quando
analisado o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção
geral passou de 12,45, em 2009, para 5,63 casos por
100 mil habitantes em 2018, com declínio de 54,8%
(Figura 135). Essa redução também foi observada na
população de zero a 14 anos, em que a taxa passou de
3,07 para 1,26 casos por 100 mil habitantes no mesmo
período, com redução de 59% (Figura 136).
A taxa de casos novos de hanseníase com GIF 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo do
tempo, com o menor registro em 2016, representando
uma taxa de 4,99, e o maior em 2009, com 11,37 casos
por 1 milhão de habitantes. Durante o período, o declínio
no indicador foi de 54,4% (Figura 137). O comportamento
das três taxas analisadas no estado assemelha-se ao
observado na região e no Brasil.
TAbelA 20. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Estado do Rio de Janeiro, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
7.599 100 2.767 100 1.222 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 586 7,7 56 2,0 12 1,0
15-29 1.234 16,2 331 12,0 128 10,5
30-59 4.089 53,8 1.523 55,0 640 52,4
60 ou mais 1.690 22,2 857 31,0 442 36,2
Sexo
Feminino 3.969 52,2 1.086 39,2 384 31,4
Masculino 3.629 47,8 1.681 60,8 838 68,6
Ignorado 1 0,0 0 0,0 0 0,0
Raça/cor
Branca 3.179 41,8 1.167 42,2 475 38,9
Preta 1.359 17,9 527 19,0 249 20,4
Amarela 62 0,8 10 0,4 7 0,6
Parda 2.594 34,1 942 34,0 412 33,7
Indígena 23 0,3 5 0,2 2 0,2
Ignorado 382 5,0 116 4,2 77 6,3
Escolaridade
Analfabeto 304 4,0 184 6,6 121 9,9
Ensino fundamental incompleto
3.225 42,4 1.288 46,5 599 49,0
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
1.094 14,4 383 13,8 137 11,2
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
1.238 16,3 327 11,8 108 8,8
Educação superior completa
251 3,3 68 2,5 15 1,2
Não se aplica 125 1,6 7 0,3 1 0,1
Ignorado 1.362 17,9 510 18,4 241 19,7
Classificação operacional
Paucibacilar 4.061 53,4 617 22,3 172 14,1
Multibacilar 3.538 46,6 2.150 77,7 1.050 85,9
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 4.348 57,2 1.687 61,0 764 62,5
Demanda espontânea 2.472 32,5 825 29,8 353 28,9
Exame de coletividade 151 2,0 88 3,2 31 2,5
Exame de contatos 542 7,1 119 4,3 43 3,5
Outros modos 53 0,7 29 1,0 22 1,8
Ignorado 33 0,4 19 0,7 9 0,7
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
66 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 135. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Estado do Rio de Janeiro, região Sudeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Sudeste Rio de Janeiro
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 136. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Estado do Rio de Janeiro, região Sudeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
anos
Brasil Região Sudeste Rio de Janeiro
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 137. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Estado do Rio de Janeiro, região Sudeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Sudeste Rio de Janeiro
Fonte: Sinan/SVS-MS.
O Rio de Janeiro manteve-se no parâmetro “bom” para a
avaliação do grau de incapacidade física no momento do
diagnóstico, exceto para os anos de 2013, 2014 e 2018,
que se incluíram no parâmetro “regular”. No que se refere
ao GIF 2, esse indicador apresentou o menor percentual
em 2011, com 9,2%, e o maior em 2017, com 13,2%, apre-
sentando classificação “média” e “alta”, respectivamente,
segundo os parâmetros oficiais (Figura 138).
Analisando a proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, o maior percentual variou
entre os três níveis de atenção. Os maiores percentuais
ao longo da série ocorreram em 2016, na atenção primária
e secundária, com 16,4% e 13,1%, respectivamente, e em
2017, na atenção terciária, com 18,4% (Figura 139).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “regular” na
maioria dos anos, com o menor percentual observado
no ano de 2015 (Figura 140). Entre os anos de 2009
e 2018, observa-se oscilação na frequência de casos
que receberam alta por cura com incapacidade; 2011
foi o ano com o maior quantitativo de GIF 1 na alta, com
373 casos, e de GIF 2, com 185 casos (Figura 141).
No período da análise, 3.740 indivíduos receberam alta
do tratamento com alguma incapacidade física; destes,
1.202 (32,1%) foram avaliados com GIF 2.
67Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 138. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Rio de Janeiro, 2009 a 2018
0102030405060708090
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 139. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Rio de Janeiro, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 140. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Rio de Janeiro, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 141. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Rio de Janeiro, 2009 a 2018
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
0100200300400500600700800
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
68 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
Rio grande do Norte
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 2.678
casos novos de hanseníase no estado do Rio Grande do
Norte. Desses, 789 (29,5%) foram diagnosticados com
incapacidade graus 1 e 2. O GIF 1 foi mais frequente na
faixa etária de 30 a 59 anos, com 54%, enquanto o GIF 2
foi mais frequente na faixa etária de 60 anos e mais, com
43,6% dos casos. O sexo masculino foi predominante nos
indivíduos avaliados com GIF 1 e 2, sendo esse último
correspondente a 63,6% do total de avaliados (Tabela 21).
Quando analisada a variável raça/cor, observa-se a
maior frequência em pardos, com mais de 54,4% dos
casos avaliados com GIF 2. Em relação à escolaridade,
houve maior predomínio de GIF 2 em indivíduos com
ensino fundamental incompleto, com 47,2%. Quanto
à classificação operacional, os casos multibacilares
também foram predominantes em todas as categorias
do GIF, sendo a diferença mais acentuada nos casos com
GIF 2, correspondendo a 86,7% dos casos. No que
se refere ao modo de detecção, o encaminhamento
apresentou o maior percentual de grau 2, com 81,5%
(Tabela 21).
O Rio Grande do Norte, no ano de 2018, apresentou en-
de micidade “média” tanto na população de menores de
15 anos de idade quanto na população geral. Quando
analisado o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção
geral passou de 9,88, em 2009, para 7,26 casos por
100 mil habitantes em 2018, com declínio de 26,5%
(Figura 142). Essa redução também foi observada
na população de zero a 14 anos, cuja taxa passou de
2,01 para 1,11 casos por 100 mil habitantes no mesmo
período, com redução de 44,8% (Figura 143).
A taxa de casos novos de hanseníase com GIF 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo
do tempo, com o menor registro em 2013, representando
uma taxa de 3,56, e o maior em 2009, com 9,24 casos por
1 milhão de habitantes. Durante o período, o declínio no
indicador foi de 38,9% (Figura 144). O comportamento
das três taxas analisadas na UF é similar ao observado
na região e no Brasil.
TAbelA 21. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Rio Grande do Norte, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
1.254 100 594 100 195 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 103 8,2 7 1,2 5 2,6
15-29 216 17,2 62 10,4 22 11,3
30-59 693 55,3 321 54,0 83 42,6
60 ou mais 242 19,3 204 34,3 85 43,6
Sexo
Feminino 669 53,3 265 44,6 71 36,4
Masculino 585 46,7 329 55,4 124 63,6
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 374 29,8 193 32,5 61 31,3
Preta 127 10,1 57 9,6 18 9,2
Amarela 22 1,8 12 2,0 3 1,5
Parda 694 55,3 312 52,5 106 54,4
Indígena 4 0,3 0 0,0 0 0,0
Ignorado 33 2,6 20 3,4 7 3,6
Escolaridade
Analfabeto 114 9,1 104 17,5 39 20,0
Ensino fundamental incompleto
615 49,0 298 50,2 92 47,2
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
161 12,8 69 11,6 22 11,3
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
184 14,7 48 8,1 16 8,2
Educação superior completa
47 3,7 11 1,9 1 0,5
Não se aplica 13 1,0 0 0,0 0 0,0
Ignorado 120 9,6 64 10,8 25 12,8
Classificação operacional
Paucibacilar 745 59,4 168 28,3 26 13,3
Multibacilar 509 40,6 426 71,7 169 86,7
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 845 67,4 446 75,1 159 81,5
Demanda espontânea 245 19,5 100 16,8 21 10,8
Exame de coletividade 85 6,8 19 3,2 9 4,6
Exame de contatos 61 4,9 20 3,4 3 1,5
Outros modos 9 0,7 1 0,2 3 1,5
Ignorado 9 0,7 8 1,3 0 0,0
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
69Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 142. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Rio Grande do Norte, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Nordeste Rio Grande do Norte
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 143. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Rio Grande do Norte, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
ano
s
Brasil Região Nordeste Rio Grande do Norte
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 144. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Rio Grande do Norte, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,002,004,006,008,00
10,0012,0014,0016,0018,0020,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Nordeste Rio Grande do Norte
Fonte: Sinan/SVS-MS.
No período de análise, o Rio Grande do Norte apresentou
importante oscilação nos parâmetros para a avaliação do
grau de incapacidade física no momento do diagnóstico,
sendo o parâmetro “regular” predominante entre os anos
avaliados. No que se refere ao GIF 2, esse indicador
oscilou entre 5,51%, em 2014, e 11,2%, em 2017, com
classificação “média” e “alta”, segundo os parâmetros
oficiais (Figura 145).
Analisando a proporção de casos novos com GIF 2 no
segundo nível de atenção, o maior percentual variou entre
os três níveis de atenção. Os maiores percentuais ao longo
da série foram, na atenção primária, 10,7% em 2009;
na atenção secundária, 22,7% em 2017; e na atenção
terciária, 15,9% em 2010 (Figura 146).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária”,
em todo período, com o menor percentual observado
no ano de 2015 (Figura 147). Entre os anos de 2009 e
2018, observa-se oscilação na frequência de casos que
receberam alta por cura com incapacidade; 2009 foi o ano
com o maior quantitativo de GIF 1 na alta, com 49 casos,
e 2015 o ano com o maior quantitativo de GIF 2, com
25 casos (Figura 148). No período da análise, 576 indi-
víduos receberam alta do tratamento com alguma
incapacidade física; destes, 154 (26,7%) foram avaliados
com GIF 2.
70 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 145. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Rio Grande do Norte, 5009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 146. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Rio Grande do Norte, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 147. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Rio Grande do Norte, 2009 a 2018
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 148. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Rio Grande do Norte, 2009 a 2018
0
100
200
300
400
500
600
700
0
20
40
60
80
100
120
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
71Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
Rio grande do Sul
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 1.332
casos novos de hanseníase no estado do Rio Grande
do Sul. Desses, 544 (40,8%) foram diagnosticados com
incapacidade graus 1 e 2. O GIF 1 foi mais frequente
na faixa etária de 30 a 59 anos, com 53,8%, e o GIF 2
apresentou o mesmo percentual nas faixas etárias de 30
a 59 anos e 60 anos e mais, ambas com 47,2% dos casos.
O sexo masculino foi predominante nos indivíduos ava-
liados com GIF 1 e 2, sendo esse último correspondente
a 63,1% do total de avaliados (Tabela 22).
Quando analisada a variável raça/cor, observa-se a
maior frequência em brancos, com mais de 76,1% dos
casos avaliados com GIF 2. Em relação à escolaridade,
houve maior predomínio de GIF 2 em indivíduos com
ensino fundamental incompleto, com 64,2%. Quanto
à classificação operacional, os casos multibacilares
também foram predominantes em todas as categorias
do GIF, sendo a diferença mais acentuada nos casos com
GIF 2, correspondendo a 96,6% dos casos. No que se
refere ao modo de detecção, o encaminhamento apre-
sentou o maior percentual de grau 69,3% (Tabela 22).
O Rio Grande do Sul, no ano de 2018, apresentou endemi-
cidade “baixa” tanto na população de menores de 15 anos
de idade quanto na população geral. Quando analisado
o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção geral
passou de 1,44, em 2009, para 1,02 casos por 100 mil
habitantes, em 2018, com declínio de 29,2% (Figura 149).
Na população de zero a 14 anos, a taxa passou de 0,08
para 0,10 casos por 100 mil habitantes, apresentando um
incremento de 25% (Figura 150).
A taxa de casos novos de hanseníase com GIF 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo
do tempo, com o menor registro em 2010, apresentando
uma taxa de 1,10, e o maior em 2018, com 2,29 casos por
1 milhão de habitantes. Durante o período, o incremento
no indicador foi de 108,2% (Figura 151). A taxa de
GIF 2 apresentou comportamento similar ao da região
Sul e do Brasil. Em relação às taxas na população
geral e em menores de 15 anos, o comportamento da
UF assemelha-se ao da região e difere da tendência
apresentada pelo Brasil.
TAbelA 22. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Rio Grande do Sul, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
540 100 368 100 176 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 19 3,5 5 1,4 1 0,6
15-29 74 13,7 15 4,1 9 5,1
30-59 301 55,7 198 53,8 83 47,2
60 ou mais 146 27,0 150 40,8 83 47,2
Sexo
Feminino 277 51,3 181 49,2 65 36,9
Masculino 263 48,7 187 50,8 111 63,1
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 421 78,0 285 77,4 134 76,1
Preta 35 6,5 16 4,3 9 5,1
Amarela 1 0,2 0 0,0 3 1,7
Parda 76 14,1 57 15,5 27 15,3
Indígena 2 0,4 6 1,6 1 0,6
Ignorado 5 0,9 4 1,1 2 1,1
Escolaridade
Analfabeto 24 4,4 19 5,2 18 10,2
Ensino fundamental incompleto
265 49,1 223 60,6 113 64,2
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
66 12,2 45 12,2 18 10,2
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
85 15,7 28 7,6 13 7,4
Educação superior completa
44 8,1 12 3,3 3 1,7
Não se aplica 5 0,9 0 0,0 0 0,0
Ignorado 51 9,4 41 11,1 11 6,3
Classificação operacional
Paucibacilar 160 29,6 37 10,1 6 3,4
Multibacilar 380 70,4 330 89,7 170 96,6
Ignorado 0 0,0 1 0,3 0 0,0
Modo de detecção
Encaminhamento 290 53,7 246 66,8 122 69,3
Demanda espontânea 160 29,6 77 20,9 35 19,9
Exame de coletividade 4 0,7 0 0,0 1 0,6
Exame de contatos 75 13,9 41 11,1 12 6,8
Outros modos 8 1,5 2 0,5 4 2,3
Ignorado 3 0,6 2 0,5 2 1,1
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
72 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 149. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Rio Grande do Sul,
região Sul e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Sul Rio Grande do Sul
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 150. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Rio Grande do Sul, região Sul e Brasil, 2009 a 2018
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
anos
Brasil Região Sul Rio Grande do Sul
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 151. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Rio Grande do Sul, região Sul e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Sul Rio Grande do Sul
Fonte: Sinan/SVS-MS.
No período de análise, o Rio Grande do Sul manteve-
se no parâmetro “regular” para a avaliação do grau de
incapacidade física no momento do diagnóstico, exceto
para os anos de 2009 e 2018, que apresentaram parâmetro
“bom”. No que se refere ao GIF 2, observa-se aumento da
proporção ao longo do período; em 2009, alcançou 8,2%,
e em 2018, 24,8%, com classificação “média” e “alta”,
segundo os parâmetros oficiais (Figura 152).
Analisando a proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, o maior percentual foi obser-
vado na atenção terciária. Os maiores percentuais ao
longo da série ocorreram nos anos de 2011 e 2017, res-
pectivamente, com 40% dos casos, e em 2016, com 50%
dos casos (Figura 153).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária”
na maioria dos anos avaliados, com o menor percentual
observado no ano de 2015 (Figura 154). Entre os anos
de 2009 e 2018, observa-se oscilação na frequência de
casos que receberam alta por cura com incapacidade;
2010 foi o ano com o maior quantitativo de GIF 1 na alta,
com 45 casos, e 2013 o ano com o maior quantitativo de
GIF 2, com 18 casos (Figura 155). No período da análise,
420 indivíduos receberam alta do tratamento com alguma
incapacidade física; destes, 149 (35,5%) foram avaliados
com GIF 2.
73Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 152. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Rio Grande do Sul, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 153. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Grande do Sul, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 154. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Rio Grande do Sul, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 155. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Rio Grande do Sul, 2009 a 2018
050100150200250300350400450
0
10
20
30
40
50
60
70
80
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
74 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
Rondônia
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 7.386
casos novos de hanseníase no estado de Rondônia.
Desses, 1.973 (26,7%) foram diagnosticados com
incapacidade graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente
na faixa etária de 30 a 59 anos, respondendo por mais
de 57% dos casos. O sexo masculino foi predominante
nos indivíduos avaliados com GIF 1 e 2, sendo o grau 2
correspondente a 66,8% do total de avaliados (Tabela 23).
Essa situação também se verificou quando analisada
a raça/cor, sendo a maior frequência observada nos
pardos, com mais de 55,3% dos casos avaliados em
todas as categorias. Quanto à escolaridade, houve
maior predomínio de GIF 2 em indivíduos com ensino
fundamental incompleto, com 56,5%. Em relação à
classificação operacional, os casos multibacilares também
foram predominantes em todas as categorias do GIF,
sendo a diferença mais acentuada nos casos com GIF 2,
correspondendo à 93,5% dos casos. No que se refere ao
modo de detecção, a demanda espontânea apresentou
o maior percentual de grau 2, com 47,7% (Tabela 23).
O estado de Rondônia, no ano de 2018, apresentou
parâmetro “hiperendêmico” na taxa de detecção geral
e “muito alto” na população de menores de 15 anos de
idade. Quando analisado o período de 2009 a 2018, a taxa
de detecção geral passou de 69,49 em 2009 para 40,63
casos por 100 mil habitantes em 2018, com declínio de
41,5% (Figura 156). Essa redução também foi observada
na população de zero a 14 anos, em que a taxa passou de
17,93 para 6,91 casos por 100 mil habitantes no mesmo
período, com redução de 61,5% (Figura 157).
A taxa de casos novos de hanseníase com GIF 2 de inca-
pacidade física apresentou importante oscilação ao longo
do tempo, com o menor registro em 2016, representando
uma taxa de 13,99, e o maior em 2009, com 43,22 casos
por 1 milhão de habitantes. Durante o período o declínio no
indicador foi de 16,3% (Figura 158). O comportamento das
três taxas analisadas no estado acompanha o observado
no país e na região.
TAbelA 23. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Rondônia, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
4.741 100 1.599 100 434 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 372 7,8 32 2,0 8 1,8
15-29 1.131 23,9 239 14,9 69 15,9
30-59 2.693 56,8 1.020 63,8 251 57,8
60 ou mais 545 11,5 308 19,3 106 24,4
Sexo
Feminino 2.184 46,1 607 38,0 144 33,2
Masculino 2.557 53,9 992 62,0 290 66,8
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 1.607 33,9 578 36,1 138 31,8
Preta 419 8,8 173 10,8 50 11,5
Amarela 37 0,8 11 0,7 3 0,7
Parda 2.631 55,5 817 51,1 240 55,3
Indígena 7 0,1 5 0,3 0 0,0
Ignorado 40 0,8 15 0,9 3 0,7
Escolaridade
Analfabeto 288 6,1 180 11,3 67 15,4
Ensino fundamental incompleto
2.723 57,4 1.005 62,9 245 56,5
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
627 13,2 157 9,8 51 11,8
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
772 16,3 152 9,5 45 10,4
Educação superior completa
128 2,7 25 1,6 6 1,4
Não se aplica 39 0,8 2 0,1 0 0,0
Ignorado 164 3,5 78 4,9 20 4,6
Classificação operacional
Paucibacilar 2.099 44,3 226 14,1 28 6,5
Multibacilar 2.642 55,7 1.373 85,9 406 93,5
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 1.377 29,0 501 31,3 170 39,2
Demanda espontânea 2.516 53,1 866 54,2 207 47,7
Exame de coletividade 127 2,7 49 3,1 16 3,7
Exame de contatos 661 13,9 151 9,4 29 6,7
Outros modos 42 0,9 24 1,5 9 2,1
Ignorado 18 0,4 8 0,5 3 0,7
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
75Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 156. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Rondônia, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Norte Rondônia
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 157. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Rondônia, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
20,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
ano
s
Brasil Região Norte Rondônia
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 158. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Rondônia, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
2010 2012 2014 2016 2018
Brasil Região Norte Rondônia
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Rondônia manteve-se no parâmetro “bom” para a
avaliação do grau de incapacidade física no momento
do diagnóstico. No que se refere ao GIF 2, esse indicador
apresentou o menor percentual em 2010, com 6%, e o
maior em 2018, com 8,7%, apresentando classificação
“média”, segundo os parâmetros oficiais (Figura 159).
Analisando a proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, o maior percentual foi obser-
vado na atenção terciária. Os maiores percentuais ao
longo da série ocorreram nos anos de 2012 e 2016, com
13,9% e 13,6% dos casos, respectivamente (Figura 160).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “regular” na
maior parte do período, com o menor percentual obser-
vado no ano de 2018 (Figura 161). Entre os anos de 2009
e 2018, observa-se oscilação na frequência de casos
que receberam alta por cura com incapacidade; 2012 foi
o ano com o maior quantitativo de GIF 1 na alta, com
152 casos, e 2014, o ano com o maior quantitativo de
GIF 2, com 54 casos (Figura 162). No período da análise,
1.577 indivíduos receberam alta do tratamento com
alguma incapacidade física; destes, 395 (35,5%) foram
avaliados com GIF 2.
76 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 159. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Rondônia, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 160. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Rondônia, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 161. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Rondônia, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 162. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Rondônia, 2009 a 2018
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800
0
50
100
150
200
250
300
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
77Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
Roraima
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 1.762
casos novos de hanseníase no estado de Roraima. Desses,
326 (18,5%) foram diagnosticados com incapacidade
graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente na faixa etária
de 30 a 59 anos, respondendo por mais de 47% dos casos.
O sexo masculino foi predominante nos indivíduos
avaliados quanto ao GIF 0, 1 e 2, sendo o grau 2 corres-
pondente a 76,3% do total de avaliados (Tabela 24).
Essa situação também se verificou quando analisada
a variável raça/cor, sendo a maior frequência observada
nos pardos, com 60% dos casos avaliados. Quanto
à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2 em
indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
53,8%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas
as categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada
nos casos com GIF 2, correspondendo a 90% dos casos.
No que se refere ao modo de detecção, o encaminha-
mento apresentou o maior percentual de grau 2, com
70% (Tabela 24).
O estado de Roraima, no ano de 2018, apresentou parâ-
metro de endemicidade “alto” na população de menores
de 15 anos de idade e “muito alto” na população geral.
Quando analisado o período de 2009 a 2018, a taxa de
detecção geral passou de 37,96 para 20,16 casos por
100 mil habitantes, correspondendo a um decréscimo de
46,9% (Figura 163). Essa redução também foi observada
na taxa de detecção anual de casos novos de hanseníase
na população de zero a 14 anos, que passou de 7,48 para
4,48 casos por 100 mil habitantes, representando declínio
de 40,1% (Figura 164).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo do
tempo; em 2010, alcançou 37,68, e em 2018, 18,84 casos
por 1 milhão de habitantes. Durante o período, o declínio
no indicador foi de 33,8% (Figura 165). O comportamento
das três taxas analisadas na UF acompanha o observado
no país e na região Norte.
TAbelA 24. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Roraima, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
547 100 226 100 80 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 61 11,2 10 4,4 5 6,3
15-29 133 24,3 48 21,2 16 20,0
30-59 282 51,6 122 54,0 38 47,5
60 ou mais 71 13,0 46 20,4 21 26,3
Sexo
Feminino 220 40,2 65 28,8 19 23,8
Masculino 327 59,8 161 71,2 61 76,3
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 143 26,1 57 25,2 23 28,8
Preta 44 8,0 20 8,8 6 7,5
Amarela 6 1,1 1 0,4 1 1,3
Parda 342 62,5 138 61,1 48 60,0
Indígena 4 0,7 5 2,2 1 1,3
Ignorado 8 1,5 5 2,2 1 1,3
Escolaridade
Analfabeto 37 6,8 31 13,7 12 15,0
Ensino fundamental incompleto
237 43,3 98 43,4 43 53,8
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
94 17,2 33 14,6 10 12,5
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
130 23,8 41 18,1 10 12,5
Educação superior completa
18 3,3 6 2,7 0 0,0
Não se aplica 4 0,7 2 0,9 0 0,0
Ignorado 27 4,9 15 6,6 5 6,3
Classificação operacional
Paucibacilar 246 45,0 44 19,5 8 10,0
Multibacilar 301 55,0 182 80,5 72 90,0
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 272 49,7 111 49,1 56 70,0
Demanda espontânea 192 35,1 73 32,3 19 23,8
Exame de coletividade 32 5,9 14 6,2 2 2,5
Exame de contatos 35 6,4 15 6,6 1 1,3
Outros modos 10 1,8 8 3,5 1 1,3
Ignorado 6 1,1 5 2,2 1 1,3
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
78 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 163. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Roraima, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Norte Roraima
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 164. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.) Roraima, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
ano
s
Brasil Região Norte Roraima
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 165. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Roraima, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
2010 2012 2014 2016 2018
Brasil Região Norte Roraima
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cidad
e fís
ica (p
or 1
milh
ão d
e ha
b.)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, Roraima apresentou variações no
parâmetro para a avaliação do grau de incapacidade física
no momento do diagnóstico, obtendo os níveis “bom”,
“regular” e “precário”. No que se refere ao GIF 2, esse
indicador também oscilou, no período, entre 4,6% em
2013, com o menor percentual, e 12,8% em 2010, com o
maior percentual; em 2018, obteve 11,6%, apresentando
classificação “alta”, segundo os parâmetros oficiais
(Figura 166).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, o maior percentual variou entre
dois níveis de atenção. Os maiores percentuais ao longo
da série ocorreram na atenção secundária, com 21,2%
em 2018, e na atenção terciária, com 25% em 2010
(Figura 167).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária”
em todo período, com o menor percentual observado
no ano de 2015 (Figura 168). Em relação aos casos que
receberam alta por cura com avaliação da incapacidade,
observa-se que 2011 foi o ano com o maior quantitativo
de GIF 1 e 2 na alta, com 25 e 6 casos, respectivamente.
No período da análise, 142 indivíduos receberam alta
do tratamento com alguma incapacidade física; destes,
33 (23,2%) foram avaliados com GIF 2 (Figura 169).
79Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 166. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Roraima, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 167. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Roraima, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 168. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Roraima, 2009 a 2018
00
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 169. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Roraima, Brasil, 2009 a 2018
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
80 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
Santa Catarina
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados
1.687 casos novos de hanseníase no estado de Santa
Catarina. Desses, 692 (41,0%) foram diagnosticados
com incapacidade graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais
frequente na faixa etária de 30 a 59 anos, respondendo
por mais de 50% dos casos. O sexo masculino foi predo-
minante nos indivíduos avaliados quanto ao GIF 0, 1 e
2, sendo o grau 2 correspondente a 70,7% do total de
avaliados (Tabela 25).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada
nos brancos, com mais de 80% dos casos avaliados.
Quanto à escolaridade, houve maior predomínio de GIF
2 em indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
62,2%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas as
categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada nos
casos com GIF 2, correspondendo a 96,8% dos casos. No
que se refere ao modo de detecção, o encaminhamento
apresentou o maior percentual de grau 2, com 62,8%
(Tabela 25).
O estado de Santa Catarina, no ano de 2018, apresentou
endemicidade “baixa” tanto na população de menores
de 15 anos de idade quanto na população geral.
Quando analisado o período de 2009 a 2018, a taxa
de detecção geral passou de 3,04 para 1,72 casos por
100 mil habitantes, correspondendo a um decréscimo
de 43,4% (Figura 170). Apesar das variações ao longo
da série, a taxa de detecção na população de zero a
14 anos permaneceu em 0,14 casos por 100 mil habi-
tantes, quando analisados os anos de 2009 e 2018
(Figura 171).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo do
tempo; em 2009, alcançou 3,43, e em 2018, 1,69 casos
por 1 milhão de habitantes. Durante o período, o declínio
foi de 50,7% (Figura 172). O comportamento das três
taxas analisadas na UF acompanha o observado no país
e na região Sul.
TAbelA 25. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Santa Catarina, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
802 100 504 100 188 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 28 3,5 4 0,8 1 0,5
15-29 128 16,0 79 15,7 14 7,4
30-59 472 58,9 291 57,7 106 56,4
60 ou mais 174 21,7 130 25,8 67 35,6
Sexo
Feminino 362 45,1 183 36,3 55 29,3
Masculino 440 54,9 321 63,7 133 70,7
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 649 80,9 414 82,1 152 80,9
Preta 40 5,0 28 5,6 7 3,7
Amarela 8 1,0 2 0,4 1 0,5
Parda 91 11,3 57 11,3 22 11,7
Indígena 2 0,2 0 0,0 1 0,5
Ignorado 12 1,5 3 0,6 5 2,7
Escolaridade
Analfabeto 26 3,2 20 4,0 11 5,9
Ensino fundamental incompleto
412 51,4 270 53,6 117 62,2
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
100 12,5 57 11,3 15 8,0
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
95 11,8 51 10,1 7 3,7
Educação superior completa
18 2,2 13 2,6 0 0,0
Não se aplica 2 0,2 0 0,0 0 0,0
Ignorado 149 18,6 93 18,5 38 20,2
Classificação operacional
Paucibacilar 295 36,8 74 14,7 6 3,2
Multibacilar 507 63,2 430 85,3 182 96,8
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 525 65,5 358 71,0 118 62,8
Demanda espontânea 183 22,8 95 18,8 52 27,7
Exame de coletividade 3 0,4 3 0,6 3 1,6
Exame de contatos 77 9,6 37 7,3 7 3,7
Outros modos 12 1,5 8 1,6 7 3,7
Ignorado 2 0,2 3 0,6 1 0,5
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
81Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 170. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Santa Catarina, região Sul e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Sul Santa Catarina
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 171. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Santa Catarina, região Sul e Brasil, 2009 a 2018
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
anos
Brasil Região Sul Santa Catarina
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 172. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Santa Catarina, região Sul e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Sul Santa Catarina
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período Santa Catarina, apresentou variações
no parâmetro para a avaliação do grau de incapacidade
física no momento do diagnóstico, obtendo os níveis
“bom” e “regular”. No que se refere ao GIF 2, esse indicador
também oscilou, no período, entre 6,3% em 2011, com
o menor percentual, e 18,3% em 2017, com o maior
percentual, apresentando as classificações “média” e
“alta”, segundo os parâmetros oficiais (Figura 173).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, observa-se, ao longo da série,
que o maior percentual de GIF 2 variou entre três níveis
de atenção. Os maiores percentuais ao longo da série,
na atenção primária, foram 22,2% em 2017; na atenção
secundária, 25,8% em 2016; e na atenção terciária, 33,3%
em 2013 (Figura 174).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária” na
maior parte do período analisado, com o menor percentual
observado no ano de 2015 (Figura 175). Em relação
aos casos que receberam alta por cura com avaliação
da incapacidade, observa-se que 2009 foi o ano com o
maior quantitativo de GIF 1 e 2 na alta, com 50 e 24 casos,
respectivamente (Figura 176). No período da análise, 475
indivíduos receberam alta do tratamento com alguma
incapacidade física; destes, 151 (31,8%) foram avaliados
com GIF 2.
82 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 173. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Santa Catarina, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 174. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Santa Catarina, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 175. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Santa Catarina, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 176. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Santa Catarina, Brasil, 2009 a 2018
050100150200250300350400450500
0102030405060708090
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
83Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
São Paulo
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados
15.022 casos novos de hanseníase no estado de São
Paulo. Desses, 5.642 (37,6%) foram diagnosticados com
incapacidade graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente
na faixa etária de 30 a 59 anos, respondendo por mais de
50% dos casos. O sexo masculino foi predominante nos
indivíduos avaliados quanto ao GIF 0, 1 e 2, sendo o grau 2
correspondente a 70,7% do total de avaliados (Tabela 26).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada
nos brancos, com mais de 60% dos casos avaliados.
Quanto à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2
em indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
49,9%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas
as categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada
nos casos com GIF 2, correspondendo a 91,8% dos casos.
No que se refere ao modo de detecção, o encaminhamento
apresentou o maior percentual de grau 2, com 76,4%
(Tabela 26).
O estado de São Paulo, no ano de 2018, apresentou parâ-
metro de endemicidade “baixo” na população menores
de 15 anos de idade e “médio” na população geral.
Quando analisado o período de 2009 a 2018, a taxa
de detecção geral passou de 4,58 para 2,71 casos por
100 mil habitantes, correspondendo a um decréscimo de
40,8% (Figura 177). Essa redução também foi observada
na taxa de detecção anual de casos novos de hanseníase
na população de zero a 14 anos, que passou de 0,95
para 0,29 casos por 100 mil habitantes, representando
declínio de 69,5% (Figura 178).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo do
tempo; em 2009, atingiu 4,25, e em 2018, 3,68 casos por
1 milhão de habitantes. Durante o período, o declínio foi
de 13,4% (Figura 179). O comportamento das três taxas
analisadas do estado acompanha o observado no país
e na região Sudeste.
TAbelA 26. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Estado de São Paulo, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
7.707 100 4.112 100 1.530 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 333 4,3 67 1,6 10 0,7
15-29 1.360 17,6 525 12,8 128 8,4
30-59 4.310 55,9 2.261 55,0 774 50,6
60 ou mais 1.704 22,1 1.259 30,6 618 40,4
Sexo
Feminino 3.692 47,9 1.641 39,9 448 29,3
Masculino 4.015 52,1 2.471 60,1 1.082 70,7
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 4.759 61,7 2.481 60,3 941 61,5
Preta 563 7,3 323 7,9 160 10,5
Amarela 50 0,6 24 0,6 1 0,1
Parda 2.157 28,0 1.174 28,6 375 24,5
Indígena 10 0,1 4 0,1 4 0,3
Ignorado 168 2,2 106 2,6 49 3,2
Escolaridade
Analfabeto 299 3,9 235 5,7 140 9,2
Ensino fundamental incompleto
3.498 45,4 2.007 48,8 763 49,9
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
1.295 16,8 640 15,6 245 16,0
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
1.373 17,8 569 13,8 133 8,7
Educação superior completa
301 3,9 152 3,7 25 1,6
Não se aplica 48 0,6 6 0,1 0 0,0
Ignorado 893 11,6 503 12,2 224 14,6
Classificação operacional
Paucibacilar 3.574 46,4 856 20,8 125 8,2
Multibacilar 4.133 53,6 3.256 79,2 1.405 91,8
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 4.883 63,4 2.897 70,5 1.169 76,4
Demanda espontânea 1.735 22,5 770 18,7 207 13,5
Exame de coletividade 103 1,3 88 2,1 41 2,7
Exame de contatos 883 11,5 278 6,8 73 4,8
Outros modos 85 1,1 46 1,1 32 2,1
Ignorado 18 0,2 33 0,8 8 0,5
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
84 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 177. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Estado de São Paulo, região Sudeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Sudeste São Paulo
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 178. Taxa de detecção de casos novos em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Estado de São Paulo, região Sudeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
anos
Brasil Região Sudeste São Paulo
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 179. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Estado de São Paulo, região Sudeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Sudeste São Paulo
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, São Paulo apresentou variações
no parâmetro para a avaliação do grau de incapacidade
física no momento do diagnóstico, alcançando os níveis
“bom” e “regular”. No que se refere ao GIF 2, esse indicador
também oscilou, no período, entre 8,9% em 2011, com
o menor percentual, e 15% em 2018, com o maior
percentual, apresentando classificação “alta”, segundo
os parâmetros oficiais (Figura 180).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, o maior percentual variou
entre dois níveis de atenção. Os maiores percentuais ao
longo da série ocorreram na atenção primária, com 11%
em 2009, e na atenção terciária, com 20,6% em 2017
(Figura 181).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “regular” em
todo período, com o menor percentual observado no
ano de 2018 (Figura 182). Em relação aos casos que
receberam alta por cura com avaliação da incapacidade,
observa-se que 2009 foi o ano com o maior quantitativo de
GIF 1 na alta, com 479 casos, e 2017 o ano com o maior
quantitativo de GIF 2 na alta, com 181 casos (Figura 183).
No período da análise, 5.494 indivíduos receberam alta
do tratamento com alguma incapacidade física; destes,
1.623 (29,5%) foram avaliados com GIF 2.
85Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 180. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. São Paulo, 2009 a 2018
0102030405060708090
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 181. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. São Paulo, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 182. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. São Paulo, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 183. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. São Paulo, 2009 a 2018
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
0100200300400500600700800900
1000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
86 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
Sergipe
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 3.955
casos novos de hanseníase no estado de Sergipe. Desses,
967 (24,5%) foram diagnosticados com incapacidade
graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente na faixa etária
de 30 a 59 anos, respondendo por mais de 48% dos casos.
O sexo masculino foi predominante nos indivíduos ava-
liados quanto ao GIF 1 e 2, sendo o grau 2 corres pondente
a 66,8% do total de avaliados (Tabela 27).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada
nos pardos, com mais de 60% dos casos avaliados.
Quanto à escolaridade, houve maior predomínio de
GIF 2 em indivíduos com ensino fundamental incom pleto,
com 52%. Em relação à classificação operacional, os
casos multibacilares foram predominantes nas categorias
de GIF 1 e 2, sendo a diferença mais acentuada nos
casos com GIF 2, correspondendo a 82,7% dos casos.
No que se refere ao modo de detecção, o encaminha-
mento apresentou o maior percentual de grau 2, com
59,6% (Tabela 27).
O estado de Sergipe, no ano de 2018, apresentou parâ-
metro de endemicidade “muito alto” na população de
menores de 15 anos de idade e “alto” na população geral.
Quando analisado o período de 2009 a 2018, a taxa de
detecção geral passou de 24,51 para 13,94 casos por
100 mil habitantes, correspondendo a um decréscimo
de 43,1% (Figura 184). Essa redução também foi
observada na taxa de detecção anual de casos novos
de hanseníase na população de zero a 14 anos, que
passou de 4,21 para 5,23 casos por 100 mil habitantes,
representando incremento de 24,2% (Figura 185).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo do
tempo; em 2009, alcançou 20,30, e em 2018, 10,39 casos
por 1 milhão de habitantes. Durante o período, o declínio
foi de 48,8% (Figura 186). O comportamento das taxas
de detecção geral e de GIF 2 analisadas na UF acompanha
o observado no país e na região; entretanto, a taxa em
menores de 15 anos diferenciou-se em relação ao Brasil
e à região Nordeste.
TAbelA 27. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Sergipe, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
2.134 100 690 100 277 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 192 9,0 28 4,1 5 1,8
15-29 427 20,0 95 13,8 41 14,8
30-59 1.118 52,4 355 51,4 134 48,4
60 ou mais 397 18,6 212 30,7 97 35,0
Sexo
Feminino 1.124 52,7 295 42,8 92 33,2
Masculino 1.010 47,3 395 57,2 185 66,8
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 418 19,6 136 19,7 53 19,1
Preta 270 12,7 89 12,9 37 13,4
Amarela 16 0,7 7 1,0 3 1,1
Parda 1.387 65,0 440 63,8 181 65,3
Indígena 9 0,4 2 0,3 0 0,0
Ignorado 34 1,6 16 2,3 3 1,1
Escolaridade
Analfabeto 225 10,5 100 14,5 58 20,9
Ensino fundamental incompleto
1.054 49,4 347 50,3 144 52,0
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
321 15,0 94 13,6 31 11,2
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
308 14,4 85 12,3 29 10,5
Educação superior completa
89 4,2 20 2,9 6 2,2
Não se aplica 16 0,7 3 0,4 0 0,0
Ignorado 121 5,7 41 5,9 9 3,2
Classificação operacional
Paucibacilar 1.279 59,9 204 29,6 48 17,3
Multibacilar 855 40,1 486 70,4 229 82,7
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 954 44,7 392 56,8 165 59,6
Demanda espontânea 984 46,1 254 36,8 98 35,4
Exame de coletividade 52 2,4 14 2,0 1 0,4
Exame de contatos 77 3,6 9 1,3 4 1,4
Outros modos 47 2,2 19 2,8 8 2,9
Ignorado 20 0,9 2 0,3 1 0,4
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
87Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 184. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Sergipe, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Nordeste Sergipe
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 185. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Sergipe, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
anos
Brasil Região Nordeste Sergipe
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 186. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Sergipe, região Nordeste e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Brasil Região Nordeste Sergipe
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, Sergipe apresentou variações no
parâmetro para a avaliação do grau de incapacidade física
no momento do diagnóstico, alcançando os níveis “bom” e
“regular”, respectivamente. No que se refere ao GIF 2, esse
indicador também oscilou, no período, entre 7% em 2014
e 2016, com o menor percentual, e 12,8% em 2017, com
o maior percentual; em 2018, obteve 8,9%, apresentando
classificação “média”, segundo os parâmetros oficiais
(Figura 187).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, o maior percentual variou entre
dois níveis de atenção. Os maiores percentuais ao longo da
série foram na atenção secundária, com 28,8% em 2012,
e na atenção terciária, com 40% em 2015 (Figura 188).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária” na
maior parte dos anos, com o menor percentual observado
no ano de 2015 (Figura 189). Em relação aos casos que
receberam alta por cura com avaliação da incapacidade,
observa-se que 2013 foi o ano com o maior quantitativo
de GIF 1 e 2 na alta, com 57 e 27 casos, respectivamente
(Figura 190). No período da análise, 599 indivíduos
receberam alta do tratamento com alguma incapacidade
física; destes, 169 (28,2%) foram avaliados com GIF 2.
88 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 187. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Sergipe, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 188. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Sergipe, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 189. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Sergipe, 2009 a 2018
00
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 190. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Sergipe, 2009 a 2018
0
100
200
300
400
500
600
700
0
20
40
60
80
100
120
140
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
89Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
Tocantins
No período de 2009 a 2018, foram diagnosticados 11.394
casos novos de hanseníase no estado de Tocantins.
Desses, 3.419 (30%) foram diagnosticados com inca-
pacidade graus 1 e 2. O GIF 1 e 2 foi mais frequente
na faixa etária de 30 a 59 anos, respondendo por mais
de 46% dos casos. O sexo masculino foi predominante
nos indivíduos avaliados quanto ao GIF 0, 1 e 2, sendo
o grau 2 correspondente a 70,9% do total de avaliados
(Tabela 28).
Essa situação também se verificou quando analisada a
variável raça/cor, sendo a maior frequência observada nos
pardos, com mais de 60% dos casos avaliados. Quanto
à escolaridade, houve maior predomínio de GIF 2 em
indivíduos com ensino fundamental incompleto, com
51,7%. Em relação à classificação operacional, os casos
multibacilares também foram predominantes em todas
as categorias do GIF, sendo a diferença mais acentuada
nos casos com GIF 2, correspondendo a 94,8% dos
casos. No que se refere ao modo de detecção, a demanda
espontânea apresentou o maior percentual de grau 2, com
44,3% (Tabela 28).
O estado do Tocantins, no ano de 2018, apresentou parâ-
metro “hiperendêmico” tanto na população de menores
de 15 anos de idade quanto na população geral. Quando
analisado o período de 2009 a 2018, a taxa de detecção
geral passou de 88,54 para 109,32 casos por 100 mil
habitantes, correspondendo a um acréscimo de 23,5%
(Figura 191). Esse acréscimo também foi observado na
taxa de detecção anual de casos novos de hanseníase
na população de zero a 14 anos, que passou de 26,48
para 30,13 casos por 100 mil habitantes, com 13,8% de
incremento (Figura 192).
A taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de
incapacidade física apresentou oscilação ao longo do
tempo; em 2009, alcançou 38,70, e em 2018, 84,87
casos por 1 milhão de habitantes. Durante o período, o
incremento foi de 119,3% (Figura 193). O comportamento
das três taxas analisadas da UF difere do observado no
país e na região Norte.
TAbelA 28. Caracterização dos casos novos de hanseníase segundo o grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. Tocantins, 2009 a 2018
Variáveis
Grau 0* Grau 1* Grau 2*
n % n % n %
5.773 100 2.798 100 621 100
Faixa etária
Menor de 15 anos 630 10,9 108 3,9 15 2,4
15-29 1.213 21,0 399 14,3 77 12,4
30-59 3.054 52,9 1.601 57,2 288 46,4
60 ou mais 876 15,2 690 24,7 241 38,8
Sexo
Feminino 2.723 47,2 1.147 41,0 181 29,1
Masculino 3.050 52,8 1.651 59,0 440 70,9
Ignorado - - - - - -
Raça/cor
Branca 905 15,7 428 15,3 107 17,2
Preta 814 14,1 420 15,0 105 16,9
Amarela 109 1,9 82 2,9 11 1,8
Parda 3.849 66,7 1.817 64,9 384 61,8
Indígena 47 0,8 22 0,8 11 1,8
Ignorado 49 0,8 29 1,0 3 0,5
Escolaridade
Analfabeto 397 6,9 295 10,5 119 19,2
Ensino fundamental incompleto
2.579 44,7 1.326 47,4 321 51,7
Ensino fundamental completo e Ensino médio incompleto
957 16,6 433 15,5 76 12,2
Ensino médio completo e Educação superior incompleta
1.183 20,5 490 17,5 73 11,8
Educação superior completa
317 5,5 125 4,5 11 1,8
Não se aplica 86 1,5 7 0,3 1 0,2
Ignorado 254 4,4 122 4,4 20 3,2
Classificação operacional
Paucibacilar 2.831 49,0 369 13,2 32 5,2
Multibacilar 2.942 51,0 2.429 86,8 589 94,8
Ignorado - - - - - -
Modo de detecção
Encaminhamento 1.981 34,3 856 30,6 223 35,9
Demanda espontânea 2.826 49,0 1.337 47,8 275 44,3
Exame de coletividade 201 3,5 176 6,3 54 8,7
Exame de contatos 564 9,8 313 11,2 45 7,2
Outros modos 111 1,9 62 2,2 18 2,9
Ignorado 90 1,6 54 1,9 6 1,0
Fonte: Sinan/SVS-MS. *Grau de incapacidade física 0, 1 e 2.
90 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
FIguRA 191. Taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase (por 100 mil hab.). Tocantins, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
ger
al (p
or 1
00 m
il ha
b.)
Brasil Região Norte Tocantins
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 192. Taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil hab.). Tocantins, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2010 2012 2014 2016 2018
Taxa
de
dete
cção
<15
ano
s
Brasil Região Norte Tocantins
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 193. Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico (por 1 milhão de hab.). Tocantins, região Norte e Brasil, 2009 a 2018
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
2010 2012 2014 2016 2018
Brasil Região Norte Tocantins
Taxa
de
grau
2 d
e in
capa
cida
de fí
sica
(por
1 m
ilhão
de
hab.
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
Ao longo do período, Tocantins apresentou variações
no parâmetro para a avaliação do grau de incapacidade
física no momento do diagnóstico, alcançando os níveis
“bom” e “regular”, respectivamente. No que se refere ao
GIF 2, esse indicador também oscilou, no período, entre
4,9% em 2009, com o menor percentual, e 9,5% em 2017,
com o maior percentual, apresentando classificação
“média”, segundo os parâmetros oficiais (Figura 194).
Na análise da proporção de casos novos com GIF 2
segundo nível de atenção, o maior percentual variou entre
os três níveis. Os maiores percentuais ao longo da série,
na atenção primária, foram 9,5% em 2017; na atenção
secundária, 18,2% em 2016; e, na atenção terciária, 22,7%
em 2009 (Figura 195).
A avaliação do GIF na cura foi considerada “precária” na
maior parte dos anos, com o menor percentual observado
no ano de 2018 (Figura 196). Em relação aos casos que
receberam alta por cura com avaliação da incapacidade,
observa-se que 2017 foi o ano com o maior quantitativo de
GIF 1 na alta, com 274 casos, e 2018 o ano com o maior
quantitativo de GIF 2 na alta, com 64 casos (Figura 197).
No período da análise, 2.200 indivíduos receberam alta
do tratamento com alguma incapacidade física; destes,
457 (20,8%) foram avaliados com GIF 2.
91Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
FIguRA 194. Proporção de casos novos de hanseníase quanto ao grau de incapacidade física, graus 1 e 2 no momento do diagnóstico. Tocantins, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Avaliados GIF1 GIF2
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 195. Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico segundo nível de atenção. Tocantins, 2009 a 2018
00
20
40
60
80
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o
Atenção Primária Atenção Secundária Atenção Terciária
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 196. Proporção de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Tocantins, 2009 a 2018
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Prop
orçã
o (%
)
Fonte: Sinan/SVS-MS.
FIguRA 197. Número de casos de hanseníase avaliados quanto ao grau de incapacidade física na cura. Tocantins, 2009 a 2018
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Núm
ero
GIF 1 GIF 2 GIF acumulado
Núm
ero
acum
ulad
o
Fonte: Sinan/SVS-MS.
92 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
considerações
Esta publicação traz elementos para sensibilizar e subsi-
diar gestores e profissionais de saúde no sentido de
priorizar ações de prevenção de incapacidades físicas na
gestão do cuidado à pessoa acometida pela hanseníase.
No contexto atual, o número de casos diagnosticados e
que recebem alta dos serviços com incapacidade física
é expressivo, demonstrando fragilidades nas ações
de diagnóstico e prevenção dessas incapacidades,
principalmente aquelas voltadas ao autocuidado.
Considerando que o diagnóstico é essencialmente
clínico e epidemiológico, é fundamental que as ações
de vigilância e controle da doença sejam contínuas e
de qualidade, possibilitando o diagnóstico precoce, cuja
estratégia principal é a vigilância dos contatos, os quais
estão mais expostos à infecção.
O diagnóstico, tratamento e acompanhamento da doença
devem acontecer na Atenção Primária à Saúde (APS),
a qual permite que as ações de cuidado sejam mais
capilares e longitudinais. Essas ações requerem um olhar
mais próximo sobre a situação de saúde das pessoas e o
território no qual elas vivem.
A prevenção e a reabilitação das incapacidades físicas
também podem ocorrer no âmbito da APS. No entanto,
em algumas situações, a exemplo das incapacidades
instaladas, é necessária a articulação com os demais
pontos da Rede de Atenção à Saúde (RAS), principalmente
quanto ao manejo das reações hansênicas e neurites.
Estas são condições clínicas especiais e não raras na
hanseníase, que culminam na incapacidade.
Além disso, as ações de prevenção, a reabilitação das
incapacidades e a promoção do autocuidado evitam a
piora e a instalação de novas deformidades, sobretudo
no pós-alta. Cabe ressaltar que, mesmo após a alta da
poliquimioterapia, a pessoa acometida pela hanseníase
deve continuar inserida na RAS, quando presente
incapacidade ou deformidade física, a fim de garantir a
longitudinalidade e a integralidade do cuidado.
Diante dos pontos levantados, é preciso avançar no
que diz respeito à inserção e qualificação do cuidado
à pessoa acometida em todos os níveis de gestão e
atenção, por meio do fortalecimento e organização
da RAS, e da qualificação profissional, que são fatores
fundamentais para o êxito no cuidado da hanseníase.
93Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação
da hanseníase como problema de saúde pública. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância e Doenças Transmissíveis. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília, DF: Ministério
da Saúde, 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância e Doenças Transmissíveis. Guia prático sobre a hanseníase. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2017.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Estratégia Global para a Hanseníase 20162020:
aceleração rumo a um mundo sem hanseníase. Nova Deli: OMS, 2016.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Global leprosy update, 2018: moving towards a
leprosy free world. Weekly epidemiological record, Genebra, n. 94, p. 389-412, 30 ago.
2019. Disponível em: https://apps.who. int/iris/bitstream/handle/10665/326775/
WER9435-36-en-fr.pdf?ua=1. Acesso em: 9 out. 2019.
referências
94 Secretaria de Vigilância em Saúde|MS
Ministério da saúde
Bras
ília
DF
2020
VENDA PROIBIDADIST
RIBUIÇÃO
GRATUITA
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúdewww.saude.gov.br/bvs
MINISTÉRIO DASAÚDE
Hanseníase no Brasil CaraCterização das
inCapaCidades FísiCas
9 7 8 8 5 3 3 4 2 7 5 6 3