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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, FÍSICO-QUÍMICA E POLÍNICA DE MEL ORIUNDO DA CULTURA DO GUARANAZEIRO (Paullinia cupana) EM ALTA FLORESTA MT IVETE ARAKAKI FUJII CUIABÁ - MT, 2007

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical

CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, FÍSICO-QUÍMICA E

POLÍNICA DE MEL ORIUNDO DA CULTURA DO

GUARANAZEIRO (Paullinia cupana) EM ALTA FLORESTA

MT

IVETE ARAKAKI FUJII

CUIABÁ - MT, 2007

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical

CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, FÍSICO-QUÍMICA E

POLÍNICA DE MEL ORIUNDO DA CULTURA DO

GUARANAZEIRO (Paullinia cupana) EM ALTA FLORESTA

MT

IVETE ARAKAKI FUJII

Engenheira Agrônoma

ORIENTADOR PROFº Drº MÁRCIO DO NASCIMENTO FERREIRA

Dissertação apresentada à Faculdade

de Agronomia e Medicina Veterinária da

Universidade Federal de Mato Grosso,

para obtenção do título de Mestre em

Agricultura Tropical.

CUIABÁ – MT, 2006

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

Título: CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, FÍSICO-QUÍMICA E POLÍNICA DE

MEL ORIUNDO DA CULTURA DO GUARANAZEIRO (Paullinia cupana)

PRODUZIDO NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA – MT.

Autora: IVETE ARAKAKI FUJII

Orientador: Profº Dr. Márcio do Nascimento Ferreira

Aprovada em 31 de outubro de 2006.

Comissão examinadora:

______________________________________________

Profº Dr. Márcio do Nascimento Ferreira (FAMEV/UFMT)

_____________________________________________

Profº Dr. Paulo Afonso Rossignoli (FANUT/UFMT)

_____________________________________________

Profº Dr. João Garcia Caramori Júnior (FAMEV/UFMT)

_____________________________________________

Profº Dr. JARBAS MARÇAL DE QUEIRÓZ (UFRJ/RJ)

Aos meus pais, que,

com alegria e confiança

em seus filhos, sempre

estiveram presentes em

minha vida

Ao meu esposo Laudelino

Hiroshi Fujii, e aos meus filhos,

Lívia e André, que com amor,

companheirismo e

compreensão, apoiaram-me em

todos os momentos.

DEDICO

CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, FÍSICO-QUÍMICA E POLÍNICA DE MEL

ORIUNDO DA CULTURA DO GUARANAZEIRO (Paullinia cupana)

PRODUZIDO NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA-MT.

RESUMO – O presente trabalho teve como objetivo determinar as

características físico-químicas e a análise polínica de 17 amostras de mel

oriundo da cultura do guaranazeiro (Paullinia cupana), produzido no Estado de

Mato Grosso por abelhas das espécies Apis mellifera L, Scaptotrigona sp.

Latreille e Melipona seminigra Latreille, comparando as amostras aos Padrões

de Identidade e Qualidade (PIQ) estabelecidos pela legislação vigente. Por

meio da análise polínica, verificou-se que o pólen de flor do guaranazeiro

esteve presente em todas as amostras de méis, sendo considerado pólen

dominante, evidenciando o potencial apícola dessa espécie como planta

melífera. As análises polínicas e físico-químicas foram realizadas no

Laboratório de físico-química da Faculdade de Nutrição (FANUT) da

Universidade Federal de Mato Grosso sendo determinados os parâmetros de

umidade, acidez livre, açúcares redutores em açúcar invertido, sacarose

aparente, cinzas e sólidos insolúveis em água. O teor de umidade para os méis

produzidos pelas abelhas indígenas, Scaptotrigona sp, e Melipona seminigra,

estavam com teor elevado, quando comparado aos méis produzidos por

abelhas africanizadas, assim como, os baixos teores de açúcares redutores

para Scaptotrigona sp. As demais determinações estavam dentro dos padrões

previstos pela legislação brasileira. O pólen da flor do guaranazeiro esteve

presente em todas as amostras de méis, sendo considerado pólen dominante,

com 80% dos grãos de pólen nas amostras, evidenciando o potencial apícola

dessa espécie como planta melífera. As análises estatísticas foram realizadas

através de comparações de média para cada uma das determinações

utilizando-se o teste de Dunnet a 5% de probabilidade.

Palavras-chave: mel, Apis melífera, Melípona, Scaptotrigona, origem floral,

análises físico-químicas.

PHYSICO-CHEMICAL AND POLLEN CHARACTERIZATION FROM

GUARANA (Paullinia cupana), PRODUCED IN THE STATE OF MATO

GROSSO – BRAZIL.

ABSTRACT – This work was carried out with the objective of determing the

physico-chemical characteristics and the pollen analysis of 17 honey’s

samples of guarana (PaullinIa cupana), produced at Mato Grosso from honey

bees of the species Apis mellifera L, Scaptotrigona sp. Latreille and Melipona

seminigra. Samples were compared to the standards of Identity and Quality

(PIQ) established for current law in accordance with the Normative Instruction

n°11, from October 20 of 2000, of the Ministry of Agriculture, Cattle and

Supplying (MAPA). By means of the pollen analysis, it was verified that the

pollen from the flower of the guarana was present in all the samples of honeys,

being considered dominant pollen, reiterating the apicultural potential of this

species as honey plant. The pollen and physico-chemical analyses were carried

in the Laboratory of physico-chemical of the College of Nutrition (FANUT) of the

Federal University of Mato Grosso, and the definitive parameters had been the

text of humidity, free acidity, reducing sugars in inverted sugar, sucrose

apparent, insoluble leached ashes and solids in water. The percentage of

humidity for the honeys produced by the native honey bees, Scaptotrigona sp.

Latreille and Melipona seminigra was higher than from honeys produced from

africanized honey bees, as well as, the low texts of reducing sugars from

Scaptotrigona sp. The others determinations were inside of the standards

foreseen from the brazilian legislation. The statistical analyses were carried

through comparisons of average for each one of the determination using

themselves the test of Dunnet 5% of probability.

Key-word: honey, floral origin, Apis melífera, Melipona, Scaptotrigona analyses physico-chemical.

LISTA DE TABELAS

Página

TABELA 1 Espectro polínico das amostras de méis de Apis mellifera, Melipona scuttelaris e Scaptotrigona em colméias presentes na florada de guaranazeiro.

28

TABELA 2 Valores médios dos parâmetros físico-químicos de 17 amostras de amostras de mel de Apis mellifera, Scaptotrigona spp, Melipona scutellari, provenientes de colméias instaladas na cultura do guaranazeiro

29

TABELA 3 Resultado da análise de variância dos atributos físico-químicos das amostras de mel de Apis mellifera, Scaptotrigona spp, Melipona scutellari, provenientes de colméias instaladas na cultura do guaranazeiro

45

TABELA 4 Resultado da análise de variância dos atributos físico-químicos das amostras de mel de A. mellifera proveniente de colméias instaladas na cultura do guaranazeiro

45

TABELA 5 Comparações de médias da umidade do mel com Dunnett à 5% de probabilidade (d.m.s = 0,10%)

46

TABELA 6 Comparações de médias da acidez do mel com Dunnett à 5% de probabilidade (d.m.s = 0,03 mEq/kg)

46

TABELA 7 Comparações de médias dos açucares redutores no mel com Dunnett à 5% de probabilidade (d.m.s = 0,07%)

47

TABELA 8 Comparações de médias de sacarose no mel com Dunnett à 5% de probabilidade (d.m.s = 0,02)

47

TABELA 9 Comparações de médias da cinza do mel com Dunnett à 5% de probabilidade (d.m.s = 0,30%)

48

TABELA 10 Comparações de médias de Sólidos Insolúveis no mel com Dunnett à 5% de probabilidade (d.m.s = 0,04%)

48

LISTA DE FIGURAS

FIGURA Página

1. Inflorescência do guaranazeiro 16

2. Área de plantio de guaraná da Fazenda Caiabi/Alta Floresta-MT

23

3. Coleta de mel de Scaptotrigona e Melipona seminigra 24

4. Flor do guaranazeiro conservado em ácido acético 25

5. Porcentagem de amostras que apresentaram teores de umidade em conformidade com a legislação brasileira

31

6. Porcentagem de amostras que apresentaram teores de acidez em conformidade com a legislação brasileira

32

7. Porcentagem de amostras que apresentaram teores de açúcares redutores em conformidade com a legislação brasileira

33

8. Porcentagem de amostras que apresentaram teores de sacarose em conformidade com a legislação brasileira

34

9. Porcentagem de amostras que apresentaram teores de cinzas em conformidade com a legislação brasileira

35

10. Porcentagem de amostras que apresentaram teores de sólidos insolúveis em conformidade com a legislação brasileira

36

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 09

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Descrição e importância do mel

2.2. Classificação

2.3. Designação

2.4. Composição e requisitos conforme

Regulamento Técnico de Identidade e

Qualidade

2.5. Análise polínica

2.6. Descrição botânica da flor do

guaranazeiro

2.7. Características físico-químicas do mel

11

11

11

13

13

14

16

16

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Local e instalação das colméias

3.2. Preparo e conservação das amostras

3.3. Análises polínicas

3.4. Análises físico-químicas

3.5. Análises estatísticas

22

22

23

24

25

26

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Resultados das análises polínicas

4.2. Resultados das análises físico-

químicas

4.3. Resultados das análises físico-químicas e

análises estatísticas

27

28

5. CONCLUSÃO 37

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

7. ANEXOS

38

44

1. INTRODUÇÃO

O mel é um alimento consumido e apreciado há mais de 200 mil anos

pelo homem e até hoje é um produto cercado de lendas e mitos, o que suscita

a curiosidade e uma necessidade maior de conhecimento pelas pessoas, tanto

do mel que é produzido, quanto pelas abelhas que o produzem (Abreu et al.,

2005).

A qualidade do mel produzido depende de vários fatores, tais como, a

origem botânica do(s) néctar(es) coletado(s), da espécie de abelha, das

condições ambientais e do solo, e também do manejo utilizado pelo apicultor

antes e após a colheita do mel.

A criação de abelhas pode ser dividida em duas práticas distintas: a

apicultura e a meliponicultura. A apicultura caracteriza-se pelo manejo da

espécie Apis mellifera, cuja prática é bastante difundida pela sociedade,

detentora de tecnologia mais desenvolvida, padrões de produção bem

definidos e características de seus subprodutos mais conhecidas. Entende-se

por meliponicultura, a arte de manejar as abelhas indígenas sem ferrão, sendo

a obtenção de mel um dos objetivos dessa atividade (Nogueira-Neto, 1997),

apesar de que as abelhas indígenas produzam menor quantidade desse

produto. Em contrapartida, desde há muito tempo, o mel das abelhas sem

ferrão é utilizado como um excelente fármaco para diversos fins, atestado pela

população em geral, profissionais da saúde e pesquisadores.

A apicultura e a meliponicultura tem dois significados importantes para o

homem, pois, ao contrário de outras atividades agrícolas, traz vantagens para o

planeta como um todo, produzindo um alimento altamente nutritivo e ao mesmo

tempo, aumentando a diversidade dos recursos naturais, sem prejuízos aos

cursos de água, sem contaminação do ar e do solo, e com isso, trazendo

somente benefícios para a vida vegetal e animal

Aliado ao cultivo de diversos alimentos e recursos florestais, o manejo

de colméias pode ser incluída nestas atividades, pois a polinização realizada

por abelhas é uma das melhores alternativas para o aumento da produtividade

das culturas (D’Avila; Marchini, 2005).

Ao coletar néctar e pólen, as abelhas provocam a polinização das flores.

Na vegetação natural, esta atividade significa a preservação das espécies; na

agricultura, a presença de enxames nos cultivo de alimentos significa maior

produtividade de frutos, grãos e sementes, mais qualidade e uniformidade,

maior resistência às enfermidades e melhor poder germinativo.

Países europeus e os Estados Unidos produzem e consomem

principalmente o mel da abelha Apis mellifera L. e têm como referência, a

legislação preconizada pela FAO – Food and Agriculture Organization para mel

desta espécie; no Brasil, a legislação em vigor segue as mesmas prerrogativas,

porém as características químicas e nutricionais são, em parte, diferentes para

o mel de abelhas nativas no nosso país.

A produção de mel no Estado de Mato Grosso ainda é incipiente, porém

a apicultura encontra-se em crescente demanda na produção de mel e outros

produtos apícolas, como cera, geléia real, pólen apícola e própolis.

O presente trabalho teve como objetivo estudar as características físico-

químicas do mel oriundo da cultura do guaranazeiro (Paullinia cupana),

produzida no Estado de Mato Grosso por abelhas das espécies Apis mellifera

L, Scaptotrigona sp. Latreille, e Melipona seminigra Latreille, através de

análise polínica e análises químicas e físico-químicas, comparando as

amostras aos Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ) estabelecidos pela

legislação vigente de acordo com a Instrução Normativa nº 11, de 20 de

Outubro de 2000, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

(MAPA).

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Descrição e importância do mel

Entende-se por mel, o produto alimentício produzido pelas abelhas

melíferas, a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes

vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas, que as

abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas

próprias, armazenam e deixam madurar nos favos da colméia (BRASIL, 2000).

Como é um produto apreciado pelo seu sabor e alto valor energético e

de grande aceitação, têm sido alvo de adulterações causando extrema

desconfiança entre os consumidores, sendo este o principal impasse para a

ampliação do seu consumo (Oliveira et al., 2005).

O produto final está sujeito à sua origem com características

dependendo da concentração nas matérias-primas, de açúcares, minerais e

vitaminas, entre outros, que serão a base para a composição final do mel.

O homem tem utilizado o mel de diversas maneiras, seja como alimento

ou como medicamento, devido às suas propriedades anti-sépticas e, ainda,

como conservante de frutas e grãos (Cortopassi-Laurino; Gelli,1991).

2.2. Classificação

De acordo com o regulamento técnico (BRASIL, 2000), o mel pode ser

classificado por sua origem botânica, segundo o procedimento de obtenção e

segundo sua apresentação.

2.2.1. Classificação por sua origem botânica

2.2.1.1. Mel de flores: é o mel obtido, principalmente, dos néctares das flores.

2.2.1.1.1. Méis uniflorais ou monoflorais: quando o produto proceda

primordialmente da origem de flores de uma mesma família, gênero ou espécie

e possua características sensoriais, físico-químicas e microscópicas próprias.

2.2.1.1.2. Méis multiflorais, poliflorais ou milflorais:

2.2.1.2. Méis de melato: Mel de melato é o mel obtido primordialmente

partir de secreções das partes vivas das plantas ou de excreções de insetos

sugadores de plantas que se encontram sobre elas.

2.2.2. Classificação segundo o procedimento de obtenção de mel do favo

2.2.2.1. Mel escorrido: é o mel obtido por escorrimento dos favos

desoperculados, sem larvas.

2.2.2.2. Mel prensado: é o mel obtido por prensagem dos favos sem larvas.

2.2.2.3. Mel centrifugado: é o mel obtido por centrifugação dos favos

desoperculados, sem larvas.

2.2.3. Classificação segundo sua apresentação e/ou processamento

2.2.3.1. Mel: é o mel em estado líquido, cristalizado ou uma mistura de ambos.

2.2.3.2. Mel em favos ou mel em secções: é o mel armazenado pelas

abelhas em células operculadas de favos novos, construídos por elas mesmas,

que não contenha larvas e comercializado em favos inteiros ou em secções de

tais favos.

2.2.3.3. Mel com pedaços de favo: é o mel que contém um ou mais pedaço

de favo com mel, isento de larvas.

2.2.3.4. Mel cristalizado ou granulado: é o mel que sofreu um processo

natural de solidificação como conseqüência da cristalização da glicose.

2.2.3.5. Mel cremoso: é o mel que tem uma estrutura cristalina fina e que pode

ter sido submetido a um processo físico, que lhe confira essa estrutura e que o

torne fácil de untar.

2.2.3.6. Mel filtrado: é o mel que foi submetido a um processo de filtração,

sem alterar o seu valor nutritivo.

2.3. Designação

Denominação de venda: conforme Regulamento Técnico de Identidade e

Qualidade do Mel (BRASIL, 2000):

2.3.1. O produto definido no item 2.2.1.1. será designado mel, podendo-se

agregar a sua classificação segundo indicado no item 2.2.2. e 2.2.3., em

caracteres não maiores do que a palavra mel.

2.3.2. O produto definido no item 2.2.1.2., e sua mistura com mel floral, se

designará Melato ou Mel de Melato podendo se agregar sua classificação,

segundo o indicado no item 2.2.2 e 2.2.3, em caracteres não maiores do que os

da palavra Melato ou Mel de Melato.

2.4 – Composição e requisitos conforme Regulamento Técnico de

Identidade e Qualidade do Mel (BRASIL, 2000)

2.4.1.. Composição: O mel é uma solução concentrada de açúcares com

predominância de glicose e frutose. Contém, ainda, uma mistura complexa de

outros hidratos de carbono, enzimas, aminoácidos, ácidos orgânicos, minerais,

substâncias aromáticas, pigmentos, cera e grãos de pólen.

2.4.2.. Requisitos

2.4.2.1. Características Sensoriais

2.4.2.1.1. Cor: será variável desde quase incolor até a coloração pardo-escura,

porém sendo uniforme em todo volume do envase que o contenha.

2.4.2.1.2. Sabor e aroma: deverá ter sabor e aroma característicos e estar livre

de sabores e aromas indesejáveis.

2.4.2.1.3. Consistência: poderá ser fluida, viscosa ou cristalizada total ou

parcialmente.

2.4.2.2. Características físico-quimicas

2.4.2.2.1. Maturidade

- Açúcares redutores (calculados como açúcar invertido):

- Mel floral: mínimo 65g/100g

- Melato ou Mel de melato e sua mistura com mel de flores: mínimo

60g/100g.

- Umidade: máximo 20g/100g.

- Sacarose aparente:

- Mel de flores: máximo 6g/100g.

- Melato ou Mel de Melato e sua mistura com mel floral: 15g/100g.

2.4.2.2.2. Pureza

- Sólidos insolúveis em água: máximo 0,1g/100g, exceto no mel prensado, que

se tolera até em 0,5g/100g, unicamente em produtos acondicionados para sua

venda direta ao público.

- Minerais (cinzas): máximo 0,6g/100g. No mel de melato e suas misturas com

méis de flores se tolera até 1,2g/100g.

- Pólen: o mel deve necessariamente apresentar grãos de pólen.

2.4.2.2.3. Deterioração

- Fermentação: O mel não deverá ter indícios de fermentação. Acidez: máxima

de 50 mEquivalentes por quilograma.

- Grau de frescura: determinado depois do tratamento.

- Atividade diastásica: como mínimo o 8 da escala de Gothe. Os méis com

baixo conteúdo enzimático deverão ter como mínimo uma atividade diastásica

correspondente ao 3 da escala de Göthe, sempre que o conteúdo de

hidroximetilfurfural não exceda a 15mg/kg.

- Hidroximetilfurfural: máximo de 60mg/kg.

2.5. Análise polínica

Acredita-se que plantas e abelhas surgiram na superfície da Terra quase

que simultaneamente, apesar de que este insetos se alimentavam inicialmente

de néctar das flores como fonte de energia e de pequenos animais como fonte

de proteína. Durante a evolução, as abelhas substituíram a proteína animal por

uma fonte vegetal, o pólen das flores. Ao mesmo tempo, as flores também

sofreram transformações na sua estrutura, como cores, odores, tamanho e

formas, facilitando seu reconhecimento pelas abelhas (Carvalho; Marchini,

1999).

As abelhas alimentam-se quase que exclusivamente de pólen e néctar e

precisam visitar um grande número de flores para satisfazerem suas

necessidades individuais, das crias e da colônia, por esse motivo, são as mais

eficientes polinizadoras, pois 90% das espécies de plantas com flores e 80%

dos vegetais de interesse econômico são polinizados por esses insetos (Mc

Gregor, 1976; Nogueira – Couto, 1998) citados por D’Ávila; Marchini, (2005).

A análise polínica permite o reconhecimento das plantas apícolas

utilizadas pelas abelhas, sendo de relevante importância o conhecimento da

origem floral dos méis para a caracterização do produto. A identificação das

plantas visitadas pelas abelhas é importante para o conhecimento dos vegetais

que contribuíram para a formação do mel produzido na região (Arruda, 2003).

Com a análise polínica, pode-se obter uma informação importante para a

composição físico-química do mel e classificá-lo como monofloral ou multifloral

pelos dados obtidos sobre os tipos de grãos de pólen da composição do mel

(Cano, 2002).

As características polínicas e suas relações com as propriedades físico-

químicas de méis foram investigadas por diversos pesquisadores como

Anklam, (1998); Andrade et al., (1999); Khalifa; Al.Arify (1999); Carvalho;

Marchini; Ros (1999), Moreti et al. (2000); Almeida (2002); Santos Jr. (2002);

Arruda, (2003); Bastos; Silveira; Soares (2003); Sodré et al. (2003), Barth

(2004), Bastos et al. (2004); Soria et al. (2004); Terrab et al. (2004); Arruda et

al. (2005), Marchini; Moreti; Otsuk (2005). Estes autores constataram a

importância da análise polínica para o controle de qualidade desse alimento,

pois torna possível o conhecimento da origem floral, a sua procedência e a

possibilidade de detectar adulterações.

2.6. Descrição botânica da flor do guaranazeiro

O guaraná (Paullinia cupana), é um arbusto pertencente à família

Sapindaceae, nativa da região amazônica, que floresce na época seca, entre

os meses de julho a outubro, podendo o período de florescimento durar até três

meses, segundo sistema de produção para a cultura do guaranazeiro da

EMBRAPA-RONDÔNIA (2005).

As condições ambientais adaptativas do guaraná são: temperatura

média anual de 26,5ºC, temperatura máxima média anual de 25,7-32,9ºC e

temperatura média mínima anual de 18,3 – 23ºC. Precipitação total anual de

2000 – 3000 mm com precipitação mensal superior a 60mm; de 1600-2600 mm

de até dois meses, menores de 60 mm e de 1300 – 2400 mm, com

precipitações mensais de 3 – 4 meses menores de 60 mm. Deficiência hídrica

anual inferior a 250 mm. Umidade relativa média anual de 80-86%. Altitude

variável desde o nível do mar até 350 mm.

Possui flores pequenas, não vistosas, em geral, branco-esverdeadas,

reunidas em inflorescências paniculadas axilares, com sexos separados (Joly,

1991). Figura1.

É fertilizado principalmente pelos gêneros Melipona e Apis (Lleras,1983).

Figura 1. Inflorescência do guaranazeiro

2.7. Características físico-químicas do mel:

Em pesquisa com méis, é comum encontrar variações na sua

composição física e química, tendo em vista que variados fatores interferem na

sua qualidade, como condições climáticas, estágio de maturação, espécie de

abelha, processamento e armazenamento, além do tipo de florada. O mel deve

apresentar aspecto líquido, denso, viscoso e translúcido, e cor que poderá

variar do amarelo ao amarelo-avermelhado, com cheiro próprio, sabor doce e

característico (Silva; Queiroz ;Figueiredo, 2004).

De acordo com Cortopassi- Laurino ; Gelli, (1991) a cor mais escura é

uma característica dos méis que contêm maiores quantidades de açúcares

redutores.

Crane (1983) afirma que o aroma, sabor e a cor do produto são variáveis

em função da sua origem floral. Afirma também que os méis com coloração

mais escura, variando do âmbar ao âmbar escuro, tendem a apresentar

maiores quantidades de minerais, embora não se apresente uma explicação

para a causa.

2.7.1. Açúcares

Os açúcares encontrados no mel são: glicose (23-38%), frutose (32-

40%), sacarose, maltose, isomaltose, eilose, questose, melezitose, rafinose,

dextrantiose, 4-glicosildextrantriose e oligossacarídios (White Júnior, 1979).

Dentre os açúcares existentes no mel, os monossacarídeos representam

a maior parte, variando de 85% a 95% da sua composição. Entre eles a

glicose, por ter pouca solubilidade, determina a tendência da cristalização do

mel, e a frutose por ter alta higroscopicidade possibilita a doçura do mel,

segundo o mesmo autor.

A D-galactose também já foi relatada em amostras de mel. Entretanto, é

importante ressaltar que esse monossacarídeo, quando na sua forma livre, é

considerado um composto tóxico para as abelhas (Moreira ;De Maria, 2001).

Entre os dissacarídeos, a sacarose representa, em média, 2 a 3% dos

carboidratos e quando superior a este valor, geralmente indica um mel verde

ou adulterado. Quando sofre a hidrólise, pela ação de ácidos diluídos ou

enzimas (invertase), resulta em dois monossacarídeos frutose e glicose

(Marchini; Sodré ; Moreti, 2004).

2.7.2. Umidade:

Quando as chuvas estão escassas, a qualidade do mel é melhor, já em

regiões muito úmidas ou na época das águas, há maior possibilidade de

ocorrer fermentação. O efeito da umidade durante as operações de extração e

beneficiamento do produto, assim como as condições de armazenamento, se

evidenciam devido ao acúmulo água na superfície do produto, que é

transportada para o interior por difusão devido às propriedades higroscópicas e

por outro lado devido ao gradiente de concentração. O mel é um alimento de

umidade intermediária e seu conteúdo de água pode variar entre 14 a 20%,

dependendo das condições climáticas, período do ano, umidade inicial de

néctar, prática de extração e o grau de maturação alcançado nos opérculos.

Méis com umidade superior a 22% geram fermentação indesejada e perda do

produto em condições de armazenamento prolongado, com possível formação

de hidroximetilfurfural e aumento da atividade de água, com elevação do

conteúdo de fungos e leveduras (Abreu et al., 2005). Segundo Montenegro;

Avallone (2000), podem se tratar também de méis verdes, assim denominados

quando ainda possui grande quantidade de água.

Amostras de méis produzidos por abelhas indígenas como Melipona

mandacaia Smith (Hymenoptera: Apidae), contém teores de umidades

elevados, como, por exemplo, em pesquisa realizada por Alves et al. (2005),

onde estes autores encontraram valores médios de 28,78%. O excesso de

água encontrado nesses méis é devido à baixa desidratação do néctar durante

o processo de transformação em mel (Cortopassi-Laurino; Montenegro, 2000,

citados por Alves et al, 2005).

Rodrigues, et al. (2005) observaram que o mel de abelha nativa

apresenta um maior teor de água, quando comparado com o mel de abelha

africanizada, dificultando o seu armazenamento, pois o alto teor de água do

produto diminui a sua vida útil de prateleira.

Estudos como os de Villas-Bôas; Malaspina, (2004), propõe que 35% de

água seja permitido para o comércio do mel de abelhas sem ferrão no Brasil,

valor superior aos 20% de umidade permitidos para Apis, salientando, no

entanto, os cuidados no processamento e armazenamento do produto, para

evitar a fermentação por microrganismos contaminantes.

Autores como Uñates, et al. (1999), Yilmaz; Küfrevloglu (2001), Almeida

(2002), Arruda,(2003), Silva; Queiroz; Figueiredo (2004), Bertoldi; Gonzaga;

Reis, (2004), Marchini, et al. (2005), Yanniotis; Skaltsi; Karaburnioti (2006),

obtiveram teores de umidade entre 12,9 a 21,20%.

2.7.3. Hidroximetilfurfural (HMF):

O HMF é utilizado como indicador de qualidade, uma vez que tem

origem na degradação de enzimas presentes nos méis e apenas uma pequena

quantidade de enzima é encontrada em méis maduros. Teoricamente, méis

com maior taxa de frutose darão origem a maiores taxas de HMF, ao longo do

processo de armazenagem. Pequenas quantidades de HMF são encontradas

em méis recém-colhidos, mas valores mais significativos podem indicar

alterações importantes provocadas por armazenamento prolongado em

temperatura ambiente alta e/ou superaquecimento (Vilhena; Almeida-Muradian,

(1999) e Leal; Silva; Jesus (2001) ou adulterações provocadas por adição de

açúcar invertido. White Júnior, (1979) menciona que méis de países

subtropicais podem ter, naturalmente, um alto valor de HMF sem que o mel

tenha sido superaquecido ou adulterado, devido as altas temperaturas. O HMF

quando elevado, indica uma queda no seu valor nutritivo, pela destruição, por

meio de aquecimento, de algumas vitaminas e enzimas que são termolábeis.

Com a descristalização do mel pode se formar o HMF, o qual aumenta

com a elevação da temperatura, com armazenamento do mel, adição de

açúcar invertido, sendo também afetado pela acidez, pH, água e minerais (

Marchini; Moretti ; Otsuk, 2005).

2.7.4. Cinzas

Por meio da incineração das amostras em mufla aquecida a 550ºC,

determina-se a quantidade de cinzas nos méis, por meio do qual é possível se

determinar algumas irregularidades no mel, como, por exemplo, contaminação

provocada pela não decantação e/ou filtração no final do processo de extração

do mel (Silva; Queiroz ; Figueiredo, 2004).

A porcentagem de cinzas presentes no mel expressa a riqueza do

material mineral, e constitui-se em parâmetro bastante utilizado nas

determinações que visam verificar a qualidade do mel (Marchini, Moretti ;

Otsuk, 2005).

Conforme Ortiz-Valbuena (1988), o conteúdo de cinzas está

correlacionado com a cor do mel, pois quanto mais escuro é o mel, mais cinzas

ele contém. Segundo Lasceve; Gonnet (1974), citado por Arruda (2003), os

sais minerais encontrados no mel podem ser modificados por fatores relativos

às abelhas, ao apicultor, clima, solo e flora.

Em pesquisas de determinação do teor de cinzas, Andrade, et al (1999),

Uñates, et al. (1999), Vilhena; Muradian (1999), Yilmaz; Küfrevloglu, (2001),

Almeida (2002), Arruda (2003), Sodré et al. (2003), Rodríguez et al (2005),

Silva; Queiroz ; Figueiredo, 2004), Terrab et al. (2004), Arruda et al. (2005),

Marchini; Moreti; Otsuki (2005), Rodrigues et al. (2005), Silva ; Souza (2006)

observaram valores entre 0,02 a 0,770% de cinzas para méis de diferentes

origens.

2.7.5. Acidez

A acidez é um importante componente do mel pois contribui para a sua

estabilidade, frente ao desenvolvimento de microrganismos. Os ácidos dos

méis estão dissolvidos em solução aquosa e produzem íons de hidrogênio que

promovem a sua acidez ativa, permitindo assim, indicar as condições de

armazenamento e o processo de fermentação.

Foram encontrados no mel os ácidos: acético, benzóico, butírico, cítrico,

fenilacético, fórmico, glucônico, isovalérico, lático, maléico, oxálico, propiônico,

piroglutânico, succínico e valérico. O ácido glucônico em equilíbrio com a

gluconolactona, formado pela ação da glicose oxidase, é o principal deles (

Marchini; Sodré ; Moreti, 2004).

A acidez do mel também está fortemente associada ao monossacarídeo

D-glicose. Esse monossacarídeo é convertido, através da ação da enzima D-

glicose oxidase, no ácido glicônico. Esse ácido constitui de 70 a 90% dos

ácidos orgânicos do mel. Durante o processo de conversão da glicose no ácido

glicônico ocorre, também, a formação do peróxido de hidrogênio (H2O2). Sabe-

se agora que a inibina, nome dado a uma substância com propriedades

antibacterianas no mel, é , na realidade, o peróxido de hidrogênio (Moreira ; De

Maria, 2001).

2.7.6. Sólidos Insolúveis em Água

Fundamenta-se na insolubilidade da cera, grãos de pólen e outros

componentes normais do sedimento do mel em água (Moretto, et.al, 2002).

Os sólidos insolúveis presentes no mel estão diretamente relacionados

ao seu processo de coleta e beneficiamento, assim como os hábitos das

abelhas que o armazenaram (Villas-Bôas ; Malaspina, 2004).

Em pesquisas de determinação do teor de sólidos insolúveis em água,

Andrade et al. (1999), Khalifa ; Al.Arify (1999), Vilhena ; Muradian (1999),

Arruda (2003), Silva; Queiroz ; Figueiredo (2004), Rodrigues et al (2005),

Araújo; Silva ; Souza (2006),observaram valores entre 0,01 a 0,62% de sólidos

insolúveis em água, para méis de diferentes origens.

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Local e instalação das colméias

As amostras de méis produzidos por Apis mellifera L., Scaptotrigona

spp(Latreille) e Melipona scutellari (Latreille) foram coletadas no período de

julho e agosto de 2006, diretamente do apiário localizado na Fazenda Caiabi,

no município de Alta Floresta-MT (coordenadas geográficas de 55° 30’ a 57°

00’, longitude W e 9° e 11° 00’ latitude S), a 830 km da capital do Estado de

Mato Grosso, Cuiabá.

O clima da região é do tipo tropical chuvoso, com nítida estação seca, com

temperatura anual entre 20ºC e 38ºC, tendo como média, 26ºC.

O quadro florístico no município de Alta Floresta, fundamentalmente, é

constituído por Floresta Ombrófila Aberta e Densa, Floresta Estacional e

Savana (Prefeitura Municipal de Alta Floresta, 2006).

O apiário da propriedade está localizado na área central da cultura do

guaraná (Paullinea cupana) como mostra a figura 2.

Figura 2. Área de plantio de guaraná (Paullinia cupana) da Fazenda

Caiabi

3.2. Preparo e conservação das amostras

As amostras de méis das colméias de Apis mellifera, foram coletadas de

quadros operculados, de julho a agosto de 2006, utilizando-se método

padrão de processamento para méis através de centrifugação, filtração e

decantação e, posteriormente, acondicionadas em frasco de vidro,

devidamente identificadas e etiquetadas, com informações sobre o local de

produção, sendo transportadas em bolsas térmicas, com temperatura de

10ºC, para o Laboratório de Físico-química da Faculdade de Nutrição da

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), onde foram armazenadas

na mesma temperatura.

As amostras de méis produzidos por Scaptotrigona e Melípona

seminigra foram coletadas, utilizando-se seringas descartáveis como mostra

a figura 3, no mesmo período. O preparo das amostras, o transporte e

armazenamento sofreram o mesmo processo para Apis mellifera.

Foram analisadas 17 amostras e todos os parâmetros analisados foram

resultantes da média de três repetições.

Figura 3. Coleta de mel de Scaptotrigona sp e Melipona seminigra

3.3. Análises polínicas

Todas as amostras de flores foram coletadas e conservadas em ácido

acético, e foram identificadas por comparação dos tipos polínicos presentes

nas amostras, para posterior utilização (Figura 4).

Para observação do tipo polínico da flor de Paullinia cupana foi realizado o

método padrão de Louveaux et al. (1978), citado por Bastos; Silveira ; Soares

(2003).

Para identificação dos tipos polínicos, foi utilizado o Banco de Imagens de

Grãos de Pólen, do Laboratório da Fundação Ezequiel Dias (MG).

De cada amostra foram retirados 10 mL de mel, diluídos em 20 mL de água

destilada morna e centrifugados durante 5 minutos a 2450 rpm. O

sobrenadante foi retirado , e, por meio de seringa descartável, coletou-se o

sedimento encontrado no fundo do tubo de ensaio, para montagem de lâminas

de cada amostra contendo os tipos polínicos (Barth, 1989).

Na Figura 4 pode-se observar a preparação de flores do guaranazeiro para

identificação do tipo polínico.

Figura 4. Flor do guaranazeiro conservado em ácido acético.

3.4. Análises físico-químicas

3.4.1. Métodos analíticos: utilizou-se as metodologias recomendadas pelo

Ministério da Agricultura e do Abastecimento através da Instrução Normativa nº

11, de outubro de 2000.

3.4.1.1. Umidade: a umidade dos méis foi determinada por refratometria,

segundo o método nº 969.38b, (AOAC, Official Methods of Analysis of the

Association of Analitical Chemists,1997), recomendado como metodologia

oficial do Ministério da Agricultura e do Abastecimento (BRASIL,2000). O

princípio deste método consiste na determinação do índice de refração do mel

a 20ºC, que é convertido para o conteúdo de umidade através de uma tabela

de referência, do Instituto Adolfo Lutz (2005) a qual, por sua vez, fornece a

concentração como uma função do índice de refração.

3.4.1.2. Açúcares redutores: foram determinados segundo o método do

Codex Alimentarius Commission (CAC, 1990) a partir da modificação do

procedimento de Lane e Eynon, envolvendo a redução da solução de Fehling,

modificada por Soxhlet, durante a titulação no ponto de ebulição com uma

solução de açúcares redutores do mel.

3.4.1.3. Sacarose aparente: a sacarose aparente foi mensurada de acordo

com o método do item 7.2 do CAC (1990) o qual determina a sacarose

aparente após a inversão por hidrólise ácida, conforme recomendado pela

Instrução Normativa do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.(2000).

3.4.1.4. Insolúveis em água: segundo o método CAC (1990), determinou-se o

teor de sólidos insolúveis em mel, por gravimetria, de acordo com a

recomendação do Ministério da Agricultura e do Abastecimento (BRASIL,

2000).

3.4.1.5. Cinzas: da incineração das amostras inicialmente em bico de Bunsen

e posteriormente transportadas à mufla aquecida a 550ºC, determinou-se a

quantidade de cinzas nos méis (CAC,1990), conforme recomendado pelo

Ministério da Agricultura e do Abastecimento (BRASIL, 2000).

3.4.1.6. Acidez livre: a acidez livre foi determinada de acordo com o método nº

962.19 da AOAC (1997), que se baseia na titulação da amostra,com solução

de NaOH 0,1N, até atingir pH 8,3, cujo método é recomendado pelo

Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel (BRASIL, 2000).

3.4.1.7. Hidroximetilfurfural: a análise baseou-se na identificação qualitativa

de um composto do grupo dos aldeídos denominado de hidroximetilfurfural

(HMF) por meio de reações químicas (Marchini; Sodré; Moreti (2004).

3.5. Análises estatísticas

As análises estatísticas foram realizadas através de comparações das

médias para cada uma das determinações e entre as amostras, utilizando-se o

Teste de Dunnet a 5% de probabilidade.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Resultados das análises polínicas

Por meio das análises polínicas, pôde-se verificar a presença de cinco

tipos polínicos (acessórios e dominantes), nas 17 amostras de méis analisadas,

observando-se que estas se mostraram praticamente uniformes na composição

de pólens, classificando-as como pólen dominante (> 45%) e pólen acessório

(16 e 45%) segundo Louveaux et. al. (1978).

O pólen de flor do guaranazeiro esteve presente em todas as amostras

de méis, sendo considerado pólen dominante, com 80% dos grãos de pólen

nas amostras, reiterando o potencial apícola dessa espécie como planta

melífera.

Como pólens acessórios, as espécies mais freqüentes foram as do tipo

Serjania e o tipo Mimosa, que estiveram presentes em todas amostras. Outras

espécies estiveram presentes, porém em número insignificante e não

constavam do banco de imagens dos grãos de pólen utilizado para esta

pesquisa.

Os resultados da análise polínica estão presentes na Tabela 1.

Tabela 1. Espectro polínico das amostras de méis de Apis mellifera,

Melipona seminigra e Scaptotrigona em colméias presentes na florada de

guaranazeiro coletadas no município de Alta Floresta/MT.

Tipos

polínicos

01 02 03 04 05 06 07

08 09 10 11 12 13 14 15 16 17

Paullinea PD PD PD PD PD PD PD PD PD PD PD PD PD PD PD PD PD

Serjania PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA

Mimosa PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA

PD: Pólen Dominante PA: Pólen Acessório.

4.2. Resultados das análises físico-químicas e análises estatísticas

Os resultados obtidos (médias, menor e maior valores) para os

parâmetros umidade, acidez, cinzas, açúcares redutores, sacarose aparente e

sólidos insolúveis em água, das 17 amostras de méis oriundos da cultura do

guaranazeiro (Paullinia cupana), são apresentados nas Tabela 2 a 10.

Os resultados foram comparados com os Padrões de Identidade e

Qualidade (PIC) estabelecidos pela legislação vigente, de acordo com a

Instrução Normativa nº 11, de 20 de outubro de 2000, do Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 2000).

As análises estatísticas foram realizadas através de comparações de

média para cada uma das determinações, utilizando-se o teste de Dunnett a

5% de probabilidade (Vieira, 1999).

Na Tabela 2 encontram-se os valores das características físico-

químicas, resultantes de três repetições para as amostras de méis oriundos da

cultura do guaranazeiro (Paullinia cupana).

Tabela 2. Valores médios dos parâmetros físico-químicos de 17 amostras

de amostras de mel de Apis mellifera, Scaptotrigona sp, Melípona

seminigra, provenientes de colméias instaladas na cultura do

guaranazeiro coletadas no município de Alta Floresta/MT.

Amostra (Nº)

Umidade (máx. 20g/100g)

Acidez Livre (máx.

50mEq/kg)

Cinzas (máx. 0,6g/100g)

Açúcares Redutores (mín. 65g/100g)

Sacarose Aparente (máx. 6g/100g)

Sólidos Insolúveis (máx. 0,1g/100g)

01* 27,7 21,6 0,0 63,4 0,3 0,0

02** 32,0 8,72 0,0 65,2 4,7 0,0

03*** 17,2 20,9 0,1 67,6 2,1 0,0

04*** 16,9 19,0 0,1 69,3 5,9 0,0

05*** 16,8 19,0 0,1 73,2 3,2 0,0

06*** 16,8 19,7 0,2 74,7 1,8 0,0

07*** 17,2 32,8 0,1 74,0 2,4 0,0

08*** 16,6 30,2 0,01 76,5 1,7 0,0

09*** 16,6 30,1 0,1 74,0 4,0 0,0

10*** 17,0 22,0 0,1 73,7 2,8 0,0

11*** 17,0 21,2 0,1 74,6 1,9 0,0

12*** 16,8 20,2 0,2 73,0 3,0 0,0

13*** 17,0 22,2 0,12 68,9 3,2 0,0

14*** 17,2 23,0 0,16 70,0 1,7 0,0

15*** 17,4 22,0 0,12 73,2 2,9 0,0

16*** 17,0 23,0 0,10 69,9 2,9 0,0

17*** 17,0 21,2 0,10 73,0 2,8 0,0

*Amostra 01: Scaptotrigona **Amostra 02:Melipona ***Amostras 03 a 17: A. mellifera

Na Tabela 2 podem ser observados os valores máximo e/ou mínimo

encontrados para cada um dos parâmetros obtidos nas análises. Das 17

amostras, 02 amostras estavam abaixo dos requisitos exigidos pela legislação

brasileira, que não atende às características físico-químicas do mel elaborado

pelas abelhas indígenas, cuja composição química é comprovadamente

diferenciada, podendo acarretar problemas de armazenamento e

comercialização desse produto.

Nas Tabela 3 a 10 (em anexo), observamos os resultados da análise de

variância das características físico-químicas das amostras analisadas.

4.2.1. Resultados de teor de umidade

Para o teor de umidade, cujo teor máximo é de 20% segundo a

legislação vigente (BRASIL,2000), duas amostras (amostra nº 01 e 02)

estavam com umidade acima dos Padrões de Identidade e Qualidade

(PIQ),correspondendo ao mel produzido pelas abelhas indígenas

(Scaptotrigona e Melipona seminigra), respectivamente. De acordo com a

Tabela 3, essas amostras apresentaram valores de umidade acima dos

padrões exigidos pela legislação brasileira, o que elevou o Coeficiente de

Variação (CV%) desse parâmetro. Cortopassi-Laurino (2000), Evangelista-

Rodrigues; Silva ; Bezerra (2003) e Marchini et al. (1998), citados por Alves et

al. (2005), encontraram valores de umidade semelhantes para méis produzidos

por M.scutellaris, no Estado da Bahia, na ordem de 24-29%, 25,26% e 28,40,

respectivamente.

Rodrigues et al. (2005) observaram um teor elevado de umidade para

méis produzidos por Melipona scutellari (25,25%) em potes operculados por

essas abelhas. Valores obtidos por Alves et al. (2005), para méis de M.

mandacaia, demonstram que, apesar do clima seco, o teor de umidade nos

méis dessas abelhas mantém valores altos, acima dos estabelecidos pela

legislação. Segundo White Júnior (1979), os microrganismos osmofílicos

(tolerantes ao açúcar), presentes nos corpos das abelhas, no néctar, no solo,

nas áreas de extração e armazenamento podem provocar fermentação no mel

quando o teor de água for muito elevado.

Observa-se na análise das amostras, a diferença entre as médias

obtidas com mel produzido pelas abelhas africanizadas com o mel produzido

pelas abelhas indígenas. Segundo Pamplona (1989), Villas Boas ; Malaspina

(2004), Alves et al. (2005) e Rodrigues et al. (2005), não existe uma legislação

para méis brasileiros, pois de acordo com estes autores, as normas seguidas

no Brasil são oriundas de outros países, como a norma da Comunidade

Econômica Européia e o “Codex Alimentarius”, cujos limites são estabelecidos

de acordo com as especificações da FAO, que entende como mel, um produto

com características baseadas apenas na espécie Apis mellifera, única espécie

originária do continente euro-africano.

A umidade (%) para as 17 amostras de méis analisadas, apresentou

média de 18,48 ± 4,35, o que demonstra homogeneidade, apesar de que

algumas amostras encontravam-se com um percentual de umidade mais baixo

(16,6%) e em duas das amostras foi encontrado uma valor bastante elevado

para o parâmetro umidade.

Figura 5. Porcentagem de amostras de méis que apresentaram teores de

umidade em conformidade com a legislação brasileira.

100%

Aceitável

4.2.2. Resultados para Índices de acidez

O mel é um produto que não deve ter indícios de fermentação e a

acidez é uma característica química que indica o processo de deterioração.

De acordo com a Tabela 2, as médias para acidez oscilaram de 8,72 a

32,8, com média geral de 22,25 ± 5,32, estando todas as amostras em

conformidade com a legislação brasileira.

Pamplona (1989) descreve que o ácido glucônico, formado através da

glicose pela ação da enzima glicose-oxidase, tende sempre a aumentar mesmo

durante o armazenamento do mel, pois esta enzima permanece em atividade

no mel mesmo após seu processamento. Desta forma, a acidez do mel

aumenta durante o armazenamento e, conseqüentemente, o pH diminui.

Figura 6. Porcentagem de amostras que apresentaram teores de acidez

em conformidade com a legislação brasileira.

100%

Aceitável

4.2.3. Conteúdo de açúcares redutores

O conteúdo de açúcares redutores, calculados como açúcar invertido

das vinte amostras variou de 63,4 a 76,5%, conforme se observa na Tabela 2,

sendo que a norma vigente estabelece um mínimo de 65% para açúcares

redutores.

Para o mel produzido pelas abelhas africanizadas e abelha Uruçu

(Melipona seminigra), os valores de açúcares redutores estavam dentro dos

limites mínimos exigidos para este parâmetro, enquanto que para as abelhas

nativas, estes valores estavam baixos para a espécie conhecida como

Mandaguari (Scaptotrigona), com 63,4g/100g de açúcares redutores.

O conteúdo de açúcares redutores obteve média de 71,42 ± 3,65, sendo

que, na avaliação geral de todas as amostras, o resultado médio encontrado,

está dentro dos parâmetros exigidos para o mel de Apis, porém, observa-se um

valor mínimo de 63,45 e um valor máximo de 76,54, sendo que o valor mínimo

encontrado encontra-se fora dos limites exigidos pela legislação em vigor.

Figura 7. Porcentagem de amostras que apresentaram teores de açúcares

redutores em conformidade com a legislação brasileira e amostras que

apresentaram valores abaixo do permitido.

100%

Aceitável

4.2.4. Resultados para o conteúdo de sacarose

Os resultados para o teor de sacarose podem ser observados na Tabela

2.

De acordo com a Tabela 2, os valores de sacarose encontrados

variaram entre 0,3 a 5,9%, sendo que a norma vigente (BRASIL, 2000),

estabelece um teor máximo de 6% para sacarose aparente. Conforme

Azeredo; Azeredo & Damasceno (1999) e Sodré, et al. (2003), um valor muito

elevado em sacarose significa que este açúcar ainda não foi totalmente

transformado em glicose e frutose por ação da invertase, porém neste trabalho,

todos os valores médios observados nas amostras enquadram-se nas normas

brasileiras.

Figura 8. Porcentagem de amostras que apresentaram teores de

sacarose em conformidade com a legislação brasileira.

100%

Aceitável

4.2.5. Resultados para o conteúdo de cinzas

O resultado médio para cinzas foi de 0,14 ± 0,15, conforme se observa

na Tabela 4, com valores mínimo e máximo de 0,00 a 0,16%, indicando que

100% das amostras estão abaixo do valor máximo estabelecido pela legislação

brasileira para méis de Apis (0,6%).

Os valores de cinzas encontrados em todas as amostras estão

enquadrados na norma vigente, pois o limite máximo deve ser de 0,6%

(BRASIL, 2000).

O percentual médio de cinzas (0,14%) foi muito próximo ao encontrado

por Vilhena & Muradian (1999), com 0,03 a 0,37%, Arruda (2003), que, em 21

amostras de mel, obteve valores de cinza, de 0,15 a 0,24%, Marchini et al.

(2004), de 0,05 a 0,60 e Souza et al. (2004), obtiveram teores de cinzas entre

0,03 a 0,4%.

Figura 9. Porcentagem de amostras que apresentaram teores de cinzas

em conformidade com a legislação brasileira.

100%

Aceitável

4.2.6. Resultados para o conteúdo de sólidos insolúveis em água

Os valores encontrados para os índices de sólidos insolúveis em água,

de acordo com a Tabela 2, foram de 0,029g a 0,049g, enquadrando-se na

legislação brasileira e que, segundo a Associação de Apicultores de São Paulo

(APACAME), mostram que os métodos de coleta de mel têm sido mais eficazes

e grande parte dos apicultores respeitam as normas de condições de higiene e

contaminação. Valores semelhantes a estes, foram encontrados por Silva, C.L.,

Queiroz,A.J.de M., Figueiredo, R.M.F.(2004), com médias percentuais de

sólidos insolúveis em água de 0,06 a 0,09%. Rodrigues, A.E. et al. (2005),

trabalhando com méis de Apis mellifera e Melípona scuttelaris, também

obtiveram em suas amostras, valores semelhantes para sólidos insolúveis,

estando todas as amostras dentro dos padrões exigidos pela legislação

(máximo de 0,1g/100g).

Figura 10. Porcentagem de amostras que apresentaram teores de sólidos

insolúveis em conformidade com a legislação brasileira.

100%

Aceitável

5. CONCLUSÃO

Em todas as amostras foi encontrado o pólen da flor de guaranazeiro

(Paullinia cupana), confirmando a origem floral do mel proveniente desta

cultura.

O mel produzido por Apis mellifera apresenta homogeneidade nas

características físico-químicas e compatível com os valores referenciados na

literatura, enquadrando-se nos padrões exigidos pelo Ministério da Agricultura,

para a comercialização, no âmbito do mercado brasileiro.

Quanto aos parâmetros umidade e açúcares redutores, as amostras do

mel produzido pelas abelhas nativas apresentaram variabilidade e não

atendem às exigências da legislação brasileira, podendo acarretar problemas

na comercialização tanto no mercado interno e externo, já que ainda não existe

uma legislação que atenda às características dos méis brasileiros. Ocorre que

estas abelhas não conseguem retirar quantidades maiores de umidade no mel

produzido, porém, em contrapartida, observa-se que as substâncias

antibacterianas são produzidas em quantidades superiores às produzidas pelas

abelhas africanizadas.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, B.X., ROMANO, V.P., RISTOW, A.M., CAVALLO, E.G. Determinação da umidade em méis não inspecionados comercializados no Estado do Rio de Janeiro. Higiene Alimentar. v.19, n.129, out. 2005.

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ANEXOS

Tabela 3. Resultado da análise de variância dos atributos físico-químicos

das 17 amostras de mel de Scaptotrigona sp e Melipona seminigra,,

provenientes de colméias instaladas na cultura do guaranazeiro

Atrib. Químicos umidade acidez cinzas açucares sac. Aparente sol. Inslúveis

Média 29,83 15,20 0,01 64,34 2,52 0,05

Máximo 32,00 21,67 0,03 65,23 4,72 0,13

Mínimo 27,60 8,72 0,00 63,45 0,32 0,01

Desv. Pad. 2,37 7,09 0,01 0,98 2,40 0,04

CV (%) 7,96 46,64 89,10 1,52 95,29 94,65 OBS: (*) Significativo à 5% de probabilidade pelo teste F.

TABELA 4. Resultado da análise de variância dos atributos físico-

químicos das 17 amostras de mel de Apis mellifera, proveniente de

colméias instaladas na cultura do guaranazeiro

Atrib. Químicos umidade acidez cinzas açucares sac. parente SAI

Média 16,96 23,19 0,16 72,36 2,84 0,02

Máximo 17,40 32,83 0,69 76,54 5,92 0,04

Mínimo 16,60 19,04 0,01 67,63 1,71 0,00

Desv. Pad. 0,23 4,29 0,16 2,65 1,08 0,02

CV (%) 1,36 18,49 99,32 3,66 38,04 104,49 OBS: (*) Significativo à 5% de probabilidade pelo teste F.

TABELA 5. Comparações de médias da umidade do mel com Dunnett à

5% de probabilidade (d.m.s** = 0,10%)

Tratamento Média(%) Padrão Contraste Significância

1 27,67 20,00 7,67 * 2 32,00 20,00 12,00 * 3 17,20 20,00 2,80 * 4 16,87 20,00 3,13 * 5 16,80 20,00 3,20 * 6 16,77 20,00 3,23 * 7 17,23 20,00 2,77 * 8 16,60 20,00 3,40 * 9 16,60 20,00 3,40 * 10 17,00 20,00 3,00 * 11 17,03 20,00 2,97 * 12 16,80 20,00 3,20 * 13 16,93 20,00 3,07 * 14 17,17 20,00 2,83 * 15 17,40 20,00 2,60 * 16 17,03 20,00 2,97 *

17 17,00 20,00 3,00 *

OBS: (*) Significativo à 5% de probabilidade pelo teste de Dunnett, (**) d.m.s.: diferença mínima significante.

TABELA 6. Comparações de médias da acidez do mel com Dunnett à 5% de probabilidade (d.m.s** = 0,03 mEq/kg)

Tratamento Média Padrão Contraste Significância

1 21,67 40,00 18,34 * 2 8,73 40,00 31,27 * 3 20,92 40,00 19,08 * 4 19,04 40,00 20,96 * 5 19,71 40,00 20,29 * 6 19,74 40,00 20,26 * 7 32,83 40,00 7,17 * 8 30,23 40,00 9,77 * 9 30,12 40,00 9,88 * 10 22,03 40,00 17,97 * 11 21,24 40,00 18,76 * 12 20,22 40,00 19,79 * 13 22,23 40,00 17,77 * 14 23,04 40,00 16,96 * 15 22,03 40,00 17,97 * 16 23,20 40,00 16,80 *

17 21,19 40,00 18,81 *

OBS: (*) Significativo à 5% de probabilidade pelo teste de Dunnett; (**) d.m.s.: diferença mínima significante.

TABELA 7. Comparações de médias dos açucares redutores no mel com

Dunnett a 5% de probabilidade (d.m.s = 0,07%).

Tratamento Média Padrão Contraste Significância

1 63,45 65,00 1,55 * 2 65,23 65,00 0,23 * 3 67,63 65,00 2,63 * 4 69,38 65,00 4,38 * 5 73,31 65,00 8,31 * 6 74,74 65,00 9,74 * 7 74,04 65,00 9,04 * 8 76,54 65,00 11,5 * 9 74,05 65,00 9,05 * 10 73,73 65,00 8,73 * 11 74,61 65,00 9,61 * 12 73,01 65,00 8,01 * 13 68,93 65,00 3,93 * 14 70,03 65,00 5,03 * 15 73,22 65,00 8,22 * 16 69,00 65,00 4,00 *

17 73,23 65,00 8,23 *

OBS: (*) Significativo e (ns) não-significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Dunnett.

TABELA 8. Comparações de médias de sacarose no mel com Dunnett a 5% de probabilidade (d.m.s = 0,02)

Tratamento Média Padrão Contraste Significância

1 0,33 6,00 5,67 * 2 4,71 6,00 1,29 * 3 2,14 6,00 3,87 * 4 5,92 6,00 0,08 * 5 3,24 6,00 2,76 * 6 1,83 6,00 4,17 * 7 2,43 6,00 3,57 * 8 1,75 6,00 4,25 * 9 4,05 6,00 1,95 *

10 2,84 6,00 3,16 * 11 1,93 6,00 4,07 * 12 3,04 6,00 2,96 * 13 3,23 6,00 2,77 * 14 1,71 6,00 4,29 * 15 2,94 6,00 3,06 * 16 2,90 6,00 3,10 *

17 2,63 6,00 3,37 *

OBS: (*) Significativo e (ns) não-significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Dunnett.

TABELA 9. Comparações de médias da cinza do mel com Dunnett a 5% de

probabilidade (d.m.s = 0,30%)

Tratamento Média Padrão Contraste Significância

1 0,004 0,600 0,60 * 2 0,023 0,600 0,58 * 3 0,091 0,600 0,51 * 4 0,092 0,600 0,51 * 5 0,691 0,600 0,09 ns 6 0,199 0,600 0,40 * 7 0,107 0,600 0,49 * 8 0,012 0,600 0,59 * 9 0,125 0,600 0,47 * 10 0,113 0,600 0,49 * 11 0,090 0,600 0,51 * 12 0,230 0,600 0,37 * 13 0,122 0,600 0,48 * 14 0,162 0,600 0,44 * 15 0,123 0,600 0,48 * 16 0,100 0,600 0,50 *

17 0,100 0,600 0,50 *

OBS: (*) Significativo e (ns) não-significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Dunnett.

TABELA 10. Comparações de médias de sólidos insolúveis em água no

mel com Dunnett a 5% de probabilidade (d.m.s = 0,04%)

Tratamento Média Padrão Contraste Significância

1 0,05 0,10 0,05 * 2 0,04 0,10 0,06 * 3 0,04 0,10 0,06 * 4 0,04 0,10 0,06 * 5 0,02 0,10 0,09 * 6 0,04 0,10 0,06 * 7 0,01 0,10 0,09 * 8 0,04 0,10 0,06 * 9 0,00 0,10 0,10 * 10 0,00 0,10 0,10 * 11 0,00 0,10 0,10 * 12 0,04 0,10 0,06 * 13 0,04 0,10 0,06 * 14 0,00 0,10 0,10 * 15 0,00 0,10 0,10 * 16 0,00 0,10 0,10 *

17 0,00 0,10 0,10 *

OBS: (*) Significativo e (ns) não-significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Dunnett.