caracterizaçao flora

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Este trabalho no inclui as observaes e crticas feitas pelo jri.

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Agradecimentos:

Terminado este trabalho, no posso deixar de mencionar, respeitosa e encarecidamente, algumas das pessoas que de algum modo contriburam para que chegasse este momento. Entre muitos outros, quero expressar um forte agradecimento a todos os funcionrios e docentes do Departamento de Proteco de Plantas e Fitoecologia do Instituto Superior de Agronomia, em especial, ao Professor Jos Carlos Costa pela sua disponibilidade nos esclarecimentos a duvidas que foram surgindo ao longo deste processo.

A toda a equipa envolvida no projecto, nomeadamente a Arquitecta Paisagista Selma Pena, a Professora Manuela Abreu, assim como, um especial agradecimento Investigadora Dalila Esprito Santo orientadora do estgio.

Ao Engenheiro Florestal Rui Peixoto e ao Vasco Silva pela companhia e apoio em trabalhos de campo. Quero ainda agradecer Kamila pelo constante apoio demonstrado ao longo destes meses, aos meus pais e ao meu falecido primo Joo a quem dedico em especial este trabalho.

A todos o meu muito obrigado.

vora, Outubro de 2005

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NDICEINTRODUO.................................................................................................................................... 3 1. METODOLOGIA............................................................................................................................. 5 1.1 - METODOLOGIA GERAL DO PROJECTO .......................................................................................... 5 1.2 - BIOCLIMATOLOGIA ..................................................................................................................... 7 1.3 - BIOGEOGRAFIA......................................................................................................................... 10 1.4 - FLORA ..................................................................................................................................... 10 1.5 - VEGETAO ............................................................................................................................. 12 1.6 - AVALIAO DE HABITATS ........................................................................................................ 15 1.7 - CARTOGRAFIA DE VEGETAO ACTUAL ................................................................................... 18 1.8 - CARTOGRAFIA DE HABITATS ..................................................................................................... 18 1.9 - CARTOGRAFIA DE VEGETAO POTENCIAL ............................................................................... 19 1.10 - CARTOGRAFIA DE ESPCIES DE INTERESSE PARA CONSERVAO ............................................... 19 2 CARACTERIZAO BIOFSICA ............................................................................................. 21 2.1 - LOCALIZAO GEOGRFICA ..................................................................................................... 21 2.2 - HIPSOMETRIA ........................................................................................................................... 22 2.3 - FISIOGRAFIA ............................................................................................................................ 22 2.4 - DECLIVES................................................................................................................................. 22 2.5 - EXPOSIES ............................................................................................................................. 25 2.6 - MORFOLOGIA DO TERRENO....................................................................................................... 25 2.7 - GEOLOGIA................................................................................................................................ 25 2.8 - PEDOLOGIA .............................................................................................................................. 28 2.9 - BIOCLIMATOLOGIA ................................................................................................................... 28 2.10 - BIOGEOGRAFIA....................................................................................................................... 32 3 - APRESENTAO DE RESULTADOS....................................................................................... 34 3.1 - FLORA ..................................................................................................................................... 34 3.1.1 - Biologia ........................................................................................................................... 34

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3.1.2 - Fisionomia ....................................................................................................................... 35 3.1.3 - Corologia......................................................................................................................... 36 3.2 ENDEMISMOS E ESPCIES COM INTERESSE PARA CONSERVAO ................................................. 38 3.2.1 Cartografia de distribuio de espcies com interesse para conservao.......................... 38 3.3 - VEGETAO ............................................................................................................................. 40 3.3.1 - Esquema sintaxonmico ................................................................................................... 40 3.3.2 - Descrio sintaxonmica.................................................................................................. 43 3.3.3 Cartografia de vegetao actual ...................................................................................... 64 3.3.4 Cartografia de vegetao potencial.................................................................................. 64 3.4 - HABITATS ................................................................................................................................ 67 3.4.1 Cartografia de distribuio de habitats ............................................................................ 78 CONSIDERAES FINAIS ............................................................................................................. 80 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS............................................................................................... 83 ANEXOS ............................................................................................................................................ 91

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INTRODUO

O territrio portugus constitudo por uma grande variedade de paisagens, onde se encontram variadssimos habitats, cuja riqueza deve ser reconhecida e partilhada por todos. Estes habitats apresentam particularidades que suportam e permitem o desenvolvimento de mltiplas zoocenoses e fitocenoses peculiares, de tal modo peculiares, que algumas tm reas de distribuio muito restritas. Em nosso entender, torna-se assim, essencial no s a sua conservao, mas igualmente a divulgao da sua importncia ecolgica, eventuais potencialidades econmicas e sociais. O turismo rural e, de uma forma geral, o turismo de natureza de uma forma geral esto cada vez mais integradas nas legislao portuguesa: De importncia crescente so os segmentos do turismo em espao rural, do ecoturismo (onde se pode incluir o turismo da Natureza, tal como definido na Resoluo do Conselho de Ministros n. 112/98, de 25 de Agosto) e de outras formas de turismo baseadas na valorizao e divulgao do patrimnio natural e cultural, bem como da paisagem rural, da maior relevncia para combater a desertificao do interior e promover o desenvolvimento local sustentvel (Resoluo do concelho de Ministros n 152, 2001). De acordo com o protocolo realizado entre o Instituto Superior de Agronomia, Universidade Tcnica de Lisboa, e a Cmara Municipal de Azambuja, encontra-se em curso um projecto que tem como objectivo primordial a caracterizao do Vale da Ribeira de Almoster, nomeadamente atravs de um estudo florstico, fitossociolgico, geolgico e geomorfolgico, no intuito de realizar-se uma carta de percursos ambientais, considerando as vertentes, geolgica, geomorfolgica, paisagstica, cultural e de vegetao, e deste modo, contribuir para o conhecimento, caracterizao e valorizao da rea considerada, conforme o protocolo assinado por estas duas entidades. Todavia, o presente trabalho apenas se refere caracterizao biofsica e ao estuda da flora e da vegetao. O projecto envolve os departamentos de Cincias do Ambiente e o de Proteco de Plantas e de Fitoecologia do Instituto Superior de Agronomia. A equipa responsvel pela elaborao deste projecto constituda por: Departamento de Cincias do Ambiente - Maria Manuela Abreu, Professora Catedrtica. (Coordenadora) e Selma Beatriz Pena, Arquitecta Paisagista; Departamento de Proteco de Plantas e de Fitoecologia - Dalila Esprito-Santo, Investigadora (Coordenadora) e Rui Teles, aluno finalista da licenciatura em Engenharia Biofsica.

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O presente trabalho, constitudo por trs partes fundamentais, mas no distintas entre si. Num primeiro captulo faremos a apresentao da metodologia utilizada. No segundo captulo faremos e caracterizao da rea estudada, que inclui o seu enquadramento geogrfico, caracterizao detalhada do meio, nomeadamente a hipsometria, fisiografia, declives, exposies, morfologia do terreno, clima, geologia, geomorfologia, solos e situao biogeogrfica. No terceiro captulo, apresentaremos os resultados e respectiva discusso, resultantes das herborizaes e outros levantamentos de campo sobre o estudo da flora e vegetao do Vale da Ribeira de Almoster, assim como, dos habitats que nele existem. Sero ainda adiantadas algumas propostas no mbito da recuperao, conservao e gesto dos habitats. Por ltimo sero aduzidas algumas consideraes tendo como objectivo a valorizao do stio e respectivo enquadramento no projecto e protocolo assinado entre o Instituto Superior de Agronomia e Cmara Municipal de Azambuja.

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1. METODOLOGIA

1.1 - Metodologia Geral do Projecto

A rea de estudo compreende cerca de 10,31 km2 abrangendo as freguesias de Vila Nova de S. Pedro, Manique do Intendente e Maussa pertencentes ao Concelho de Azambuja. Este concelho faz parte da rea Metropolitana de Lisboa (AML) e o presente estudo tem como objectivo a caracterizao do Vale da Ribeira de Almoster. O projecto realiza-se com recurso utilizao de um Sistema de Informao Geogrfica (SIG), quer para a elaborao da cartografia apresentada, quer na anlise de caracterizao (fisiografia, exposies, etc.), mais concretamente atravs do software ArcMap verso 9.0 e o Arcview 3.2 da ESRI, assim como, as respectivas extenses: 3D Analyst e Spatial Analyst. Utiliza-se ainda software de desenho que permite tratar previamente a informao (Autocad 2000). O sistema de projeco cartogrfica utilizada o Datum 73 Hayford Gaus IPCC.

No presente estudo realiza-se a caracterizao da flora e vegetao do Vale da Ribeira de Almoster, assim como a elaborao de cartografia da vegetao actual e potencial, distribuio de espcies raras ou ameaadas e distribuio de habitats constantes no Anexo I da Directiva 92/43/CEE transcrita para a legislao nacional.

Elaborou-se uma metodologia de trabalho com objectivo de atribuir uma rede de caminhos pedonais e/ou ciclveis ao longo da rea de interveno, que permitam no s a valorizao cnica e cultural como a sustentabilidade ecolgica da paisagem. A metodologia apresentada em sntese na fig. 1.

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ANLISE DA PAISAGEMGeologia Clima Solos Hipsometria Fisiografia Declives Exposies ANLISE BIOFSICA Morfologia do Terreno Esboo Geomorfolgico Uso do Solo Bioclimatologia Biogeografia Flora

VegetaoANLISE DAS COMUNIDADES ANLISE DAS DINMICAS Vegetao potencial e habitats

Dinmicas Geomorfolgicas da Paisagem

Patrimnio ExistenteFASE I

PAISAGEM CULTURAL Rede de caminhos

SNTESE E DIAGNSTICO ACES PRIORITRIAS DE ESTABILIZAOFASE II

HIERARQUIZAO DE PERCURSOS

CARACTERES A VALORIZAR

PROPOSTAS E MEDIDAS DE GESTOFigura 1 Metodologia do projecto

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1.2 - BioclimatologiaA bioclimatologia, como o prprio nome indica, procura relacionar o clima com a vegetao e com a fauna. Para isso calculam-se ndices utilizando dados meteorolgicos estacionais, desde os mais simples aos mais complexos a partir dos quais procura-se explicar as complexas relaes do ambiente abitico com a vegetao.

Existem vrios sistemas de classificao bioclimtica. Todavia, o sistema de classificao bioclimtica utilizado baseia-se na Classificao Bioclimtica da Terra (RIVAS-MARTNEZ, 2005). 1, o qual tem realizado, ao longo dos ltimos anos, uma srie de aproximaes sucessivas Bioclimatologia Mundial.

ndices bioclimticos mais importantes

- ndice de termicidade (It):

It = (T+m+M) 10

o produto por 10 de T- Temperatura mdia anual; m- Temperatura mdia das mnimas do ms mais frio; M- Temperatura mdia das mximas do ms mais frio. Este ndice traduz a maior ou menor intensidade de frio, factor este que influencia significativamente a distribuio das plantas e consequentemente as comunidades vegetais.

- ndice de termicidade compensado (Itc):

Acima e abaixo dos paralelos 23N e 23S necessrio compensar o excesso de frio que ocorre durante o Inverno, nos climas continentais, ou o excesso de amenidade que ocorre nos territrios mais ocenicos.

Se o ndice de continentalidade simples (Ic) estiver compreendido entre 8 e 18 (situao na qual se encontra o territrio estudado), o valor de Itc considera-se igual ao de Ic (Ic=Itc). Por outro lado, se o ndice de continentalidade no alcana ou ultrapassa os valores mencionados, h que compensar o ndice de termicidade adicionando ou subtraindo um valor de compensao (Itc= It C).

1

Consultado no site http://www.ucm.es/cif/form/tb_med.htm Acesso em Outubro de 2005

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- ndice de continentalidade (Ic):

Ic = Tmax - Tmin

Este ndice expressa a diferena em graus centgrados entre Tmax- temperatura mdia do ms mais quente e Tmin- temperatura mdia do ms mais frio. um ndice que essencialmente traduz a amplitude trmica mdia anual.

- ndice ombrotrmico anual (Io):

Io = (Pp/Tp) 10

O ndice ombrotrmico (Io) calculado atravs do quociente entre a precipitao mdia (mm), dos meses com temperatura mdia superior a 0 C (Pp) e a soma das temperaturas mdias mensais superiores a 0 C (Tp). Assim, Io = (Pp/Tp) 10. Este ndice j depende do valor da precipitao, podendo ser considerado uma medida da quantidade de gua disponvel no solo.

Os intervalos dos valores que delimitam os horizontes ombrotpicos no(s) macrobioclima(s) existente(s) na regio mediterrnica so apresentados nos quadros 1-4 (bem como os intervalos de It, Itc, Io, Ic e Tp).Valor de Ic 0-11 11-18 18-21 21-28 28-45 45-65 Tipo de Continentalidade Hiperocenico Ocenico Semicontinental Subcontinental Continental Hipercontinental Macrotipos Ocenico Ocenico Ocenico Continental Continental Continental

Quadro 1 - Tipos de continentalidade e macrotipos

Ic 21 > 21 21 > 21 21 > 21 21 > 21

Io > 2.0 > 2.0 1.0-2.0 1.0-2.0 0.2-1.0 0.2-1.0 < 0.2 < 0.2

Bioclima Mediterrnico pluviestacional-ocenico Mediterrnico pluviestacional-continental Mediterrnico xrico-ocenico Mediterrnico xrico-continental Mediterrnico desrtico ocenico Mediterrnico desrtico continental Mediterrnico hiperdesrtico ocenico Mediterrnico hiperdesrtico continental

Quadro 2 - Intervalos de avaliao para o macrobioclima mediterrnico

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Valor de It 400-450 350-400 280-350 210-280 145-210 80-145

Tp 2300-2450 2150-2300 1825-2150 1500-1825 1200-1500 900-1200

Termotipo Termomediterrnico Inferior Termomediterrnico Superior Mesomediterrnico Inferior Mesomediterrnico Superior Supramediterrnico Inferior Supramediterrnico Superior

Quadro 3 - Termotipos para a regio mediterrnica

Valor de Io 2.0-2.8 2.8-3.6 3.6-4.8 4.8-7.0 7.0-10.5

Ombrotipo Seco Inferior Seco Superior Sub-hmido Inferior Sub-hmido Superior Hmido Inferior

Quadro 4 - Ombrotipos para a regio mediterrnica

Figura 2 Retirado de Bioclimatic map of Europe (RIVAS-MARTNEZ, PENAS & T.E. DAZ, 2004)

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1.3 - BiogeografiaNo presente trabalho utilizou-se a tipologia biogeogrfica de Portugal (RIVAS-MARTNEZ, 2005), fazendo a correspondncia com a tipologia proposta por COSTA et al. (1998).

1.4 - FloraAs espcies mencionadas, foram identificadas segundo a Nova Flora de Portugal (FRANCO, 1984; FRANCO & AFONSO, 1994; FRANCO & AFONSO, 1998; FRANCO & AFONSO, 2003), tendo sido as famlias ordenadas mediante CASTROVIEJO et al. (1986, 1990, 1993, 1993, 1997, 1998, 1999 (1), 2000 (2), 2001, 2003 e 2005) e os gneros por ordem alfabtica. A Flora Ibrica foi tambm consultada para efectuar a actualizao nomenclatural de algumas espcies. Para alm do processo de ordenao e actualizao, foi recolhida ainda a informao referente fisionomia e ecologia (FRANCO, 1971; FRANCO, 1984; FRANCO & AFONSO, 1994; FRANCO & AFONSO, 1998; FRANCO & AFONSO, 2003), biologia (COUTINHO, 1974), corologia (TUTIN et al., 1964-1980, CASTROVIEJO loc. cit. e FOURNIER, P., 1946) e designaes comuns (COUTINHO loc. cit. e ROCHA, 1996). Sempre que necessrio recorreu-se ainda a VALDS, B., TALAVERA, S. & FERNNDEZ-GALIANO, E. (1987). Relativamente corologia importante referir alguns conceitos utilizados. As espcies presentes neste trabalho podem reunir-se numa srie de grupos de elementos corolgicos, os quais constituem grandes conjuntos de espcies que apresentam um significado corolgico essencialmente coincidente, ao que a rea concreta de cada espcie pode diferir consideravelmente das restantes em aspectos concretos. Dentro de cada conjunto algumas das particularidades da configurao da rea das diversas espcies componentes podem ser precisadas mediante o uso de prefixos (BOLS & VIGO in PUJADAS-SALV, 1986).

Eu significa que a rea est compreendida de uma maneira mais ou menos rigorosa dentro do territrio geogrfico correspondente.

Sub serve para denominar territrios fitogeogrficos prximos a outros, dotados de caracteres mais ou menos parecidos a estes ltimos mas atenuados.

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Dentro da flora de cada pas as espcies podem ser consideradas como autctones (prprias do pas) e alctones (se incorporadas em tempos historicamente recentes ou actuais).

Elementos pluri-regionais:

Holortico caracterstico do territrio que engloba a totalidade das regies temperadas e frias das vegetao extratropical do hemisfrio setentrional, includos no reino floral holortico (toda a Europa, Africa at ao limite meridional do Sahara, sia boreal e central at aos Himalaias e grande parte da Amrica do Norte).

Palertico caracterstico do territrio que compreende a Europa, Norte de frica at ao Sahara e sia, norte da Arbia e Himalaias.

Euroasitico caracterstico do continente Euro-Asitico (desde a Europa at ao Japo).

Paleotrpico corresponde ao reino floral que inclui os pases tropicais do Antigo Mundo e parte da Ocenia (frica desde o limite meridional da regio saharo-indica at ao territrio capense exclusive, sia tropical e a maioria das ilhas do Pacfico, excluindo a Austrlia).

Neotrpico compreende a Amrica tropical e subtropical, correspondendo ao reino florstico Neotrpical.

Cosmopolita caracterstico por se encontrar em todas as zonas do mundo.

Elementos regionais:

Eurosiberiano constitui a base da flora da Europa Central desde o oceano Atlntico ao montes Urais penetrando no interior da Sibria, sobretudo no interior da zona de bosque caduciflio. Dentro deste podemos ainda distinguir alguns sub-elementos, tais como: Atlntico caracterstico da provncia atlntica europeia; Submediterrnico prprio da banda mais meridional e xrica da regio eurosiberiana, que contacta com o limite da regio mediterrnica. Mediterrneo pertence regio que compreende a maior parte dos pases banhados pelo Mediterrneo. Dentro deste podemos distinguir o sub-elemento ibrico.

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1.5 - VegetaoPara o estudo da vegetao foi utilizado o mtodo da fitossociologia sigmatista, clssica ou Braunblanquista (BRAUN-BLANQUET, 1932) posteriormente actualizada por GHU & RIVASMARTNEZ (1980).

A unidade bsica em fitossociologia clssica a associao, que se caracteriza pela sua especificidade florstica, ecolgica, biogeogrfica, sucessional, histrica e antropognica. Sendo uma associao uma combinao especfica de espcies caractersticas, portadora de uma importante informao gentica, situa-se num determinado contexto ecolgico, numa determinada rea geogrfica e contribui para definir um bitopo singular (CAPELO, 2003).

Nem todas as espcies tm o mesmo ndice de fidelidade e sociabilidade nem o mesmo significado ecolgico e histrico, distinguindo-se assim espcies caractersticas, companheiras e diferenciais. BRAUN-BLANQUET (1979), define as espcies caractersticas como sendo aquelas que encontram o seu ptimo em determinadas comunidades e define as espcies diferenciais como sendo aquelas que se apresentam apenas numa de duas ou mais comunidades semelhantes (clarificando assim determinadas diferenas biticas, edficas, microclimticas ou genticas). Estas ltimas so muito importantes, por exemplo, na definio de subassociaes. As espcies que, no sendo caractersticas de uma determinada associao, integram o seu elenco florstico, so denominadas de espcies companheiras.

As associaes podem ser agrupadas, numa ordem hierrquica crescente, em subalianas, alianas, ordens, subclasses e classes, cujos sufixos latinos so, respectivamente, -enion, -ion, etalia, -enea, -etea. A associao (com sufixo -etum) pode subdividir-se em subassociaes (com sufixo -etosum)

O estudo das comunidades vegetais constitudo por duas etapas:

-

a primeira, analtica, consiste na realizao dos inventrios fitossociolgicos; a segunda, sinttica, consiste na ordenao dos inventrios, permitindo apurar quais os inventrios que pertencem mesma associao.

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A etapa analtica consiste na realizao do inventrio fitossociolgico de acordo com a homogeneidade florstica e ecolgica (ou seja, garantindo-se que abrange uma rea em que no h variao das variveis ambientais) e utilizando o conceito de rea mnima (rea a partir da qual no se regista mais nenhuma espcie nova). Durante a realizao do inventrio registam-se as espcies observadas e os respectivos ndices de abundncia e sociabilidade segundo a seguinte escala de abundncia-dominncia:

r - Indivduos raros ou isolados. Cobertura inferior a 0.1% + - Indivduos pouco frequentes, de muito fraca cobertura (de 0.1% a 1%) 1 - Indivduos bastante abundantes mas de fraca cobertura (de 1% a 10%) 2 - Indivduos muito abundantes ou com cobertura de 10 a 25% 3 - Qualquer nmero de indivduos com cobertura de 25 a 50% 4 - Qualquer nmero de indivduos com cobertura de 50 a 75% 5 Qualquer nmero de indivduos com cobertura 75 a 100%

Como as comunidades so na maioria dos casos formadas por vrios estratos, o grau de cobertura no seu total pode ultrapassar os 100%.

A etapa sinttica consiste no agrupamento dos inventrios em quadros fitossociolgicos, os quais podem ser analticos ou sintticos. Os analticos resultam do registo das espcies e dos respectivos ndices a partir dos inventrios. Obtm-se assim um quadro bruto, em que os inventrios se encontram pela ordem inventariada. De seguida, este quadro ordenado por ordem decrescente da presena das espcies passando a denominar-se quadro de presenas. A reunio dos inventrios mais semelhantes permite destacar os grupos de espcies que esto ligadas e nesta altura a tabela tem a denominao de tabela ordenada. Finalmente as espcies so classificadas por categorias fitossociolgicas e, dentro de cada categoria, so ordenadas por presenas decrescentes. Chega-se assim tabela ou quadro fitossociolgico que caracteriza, do ponto de vista florstico, a associao.

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Descrio de campo

Descrio florstica Inventrios-tpicos, rea mnima, homogneos

Descrio ambiental

Quadro bruto

Quadro de presenas

Q. parcial ordenado

Quadro diferenciado

Quadro sinptico Quadro de associao Q. sinptico de associao

Comparao com a literaturasintaxonomia

Caracterizao ambiental de associao (sinecologia)

Tabela sintaxonmica (unidades superiores)

Verificao de campo

Figura 3 Metodologia do estudo das comunidades vegetais (CAPELO, 2003)

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1.6 - Avaliao de Habitats

Diversidade especfica (Shannon) Com o objectivo de avaliar os habitats quanto diversidade especfica, optou-se pelo clculo do ndice de Shannon-Wiener.

ndice de Shannon (H):

H= - pi ln pii=1

s

em que: s = nmero de espcies pi = proporo de indivduos ou abundncia das espcies i expressas como uma proporo da cobertura total.

O ndice de Shannon aplicado como exemplificado no quadro 1.

Espcies (If)

Cobertura de cada espcie (%)

pi

-pilnpi

TotalQuadro 5 - Aplicao do ndice de Shannon

Equitatibilidade

A partir do clculo do ndice de Shannon, pode ser calculada a equitatibilidade (J), atravs da seguinte frmula:

J =H/H max

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em que: H mx =lns s = nmero total de espcies.

A equitatibilidade traduz a relao entre a diversidade real e a diversidade mxima terica. Varia no intervalo 0-1, correspondendo 1 ao valor mximo de diversidade (BERNARDO, 1995). Valores de equitatibilidade prximos de zero significam que todos ou quase todos os indivduos so da mesma espcie.

ndice de Simpson

No mesmo sentido tambm foi calculado o ndice de Simpson que varia entre 0 e 1 e indica a probabilidade de dois indivduos, aleatoriamente escolhidos numa populao, pertencerem a uma mesma espcie (GONALVES et al., 1999).

ndice de Simpson (NSi):

NSi = 1 - pi 2

Depois de calculados os ndices atrs descritos aplica-se uma escala (quadro 2) de forma a uniformizar os valores e proceder sua integrao num sistema de informao geogrfica e assim visualizar rapidamente as reas com maior diversidade. Equitatibilidade ndice de Simpson ndice de Shannon

3-Baixa

0-0.49

0-0.49

0-0.8

2-Mdia

0.5-0.69

0.5-0.69

0.8-1.5

1-Elevada

0.7-1

0.7-1

1.5-3

Quadro 6 - Escala utilizada para os ndices de diversidade

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Representatividade Quanto representatividade (Re) considera-se o seguinte:

Este critrio est relacionado com a percentagem de cobertura de um determinado habitat em relao ao stio em estudo. Assim, depois de efectuada a cartografia dos habitats e medida a rea ocupada por cada habitat calcula-se a razo entre a rea de cada habitat e a rea total do stio.

Efectuados os clculos, utiliza-se a seguinte escala de valorao:

A (representatividade excelente: 90-100%) B (boa representatividade: 70-90%) C (representatividade significativa: 40-70%) D (representatividade reduzida: 25-40%) E (presena no significativa: < 25%)

Raridade Quanto raridade (R) considera-se o seguinte:

Reflecte a abundncia de uma determinada comunidade e pode basear-se na distncia que necessrio percorrer para encontrar outra comunidade semelhante (INDURIN, 1996).

A raridade considerada como uma funo inversa da representatividade, pois quanto maior a representatividade menor a raridade e vice-versa. Assim, a partir da representatividade constrise uma escala de frequncia elevada a raridade muito elevada:

A - Frequncia elevada (representatividade de 70 100%) B - Frequncia mdia (representatividade de 40 70%) C - Frequncia reduzida (representatividade de 25 40%) D - Raridade elevada (representatividade de 10 25%) E - Raridade muito elevada (representatividade de 0 10%)

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1.7 - Cartografia de Vegetao Actual

Os dados de base para a elaborao desta cartografia foram os inventrios fitossociolgicos obtidos atravs das herborizaes realizadas, sendo posteriormente agrupados de acordo com as afinidades ecolgicas e segundo a metodologia referida para o estudo da vegetao. Aps o conhecimento das comunidades vegetais foi efectuada a delimitao dos polgonos por intermdio dos levantamentos de campo. Os dados recolhidos durante esta fase do projecto foram digitalizados e inseridos na tabela de atributos conforme se pode observar na figura 3.

1.8 - Cartografia de Habitats

O trabalho de campo foi efectuado com o auxlio de ortofotomapas fornecidos pela Cmara de Azambuja em formato digital e decorreu no perodo de Maro a Agosto de 2005. No entanto, as amostragens foram, condicionadas pelos acessos existentes e por autorizaes para entrada em propriedades privadas ou reas de regime cinegtico, nomeadamente na rea da Quinta da Santarena. Aps a identificao das comunidades no campo e atravs dos inventrios fitossociolgicos realizados foi possvel fazer a correspondncia entre as comunidades e os respectivos habitats. Toda a informao recolhida durante o reconhecimento de campo (pontos de amostragem, manchas de habitats e comunidades vegetais com interesse para conservao) foi digitalizada com recurso ao software ArcView GIS 3.2.

A carta de distribuio de habitats est associada uma tabela de atributos, a qual contm todas as informaes consideradas necessrias para cada mancha (id do polgono, cdigo do habitat, designao do habitat, associao fitossociolgica, etc.) A sntese metodolgica da cartografia de habitats ilustrada na fig. 3.

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1.9 - Cartografia de Vegetao Potencial

A elaborao da cartografia foi realizada recorrendo ao software ArcView GIS 3.2, o qual permitiu um tratamento mais fcil e mais rpido da informao bem como um armazenamento organizado dos dados espaciais do Vale da Ribeira de Almoster em informao vectorial (constituda por trs tipos de entidades espaciais: linhas, pontos e polgonos) e alfanumrica: tabelas de atributos das respectivas cartas, conforme ilustrado na fig. 4.

Depois de definidos os andares bioclimticos correspondentes a cada uma das estaes meteorolgicas consideradas (Rio Maior e Santarm) e, combinando essa informao com a biogeografia, litologia e pedologia, efectuou-se uma pesquisa bibliogrfica das sries de vegetao possveis para aquela combinao de caractersticas biofsicas.

Carta militar

Ortofotomapas Tabela de atributos Reconhecimento de campo Inventrios fitossociolgicos Pesquisa bibliogrfica - Associao - Habitat - Cdigo - Srie de Vegetao - Outros atributos

Carta de Vegetao Actual

Carta de Habitats

Carta de Vegetao Potencial

Figura 4 Metodologia aplicada cartografia de vegetao, adaptado de RIBEIRO et al. (2002)

1.10 - Cartografia de espcies de interesse para conservao

A cartografia de espcies de interesse para a conservao foi executada com base nas prospeces de campo efectuadas durante o projecto. Para tal, foram consideradas todas a espcies constantes dos Anexos II e IV da directiva 92/43/CEE transcrita para a legislao

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portuguesa. A sntese metodolgica adoptada para a elaborao da cartografia de distribuio de espcies com estatuto de proteco est ilustrada conforme a fig. 4.

Carta militar

Locais inventariados

Cartografia de espcies

a a a a

Dados bibliogrficos

Figura 5 Metodologia aplicada distribuio de espcies (CARAA, 2003)

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2 CARACTERIZAO BIOFSICA

2.1 - Localizao Geogrfica

A rea de estudo compreende cerca de 10,31 km2 abrangendo as freguesias de Vila Nova de S. Pedro, Manique do Intendente e Maussa pertencentes ao Concelho de Azambuja. Este concelho faz parte da rea Metropolitana de Lisboa (AML) e o presente estudo tem como objectivo a caracterizao do Vale da Ribeira de Almoster. O territrio em anlise delimitado a Norte pelos limites do Concelho at Quinta da Lapa, a Este pelo limite do Concelho, a Oeste pelo caminho que liga a Quinta da Lapa Pvoa da Manique passando pela Mosquereira at confluncia com a Ribeira da Maussa, e, a Sul pela Ribeira da Maussa, Vila Nova de S. Pedro e caminho para Casais de Alm (fig.5). Enquadra-se nas folhas 352 e 364 da carta militar do IGeoE escala 1:25000.Figura 6 Localizao da rea de estudo

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2.2 - Hipsometria

A carta hipsomtrica (fig. 7) foi realizada sobre a base altimtrica escala 1:25000 fornecida pela Cmara Municipal de Azambuja. Foram definidas 10 classes de altitude dos 25 aos 120 metros. Esta escala de valores permite analisar o contexto altimtrico da rea de estudo. Analisando a hipsometria da rea de interveno distinguem-se duas zonas homogneas principais: os planaltos e as reas adjacentes s linhas de gua principais.

2.3 - Fisiografia

Na rea de interveno individualizam-se quatro interflvios principais limitados pela ribeira de Almoster e os seus afluentes. A ribeira de Almoster corta a zona de estudo no sentido W-E separando o interflvio onde se situa a Quinta da Ramalheira, dos interflvios a Sul, limitados pelas ribeiras da Maussa ao centro e a ribeira de Vale de guas a leste e que correm no sentido Sul-Norte. Na paisagem individualizam-se quatro planaltos que coroam os interflvios e cuja altitude mdia se situa entre 100-120 metros e que so recortados por linhas de gua, na sua maioria de carcter torrencial, traando por sua vez valeiros mais ou menos encaixados.

2.4 - Declives

A carta de declives foi elaborada a partir da base altimtrica (fig. 8). Foram definidas sete classes de declives com intervalos que permitem analisar a aptido das reas para diferentes actividades, entre as quais as reas de lazer e ainda delimitar reas com riscos de eroso. Contudo, este parmetro no permite por si s chegar a concluses definitivas relativamente aptido das reas, sendo apenas um factor a ter em conta para o objectivo a alcanar. As classes definidas foram as seguintes: 0-3%; 3-6%; 6-8%; 8-12%; 12-16%; 16-25%; e >25%. Os declives inferiores a 6% correspondem s zonas de planalto e de plancie aluvionar.

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2.5 - Exposies

A carta de exposies (fig. 9) foi elaborada com base na carta altimtrica. Esta carta reveste-se de grande importncia na anlise efectuada, pois as exposies determinam microclimas que interferem no maior ou menor conforto bioclimtico, assim como na natureza da vegetao. As reas de maior conforto bioclimtico so aquelas que recebem maior quantidade de radiao. Essas reas so as que esto expostas a Sul (no Hemisfrio Norte) uma vez que recebem maior quantidade de radiao ao longo de todo o ano. Quando se pretende comparar as reas expostas a Este e as expostas a Oeste, o mesmo autor refere que os valores de temperatura do ar, a poente, so superiores aos das exposies a nascente devido ao aquecimento das massas de ar acumulado durante o dia, enquanto que a nascente a radiao fornecida nas primeiras horas do dia gasta na evaporao do orvalho. Conclui-se ento que o maior conforto bioclimtico ocorre nas exposies Sul e Oeste. Destacam-se a vertente Norte da ribeira do vale de Almoster e a vertente Leste da ribeira da Maussa pela sua exposio a sul.

2.6 - Morfologia do TerrenoA rea em anlise caracterizada por quatro cabeos largos principais, os planaltos, e um sistema hmido relativamente alargado embora variando a sua largura nas vrias ribeiras. Destacam-se o sistema hmido da ribeira de Almoster, o da ribeira da Maussa e o da ribeira de Vale de guas.

2.7 - GeologiaNa rea de interveno afloram formaes cenozicas datadas desde o Miocnico ao Holocnico. Ao longo das vertentes aflora um complexo detrtico de grs e argilas com intercalaes calcrias datadas do Miocnico (M4, ZBYSZEWSKI, 1953; M1-4, ZBYSZEWSKI et al., 1966). Nos planaltos ocorrem principalmente calcrios inseridos no complexo de grs argiloso e argilas (M5, ZBYSZEWSKI, 1953; M4-5, ZBYSZEWSKI et al., 1966). Depsitos de grs e argilas (P1, ZBYSZEWSKI, 1953). Os Vales das ribeiras de Almoster e da Maussa apresentam aluvies de carcter argiloso, conforme se pode observar na fig. 10.

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2.8 - PedologiaAps a anlise das cartas de solos que incluem o Vale da Ribeira de Almoster (fig. 11), constatou-se a presena dos seguintes solos (CARVALHO CARDOSO, 1965):

- Ac Aluviossolos Modernos de textura mediana, com carbonatos - Sbc Solos de Baixas de textura mediana, com carbonatos - Pdg Solos Mediterrneos Pardos Para-Solos Hidromrficos de arcoses ou rochas afins (a) fase agropdica - Pdc Solos Mediterrneos Pardos de materiais calcrios, Para-Solos Hidromrficos, de arcoses ou rochas afins associadas a depsitos calcrios - Pc Solos Calcrios Pardos de calcrios no compactos - Pcs Solos Calcrios Pardos de margas ou materiais afins - Pcs* Solos Calcrios Pardos Para-Barros de margas ou materiais afins - Vc Solos Calcrios Vermelhos dos climas de regime xrico, normais de calcrios (a) fase agropdica (d) fase delgada - Vc* - Solos Calcrios Vermelhos Para-Barros dos climas de regime xrico, normais de calcrios - Vcd Solos Mediterrneos ou amarelos de calcrios compactos ou dolomias (d) fase delgada (p) fase pedregosa - Vdc Solos Mediterrneos Vermelhos ou Amarelos Para-Solos Hidromrficos de arcoses ou rochas afins associadas a depsitos calcrios - Arc Afloramentos rochosos de calcrios ou dolomias

2.9 - BioclimatologiaPara a caracterizao bioclimtica recorremos s informaes das estaes meteorolgicas de Rio Maior (1951-1980) e Santarm (1968-1994) presentes em RIVAS-MARTNEZ (2001).

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Rio MaiorLatitude 39 21 N Longitude 8 56 O Altitude (m) 69 Perodo de observao: 1951 a 1980

Janeiro Fevereiro Maro Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Anual

Ti 9.2 10.0 11.7 13.4 15.9 18.6 21.1 21.1 19.9 16.6 12.1 9.7 14.9

Mi 14.4 15.1 17.2 19.2 21.7 24.7 27.6 27.7 26.7 22.9 17.6 15.0 10.8

mi 4.0 4.9 6.2 7.6 10.1 12.5 14.6 14.5 13.1 10.3 6.6 4.4 9.1

Ti 22.1 24.7 27.0 29.0 37.0 39.6 45.3 41.4 39.5 34.4 25.6 22.5 32.3

mi -5.0 -6.2 -2.5 -1.0 3.0 4.0 7.1 5.5 3.0 -3.5 -5.5 -5.0 -0.5

Pi 123 128 105 66 54 24 3 7 28 89 110 118 856

EPi 23 26 40 53 76 98 120 113 91 64 34 24 762

Quadro 7 - Dados referentes estao de Rio Maior

T (C) 14,9

P (mm) 856

Io 4,77

Ios2 0,24

Iar 0,9

It 333

Ic 11,9

Itc 333

Tp 1793

P < 2T (meses) 4

Figura 12 - Diagrama ombrotrmico de Rio Maior

Bioclima Mediterrnico Pluvioestacional ocenico Andares bioclimtico mesomediterrnico inferior Ombrotipo sub-hmido inferior

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SantarmLatitude 39 15 N Longitude 8 42 O Altitude (m) 59 Perodo de observao: 1968 a 1994

Janeiro Fevereiro Maro Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Anual

Ti 10.0 11.1 13.3 15.0 16.7 21.1 23.3 23.9 21.7 18.3 13.3 10.6 16.5

Mi 14.4 16.1 18.3 20.6 22.8 27.8 30.6 31.7 28.3 23.9 18.3 15.0 22.3

mi 5.0 5.6 8.3 9.4 10.6 13.9 15.6 15.6 14.4 12.2 8.3 5.6 10.4

Ti 20.6 24.4 29.4 32.8 37.8 41.1 45.6 44.4 39.4 36.1 27.8 21.7 33.4

mi -4.4 -3.9 0.0 2.2 3.9 5.6 9.4 8.3 7.8 2.8 -1.1 -3.3 2.3

Pi 82 69 90 59 40 28 7 4 37 61 81 92 650

EPi 22 26 43 56 75 113 137 133 99 69 35 23 832

Quadro 8 - Dados referentes estao de Santarm

T (C) 16,5

P (mm) 650

Io 3,3

Ios2 0,23

Iar 1,3

It 359

Ic 13,9

Itc 359

Tp 1983

P < 2T (meses) 4

Figura 13 - Diagrama ombrotrmico de Santarm

Bioclima Mediterrnico Pluvioestacional ocenico Andares bioclimtico termomediterrnico superior Ombrotipo seco superior

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2.10 - BiogeografiaA Biogeografia um ramo da Geografia que estuda a distribuio dos seres vivos na Terra. Relaciona o meio fsico com o biolgico, baseando-se na informao gerada por cincias afins como a Corologia vegetal, a Geologia, a Bioclimatologia e a Fitossociologia (COSTA et al., 1998).

O Vale da Ribeira de Almoster situa-se em termos biogeogrficos na transio entre o Sector Divisrio Portugus (Distrito Estremenho Portugus) e o Sector Ribatagano-Sadense (Distrito Ribatagano), pelo que, apresenta caractersticas comuns a estas duas unidades biogeogrficas.

O Sector Ribatagano-Sadense um territrio maioritariamente termomediterrnico subhmido, de fisiografia geralmente plana. constitudo pelas areias e arenitos plistocnicos e miocnicos dos vales do Tejo e Sado e prolonga-se at Melides, incluindo o afloramento calcrio da Serra da Arrbida.

O Distrito Ribatagano inclui as lezrias do Tejo e Sorraia. Dominam aqui os solos de aluvio (terraos aluvionares), ocorrendo ainda areias podzolizadas e arenitos. O Ulex airensis uma das plantas que melhor caracteriza o territrio, apesar da sua rea de distribuio se estender at ao Distrito Estremenho Portugus.

O Sector Divisrio Portugus inicia-se a norte na Ria de Aveiro, prolonga-se para o interior pelo vale do Mondego at base da Serra do Aor, segue os calcrios estremenhos at Tomar, atingindo a Lezria do rio Tejo. um territrio litoral, plano, com algumas serras de baixa altitude, sendo a mais elevada a da Lous (1204 m). Encontra-se quase todo situado no andar mesomediterrnico inferior de ombroclima sub-hmido a hmido, com excepo das zonas litorais e olissiponenses que so termomediterrnicas superiores sub-hmidas.

No Distrito Estremenho Portugus predominam as rochas calcrias do Jurssico e Cretcio com algumas bolsas de arenitos cretcicos e algumas manchas de rochas plutnicas (basaltos, andesitos, etc.). A maioria dos seus endemismos comum com o Distrito Arrabidense Anthirrhinum majus subsp. linkianum, Silene longicilia subsp. longicilia, Teucrium polium subsp. capitatum e Thymus zygis subsp. sylvestris. Por outro lado so diferenciais territoriais txones como Bartsia aspera, Delphinum pentagynum, Genista tournefortii, Phlomis lychnitis, Quercus x airensi e Salvia sclareoides. Situa-se no andar mesomediterrnico inferior hmido a sub-hmido. Em termos fisiograficos constitudo pela cadeia de serras de Sic, Rabaal,

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Alvaizere, Aire, Candeeiros e Montejunto que em geral no ultrapassa os 670 m. A espcie Quercus rotundifolia ocorre neste distrito com carcter diferencial territorial.

A rea em estudo, inclui-se, ento em:

- Reino Holrctico - Regio Mediterrnica - Sub-Regio Mediterrnica Ocidental - Provncia Lusitano-Andaluza Litoral - Subprovncia Divisrio Portuguesa-Sadense - Sector Ribatagano-Sadense - Distrito Ribatagano - Sector Divisrio Portugus - Distrito Estremenho Portugus

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3 - APRESENTAO DE RESULTADOS

3.1 - FloraO estudo efectuado aborda a flora natural e seminatural na rea de estudo, no incluindo por isso, a flora existente nas parcelas agrcolas. No mbito do estudo florstico realizado no Vale da Ribeira de Almoster, identificaram-se 291 taxa vegetais, distribudos por 65 famlias e 210 gneros, ordenados e caracterizados conforme mencionado na metodologia. O elenco florstico do Vale da Ribeira de Almoster constitui o Anexo I do presente trabalho.

3.1.1 - BiologiaA durao do ciclo vegetativo das plantas, que dada pelo tipo biolgico, reflecte as condies ecolgicas em que uma planta se desenvolve. Contudo, este espectro tem apenas carcter informativo, uma vez que so valores absolutos e no reflectem a vegetao do bitopo dominante.

24,1% 29,2%

Anuais5,2%

Bienais Vivazes Perenes

41,6%

Figura 14 - Espectro Biolgico do Vale da Ribeira de Almoster

Verifica-se que as plantas vivazes so as que predominam (41,6%). No entanto, as espcies perenes e as anuais tm igualmente grande representatividade 29,2% e 24,1% respectivamente. Tal facto estar ligado ao tipo de comunidades caracterizadas no presente trabalho, nomeadamente comunidades naturais e seminaturais perenes (bosques, matos, matos baixos e

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prados vivazes). A percentagem de espcies anuais seria muito mais elevada, se tivessem sido efectuados estudos nas culturas existentes.

3.1.2 - FisionomiaA adaptao fisionmica das plantas como resposta a alteraes climticas, perodos secos ou frios desfavorveis, ao longo do seu ciclo de desenvolvimento, constitui a base da classificao de RAUNKJAER (1934) e descritos por VASCONCELLOS et al. (1969), a qual foi utilizada no estudo dos fittipos da flora do Vale da Ribeira de Almoster, consoante a situao das gemas de renovo. Este espectro fisionmico tem tambm apenas carcter informativo em relao flora global, uma vez e semelhana do espectro biolgico, os valores so em termos absolutos, e portanto no reflectem qual ou quais os fittipos que dominam na formaes vegetais do territrio abordado neste trabalho.

18,2%

14 ,4 %

Criptf itos Terf itos11,0 % 2 4 ,1%

Hemicriptfitos Camfitos Fanerfitos

3 2,3%

Figura 15 - Espectro fisionmico da Flora do Vale da Ribeira de Almoster

A diversidade fisionmica da flora do Vale da Ribeira de Almoster grande, pois ocorrem todos os fittipos o que tpico da Regio Mediterrnica e na qual o Vale est inserido.

Da anlise da fig. 15 verifica-se que os hemicriptfitos apresentam uma frequncia de 32,3% logo seguidos pelos terfitos com 24,1%; os criptfitos 14,4% (dos quais 11,3% so gefitos e

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3,1% helfitos); os camfitos 11% e os fanerfitos somam 18,2% do total, incluindo desde os nanofanerfitos (7,2%) aos macrofanertitos (1,4%) e os fanerfitos escandentes (3,1%).

3.1.3 - CorologiaA diversidade biolgica vegetal do Vale da Ribeira de Almoster relativamente elevada e resulta das condies particulares do meio fsico que algo diversificado. Aps ter sido reunida a informao corolgica dos taxa existentes na rea de estudo, foram tidos em considerao os trabalhos de TAKHTAJAN (1986) e PUJADAS-SALV (1986) de forma a agrupar a informao recolhida segundo regies florsticas. No entanto, a elaborao da sntese corolgica foi algo difcil de efectuar devido aos diferentes sistemas utilizados nas obras consultada

As plantas preferencialmente mediterrnicas representam 58,4% do total, constituindo o maior grupo corolgico existente. Todavia, dentro deste grupo 8,2% tm distribuio ibrica. As espcies com distribuio eurosiberiana representam 15,8%, dos quais 2,7% correspondem a taxa com distribuio sub-mediterrnica e 1,7% preferencialmente atlntica. ainda de referir que 7,6% tm uma extenso geogrfica que engloba estas duas regies.

Os restantes grupos corolgicos perfazem 18,1% do total, sendo que 6,5% so cosmopolitas, 5,5% euroasiticas, 1,7% do reino paleotrpical, 0,3 do neotrpical e 4,1% outras distribuies, conforme se pode observar no Quadro 9 e fig. 19.

Da anlise efectuada, verifica-se que a influncia ocenica diminuta, no s por se encontrar afastada cerca de 40 km em linha recta do Oceano Atlntico, mas essencialmente devido s barreiras orogrficas formadas pelas serras de Montejunto (a Oeste), Aire e Candeeiros (a Noroeste). Tal facto poder explicar a baixa presena de espcies preferencialmente atlnticas.

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Elementos

Reino

Pluri-regio

Regio

Provncia

Inf. corolgica IB IB-ATL LU IB-MAUR MED CIRCUM-MED W-MED E-MED S-EUR SW-EUR S-EUR-MED MED-ATL SUB-MED SUBMED-SUBATL SUBMED-ATL ATL W-ATL SUBATL EUR-SUBATL EUR W-EUR EUROSIB EUR-MEDSUBATL EUR-MED-ATL EUR-MED EUR-MAUR CIRCUMB EURAS PALEO-TEMP PALEO-SUBTROP PALEO-TROP SW-EUR-TROP TROP CULT COSM SUBCOSM SUBCOSM-ATL TOTAL

Ibrica

Outras

Autctones

Holortico

Submediterrnica Eurosiberiana Atlntica

Outras

N. taxa 12 1 11 8 44 33 22 1 21 4 1 12 4 4 1 3 1 1 1 26 2 3 1 1 16 1 3 16 11 3 1 1 1 1 4 14 1 291

N. taxa 24

mediterrnica o

146

Eu-Paleartico

Regi

8 5

33

Eurosiberiana + Mediterrnica + Outras

22

Euroasitica Outras Paleotrpico Alctones Cosmopolitas Neotrpico Outras

16 11 5 1 1 19 291

Quadro 9 - Corologia da flora vascular do Vale da Ribeira de Almoster4,1% Mediterrnica Eurosiberiana Mediterrnica + Eurosiberiana + Outras 7,6% Euroasitica Paleotropical 58,4% Neotropical Cosmopolita Outras distribuies

6,5% 0,3% 1,7% 5,5%

15,8%

Figura 16 - Espectro corolgico da Flora vascular do Vale da Ribeira de Almoster

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3.2 Endemismos e espcies com interesse para conservaoDas herborizaes realizadas verificou-se a presena de vrios taxa endmicos, sendo 11 endmicas de Portugal e 12 endmicas da Pennsula Ibrica. Portugal: Allium pruinatum, Antirrhinum majus subsp. linkianum, Dianthus cintranus subsp. barbatus, Prunus spinosa subsp. insititioides, Silene longicilia, Serratula baetica subsp. lusitanica, Ulex airensis, Quercus x airensis, Avenula sulcata subsp. occidentalis, Dactylis glomerata subsp. lusitanica, Echium tuberculatum. Pennsula Ibrica:, Bartsia aspera, Lavandula luisieri, Stipa gigantea, Thymus zygis subsp. sylvestris, Ranunculus olissiponensis subsp. olissiponensis, Hedera maderensis subsp. iberica, Genista tournefortii, Linum setaceum, Cynara humilis, Pulicaria paludosa, Scorzonera graminifolia, Scilla monophyllos. ainda de salientar que das espcies que constituem o catlogo florstico deste trabalho, duas constam da Directiva 92/43/CEE: Silene longicilia (Anexo II) e Ruscus aculeatus (Anexo IV).

3.2.1 Cartografia de distribuio de espcies com interesse para conservaoNa figura seguinte esto representadas as espcies que se consideram ter interesse para conservao, nomeadamente as plantas que constam da Directiva 92/43/CEE, os endemismos do territrio nacional e as espcies notveis pela sua beleza, fragilidade e originalidade (ORCHIDACEAE).

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3.3 - Vegetao

3.3.1 - Esquema sintaxonmicoA sintaxonomia da vegetao foi elaborada segundo Itinera Geobotnica (RIVAS-MARTNEZ et al., 2001 e 2002). Todavia, teve-se ainda em considerao o Cdigo Internacional de Nomenclatura Fitosociolgica realizado por IZCO & ARCO (2003).

PHRAGMITO-MAGNOCARICETEA Klika in Klika & Novk 1941 Phragmitetalia Koch 1926 Phragmition australis Koch 1926 nom. mut. Phragmitenion australis Thypho angustifoliaePhragmitetum australis (Txen & Preising 1942) Rivas-Martnez,Bscones, T. E. Daz, frnandez-Gonzlez & Loidi 1991

ARTEMISIETEA VULGARIS Lohmeyer, Preising & Txen ex von Rochow 1951 ONOPORDENEA ACANTHII Rivas-Martnez, Bscones, T.E. Daz, Fernndez-Gonzlez & Loidi 2002 Carthametalia lanati Brullo in Brullo & Marcen 1985 Onopordion castellani Br.-Bl. & O. Bols 1958 corr. Rivas-Martnez, T. E. Daz, FernndezGonzlez, Izco, Loidi, Lous & Penas 2002

Bourgaeo humilis Galactitetum tomentosae Rivas Goday 1964 Notobasio syriacae Scolymetum maculati Rivas Goday ex Ladero, Socorro, Molero, M.Lpez, Zafra, Marn, Hurtado & Prez-Raya 1981

Bromo-Piptatherion miliacei O. Bols 1970 nom. mut. Inulo viscosae Piptatheretum miliacei O. Bols 1957 nom. mut. GALIO-URTICETEA Passarge ex Kopeck 1969 Calystegietalia sepium Txen ex Mucina 1993 nom. mut. Calystegion sepium Txen ex Oberdorfer 1957 nom. mut. Arundini donacis Convolvuletum sepium Txen ex Oberdorfer 1958 num. mut. TRIFOLIO-GERANIETEA Mller 1962 Origanetalia vulgaris Mller 1962 Origanion virentis Rivas-Martnez & O. Bols in Rivas-Martnez, T. E. Daz, F. Prieto, Loidi &Penas 1984

Stachyo lusitanicae-Cheirolophenion sempervirentis Capelo1996

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Leucanthemo sylvatici-Cheirolophetum sempervirentis J.C. Costa, Ladero, Daz, Lous,Esprito-Santo, Vasconcelos, Monteiro & Amor 1993

FESTUCO-BROMETEA Br.-Bl. & Txen ex Br.-Bl. 1949 Brachypodietalia phoenicoidis Br.-Bl. ex Molinier 1934 Brachypodion phoenicoidis Br.-Bl. ex Molinier 1934 Phlomido lychnitidis-Brachypodietum phoenicoidis Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1956 POETEA BULBOSAE Rivas Goday & Rivas Martnez in Rivas-Martnez 1978 Poetalia bulbosae Rivas Goday & Rivas-Martnez in Rivas Goday & Ladero 1970 Plantaginion serrariae Galn, Morles & Vicente 2000 Trifolio subterranei-Plantaginetum serrariae Martin & Galn in Galn, Morles & Vicente2000

CALLUNO-ULICETEA Br.-Bl. & Txen ex Klika & Hada 1944 Ulicetalia minoris Quantin 1935 Ericion umbellatae Br.-Bl., P.Silva, Rozeira & Fontes 1952 Ericenion umbellatae Ulici airensis-Ericetum scopariae Esprito Santo, Capelo, Lous & J.C. Costa in EspritoSanto, Lous, J.C. Costa & Capelo 2000

ROSMARINETEA OFFICINALLIS Rivas-Martnez, T.E. Daz, F. Prieto, Loidi & Penas in RivasMartnez, T.E. Daz, Fernndez-Gonzlez, J. Izco, Loidi, Lous & Penas 2002

Rosmarinetalia officinalis Br.-Bl. ex Molinier1934 Eryngio-Ulicion erinacei Rothmaler 1943 Serratulo estremadurensis-Thymenion sylvestris Capelo, J.C. Costa, Esprito-Santo & Lous1993

Teucrio capitati-Thymetum sylvestris Esprito Santo & Capelo in Capelo, J.C. Costa, EspritoSanto & Lous 1993

RHAMNO-PRUNETEA Rivas Goday & Borja ex Txen 1962 Prunetalia spinosae Txen 1952 Pruno-Rubion ulmifolii O. Bols 1954 Rosenion carioti-pouzinii Arnaiz ex Loidi 1989 Lonicero hispanicae-Rubetum ulmifolii Rivas-Martnez, Costa, Castroviejo & E. Valds 1980 Rubo ulmifolii-Prunetum insititioidis Capelo, J.C. Costa & Lous ex J. C. Costa, EspritoSanto, Lous, P. Gonzlez, Capelo & P. Arsnio 2001

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SALICI PURPUREAE-POPULETEA NIGRAE (Rivas-Martnez & Cant ex Rivas-Martnez,Bscones, T. E. Daz, Fernndez-Gonzlez & Loidi 1991) Rivas-Martnez & Cant in Rivas-Martnez, T. E. Daz, Fernndez-Gonzlez, J. Izco, Loidi, Lous & Penas 2002

Populetalia albae Br.-Bl. ex Tchou 1948 Populion albae Br.-Bl. ex Tchou 1948 Populenion albae Salici neotrichae-Populetum nigrae Rivas-Martnez, T. E. Daz, Fernndez-Gonzlez, J. Izco,Loidi, Lous & Penas 2002

QUERCETEA ILICIS Br.-Bl. ex A. & O. Bols 1950 Quercetalia ilicis Br.-Bl. ex Molinier 1934 Quercion broteroi Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1956 em. Rivas-Martnez 1975 corr. Ladero 1974 Quercenion broteroi Arisaro-Quercetum broteroi Br-Bl., P.Silva, & Rozeira 1956 corr. Rivas-Martnez 1975 Paeonio broteroi-Quercenion rotundifoliae Rivas-Martnez in Rivas-Martnez, Costa & Izco1986

Lonicero implexae-Quercetum rotundifoliae Lous, Esprito-Santo & J.C. Costa 1994 Querco rotundifoliae-Oleion sylvestris Barbro, Quzel & Rivas-Martnez in Rivas-Martnez,Costa & Izco 1986

Asparago aphylli-Quercetum suberis J. C. Costa, Capelo, Lous & Esprito-Santo 1996 Pistacio lentisci-Rhamnetalia alaterni Rivas-Martnez 1975 Asparago albi-Rhamnion oleoidis Rivas Goday ex Rivas-Martnez 1975 Melico arrectae-Quercetum cocciferae Br-Bl., P.Silva, & Rozeira 1956 Quercetum coccifero-airensis Esprito-Santo in Esprito-Santo, Lous, Costa & Capelo 1994 Quercion lusitanicae Rothmaler 1954 nom. mut. Erico scopariae-Quercetum lusitanicae Rothmaler ex Br.-Bl., P.Silva & Rozeira 1965 Ericion arboreae (Rivas-Martnez ex Rivas-Martnez, Costa & Izco 1986) Rivas-Martnez 1987 Ericenion arboreae Phillyreo angustifoliae-Arbutetum unedonis Rivas Goday & Galiano in Rivas Goday, Borja,Esteve, Galiano, Rigual & Rivas-Martnez 1960

Arbuto unedonis-Laurion nobilis Rivas-Martnez, Fernndez-Gonzlez & Loidi 1999 Arbuto unedonis-Laurenion Bupleuro fruticosae-Arbutetum unedonis Capelo, J.C. Costa & Rivas-Martnez 2001

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3.3.2 - Descrio sintaxonmicaA descrio das unidades sintaxonmicas apresentada de acordo com a ordem do esquema sintaxonmico, indicando-se em primeiro lugar as classes correspondentes s comunidades com estrutura mais simples, seguida das classes sucessivamente mais estruturadas (onde se inserem as etapas seriais) e por ltimo, as mais estruturadas que incluem as etapas climcicas.

I Vegetao lacustre

1. Thypo angustifoliae Phragmitetum australis (Txen & Preising 1942) Rivas-Martnez,Bscones, T. E. Daz, Fernndez-Gonzlez & Loidi 1991

Comunidades de plantas emergentes, prprias de guas meso-eutrficas, no demasiado carregadas de ies, dominadas por grandes helfitos rizomatosos que no suportam grandes perodos de seca. Associao atlntico-mediterrnica, vulgarmente designada por canial, constituda por diferentes txones, que so dominantes, em funo das concentraes de nutrientes das guas e do nvel de hidromofia, ao longo do perodo vegetativo (Lopes, 2001). Desenvolvem-se nas margens de lagos e lagoas, assim como em cursos de gua permanentes, em zonas em que a sedimentao predominante.

No Vale da Ribeira de Almoster aparece muito pontualmente no tendo expresso cartogrfica.Tabela 1 - Thypo angustifoliae-Phragmitetum australis (Txen & Preising 1942) Rivas-Martnez, Bscones, T. E. Daz, Fernndez-Gonzlez & Loidi 1991N de ordem 67 68 69 70 71 P N. de espcies 4 7 8 7 9 rea mnima (m2) 3 5 10 5 10 Grau de cobertura (%) 50 70 70 60 80 Caractersticas da associao e unidades superiores: Sparganium erectum 2 2 1 + + V Apium nodiflorum 2 + 1 + + V Typha latifolia 3 3 3 3 IV Phragmites australis 2 1 3 III Alisma plantago-aquatica 1 + + III Veronica anagallis-aquatica 1 + II Lythrum salicaria + + II Companheiras: Rorippa nasturtium-aquaticum + 1 + III Calystegia sepium subsp. sepium 2 + II Polygonum salicifolium 1 + II Mentha suaveolens + + II Carex riparia 1 I Samolus valerandi + I Equisetum ramosissimum + I Locais: 67 Vale de guas, 68 Estrada p/ Maussa (cruzamento), 69 Estrada para Manique (ponte), 70 e 71 - Carvalho

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II Vegetao antrpica

2 - Bourgaeo humilis Galactitetum tomentosae Rivas Goday 1964

Comunidade dominada por cardos e outras plantas bienais e vivazes, geralmente siliccola, dominante ao longo de caminhos, estradas e pastos com pastoreio bastante intenso, no andar termomediterrnico e ombroclima sub-hmido.Vila Nova de S. Pedro (Vale de guas) - (inventrio 82, 54 espcies, rea mnima 15 m2, cobertura 70%) Caractersticas da associao e unidades superiores: Galactites tomentosa 3, Cynara humilis 2, Cichorium intybus 2, Carduus tenuiflorus 1, Notobasis syriaca +, Lactuca serriola +, Dittrichia viscosa subsp. viscosa + Companheiras: Mantisalca salmantica 2, Scorpiurus muricatus 2, Trifolium bocconei 2, Trifolium scabrum 1, Medicago polymorpha 1, Brachypodium phoenicoides 1, Plantago lanceolata 1, Centaurea melitensis 1, Trifolium campestre 1, Dactylis glomerata subsp. lusitanica 1, Plantago coronopus 1, Picris echioides +, Rumex pulcher subsp. woodsii +, Hypericum perforatum +, Trifolium fragiferum +, Phalaris minor +, Pallenis spinosa +, Triofolium resupinatum +, Epilobium tetragonum +, Pimpinella villosa +, Asphodelus ramosus +, Trifolium stellatum +, Cistus crispus +, Brachypodium sylvaticum +, Sanguisorba verrucosa +, Asparagus acutifolius +, Avena barbata subsp. barbata +, Ulex airensis +, Hypericum tomentosum +, Hirschfeldia incana +, Conyza bonariensis +, Chrysanthemum segetum +, Vicia angustifolia +, Torilis arvensis +, Mentha suaveolens +, Echium plantagineum +, Trifolium angustifolium +, Trifolium subterraneum +, Aster squamatus +, Blackstonia acumiata subsp. acumiata +, Cynodon dactylon +, Holcus lanatus +, Parentucelia viscosa +, Leontondon teraxacoides subsp. longirostris +, Trifolium isthmocarpum +.

3 - Notobasio syriacae-Scolymetum maculati Rivas Goday ex Ladero, Socorro, M. Lpez, Zafra,Marn, Hurtado & Prez-Raya 1981

Poucas comunidades vegetais encontram-se to bem definidas florstica, ecologica e corologicamente como as da aliana Onopordion castellani. A associao descrita por LADERO et al. (1980) caracterstica de taludes e margens de caminhos sobre solos profundos de origem basfila, de distribuio mediterrnea, geralmente dominada por hemicriptfitos.Vila Nova de S. Pedro (Vale de guas) - (inventrio 9, 11 espcies, rea mnima 7,5 m2, cobertura 70%) Caractersticas da associao e unidades superiores: Notobasis syriaca 3, Cichorium intybus 2, Carthamus lanatus 2, Dittrichia viscosa subsp. viscosa 1, Eryngium campestre +, Scolymus maculatus + Companheiras: Avena sterilis 1, Hirschfeldia incana 1, Dactylis glomerata subsp. hispanica +, Echium plantagineum +, Euphorbia amygdaloides +.

4 - Inulo viscosaePiptatheretum miliacei O. Bols 1957 nom. mut. Comunidade viria e de campos agrcolas abandonados, termomediterrnica, sub-hmida, constituda por hemicriptfitos, camfitos e alguns terfitos que existem nas margens de caminhos e taludes, em locais geralmente secos e soalheiros.

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Vila Nova de S. Pedro (Vale de guas) - (inventrio 23, 22 espcies, rea mnima 2,5 m2, cobertura 70%) Caractersticas da associao e unidades superiores: Cichorium intybus 3, Picris echioides 2, Daucus carota subsp. carota 2, Dittrichia viscosa subsp. viscosa 1, Piptatherum miliaceum subsp. miliaceum + Companheiras: Senecio jacobea 2, Lactuca viminea subsp. chondrilliflora 1, Trifolium fragiferum 1, Phalaris minor 1, Galactites tomentosa 1, Plantago coronopus 1, Dactylis glomerata subsp. lusitanica 1, Achillea millefolium +, Hypericum undulatum +, Pallenis spinosa +, Trifolium resupinatum +, Rumex conglomeratus +, Epilobium tetragonum 1, Linum biene +, Holcus mollis +, Phalaris coerulecens +, Plantago major +, Lythrum hyssopifolia 1.

III Vegetao de margens de bosque e megafrbica

5 Arundini donacisConvolvuletum sepium Txen ex Oberdorfer 1958 num. mut.Associao mediterrnica, frequente nas margens de rios intervencionados e com gua estagnada ou de corrente lenta ou em fundos de vales com solos hidromrficos (AGUIAR et al., in MOREIRA, SARAIVA, & CORREIA, 2004). Canaviais dominados por Arundo donax sobre a qual trepam diversas lianas, tais como, Calystegia sepium (trepadeira-das-balas) e Humulus lupulus que neste estudo no consta do elenco florstico.

Estas comunidades so muito frequentes no Vale da Ribeira de Almoster, quer nas margens dos cursos de gua, quer como sebes nos campos agrcolas ou incultos, formando nestes casos variantes empobrecidas.Tabela 2 - Arundini donacisCalystegietum sepii Txen ex Oberdorfer 1958 num. mut.N de ordem 79 80 81 N. de espcies 8 9 12 rea mnima (m2) 10 10 15 Grau de cobertura (%) 100 100 100 Caractersticas da associao e unidades superiores: Arundo donax 4 4 4 Calystegia sepium subsp. sepium + 2 2 Companheiras: Rubus ulmifolius 1 + 1 Rosa sempervirens 1 + Tamus communis + 1 Sonchus tenerrimus + + Cydonia oblonga 1 Rosa micrantha 1 Salix atrocinerea 1 Polygonum salicifolium 1 Cheirolophus sempervirens + Fraxinus angustifolia subsp. angustifolia + Rumex conglomeratus + Cynodon dactylon + Lythrum salicaria + Polypogon viridis + Equisetum telmateia + Solanum nigrum subsp. nigrum + Dactylis glomerata subsp. lusitanica + Picris echioides + Locais: 79 Vale de guas (Casais do Alm), 80 Vale da Ribeira de Almoster (Carvalho), 81 do Sapo P

III III III II II II I I I I I I I I I I I I I I Fonte

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6 - Leucanthemo sylvatici-Cheirolophetum sempervirentis J.C. Costa, Ladero, Daz, Lous,Esprito Santo, Vasconcelos, Monteiro & Amor 1993

Vegetao herbcea vivaz calccola da orla natural semi-sombria, hmicola e no nitrfila dos bosques climcicos prpria do Arisaro-Quercetum broteroi e seus mantos pr-florestais do Ribatagano-Sadense, Divisrio Portugus e Arrabidense, dominada pelo Cheirolophus sempervirens, termo-mesomediterrnica, sub-hmida a hmida. Ocorre em taludes terrosos, ricos em matria orgnica, resultante da folhada dos carvalhais. Contudo, verifica-se que atinge maior desenvolvimento, em locais com alguma nitrificao.

Na rea em estudo esta comunidade est bastante desfalcada em taxa caractersticos, aparecendo de uma forma fragmentria e pontual, provavelmente devido ao fogo e ao corte, quase sistemtico, de lenha para queimar de Querci.

Tabela 3 - Leucanthemo sylvatici-Cheirolophetum sempervirentis J. C. Costa, Ladero, Daz, Lous, Esprito Santo, Vasconcelos, Monteiro & Amor 1993N de ordem 6 72 73 74 75 P N. de espcies 23 29 15 18 18 rea mnima (m2) 20 15 20 20 20 Grau de cobertura (%) 80 70 80 80 70 Caractersticas da associao e unidades superiores: Cheirolophus sempervirens 3 3 4 3 3 V Origanum vulgare subsp. virens 1 2 2 3 2 V Clinopodium vulgare + + 2 1 IV Hypericum perforatum + + II Companheiras: Ulex airensis 2 + 1 1 IV Daphne gnidium var. gnidium + 1 + + IV Rosa sempervirens 1 1 1 III Rubus ulmifolius 1 1 1 III Quercus faginea subsp. broteroi (frut.) 1 1 + III Sanguisorba verrucosa 1 1 + III Euphorbia nicaensis subsp. nicaensis 1 + + III Lonicera implexa + + + III Dactylis glomerata subsp. hispanica + + + III Anagallis monelli subsp. monelli 1 1 II Arbutus unedo 1 + II Salvia sclareoides 1 + II Rubia peregrina subsp. longifolia + 1 II Brachypodium phoenicoides + 1 II Crataegus monogyna subsp. brevispina + + II Teucrium capitatum + + II Carlina corymbosa subsp. hispanica + + II Bupleurum rigidum subsp. paniculatum + + II Eryngium campestre + + II Cynara humilis + + II Pistacia lentiscus 1 I Hyacinthoides hispanica 1 I Vitis vinifera subsp. sylvestris 1 I Lonicera peryclimenum subsp. hispanica 1 I Dipsacus fullonum 1 I Rosa micrantha 1 I Mais: em (6): Tamus communis +, Anemone palmata +, Aristolochia paucinervis +, Arum italicum +, Cephalanthera longifolia +, Euphorbia portlandica +; em (72): Centaurium erythraea subsp. erythraea +, Linum strictum +, Linum setaceum +, Smilax aspera +, Serapias parviflora +, Trifolium campestre +, Galactites tomentosa +, Cerinthe major +,

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Pinus pinaster +, Blakstonia perfoliata subsp. perfoliata +, Rhamnus alaternus +; em (73): Cistus crispus +, Ruta chalepensis +, Stipa gigantea +; em (74): Pallenis spinosa +, Cistus salviifolius +, Arbutus unedo (frut.) +, Serratula baetica subsp. lusitanica +, Cistus monspeliensis +; em (75): Carduus tenuiflorus +, Campanula rapunculus +, Prunella vulgaris +, Silene longicilia +, Avena sterilis + Locais: 6 Vale de guas, 72 Qta. da Horta (margem oposta), 73 Casais do Alm (planalto), 74 Estrada de V. N. S. Pedro p/ P. do Intendente (cemitrio), 75 Cabeo do Castelo

IV Arrelvados e prados

7 - Phlomido lychnitidis-Brachypodietum phoenicoidis Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1956

Arrelvado vivaz de Brachypodium phoenicoides, constituindo a orla do carrascal/tojal, calccola, prprios de solos argilosos ou limosos de territrios termo a mesomediterrnico, subhmido do Ribatagano-Sadense, Divisrio Portugus, do Arrabidense e do Algarviense.

Estes arrelvados, especialmente ricos em orquidceas so muito fragmentrios e formam mosaico e/ou contactam catenalmente com vrias comunidades da QUERCETEA ILICIS. Estas formaes so pouco pastoreadas devido ao Brachypodium phoenicoides (L.) Roemer & Schultes ser demasiado spero para a alimentao do gado (CRUZ, & ESPRITO-SANTO, 1999).

Tabela 4 - Phlomido lychnitidis-Brachypodietum phoenicoidis Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1956N de ordem N. de espcies rea mnima (m2) Grau de cobertura (%) Caractersticas da associao e unidades superiores: Brachypodium phoenicoides Salvia sclareoides Avenula sulcata subsp. occidentalis Phlomis lychnitis Carex hallerana Eryngium dilatatum Companheiras: Bupleurum rigidum subsp. paniculatum Ulex airensis Sanguisorba verrucosa Origanum vulgare subsp. virens Cistus salviifolius Centaurium erythraea subsp. erythraea Carlina corymbosa subsp. hispanica Briza maxima Brachypodium distachyon Cynara humilis Teucrium capitatum Dactylis glomerata subsp. hispanica Cistus crispus Galactites tomentosa Serratula baetica subsp. lusitanica Salvia verbenaca Plantago lanceolata Thapsia villosa 4 21 10 80 3 1 2 1 3 1 1 1 1 + + + 29 35 20 75 3 1 1 3 1 1 1 1 + + + + + + + 1 + + + + + + 76 27 15 80 3 1 3 + 1 1 1 1 + + + + + + + + 1 1 1 1 1 1 77 17 10 70 3 + + 1 78 22 15 80 3 + 2 P

V V IV IV III III V IV IV IV IV IV IV III III III II II II II II II II II

+

1 + + +

+ + + 1

+ + + 1

1

+

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Osyris alba + + II Aegilops geniculata + + II Trifolium stellatum + + II Filago pyramidata + + II Pallenis spinosa + + II Ononis viscosa subsp. breviflora + + II Trifolium campestre + + II Asphodelus ramosus + + II Urginea maritima 1 I Bartsia aspera 1 I Medicago polymorpha 1 I Pimpinella villosa 1 I Mais: em (4): Argyrolobium zanonii subsp. zanonii +, Stachys officinalis subsp. algeriensis +, Thymus zygis subsp. sylvestris +; em (29): Genista tournefortii +, Cistus monspeliensis +, Plantago serraria +, Agrimonia eupatoria subsp. eupatoria +, Blakstonia perfoliata subsp. perfoliata +, Scorzonera graminifolia +; em (76): Quercus coccifera +, Papaver rhoeas +, Foeniculum vulgare subsp. piperitum +, Trifolium angustifolium +, Dittrichia viscosa subsp. viscosa +; em (77): Silene longicilia +, Scabiosa atropurpurea var. atropurpurea +, Cheirolophus sempervirens +; em (78): Echium tuberculatum +, Rosa sempervirens +, Centaurea melitensis +, Hypericum perforatum +, Reichardia picroides +, Trifolium scabrum +, Quercus faginea subsp. broteroi (frut.) + Locais: 4 e 76 Casais do Alm, 29 e 77 Moinho da Torre, 78 Elevao entre Mosquereira e Carvalho

8 - Trifolio subterranei-Plantaginetum serrariae Martin & Galn in Galn, Morles & Vicente2000

Pastos cespitosos vivazes em que predomina a Poa bulbosa, conjuntamente com outras espcies anuais e vivazes, em solos argilosos e margosos hmidos com m drenagem do Sul da Pennsula Ibrica. Aparece empobrecida no Ribatagano e Divisrio Portugus habituados ao pisoteio e submetidos e mantidos por intermdio de pastoreio de gado ovino. A distribuio destes pastos (malhadas) apresenta uma vinculao muito estreita com as zonas tradicionais de pastoreio e com as vias pecurias de transumncia.Vila Nova de S. Pedro (Cabea do Castelo) - (inventrio 12, 21 espcies, rea mnima 5 m2, cobertura 90%): Caractersticas da associao e unidades superiores: Ranunculus bullatus 4, Poa bulbosa 3, Plantago serraria 2, Gynandriris sisyrinchium 2, Bellis annua +, Cerastium glomeratum +, Scorpiurus vermiculatus +, Sherardia arvensis +, Trifolium subterraneum + Companheiras: Taraxacum obuvatum 1, Galium verrucosum +, Trifolium campestre +, Geranium molle +, Daucus carota subsp. carota +, Medicago polymorpha +, Veronica polita +, Galium murale +, Centaurea pullata +, Galactites tomentosa +, Dactylis glomerata subsp. hispanica +, Orchis conica +.

V Vegetao serial sufruticosa

9 - Ulici airensis-Ericetum scopariae Esprito Santo, Capelo, Lous & J.C. Costa in Esprito Santo,Lous, J.C. Costa & Capelo 2000

Urzal/tojal mesomediterrnico, sub-hmido a hmido, em cambissolos derivados de calcrios crsicos do Ribatagano-Sadense e Divisrio Portugus. Representam uma etapa avanada de degradao do Lonicero implexae-Quercetum rotundifoliae.

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Esta associao, a qual se pode observar na rea constante no protocolo assinado entre o Instituto Superior de Agronomia e a Cmara de Azambuja, principalmente proveniente da regenerao da vegetao ps-fogo, como descrito por ESPRITO-SANTO et al. (1990) para a Serra dos Candeeiros, sobre solos calcrios.

Tabela 5 - Ulici airensis-Ericetum scopariae Esprito Santo, Capelo, Lous & J.C. Costa in Esprito Santo, Lous, J.C. Costa & Capelo 2000N de ordem 3 24 25 32 33 P N. de espcies 19 22 22 24 24 rea mnima (m2) 50 30 25 30 35 Grau de cobertura (%) 100 90 90 90 100 Caractersticas da associao e unidades superiores: Ulex airensis 4 4 3 2 3 V Erica scoparia 2 2 3 4 3 V Avenula sulcata subsp. occidentalis + + + + + V Calluna vulgaris + + + + IV Pulicaria odora + + II Genista triacanthos + I Companheiras: Quercus coccifera 1 1 1 2 + V Pistacia lentiscus 1 1 1 1 1 V Daphne gnidium var. gnidium 1 + 1 + 1 V Cistus crispus + + + + 1 V Asparagus aphyllus + + + + + V Bupleurum rigidum subsp. paniculatum + + + + + V Rhamnus alaternus 1 1 + + IV Cistus salviifolius + + + + IV Smilax aspera + + + + IV Serratula baetica subsp. lusitanica + + + + IV Salvia sclareoides + + + + IV Phillyrea angustifolia + + 1 III Urginea maritima + + + III Teucrium capitatum + + + III Lonicera implexa + + + III Brachypodium phoenicoides + + + III Pinus pinaster + 3 II Thapsia villosa + + II Aristolochia paucinervis + + II Euphorbia nicaensis subsp. nicaensis + + II Carlina corymbosa subsp. hispanica + + II Myrtus communis 1 I Helichrysum stoechas subsp. stoechas + I Ruscus aculeatus + I Mais: em (25): Quercus rotundifolia +, Cistus monspeliensis +, Erophaca baetica subsp. baetica +; em (32): Genista tourneforti +, Staehelina dubia +, Thymus zygis subsp. sylvestris +; em (33): Olea europaea var. sylvestris +, Quercus lusitanica +, Quercus faginea subsp. broteroi +, Lavandula luisieri +, Dactylis glomerata subsp. hispanica + Locais: 3 Casais do Alm, 24 Estrada de V. N. S. Pedro p/ P. do Intendente (cemitrio), 25 Vale da Ribeira de Almoster (Carvalho), 32 e 33 Carrascal

10 - Teucrio capitati-Thymetum sylvestris Esprito Santo & Capelo in Capelo, J.C. Costa, EspritoSanto & Lous 1993.

Tomilhal calccola mesomediterrnico sub-hmido a hmido, caracterstico do Sudoeste da Pennsula Ibrica, em solos erosionados do Divisrio Portugus, do Arrabidense e do

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Ribatagano-Sadense. Representa quase sempre estdios muito degradados dos bosques climcicos da QUERCETEA ILICIS, subserial do Lonicero implexae-Quercetum rotundifoliae.

Na degradao dos carrascais surge um mato baixo dominado pelo tomilho (Thymus zygis subsp. sylvestris). Estes tomilhais, designados por Teucrio capitati-Thymetum sylvestris so ricos em espcies endmicas e surgem nas clareiras do carrascal ou do azinhal, sempre em calcrios. O pastoreio destes tomilhais pode resultar num arrelvado pertencente associao Phlomido lychnitidis-Brachypodietum phoenicoidis (LOUS, ESPRITO-SANTO & COSTA, 1994)

Tabela 6 - Teucrio capitati-Thymetum sylvestris Esprito Santo & Capelo in Capelo, J.C. Costa, Esprito Santo & Lous 1993.N de ordem N. de espcies rea mnima (m2) Grau de cobertura (%) Caractersticas da associao e unidades superiores: Teucrium capitatum Thymus zygis subsp. sylvestris Cistus monspeliensis Carex hallerana Anthyllis vulneraria subsp. maura Companheiras: Dactylis glomerata subsp. hispanica Urginea maritima Cistus crispus Quercus coccifera Sanguisorba verrucosa Brachypodium distachyon Avenula sulcata subsp. occidentalis Ruta chalepensis Xolantha tuberaria Eryngium dilatatum Aetheorhiza bulbosa subsp. bulbosa Salvia sclareoides Bupleurum rigidum subsp. paniculatum Aegilops geniculata Trifolium campestre Trifolium stellatum Ulex airensis Sherardia arvensis Salvia verbenaca Aceras antropophorum Linum bienne Carlina corymbosa subsp. hispanica Centaurium erythraea subsp. erythraea Cistus salviifolius Pistacia lentiscus Trifolium angustifolium Bellis perenis Erodium cicutarium subsp. cicutarium Phlomis lychnitis Erophaca baetica subsp. baetica Helichrysum stoechas subsp. stoechas Ophrys speculum subsp. speculum Delphinium pentagynum Linum strictum Ajuga iva 11 29 15 90 3 3 1 2 + 2 2 1 + 1 1 + 34 27 10 80 3 3 2 + + 2 1 + 1 36 20 8 70 3 2 2 57 24 8 70 3 3 + 58 24 10 70 2 3 2 59 34 15 80 2 3 1 1 + 1 + + + 1 + 1 1 + + 1 + + 1 1 + 60 13 8 60 4 1 + P

VII VII VI IV III VI VI VI V V IV IV IV IV IV IV IV III III III III III III III III III III III III III II II II II II II II II II II

1 2 + +

+ + 1

+ + 1 + 1 1 + 1 + + + 1

+ 1 + + + 1 1 1 1

1

+ + + + +

+

+ 1

1 1 + + + +

2 + + +

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+

+ + + + + + 1 1 1 + + + + + +

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1 1 1

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+ +

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Pallenis spinosa + + II Asparagus aphyllus + + II Origanum vulgare subsp. virens + + II Euphorbia nicaensis subsp. nicaensis + + II Ranunculus olissiponensis subsp. olissiponensis 2 I Osyris alba 1 I Mais: em (11): Anemone palmata +, Gynandriris sisyrinchium +, Trifolium scabrum +; em (34): Aristolochia paucinervis +, Anagallis monelli subsp. monelli +, Cuscuta epithymum subsp. kotschyi +; em (36): Calamintha baetica +, Briza maxima +; em (57): Ononis viscosa subsp. breviflora +; em (58): Lonicera implexa +, Daphne gnidium var. gnidium +; em (59): Allium pruinatum +, Filago pyramidata +, Cynara humilis +, Plantago lanceolata +, Plantago serraria +; em (60): Quercus faginea subsp. broteroi +, Arbutus unedo (frut.) +, Serratula baetica subsp. lusitanica + Locais: 11 e 57 Cabeo do Castelo, 34 e 36 Moinho da Torre, 58 e 59 Casais do Alm (planalto), 60 Elevao entre Rico Lugar e Carvalho

VI Vegetao serial arbustiva e de margens de bosques 11 - Lonicero hispanicae-Rubetum ulmifolii Rivas-Martnez, Costa, Castoviejo & E. Valds 1980

Silvados siliciosos, meso-termomediterrnicos, luso-extremadurenses e costeiro-lusitanoandaluzes. Subserial de comunidades edafo-higrfilas.Tabela 7 - Lonicero hispanicae-Rubetum ulmifolii Rivas-Martnez, Costa, Castoviejo & E. Valds 1980N de ordem N. de espcies rea mnima (m2) Grau de cobertura (%) Caractersticas da associao e unidades superiores: Rubus ulmifolius Rosa sempervirens Lonicera periclymenum subsp. hispanica Rosa pouzinii Lonicera etrusca Companheiras: Quercus faginea subsp. broteroi Smilax aspera Rubia peregrina subsp. longifolia Olea europaea var. sylvestris Rhamnus alaternus Asparagus aphyllus Vitis vinifera subsp. sylvestris Dactylis glomerata subsp. hispanica Osyris alba Daphne gnidium var. gnidium Myrtus communis Pistacia lentiscus Dittrichia viscosa subsp. viscosa Hypericum perfoliatum Sonchus asper Arum italicum Geranium purpureum Quercus suber Cynara humilis Lonicera implexa Ononis viscosa subsp. breviflora Agrimonia eupateria subsp. eupateria Arisarum vulgare Teucrium scorodonia subsp. scorodonia Solanum nigrum subsp. nigrum Arundo donax 21 21 15 100 4 3 1 55 20 15 100 2 4 56 30 20 80 4 3 + 1 P

+ 1 1 + 1 1 + + + 1 1 + + + 1 1 + 1 1 + + + 1 1 1 2 + + + + + + 1 1 + + + +

III III II I I III III III III III III III III II II II II II II II II II I I I I I I I I I

+ + + + +

1 + + + + + + + +

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Galium aparine + I Orchis conica + I Mais: em (56): Galactites tomentosa +, Trifolium campestre +, Blakstonia perfoliata subsp. perfoliata +, Carlina corymbosa subsp. hispanica +, Vicia sativa subsp. sativa +, Lathyrus aphaca +, Calamintha baetica +, Cheirolophus sempervirens + Locais: 21 Vale da Ribeira de Almoster (P. Intendente), 55 e 56 Vale da Ribeira de Almoster (Carvalho)

12 - Rubo ulmifolii-Prunetum insititioidis (Capelo, J.C. Costa & Lous 1996) J. C. Costa, EspritoSanto, M. Lous, P. Gonzlez, Capelo & P. Arsnio 2001

Espinhais de abrunheiro-bravo (Prunus spinosa subsp. insititioides) com silvas, madressilvas e roseiras bravas, termo-mesomediterrnicos, sub-humidos a hmidos, dos calcrios

descarbonatados do Divisrio Portugus. Inserem-se nas sries do Arisaro-Querceto broteroi S. e Asparago aphylli-Querceto suberis S. e Virbuno tini-Oleeto sylvestris S. (COSTA et al., 2001). Orlam bosques da Quercetalia ilicis, em situaes de alguma compensao hdrica (CAPELO, COSTA & LOUS, 1994), no entanto, possui um carcter menos higroftico que os silvados da Lonicero hispanicae-Rubetum ulmifolii.

Tabela 8 - Rubo ulmifolii-Prunetum insititioidis (Capelo, J.C. Costa & Lous 1996) J. C. Costa, Esprito Santo, M. Lous, P. Gonzlez, Capelo & P. Arsnio 2001N de ordem N. de espcies rea mnima (m2) Grau de cobertura (%) Caractersticas da associao e unidades superiores: Prunus spinosa subsp. insititioides Rosa sempervirens Rubus ulmifolius Lonicera periclymenum subsp. hispanica Crataegus monogyna subsp. brevispina Lonicera etrusca Tamus communis Rosa micrantha Companheiras: Smilax aspera Rhamnus alaternus Rubia peregrina subsp. longifolia Daphne gnidium var. gnidium Dactylis glomerata subsp. hispanica Asparagus aphyllus Origanum vulgare subsp. virens Vitis vinifera subsp. sylvestris Arundo donax Pistacia lentiscus Olea europaea var. sylvestris Quercus faginea subsp. broteroi Geranium purpureum Osyris alba Daucus carota subsp. carota Cydonia oblonga Hypericum perfoliatum Quercus coccifera 18 35 30 80 1 3 4 2 + 1 1 26 19 20 100 4 3 2 1 1 + 27 15 20 100 3 3 3 28 22 20 100 3 1 2 + 1 + 3 1 1 1 + + 53 19 15 100 2 4 2 2 1 + 54 22 20 90 3 3 3 + 1 1 P

+ +

VI VI VI V V IV IV I V V V V V V IV IV IV III III III III III III II II II

1 1 1 1 1 1

1 + 1 + + + + 1 1

1 + + + + + + + 1

2 1 + 1 + + + + + + + + + 1

+ + 1 + + + +

+ 1 2 + + + 1 + + 1

1

1 + +

+

+

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Populus nigra subsp. nigra 2 I Vinca difformis subsp. difformis 1 I Lathyrus aphaca + I Scorpiurus vermiculatus + I Medicago polymorpha + I Trifolium campestre + I Arum italicum + I Vicia lutea subsp. lutea + I Galactites tomentosa + I Sonchus asper + I Vicia angustifolia + I Mais: em (18): Trifolium angustifolium +, Teucrium scorodonia subsp. scorodonia +, Cerastium glomeratum +, Calamintha baetica +, Blakstonia perfoliata subsp. perfoliata +, Cynara humilis +; em (26): Ulex airensis +, Salvia sclareoides +; em (27): Cheirolophus sempervirens +; em (28): Coronilla valentina subsp. glauca +, Carlina corymbosa subsp. hispanica +; em (53): Lonicera implexa +, Delphinium pentagynum +, Agrimonia eupatoria subsp. eupatoria +; em (54): Salix atrocinerea +, Campanula rapunculus +, Brachypodium distachyon +, Fraxinus angustifolia subsp. angustifolia + Locais: 18, 27 e 28 Casais do Alm (Vale de guas), 26 - Carrascal (Vale de guas), 53 Estrada V. N. S. Pedro p/ P. Intendente (cemitrio), 54 Vale da Ribeira de Almoster

VI Vegetao potencial florestal e pr-florestal: bosques e matagais

13 - Salici neotrichae-Populetum nigrae Rivas-Martnez, T. E. Daz, Fernndez-Gonzlez, Izco,Loidi, Lous & Penas 2002

Choupais de Populos nigra (choupo negro) ou salgueirais de grandes dimenses, em solos recentes, limosos ou areno-limosos e hidromrficos, prprios de terraos aluvionares ou coluvies, localizados na margens de rios e ribeiras, valas de drenagem ou mesmo margens de lameiros, de natureza siliciosa em locais termo a mesomediterrnicos do Oeste da Pennsula Ibrica. O choupo negro pode ser dominante, mas ocorrem, ainda, Fraxinus angustifolia (freixo) e Salix atrocinerea (borrazeira negra). Possuem um sub-bosque nemoral onde se desenvolvem diversas espcies ombrfilas.

No territrio estudado so relativamente frequentes, no entanto, encontram-se bastante degradados. ainda de realar a presena de Vincetoxicum nigrum, a qual no est dada para esta rea geogrfica segundo FRANCO (1984).

Tabela 9 - Salici neotrichae-Populetum nigrae Rivas-Martnez, T. E. Daz, Fernndez-Gonzlez, Izco, Loidi, Lous & Penas 2002N de ordem N. de espcies rea mnima (m2) Grau de cobertura (%) Caractersticas da associao e unidades superiores: Rubus ulmifolius Lythrum salicaria Salix atrocinerea Rosa sempervirens Calystegia sepium subsp. sepium Populos nigra subsp nigra Fraxinus angustifolia subsp. angustifolia Carex riparia 61 20 50 100 3 1 + 3 1 3 + 62 30 100 100 2 + 3 2 + 63 20 80 100 3 + 3 1 1 2 1 64 33 120 100 1 + 3 + + 3 1 65 9 30 90 2 2 1 2 66 29 80 100 1 1 2 1 1 1 3 + P

1

VI VI V V V IV IV IV

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Carex pendula + + 1 + IV Tamus communis + + + + IV Equisetum telmateia 3 1 1 III Salix alba 2 + 1 III Brachypodium sylvaticum 1 + + III Oenanthe crocata + + + III Solanum dulcamara + + + III Scrophularia scorodonia subsp. scorodonia + + + III Salix neotricha + + II Vitis vinifera subsp. sylvestris + + II Ulmus minor 2 I Laurus nobilis + I Aristolochia paucinervis + I Vinca difformis subsp. difformis + I Rosa micrantha + I Companheiras: Arundo donax 1 + 1 2 IV Ficus carica 1 + + III Equisetum ramosissimum + 1 + III Quercus faginea subsp. broteroi + + + III Smilax aspera + + + III Rumex conglomeratus + + + III Vincetoxicum nigrum 2 + II Urtica dioica 1 + II Cyperus eragrostis + + II Daphne gnidium var. gnidium + + II Melissa officinalis subsp. officinalis + + II Cyperus longus + + II Plantago major + + II Prunella vulgaris + + II Polypogon monspeliensis + + II Veronica anagallis-aquatica + + II Hedera maderensis subsp. iberica + + II Holcus lanatus + + II Dactylis glomerata subsp. lusitanica 1 + II Dorycnium pentaphylum + + II Quercus suber 2 I Populus nigra subsp. italicum 1 I Osyris alba 1 I Epilobium hirsutum 1 I Scorpioides holoshoenus 1 I Mais: em (62): Polypogon viridis +, Geranium molle +, Oxalis corniculata +, Olea europaea var. sylvestris +; em (63): Rubia peregrina subsp. longifolia +, Anagallis arvensis +; em (64): Apium nodiflorum +, Sonchus tenerrimus +, Samolus valerandi +, Phragmites australis +, Alisma plantago-aquatica +, Polygonum salicifolium +; em (66): Solanum nigrum subsp. nigrum +, Picris echioides +, Phalaris minor + Locais: 61 Ribeira de Almoster (ponte), 62 Interseco Ribeira da Maussa e Ribeira de Almoster, 63 Estrada p/ Maussa (cruzamento) 64 Estrada p/ P. Intendente (ponte), 65 Vale de guas interseco com Ribeira de Almoster, 66 Fonte do Sapo

14 - Arisaro-Quercetum broteroi Br-Bl., P.Silva, & Rozeira 1956 corr. Rivas-Martnez 1975

Bosques

climatfilos a

de

carvalho-cerquinho,

Quercus a

faginea hmidos,

subsp.

broteroi, ou

mesomediterrnicos

termomediterrnicos,

sub-hmidos

pereniflios

marcescentes. Constituem uma associao endmica de Portugal, que se desenvolve em solos de origem alcalina. Este sintxone representa o clmax, dos bosques climatfilos dos calcrios do Divisrio Portugus e Arrabidense, distribuem-se geralmente em meia encosta e contactam catenalmente com os carrascais seriais do Melico arractae-Quercetum cocciferae. A orla sombria destes carvalhais da Estremadura portuguesa formada por uma comunidade de hemicriptfitos sempervirentis. mesofticos correspondente Leucanthemo sylvatici-Cheirolophetum

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No vale da Ribeira do Vale de Almoster a rea ocupada, actualmente, pelos cercais menor do que a sua rea potencial, devido forte presso antrpica que se faz sentir neste territrio, nomeadamente pela aco do fogo ou corte.

Quando no so intervencionados, os cercais formam um sub-bosque rico em arbustos e fanerfitos escandentes de folhas persistentes e esclerfilas, sendo quase impenetrveis devido sua estrutura pluriestratificada. Para alm