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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
CARACTERIZAÇÃO DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS
DE FUNDO DO COMPLEXO RECIFAL DE MARACAJAÚ,
RN, BRASIL
Autor: Oc. EDUARDO VITARELLI DE QUEIROZ
Orientador:Prof. Dr. RICARDO FARIAS DO AMARAL (DG/PPGG-UFRN)
Dissertação n°71/PPGG
NATAL-RN Dezembro, 2008
II
CARACTERIZAÇÃO DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS
DE FUNDO DO COMPLEXO RECIFAL DE MARACAJAÚ,
RN, BRASIL
Autor:
Oc. EDUARDO VITARELLI DE QUEIROZ
Dissertação de Mestrado apresentada em 15 de Dezembro de 2008, para obtenção do título de Mestre em Ciências da Terra, com área de concentração em Geodinâmica pelo Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica da UFRN.
Comissão Examinadora:
Prof. Dr. Ricardo Farias do Amaral (DG/PPGG-UFRN - Orientador)
Prof. Dra. Helenice Vital (DG/PPGG-UFRN)
Prof. Dr. Antonio Henrique da F. Klein (CTTMar/UNIVALI)
NATAL-RN Dezembro, 2008
IV
Dedico este trabalho aos meus pais Augusto César de Queiroz
e Valéria Maria Vitarelli de Queiroz, aos meus irmãos
Graciela Vitarelli de Queiroz e Gustavo Vitarelli de Queiroz, à
minha segunda mãe Eliana Vitarelli Preston, e aos meus
primeiros companheiros de mergulho Carlos Roberto de
Carvalho e Leonardo Stopato de Carvalho.
IV
Agradecimentos
Agradecimentos especiais ao meu orientador, Dr. Ricardo Farias do Amaral,
principalmente pela paciência e confiança na finalização do trabalho.
À CAPES, pela bolsa de estudos, ao PROMAR pela viabilização do projeto, e à
ONG Oceânica pelo apoio.
Às professoras Maria de Fátima C. F. dos Santos (Professora de
Paleontologia/UFRN), Dra. Liana de Figueiredo Mendes (Professora de Zoologia de
Invertebrados/UFRN) e Dra. Helena Matthews-Cascon (Professora de Zoologia/UFC),
pelas orientações na identificação dos componentes bióticos.
Ao professor Aristotelino Monteiro Ferreira (Professor de Estatística e
Ecologia/UFRN), pelas orientações estatísticas.
À professora Dra. Helenice Vital (Professora de Tópicos Avançados em
Geofísica/UFRN), pelas orientações no âmbito da sedimentologia.
Aos professores Dr. Antonio Carlos Galindo (Professor de Sistema Terra/UFRN) e
Dr. Venerando Eustáquio, (Professor de Processamento Digital de Imagens/UFRN),
pelas conversas e dicas de trabalho, principalmente nas horas mais difíceis.
Ao professor Dr. Edmundo Pereira (Professor de Antropologia/UFRN), pelos
conselhos e acompanhamento do projeto.
À técnica de Laboratório Fátma Maria B. de Morais (Lab. Sedimentologia/UFRN),
pela assistência e coordenação do laboratório.
Á equipe técnica de campo, Anna Cristina Braz Machado (Administradora),
Estevão O. V. Martins (Coordenador), Risonaldo Barbosa da Silva (Mestre da
embarcação), José Maria do Nascimento, (Mergulhador), Altamir Santos Pereira Leite
(Auxiliar técnico), por todo o auxílio de campo.
Aos Estagiários, Iara Gonçalves Costa, Lindenberg de Araújo Correia, Verena de
Medeiros Luiz Vianna, Silvia Amorim, Álvaro Crisanto, Vinícius Carbone, Jordão
Douglas e Renato Galdino, pelos auxílios na execução da etapa de laboratório.
Aos companheiros de trabalho, Guilherme Pierri, Jonas Ricardo dos Santos e
Clébia Bezerra da Silva, por todo o apoio.
Ao Dr. João Luiz Baptista de Carvalho e técnico Marcos Emmendoerfer (O início
de toda a jornada oceanográfica).
V
À Dra. Valeria Rego, Henrique Cadete, Felipe Santos, Eric Neubauer, Márcio
Martinez, Paulo César do Rego e César Grossi. (Ampliando os estudos oceanográficos).
À minha namorada Aline Sbizera Martinez, pelo amor, carinho e atenção.
Aos amigos Igor, Preto, Aline, Rodrigo, Alexandre, André, Juliana, Karen,
Fernanda, Maria’s, Bia, André (Santos), Bianca, Tati, André (Rato), Paola, CBI, Lui,
Mocotó, Pezão, Lucas, Mauro, Marina, Márcio, Delano, Fátima, Lindaraí, Mauricio e
Mario, pelo companheirismo durante esta etapa da minha vida.
Finalmente, a todas as pessoas que me ajudaram, direta ou indiretamente, mesmo
que por um instante, durante esta caminhada.
VI
Epígrafe
“Quando da minha viagem a bordo do H. M. S. Beagle, na condição de naturalista,
fiquei deveras impressionado com certos fatos relativos à distribuição dos seres vivos
existentes na América do Sul e às relações geológicas entre a fauna e a flora atual e
extinta de tal continente.”
Charles Darwin
“Ninguém pode, dizia Heráclito, tomar banho duas vezes no mesmo rio, porque o rio de
ontem não é o rio de hoje e não será de amanhã. Esta é a concepção mais exata da
Relatividade: tudo flui, nada para.”
Albert Einstein
“Uma das concepções filosóficas mais importantes do budismo deriva daquilo que é
conhecido como teoria da vacuidade. Em seu coração está o profundo reconhecimento
de que existe uma disparidade fundamental entre o modo como percebemos, inclusive
nossa existência dentro dele, e o modo como as coisas realmente são.”
Sua Santidade, Dalai Lama
VII
Resumo
O estudo realizado teve como principal objetivo analisar as características dos
sedimentos superficiais de fundo, atuantes localmente, no complexo recifal de
Maracajaú e no canal de São Róque, sob diferentes aspectos: composição biogênica,
concentração de carbonato de cálcio e granulometria do sedimento. Os resultados
apresentaram as variações no sedimento superfícial do fundo marinho quanto à
Biofácies, Análise Granulométrica, Classificação Faciológica e Classificação de
Rodólitos. Observou-se claramente diferentes padrões sedimentológicos existentes nos
recifes e no canal localizado entre os recifes e a costa, refletido em todos os parâmetros
levantados, revelando um ambiente carbonático, com predomínio de algas calcárias,
associadas a um substrato inconsolidado com granulação grossa. Enfatiza-se a
contribuição das algas calcárias na produção de sedimentos carbonáticos, com alguma
influência de foraminíferos próximos à costa. A distribuição granulométrica apresentou
resultados importantes na classificação dos sedimentos. Os sedimentos de tamanho
médio se restringiram no canal numa área protegida pelos recifes, enquanto que o
sedimento com granulação grossa se distribuiu no restante da área, cobrindo parte da
crista e toda região frontal do recife, além de uma região mais ao sul do canal. Rodólitos
elípticos se distribuiram em quase toda área, excluindo apenas uma região ao sul do
canal e protegido pelos recifes com predomínio de rodólitos discoidais. O predomínio
de rodólitos elípticos com pouca ou nenhuma ramificação permite inferir um ambiente
de alta energia hidrodinâmica, e a presença de rodólitos discoidais exclusivamente nos
pontos ao norte do canal de São Roque e protegidos pelos Recifes possivelmente
delimita uma área de menor hidrodinâmica. O presente trabalho constitui mais uma
contribuição para o entendimento das características sedimentológicas atuantes
localmente nos ambientes recifais, em especial os Parrachos de Maracajaú, em virtude
de seu complexo ecossistema composto por uma diversidade de fauna e flora, ainda
pouco estudadas no Brasil, contrapondo ao crescimento acelerado de extrações e
usufrutos dos recursos naturais causando impactos muitas vezes irreversíveis ao meio
ambiente.
Palavras-chaves: Sedimentologia, complexo recifal, depósitos de carbonatos recentes,
Rio Grande do Norte.
VIII
Abstract
The study carried out in the environment of Maracajaú reef an São Roque channel, had
as main objective to analyze the characteristics of sediments active locally expressed in
the grains, through collections of sediments in the field, technical processing and data
analyzes of sediments. Data processing were made on three main aspects: biotic
composition, concentration of calcium carbonate and particle size of the sediment.
Differences between the sediments of the reefs and channel were observed. It was
emphasized the contribution of algae limestone in the production of carbonate, with
some influence of foraminifera near the coast. The particle size distribution presented
significant results for the understanding of locally sedimentary deposits. The results
showed an environment of carbonate, with predominance of algae limestone, associated
to unconsolidated sediments with gross granularity, besides the presence of rhodoliths
in all samples.The fragmentation of biotic components and the prevalence of elliptical
rhodoliths with little or no branch, indicate an environment of high energy
hydrodynamics. This work is a further contribution to the understanding of
sedimentology active locally in reef environments, in particular the of Maracajaú reef,
by virtue of their complex ecosystem composed of a diversity of wild fauna and flora
that still little studied in Brazil comparing to accelerated growth of teeth extractions and
usufructs of natural resources causing often irreversible impacts to the environment.
Key-words: Sedimentology, reef environment, recente carbonate mound, Rio Grande
do Norte.
IX
Índice
Agradecimentos .............................................................................................................. IV Epígrafe .......................................................................................................................... VI Resumo .......................................................................................................................... VII Abstract ......................................................................................................................... VIII Índice .............................................................................................................................. IX Lista de Figuras ................................................................................................................ X Lista de Tabelas ........................................................................................................... XIV 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1 2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 3
2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 3 2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 3
3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 4 3.1 Area de Estudo ................................................................................................. 6 3.2 Planejamento de Campo ................................................................................. 17 3.3 Amostragem ................................................................................................... 17 3.4 Pré-tratamento das Amostras .......................................................................... 19 3.5 Tratamento das Amostras ............................................................................... 19 3.6 Processamento dos Dados .............................................................................. 22
4 RESULTADOS ...................................................................................................... 30 4.1 Análise Táctil-visual ....................................................................................... 30 4.2 Composição Biogênica dos Sedimentos ......................................................... 32 4.3 Concentração de Carbonato de Cálcio ........................................................... 444.4 Análise Granulométrica .................................................................................. 48 4.5 Classificação Faciológica ............................................................................... 57 4.6 Granulometria dos Rodólitos .......................................................................... 64 4.7 Classificação dos Rodólitos ............................................................................ 70
5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 74 6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 78 7 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 79 8 ANEXOS ................................................................................................................ 85
8.1 Anexo 1 – Fotos .............................................................................................. 85 8.2 Anexo 2 – Gráficos ....................................................................................... 101 8.3 Anexo 3 - Tabelas ......................................................................................... 131 8.4 Anexo 4 – Programação ............................................................................... 150
X
Lista de Figuras
Figura 1: Fluxograma metodológico. ............................................................................... 5 Figura 2: Localização da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais. ............... 7 Figura 3: Características gerais da área de estudo. ........................................................... 8 Figura 4: Perfil batimétrico perpendicular à linha de costa central aos Parrachos de Maracajaú (modificado de Amaral et al., 2005). .............................................................. 9 Figura 5: Principais feições do tipo de fundo do complexo recifal de Maracajaú: Fanerógamas Marinhas (FM), Fundo Arenoso (FA), Recifes Submersos (RS) e Recifes Intermarés (RI) (modificado de Amaral et al. 2005). ..................................................... 10 Figura 6: Variação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) sob influência das zonas de alta pressão (A) do Atlântico Sul (a) e Atlântico Norte (b). ............................ 14 Figura 7: Bacia Hidrográfica do rio Maxaranguape (Fonte: SEMARH) ....................... 15 Figura 8: Corrente superficial do oceano Atlântico Tropical: Corrente Equatorial Norte (CEN), Contra-Corrente Equatorial Norte (CCEN), Corrente Equatorial Sul (CES) e suas ramificações norte (n) central (c) e sul (s) (Lumpkin & Garzoli, 2005)................. 16 Figura 9: Mapa dos 30 pontos amostrais coletados, enfatizando os seis perfis (P1, P2, P3, P4, P5 e P6). ............................................................................................................. 18 Figura 10: Sistema de coleta de sedimento do tipo draga de arrasto. ............................. 18 Figura 11: Composição biogênica total do sedimento. .................................................. 32 Figura 12: Abundância relativa (%) da composição biogênica do sedimento de cada ponto amostral. ............................................................................................................... 33 Figura 13: Abundância relativa das Algas Calcárias (%), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ........................................................................ 35 Figura 14: Abundância relativa (%) do filo Rhizopoda (Foraminíferos), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ................................................................ 36 Figura 15: Abundância relativa de Gastrópodas, do filo Mollusca (%), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ................................................................ 37 Figura 16: Abundância relativa (%) das Bivalvias, do filo Mollusca, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ........................................................................ 38 Figura 17: Abundância relativa (%) do filo Porifera (Espículas de Esponjas), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ...................................................... 39 Figura 18: Abundância relativa (%) dos Echinodermatas, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ........................................................................ 40 Figura 19: Análise de Componentes Principais da abundância relativa dos sedimentos biogênicos, destacando os grupos similares quanto a Alga Calcária (Alg), filo Rhizopoda (For), classe Gastrópoda (Gas), filo Porifera (Esp) e filo Echinodermata (Eq). ................................................................................................................................ 42 Figura 20: Dendograma da Análise de Agrupamento utilizando os dados dos componentes bióticos do sedimento, destacando os grupos similares quanto a Alga Calcária (Alg), filo Rhizopoda (For) e filo Porífera (Esp). ............................................ 43 Figura 21: Análise da variação superficial da biofácies do sedimento........................... 44 Figura 22: Concentração de carbonato de cálcio (%), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ............................................................................................. 46 Figura 23: Comparação entre a concentração de carbonato de cálcio e algas calcárias obtidas das médias dos perfis. ........................................................................................ 47 Figura 24: Concentração de carbonato de cálcio calculado utilizando o ataque com ácido (HCl) e triagem do grão. ................................................................................................. 47
XI
Figura 25: Gráficos dos resultados estatísticos, tendência central (phi), desvio do padrão (phi), assimetria e curtose, de todos os Pontos Amostrais. ............................................ 49 Figura 26: Análise da Moda, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). .................................................................................................................................. 51 Figura 27: Análise da Mediana, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). .................................................................................................................................. 52 Figura 28: Análise da Média, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). .................................................................................................................................. 53 Figura 29: Análise do Grau de Seleção, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ................................................................................................................. 54 Figura 30: Análise da Assimetria, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ................................................................................................................. 55 Figura 31: Análise da Curtose, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). .................................................................................................................................. 56 Figura 32: Distribuição granulométrica da Freqüência Simples dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)). ............................................................................... 59 Figura 33: Distribuição granulométrica da Freqüência Acumulada aritmética (a) e logarítmica (b) dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)). ............................ 60 Figura 34: Análise de Componentes Principais dos dados de granulometria dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)). ............................................................................. 62 Figura 35: Dendograma da Análise de Agrupamento dos dados de granulometria dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)). ................................................. 63 Figura 36: Distribuição espacial da Classificação Faciológica quanto à média e o grau de seleção. ....................................................................................................................... 64 Figura 37: Gráficos das dimensões dos rodólitos presentes em cada PA. ...................... 65 Figura 38: Diâmetro médio dos rodólitos (cm), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). .................................................................................................. 67 Figura 39: Volume médio (cm3) dos rodólitos vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). .................................................................................................. 68 Figura 40: Esfericidade média dos rodólitos, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). .................................................................................................. 69 Figura 41: Análise de Componentes Principais dos dados dos eixos dos rodólitos destacando os pontos similares quanto ao Diâmetro (D), Esfericidade (Esf) e classificação Discoidal Laminar Fino (DLf). ................................................................. 71 Figura 42: Dendograma da Análise de Agrupamento dos dados dos eixos dos rodólitos destacando os pontos similares quanto ao Diâmetro, maior e menor, do que dois centímetros (Dma e Dme), Esfericidade (Esf) e a classificação Discoidal Laminar Fina (DLf). .............................................................................................................................. 72 Figura 43: Distribuição superficial das classificações dos rodólitos. ............................. 73Figura 44: Fotos ponto amostral 01. ............................................................................... 85 Figura 45: Fotos ponto amostral 02. ............................................................................... 85 Figura 46: Fotos ponto amostral 03. ............................................................................... 86
XII
Figura 47: Fotos ponto amostral 04. ............................................................................... 86 Figura 48: Fotos ponto amostral 05. ............................................................................... 87 Figura 49: Fotos ponto amostral 06. ............................................................................... 87 Figura 50: Fotos ponto amostral 07. ............................................................................... 88 Figura 51: Fotos ponto amostral 08. ............................................................................... 88 Figura 52: Fotos ponto amostral 09. ............................................................................... 89 Figura 53: Fotos ponto amostral 10. ............................................................................... 89 Figura 54: Fotos ponto amostral 11. ............................................................................... 90 Figura 55: Fotos ponto amostral 12. ............................................................................... 90 Figura 56: Fotos ponto amostral 13. ............................................................................... 91 Figura 57: Fotos ponto amostral 14. ............................................................................... 91 Figura 58: Fotos ponto amostral 15. ............................................................................... 92 Figura 59: Fotos ponto amostral 16. ............................................................................... 92 Figura 60: Fotos ponto amostral 17 ................................................................................ 93 Figura 61: Fotos ponto amostral 18. ............................................................................... 93 Figura 62: Fotos ponto amostral 19. ............................................................................... 94 Figura 63: Fotos ponto amostral 20. ............................................................................... 94 Figura 64: Fotos ponto amostral 21. ............................................................................... 95 Figura 65: Fotos ponto amostral 22. ............................................................................... 95 Figura 66: Fotos ponto amostral 23. ............................................................................... 96 Figura 67: Fotos ponto amostral 24. ............................................................................... 96 Figura 68: Fotos ponto amostral 25. ............................................................................... 97 Figura 69: Fotos ponto amostral 26. ............................................................................... 97 Figura 70: Fotos ponto amostral 27. ............................................................................... 98 Figura 71: Fotos ponto amostral 28. ............................................................................... 98 Figura 72: Fotos ponto amostral 29. ............................................................................... 99 Figura 73: Fotos ponto amostral 30. ............................................................................... 99 Figura 74: Artículos de algas calcárias. ........................................................................ 100 Figura 75: Testas de foraminíferos. .............................................................................. 100 Figura 76: Conchas de moluscos da classe Gastrópoda. .............................................. 100 Figura 77: Conchas de moluscos da classe Bivalvia. ................................................... 100 Figura 78: Espículas de esponjas, bolacha do mar e espinho de ouriço. ...................... 100 Figura 79: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 01. ................................... 101 Figura 80 Distribuição Granulométrica do ponto amostral 02. .................................... 101 Figura 81: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 03. ................................... 102 Figura 82: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 04. ................................... 102 Figura 83: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 05. ................................... 103 Figura 84: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 06. ................................... 103 Figura 85: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 07. ................................... 104 Figura 86: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 08. ................................... 104 Figura 87: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 09. ................................... 105 Figura 88: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 10. ................................... 105 Figura 89: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 11. ................................... 106 Figura 90: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 12. ................................... 106 Figura 91: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 13. ................................... 107 Figura 92: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 14. ................................... 107 Figura 93: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 15. ................................... 108 Figura 94: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 16. ................................... 108 Figura 95: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 17. ................................... 109 Figura 96: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 18. ................................... 109
XIII
Figura 97: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 19. ................................... 110 Figura 98: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 20. ................................... 110 Figura 99: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 21. ................................... 111 Figura 100: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 22. ................................. 111 Figura 101: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 23. ................................. 112 Figura 102: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 24. ................................. 112 Figura 103: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 25. ................................. 113 Figura 104: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 26. ................................. 113 Figura 105: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 27. ................................. 114 Figura 106: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 28. ................................. 114 Figura 107: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 29. ................................. 115 Figura 108: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 30. ................................. 115 Figura 109: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 01. . 116 Figura 110: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 02. . 116 Figura 111: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 03. . 117 Figura 112: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 04. . 117 Figura 113: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 05. . 118 Figura 114: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 06. . 118 Figura 115: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 07. . 119 Figura 116: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 08. . 119 Figura 117: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 09. . 120 Figura 118: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 10. . 120 Figura 119: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 11. . 121 Figura 120: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 12. . 121 Figura 121: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 13. . 122 Figura 122: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 14. . 122 Figura 123: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 15. . 123 Figura 124: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 16. . 123 Figura 125: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 17. . 124 Figura 126: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 18. . 124 Figura 127: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 19. . 125 Figura 128: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 20. . 125 Figura 129: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 21. . 126 Figura 130: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 22. . 126 Figura 131: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 23. . 127 Figura 132: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 24. . 127 Figura 133: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 25. . 128 Figura 134: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 26. . 128 Figura 135: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 27. . 129 Figura 136: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 28. . 129 Figura 137: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 29. . 130 Figura 138: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 30. . 130 Figura 139: Teste de mesa do programa de análise granulométrica............................. 161 Figura 140: Resultados estatísticos do Programa GRADISTAT com os pontos amostrais 27 e 29. ......................................................................................................................... 162
XIV
Lista de Tabelas
Tabela 1: Classificação de Rodólitos (Bosence, 1983a)................................................. 22 Tabela 2: Classificação dos sedimentos segundo a escala Wentworth (1922) apud Suguio (1973). ................................................................................................................ 23 Tabela 3: Limites de classificação do Grau de seleção. ................................................. 25 Tabela 4: Limites de classificação da assimetria. ........................................................... 26 Tabela 5: Limites de classificação da curtose. ............................................................... 27 Tabela 6: Análise táctil-visual das amostras de sedimento. ........................................... 30 Tabela 7: Valores das Explicabilidades. ......................................................................... 42 Tabela 8: Classificação Faciológica das amostras de sedimento. .................................. 58 Tabela 9: Valores das Explicabilidades. ......................................................................... 62 Tabela 10: Classificações médias dos rodólitos segundo Bosence (1983a). .................. 70 Tabela 11: Valores das Explicabilidades. ....................................................................... 72 Tabela 12: Informações gerais da coleta de sedimento. ............................................... 131 Tabela 13: Dados levantados na triagem do grão ......................................................... 132 Tabela 14: Componentes biogênicos do sedimento. .................................................... 133 Tabela 15: Porcentagem de carbonato de cálcio calculado através do método do ataque com ácido e triagem do grão. ....................................................................................... 134 Tabela 16: Granulometria do sedimento em gramas. ................................................... 135 Tabela 17: Distribuição da freqüência granulométrica e freqüência acumulada do sedimento. ..................................................................................................................... 136 Tabela 18:Resultado dos percentis calculados. ............................................................ 138 Tabela 19: Resultados estatísticos do sedimento. ......................................................... 139 Tabela 20: Freqüência simples do sedimento (Classificação Wentworth). .................. 140 Tabela 21: Medidas e classificações dos rodólitos. ...................................................... 141 Tabela 22: Medidas e Classificações médias dos rodólitos. ......................................... 149
1
1 INTRODUÇÃO
O ambiente recifal é considerado um dos ecossistemas mais ricos do planeta,
sustentando uma grande associação de organismos, destacando-se pela sua riqueza
taxonômica, diversidade de formas, hábitos de vida, comportamento e relações
ecológicas. A alta variedade de espécies favorece a ocupação dos indivíduos em
diferentes nichos ecológicos, sendo importante para a manutenção do ecossistema uma
vez que esta característica tem papel fundamental na resiliência dos recifes de corais
(Nyström et al. 2000, McClanahan et al. 2002, Scheffer et al. 2001).
Em termos sedimentológicos, o ambiente recifal é mais adequadamente
chamado de complexo recifal, pois, além do recife propriamente dito, abrange também
as fácies associadas aos flancos recifais e às zonas inter-recifais (Suguio, 2003).
Os recifes podem ser importantes como áreas de desova, berçário, procriação e
alimentação de uma infinidade de organismos. Protegem a linha de costa contra a ação
das ondas e correntes, evitando a ocorrência de erosões costeiras e tem um papel
significativo no balanço de cálcio no mundo todo (Moberg & Folke, 1999).
Os recifes são constituídos principalmente por algas e corais. As algas vermelhas
calcárias podem ser de igual ou maior importância, sobretudo na face marinha do recife,
uma vez que são mais aptas a tolerar a ação das ondas. Essas algas contribuem, não
somente para a estrutura do recife, como também para sua produção primária (Odum,
2004).
O sedimento produzido pelas algas calcárias e animais com conchas ou
esqueletos calcários contribuem diretamente na composição das partículas do
sedimento. O principal controlador do sistema deposicional do carbonato e da geometria
da plataforma carbonática são o clima e a profundidade do oceano. O clima controla a
temperatura e a salinidade da água e a energia de onda do ambiente. Em baixas
latitudes, onde temperaturas das águas rasas são constantemente acima de 20°C e
salinidade entre 32 e 40, a produção de sedimento carbonático é variada,
compreendendo de algas calcárias, corais simbiônticos e moluscos (Reading, 1996). A
taxa de crescimento das algas coralinas é diretamente proporcional ao aumento da
temperatura das águas (Coutinho, 1981). A profundidade e a turbidez do oceano
influenciam na intensidade de luz. Na chamada “zona de saturação de luz” (10 – 20 m),
2
a luz não é um fator limitante e pouco influencia na produção orgânica neste espaço de
profundidade (Reading, 1996).
Sedimentos carbonáticos costeiros são modificados e depositados por uma ampla
cadeia de organismos não calcários, na qual os efeitos são quebras, re-distribuição ou
re-texturização do sedimento. Substratos carbonáticos podem ser enfraquecidos ou
mesmo destruídos por uma variedade de organismos incluindo micro-esponjas, algas,
fungos, e pastagem de organismos maiores, raspadores e comedores de rocha
carbonática. Estas bio-erosões são fatores críticos na destruição de recifes. Depósito,
resultante da alimentação de organismos comumente agregados às lamas carbonáticas
de pelotas fecais, é outro componente relevante dos depósitos carbonáticos. Organismos
escavadores são importantes na mistura dos sedimentos e mudança do ambiente
deposicional original (Reading, 1996).
Os sedimentos carbonáticos apresentam uma granulometria bem variada, de
cascalho à lama calcária (Tinoco, 1989).
Fácies marinha são depósitos sedimentares acumulados nos oceanos
determinados pelas condições ambientais (Guerra, 1978; Suguio, 1998). A fácies
consiste na soma das características do tipo de depósito (Mabesoone, 1968; Whitten &
Broks, 1983). Os parâmetros ou aspectos a serem considerados para estudos da fácies
podem ser resumidos em: geometria do depósito, litologia, estruturas sedimentares,
padrão de paleocorrentes e fósseis (Tinoco, 1974; Suguio, 2003).
O aspecto paleontológico (assembléia de fósseis) do sedimento permite
distinguir as Biofácies (Whitten & Brooks, 1983; Suguio, 1992). O termo Litofácies é
utilizado para as características físicas e químicas do sedimento (Reading, 1989).
O presente trabalho descreve as características sedimentológicas que ocorrem na
plataforma rasa do complexo recifal, chamado localmente de Parrachos de Maracajaú, e
um canal entre os recifes e a costa, denominado de São Roque.
A área de estudo está inserida numa Área de Proteção Ambiental, denominada
APA dos Recifes de Corais. As Áreas de Proteção Ambiental (APA's) são unidades de
conservação destinadas a proteger e conservar a qualidade ambiental e os sistemas
naturais ali existentes, visando a melhoria da qualidade de vida da população local e
também objetivando a proteção dos ecossistemas regionais (Resolução CONAMA,
1988).
As APA’s se destacam das demais unidades de preservação pela demonstração
de formas concretas de desenvolvimento sócio-econômicos, em harmonia com os
3
princípios ecológicos e as normas de preservação ambiental. Em suma, o processo de
gestão direcionado pela criação de um espaço ideal para as práticas de Desenvolvimento
Sustentável (Franco, 1997).
O presente trabalho demonstra ser uma importante ferramenta para ampliar o
conhecimento das características sedimentológicas da APA, além de ser um
componente importante, em conjunto com estudos multidisciplinares, para auxiliar nas
decisões no manejo deste importante e complexo ecossitema.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Caracterização dos sedimentos superficiais da plataforma marinha rasa entre o
ambiente recifal de Maracajaú e o canal de São Roque.
2.2 Objetivos Específicos
1. Fazer o levantamento bibliográfico relevante à área de estudo;
2. Realizar o planejamento prévio à coleta de campo;
3. Realizar coletas de sedimento em pontos amostrais;
4. Descrever visualmente as características dos sedimentos coletados;
5. Analisar a composição biogênica do sedimento coletado;
6. Determinar a concentração de carbonatos no sedimento;
7. Desenvolver e executar a análise granulométrica e a classificação faciológica
dos sedimentos coletados;
8. Analisar as similaridades entre os pontos amostrais;
9. Descrever as características espaciais dos sedimentos.
4
3 MATERIAIS E MÉTODOS
O Presente trabalho foi realizado no Departamento de Geologia – UFRN, nos
seguintes laboratórios: Laboratório de Sedimentologia, Laboratório de Microscopia de
Pesquisa e Laboratório de Estudos Geoambientais. A Metodologia adotada envolve seis
etapas principais e dezesseis subdivisões (Figura 1).
A pré-amostragem envolve o levantamento bibliográfico relevante à área de
estudo e o planejamento da coleta de campo (definição da quantidade de pontos
amostrais, arranjo amostral, forma de coleta, tipos de equipamentos, etc.). A
amostragem se baseou na coleta de amostras de sedimentos em pontos pré-
determinados. No pré-tratamento foram realizadas cinco etapas, envolvendo a lavagem,
secagem, fotografia, análise táctil-visual e quarteamento da amostra. O tratamento dôo
sedimento foi realizado de três maneiras: triagem, ataques com ácido e granulometria. O
processamento consistiu no manejo dos dados utilizando técnicas estatísticas, para
distinção de grupos similares quanto às características sedimentológicas e análises
espaciais das características levantadas. E finalmente os resultados irão descrever as
características observadas no âmbito da sedimentologia.
5
Figura 1: Fluxograma metodológico.
Am
ostragemP
ré-tratamento
Tratam
entoProcessam
entoR
esultadosP
ré-am
ostragem
Interpretação e Caracterização
Sedimentológica
Análise Espacial
Triagem Porcentagem de CaCO3
Granulometria
Análise Granulométrica
Classificação Faciológica
Análise Multivariada
Coleta de campo
Secagem
Fotografia
Análise Táctil visual
Quarteamento
Lavagem
Planejamento
Revisão bibliográgfica
6
3.1 Area de Estudo
3.1.1 Aspectos Gerais
Após a separação entre o continente Sul-Americano e a África e a subseqüente
conexão do oceano Atlântico (Norte e Sul) na idade Cenomaniana do Período Cretáceo
(95 milhões de anos atrás), a composição da fauna e flora marinha passou a depender
principalmente das transgressões iniciadas neste tempo (Rand & Mabesoone, 1982).
O limite entre zonas biogênicas na plataforma nordestina parece ter variado em
função da ultima transgressão Holocênica (França et al. 1976; Coutinho, 1981; Barbosa,
1987/89). Isso se torna mais evidente no limite entre as fácies terrígena e carbonática,
onde as algas já iniciaram a ocupação de depósitos regressivos de areia quartzoza
compacta (França et al. 1976). Na região de Touros, o auge da transgressão ocorreu por
volta de 5200 anos (calib.) atrás, chegando a ultrapassar dois metros acima do nível
médio atual (Bezerra, et al. 1998; Caldas et al. 2006) e o crescimento dos recifes de
corais atuais iniciou-se há pelo menos 7.220 anos (calib.) concomitante ao fato
verificado em outras partes do mundo (Suguio, 2003).
Atualmente uma extensa área de ambientes recifais de águas rasas pode ser
observada na plataforma continental brasileira, em especial na região Nordeste. Esta
característica resulta da existência de uma plataforma rasa, com águas de elevada
salinidade e relativamente quentes. A predominância de um clima semi-árido no
continente ocasiona em um reduzido fornecimento de material terrígeno à plataforma, o
que possibilita a existência de um substrato duro, adequado à fixação de uma epifauna.
Finalmente, a pouca quantidade de corais hermatípicos, deixa livre grande parte do
substrato favorecendo o desenvolvimento das algas calcárias que são os principais
constituintes orgânicos dos sedimentos carbonáticos encontrados na plataforma do
Nordeste (Martins & Coutinho, 1981; Coutinho, 1981; Barbosa, 1987/89).
Com a subida do nível do mar, a única contribuição terrígena atual que chega à
plataforma é o material pelítico transportado pelos rios. Não mais se verifica transporte
de areia pelos rios e o material proveniente da erosão costeira permanece na zona
litorânea. Nos últimos anos, a erosão nessa zona está se tornando mais intensa,
evidenciada pelo ataque às praias e pelo afogamento dos estuários. A falta de
sedimentação terrígena recente torna o material carbonático a fonte primária de
sedimentos modernos para as plataformas (Coutinho, 1981).
7
3.1.2 Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais
A APA dos Recifes de Corais foi criada pelo Governo do Estado do Rio Grande
do Norte, através do Decreto Estadual n°15.476, de 06/06/2001. É de propriedade da
União e foi cedida ao Governo do Estado sob a responsabilidade do IDEMA. Esta área
corresponde à região marinha que abrange a faixa costeira dos municípios de
Maxaramguape, Rio do Fogo e Touros com 180.000 hectares, com o objetivo de
Proteger a biodiversidade e a vida marinha presente na área com ocorrência de recifes e
suas adjacências (IDEMA, 2001).
Caracteriza-se por apresentar um complexo de recifes (Figura 2), na qual se
observa quatro feições importantes: Parrachos de Maracajaú, Parrachos do Rio do Fogo,
Parrachos do Cação e Parrachos do Cioba (Santos, et al., 2007).
Figura 2: Localização da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais.
8
3.1.3 Localização da Área de Estudo
O presente estudo abrange basicamente os Parrachos de Maracajaú e o canal
existente entre os recifes e a costa, denominado de São Roque. Localizados entre as
coordenadas 5°20’S, 35°17’W e 5°26’S, 35°14’W, em frente à praia de Maracajaú, no
município de Maxaranguape, Rio Grande do Norte (Figura 3).
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km ´
Praia de Maracajaú
Parrachos de Maracajaú
Canal de
São
Roque
Contorno dos recifes
Continente
Figura 3: Características gerais da área de estudo.
9
3.1.4 Geomorfologia
O Parracho de Maracajaú é o maior complexo recifal da APA dos Recifes de
Corais com, aproximadamente, 9 km de extensão e 3 km de largura. É um corpo de
arenito recoberto por rochas biogênicas classificado como tipo franja (Amaral et al.,
2005). Este tipo de recife caracteriza-se por ser paralelo à linha de costa, apresentando
um canal entre eles, e seu topo tem forma mais ou menos tabular sendo parcialmente
exposto (emerso) durante a maré baixa (Suguio, 2003).
Pode-se subdividir o complexo recifal em canal, retro-recife, crista e recife
frontal (Figura 4).
Figura 4: Perfil batimétrico perpendicular à linha de costa central aos Parrachos de Maracajaú (modificado de Amaral et al., 2005).
O canal de São Roque, presente entre o recife e a costa, apresenta uma largura de
aproximadamente quatro quilômetros e sua profundidade não ultrapassa a dez metros. O
retrorecife é a região voltada para a costa que normalmente sofre menos com o impacto
das ondas devido à proteção exercida pela crista e pelo recife frontal. A crista
permanece a uma profundidade média inferior a cinco metros e durante as marés baixas
fica parcialmente exposta (Lima, 2002; Amaral et al. 2005; Santos et al. 2007).
A região compreendida entre o retrorecife e a crista apresenta basicamente
quatro tipos de feições do substrato bem distintas (Figura 5): Recife submerso (RS),
Recife intermarés (RI), Fundo arenoso (FA) e as Fanerógamas marinhas (FM) (Amaral
et al. 2005). Observa-se uma alta rugosidade na região dos Recifes (RS e RI), e a área
de Fanerógamas Marinhas (FM) encontra-se associada a um sedimento de granulação
areia e lama (Martinez, 2008).
10
Figura 5: Principais feições do tipo de fundo do complexo recifal de Maracajaú: Fanerógamas Marinhas (FM), Fundo Arenoso (FA), Recifes Submersos (RS) e Recifes Intermarés (RI) (modificado de Amaral et al. 2005).
3.1.5 Sedimentologia
A plataforma continental brasileira representa, a nível global, a maior extensão
coberta por sedimentos carbonáticos (Dias, 2000). São representados por areia e
cascalho formado por artículos, fragmentos e restos de algas calcárias ramificadas ou
maciças, com predominância de artículos de Halimeda em alguns locais. Contudo, em
pequenas depressões topográficas da plataforma ou zonas protegidas pelos recifes,
acumulam-se lamas calcárias e terrígenas ricas em matéria orgânica (Kempf et. al.,
1970; Martins & Coutinho, 1981).
Os sedimentos presentes no ambiente recifal de Maracajaú são essencialmente
carbonáticos (a maioria com mais de 80% de carbonato de cálcio) compostos por
material grosso a médio (fragmentos de conchas e restos de carapaças de organismos
marinhos) podendo ser encontrado lama terrígena em pequena quantidade (Amaral,
2002; Lima, 2002).
O teor de carbonato de cálcio (CaCO3) aumenta à medida que se aproxima dos
recifes. Próximo à linha de costa a composição de CaCO3 apresenta uma média de 74%,
no canal apresenta uma média de 85%, na borda interna dos recifes apresenta em média
11
90%, nos recifes o teor de CaCO3 ultrapassa 95% e nas bordas externas apresentam
94% em média (Lima, 2002).
3.1.6 Composição Biótica
A região oeste do oceano Atlântico tem a segunda maior biodiversidade de
comunidades recifais do Planeta (Moberg & Folke, 1999). Investigações de campo
realizadas na plataforma continental do estado do Rio Grande do Norte revelam que
esqueletos carbonáticos, particularmente onde vivem algas calcárias e moluscos, são
constantemente abastecidos, transportados e depositados junto à região. As algas
calcárias são produtoras de areia e cascalhos carbonáticos e dominam por toda a área,
enquanto os moluscos são abundantes em áreas protegidas (Testa et al., 1999).
3.1.6.1 Algas calcárias
A plataforma nordestina é caracterizada por uma importante e ativa produção
carbonática, que se traduz pela enorme extensão e homogeneidade dos fundos de algas
calcárias. Essa grande “floresta” de algas pode ser responsável pela diminuição das
condições de supersaturação das águas de CaCO3 devido à fixação do mesmo por parte
desses organismos, não havendo condições para precipitação não esqueletal (oólitos,
agregados, lumps) (Coutinho, 1981).
Vários anos de estudo da costa do nordeste do Brasil mostraram a importância
tomada pelas algas calcárias, principalmente pelas Rhodophytas da família
Corallinaceae. As Coralináceas são algas vermelhas que precipitam em suas paredes
celulares o CaCO3 e magnésio, sob a forma de cristais de calcita (Dias, 2000).
Apresentam-se sob a forma de nódulos e artículos ramificados livres. São
acompanhadas de areia e pequena fração de lama calcária, procedentes de sua própria
destruição. A classe Chlorophyceae também está bem representada principalmente pelo
gênero Halimeda, cujas espécies variam de acordo com as condições ecológicas.
Artículos de Halimeda estão presentes no substrato em quantidade variável, podendo,
em certos locais, chegar a ser dominantes (Kempf, 1967/69; Kempf et al., 1967/69;
Kempf, 1980).
12
Observa-se uma grande variação dos tipos morfológicos das algas calcárias em
função da profundidade de ocorrência e dos setores geográficos ao longo da plataforma
continental brasileira. (Dias 2000).
Silva (2006) realizou um levantamento de algas marinhas no Parracho de
Maracajaú constatando as seguintes espécies de algas Corallinaceae: Amphiroa
anastomosans (Weber Bosse), Amphiroa beauvoisii (J. V. Lamour), Haliptilon
subulatum (J. Ellis & Sol; H. W. Johans), Jania adhaerens (J. V. Lamour) e Jania
pumila (J. V. Lamour).
3.1.6.2 Moluscos
Foram registradas 45 espécies (sp.) de moluscos nos recifes de Maracajaú,
distribuídas nas classes Gastrópoda (37 sp.) e Bivalvia (9 sp.). Sendo a maior
diversidade de espécies registrada no habitat recifal (RI e RS), decorrente do aumento
da rugosidade do substrato. O que indica uma maior complexidade estrutural nos
recifes, aumentando significativamente a densidade e riqueza de moluscos. No entanto,
os valores de densidade e riqueza de espécies foram baixos para área estudada
(Martinez, 2008).
3.1.6.3 Foraminíferos
Um total de 25 gêneros e 51 espécies de foraminíferos bentônicos foi encontrado
em amostras de fundo de Maracajaú (Batista et al. 2007). As espécies dominantes foram
Amphistegina lessonii (d'Orbigny), Sorites marginalis (Lamarck), Quinqueloculina
lamarckiana (Haeckel), Quinqueloculina agglutinans (D'Orbigny), Peneroplis
carinatus (D'Orbigny) e Archaias angulatus. Além da primeira espécie citada, foram
encontradas mais quatro espécies típicas de recifes de coral: Discorbis mira (Cushman),
(Fichtel and Moll), Eponides repandus (Fichtel and Moll), Pyrgo elongata (D'Orbigny),
Siphonina pulchra (Cushman).
A dissolução e fragmentação presentes nas carapaças de foraminíferos
bentônicos indicam a presença de bioturbação e caracterizam um ambiente de alta
energia (Batista et al. 2007).
13
3.1.6.4 Corais
Um número reduzido de espécies de corais é encontrado nos recifes de
Maracajaú, limitando-se basicamente ao platô dos recifes. Sendo registradas as
seguintes espécies (Santos et al. 2007): Siderastrea stellata (Verrill), Agaricia fragilis
(Dana), Agaricia agaricites (Verrill), Porites astreoides (Lamark), Porites branneri
(Rathbun), Favia gravida (Verrill), Meandrina brasiliensis (Milne Edwards & Haime),
Mussimilia hartii (Verrill). E de hidróides calcários: Millepora alcicornis (Linn´e) e
Millepora brasiliensis (Verrill).
3.1.7 Aspectos Fisiográficos
3.1.7.1 Clima
A Região Nordeste do Brasil apresenta características climáticas extremamente
complexas, principalmente do ponto de vista pluviométrico. Os ventos são
predominantemente do quadrante Leste, proveniente do anticiclone do Atlântico Sul. O
domínio deste anticiclone mantém a estabilidade do tempo (Figura 6a), estando sujeito a
grandes períodos de seca, relacionada aos constantes alísios do anticiclone. Essa massa
estável se recua freqüentemente no outono para o oceano, quando a ZCIT desce para o
Hemisfério Sul propiciando chuvas frontais de sul e pseudo-frontais de leste (Figura 6b)
(Nilmer, 1989).
A ZCIT é proveniente dos ventos vindos do Hemisfério Norte encontrando-se
com os ventos oriundos do Hemisfério Sul. Com essa convergência, várias nuvens
convectivas freqüentemente aparecem. O resultado é uma maior ou menor banda de
nebulosidade sobre toda a região tropical, com largura de 500 Km. Não apresenta uma
continuidade ao redor do planeta, sofrendo interrupções principalmente sobre os
continentes. É sempre mais definida e intensa sobre os oceanos e consiste em uma faixa
de baixas pressões, sempre acompanhada de mau tempo. O fato dela oscilar
latitudinalmente, faz com que seja considerada o Equador Meteorológico (Ferreira,
2002).
No oceano Atlântico, a maior parte do ano a ZCIT está situada mais perto da
latitude de 5°N, no entanto, em simetria com os centros de alta pressão (A) dos dois
14
hemisférios, a ZCIT está constantemente oscilando nos sentido N-S, chegando à sua
posição mais meridional no outono (março-abril), podendo provocar chuvas até o
meridiano de 10°S (Nilmer, 1989).
Figura 6: Variação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) sob influência das zonas de alta pressão (A) do Atlântico Sul (a) e Atlântico Norte (b).
As correntes perturbadas de leste, causadas pela variação na altitude da inversão
térmica nas camadas atmosféricas da Zona de Alta Pressão do Atlântico Sul, também é
um fenômeno importante para a precipitação de chuvas no Nordeste (Nilmer, 1989).
Segundo dados de precipitação pluviométrica coletados no posto pluviométrico
da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (ENPARN) na
localidade de Natal, correspondente ao período de 1999 – 2007. A precipitação média
anual registrada é de 1554 mm. As maiores precipitações ocorrem de abril a julho, com
o mês de junho apresentando a maior média, 261 mm e as menores precipitações, 15,8
mm para o mês de novembro.
15
Caracteriza-se por um regime estacional típico das regiões de clima
mediterrâneo (Nilmer, 1989).
3.1.7.2 Recursos Hídricos
O Setor costeiro Touros – Natal caracteriza-se por apresentar rios intermitentes
sazonários, passando a perenes na proximidade da costa (Ab’Sáber, 2006). Destaca-se
na área de estudo uma maior influência da Bacia Hidrográfica do Rio Maxaranguape,
onde os principais afluentes são os Riachos Seco, da América e Riachão (Figura 7).
Figura 7: Bacia Hidrográfica do rio Maxaranguape (Fonte: SEMARH)
3.1.7.3 Oceanografia
A circulação oceânica do Rio Grande do Norte é dominada basicamente pela
Corrente Norte Brasileira (CNB) (Figura 8), onde tem sua origem em uma das três
ramificações da corrente Equatorial Sul (CESs) e flui em direção ao norte sempre ligada
à costa, alcançando uma profundidade de 1000 metros (Schott et al. 2005).
16
A CNB flui acima da densidade de 32,15 kg m-3 e o transporte da corrente varia
de 23 a 34 Sv (106 m3/s), e a média é 26,5 ± 3,7 Sv. Próximo à superfície existe um
fluxo de massa de água rasa de 3,4 ±1,6 Sv (Schot et al. 2005). Continuamente a CNB é
abastecida pela segunda ramificação da corrente CES (CESc) próximo á latitude 4°S,
36°W (55 – 60cm/s), onde ganha velocidade chegando a alcançar 78 – 88cm/s aos 3°S,
39°W (Lumpkin & Garzoli, 2005).
Figura 8: Corrente superficial do oceano Atlântico Tropical: Corrente Equatorial Norte (CEN), Contra-Corrente Equatorial Norte (CCEN), Corrente Equatorial Sul (CES) e suas ramificações norte (n) central (c) e sul (s) (Lumpkin & Garzoli, 2005).
As águas que banham as províncias nerítica e oceânica do Nordeste brasileiro
têm como característica serem quentes e pobres em sais nutrientes em função da
Corrente Equatorial Sul e da Corrente do Brasil (Ekau & Knoppers, 1999, apud Feitosa
& Bastos, 2007).
As águas da plataforma leste do Rio Grande do Norte são moderadamente
salinas (36 a 37) (França et al., 1976). A turbidez da água é geralmente alta,
principalmente na época chuvosa e ocorre alta visibilidade nas estações de primavera e
verão (Outubro a Março) (Maida & Ferreira 1997).
A temperatura da água no complexo recifal de Maracajaú varia pouco. Os
parâmetros hidrológicos como salinidade, transparência da água e material em
suspensão indicam haver influência terrígena, principalmente no período chuvoso. A
taxa de saturação de oxigênio dissolvido e as concentrações dos sais nutrientes
caracterizam um ambiente isento de poluição orgânica. Baseado em dados de
17
produtividade, biomassa e taxa de assimilação do fitoplâncton observa-se que o
ecossistema pelágico de Maracajaú varia de oligotrófico (nos parrachos) para eutrófico
(no canal próximo á costa) (Feitosa & Bastos, 2007).
3.2 Planejamento de Campo
O planejamento da coleta de sedimento em campo baseou-se na definição dos
Pontos Amostrais (PAs) com auxílio de imagem satélite georreferenciada e o programa
ArcGIS ESRI (2006).
Para o entendimento das características do sedimento atuantes na plataforma
rasa adjacente aos Parrachos de Maracajaú, adotou-se uma amostragem em série, com
trinta (30) pontos amostrais espaçados regularmente, com aproximadamente dois
quilômetros (Km) entre eles, abrangendo basicamente os recifes e o canal entre a costa e
os recifes. (Figura 9).
O arranjo amostral permitiu a análise de seis perfis (P1, P2, P3, P4, P5, P6)
perpendiculares à linha de costa, com cinco PAs em cada perfil. Os perfis P1 e P6
encontram-se fora da área com presença de recifes. Os perfis P2, P3, P4 e P5 abrangem
os recifes, sendo que, os dois primeiros PAs encontram-se protegidos pelos recifes,
sobre o canal entre os recifes e a costa, o terceiro PA encontra-se sobre os recifes na
região do retro-recife, o quarto PA encontra-se no limite entre a crista e a região frontal
dos recifes e o quinto PA encontra-se na área frontal dos recifes.
3.3 Amostragem
O trabalho de campo foi realizado utilizando uma embarcação equipada com
GPS manual e um sistema de draga de arrasto (Figura 10). As amostras coletadas foram
fotografadas e acondicionadas em sacos plásticos devidamente etiquetados.
18
P1
P2
P3
P4
P5
P6
0102
0304
05
0607
0809
10
1112
1314
15
1617
1819
20
2122
2324
25
2627
2829
30
35°12'0"W35°15'0"W35°18'0"W
5°18
'0"S
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S
0 21 Km´
Praia de Maracajaú
Pontos Amostrais
Continente
Contorno dos recifes
Figura 9: Mapa dos 30 pontos amostrais coletados, enfatizando os seis perfis (P1, P2, P3, P4, P5 e P6).
Figura 10: Sistema de coleta de sedimento do tipo draga de arrasto.
19
3.4 Pré-tratamento das Amostras
Imediatamente após a coleta as amostras foram lavadas para a remoção de sais,
utilizando recipientes contendo água destilada e subseqüente repouso para decantação
dos grãos. A água foi retirada por sucção através de uma mangueira e o sedimento
lavado novamente. Este processo é repetido por três vezes para completa retirada de sal.
Após a lavagem o sedimento foi encaminhado para uma estufa até a secagem
completa.
O Sedimento foi fotografado e realizado a Análise Táctil-visual. Esta análise
consistiu numa caracterização geral do sedimento de cada amostra quanto ao tamanho,
cor, textura e composição de grãos com o auxílio de máquina fotográfica digital, com
objetivo de auxiliar na decisão das metodologias a serem adotadas e na interpretação
dos resultados.
O quarteamento foi feito manualmente, despejando a amostra em uma superfície
lisa, dividindo a amostra, com auxílio de uma espátula, em quatro partes iguais e
separando as duas partes opostas; assim sucessivamente até que se alcance a pesagem
desejada.
3.5 Tratamento das Amostras
As amostras sofreram três tratamentos que envolvem a Triagem do grão,
Concentração de CaCO3 e Granulometria descritas a seguir.
3.5.1 Triagem do grão de sedimento
A triagem de cada amostra consistiu na identificação dos primeiros 200 grãos de
sedimento, menor do que quatro milímetros, encontrados ao acaso, com o auxílio de
lupa binocular, seguindo a metodologia adotada por Drooger & Kaschieter (1958) apud
Tinoco (1989).
Esta técnica permite determinar a abundância relativa de grupos taxonômicos
presentes nos sedimentos que resultam de atividade fisiológica de organismos,
denominados biogênicos (Tinoco, 1989). A variação do aspecto paleontológico
20
(assembléia de fósseis) do sedimento permite analisar as Biofácies (Whitten & Brooks,
1983; Suguio, 1992).
A identificação dos táxons encontrados no sedimento foi baseada em
bibliografia específica: Tinoco, (1958); Cimerman & Langer (1991); Hottinger et al.
(1993); Rios (1994); Matthews-Casconn & Lotufo (2006) e Matthews-Cascon &
Martins (2006).
Esta técnica também foi utilizada para avaliar a composição de CaCO3, através
da contagem dos grãos carbonáticos e não carbonáticos dos sedimentos, já identificados
na triagem, possibilitando a comparação com a metodologia que utiliza ataques com
ácido clorídrico.
3.5.2 Concentração de Carbonato de Cálcio
Este procedimento foi realizado seguindo a metodologia apresentada por Suguio
(1973). Dez gramas de cada amostra foram colocados em béqueres e adicionados o
ácido clorídrico (0,1 N). Aguardou-se um tempo, até que não houvesse mais reação do
ácido e formação de CO2. Após toda a eliminação do CaCO3, o material restante foi
colocado em um filtro e lavado com água até que a amostra fique completamente limpa.
O material foi seco, pesado e a concentração de CaCO3 calculado por diferença de peso.
Os resultados foram comparados com a concentração de CaCO3 quantificados
através da triagem, com o objetivo de avaliar as duas metodologias apresentadas.
3.5.3 Granulometria
O termo granulometria significa, literalmente, medida de tamanho dos grãos. Os
resultados são expressos sob a forma de uma escala de fração de tamanho de grãos
permitindo estabelecer uma expressão quantitativa da distribuição granulométrica
(Suguio, 1973).
A granulometria da fração de sedimento menor do que 4 milímetros baseou-se
no peneiramento mecânico de 100 gramas de cada amostra utilizando um agitador tipo
rot-up e um jogo de peneiras com malhas apresentando intervalo de 0,5 phi entre as
frações de tamanho (em milímetro: 2, 1.40, 1, 0.71, 0.5, 0.355, 0.25, 0.18, 0.125, 0.09,
21
0.063) e subseqüente pesagem do sedimento retido em cada malha seguindo a
metodologia proposta por Suguio (1973).
O sedimento com granulação grossa (maior que 4 milímetros) foi tratado
separadamente, conforme sugerido por Coutinho (1981) e Tinoco (1989), onde foi
utilizado a metodologia de caracterização de rodólitos adotada por Bosence (1983b).
Os Rodólitos são nódulos ou ramificações nodulares compostos principalmente
de algas calcárias (Bosence, 1983a). Os rodólitos de ambientes recifais podem ser
constituídos da mistura de algas calcárias junto com foraminíferos, moluscos,
briozoários e esponjas incrustantes (Bosence, 1983b).
Foi medido o tamanho de três eixos, ortogonais entre si, de cada rodólito: eixo
maior (Ma), eixo menor (Me) e eixo médio (Mo). A partir das três medidas foram
calculados os valores do diâmetro (D), unidade em cm, volume de um elipsóide (V),
unidade em cm3, e esfericidade (E) de cada rodólito medido.
A esfericidade é um índice desenvolvido por Metri (2006), onde, os rodólitos
que tendem a ser esféricos, isto é, com os três eixos (Ma, Me e Mo) com comprimentos
semelhantes, apresenta índice aproximado de um (1). Se o diâmetro do eixo maior (Ma)
for significativamente maior que os outros dois (>20% ou E > 1,2) considera-se que o
rodólito não é esférico.
Diâmetro:
3
MoMeMaD
++= 1
Volume do Elipsóide:
MoMeMaV ....3
4 π= 2
Esfericidade:
MoMe
MaE
+= .2
3
Os rodólitos foram classificados segundo Bosence (1983b) quanto a sua forma
(elipsoidal, esferoidal e discoidal) e quanto a sua estrutura (laminar, ramificado ou
colunar). A característica estrutural depende do crescimento das algas (Tabela 6).
22
Tabela 1: Classificação de Rodólitos (Bosence, 1983a) Forma Estrutura
1-Esferoidal (S) 2-Elipsoidal (E) 3-Discoidal (D)
1-Laminar (L) - Espessa (con) ou Fina (box) 2-Ramificada (B) - Classes I, II, III, IV
3-Colunar (C)
3.6 Processamento dos Dados
O processamento dos dados foi realizado em ambiente MatLab7 (2004),
disponibilizando resultados gráficos e estatísticos para classificação e caracterização
granulométrica. Foi realizada uma rotina, nomeado de AGRAN.m (ANEXO 4.1), para
processamento dos dados granulométricos disponibilizando resultados gráficos e
estatísticos para classificação e caracterização faciológica.
A rotina passou por exaustivos testes para avaliar a consistência do programa,
primeiramente o teste de mesa (ANEXO 4.2), que consiste na execução dos cálculos
manualmente (com auxílio de uma calculadora), etapa por etapa, de toda a rotina para
comparar com os resultados obtidos pelo programa, e finalmente, comparações com
algumas metodologias oferecidas no âmbito da sedimentologia: Blott & Pye (2001)
(ANEXO 4.3) e Lima et al. (2001).
3.6.1 Análise Granulométrica
Krubein (1934) apud Suguio (1973) propôs uma escala granulométrica
denominada de “phi” (Φ), e é relacionada com o tamanho do grão (d) em milímetros
(mm) através da equação descrita abaixo:
� d2log−=φ 4
A escala phi facilita a representação gráfica e manipulação estatística dos dados
da distribuição granulométrica (Blott & Pye, 2001).
Os dados levantados quanto à granulometria foram utilizados para realizar a
classificação (Tabela 2) segundo a escala de Wentworth (1922) apud Suguio (1973).
23
Tabela 2: Classificação dos sedimentos segundo a escala Wentworth (1922) apud Suguio (1973).
Intervalo Granulométrico Classificação Wentworth
mm phi 1024 -- 256 -10 a -8
Cas
calh
o Matacão 256 -- 64 -8 a -6 Bloco
64,00 – 4,00 -6 a -2 Seixo 4,00 – 2,00 -2 a -1 Grânulo 2,00 – 1,00 -1 a 0
Are
ia
Muito grossa 1,00 – 0,50 0 a 1 Grossa
0,50 – 0,250 1 a 2 Média 0,250 – 0,125 2 a 3 Fina
0,125 – 0,0625 3 a 4 Muito fina < 0,625 < 4 Silte e Argila��
A representação gráfica é um dos primeiros passos em uma interpretação de
quaisquer resultados de análises granulométricas de sedimentos. A maneira mais
simples de representar os resultados de análises granulométricas é por meio dos
histogramas, que apresentam a porcentagem do peso, em gramas, de cada classe
granulométrica. As curvas de freqüências simples são equivalentes a curvas de
contornos suaves desenhadas sobre os limites dos histogramas (Suguio, 1973).
As curvas de freqüências acumuladas são construídas com resultados de análises
granulométricas, de tal modo que, começando dos grãos mais grossos, as porcentagens
em peso da classe granulométrica mais fina seguinte são adicionadas à soma das
freqüências de partículas mais grossas anteriores. Sobre o eixo das abscissas os valores
das unidades Φ crescem da esquerda para a direita e no eixo das ordenadas os valores
representados pelas porcentagens em peso crescem de forma acumulativa (Suguio,
1973).
As curvas de freqüência acumulada que apresentam escala logarítmica nas
ordenadas, resultam em uma reta quando a distribuição dos dados é normal. Já uma
distribuição bimodal, ou polimodal, distinguem-se dois ou mais segmentos de reta
(Suguio, 1973).
Para expressar numericamente as diferenças entre as curvas são necessárias
medições estatísticas do sedimento. Os parâmetros de análise estatística são calculados
com base em dados extraídos graficamente das curvas de freqüência acumulada na
escala Φ e servem para caracterizar a curva no que diz respeito a sua tendência central,
grau de dispersão, grau de assimetria e grau de agudez dos picos. Os valores extraídos
para a análise são os diâmetros dos grãos referentes às porcentagens (P) 5, 16, 25, 50,
24
75, 84 e 95% expressas nos gráficos de freqüência acumulada logarítmica (Suguio,
1973).
Estes parâmetros foram obtidos através do método da interpolação linear
(funções que apresentam graficamente uma reta entre dois pontos) e semelhança de
triângulos (Teorema de Pitágoras) aplicados às porcentagens subseqüentes acima e
abaixo do valor referente à porcentagem a ser adquirida.
3.6.1.1 Tendência Central
As medidas de tendência central são, provavelmente, os parâmetros estatísticos
mais importantes. Em geral, esses valores caracterizam a classe granulométrica mais
freqüente, embora tal não suceda em curvas assimétricas. Essas medidas de tendência
central são denominadas médias e incluem: diâmetro modal, mediana e diâmetro médio
aritmético (Suguio, 1973).
A moda é a granulometria mais freqüente e pode ser especialmente útil para
decifrar a origem dos sedimentos, no estudo de fontes mistas de material com grande
significado genético (Suguio, 1973).
A mediana representa o valor da granulação no ponto correspondente a 50% da
distribuição sobre o gráfico de freqüência acumulativa, e define a granulometria que
separa a amostra em duas metades iguais.
O diâmetro médio fornece o valor do centro de gravidade da curva de
distribuição de freqüência.
Folk & Ward (1957) apud Suguio (1973) sugeriram uma forma de calcular o
diâmetro médio:
3165084 θθθμφ
++= 5
Do ponto de vista sedimentológico a granulação média de um sedimento é de
interesse porque indica a ordem de magnitude dos tamanhos das partículas. Curvas de
valores de granulometrias médias em função da distância podem mostrar as leis que
regem essas relações. Do mesmo modo podem ser construídos mapas mostrando
25
variações da granulação média dentro de um determinado ambiente, para ser usado
como base no raciocínio geológico sobre as causas dessas variações (Suguio, 1973).
3.6.1.2 Desvio Padrão
O desvio padrão pode ser usado como uma medida de dispersão, que significa a
tendência de os grãos se distribuírem em torno do valor médio (Suguio, 1973).
Folk & Ward (1957) apud Suguio (1973) sugeriram o uso de uma medida de
seleção dada pela fórmula:
6,6405951684 θθθθσ φ
−+
−= 6
As escalas qualitativas para descrição do grau de seleção são descritas na Tabela
3.
Tabela 3: Limites de classificação do Grau de seleção. Desvio Padrão (Φ) Grau de seleção
σ < 0,35 muito bem selecionado 0,35 a 0,50 bem selecionado 0,50 a 1,00 moderadamente selecionado 1,00 a 2,00 pobremente selecionado 2,00 a 4,00 muito pobremente selecionado σ > 4,00 extremamente mal selecionado
Alguns agentes geológicos são mais efetivos como agentes selecionadores e
podem manifestar nos sedimentos. Mapas de espalhamento médio de uma formação
podem fornecer as chaves para identificar variações no agente deposicional (Suguio,
1973).
3.6.1.3 Assimetria
A assimetria é uma medida utilizada para calcular a tendência dos dados de se
dispersarem de um ou do outro lado da média e, como pode ocorrer à direita ou à
esquerda do diâmetro médio, assume valores positivos ou negativos. O grau de
assimetria é indicado pelo afastamento do diâmetro médio da mediana (Suguio, 1973).
26
Folk & Ward (1957) apud Suguio (1973) sugerem uma formulação calculada da
seguinte maneira:
).(2
.2
).(2
.2
0595
509505
1684
508416
θθθθθ
θθθθθ
φ −−+
+−−+
=S 7
Os resultados positivos indicam que a amostra possui uma cauda de materiais
mais finos, os valores negativos indicam que a cauda está do lado dos materiais mais
grosso. As escalas qualitativas para descrição do grau de assimetria são descritas na
Tabela 4.
Tabela 4: Limites de classificação da assimetria. Assimetria Grau da tendência assimétrica -1,00 a -0,30 assimetria muito negativa -0,30 a -0,10 assimetria negativa -0,10 a +0,10 aproximadamente simétrica +0,10 a +0,30 assimetria positiva +0,30 a +1,00 assimetria muito positiva
O significado físico da assimetria não pode ser interpretado muito facilmente,
podendo refletir erros de amostragem bem como ação de agente com transporte seletivo
(Suguio, 1973).
3.6.1.4 Curtose
A curtose representa o grau de agudez dos picos de freqüência granulométrica.
As medidas de curtose expressa a razão entre as dispersões (espalhamento) nas caudas e
na parte central das curvas de distribuição (Suguio, 1973).
Folk & Ward (1957) apud Suguio (1973) sugerem o cálculo da curtose pela
fórmula:
)(44,2
)(
2575
0595
θθθθ
φ −−
=K 8
As escalas qualitativas para descrição do grau de picosidade são descritas na
Tabela 5.
27
Tabela 5: Limites de classificação da curtose. Curtose Grau de picosidade K < 0,67 muito platicúrtica
0,67 a 0,90 platicúrtica 0,90 a 1,11 mesocúrtica 1,11 a 1,50 leptocúrtica 1,50 a 3,00 muito leptocúrtica
K> 3,00 extremamente leptocúrtica
Não se conhece muito sobre o significado geológico da curtose e pouco se
conhece sobre sua magnitude ou freqüência nos sedimentos (Suguio, 1973).
3.6.2 Análises Multivariadas
As análises multivariadas foram realizadas com os dados brutos obtidos na
triagem, granulometria e tamanho dos eixos dos rodólitos. As características foram
analisadas separadamente. Utilizou-se duas técnicas, Análise de Componentes
Principais e Análise de Agrupamento. para observar pontos amostrais similares quanto
às características levantadas.
3.6.2.1 Análise de Componentes Principais
A análise de componentes principais estuda a estrutura de covariância dos dados
através de poucas combinações lineares dos dados (Ferreira, 2007). Reproduz quase
toda variabilidade do sistema e tem como objetivos principais a redução de
dimensionalidade e facilidade interpretativa, para determinar relações existentes entre as
características medidas (Brown, 1998). Está é uma análise exploratória, serve como
passo intermediário num processo investigativo (Ferreira, 2007).
A Análise de Componentes Principais (ACP) é utilizada em muitos casos como
uma forma de condensar a informação contida em um número de variáveis, buscando
uma representação mais simples através das principais componentes, com uma perda
mínima de informação (Hair, et al. 2005). A ACP tem demonstrado ser uma importante
ferramenta para entender melhor os processos responsáveis pelas formações das rochas
sedimentares (Brown, 1998).
28
Está técnica foi realizada segundo Ferreira (2007), com os dados brutos da
abundância dos componentes biogênicos e da granulometria do sedimento, utilizando
rotinas em ambiente MatLab7 (2004). O programa utilizado foi o ACP.m (Análise de
Componentes Principais), e os subprogramas ACPDOC.m (layout para ACP),
ALTER.m (Seleciona e transforma variáveis), EIGANAL.m (Calcula e ordena
decrescentemente os autovetores e os autovalores da matriz), SELOUT.m (Seleciona
itens de uma sessão multivariada), SHOWGR1.m, SHOWGR2.m, SHOWGR3.m
(Mostra na tela o gráfico da matriz ou vetor), SHOWMAT. m (Mostra na tela a matriz
especificada), START.m (Inicia a entrada de dados) e VERIFARQ.m (Verifica se o
arquivo especificado existe).
Os dados foram normalizados e submetidos à análise exploratória, utilizando o
índice de Distância Euclidiana para verificar as variações entre os PAs.
3.6.2.2 Análise de Agrupamento
A análise de Agrupamento presta-se principalmente para compartimentar uma
massa de informações em grupos, a partir de critérios de afinidade entre as informações.
O número de grupos geralmente não é estabelecido a priori. Tais critérios de afinidade,
também chamados de medidas de similaridade, são quantidades que exprimem a
proximidade entre as informações (Ferreira, 2007). A grande vantagem deste tipo de
análise é possibilitar uma maneira simples e direta de classificar as informações (Davis,
1973). Graficamente, a análise de agrupamento define a similaridade através do
dendograma, o que permite observar facilmente os grupos distintos (Brown, 1998).
Para auxiliar na descrição da fácies, Bonsence et al. (1985) utilizaram análise de
Agrupamento composta pelos parâmetros granulométricos e de concentração de
carbonatos do sedimento.
No presente estudo a Análise de Agrupamento foi realizado com os dados brutos
dos componentes biogênicos e granulometria do grão (Rodólitos e fração areia). A
matriz de similaridade foi gerada em rotinas segundo Ferreira (2007) em ambiente
MatLab7 (2004). O programa utilizado foi o AMCA.m (Análise de Matrizes de
Coeficientes de Associação), e os subprogramas AMCADOC.m (layout para AMCA),
ATRIB.m. (Executa a analise das associações entre atributos) além dos subprogramas já
citados, ALTER.m, SELOUT.m, SHOWMAT.m, START.m e VERIFARQ.m. Utilizou-
se o coeficiente de associação Diferença Percentual.
29
A partir da matriz de similaridade efetuou-se uma rotina (ANEXO 4.4) para a
análise de agrupamento (CLUSTER) e geração dos gráficos, utilizando o índice
Distância Euclidiana, no modo Média de Grupo (UPGMA).
3.6.3 Análise Espacial
A análise espacial teve como objetivo principal, observar a distribuição das
características sedimentológicas levantadas e relacionar com as características do
ambiente marinho, como por exemplo, proximidade da costa e dos recifes, área exposta
e protegida.
A metodologia de interpolação de dados permite uma melhor visualização do
conjunto de dados no espaço geográfico e auxilia na interpretação e análise dos
sedimentos na superfície do fundo marinho. Este método foi gerado pelo programa
ArcGIS ESRI (2006).
As informações relacionadas aos valores quantificados nas análises foram
interpoladas através da técnica de Krigagem (abundância relativa dos componentes
bióticos, concentração de CaCO3 e análises granulométricas).
A krigagem é um modelo geoestatístico que pode ser usado para explicar
variações na superfície, refletidos na correlação espacial dos pontos amostrais (ArcGIS
ESRI, 2006). Na krigagem os valores são normalizados, isto é, distribuídos de forma
simétrica entorno da média, diminuindo a abundância de valores extremos (Davis,
1973).
As características levantadas foram analisadas espacialmente utilizando a técnica
do Vizinho Natural, para geração de modelos de Biofácies, Classificação Faciológica
(Granulometria) e Classificação de Rodólitos.
O Vizinho Natural é um método de interpolação que se baseia na medição da
distância entre os pontos amostrais e cálculo da área proporcional ao valor interpolado.
Todos os pontos são associados através de polígonos (polígono de Voronoi) (Sibson,
1992).
30
4 RESULTADOS
A Tabela13 (ANEXO 3) apresenta as informações gerais das coletas. As
amostras foram coletadas no mês de março, excetuando quatro amostras coletadas no
mês de julho de 2008. O peso médio das amostras coletadas foi de 980 gramas. As
coletas das amostras foram feitas em profundidades inferiores a 12 metros.
4.1 Análise Táctil-visual
A análise táctil-visual da fração areia permitiu observar o predomínio de areia
grossa, presente em 16 PAs (Tabela 7 e fotos em ANEXO 1.1). As algas calcárias estão
presentes em praticamente todas as amostras, com exceção apenas do PA treze (13)
onde foram encontrados moluscos. A cor branca corresponde aos grãos carbonárticos e
parece estar relacionada à areia com granulação grossa (PAs 03, 05, 15, 20, 27 e 30) a
cor cinza predomina nos sedimentos com maior quantidade de matéria orgânica e
granulometria fina (PAs 8, 12 e 13) e a cor marrom encontra-se mais freqüente em
areias com granulação média (PAs 04, 11, 14, 19 e 23). O cascalho foi representado por
rodólitos, em sua maioria com forma aproximadamente esférica, e poucas estruturas
ramificadas (PAs 06, 09, 12, 15, 17, 19, 24, 25, 26, 27 e 28).
Tabela 6: Análise táctil-visual das amostras de sedimento. PA Areia Cascalho
1 Areia média de cor branca e cinza com presença de algas vermelhas, Halimeda e valvas de moluscos.
Valvas de moluscos recentes.
2
Areia grossa de cor branca e marrom com presença de fragmentos de algas vermelhas, Halimeda, Gastrópodas e valvas de moluscos.
Cascalhos elipsoidais, com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.
3 Areia média e grossa de cor branca, com presença de algas calcárias.
Cascalhos discoidais sem ramificação, compostos por algas calcárias.
4 Areia média de cor marrom, com presença de fragmentos de algas calcárias.
Cascalhos elipsoidais e discoidais com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.
5 Areia grossa de cor branca, com presença de fragmentos de algas calcárias e valvas de moluscos.
Cascalhos elipsoidais, com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.
6 Areia carbonática grossa de cor branca e cinza com presença de fragmentos de algas calcárias e rodólitos.
Poucos cascalhos esféricos e ramificados.
7 Areia média de cor branca e cinza, com presença de Halimeda e valvas de moluscos.
Poucos cascalhos ramificados.
8 Areia média e fina de cor cinza, com presença de algas calcárias, Gastropodas e
Cascalhos grandes arredondados com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.
31
valvas de moluscos.
9 Areia grossa de cor marrom com presença de algas calcárias, Gastrópodas e valvas de moluscos.
Cascalhos esféricos com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.
10 Areia grossa de cor marrom e branca com presença de fragmentos de algas calcárias.
Cascalhos discoidais com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.
11 Areia média de cor marrom, com presença de algas vermelhas e valvas de moluscos.
Cascalhos discoidais bem ramificados, compostos de algas calcárias e valvas de moluscos.
12 Areia média e fina de cor cinza, com presença de Halimeda, fragmentos de algas vermelhas e valvas de moluscos.
Cascalhos esféricos com poucas ramificações, compostos de algas calcárias e valvas de moluscos.
13 Areia fina de cor cinza, com presença de valvas de moluscos e tubos de poliquetas.
Cascalho composto por valvas de moluscos e tubos de poliqueta.
14 Areia média de cor marrom. Cascalho sem ramificação e bem arredondado, composto por algas calcárias.
15 Areia grossa de cor branca, com presença de fragmentos de algas calcárias e valvas de moluscos.
Cascalho arredondado com poucas ramificações, compostos por algas calcárias e valvas de moluscos agregados.
16 Areia de cor marrom, com presença de fragmentos de algas calcárias.
Cascalho ramificado, composto por algas calcárias e valvas de moluscos.
17 Areia de cor branca, com presença de Halimeda, fragmentos de algas vermelhas e valvas de moluscos.
Cascalhos grandes esféricos e ramificados, compostos por algas calcárias.
18 Areia de cor branca, com presença de fragmentos de algas vermelhas, Halimeda,e valvas de moluscos.
Cascalhos grandes, discoidais, composto por algas calcárias e valvas de moluscos.
19 Areia média e grossa de cor marrom claro, com presença de fragmentos de algas calcárias.
Cascalhos grandes e esféricos com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.
20 Areia grossa de cor branca, com presença de fragmentos de algas calcárias e valvas de moluscos.
Cascalhos esféricos compostos por algas calcárias.
21 Areia de cor marrom, com presença de Halimeda, fragmentos de alga vermelhas e conchas de bivalvia.
Cascalhos grandes e ramificados compostos por algas calcárias.
22 Areia de cor cinza, com presença de artículos de algas calcárias.
Cascalhos ramificados compostos por algas calcárias
23 Areia média de cor marrom. Rodólitos elipsoidais sem ramificação, compostos por algas calcárias.
24 Areia grossa de cor branca e marrom, com presença de fragmentos de algas calcárias.
Cascalhos grandes e esféricos compostos por algas calcárias.
25 Areia grossa e média de cor branca e marrom, com presença de Halimeda e algas vermelhas.
Cascalhos esféricos com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.
26 Areia grossa de cor branca e marrom, com presença de fragmentos de algas calcárias e valvas de moluscos.
Cascalhos esféricos sem ramificação, compostos por algas calcárias.
27 Areia grossa de cor branca com presença de fragmentos de algas calcárias.
Cascalhos esféricos com poucas ramificações, compostos de algas calcárias.
28 Areia grossa de cor marrom, com presença de fragmentos de algas calcárias e valvas de moluscos.
Cascalhos esféricos compostos por algas calcárias.
29 Areia grossa de cor branca e cinza, com presença de fragmentos de algas vermelhas e Halimeda.
Cascalhos elipsoidais compostos por algas calcárias e tubos de poliquetas.
30 Areia média e grossa de cor branca, com presença de algas vermelhas, Halimeda e valvas de moluscos.
Cascalhos elipsoidais e ramificados, compostos por algas calcárias e valvas de moluscos agregados.
Continuação Tabela 6.
32
4.2 Composição Biogênica dos Sedimentos
4.2.1 Triagem do Grão
A triagem foi utilizada neste trabalho para auxiliar na interpretação da variação
dos sedimentos biogênicos e caracterização da Biofácies da superfície do fundo
marinho. Foram quantificados os grandes grupos taxonômicos (nível Filo) mais
representativos dos componentes bióticos do sedimento e observado as similaridades
dos PAs através das Análises Multivariadas.
Os grupos taxonômicos mais representativos foram as Algas Calcárias, e os filos
Rhizopoda, Mollusca, Echinodermata e Porifera (fotos ANEXO 1.2). As Algas
Calcárias foram representadas principalmente pelas algas vermelhas (Filo Rhodophyta)
e a Halimeda. O filo Rhizopoda foi representado pelas testas de foraminíferos. O filo
Mollusca foi identificado duas classes, Gastrópoda e Bivalvia. O filo Porifera foi
representado pelas espículas das esponjas. Os Echinodermatas foram representados
exclusivamente pela classe Echinoidea (principalmente espinhos de ouriço).
Foi identificado um total de 6.197 grãos (Tabela 14 - ANEXO3). A composição
biogênica do total das amostras foram predominantemente Algas Calcárias (69,7%),
seguido do filo Rhizopoda (Foraminíferos) (21,5%), Gastrópoda (5,3%), filo Porifera
(Espículas) (2,1%), Bivalvia (0,8%) e Echinodermata (0,7%) (Figura 11).
70%
21%
5%2%< 1% Alga calcária
RhizópodaGastrópodaPríferaBiválviaEquinodermata
Figura 11: Composição biogênica total do sedimento.
33
Os resultados da composição biogênica de cada PA (Figura 12) mostram
claramente o predomínio das Algas Calcárias em praticamente todas as amostras. Os
foraminíferos foram significativos, maior que trinta por cento, nos PAs seis (6), onze
(11), dezesseis (16), vinte e um (21), vinte e dois (22) e vinte e sete (27). O PA vinte
(20) apresentou a maior porcentagem de Gastrópodas. As espículas de esponjas
predominaram no PA vinte e seis (26). As valvas de moluscos apresentaram abundância
em quinze PAs, porém apresentaram valores baixos (<3%). Os Echinodermatas
estiveram presentes (>5%) nos PAs dez (10) e dezenove (19).
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30300
20
40
60
80
100
Pontos amostrais
%
Alga calcária
Rhizópoda
GastrópodaPorífera
Biválvia
Equinodermata
Figura 12: Abundância relativa (%) da composição biogênica do sedimento de cada ponto amostral.
Os dados brutos da abundância relativa de cada componente biótico do
sedimento foram analisados espacialmente nos seis perfis perpendiculares à linha de
costa. Os perfis P3 e P5 apresentaram um máximo de Algas Calcárias no quarto (4°)
ponto do perfil, os restantes dos perfis apresentaram um máximo no terceiro (3°) ponto
34
do perfil. Com exceção do P1, todos os perfis apresentaram um mínimo de Algas
Calcárias no primeiro (1°) ponto do perfil (Figura 13a).
O modelo gerado a partir da interpolação da variação superficial do sedimento
(Figura 13b) permite observar uma variação abrupta das algas calcárias (maior do que
20% em média), à medida que se aproxima da costa.
Os foraminíferos (Figura 14a) se distribuíram principalmente no primeiro (1°)
ponto dos perfis que abrangem os recifes (P2, P3, P4 e P5) diminuindo
significativamente (em média 15%) nos pontos seguintes, à medida que se afasta da
costa. A abundância relativa dos foraminíferos demonstra uma distribuição espacial
inversa das algas calcárias (Figura 14b), e ambas somadas, representam, em média,
noventa por cento da composição biogênica do sedimento (Figura 11).
Os perfis P1, P3, P4 e P5 apresentaram um máximo de Gastrópodas no quinto
(5°) ponto do perfil. Os perfis P2 e P6 apresentaram um máximo de gastrópodas no
primeiro (1°) ponto do perfil. Os Perfis P1, P2, P4 e P6 apresentaram um mínimo no
terceiro (3°) ponto do perfil e os perfis P2 e P5 apresentaram um mínimo no quarto (4°)
ponto do perfil (Figura 15a). Os Gastrópodas se distribuíram em pontos localizados na
região frontal dos recifes, e no canal em pontos localizados mais próximos da costa
(Figura 15b).
O grupo dos Bivalvias (Figura 16a) apresentou baixa abundância relativa (menor
que 3%) dificultando na definição dos padrões dos perfis. A análise de interpolação
espacial da superfície delimitou uma área de maior abundância no meio do canal entre a
costa e os recifes e uma menor concentração na região frontal dos recifes (Figura 16b).
As espículas de esponjas (Figura 17) predominaram (mais do que 50%) no
primeiro (1°) ponto do perfil P6. Observa-se a presença, em pequena quantidade, das
espículas no segundo (2°) ponto dos perfis P1 e P3 e no primeiro (1°) ponto do perfil
P4.
O grupo dos Echinodermatas, representados principalmente pelos espinhos de
ouriços, não estiveram presentes no perfil P1, apresentaram máximos no quinto (5°)
ponto do perfil P2 e P3, quarto (4°) ponto do perfil P4 e P6 e terceiro (3°) ponto do
perfil P5. O segundo (2°) ponto de todos os perfis não apresentou Echinodermatas
(Figura 18a). Observa-se uma distribuição de Echinodermatas principalmente na região
da crista e frontal dos recifes (Figura 18b).
35
a)
1 2 3 4 550
20
40
60
80
100
Pontos do Perfil
Alg
a ca
lcár
ia (
%)
P1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! !
!
!
!
! !
!
!
!
!
!
!
!
!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Algas Calcárias
18 - 33
33 - 47
47- 62
62 - 77
77 - 92
Figura 13: Abundância relativa das Algas Calcárias (%), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).
36
a)
1 2 3 4 550
10
20
30
40
50
60
Pontos do Perfil
Rhi
zópo
da (
%)
P1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! !
!
!
!
! !
!
!
!
!
!
!
!
!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Rhizopoda (Foraminíferos)
5 - 14
14 - 22
22 - 31
31 - 39
39 - 49
Figura 14: Abundância relativa (%) do filo Rhizopoda (Foraminíferos), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).
37
a)
1 2 3 4 550
5
10
15
20
Pontos do Perfil
Gas
tróp
oda
(%)
P1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! !
!
!
!
! !
!
!
!
!
!
!
!
!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Mollusca (Gastrópoda)
0 - 3
3 - 6
6 - 9
9 - 12
12 - 16
Figura 15: Abundância relativa de Gastrópodas, do filo Mollusca (%), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).
38
a)
1 2 3 4 550
0.5
1
1.5
2
2.5
3
Pontos do Perfil
Biv
alvi
a (%
)
P1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! !
!
!
!
! !
!
!
!
!
!
!
!
!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Mollusca (Bivalvia)
0 - 0.7
0.7 - 1
1 - 1.4
Figura 16: Abundância relativa (%) das Bivalvias, do filo Mollusca, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).
39
a)
1 2 3 4 550
10
20
30
40
50
60
Pontos do Perfil
Por
ífer
a (%
)
P1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! !
!
!
!
! !
!
!
!
!
!
!
!
!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Porífera (Espículas)
0 - 15
15 - 33
33 - 50
Figura 17: Abundância relativa (%) do filo Porifera (Espículas de Esponjas), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).
40
a)
1 2 3 4 550
1
2
3
4
5
6
7
Pontos do Perfil
Equ
inod
erm
ata
(%)
P1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! !
!
!
!
! !
!
!
!
!
!
!
!
!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Equinodermata
0 - 0.5
0.5 - 1
1 - 1.6
1.6 - 2
2 - 2.8
Figura 18: Abundância relativa (%) dos Echinodermatas, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).
41
4.2.2 Análise Multivariada da Composição Biogênica do Sedimento
A Análise de Componentes Principais realizada com os sedimentos biogênicos
apresentou grau de explicabilidade não muito alta (59%) (Tabela 7), no entanto refletiu
o predomínio de Algas Calcárias (Alg) e possibilitou destacar alguns subdomínios
através da Componente Principal 1 (CP1) (Figura 19).
Vinte e seis PAs apresentaram valores maiores que 50 % de Algas Calcárias e se
distribuíram no lado esquerdo (menor que 1,5) da CP1. No eixo positivo da CP1 foi
possível destacar um PA (26) localizado no extremo direito do gráfico onde predomina
Espículas (Esp) de esponjas, e os subdomínios dos Foraminíferos (For), PAs 06, 11, 16,
21, 22 e 27; Gastrópoda (Gas), PA 20; e Echinodermata (Eq), PAs 10 e 19 localizados
no centro do gráfico (entre as distâncias 0 e 3 da CP1).
O dendograma foi possível destacar facilmente os grupos taxonômicos mais
representativos quanto à composição biogênica (Alga Calcária, Foraminíferos e
Espículas de esponjas), no entanto não distinguiu os grupos com menores abundâncias
(Gastrópoda, Bivalvia e Echinodermata) (Figura 20). O PA com predomínio das
Espículas de esponjas e o subdomínio dos Foraminíferos se agruparam nos extremos
superior do gráfico. O grande grupo das Algas Calcárias predominou quase a totalidade
dos PAs.
42
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6-3
-2
-1
0
1
2
3
CP1
CP
2
01
02
03
04 05 06
07
08 09
10
11
12
13
14
15
16
17 18
19
20
21
22 23
24
25
26
27
28 29
30For.
Esp.
Eq
Gas
Alg
Alg>50%
Figura 19: Análise de Componentes Principais da abundância relativa dos sedimentos biogênicos, destacando os grupos similares quanto a Alga Calcária (Alg), filo Rhizopoda (For), classe Gastrópoda (Gas), filo Porifera (Esp) e filo Echinodermata (Eq).
Tabela 7: Valores das Explicabilidades.
CP Autovalores %Variação %Var.Acum. 1 2.27 37.84 37.84 2 1.27 21.21 59.05
43
0 50 100 150 200
5
7
13
29
17
23
30
24
19
25
10
20
1
2
15
4
28
9
18
12
3
8
14
6
16
11
27
22
21
26
Distância
Pont
os a
mos
trai
sEsp.
For
Alg
Figura 20: Dendograma da Análise de Agrupamento utilizando os dados dos componentes bióticos do sedimento, destacando os grupos similares quanto a Alga Calcária (Alg), filo Rhizopoda (For) e filo Porífera (Esp).
4.2.3 Biofácies do Sedimento
O modelo da Biofácies (Figura 21) do sedimento permitiu observar o
predomínio das Algas calcárias em quase toda área. O subdomínio do filo Rhizopoda
foi significativo no canal de São Roque, próximo da costa. Pontos localizados dos
subdomínios da classe Gastrópoda e filo Echinodermata são encontrados na região
frontal dos recifes. O filo Porifera se destacou em um ponto amostral presente no
extremo sul do canal, próximo à linha de costa.
44
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! !
!
!!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Biofácies
Alga Calcária
Rizópoda (Foraminífero)
Mollusca (Gastrópoda)
Porífera (Esopicula)
Equinodermata
Figura 21: Análise da variação superficial da biofácies do
sedimento.
4.3 Concentração de Carbonato de Cálcio
A alta concentração de Carbonato de Cálcio (CaCO3), presente nos PAs,
evidencia o baixo aporte de sedimentos terrígenos (Tabela16 ANEXO 3). Todos
apresentaram concentrações de CaCO3 maiores que 75%. Os PAs um (01), seis (06) e
vinte e um (21) apresentaram as concentrações mais baixas. Os PAs vinte e dois (22),
vinte e três (23) e vinte e quatro (24) apresentaram as maiores concentrações.
Os dados brutos da concentração de Carbonato de Cálcio foram analisados
espacialmente nos seis perfis perpendiculares à linha de costa. Observa-se uma variação
abrupta (média de 10%) da concentração de CaCO3, os maiores valores presentes sobre
45
os recifes, no terceiro (3°) e quarto (4°) pontos do perfil e as menores concentrações
foram encontradas no primeiro (1°) e segundo (2°) pontos do perfil, mais próximos da
costa (Figura 22a).
O modelo superficial da distribuição de CaCO3 do sedimento delimita uma área
com alta concentração de CaCO3 (maior do que 90%) sobre os recifes, diminuindo a
partir do canal, à medida que se aproxima da costa (Figura 22a).
Foi gerado um gráfico comparativo entre as médias dos pontos dos perfis da
concentração de CaCO3 e da abundância relativa de algas calcárias (Figura 23), para
observar o padrão entre as duas variáveis ao longo dos perfis. Os dois componentes
apresentam um ápice no terceiro ponto do perfil sobre os recifes, apresentando uma
diminuição da concentração de CaCO3 mais abrupta nos primeiros pontos dos perfis, à
medida que se aproxima da costa. Observa-se uma variação mais sutil na concentração
de CaCO3, porém correspondendo à variação da concentração de algas calcárias ao
longo dos perfis.
Foi realizada uma comparação com as duas metodologias de quantificação da
concentração de carbonatos (ataques com ácido e a triagem) permitindo aumentar a
confiança nas metodologias utilizadas (Figura 24), visto que pequenas diferenças entre
elas (média de 4%) foram observadas. As maiores diferenças observadas foram nos PAs
dezesseis (16), vinte e um (21) e vinte e nove (29), 10%, 13% e 11% respectivamente.
(Tabela 16 - Anexo 3).
46
a)
1 2 3 4 575
80
85
90
95
100
Pontos do Perfil
Car
bona
to d
e C
álci
o (%
)P1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! !
!
!
!
! !
!
!
!
!
!
!
!
!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Carbonato de Cálcio (%)
81 - 84
84 - 87
87 - 90
90 - 93
93 - 97
Figura 22: Concentração de carbonato de cálcio (%), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).
47
1 2 3 4 5540
50
60
70
80
90
100
Pontos dos Perfis
%
CaCO3Alg. Calc.
Figura 23: Comparação entre a concentração de carbonato de cálcio e algas calcárias obtidas das médias dos perfis.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 300
20
40
60
80
100
Pontos amostrais
CaC
O3
(%)
HClTriagem
Figura 24: Concentração de carbonato de cálcio calculado utilizando o ataque com ácido (HCl) e triagem do grão.
48
4.4 Análise Granulométrica
A Tabela 17 (ANEXO 3) apresenta a granulometria dos sedimentos de cada PA,
os valores são referentes ao peso dos grãos retidos em cada peneira (mm). A Tabela 18
(ANEXO 3) representa a porcentagem do peso dos grãos e a freqüência percentual
acumulada referente a cada tamanho da malha.
As Figuras (ANEXO 2.1) possibilitaram constatar a importância da granulação
grossa, evidenciado pela tendência das curvas se manterem do lado esquerdo do gráfico.
As curvas de freqüência simples evidenciam a baixa seleção dos dados e muitos casos
de bimodalidade e trimodalidade.
Os dados estatísticos (Figura 25) permitiram analisar diferenças numéricas entre
os gráficos da análise granulométrica de cada PA. Observa-se as menores médias nos
PAs cinco (05), nove (09) e quinze (15), e as maiores nos PAs um (01), oito (08) e treze
(13), apresentando as maiores oscilações nos pontos amostrais 01 a 15, distribuídos nos
três primeiros perfis.
O desvio padrão em geral apresentou-se baixo (menor do que 1,4 phi), os PAs
nove (09), treze (13) e quatorze (14) encontraram os menores valores e os PAs dois
(02), dezesseis (16) e vinte (20) os maiores valores. A assimetria apresentou valores
negativos na maioria das amostras (21 PAs), as menores foram os PAs um (01), vinte e
três (23) e trinta (30), e as maiores foram os PAs cinco (05), quinze (15) e vinte e seis
(26). A curtose também apresentou valores baixos, os menores valores foram
encontrados nos PAs quatro (04), vinte (20) e vinte e oito (28) e os maiores valores nos
PAs oito (08), treze (13) e vinte e três (23).
49
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30-2
0
2
4T
endê
ncia
cen
tral Moda Mediana Média
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 300
1
2
3
4
5
Des
vio
padr
ão
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30-1
-0.5
0
0.5
1
Ass
imet
ria
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 300
1
2
3
4
Cur
tose
Pontos amostrais
Figura 25: Gráficos dos resultados estatísticos, tendência central (phi), desvio do padrão
(phi), assimetria e curtose, de todos os Pontos Amostrais.
Os dados estatísticos da análise granulométrica foram analisados espacialmente
nos seis perfis perpendiculares à linha de costa.
A moda presente em cada ponto do perfil demonstrou dificuldades em distinguir
padrões dos perfis (Figura 26). Porém a mediana, bem como a média, permitiram
demonstrar diferenças entre os padrões dos perfis (Figuras 27a e 28a). Os menores
valores de phi, isto é, sedimentos com granulação mais grossa, se distribuíram na região
frontal do recife, e os sedimentos com granulação mais fina (maiores valores de phi) se
50
limitaram no canal. Os valores máximos dos perfis P2, P3 e P5 se localizaram no
terceiro (3°) ponto dos perfis, sobre os recifes. Nos perfis P1 e P4 o maior valor se
localizou no primeiro (1°) ponto e no perfil P6 o maior valor se localizou no quinto (5°)
ponto do perfil. Os valores mínimos se distribuíram no primeiro (1°) ponto dos perfis P5
e P6, quarto (4°) ponto dos perfis P2 e P4 e quinto (5°) ponto dos perfis P1 e P3.
O modelo da distribuição espacial da mediana e do diâmetro médio do
sedimento permite observar claramente uma gradação do tamanho dos grãos à medida
que se aproxima da costa e uma área com sedimentos mais finos na região ao norte do
canal protegida pelos recifes (Figuras 27b e 28b).
O desvio padrão apresentou, em média, valores maiores no canal, quando
comparado aos recifes (Figura 29a). Os valores máximos do desvio padrão foram
encontrados no primeiro (1°) ponto dos perfis P4, P5 e P6. Os perfis P1 e P3
apresentaram valores máximos no segundo (2°) ponto do perfil e o perfil P2 apresentou
valores máximos no terceiro (3°) ponto do perfil. Os valores mínimos foram
encontrados no quarto (4°) ponto dos perfis P2, P3 e P4, no terceiro (3°) ponto dos
perfis P1 e P5 e no segundo (2°) ponto do perfil P6. Existe uma tendência da região
frontal norte dos recifes em selecionar mais os grãos do sedimento, diminuindo
gradativamente para o sul dos recifes e à medida que se aproxima da costa (Figura 29b).
Os valores de assimetria foram negativos em sua maioria, os mínimos de
assimetria se distribuíram no quarto (4°) ponto dos perfis P2, P3 e P4, terceiro (3°)
ponto dos perfis P1 e P5 e segundo (2°) ponto dos perfis P6. Os valores máximos
apresentaram-se no primeiro (1°) ponto dos perfis P2, P5 e P6 e no quinto (5°) ponto
dos perfis P1, P3 e P4 (Figura 30a). A variação espacial do modelo de distribuição da
assimetria permite observar uma área delimitada na região frontal dos recifes com
valores positivos.
Em média os maiores valores de curtose foram baixos e se distribuíram no
terceiro (3°) ponto dos perfis P2, P3 e P5, no primeiro (1°) ponto do perfil P1 e P4, e no
segundo (2°) ponto do perfil P6. Os menores valores se encontraram no quinto (5°)
ponto dos perfis P2, P3 e P4, no quarto (4°) ponto dos perfis P1 e P5 e no terceiro (3°)
ponto do perfil P3 (Figura 31a). O modelo da distribuição da curtose indica maiores
picosidades sobre o recife (Retro-recife e Crista) e no canal próximo da costa e menores
valores principalmente na região frontal dos recifes (Figura 31b).
51
a)
1 2 3 4 55-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
2
2.5
Pontos do Perfil
Mod
aP1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! !
!
!
!
! !
!
!
!
!
!
!
!
!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Moda
-1 - 0
0 - 0.5
0.5 - 1
1 - 1.5
1.5 - 2.5
Figura 26: Análise da Moda, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial
(b).
52
a)
1 2 3 4 5-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
2
2.5
Pontos do Perfil
Med
iana
P1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! !
!
!
!
! !
!
!
!
!
!
!
!
!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Mediana
0.2 - 0.6
0.6 - 0.8
0.8 - 1
1 - 1.2
1.2 - 1.6
Figura 27: Análise da Mediana, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial
(b).
53
a)
1 2 3 4 55-0.5
0
0.5
1
1.5
2
Pontos do Perfil
Méd
iaP1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! !
!
!
!
! !
!
!
!
!
!
!
!
!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Média
0 - 0.6
0.6 - 0.8
0.8 - 1
1 - 1.3
Figura 28: Análise da Média, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial
(b).
54
a)
1 2 3 4 550.5
1
1.5
Pontos do Perfil
Des
vio
Padr
ãoP1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
!
!
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! !
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!
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!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Desvio Padrão
0.8 - 0.9
0.9 - 1
1 - 1.1
1.1 - 1.2
1.2 - 1.3
Figura 29: Análise do Grau de Seleção, vista em perfis (a) e Interpolação da variação
superficial (b).
55
a)
1 2 3 4 5-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
Pontos do Perfil
Ass
imet
ria
P1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
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!
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!
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!
!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Assimetria
-0.2 - -0.1
-0.1 - 0
0 - 0.05
0.05 - 0.1
0.1 - 0.2
Figura 30: Análise da Assimetria, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).
56
a)
1 2 3 4 550.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1
1.1
1.2
1.3
1.4
Pontos do Perfil
Cur
tose
P1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
!
!
!
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!
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!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Curtose
05 - 0.7
0.7 - 0.9
0.9 - 1.1
1.1 - 1.3
1.3 - 1.5
Figura 31: Análise da Curtose, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial
(b).
57
4.5 Classificação Faciológica
A partir análise granulométrica foi possível obter as classificações para cada
amostra e observar grupos similares quanto às características classificadas (Tabela 8).
Foram encontrados três padrões de classificação quanto à média. O sedimento
predominantemente é areia grossa (16 PAs), seguido de areia média (12 PAs) e areia
muito grossa (2 PAs).
O grau de seleção é pobre na maioria dos pontos amostrais (24 PAs), apenas seis
(6) PAs apresentaram-se moderadamente selecionado. A assimetria é em grande parte
aproximadamente simétrica (11 PAs) e assimetria negativa (10 PAs). Cinco (5) PAs
apresentaram assimetria muito negativa, dois (2) PAs apresentaram assimetria positiva e
dois (2) PAs apresentaram assimetria muito positiva. Quanto à curtose, a maioria foi
platicúrtica (15 PAs). Ocorreram seis (6) PAs leptocúrticas, seis (6) mesocúrticas e três
(3) muito platicúrticas.
Comparando os resultados da classificação entre os PAs, foi possível observar
grupos similares principalmente quanto à média e o grau de seleção. Os PAs um (01),
dois (02), sete (07), oito (08), onze (11), doze (12), dezesseis (16), vinte e dois (22) e
trinta (30) apresentaram a classificação de Areia média e Pobremente selecionada. Os
PAs treze (13), quatorze (14) e vinte e três (23) apresentaram Areia média e
Moderadamente selecionada. Os PAs quatro (04), seis (06), dez (10), dezessete (17),
dezoito (18), dezenove (19), vinte (20), vinte e um (21), vinte e quatro (24), vinte e
cinco (25), vinte e seis (26), vinte e sete (27), vinte e oito (28) e vinte e nove (29) foram
classificados como Areia grossa Pobremente selecionada. Os PAs três (03) e nove (09)
foram classificados como Areia grossa e Moderadamente selecionada. E finalmente os
PAs cinco (05) e quinze (15) se distinguiram dos demais pela classificação da média,
Areia muito grossa.
Ao incluir a classificação pela assimetria e curtose, os PAs se tornam muito
distintos, dificultando agrupar pontos similares quanto à classificação faciológica.
58
Tabela 8: Classificação Faciológica das amostras de sedimento.
PA Classificação pela Média
Classificação Folk Ward (1957)
1 areia média pobremente selecionado, assimetria muito negativa, leptocúrtica
2 areia média pobremente selecionado, assimetria negativa, platicúrtica
3 areia grossa moderadamente selecionado, assimetria negativa, mesocúrtica
4 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, muito platicúrtica
5 areia muito grossa pobremente selecionado, assimetria muito positiva, platicúrtica
6 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, platicúrtica
7 areia média pobremente selecionado, assimetria muito negativa, mesocúrtica
8 areia média pobremente selecionado, assimetria negativa, leptocúrtica
9 areia grossa moderadamente selecionado, aproximadamente simétrica, mesocúrtica
10 areia grossa pobremente selecionado, assimetria negativa, platicúrtica
11 areia média pobremente selecionado, assimetria muito negativa, mesocúrtica
12 areia média pobremente selecionado, assimetria negativa, platicúrtica
13 areia média moderadamente selecionado, assimetria negativa, leptocúrtica
14 areia média moderadamente selecionado, assimetria negativa, leptocúrtica
15 areia muito grossa moderadamente selecionado, assimetria muito positiva, platicúrtica
16 areia média pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, mesocúrtica
17 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, platicúrtica
18 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, platicúrtica
19 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, platicúrtica
20 areia grossa pobremente selecionado, assimetria positiva, muito platicúrtica
21 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, platicúrtica
22 areia média pobremente selecionado, assimetria negativa, mesocúrtica
23 areia média moderadamente selecionado, assimetria muito negativa, leptocúrtica
24 areia grossa pobremente selecionado, assimetria negativa, platicúrtica
25 areia grossa pobremente selecionado, assimetria negativa, platicúrtica
26 areia grossa pobremente selecionado, assimetria positiva, platicúrtica
27 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, leptocúrtica
28 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, muito platicúrtica
29 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, platicúrtica
30 areia média pobremente selecionado, assimetria muito negativa, platicúrtica
4.5.1 Distribuição granulométrica
Foram gerados gráficos de distribuição granulométrica destacando os grupos
faciológicos distintos analisados na classificação faciológica, quanto à média e ao grau
de seleção. Com o gráfico de Freqüência Simples foi possível destacar claramente os
59
PAs moderadamente selecionados (Ms), das frações areia grossa (Ag) e areia média
(Am), e os PAs da fração areia muito grossa (Amg), apresentando os picos mais altos do
gráfico. Os PAs pobremente selecionados (Ps) chegam a apresentar três modas (Figura
32).
Os gráficos de freqüência acumulada permitiram observar a gradação das
frações de areia, partindo da areia média moderadamente selecionada até areia muito
grossa. Observa-se que os PAs moderadamente selecionados encontram-se mais
verticais em relação aos PAs pobremente selecionados (Figura 33).
No gráfico de freqüência acumulada Aritmética os PAs de Areia grossa
moderadamente selecionada encontram-se como uma linha reta inclinada de 45° (Figura
33a). No gráfico logarítmico em praticamente todas PAs observa-se um segmento de
reta significativo na fração maior do que -0,5 phi (Figura 33b).
-1 0 1 2 3 40
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
. Amg
- Ag, Ps
-- Ag, Ms
.. Am, Ps
.- AmMs
Phi
Fre
quen
cia
porc
entu
al e
m p
eso
(%)
Figura 32: Distribuição granulométrica da Freqüência Simples dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)).
60
a)
-1 0 1 2 3 40
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
. Amg
- Ag, Ps
-- Ag, Ms
.. Am, Ps
.- Am, Ms
Escala PHI
Fre
quen
cia
porc
entu
al a
cum
ulad
a em
pes
o (%
)
b)
-1 0 1 2 3 4
100
101
102
. Amg
- Ag, Ps
-- Ag, Ms
.. Am, Ps
.- Am, Ms
Escala PHI
Fre
quen
cia
porc
entu
al a
cum
ulad
a (lo
garí
tmic
a)
Figura 33: Distribuição granulométrica da Freqüência Acumulada aritmética (a) e logarítmica (b) dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)).
61
4.5.2 Análise Multivariada do Tamanho dos Grãos
Foi efetuado a ACP e a Análise de Agrupamento com os dados brutos de
granulometria para observar o comportamento dos PAs e compará-los com a análise
granulométrica e com as classificações faciológicas Wentworth (1922) e Folk & Ward
(1957) apud Suguio (1973).
A ACP apresentou dificuldades em agrupar pontos similares, concentrando a
maioria dos PAs no centro do gráfico com alguns PAs distribuídos na periferia (Figura
34).
Comparando com os resultados da classificação faciológica, foi possível
perceber que a Componente Principal 1 distinguiu as amostras classificadas pela média.
Os PAs classificados como Areia média (Am) se distribuíram do lado direito do gráfico,
e os PAs classificados como Areia grossa (Ag) ou Areia muito grossa (Amg) se
distribuíram do lado esquerdo do gráfico.
Os PAs três (03), nove (09), treze (13), quatorze (14), quinze (15) e vinte e três
(23), periféricos e dispersos no gráfico, parecem estar relacionados ao desvio padrão,
moderadamente selecionados (Ms). Os dados que apresentaram um grau de seleção
pobre (Ps), quase todos se adensaram no meio do gráfico.
O grau de assimetria e curtose, apesar de apresentarem alguns agrupamentos,
não foram bem distintos na ACP.
62
-6 -4 -2 0 2 4 6-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
CP1
CP
2
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10 11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28 29
30
Figura 34: Análise de Componentes Principais dos dados de granulometria dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)).
Tabela 9: Valores das Explicabilidades.
CP Autovalores %Variação %Var.Acum. 1 5,05 42,12 42,12 2 2,49 20,78 62,90
A Análise de Agrupamento diminui a subjetividade nas disposições dos
agrupamentos quando comparado com a ACP (Figura 35). Com exceção dos PAs vinte
e seis (26) e vinte e três (23), o resultado do dendograma distinguiu bem os grupos
faciológicos classificados pelo Grau de Seleção, as amostras moderadamente
selecionadas se agruparam na região superior do gráfico e as amostras pobremente
selecionadas formaram um grande grupo na região inferior do gráfico.
Dentro destes dois grandes grupos, foi possível constatar pequenos
agrupamentos classificados pela média (Areia média, Areia grossa e Areia muito
grossa) demonstrando maiores dificuldades para destacar grupos similares quanto à
média.
Am, Ps
Ag, Ps
Am, Ms
Ag, Ms
Amg
63
20 40 60 80 100 120 140 160
10
24
25
2
12
7
11
30
1
8
23
4
28
6
19
29
18
20
27
16
17
22
21
3
5
15
9
13
14
26
Distância
Pont
os a
mos
trai
sAm, Ms
Amg
Ps
Am, Ps
A m, Ps
Ag, Ps
Ag, Ps
Ag, Ms
Figura 35: Dendograma da Análise de Agrupamento dos dados de granulometria dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)).
4.5.3 Distribuição Espacial da Classificação Faciológica
O modelo da distribuição espacial da Classificação Faciológica quanto à média e
desvio padrão (Figura 36) permitiu delimitar uma área do canal classificada como areia
média pobremente selecionada. A areia grossa pobremente selecionada predominou no
restante da área, com alguns pontos localizados na região frontal dos recifes,
classificados como areia grossa moderadamente selecionada e areia muito grossa.
64
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
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!
!
!
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!
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!!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Classificação Faciológica (Granulometria)
Areia muito grossa
Areia grossa e Moderadamente selecionada
Areia grossa e Pobremente selecionada
Areia média e moderadamente selecionada
Areia média e pobremente selecionada
Figura 36: Distribuição espacial da Classificação Faciológica quanto à média e o grau de seleção.
4.6 Granulometria dos Rodólitos
Os resultados das medidas dos três eixos dos rodólitos (Tabela 22, ANEXO 3)
permitiram calcular os valores de Diâmetro médio, Desvio do padrão dos diâmetros,
Esfericidade média e Volume médio em todos os PA (Tabela 23, ANEXO 3), além de
analisar graficamente a distribuição do diâmetro dos rodólitos (Anexo 2.2) de todos
PAs.
Observa-se que os maiores valores de diâmetro médio (Figura 37) não
ultrapassam de 4 cm, sendo portanto, rodólitos classificados como seixos, segundo a
classificação Wentworth (1922). Os menores diâmetros foram encontrados nos PAs um
65
(01), dois (02) e treze (13). Os valores de desvio padrão foram maiores nos PAs
dezenove (19), vinte e um (21) e vinte e quatro (24), e menores nos PAs um (01), onze
(11) e treze (13). O grau de esfericidade apresentou-se mais próximo de um, isto é, mais
esféricos, nos PAs quatro (04), quinze (15), dezessete (17), vinte (20) e vinte e quatro
(24). Os PAs menos esféricos foram encontrados nos PAs um (01), treze (13) e vinte e
três (23). O Volume dos rodólitos foram maiores nos PAs dezenove (19), vinte e nove
(29) e trinta (30) e menores nos PAs um (01), sete (07) e treze (13).
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 300
2
4
Diâ
met
ro m
édio
(cm
)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 300
1
2
Des
vio
padr
ão
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 301
2
3
Esf
eric
idad
e
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 300
100
200
Vol
ume
(cm
3 )
Pontos amostrais
Figura 37: Gráficos das dimensões dos rodólitos presentes em cada PA.
66
As medidas calculadas a partir dos três eixos dos rodólitos foram analisados
espacialmente nos seis perfis perpendiculares à linha de costa. Os dados médios dos
perfis permitem observar diferenças no padrão do diâmetro dos rodólitos. Os três
primeiros pontos dos perfis apresentaram valores de diâmetros menores em relação ao
quarto e quinto pontos do perfil (Figura 38a). Os maiores diâmetros foram encontrados
no quarto (4°) ponto dos perfis P2, P3, P5 e P6, e no quinto (5°) ponto dos perfis P1 e
P4. Os menores diâmetros foram encontrados no segundo (2°) ponto dos perfis P1, P2,
P5 e P6, e terceiro ponto dos perfis P3 e P4.
O modelo da distribuição espacial do diâmetro do rodólito demonstra uma
gradação à medida que se aproxima da costa sendo possível delimitar uma área na
região mais ao norte do canal, onde se concentram os menores diâmetros.
Os padrões de volume apresentaram uma variação similar aos perfis do diâmetro
dos rodólitos, porém destacando ainda mais as diferenças entre os pontos protegidos
pelos recifes (Três primeiros pontos dos perfis) e pontos expostos (Quarto e quinto
pontos dos perfis) (Figura 39a). Os maiores volumes foram encontrados no quarto (4°)
ponto dos perfis P2, P3, P4, P5 e P6, e no quinto (5°) ponto do perfil P1. Os menores
valores foram encontrados no terceiro (3°) ponto dos perfis P3, P4, P5 e P6, primeiro
(1°) ponto do perfil P1 e segundo (2°) ponto do perfil P2. Observa-se um menor volume
dos rodólitos no retrorecife e no canal.
O modelo de distribuição superficial do volume frisa uma variação abrupta a
partir do retrorecife e em direção à costa e delimita uma área onde se concentram os
menores valores, localizados no canal e protegidos pelos recifes (Figura 39b).
As médias das esfericidades não apresentaram rodólitos esféricos (<1,2), porém
os valores de esfericidades nos perfis destacaram claramente o quarto ponto dos perfis,
onde todos os valores estão próximos da forma esférica (Figura 40a). Os menores
valores de esfericidade foram encontrados no quarto ponto (4°) dos perfis P1, P2 e P5,
no quinto (5°) ponto dos perfis P3 e P4, e no terceiro (3°) ponto do perfil P6. Os
maiores valores de esfericidade, isto é, rodólitos menos esféricos, se encontraram no
terceiro (3°) ponto dos perfis P2, P3, P4 e P5, no primeiro (1°) ponto do perfil P1 e no
segundo (2°) ponto do perfil P6. O modelo de distribuição da esfericidade dos rodólitos
permite observar a delimitação de rodólitos mais próximo da forma esférica
concentrados principalmente sobre a crista e sobre o recife frontal (Figura 40b).
67
a)
1 2 3 4 50.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
Pontos do Perfil
Diâ
met
ro m
édio
(cm
)P1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
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!
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! !
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!
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!
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!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
DM Rodólitos1 - 1.51.51 - 22.1 - 2.52.51 - 33.1 - 3.5
Figura 38: Diâmetro médio dos rodólitos (cm), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).
68
a)
1 2 3 4 50
50
100
150
200
250
Pontos do Perfil
Vol
ume
méd
io (
cm3 )
P1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
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! !
!
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!
!
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!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Volume24.4 - 54.254.2 - 84.084.0 - 113.7113.7- 143.5143.5 - 173.31
Figura 39: Volume médio (cm3) dos rodólitos vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).
69
a)
1 2 3 4 51
1.5
2
2.5
3
3.5
Pontos do Perfil
Esf
eric
idad
eP1P2P3P4P5P6Média
b)
!
!
!
!
!
!
!
!
!
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! !
!
!
!
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!
!
!
!
!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Esfericidade1.3 - 1.71.7- 2.02.0 - 2.42.4 - 2.752.75 - 3.1
Figura 40: Esfericidade média dos rodólitos, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).
70
4.7 Classificação dos Rodólitos
Os resultados apresentados pela classificação de rodólitos evidência o
predomínio (20 PAs) dos rodólitos elípticos com baixa ramificação (IV). Ocorreram
dois (2) PAs com presença de rodólitos elípticos e ramificados (II e III). Rodólitos
Discoidais foram encontrados em oito (8) PAs sendo que três (3) PAs apresentaram-se
com estrutura laminar fina e cinco (5) PAs apresentaram estrutura com baixa
ramificação (Tabela 10).
Tabela 10: Classificações médias dos rodólitos segundo Bosence (1983a).
PA Classificação de rodólitos Forma Estrutura
1 Discoidal Laminar fina 2 Elipsoidal Ramificada IV 3 Discoidal Ramificada IV 4 Discoidal Ramificada IV 5 Elipsoidal Ramificada IV 6 Elipsoidal Ramificada IV 7 Discoidal Laminar fina 8 Elipsoidal Ramificada IV 9 Elipsoidal Ramificada IV
10 Elipsoidal Ramificada IV 11 Elipsoidal Ramificada II e III 12 Elipsoidal Ramificada IV 13 Discoidal Laminar fina 14 Discoidal Ramificada IV 15 Elipsoidal Ramificada IV 16 Elipsoidal Ramificada III 17 Elipsoidal Ramificada IV 18 Discoidal Ramificada IV 19 Elipsoidal Ramificada IV 20 Elipsoidal Ramificada IV 21 Elipsoidal Ramificada IV 22 Elipsoidal Ramificada II e IV 23 Elipsoidal Ramificada IV 24 Elipsoidal Ramificada IV 25 Elipsoidal Ramificada IV 26 Discoidal Ramificada IV 27 Elipsoidal Ramificada IV 28 Elipsoidal Ramificada IV 29 Elipsoidal Ramificada IV 30 Elipsoidal Ramificada IV
71
4.7.1 Análise Multivariada com os Dados dos Rodólitos
Foi gerada uma ACP e Análise de Agrupamento com os dados brutos das
medidas dos três eixos dos rodólitos (Tabela 22, ANEXO 3), para comparar com os
dados da classificação (Forma e Estrutura) e cálculos das dimensões (Diâmetro médio,
Volume médio e Esfericidade média).
Observa-se na ACP (Figura 41), que a Componente Principal 1 divide os
rodólitos com diâmetro médio maior do que dois centímetros do lado direito do gráfico,
com os rodólitos mais esféricos (Esf) se posicionando no alto do eixo positivo. Os PAs
que apresentaram diâmetro médio menor do que dois centímetros se posicionaram do
lado esquerdo do gráfico, com os rodólitos classificados como Discoidal Laminar fino
(DLf) se posicionando no extremo esquerdo do eixo negativo.
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
CP1
CP
2
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12
13 14
15 16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
Diâ < 2cm
Esf
DLf
Figura 41: Análise de Componentes Principais dos dados dos eixos dos rodólitos destacando os pontos similares quanto ao Diâmetro (D), Esfericidade (Esf) e classificação Discoidal Laminar Fino (DLf).
72
Tabela 11: Valores das Explicabilidades. CP Autovalores %Variação %Var.Acum. 1 2,91 97,12 97,12 2 0,06 0,80 99,2
A Análise de agrupamento distribuiu os PAs com rodólitos maiores que dois
centímetros (Dma) na parte inferior do gráfico e os rodólitos menores (Dme) na região
superior do gráfico. Foi possível distinguir o primeiro grupo do gráfico como Discoidal
Laminar Fina, e no centro do gráfico o grupo dos rodólitos com baixa esfericidade
(Figura 42).
0 50 100 150 200
9
21
15
19
16
5
26
20
24
14
29
30
2
23
3
8
22
4
17
10
27
28
25
12
18
1
6
11
7
13
Distância
Pont
os a
mos
trai
s
DLf
DLf
Dme
Dme
Dme
Dma
Esf
Figura 42: Dendograma da Análise de Agrupamento dos dados dos eixos dos rodólitos destacando os pontos similares quanto ao Diâmetro, maior e menor, do que dois centímetros (Dma e Dme), Esfericidade (Esf) e a classificação Discoidal Laminar Fina (DLf).
73
4.7.2 Distribuição Espacial da Classificação dos Rodólitos
Observa-se o predomínio dos rodólitos elipsoidais com baixa ramificação na
região frontal dos recifes e pontos localizados na região sul do canal com ramificações
(Nível II e III). Os rodólitos discoidais se distribuíram sobre os recifes (Crista e
Retrorecife) e na área norte do canal, com pontos localizados classificados como
estrutura laminar fina (Figura 43).
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! !
!
!!
35°15'0"W35°18'0"W
5°21
'0"S
5°24
'0"S
5°27
'0"S 0 21 Km
Classificação de Rodólitos
Discoidal Laminar Fina
Discoidal Ramificada IV
Elipsoidal Ramificada IV
Elipsoidal Ramificada III
Elipsoidal Ramificada II
Figura 43: Distribuição superficial das classificações dos rodólitos.
74
5 DISCUSSÃO
A área de estudo apresenta alta complexidade ambiental, sob influência da
interação de vários aspectos (Geomorfológico, Fisiográfico e Ecológico). A coleta de
sedimento utilizando amostragem em série facilitou o manuseio dos dados e
interpretação espacial das características levantadas. O tratamento do sedimento em
laboratório permitiu descrever com detalhes diversas características do sedimento.
A análise visual permite destacar a variabilidade da composição do sedimento e
auxiliou na decisão das metodologias a serem adotadas para sua caracterização.
Os resultados obtidos da composição biogênica permitiram observar o
predomínio de Algas calcárias no sedimento, característica comum na região Nordeste
(Kempf, 1967/69; Kempf et al., 1967/69; França et al., 1976; Kempf, 1980; Coutinho,
1981; Testa & Bosence, 1999 e Dias, 2000).
Maiores valores de abundância relativa das Algas calcárias foram encontradas
nas áreas mais expostas e sobre o recife, diminuindo significativamente à medida que se
aproxima da costa. Segundo Testa & Bonsence (1999), existe uma correlação positiva
entre algas calcárias e a concentração de CaCO3, o que também pode ser observado nas
análises das médias dos perfis apresentado neste estudo, enfatizando a importância das
algas calcárias na produção de sedimentos carbonáticos.
Bem como França et al. (1976) e Tinoco (1989), foi possível identificar algumas
associações faunísticas com base na distribuição dos vários organismos nas frações
areia e cascalho.
Os foraminíferos foram abundantes nas áreas protegidas pelos recifes e próximo
da costa. Assim como apresentado por Batista et al. (2007), apresentam cores escuras o
que indica um constante revolvimento do sedimento associado a uma baixa
sedimentação, além da presença de foraminíferos muito fragmentados, indicando um
ambiente de alta energia.
Os Parrachos de Maracajaú apresenta baixa densidade e riqueza de espécies
Martinez (2008). Os moluscos estiveram presentes em toda área, porém sem valores
muito expressivos principalmente na área de recifes onde os valores de abundância
relativa não ultrapassam 10%.
Os moluscos da classe Gastrópoda encontraram-se abundantes principalmente na
área frontal dos recifes. Diferente dos estudos realizados nos recifes de Rio do Fogo e
75
Touros (Testa & Bonsence, 1999), onde os moluscos encontram-se mais abundantes em
áreas protegidas pelos recifes. Apenas a classe Bivalvia, que não ultrapassou 3% em
nenhum PA, apresentou maior distribuição na região central do canal protegida pelos
recifes.
As espículas foram expressivas em apenas um ponto amostral, não havendo
explicações plausíveis para esta ocorrência.
Os ouriços preferem habitats de substratos rígidos (Hickman et al., 2004), ou
mesmo são sensíveis a siltes em suspensão e áreas de elevada turbidez da água
(Matthews-Cascon & Lotufo, 2006). No presente estudo o filo Echinodermata,
representado pelos espinhos de ouriços, se distribuíram principalmente nas regiões da
crista e frontal dos recifes, não apresentando expressões muito significativas.
As análises Multivariadas permitiram analisar as similaridades entre os pontos
amostrais quanto à composição biogênica, e destacar os grupos taxonômicos para
compor a análise da Biofácies.
A Análise de Componentes Principais demonstrou flexibilidade para distinguir
os grupos, porém apresentou maior subjetividade quando comparados com a Análise de
Agrupamento. A análise de Agrupamento distinguiu bem os grupos com maior
abundância relativa (Alga Calcária, filo Rhizopoda e filo Porifera), enquanto que a ACP
permitiu delimitar grupos com baixa abundância relativa (classe Gastrópoda e filo
Echinodermata).
A análise espacial da Biofácies permitiu observar o predomínio de algas
calcárias, principalmente nas áreas dos recifes; uma presença expressiva do filo
Rhizopoda em alguns pontos amostrais no canal de São Roque próximos da costa e
protegidos pelos recifes; e pontos localizados de espículas de esponjas (filo Porífera),
moluscos da classe Gastrópoda e espinhos de ouriços (filo Echinodermata).
Assim como observado por Lima (2002), nos recifes a concentração de CaCO3 é
mais elevada e vai diminuindo á medida que se aproxima da costa e, conforme já
mencionado por França et al. (1976), o limite entre as fácies terrígenas e cárbonáticas é
abrupto e o mesmo padrão é observado para as algas calcárias.
Uma característica importante também levantada por Batista et al. (2007) é a
característica dos foraminíferos serem grandes, o que também pode estar auxiliando na
produção carbonática deste ambiente recifal, principalmente nas áreas protegidas pelos
recifes, onde se encontra maior abundância de foraminíferos e menor abundância de
algas calcárias.
76
A precisão da metodologia de análise da concentração de CaCO3 apresentou
resultados satisfatórios, visto que foi possível comparar duas metodologias distintas
(ataques com ácido clorídrico e triagem dos grãos), e foram observadas baixas
diferenças entre os dois métodos (média menor do que 5%).
A média da análise granulométrica do sedimento na região da crista e frontal dos
recifes apresentou uma granulação grossa e, assim como já citado por França et al.
(1976), a área mais protegida pelos recifes evidenciou a presença de granulação um
pouco mais fina. As médias obtidas no canal apresentaram um padrão longitudinal
diferente das médias observadas nos recifes. Observa-se o predomínio da areia grossa
na porção mais ao sul do canal, e a areia média mais ao norte.
A tendência do grau de seleção ser pobre e da curtose ser baixa evidencia a
presença de sedimentos polimodais (Suguio, 1973). O que pode ser confirmado
analisando os gráficos de distribuição granulométrica (Anexo 2.1).
Observando os valores de desvio padrão dos perfis foi possível distinguir
diferenças nos pontos amostrais coletados sobre os recifes daqueles coletados no canal,
permitindo inferir, segundo Suguio (1973), em diferentes agentes selecionadores. Na
região do retrorecife e da crista se distribuíram os sedimentos mais selecionados e no
canal se distribuíram os maiores valores de desvio padrão, isto é, sedimentos menos
selecionados.
A assimetria em praticamente todos os pontos amostrais é negativa, com alguns
pontos positivos principalmente na região frontal dos recifes. O significado físico da
assimetria não pode ser interpretado muito facilmente, podendo refletir erros de
amostragem bem como ação de agente com transporte seletivo (Suguio, 1973).
A análise comparativa entre as Classificações Faciológicas (Wentworth (1922) e
Folk Ward (1957) apud Suguio (1973)) e as Análises Multivariadas (Análise de
Componentes Principais e Análise de Agrupamento) permitiram destacar a importância
expressa pela média e desvio padrão para agruparem os pontos amostrais similares. A
Análise de Componentes Principais destacou melhor a classificação pela média,
dividindo-os na Componente Principal Um (CP1) e a Análise de Agrupamento permitiu
agrupar com maior facilidade a classificação quanto ao grau de seleção, formando dois
grandes grupos, moderadamente selecionados e pobremente selecionados.
Observando os gráficos da distribuição granulométrica de freqüência acumulada
em escala logarítmica e comparando com as populações apresentadas por Dias (2004) é
possível constatar a presença da população de rolamento e arraste (retas com maior
77
horizontalidade no gráfico), presença de populações de saltação em pontos amostrais
moderadamente selecionados (retas verticais) e poucas expressões de população de
suspensão.
O Cascalho foi representado pelos rodólitos com presença de moluscos em
alguns pontos amostrais, característica comum não só na região Nordeste do Brasil
(Kempf, 1967; Kempf et al., 1967; França et al., 1976; Kempf, 1980; Coutinho, 1981;
Testa & Bosence, 1999 e Dias, 2000 ) como em várias regiões do mundo (Bosence,
1983b; Bosence, 1985; Trifleman, et al., 1992 e Dias, 2000).
A análise espacial da distribuição do diâmetro médio dos seixos revelou padrões
semelhantes da média das frações menores apresentada na análise granulométrica.
Observam-se diâmetros maiores na região frontal e crista dos recifes, quando
comparadas com os pontos amostrais protegidos pelos recifes, sobre o canal. Observa-se
também o mesmo padrão longitudinal nos pontos amostrais presentes no canal, onde os
diâmetros maiores encontram-se ao sul e os menores, ao norte do canal.
Os rodólitos mais esféricos se distribuíram em pontos localizados na região da
crista e frontal do recife, os rodólitos discoidais se limitaram no norte do canal e região
do retrorecife enquanto que os rodólitos elípticos predominaram na região frontal dos
recifes e região sul do canal, fato que pode estar relacionado à influência da corrente
local, visto que a ocorrência dos rodólitos também é controlada pela hidrodinâmica
(Kempf, 1980; Bosence, 1983a).
Experimentos realizados utilizando modelos computacionais e testes com
rodólitos em um tanque de ondas mostraram que os rodólitos elipsoidais são mais
facilmente transportados, seguido dos esferoidais, sendo os discoidais os mais estáveis
(Bosence, 1983a). Isto indica que possivelmente a região norte do Canal de São Róque
e áreas protegidas pelos recifes apresentam sedimentos com maior tempo de residência.
Foram encontradas poucas áreas de rodólitos ramificados, o eu dificultou a
análise da densidade de ramificações. As ramificações apresentam uma forte relação
com batimento de ondas (Bosence, 1983a). Os rodólitos mais ramificados (Ramificação
II ou III) foram encontrados no canal.
As análises Multivariadas permitiram destacar a importância do diâmetro médio
dos rodólidos, separando os pontos amostrais com diâmetros maiores e menores do que
dois centímetros, além de permitir destacar alguns pontos amostrais de menor
esfericidade e rodólitos com classificação Discoidal Laminar Fina.
78
6 CONCLUSÃO
O presente estudo permitiu concluir que o complexo recifal do Parracho de
Maracajaú é um ambiente carbonático dominado por algas calcárias em toda área, com
presença de foraminíferos (filo Rhizopoda) principalmente no Canal de São Roque e
pontos localizados de Gastrópodas e Echinodermata, na região frontal do recife, e
Bivalvias no centro do canal.
A granulometria se distribuiu principalmente nas frações grossas dos
sedimentos, sendo possível destacar uma área delimitada na região norte do canal
classificada como areia média. O mesmo padrão de variação do diâmetro é observado
nos rodólitos.
A grande fragmentação dos componentes bióticos e o predomínio de rodólitos
elípticos com pouco ou nenhuma ramificação indicam um ambiente de alta energia
hidrodinâmica.
As análises multivariadas permitiram determinar grupos similares quanto às
características dos sedimentos, frisando que as duas análises, Componentes Principais e
Agrupamento, foram importantes para a da distinção dos agrupamentos. As análises
multivariadas dos componentes biogênicos auxiliaram na decisão dos grupos com
predomínio de algas calcárias e os subdomínios do filo Rhizopoda, filo Mollusca,
Porífera e Echinodermata. A análise Multivariada dos dados de granulometria,
comparado com as classificações faciológicas, demonstraram a importância da Média e
Desvio Padrão para formação de grupos similares.
A análise espacial utilizando interpolação de dados demonstrou as variações
superficiais de cada característica levantada (Componentes Biogênicos, Concentração
de Carbonatos e Granulometria), além da variação dos grupos similares levantados na
análise Multivariada (Biofácies, Classificação Faciológica da Análise Granulométrica e
Classificação de Rodólitos), permitindo distinguir diferenças nos padrões espaciais das
características do sedimento, principalmente entre os Parrachos de Maracajaú e o canal
de São Roque, destacando-se também padrões logitudinais presentes nas duas feições
propondo indícios de fatores hidrodinâmicos.
79
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WHITTEN, D. G. A. & BROOKS, J. R. V. Dictionary of Geology. Penguin Books, 1983, 321 p.
85
8 ANEXOS
8.1 Anexo 1 – Fotos
8.1.1 Análise táctil-visual
Figura 44: Fotos ponto amostral 01.
Figura 45: Fotos ponto amostral 02.
86
Figura 46: Fotos ponto amostral 03.
Figura 47: Fotos ponto amostral 04.
87
Figura 48: Fotos ponto amostral 05.
Figura 49: Fotos ponto amostral 06.
88
Figura 50: Fotos ponto amostral 07.
Figura 51: Fotos ponto amostral 08.
89
Figura 52: Fotos ponto amostral 09.
Figura 53: Fotos ponto amostral 10.
90
Figura 54: Fotos ponto amostral 11.
Figura 55: Fotos ponto amostral 12.
91
Figura 56: Fotos ponto amostral 13.
Figura 57: Fotos ponto amostral 14.
92
Figura 58: Fotos ponto amostral 15.
Figura 59: Fotos ponto amostral 16.
93
Figura 60: Fotos ponto amostral 17
Figura 61: Fotos ponto amostral 18.
94
Figura 62: Fotos ponto amostral 19.
Figura 63: Fotos ponto amostral 20.
95
Figura 64: Fotos ponto amostral 21.
Figura 65: Fotos ponto amostral 22.
96
Figura 66: Fotos ponto amostral 23.
Figura 67: Fotos ponto amostral 24.
97
Figura 68: Fotos ponto amostral 25.
Figura 69: Fotos ponto amostral 26.
98
Figura 70: Fotos ponto amostral 27.
Figura 71: Fotos ponto amostral 28.
99
Figura 72: Fotos ponto amostral 29.
Figura 73: Fotos ponto amostral 30.
100
8.1.2 Triagem
Figura 74: Artículos de algas calcárias.
Figura 75: Testas de foraminíferos.
Figura 76: Conchas de moluscos da classe Gastrópoda.
Figura 77: Conchas de moluscos da classe Bivalvia.
Figura 78: Espículas de esponjas, bolacha do mar e espinho de ouriço.
101
8.2 Anexo 2 – Gráficos
8.2.1 Distribuição do tamanho dos grãos
Figura 79: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 01.
Figura 80 Distribuição Granulométrica do ponto amostral 02.
102
Figura 81: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 03.
Figura 82: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 04.
103
Figura 83: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 05.
Figura 84: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 06.
104
Figura 85: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 07.
Figura 86: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 08.
105
Figura 87: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 09.
Figura 88: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 10.
106
Figura 89: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 11.
Figura 90: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 12.
107
Figura 91: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 13.
Figura 92: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 14.
108
Figura 93: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 15.
Figura 94: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 16.
109
Figura 95: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 17.
Figura 96: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 18.
110
Figura 97: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 19.
Figura 98: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 20.
111
Figura 99: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 21.
Figura 100: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 22.
112
Figura 101: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 23.
Figura 102: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 24.
113
Figura 103: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 25.
Figura 104: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 26.
114
Figura 105: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 27.
Figura 106: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 28.
115
Figura 107: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 29.
Figura 108: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 30.
116
8.2.2 Distribuição do diâmetro dos rodólitos
Figura 109: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 01.
Figura 110: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 02.
117
Figura 111: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 03.
Figura 112: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 04.
118
Figura 113: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 05.
Figura 114: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 06.
119
Figura 115: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 07.
Figura 116: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 08.
120
Figura 117: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 09.
Figura 118: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 10.
121
Figura 119: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 11.
Figura 120: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 12.
122
Figura 121: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 13.
Figura 122: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 14.
123
Figura 123: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 15.
Figura 124: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 16.
124
Figura 125: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 17.
Figura 126: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 18.
125
Figura 127: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 19.
Figura 128: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 20.
126
Figura 129: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 21.
Figura 130: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 22.
127
Figura 131: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 23.
Figura 132: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 24.
128
Figura 133: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 25.
Figura 134: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 26.
129
Figura 135: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 27.
Figura 136: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 28.
130
Figura 137: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 29.
Figura 138: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 30.
131
8.3 Anexo 3 - Tabelas
Tabela 12: Informações gerais da coleta de sedimento. PA Latitude Longitude Prof. Data Hora Peso (g) 1 -5,37149 -35,315121 5,1 18/03/2008 08:21 1094,2 2 -5,36337 -35,298481 6,8 18/03/2008 08:34 427,8 3 -5,35484 -35,281432 5,0 18/03/2008 08:50 1820,9 4 -5,34644 -35,264929 8,9 18/03/2008 09:06 396,8 5 -5,33749 -35,248287 10,1 21/03/2008 10:25 1162 6 -5,3879 -35,306742 4,7 18/03/2008 10:00 964 7 -5,37977 -35,290238 7,0 18/03/2008 09:53 1627 8 -5,37124 -35,273325 3,5 18/03/2008 09:40 545,2 9 -5,36298 -35,256821 6,8 18/03/2008 09:22 702,9
10 -5,3539 -35,239906 11,5 21/03/2008 10:05 867,2 11 -5,40474 -35,298759 5,3 18/03/2008 10:15 1012,9 12 -5,39648 -35,281846 7,3 18/03/2008 10:25 669,3 13 -5,38822 -35,264933 3,2 18/03/2008 10:35 1239,2 14 -5,37928 -35,247882 5,4 21/03/2008 11:02 1055,9 15 -5,37101 -35,231922 12,0 21/03/2008 09:48 809,7 16 -5,42146 -35,290109 - 07/07/2008 08:35 980,3 17 -5,41306 -35,273603 - 07/07/2008 09:20 369 18 -5,40466 -35,256689 - 21/03/2008 09:37 627,9 19 -5,3964 -35,240048 8,9 20/03/2008 11:18 781,2 20 -5,38773 -35,22327 12,8 20/03/2008 11:06 1063,2 21 -5,43818 -35,281975 - 07/07/2008 12:38 100 22 -5,43005 -35,26547 - 07/07/2008 12:10 664 23 -5,42152 -35,248283 4,9 21/03/2008 11:27 1168,1 24 -5,41326 -35,231641 9,7 20/03/2008 11:31 1207,7 25 -5,40472 -35,214863 12,2 20/03/2008 10:56 847,6 26 -5,45445 -35,273322 6,4 21/03/2008 11:57 420,26 27 -5,44619 -35,256816 9,1 21/03/2008 11:47 390,4 28 -5,43806 -35,239902 8,0 21/03/2008 11:38 2327,2 29 -5,42966 -35,222987 11,2 20/03/2008 11:43 754,5 30 -5,42126 -35,206481 12,5 20/03/2008 10:44 1302,8
132
Tabela 13: Dados levantados na triagem do grão
PA
Alg
as c
alcá
rias
For
amin
ífer
os
Gas
tróp
oda
Biv
alvi
a
Ech
inod
erm
ata
Esp
ícul
as
Grã
os
carb
onát
icos
Qua
rtzo
Total
1 116 15 5 0 0 0 57 40 233 2 100 13 3 2 0 5 70 16 209 3 35 3 0 0 0 0 162 10 210 4 60 13 1 0 0 1 124 14 213 5 59 20 8 0 0 0 105 14 206 6 49 39 9 3 0 0 77 34 211 7 110 38 13 3 0 0 20 13 197 8 160 3 2 2 0 3 40 0 210 9 50 11 2 1 1 0 130 7 202
10 46 17 6 0 5 0 125 17 216 11 80 55 8 0 0 0 62 6 211 12 55 13 3 1 0 1 125 20 218 13 49 18 4 0 0 0 125 9 205 14 123 2 2 0 0 0 65 8 200 15 80 9 6 2 2 0 75 8 182 16 49 41 6 2 1 1 92 8 200 17 70 20 7 0 1 0 105 8 211 18 51 11 2 0 1 0 128 7 200 19 53 9 6 2 3 0 122 6 201 20 52 10 15 0 1 0 111 4 193 21 54 74 6 0 1 0 49 16 200 22 32 18 5 0 1 0 138 16 210 23 85 28 3 1 1 0 106 16 240 24 60 18 1 0 0 0 121 1 201 25 50 11 7 0 0 0 132 9 209 26 11 18 9 1 1 42 105 15 202 27 36 23 0 0 0 0 95 46 200 28 44 9 0 0 0 0 135 8 196 29 50 18 2 0 1 1 103 40 215 30 33 10 2 0 0 0 141 10 196
Total 1902 587 143 20 20 54 3045 426 6197 Média 63 20 5 1 1 2 102 14 207
Desv.pad. 32 16 4 1 1 8 34 11 11
133
Tabela 14: Componentes biogênicos do sedimento.
PA
Alg
as c
alcá
rias
For
amin
ífer
os
Gas
tróp
oda
Esp
ícul
as
Biv
alvi
a
Ech
inod
erm
ata
1 85,3 11,0 3,7 0,0 0,0 0,0 2 81,3 10,6 2,4 4,1 1,6 0,0 3 92,1 7,9 0,0 0,0 0,0 0,0 4 80,0 17,3 1,3 1,3 0,0 0,0 5 67,8 23,0 9,2 0,0 0,0 0,0 6 49,0 39,0 9,0 0,0 3,0 0,0 7 67,1 23,2 7,9 0,0 1,8 0,0 8 94,1 1,8 1,2 1,8 1,2 0,0 9 76,9 16,9 3,1 0,0 1,5 1,5
10 62,2 23,0 8,1 0,0 0,0 6,8 11 55,9 38,5 5,6 0,0 0,0 0,0 12 75,3 17,8 4,1 1,4 1,4 0,0 13 69,0 25,4 5,6 0,0 0,0 0,0 14 96,9 1,6 1,6 0,0 0,0 0,0 15 80,8 9,1 6,1 0,0 2,0 2,0 16 49,0 41,0 6,0 2,0 1,0 1,0 17 71,4 20,4 7,1 0,0 1,0 0,0 18 78,5 16,9 3,1 0,0 1,5 0,0 19 72,6 12,3 8,2 0,0 2,7 4,1 20 66,7 12,8 19,2 0,0 0,0 1,3 21 40,0 54,8 4,4 0,0 0,7 0,0 22 57,1 32,1 8,9 0,0 1,8 0,0 23 72,0 23,7 2,5 0,0 0,8 0,8 24 75,9 22,8 1,3 0,0 0,0 0,0 25 73,5 16,2 10,3 0,0 0,0 0,0 26 13,4 22,0 11,0 51,2 1,2 1,2 27 61,0 39,0 0,0 0,0 0,0 0,0 28 83,0 17,0 0,0 0,0 0,0 0,0 29 69,4 25,0 2,8 1,4 0,0 1,4 30 73,3 22,2 4,4 0,0 0,0 0,0
Média 69,7 21,5 5,3 2,1 0,8 0,7 Desv.pad. 16,9 12,0 4,2 9,3 0,9 1,5
134
Tabela 15: Porcentagem de carbonato de cálcio calculado através do método do ataque com ácido e triagem do grão.
PA % CaCO3 Diferença
HCl Triagem 1 81,1 82,8 1,8 2 86,8 92,3 5,5 3 94,3 95,2 1,0 4 93,1 93,4 0,4 5 93,4 93,2 0,2 6 75,7 83,9 8,2 7 88,5 93,4 4,9 8 93,0 100,0 7,0 9 92,8 96,5 3,7
10 90,4 92,1 1,7 11 92,2 97,2 5,0 12 88,9 90,8 2,0 13 94,5 95,6 1,1 14 95,1 96,0 0,9 15 90,7 95,6 4,9 16 85,2 96,0 10,8 17 93,3 96,2 2,9 18 95,7 96,5 0,8 19 95,7 97,0 1,3 20 94,7 97,9 3,2 21 78,1 92,0 13,9 22 97,0 92,4 4,7 23 99,0 93,3 5,6 24 96,4 99,5 3,1 25 93,2 95,7 2,5 26 87,4 92,6 5,1 27 81,5 77,0 4,5 28 95,7 95,9 0,2 29 92,4 81,4 11,0 30 93,0 94,9 1,9
Média 91,0 93,2 4,0 Desv. Pad. 5,7 5,3 3,4
135
Tabela 16: Granulometria do sedimento em gramas.
PA Granulometria (mm)
2 1,4 1 0,71 0,5 0,355 0,25 0,18 0,125 0,09 0,062 pan 1 2,81 4,10 3,81 7,28 8,08 12,06 31,89 20,59 6,95 2,06 0,33 0,03 2 10,02 7,26 5,49 10,37 9,04 9,99 20,24 11,53 7,77 5,40 2,19 0,63 3 3,66 5,22 8,18 20,94 21,88 28,01 10,94 0,37 0,43 0,34 0,05 0,02 4 15,37 13,69 9,51 14,79 12,16 13,97 14,30 4,39 1,31 0,38 0,07 0,04 5 25,40 18,56 11,41 15,81 9,34 8,08 7,74 2,85 0,68 0,14 0,05 0,02 6 12,40 9,12 8,94 15,44 14,33 13,83 13,67 5,56 2,93 3,16 0,45 0,10 7 4,26 5,44 5,10 10,71 10,06 12,61 27,77 15,53 5,48 2,09 0,67 0,26 8 4,86 4,51 3,65 6,63 7,59 12,93 24,44 13,47 9,56 7,12 2,96 1,56 9 9,29 16,69 18,42 32,51 13,67 5,66 2,17 0,81 0,49 0,21 0,06 0,03 10 12,88 8,43 5,81 10,32 9,69 14,41 23,72 10,79 3,33 0,48 0,11 0,04 11 7,28 6,01 4,71 8,43 9,40 13,88 23,70 17,32 6,53 2,15 0,41 0,17 12 8,06 8,04 5,56 10,26 8,44 10,35 20,26 15,88 8,79 2,75 0,63 0,71 13 0,56 0,76 1,29 4,45 5,01 8,53 27,75 32,73 15,23 2,45 0,63 0,61 14 0,44 0,53 0,74 2,58 6,63 23,95 22,93 2,16 0,67 0,34 0,08 0,05 15 31,29 20,09 10,76 13,60 8,99 6,90 3,97 1,34 1,24 1,11 0,47 0,23 16 3,72 3,09 3,61 4,05 6,06 7,12 7,89 5,59 2,98 3,19 1,80 0,69 17 6,46 3,49 3,96 4,09 5,43 5,38 6,70 5,45 2,60 1,11 0,38 0,14 18 9,37 8,67 12,08 12,81 13,11 8,81 11,50 16,03 4,68 1,48 0,65 0,36 19 12,82 11,29 9,47 16,79 11,57 12,77 16,08 5,89 2,45 0,66 0,13 0,04 20 16,89 15,29 7,84 10,28 7,46 9,15 14,09 10,47 4,94 2,52 0,78 0,33 21 6,03 4,06 5,18 5,60 7,93 7,93 6,49 3,40 1,33 1,49 0,62 0,15 22 3,62 2,71 3,71 4,35 7,00 8,37 10,33 6,51 2,07 0,86 0,34 0,12 23 2,18 3,01 3,81 8,14 9,05 18,15 39,05 15,75 0,93 0,02 0,01 0,01 24 11,15 9,56 7,16 11,45 9,66 12,83 21,01 11,16 4,84 0,74 0,18 0,13 25 10,09 6,72 5,79 11,53 12,28 16,16 20,53 12,10 4,61 0,22 0,02 0,01 26 5,46 3,29 2,43 3,89 3,03 2,96 2,69 1,38 0,74 0,75 0,27 0,23 27 5,74 5,63 6,83 15,90 18,36 20,58 16,16 4,94 2,29 2,73 0,49 0,30 28 19,73 14,22 7,87 12,10 11,16 13,24 17,41 3,92 0,49 0,04 0,00 0,00 29 15,62 9,71 7,24 13,46 11,54 13,49 15,95 7,44 3,07 2,09 0,29 0,09 30 6,23 6,23 5,49 9,05 8,95 12,07 20,40 21,08 9,70 0,66 0,12 0,03
136
Tabela 17: Distribuição da freqüência granulométrica e freqüência acumulada do sedimento.
PA Distribuição granulométrica (phi) -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 pan
1 2,81 4,10 3,81 7,28 8,08 12,06 31,89 20,59 6,95 2,06 0,33 0,03 Ac. 2,81 6,92 10,73 18,01 26,09 38,15 70,04 90,63 97,58 99,63 99,97 100 2 10,03 7,27 5,49 10,38 9,04 10,00 20,25 11,54 7,77 5,40 2,19 0,63
Ac. 10,03 17,30 22,79 33,17 42,21 52,21 72,46 84,00 91,78 97,18 99,37 100 3 3,66 5,22 8,17 20,93 21,87 28,00 10,93 0,37 0,42 0,34 0,05 0,02
Ac. 3,66 8,88 17,05 37,99 59,86 87,86 98,79 99,16 99,59 99,93 99,98 100 4 15,37 13,69 9,51 14,79 12,17 13,97 14,30 4,39 1,31 0,38 0,07 0,04
Ac. 15,37 29,06 38,57 53,36 65,53 79,50 93,80 98,19 99,51 99,88 99,96 100 5 25,38 18,54 11,40 15,80 9,33 8,07 7,73 2,85 0,68 0,14 0,05 0,02
Ac. 25,38 43,93 55,33 71,13 80,46 88,53 96,26 99,11 99,79 99,93 99,98 100 6 12,41 9,13 8,95 15,45 14,34 13,84 13,67 5,56 2,93 3,17 0,45 0,10
Ac. 12,41 21,53 30,48 45,93 60,27 74,11 87,78 93,35 96,28 99,44 99,90 100 7 4,27 5,44 5,10 10,72 10,06 12,61 27,77 15,54 5,48 2,09 0,67 0,26
Ac. 4,27 9,71 14,81 25,52 35,58 48,19 75,97 91,50 96,98 99,08 99,74 100 8 4,90 4,54 3,68 6,68 7,64 13,03 24,61 13,57 9,63 7,17 2,98 1,57
Ac. 4,90 9,44 13,12 19,80 27,44 40,47 65,08 78,65 88,27 95,45 98,43 100 9 9,29 16,69 18,42 32,51 13,68 5,66 2,17 0,81 0,49 0,21 0,06 0,03
Ac. 9,29 25,98 44,40 76,92 90,59 96,25 98,42 99,22 99,71 99,92 99,97 100 10 12,88 8,43 5,81 10,32 9,69 14,41 23,72 10,79 3,33 0,48 0,11 0,04 Ac. 12,88 21,31 27,12 37,44 47,13 61,54 85,26 96,04 99,37 99,85 99,96 100 11 7,28 6,01 4,71 8,43 9,40 13,88 23,70 17,32 6,53 2,15 0,41 0,17 Ac. 7,28 13,29 18,00 26,43 35,83 49,71 73,42 90,74 97,28 99,42 99,83 100 12 8,08 8,06 5,58 10,29 8,47 10,38 20,31 15,92 8,82 2,76 0,63 0,71 Ac. 8,08 16,14 21,71 32,00 40,47 50,84 71,16 87,08 95,90 98,65 99,29 100 13 0,56 0,76 1,29 4,45 5,01 8,53 27,75 32,73 15,23 2,45 0,63 0,61 Ac. 0,56 1,32 2,61 7,05 12,06 20,59 48,34 81,07 96,30 98,76 99,39 100 14 0,73 0,87 1,20 4,22 10,84 39,21 37,53 3,53 1,10 0,55 0,12 0,08 Ac. 0,73 1,60 2,80 7,02 17,87 57,07 94,60 98,14 99,24 99,79 99,92 100 15 31,29 20,09 10,76 13,60 8,99 6,90 3,97 1,34 1,24 1,11 0,47 0,23 Ac. 31,29 51,38 62,15 75,75 84,74 91,64 95,61 96,95 98,19 99,30 99,77 100 16 7,48 6,21 7,25 8,13 12,17 14,30 15,85 11,22 5,99 6,41 3,62 1,38 Ac. 7,48 13,68 20,93 29,06 41,23 55,53 71,38 82,60 88,58 95,00 98,62 100 17 14,29 7,72 8,77 9,05 12,01 11,91 14,83 12,05 5,76 2,45 0,85 0,32 Ac. 14,29 22,02 30,78 39,83 51,84 63,74 78,57 90,63 96,38 98,84 99,68 100 18 9,41 8,71 12,14 12,86 13,17 8,85 11,55 16,10 4,70 1,48 0,66 0,36 Ac. 9,41 18,13 30,26 43,13 56,29 65,14 76,69 92,79 97,49 98,98 99,64 100 19 12,83 11,29 9,48 16,80 11,57 12,77 16,09 5,89 2,45 0,66 0,13 0,04 Ac. 12,83 24,12 33,60 50,39 61,96 74,74 90,83 96,72 99,16 99,82 99,96 100 20 16,88 15,29 7,84 10,28 7,45 9,14 14,09 10,47 4,94 2,51 0,78 0,33 Ac. 16,88 32,17 40,01 50,29 57,74 66,88 80,97 91,44 96,38 98,89 99,67 100 21 12,01 8,09 10,32 11,16 15,79 15,79 12,92 6,77 2,65 2,97 1,24 0,29 Ac. 12,01 20,10 30,42 41,58 57,37 73,16 86,08 92,85 95,50 98,47 99,71 100 22 7,24 5,41 7,43 8,70 13,99 16,74 20,66 13,02 4,14 1,73 0,69 0,25 Ac. 7,24 12,65 20,08 28,78 42,77 59,51 80,17 93,19 97,34 99,06 99,75 100 23 2,18 3,01 3,81 8,13 9,04 18,13 39,01 15,73 0,93 0,02 0,01 0,01 Ac. 2,18 5,18 8,99 17,12 26,16 44,29 83,30 99,03 99,96 99,99 99,99 100 24 11,16 9,57 7,17 11,46 9,67 12,84 21,04 11,18 4,85 0,74 0,18 0,13 Ac. 11,16 20,73 27,91 39,37 49,03 61,88 82,92 94,09 98,94 99,68 99,87 100 25 10,09 6,72 5,79 11,53 12,27 16,15 20,51 12,09 4,60 0,22 0,02 0,01 Ac. 10,09 16,81 22,59 34,12 46,39 62,54 83,06 95,15 99,75 99,97 99,99 100 26 20,13 12,14 8,96 14,34 11,17 10,93 9,93 5,10 2,72 2,76 0,99 0,85 Ac. 20,13 32,27 41,23 55,57 66,74 77,67 87,60 92,70 95,41 98,17 99,15 100 27 5,74 5,63 6,83 15,91 18,37 20,60 16,17 4,94 2,29 2,73 0,49 0,30 Ac. 5,74 11,37 18,20 34,11 52,48 73,08 89,25 94,20 96,48 99,22 99,70 100 28 19,69 14,20 7,86 12,08 11,14 13,22 17,38 3,91 0,49 0,04 0,00 0,00 Ac. 19,69 33,89 41,75 53,83 64,97 78,18 95,56 99,47 99,96 100 100 100
137
29 15,62 9,71 7,24 13,46 11,54 13,49 15,95 7,44 3,07 2,09 0,29 0,09 Ac. 15,62 25,34 32,57 46,04 57,58 71,07 87,02 94,47 97,54 99,62 99,91 100 30 6,23 6,23 5,48 9,05 8,95 12,07 20,40 21,08 9,70 0,66 0,12 0,03 Ac. 6,23 12,46 17,95 27,00 35,95 48,02 68,42 89,50 99,19 99,85 99,97 100 Continuação Tabela 18.
138
Tabela 18:Resultado dos percentis calculados. PA phi05 phi16 phi25 phi50 phi75 phi84 phi95 1 -0,67 0,38 0,94 1,72 2,13 2,33 2,81 2 -1,00 -0,56 0,12 1,39 2,11 2,47 3,29 3 -0,82 -0,05 0,24 0,80 1,29 1,44 1,83 4 -1,00 -0,97 -0,61 0,39 1,34 1,66 2,13 5 -1,00 -1,00 -1,00 -0,21 0,71 1,22 1,92 6 -1,00 -0,76 -0,28 0,65 1,53 1,87 2,77 7 -0,90 0,07 0,48 1,54 1,99 2,26 2,81 8 -0,98 0,24 0,86 1,72 2,36 2,77 3,45 9 -1,00 -0,73 -0,50 0,11 0,47 0,77 1,39
10 -1,00 -0,78 -0,16 1,11 1,80 1,98 2,43 11 -1,00 -0,19 0,42 1,50 2,05 2,30 2,82 12 -1,00 -0,49 0,18 1,46 2,12 2,39 2,95 13 0,32 1,26 1,61 2,03 2,40 2,58 2,96 14 0,31 0,94 1,14 1,44 1,77 1,88 2,05 15 -1,00 -1,00 -1,00 -0,51 0,47 0,96 1,92 16 -1,00 -0,31 0,27 1,32 2,16 2,60 3,47 17 -1,00 -0,87 -0,30 0,93 1,89 2,22 2,88 18 -1,00 -0,58 -0,18 0,77 1,93 2,23 2,72 19 -1,00 -0,82 -0,43 0,48 1,50 1,80 2,34 20 -1,00 -1,00 -0,69 0,48 1,80 2,14 2,86 21 -1,00 -0,71 -0,23 0,78 1,57 1,92 2,90 22 -1,00 -0,24 0,30 1,23 1,89 2,15 2,70 23 -0,51 0,44 0,95 1,59 1,92 2,02 2,36 24 -1,00 -0,70 -0,18 1,04 1,83 2,05 2,57 25 -1,00 -0,53 0,12 1,12 1,82 2,04 2,47 26 -1,00 -1,00 -0,76 0,32 1,38 1,82 2,93 27 -1,00 -0,13 0,25 0,94 1,56 1,85 2,66 28 -1,00 -1,00 -0,77 0,35 1,38 1,68 1,99 29 -1,00 -0,97 -0,50 0,68 1,63 1,91 2,57 30 -1,00 -0,15 0,40 1,55 2,16 2,36 2,78
139
Tabela 19: Resultados estatísticos do sedimento.
PA Moda Mediana Média Desvio padrão
Assimetria Curtose
1 2 1,72 1,48 1,02 -0,37 1,2 2 2 1,39 1,1 1,41 -0,2 0,88 3 1,5 0,8 0,73 0,77 -0,18 1,03 4 -1 0,39 0,36 1,13 0,04 0,66 5 -1 -0,21 0 1 0,38 0,7 6 0,5 0,65 0,59 1,23 0,02 0,86 7 2 1,54 1,29 1,11 -0,33 1,01 8 2 1,72 1,58 1,3 -0,19 1,21 9 0,5 0,11 0,05 0,74 -0,02 1
10 2 1,11 0,77 1,21 -0,3 0,72 11 2 1,5 1,2 1,2 -0,33 0,96 12 2 1,46 1,12 1,32 -0,3 0,83 13 2,5 2,03 1,96 0,73 -0,23 1,36 14 1,5 1,44 1,42 0,5 -0,18 1,14 15 -1 -0,51 -0,18 0,93 0,59 0,82 16 2 1,32 1,2 1,4 -0,08 0,97 17 2 0,93 0,76 1,36 -0,08 0,73 18 2,5 0,77 0,81 1,27 0,04 0,72 19 0,5 0,48 0,49 1,16 0,06 0,71 20 -1 0,48 0,54 1,37 0,14 0,64 21 1 0,78 0,67 1,25 -0,03 0,89 22 2 1,23 1,05 1,16 -0,22 0,96 23 2 1,59 1,35 0,83 -0,46 1,21 24 2 1,04 0,8 1,23 -0,2 0,73 25 2 1,12 0,88 1,17 -0,26 0,84 26 -1 0,32 0,38 1,3 0,2 0,75 27 1,5 0,94 0,89 1,05 -0,07 1,15 28 -1 0,35 0,34 1,12 0,04 0,57 29 2 0,68 0,54 1,26 -0,04 0,69 30 2,5 1,55 1,25 1,2 -0,35 0,88
140
Tabela 20: Freqüência simples do sedimento (Classificação Wentworth).
PA GrânuloA.
muito grossa
A. grossa
A. média A. fina
A. muito fina
Silte e argila
1 2,81 7,91 15,36 43,95 27,54 2,39 0,03 2 10,03 12,76 19,42 30,25 19,31 7,60 0,63 3 3,66 13,39 42,80 38,93 0,80 0,39 0,02 4 15,37 23,20 26,96 28,28 5,70 0,45 0,04 5 25,38 29,95 25,13 15,81 3,53 0,19 0,02 6 12,41 18,07 29,79 27,52 8,50 3,61 0,10 7 4,26 10,54 20,77 40,39 21,01 2,76 0,26 8 4,90 8,22 14,32 37,64 23,20 10,15 1,57 9 9,29 35,11 46,18 7,83 1,30 0,27 0,03
10 12,88 14,24 20,01 38,13 14,12 0,59 0,04 11 7,28 10,72 17,83 37,58 23,85 2,56 0,17 12 8,08 13,64 18,75 30,69 24,74 3,39 0,71 13 0,56 2,05 9,46 36,28 47,96 3,08 0,61 14 0,72 2,08 15,07 76,73 4,63 0,69 0,08 15 31,29 30,85 22,59 10,87 2,58 1,58 0,23 16 7,47 13,46 20,31 30,15 17,21 10,02 1,39 17 14,30 16,49 21,07 26,73 17,81 3,30 0,31 18 9,41 20,84 26,04 20,40 20,80 2,14 0,36 19 12,83 20,77 28,37 28,86 8,34 0,79 0,04 20 16,88 23,12 17,73 23,23 15,40 3,30 0,33 21 12,01 18,40 26,95 28,72 9,42 4,20 0,30 22 7,24 12,84 22,70 37,41 17,16 2,40 0,24 23 2,18 6,81 17,17 57,14 16,66 0,03 0,01 24 11,16 16,74 21,14 33,88 16,02 0,92 0,13 25 10,08 12,50 23,80 36,67 16,70 0,24 0,01 26 20,13 21,09 25,52 20,83 7,82 3,76 0,85 27 5,74 12,47 34,28 36,76 7,23 3,22 0,30 28 19,69 22,05 23,22 30,59 4,40 0,04 0,00 29 15,62 16,95 25,00 29,44 10,51 2,38 0,09 30 6,23 11,72 18,00 32,47 30,78 0,78 0,03
141
Tabela 21: Medidas e classificações dos rodólitos. PA N° Eixo1 Eixo2 Eixo3 D Forma Estrutura 1 1 0,1 2,5 5,1 2,6 D Lbox 1 2 1,8 0,4 0,4 0,9 E BIII 1 3 0,2 0,5 1,4 0,7 D L(box) 1 4 0,4 1,5 0,4 0,8 E BIII 1 5 0,6 0,7 1 0,8 D BIV 1 6 3 0,6 1,4 1,7 D c 1 7 0,6 1,1 1 0,9 D BIV 1 8 0,6 0,3 1,1 0,7 D L(box) 1 9 0,1 0,9 0,6 0,5 D L(box) 1 10 0,1 0,5 0,8 0,5 D L(box) 1 11 0,3 0,5 1 0,6 D L(box) 1 12 1,3 0,4 0,3 0,7 E BIII 1 13 1,7 0,3 0,6 0,9 E c 1 14 0,1 0,8 2,2 1,0 D L(box) 1 15 1,3 0,7 0,9 1,0 E BIV 2 1 3,4 2,5 2,8 2,9 E BIII 2 2 5 3,2 3,7 4,0 E BIV 2 3 3,3 1 2 2,1 E BIV 2 4 1,5 0,7 1,1 1,1 E BII 2 5 1,2 1,9 0,6 1,2 E BIV 2 6 1,9 1 8 3,6 E BIII 2 7 1,8 1,5 2,6 2,0 E BIV 2 8 1 2 0,7 1,2 D BIV 2 9 1,7 0,7 1 1,1 E BIV 2 10 2,6 1,1 1,5 1,7 E BIV 2 11 1,2 0,6 0,9 0,9 E BII 2 12 1,8 0,6 1 1,1 E BI 2 13 1,5 0,9 1,3 1,2 E BIV 2 14 1,4 0,5 1,3 1,1 D BIV 2 15 2,2 1,7 0,3 1,4 D BI 3 1 3,2 0,6 2,9 2,2 D L(com) 3 2 3,6 2,7 3,2 3,2 E BIV 3 3 3 2,5 1,8 2,4 E BIII 3 4 4 2,3 2 2,8 E BIV 3 5 1 2,4 0,2 1,2 D L(box) 3 6 0,5 1,3 1,3 1,0 D BIV 3 7 1,9 0,3 1 1,1 D L(com) 3 8 0,6 0,7 1,5 0,9 E c 3 9 3,2 2,6 1,8 2,5 E BIV 3 10 1,2 1,7 0,6 1,2 D BIV 3 11 0,5 1 1,8 1,1 D BIV 3 12 3,2 1,8 1,6 2,2 E BIV 3 13 0,5 1 1,9 1,1 D BIV 3 14 1 0,9 0,4 0,8 D L(com) 3 15 0,4 1,4 2,3 1,4 D L(com) 4 1 3,8 4 3,6 3,8 E BIV 4 2 2,5 3 3,2 2,9 S BII 4 3 4 3,2 1,9 3,0 D BIV 4 4 0,5 1,4 2 1,3 D c 4 5 1 1,2 2,1 1,4 D BIV 4 6 1,3 1,2 2,3 1,6 E BIV 4 7 3,7 3 2,6 3,1 E BIII 4 8 1,9 2,8 2,9 2,5 D BIV 4 9 2 1,2 1,1 1,4 E BIV 4 10 2,4 1,2 2,7 2,1 D BIV 4 11 2 2 1,7 1,9 E BIV 4 12 1,8 2,2 2,4 2,1 D BIV 4 13 2,6 2,9 1 2,2 D BIV
142
4 14 2,7 2,6 3,9 3,1 E BIV 4 15 1,4 2 2,6 2,0 D BIV 5 1 5,8 4,8 3,9 4,8 E BIV 5 2 2,2 1,1 0,5 1,3 D BIV 5 3 4,9 2,8 3,4 3,7 E BIV 5 4 1,4 2 0,6 1,3 E BIII 5 5 4,2 1,7 2,8 2,9 E BIV 5 6 1,9 0,6 0,9 1,1 D BIII 5 7 5,9 3,2 4,7 4,6 E BIV 5 8 4,6 3,8 3,7 4,0 E BIV 5 9 3,7 3,3 2,5 3,2 S BIV 5 10 2,1 1,3 0,7 1,4 D BIV 5 11 2,5 0,9 1,2 1,5 D BIV 5 12 1,2 1,5 0,6 1,1 D BIII 5 13 2,3 1 2,4 1,9 D BIII 5 14 1,7 0,3 0,6 0,9 E BI 5 15 4,5 2,5 2,4 3,1 E BIV 6 1 3,7 3 2,7 3,1 S BIV 6 2 3,2 2,9 2,3 2,8 E BIV 6 3 1,5 1,1 0,8 1,1 E BIV 6 4 1 1 0,1 0,7 D L(box) 6 5 0,8 0,5 0,6 0,6 E BIII 6 6 1,7 0,4 0,4 0,8 E BIV 6 7 1 1,2 0,4 0,9 D L(com) 6 8 1 1 1,2 1,1 E BIV 6 9 0,7 1,3 0,1 0,7 D L(box) 6 10 1,9 0,3 0,5 0,9 E BI 6 11 0,8 0,5 0,4 0,6 E BIV 6 12 3 2,1 2,4 2,5 E BIV 6 13 1 0,3 1,2 0,8 E BII 6 14 1,8 1 1,5 1,4 E BIII 6 15 1,1 1,7 0,5 1,1 D L(com) 7 1 2 2,1 0,8 1,6 E BI 7 2 1,5 1,8 0,9 1,4 E BIV 7 3 0,5 0,9 0,1 0,5 D L(box) 7 4 0,7 0,5 0,1 0,4 D L(box) 7 5 1,5 0,5 0,6 0,9 E BIV 7 6 0,9 0,6 0,1 0,5 D L(box) 7 7 0,7 0,7 0,1 0,5 D L(box) 7 8 0,7 0,6 0,1 0,5 D L(box) 7 9 0,7 0,6 0,2 0,5 D L(box) 7 10 0,1 1,1 1,1 0,8 D L(box) 7 11 0,8 0,8 0,1 0,6 D L(box) 7 12 0,9 0,8 0,2 0,6 D L(box) 7 13 0,2 0,7 0,6 0,5 D L(box) 7 14 0,8 0,2 0,8 0,6 D L(box) 7 15 0,6 0,6 0,2 0,5 D L(box) 8 1 2,8 2,5 0,6 2,0 D L(com) 8 2 2,9 1,7 3 2,5 E BIV 8 3 1,9 0,6 1,1 1,2 E BIV 8 4 6,5 3,5 5 5,0 E BIV 8 5 0,5 0,1 0,2 0,3 E BIII 8 6 1,7 0,1 0,6 0,8 E c 8 7 0,7 1,4 1,9 1,3 E BIII 8 8 1,1 0,6 1 0,9 E BIII 8 9 1,1 0,5 0,8 0,8 E BIII 8 10 4,2 3,5 3,3 3,7 E BIV 8 11 1,7 0,7 1,1 1,2 E BIV 8 12 0,2 0,5 1,2 0,6 D c 8 13 0,3 1,3 0,8 0,8 D BIV
143
8 14 0,2 2 2,6 1,6 D L(com) 8 15 3,2 2,4 3,3 3,0 S BIV 9 1 9 7,9 6,3 7,7 E BIV 9 2 2,8 0,5 2,4 1,9 D c 9 3 2,5 1,5 2 2,0 E BIII 9 4 4 1,5 3 2,8 D BIV 9 5 4 2,5 3,2 3,2 E BIV 9 6 3,3 3,4 2,4 3,0 S BIV 9 7 3,5 2,5 3 3,0 S BIV 9 8 3 1 2 2,0 D BIV 9 9 2,3 2 2,5 2,3 S BIV 9 10 2,8 1,8 2,3 2,3 E BIV 9 11 2,2 1 1 1,4 E c 9 12 3,7 2,5 2,4 2,9 E BIV 9 13 3 2,2 2 2,4 E BIV 9 14 2,3 0,9 1,8 1,7 D BIV 9 15 0,36 0,8 1 0,7 D L(box) 10 1 7,3 4,8 5,4 5,8 E BIV 10 2 2 1,5 1,8 1,8 E BII 10 3 4,5 1,5 4,1 3,4 D BIV 10 4 2,5 2,4 2,1 2,3 S BIII 10 5 1,8 0,7 1,6 1,4 E BIV 10 6 0,4 0,3 0,1 0,3 D L(box) 10 7 1,9 1 1,1 1,3 E BIII 10 8 0,5 0,4 0,1 0,3 D L)box) 10 9 2,8 2,4 1,7 2,3 E BIII 10 10 4,5 1,7 1,6 2,6 E BIV 10 11 4,3 3 2,9 3,4 E BIV 10 12 1,4 0,9 0,4 0,9 D BII 10 13 2,5 1,1 2,3 2,0 E BIV 10 14 1 0,6 0,1 0,6 D L(box) 10 15 2 2,9 1,4 2,1 D BIV 11 1 2 1,4 1 1,5 E BIII 11 2 2,2 2 1 1,7 E BII 11 3 2,2 0,8 1,1 1,4 E BII 11 4 2,5 2 1,2 1,9 E BII 11 5 1,8 1,5 1,3 1,5 E BII 11 6 1,1 1,8 0,1 1,0 D L(box) 11 7 1,5 1,1 0,9 1,2 E BIII 11 8 1,7 1,4 0,9 1,3 E BII 11 9 0,7 0,3 1,4 0,8 D C 11 10 3 1,8 1 1,9 E BIV 11 11 0,5 0,9 1,7 1,0 E BIII 11 12 2,1 0,9 1,4 1,5 E BIV 11 13 1,4 0,9 1,1 1,1 E BIII 11 14 1,3 0,6 1 1,0 E BIV 11 15 1,8 0,9 0,5 1,1 D BIII 12 1 4,1 3,9 3,4 3,8 S BIV 12 2 4,9 4,3 3,5 4,2 E BIV 12 3 3,7 2,7 1 2,5 E BIV 12 4 2,8 2,6 1,7 2,4 E BIV 12 5 2,9 0,9 1 1,6 E BIV 12 6 3,5 2,8 2,9 3,1 S BIII 12 7 1,5 1,3 0,9 1,2 E BIII 12 8 2,3 0,7 0,7 1,2 E BIII 12 9 2,1 4 4,8 3,6 E BIV 12 10 1,3 0,9 0,3 0,8 E BII 12 11 1,5 0,8 0,4 0,9 E BIII 12 12 0,7 0,1 0,6 0,5 D L(box) 12 13 0,8 0,5 0,1 0,5 D L(box)
144
12 14 1,2 0,6 0,5 0,8 E BIV 12 15 2,7 0,9 0,5 1,4 E c 13 1 0,7 0,3 0,8 0,6 D BII 13 2 1,9 0,5 0,4 0,9 D c 13 3 0,6 0,4 1 0,7 E BIII 13 4 0,2 1 0,3 0,5 D c 13 5 0,8 0,5 0,3 0,5 D L(box) 13 6 0,3 0,3 0,1 0,2 D L(box) 13 7 0,9 0,6 0,1 0,5 D L(box) 13 8 0,9 0,5 0,1 0,5 D L(box) 13 9 1,3 1 0,3 0,9 D L(box) 13 10 1 0,4 0,05 0,5 D L(box) 13 11 0,7 0,7 0,05 0,5 D L(box) 13 12 0,7 0,6 0,1 0,5 D L(box) 13 13 1,6 0,4 0,05 0,7 D L(box) 13 14 0,6 0,5 0,1 0,4 D L(box) 13 15 0,7 0,6 0,05 0,5 D L(box) 14 1 3,2 4 4,2 3,8 D BIV 14 2 5,7 4,8 6,7 5,7 D BIV 14 3 4,6 4,5 4,4 4,5 S BIV 14 4 3,4 3,2 4,8 3,8 E BIV 14 5 3,2 0,7 1,2 1,7 D c 14 6 2 2,6 2,9 2,5 D BIV 14 7 4,6 6,2 4,5 5,1 E BIV 14 8 2,5 4,4 2,9 3,3 E BIV 14 9 1,7 3,9 6,9 4,2 D BIV 14 10 3,2 4,7 5,9 4,6 D BIV 14 11 1,6 2,7 3,9 2,7 D BIV 14 12 2,6 2,9 3,6 3,0 S BIV 14 13 1,7 2,9 2,6 2,4 E BIV 14 14 2,9 2,2 3,3 2,8 D BIV 14 15 2,8 2,9 3 2,9 S BIV 15 1 5 6,1 7,4 6,2 E BIV 15 2 2,4 1,7 2,9 2,3 E BIV 15 3 2,3 1,9 1,7 2,0 E BIV 15 4 0,4 0,4 1 0,6 E BI 15 5 1,2 1,9 2,3 1,8 D BIII 15 6 4,1 3,2 4,8 4,0 E BIV 15 7 1,4 1 2,3 1,6 E BIV 15 8 0,4 0,9 0,7 0,7 D L(box) 15 9 4 3,1 5,6 4,2 E BIV 15 10 3 1,4 3,6 2,7 D BIV 15 11 1,7 1,1 1,5 1,4 E BIII 15 12 4,2 3,1 4,1 3,8 E BIV 15 13 3,3 1,5 4 2,9 D BIV 15 14 2,3 2,1 3 2,5 E BIV 15 15 2,3 1,6 2 2,0 E BIV 16 1 4,8 2,8 2,6 3,4 E BIV 16 2 3,6 2,7 2,8 3,0 S BIV 16 3 5,8 5,4 4,6 5,3 E BIII 16 4 2,6 1,4 0,8 1,6 E BII 16 5 2,2 1,6 1,7 1,8 E BIV 16 6 2 1,9 1,1 1,7 D BIII 16 7 4 1,1 1,8 2,3 E BIII 16 8 5,7 4,7 5,7 5,4 D BIII 16 9 6 3,7 3,5 4,4 E BIII 16 10 2,5 1 0,9 1,5 E BIV 16 11 2,4 2,2 2,5 2,4 S BII 16 12 1,7 0,6 0,5 0,9 E BIII 16 13 2,8 1,4 1 1,7 D BIV
145
16 14 3,3 1,9 1,5 2,2 E BIV 16 15 3 2 2,3 2,4 E BIII 17 1 3,8 4,3 3,3 3,8 S BIV 17 2 3,5 3,4 2,7 3,2 S BIV 17 3 3,3 2,2 2,1 2,5 E BIII 17 4 2,1 1 1,3 1,5 E BIV 17 5 2,3 1,2 0,9 1,5 E BIII 17 6 2,1 1,5 1 1,5 D BIV 17 7 3,6 3,4 2,6 3,2 E BIV 17 8 2,4 1,8 1,2 1,8 E BIII 17 9 1,8 1,4 0,9 1,4 E BIII 17 10 3,1 1,3 1,7 2,0 E BIV 17 11 2 1,6 1,1 1,6 E BIV 17 12 5,4 4,7 4,9 5,0 S BIV 17 13 3 2,1 2,3 2,5 E BIV 17 14 2,2 1,4 2 1,9 E BIV 17 15 1,2 0,8 1,1 1,0 E BIV 18 1 7,4 3,4 5,7 5,5 E BIV 18 2 3,7 1,4 3,4 2,8 D BIV 18 3 4,1 2,7 2,1 3,0 E BIV 18 4 0,1 2,9 1,7 1,6 D L(box) 18 5 2 2,8 0,8 1,9 D BIV 18 6 2,2 1,5 0,6 1,4 D BIV 18 7 4,1 3 0,9 2,7 D BIV 18 8 2,3 1,9 0,7 1,6 D BIV 18 9 1,2 1,5 0,3 1,0 E BIII 18 10 1,5 1,3 0,8 1,2 E BIV 18 11 1,2 0,1 1,3 0,9 D L(box) 18 12 1,2 1 0,2 0,8 D L(box) 18 13 1 1,4 0,6 1,0 E BIII 18 14 1,5 0,6 0,4 0,8 E BIII 18 15 3,8 2,4 1,1 2,4 D BIV 19 1 7,4 8,1 6,1 7,2 S BIV 19 2 3,8 3,5 2,9 3,4 E BIII 19 3 2,7 0,9 1,7 1,8 D c 19 4 0,4 0,8 1,2 0,8 D BIV 19 5 5,7 4,2 1,5 3,8 D BIV 19 6 2,3 1,7 1,8 1,9 E BIV 19 7 10,3 8,4 4,1 7,6 D BIV 19 8 0,6 0,2 0,8 0,5 E BIV 19 9 4 3,3 3,5 3,6 S BIII 19 10 2,2 0,6 1,5 1,4 D L(com) 19 11 0,9 0,2 0,5 0,5 E BII 19 12 3,5 2,2 3 2,9 E BIV 19 13 1,6 0,5 0,9 1,0 E c 19 14 1,1 2,3 2,5 2,0 D BIV 19 15 1,2 0,7 1 1,0 E BIV 20 1 4 3,4 3,2 3,5 S BIII 20 2 3,6 2 1,4 2,3 S BIII 20 3 3,7 3,3 3,2 3,4 E BIII 20 4 4,5 3 3,3 3,6 E BIV 20 5 2,5 2,3 2,9 2,6 S BIV 20 6 3,2 2,5 3,69 3,1 D BIV 20 7 3 1,7 1,6 2,1 E BIII 20 8 3,5 2,7 3,3 3,2 S BIV 20 9 2 1,5 2,5 2,0 E BIII 20 10 4,4 2,6 4,2 3,7 S BIV 20 11 3,4 1,5 2,8 2,6 D BIV 20 12 2,5 2 4 2,8 E BIII 20 13 2,4 1,6 3,1 2,4 D BIV
146
20 14 3,4 2,6 3,5 3,2 E BIV 20 15 2,2 3,1 1,9 2,4 E BIV 21 1 8 5,1 6,8 6,6 E BIII 21 2 4,3 2,3 2,5 3,0 E BIV 21 3 3,7 3,2 3 3,3 E BIII 21 4 6,9 5,3 4,8 5,7 E BIV 21 5 3 2,1 1,5 2,2 E BIII 21 6 3,2 3,2 3,3 3,2 S BIV 21 7 3,7 3,4 2,8 3,3 E BII 21 8 2,7 1,4 1,3 1,8 E c 21 9 3,6 2,1 2,8 2,8 E BIV 21 10 1,4 0,6 0,3 0,8 E BII 21 11 0,5 1,8 1,5 1,3 D BIV 21 12 3 2,6 1,8 2,5 E BIV 21 13 1,3 0,4 0,4 0,7 E c 21 14 0,9 1 0,8 0,9 S BII 21 15 1,7 1 0,8 1,2 E BII 22 1 4,7 3,4 3,7 3,9 E BIII 22 2 4,7 2,3 0,9 2,6 D L(CON) 22 3 3,5 2 1,8 2,4 E BIV 22 4 4,1 3,6 2,9 3,5 S BIV 22 5 3,3 3 2 2,8 E BIV 22 6 1,1 1,6 0,7 1,1 E BII 22 7 2,3 1,8 0,7 1,6 D L(CON) 22 8 2,2 1,8 1,7 1,9 E BIV 22 9 1,3 0,7 1,1 1,0 E BII 22 10 0,4 0,3 0,1 0,3 D L(BOX) 22 11 1,3 0,9 0,4 0,9 E BII 22 12 1,7 1,2 0,5 1,1 D BII 22 13 2,2 1,7 0,9 1,6 E BIII 22 14 0,8 0,4 0,1 0,4 D L(BOX) 22 15 1 0,9 0,2 0,7 D L(BOX) 23 1 3,4 2,5 2,2 2,7 E BIV 23 2 3,3 0,4 1,4 1,7 E L(box) 23 3 4,4 2,7 3,5 3,5 E BIV 23 4 1,9 1,3 0,7 1,3 D L(com) 23 5 2,4 1,8 1,4 1,9 E BIV 23 6 1,2 1,2 0,6 1,0 D L(com) 23 7 1,7 1 0,8 1,2 E BIV 23 8 2,6 2,5 1,7 2,3 E BIV 23 9 2 0,9 0,4 1,1 E L(box) 23 10 1,8 1 0,7 1,2 E BIV 23 11 12,1 1,2 1,1 4,8 E BIV 23 12 1,4 0,8 0,3 0,8 D L(box) 23 13 1,3 0,6 0,5 0,8 E c 23 14 1,5 1,4 0,8 1,2 D BIV 23 15 1,4 1 0,8 1,1 E BIV 24 1 5,7 7,2 10,1 7,7 E BIV 24 2 7 5,9 5 6,0 S BIV 24 3 4,7 3,7 2,7 3,7 E BIV 24 4 3,8 2,2 2,3 2,8 E BIV 24 5 2,4 2,5 2,7 2,5 S BIII 24 6 2,1 1,4 0,6 1,4 D L(box) 24 7 3,2 2,7 1,5 2,5 D BIV 24 8 2,5 1,3 1,5 1,8 E BIII 24 9 2,5 2 1,4 2,0 E BIV 24 10 3 1,8 0,8 1,9 D BIV 24 11 3,9 2,8 2,9 3,2 E BIV 24 12 1,1 1,4 0,2 0,9 D L(box) 24 13 1,5 1,8 1 1,4 E BIV
147
24 14 5 3 2,5 3,5 E BIII 24 15 4 1,4 3,2 2,9 D L(com) 25 1 5,4 3,8 3,6 4,3 E BIV 25 2 2,9 4,1 3,5 3,5 S BIV 25 3 3,5 1,5 2 2,3 E BIII 25 4 0,3 1,5 0,9 0,9 D BIV 25 5 2,5 1,2 1,9 1,9 E BIV 25 6 2,1 3,3 2 2,5 E BIV 25 7 1 1,2 1,2 1,1 S BII 25 8 1 2,5 2,6 2,0 D BIV 25 9 3,8 3,3 2,7 3,3 E BIV 25 10 0,9 1,5 1,7 1,4 D BIV 25 11 1,8 0,4 0,9 1,0 E c 25 12 3,4 2,5 2,6 2,8 E BIV 25 13 0,9 0,8 0,1 0,6 D L(box) 25 14 2 0,5 0,9 1,1 E BIII 25 15 3,7 1,3 2,5 2,5 E BIV 26 1 2,7 6,3 3,4 4,1 D BIV 26 2 3,3 6,9 3 4,4 E BIV 26 3 2,6 0,4 2 1,7 D L(box) 26 4 2 2,1 2,7 2,3 S BIV 26 5 3 2 4,1 3,0 E BIV 26 6 2,4 1,5 2,1 2,0 D BIV 26 7 2 2,8 1,6 2,1 E BIV 26 8 4 3,5 4 3,8 S BIV 26 9 2,4 1,5 3,2 2,4 D BIV 26 10 0,5 0,7 2,1 1,1 E c 26 11 2,6 0,8 1,9 1,8 D BIV 26 12 0,1 1,3 2,8 1,4 D L(com) 26 13 1,7 1,1 1,6 1,5 D BIII 26 14 2,5 2,1 2,4 2,3 S BIV 26 15 3,7 2,8 2,7 3,1 E BIV 27 1 4,9 4 3 4,0 E BIV 27 2 2,7 1,2 1 1,6 E BIV 27 3 2,5 1,7 0,6 1,6 D L(com) 27 4 4,3 4,1 4,6 4,3 E BIV 27 5 2,7 1,8 0,6 1,7 D L(com) 27 6 2,9 1,7 2 2,2 E BIV 27 7 4 2,1 1,8 2,6 D BIV 27 8 2,7 0,8 1,7 1,7 D L(com) 27 9 2,1 2,5 2 2,2 S BIV 27 10 0,9 0,2 0,2 0,4 E BI 27 11 2,5 0,6 0,5 1,2 E BIV 27 12 2,1 2,7 1,8 2,2 E BIV 27 13 1,2 2 2,5 1,9 D BIV 27 14 2,7 1,5 1,4 1,9 E BIV 27 15 1 1,1 0,8 1,0 E BIII 28 1 5 3 3,1 3,7 E BIV 28 2 2,3 2 1,7 2,0 E BIV 28 3 3,7 1,7 2,9 2,8 E BIV 28 4 1,3 0,8 0,4 0,8 E BIII 28 5 2,9 2 2 2,3 S BIII 28 6 2,3 1,3 0,3 1,3 D BIV 28 7 1,4 1,2 0,4 1,0 D L(com) 28 8 1,8 1,5 0,5 1,3 D L(com) 28 9 1,7 2,4 0,3 1,5 D L(com) 28 10 3,6 3,1 3,2 3,3 S BIII 28 11 1 0,2 5,5 2,2 E BIII 28 12 2,5 1,4 1,5 1,8 E BIII 28 13 1,8 2,2 0,4 1,5 D L(com)
148
28 14 3,2 2,1 2 2,4 E BIV 28 15 2,8 1,5 2,2 2,2 E BIV 29 1 7,7 4,4 2,6 4,9 E BIV 29 2 8,4 3,6 5 5,7 E BIV 29 3 5,4 1,6 2,7 3,2 E BIV 29 4 6 5,3 4 5,1 D BIV 29 5 1,6 0,5 0,8 1,0 E BIII 29 6 4,5 3 3,4 3,6 E BIII 29 7 2,9 0,9 2,5 2,1 D L(com) 29 8 3,5 1,5 3,5 2,8 E BIII 29 9 3,5 2,1 2,4 2,7 E BIII 29 10 2,7 2,5 0,7 2,0 D L(com) 29 11 2,9 2,5 1,9 2,4 S BIV 29 12 7 5,7 4 5,6 E BIV 29 13 5 5 4,7 4,9 S BIV 29 14 4,3 3,8 4,5 4,2 S BIV 29 15 5 1,5 3,4 3,3 D BIV 30 1 7 7 5,5 6,5 E BIV 30 2 9,4 3,8 3,5 5,6 S BIV 30 3 4 3,2 3,4 3,5 S BIV 30 4 7,9 3,2 4 5,0 S BIV 30 5 1,5 1 1,2 1,2 E BIII 30 6 4,2 3 1,8 3,0 D BIV 30 7 1,3 1 0,7 1,0 E BIII 30 8 4,7 2,5 4 3,7 E BIV 30 9 2,7 1,3 1,5 1,8 E BIII 30 10 6,5 4,8 3,5 4,9 E BIV 30 11 4,2 3 3,2 3,5 E BIV 30 12 5 3 2,7 3,6 E BIV 30 13 4,4 3,5 3 3,6 E BIV 30 14 2,3 1,5 0,7 1,5 E BIII 30 15 2,3 0,8 1,3 1,5 E BIV
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Tabela 22: Medidas e Classificações médias dos rodólitos. PA DM(cm) Desv.Pad. EM VM(cm3) Forma Estrutura1 0,9 0,5 3,1 2,1 E BIII 2 0,9 1,0 2,1 35,4 E BIV e BII 3 1,7 0,8 2,1 27,9 D BIV 4 2,3 0,7 1,5 62,5 E BIV 5 2,5 1,4 2,0 112,1 D BIV 6 1,3 0,8 2,1 20,8 D BIV 7 0,9 0,5 2,0 2,0 D Lbox 8 1,7 1,3 2,2 59,7 E BIV 9 2,6 1,6 1,6 176,7 E BIV
10 2,0 1,4 1,8 88,0 E BIV 11 1,3 0,3 1,9 9,6 E BIV 12 1,9 1,3 2,1 63,4 D BIV 13 0,6 0,2 2,8 0,5 E BIV 14 3,5 1,1 1,6 222,0 E BIV 15 2,6 1,5 1,5 139,4 D Lbox 16 2,7 1,4 1,8 139,8 E BIV 17 2,3 1,1 1,5 85,3 E BIV 18 1,9 1,2 2,0 61,2 E BII e BIII 19 2,6 2,2 1,6 247,3 E BIV 20 2,9 0,6 1,4 102,9 E BIV 21 2,6 1,7 1,6 177,5 E BIV 22 1,7 1,1 1,8 45,0 E BIV 23 1,8 1,1 2,5 29,2 E BIV 24 2,9 1,8 1,5 230,2 E BIV 25 2,1 1,1 1,7 63,1 E BIV 26 2,5 1,0 1,9 82,9 E BIV 27 2,0 1,0 2,0 59,0 E BIV 28 2,0 0,8 1,6 43,3 E BIV 29 3,6 1,4 1,7 243,9 D Lbox 30 3,3 1,7 1,7 239,6 D BIV
150
8.4 Anexo 4 – Programação
8.4.1 Rotina de análise granulométrica
1 % ROTINA DE ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DO SEDIMENTO 2 3 % - Entrada de dados. 4 5 clear, clc 6 m=input('Entre com o nome do arquivo entre plicks:'); 7 eval(m); 8 dados = m; 9 10 % Tamanho da matriz de dados. 11 [m,n] = size(dados); 12 13 for i = 1:m; 14 15 % 1 - GRANULOMETRIA 16 17 % Tamanho do grão (mm). 18 tg = [ 2 1.4 1 0.71 0.5 0.355 0.250 0.18 0.125 0.09 0.0625 0.04]; 19 20 % Tamanho do grão (phi). 21 phi = -log2(tg); 22 23 % Concentração de CaCO3. 24 ca = dados(i,n); 25 26 % Dimenciona a matriz de granulometria. 27 spg = 1:n-1; 28 29 % Obtém a matriz de granulometria. 30 pg = dados(i,spg); 31 32 % Soma dos dados de peso das frações. 33 pt = sum(pg); 34 35 % Calcula a porcentagem de cada fração. 36 cg = (pg.*100)./pt; 37 38 % Calcula aporcentagem acumulada. 39 ac = cumsum(cg); 40 41 % 2 - ANÁLISE ESTATÍSTICA 42 43 %Calcula o logarítmo de cada porcentagem referente. 44 acl = log(ac); 45 l95 = log(95); 46 l84 = log(84); 47 l75 = log(75); 48 l50 = log(50); 49 l25 = log(25); 50 l16 = log(16); 51 l05 = log(05); 52 53 % Encontra os valores menores e maiores que a porcentagem referente. 54 acl95 = find(acl<l95);
151
55 acl84 = find(acl<l84); 56 acl75 = find(acl<l75); 57 acl50 = find(acl<l50); 58 acl25 = find(acl<l25); 59 acl16 = find(acl<l16); 60 acl05 = find(acl<l05); 61 62 acl95m = find(acl>l95); 63 acl84m = find(acl>l84); 64 acl75m = find(acl>l75); 65 acl50m = find(acl>l50); 66 acl25m = find(acl>l25); 67 acl16m = find(acl>l16); 68 acl05m = find(acl>l05); 69 70 % Calcula quantos valores existem menores do que a porcentagem 71 % referente. 72 eacl95 = length(acl95); 73 eacl84 = length(acl84); 74 eacl75 = length(acl75); 75 eacl50 = length(acl50); 76 eacl25 = length(acl25); 77 eacl16 = length(acl16); 78 eacl05 = length(acl05); 79 80 % Caso não existam valores menores que a porcentagem referente, o valor 81 %de phi referente será o primeiro valor de phi. 82 if eacl95 == 0 83 lnphi95 = phi(1); 84 85 else 86 % Encontra a porcentagem subsequente abaixo e acima da porcentagem 87 %referente. 88 acl95a = max(acl95); 89 acl95b = min(acl95m); 90 91 % Define os valores das porcentagens. 92 acmal95 = acl(acl95b); 93 acmel95 = acl(acl95a); 94 95 % Obtém os valores de phi referentes às porcentagens subsequentes. 96 phimal95 = phi(acl95b); 97 phimel95 = phi(acl95a); 98 99 % Diferença entre os phi's (maior e menor). 100 dif1l95 = phimal95 - phimel95; 101 102 % Diferença entre as porcentagens (maior e menor). 103 dif2l95 = acmal95 - acmel95; 104 105 % Diferença da porcentagem referente (95) e a porcentagem 106 %subsequentemente menor. 107 dif3l95 = l95 - acmel95; 108 109 % Cálculo do phi referente através da semelhança de triângulos 110 % retângulos. 111 lnphi95 = ((abs(dif1l95) * dif3l95)/(dif2l95))+phimel95; 112 end 113 114 if eacl84 == 0
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115 lnphi84 = phi(1); 116 else 117 acl84 = find(acl<l84); 118 acl84m = find(acl>l84); 119 120 acl84a = max(acl84); 121 acl84b = min(acl84m); 122 123 acmal84 = acl(acl84b); 124 acmel84 = acl(acl84a); 125 phimal84 = phi(acl84b); 126 phimel84 = phi(acl84a); 127 128 dif1l84 = phimal84 - phimel84; 129 dif2l84 = acmal84 - acmel84; 130 dif3l84 = l84 - acmel84; 131 132 lnphi84 = ((abs(dif1l84) * dif3l84)/(dif2l84))+phimel84; 133 end 134 135 if eacl75 == 0 136 lnphi75 = phi(1); 137 else 138 acl75 = find(acl<l75); 139 acl75m = find(acl>l75); 140 141 acl75a = max(acl75); 142 acl75b = min(acl75m); 143 144 acmal75 = acl(acl75b); 145 acmel75 = acl(acl75a); 146 phimal75 = phi(acl75b); 147 phimel75 = phi(acl75a); 148 149 dif1l75 = phimal75 - phimel75; 150 dif2l75 = acmal75 - acmel75; 151 dif3l75 = l75 - acmel75; 152 153 lnphi75 = ((abs(dif1l75) * dif3l75)/(dif2l75))+phimel75; 154 end 155 156 if eacl50 == 0 157 lnphi50 = phi(1); 158 else 159 acl50 = find(acl<l50); 160 acl50m = find(acl>l50); 161 162 acl50a = max(acl50); 163 acl50b = min(acl50m); 164 165 acmal50 = acl(acl50b); 166 acmel50 = acl(acl50a); 167 phimal50 = phi(acl50b); 168 phimel50 = phi(acl50a); 169 170 dif1l50 = phimal50 - phimel50; 171 dif2l50 = acmal50 - acmel50; 172 dif3l50 = l50 - acmel50; 173 174 lnphi50 = ((abs(dif1l50) * dif3l50)/(dif2l50))+phimel50;
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175 end 176 177 if eacl25 == 0 178 lnphi25 = phi(1); 179 else 180 acl25 = find(acl<l25); 181 acl25m = find(acl>l25); 182 183 acl25a = max(acl25); 184 acl25b = min(acl25m); 185 186 acmal25 = acl(acl25b); 187 acmel25 = acl(acl25a); 188 phimal25 = phi(acl25b); 189 phimel25 = phi(acl25a); 190 191 dif1l25 = phimal25 - phimel25; 192 dif2l25 = acmal25 - acmel25; 193 dif3l25 = l25 - acmel25; 194 195 lnphi25 = ((abs(dif1l25) * dif3l25)/(dif2l25))+phimel25; 196 197 end 198 199 if eacl16 == 0 200 lnphi16 = phi(1); 201 else 202 acl16 = find(acl<l16); 203 acl16m = find(acl>l16); 204 205 acl16a = max(acl16); 206 acl16b = min(acl16m); 207 208 acmal16 = acl(acl16b); 209 acmel16 = acl(acl16a); 210 phimal16 = phi(acl16b); 211 phimel16 = phi(acl16a); 212 213 dif1l16 = phimal16 - phimel16; 214 dif2l16 = acmal16 - acmel16; 215 dif3l16 = l16 - acmel16; 216 217 lnphi16 = ((abs(dif1l16) * dif3l16)/(dif2l16))+phimel16; 218 219 end 220 221 if eacl05 == 0 222 lnphi05 = phi(1); 223 else 224 acl05 = find(acl<l05); 225 acl05m = find(acl>l05); 226 227 acl05a = max(acl05); 228 acl05b = min(acl05m); 229 230 acmal05 = acl(acl05b); 231 acmel05 = acl(acl05a); 232 phimal05 = phi(acl05b); 233 phimel05 = phi(acl05a); 234
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235 dif1l05 = phimal05 - phimel05; 236 dif2l05 = acmal05 - acmel05; 237 dif3l05 = l05 - acmel05; 238 239 lnphi05 = ((abs(dif1l05) * dif3l05)/(dif2l05))+phimel05; 240 end 241 242 % Cálculo da Moda. 243 cgmax = max(cg); 244 pmoda = find(cg==cgmax); 245 errmoda = length(pmoda); 246 if errmoda>1 247 pmoda = pmoda(1); 248 end 249 moda = phi(pmoda); 250 251 % Mediana (Trask (1930). 252 mediana = lnphi50; 253 254 % Media (Folk e Ward (1957)). 255 media = (lnphi84+lnphi50+lnphi16)/3; 256 257 % Desvio Padrao (Folk e Ward (1957)). 258 desvpad = ((lnphi84 - lnphi16)/4)+((lnphi95-lnphi05)/6.6); 259 260 % Assimetria (Folk e Ward (1957)). 261 assimetria = ((lnphi16+lnphi84 - (2*lnphi50))/(2*(lnphi84-lnphi16)))+((lnphi05+lnphi95 - (2*lnphi50))/(2*(lnphi95-lnphi05))); 262 263 % Curtose (Folk e Ward (1957)). 264 curtose = (lnphi95 - lnphi05)/(2.44*(lnphi75 - lnphi25)); 265 266 % Obtem os valores em duas casas decimais depois da virgula. 267 moda = moda*10; 268 medianag = mediana*100; 269 mediag = media * 100; 270 desvpadg = desvpad * 100; 271 assimetriag = assimetria * 100; 272 curtoseg = curtose * 100; 273 274 moda = round(moda); 275 medianaar = round(medianag); 276 mediaar = round(mediag); 277 desvpadar = round(desvpadg); 278 assimetriaar = round(assimetriag); 279 curtosear = round(curtoseg); 280 281 moda = moda/10; 282 mediana = medianaar/100; 283 media = mediaar/100; 284 desvpad = desvpadar/100; 285 assimetria = assimetriaar/100; 286 curtose = curtosear/100; 287 288 % 3 - APRESENTAÇÃO DAS ANÁLISES GRANULOMÉTRICAS 289 290 % - Figura 1: Curva de Frequencia simples, Acumulada aritmética e 291 %Acumulada logarítmica 292 293 % Tamanho dos eixos x e y, respectivamente.
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294 ma = max(phi); 295 mi = min(phi); 296 297 figure(1) 298 299 % - Escala logarítmica. 300 semilogy(phi,ac,'o-k','LineWidth',1.4) 301 302 %Subtítulos eixo X e Y 303 xlabel('Granulometria (PHI)','FontSize',12)304 ylabel('Escala Logarítmica (-o-) ','FontSize',12) 305 306 % Define o tamanho dos eixos. 307 axis([mi ma 0 100]) 308 309 % Fundo branco. 310 set(gcf,'Color',[1,1,1]) 311 312 % Sem grades. 313 grid off 314 315 % Destacam-se as porcentagens referentes. 316 text(mi,5,['5 ---'],'HorizontalAlignment','center','color','k','FontSize',8); 317 text(mi,16,['16 ---'],'HorizontalAlignment','center','color','k','FontSize',8); 318 text(mi,25,['25 ---'],'HorizontalAlignment','center','color','k','FontSize',8); 319 text(mi,50,['50 ---'],'HorizontalAlignment','center','color','k','FontSize',8); 320 text(mi,75,['75 ---'],'HorizontalAlignment','center','color','k','FontSize',8); 321 text(mi,84,['84 ---'],'HorizontalAlignment','center','color','k','FontSize',8); 322 text(mi,95,['95 ---'],'HorizontalAlignment','center','color','k','FontSize',8); 323 324 %Interpolação de dados aritméticos 325 h1 = gca; 326 h2 = axes('Position',get(h1,'Position')); 327 xx = mi:.02:ma; 328 yy1 = spline(phi,cg,xx); 329 yy2 = spline(phi,ac,xx); 330 331 % - Escala Aritmética. 332 plot(xx,yy1,'-k',xx,yy2,'-k','LineWidth',1.4) 333 ylabel('Escala Aritmética (-)','FontSize',12) 334 axis([mi ma 0 100]) 335 336 % Localização e configuração do eixo Y 337 set(h2,'YAxisLocation','right','Color','none','XTickLabel',[]) 338 set(h2,'XLim',get(h1,'XLim'),'Layer','top')339 set(gca,'YTickLabel',{'0';'';'';'';'';'50';'';'';'';'';'100'}) 340 341 % Insere o PA e os dados estatísticos no gráfico. 342 pa = num2str(i) 343 srtmod = num2str(moda); 344 srtmed = num2str(media); 345 srtmen = num2str(mediana); 346 srtdvp = num2str(desvpad); 347 srtass = num2str(assimetria); 348 srtcrt = num2str(curtose); 349 srtca = num2str(ca); 350 351 text(3.24,90,['PA ',pa],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',11,'FontWeight','bold'); 352 text(3.24,85,['CaCO_3= ',srtca,'%'],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',10);
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353 text(3.24,80,['Moda= ',srtmod],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',10); 354 text(3.24,75,['Mediana= ',srtmen],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',10); 355 text(3.24,70,['Média= ',srtmed],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',10); 356 text(3.24,65,['DesvPad= ',srtdvp],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',10); 357 text(3.24,60,['Assimetria= ',srtass],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',10); 358 text(3.24,55,['Curtose= ',srtcrt],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',10); 359 360 % 4 - CLASSIFICAÇÃO FACIOLÓGICA 361 362 % - Classificação por frequencia simples (Wentworth) 363 364 % Encontra a posição e a porcentagem referente a cada classe. 365 pgranulo = find (tg>=2); 366 mgranulo = cg(pgranulo); 367 pamgrossa = find(tg>=1 & tg<2); 368 mamuitogrossa = cg(pamgrossa); 369 pagrossa = find(tg>=0.5 & tg<1); 370 magrossa = cg(pagrossa); 371 pamedia = find(tg>=0.25 & tg<0.5); 372 mamedia = cg(pamedia); 373 pafina = find(tg>=0.125 & tg<0.25); 374 mafina = cg(pafina); 375 pamuitofina = find(tg>=0.0625 & tg<0.125); 376 mamuitofina = cg(pamuitofina); 377 psilte_argila = find(tg>=0.04 & tg<0.0625); 378 msilte_argila = cg(psilte_argila); 379 380 % Soma as porcentagens de cada classificação. 381 granulo = sum(mgranulo); 382 amuitogrossa = sum(mamuitogrossa); 383 agrossa = sum(magrossa); 384 amedia = sum(mamedia); 385 afina = sum(mafina); 386 amuitofina = sum(mamuitofina); 387 silte_argila = sum(msilte_argila); 388 389 % Arredonda os valores. 390 agranulo = round(granulo); 391 aamuitogrossa =round(amuitogrossa); 392 aagrossa = round(agrossa); 393 aamedia = round(amedia); 394 aafina = round(afina); 395 aamuitofina = round(amuitofina); 396 asilte_argila = round(silte_argila); 397 398 % - Classificação pela média (Wentworth). 399 400 if media <=-1; 401 clm = ('grânulo'); 402 end 403 if media >-1 & media<=0 404 clm = ('areia muito grossa'); 405 end 406 if media >0 & media<=1 407 clm = ('areia grossa'); 408 end 409 if media >1 & media<=2 410 clm = ('areia média'); 411 end 412 if media >2 & media <=3
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413 clm = ('areia fina'); 414 end 415 if media>3 & media<= 4 416 clm = ('areia muito fina'); 417 end 418 if media>4& media <=5 419 clm = ('silte-argila'); 420 end 421 422 clme = cellstr(clm); 423 424 % - Classificação Folk e Ward. 425 426 % Desvio Padrão. 427 if desvpad < 0.35 428 cldv = ('muito bem selecionado, '); 429 end 430 if desvpad >=0.35 & desvpad <0.5 431 cldv = ('bem selecionado, '); 432 end 433 if desvpad >=0.50 & desvpad <1.00 434 cldv = ('moderadamente selecionado, ');435 end 436 if desvpad >=1.00 & desvpad <2.00 437 cldv = ('pobremente selecionado, '); 438 end 439 if desvpad >=2.00 & desvpad <4.00 440 cldv = ('muito pobremente selecionado, '); 441 end 442 if desvpad >=4.00 443 cldv = ('extremamente mal selecionado, '); 444 end 445 446 % Assimetria. 447 if assimetria >= -1 & assimetria <-0.30 448 clas = ('assimetria muito negativa, ');449 end 450 if assimetria >= -0.30 & assimetria <-0.10 451 clas = ('assimetria negativa, '); 452 end 453 if assimetria >= -0.10 & assimetria <0.10 454 clas = ('aproximadamente simétrica, ');455 end 456 if assimetria >= 0.10 & assimetria <0.30 457 clas = ('assimetria positiva, '); 458 end 459 if assimetria >= 0.30 & assimetria <1.00 460 clas = ('assimetria muito positiva, ');461 end 462 463 % Curtose. 464 if curtose< 0.67 465 clcr = ('muito platicúrtica'); 466 end 467 if curtose >=0.67 & curtose <0.90 468 clcr = ('platicúrtica'); 469 end 470 if curtose >=0.90 & curtose <1.11 471 clcr = ('mesocúrtica'); 472 end
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473 if curtose >=1.11 & curtose <1.50 474 clcr = ('leptocúrtica'); 475 end 476 if curtose >=1.50 & curtose <3.00 477 clcr = ('muito leptocúrtica'); 478 end 479 if curtose >=3.00 480 clcr = ('extremamente leptocúrtica'); 481 end 482 483 % Organiza os dados. 484 mcfw = [cldv clas clcr]; 485 cfw = cellstr(mcfw); 486 487 % - Classificação Vital, et al (2005). 488 489 % Define as variáveis. 490 carbonatos = ca; 491 slamosos = silte_argila; 492 areias = amuitofina + afina + amedia + agrossa + amuitogrossa; 493 areia_lama = slamosos+areias; 494 granulos = granulo; 495 496 % Sedimentos Lamosos. 497 if slamosos >= 15 498 if ca < 30 499 class_las = ('lama terrígena - LL1'); 500 elseif ca >= 30 & ca < 50 501 class_las = ('lama arenosa - LL2');502 elseif ca >= 50 & ca < 70 503 class_las = ('marga calcária - LB1'); 504 elseif ca >= 70 505 class_las = ('lama calcária - LB2'); 506 end 507 508 % Areias. 509 elseif slamosos < 15 & mediana >-1 510 if granulos < 15 511 if ca < 30 512 class_las = ('areia siliciclástica - AL1b'); 513 elseif ca >= 30 & ca < 50 514 class_las = ('areia silici-bioclática - AL2b'); 515 elseif ca >= 50 & ca < 70 516 class_las = ('areia bio-siliciclástica - AB1b'); 517 elseif ca>= 70 518 class_las = ('areia bioclástica - AB2b'); 519 end 520 elseif granulos >= 15 & granulos < 50 521 if ca < 30 522 class_las = ('areia siliciclástica - AL1a'); 523 elseif ca >= 30 & ca < 50 524 class_las = ('areia silici-bioclástica - AL2a'); 525 elseif ca >= 50 & ca < 70 526 class_las = ('areia bio-siliciclástica - AB1a'); 527 elseif ca >= 70 528 class_las = ('areia bioclástica com granulos - AB2a'); 529 end 530 end 531 532 % Grânulos.
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533 elseif slamosos < 15 & mediana <=-1 534 if ca < 30 535 class_las = ('Cascalho siliciclástico - CL1'); 536 elseif ca >= 30 & ca < 50 537 class_las = ('Cascalho silici-bioclástico - CL2'); 538 elseif ca >= 50 & ca < 70 539 class_las = ('Cascalho bio-siliciclástico - CB1'); 540 elseif ca >= 70 541 class_las = ('Cascalho bioclástico - CB2'); 542 end 543 end 544 545 %Organiza os dados. 546 mclar = [class_las]; 547 clar = cellstr(mclar); 548 549 % 5 - SAIDA DOS DADOS 550 551 % Organização dos dados. 552 grca = [cg ca]; 553 est = [lnphi05, lnphi16,lnphi25, lnphi50,lnphi75, lnphi84, lnphi95, moda, mediana, media, desvpad, assimetria, curtose]; 554 te = length(est); 555 cfs = [granulo, amuitogrossa, agrossa, amedia, afina, amuitofina, silte_argila]; 556 tcfs = length(cfs); 557 cffw = [cfw]; 558 tcfw = length(cffw); 559 cfla = [clar]; 560 tcla = length(cfla); 561 cfme = [clme]; 562 tcme = length(cfme); 563 564 % Salva a figura em formato tif. 565 saveas(figure(1),[pa 'gran.tif']); 566 567 % Fecha a figura. 568 if i>1 569 close (figure(1)) 570 571 end 572 573 % Montagem das Tabelas. 574 tbgr(i,1:n) = grca; 575 tbes(i,1:te) = est; 576 tbcf(i,1:tcfs)= cfs; 577 tbfw(i,1:tcfw)= cffw; 578 tbla(i,1:tcla) = cfla; 579 tbme(i,1:tcme) = cfme; 580 581 end 582 583 % Salva as tabelas em formato .xls 584 xlswrite('granulometria.xls',tbgr) 585 xlswrite('estatística.xls',tbes) 586 xlswrite('freqsimples.xls',tbcf) 587 xlswrite('folkward',tbfw) 588 xlswrite('vital.xls',tbla) 589 xlswrite('média.xls',tbme) 590 591 % - FIM.
160
Matriz de entrada de dados granulométricos (m):
m = [02.81 04.10 03.81 07.28 08.08 12.06 31.89 20.59 06.95 2.06 0.33 0.03 81 10.02 07.26 05.49 10.37 09.04 09.99 20.24 11.53 07.77 5.40 2.19 0.63 87 03.66 05.22 08.18 20.94 21.88 28.01 10.94 00.37 00.43 0.34 0.05 0.02 94 15.37 13.69 09.51 14.79 12.16 13.97 14.30 04.39 01.31 0.38 0.07 0.04 93 25.40 18.56 11.41 15.81 09.34 08.08 07.74 02.85 00.68 0.14 0.05 0.02 93 12.40 09.12 08.94 15.44 14.33 13.83 13.67 05.56 02.93 3.16 0.45 0.10 76 04.26 05.44 05.10 10.71 10.06 12.61 27.77 15.53 05.48 2.09 0.67 0.26 89 04.86 04.51 03.65 06.63 07.59 12.93 24.44 13.47 09.56 7.12 2.96 1.56 93 09.29 16.69 18.42 32.51 13.67 05.66 02.17 00.81 00.49 0.21 0.06 0.03 93 12.88 08.43 05.81 10.32 09.69 14.41 23.72 10.79 03.33 0.48 0.11 0.04 90 07.28 06.01 04.71 08.43 09.40 13.88 23.70 17.32 06.53 2.15 0.41 0.17 92 08.06 08.04 05.56 10.26 08.44 10.35 20.26 15.88 08.79 2.75 0.63 0.71 89 00.56 00.76 01.29 04.45 05.01 08.53 27.75 32.73 15.23 2.45 0.63 0.61 94 00.44 00.53 00.74 02.58 06.63 23.95 22.93 02.16 00.67 0.34 0.08 0.05 95 31.29 20.09 10.76 13.60 08.99 06.90 03.97 01.34 01.24 1.11 0.47 0.23 91 03.72 03.09 03.61 04.05 06.06 07.12 07.89 05.59 02.98 3.19 1.80 0.69 85 06.46 03.49 03.96 04.09 05.43 05.38 06.70 05.45 02.60 1.11 0.38 0.14 93 09.37 08.67 12.08 12.81 13.11 08.81 11.50 16.03 04.68 1.48 0.65 0.36 96 12.82 11.29 09.47 16.79 11.57 12.77 16.08 05.89 02.45 0.66 0.13 0.04 96 16.89 15.29 07.84 10.28 07.46 09.15 14.09 10.47 04.94 2.52 0.78 0.33 95 06.03 04.06 05.18 05.60 07.93 07.93 06.49 03.40 01.33 1.49 0.62 0.15 78 03.62 02.71 03.71 04.35 07.00 08.37 10.33 06.51 02.07 0.86 0.34 0.12 97 02.18 03.01 03.81 08.14 09.05 18.15 39.05 15.75 00.93 0.02 0.01 0.01 99 11.15 09.56 07.16 11.45 09.66 12.83 21.01 11.16 04.84 0.74 0.18 0.13 96 10.09 06.72 05.79 11.53 12.28 16.16 20.53 12.10 04.61 0.22 0.02 0.01 93 05.46 03.29 02.43 03.89 03.03 02.96 02.69 01.38 00.74 0.75 0.27 0.23 87 05.74 05.63 06.83 15.90 18.36 20.58 16.16 04.94 02.29 2.73 0.49 0.30 82 19.73 14.22 07.87 12.10 11.16 13.24 17.41 03.92 00.49 0.04 0.00 0.00 96 15.62 09.71 07.24 13.46 11.54 13.49 15.95 07.44 03.07 2.09 0.29 0.09 92 06.23 06.23 05.49 09.05 08.95 12.07 20.40 21.08 09.70 0.66 0.12 0.03 93];
161
8.4.2 Testes de mesa da rotina AGRAN
Figura 139: Teste de mesa do programa de análise granulométrica.
162
8.4.3 Teste com o programa GRADISTAT
SAMPLE STATISTICS
SAMPLE IDENTITY: PA27 ANALYST & DATE: Eduardo, 21012009
SAMPLE TYPE: Bimodal, Poorly Sorted TEXTURAL GROUP: Gravelly SandSEDIMENT NAME: Very Fine Gravelly Medium Sand
GRAIN SIZE DISTRIBUTION MODE 1: GRAVEL: COARSE SAND: 34,3%MODE 2: SAND: MEDIUM SAND: 36,8%MODE 3: MUD: FINE SAND: 7,2%
D10: V FINE SAND: 3,2%
MEDIAN or D50: V COARSE GRAVEL: V COARSE SILT: 0,0%
D90: COARSE GRAVEL: COARSE SILT: 0,0%
(D90 / D10): MEDIUM GRAVEL: MEDIUM SILT: 0,0%
(D90 - D10): FINE GRAVEL: FINE SILT: 0,0%
(D75 / D25): V FINE GRAVEL: V FINE SILT: 0,0%
(D75 - D25): V COARSE SAND: CLAY: 0,0%
Logarithmicφ
MEAN : 0,887SORTING (σ): 1,088
SKEWNESS (Sk ): 0,459KURTOSIS (K ): 5,407
FOLK & WARD METHOD
5,7%94,0%0,3%
0,0%0,0%0,0%0,0%5,7%12,5%
Geometric Logarithmic
Symmetrical
φ
-0,082
μm547,1 0,870
1,062
Leptokurtic
Description
Coarse SandPoorly Sorted
2,537523,5
7,369
1,136
2,125-0,4595,407
2,0880,0821,136
μm540,8
Arithmetic
μm717,2
2,072-3,3912,684
Geometric
1,6815,322
μm427,52400,0
237,8524,31527,4
1,343
562,8
1289,7
METHOD OF MOMENTS
φ1,247-1,243
6,424
-0,6110,932
)(x
SAMPLE STATISTICS
SAMPLE IDENTITY: PA29 ANALYST & DATE: Eduardo, 21012009
SAMPLE TYPE: Trimodal, Poorly Sorted TEXTURAL GROUP: Gravelly SandSEDIMENT NAME: Very Fine Gravelly Medium Sand
GRAIN SIZE DISTRIBUTION MODE 1: GRAVEL: COARSE SAND: 25,0%MODE 2: SAND: MEDIUM SAND: 29,4%MODE 3: MUD: FINE SAND: 10,5%
D10: V FINE SAND: 2,4%
MEDIAN or D50: V COARSE GRAVEL: V COARSE SILT: 0,0%
D90: COARSE GRAVEL: COARSE SILT: 0,0%
(D90 / D10): MEDIUM GRAVEL: MEDIUM SILT: 0,0%
(D90 - D10): FINE GRAVEL: FINE SILT: 0,0%
(D75 / D25): V FINE GRAVEL: V FINE SILT: 0,0%
(D75 - D25): V COARSE SAND: CLAY: 0,0%
Logarithmicφ
MEAN : 0,618SORTING (σ): 1,262
SKEWNESS (Sk ): 0,132KURTOSIS (K ): 2,525
FOLK & WARD METHOD
15,6%84,3%0,1%
0,0%0,0%0,0%0,0%15,6%17,0%
Geometric Logarithmic
Symmetrical
φ
-0,084
μm692,2 0,531
1,311
Platykurtic
Description
Coarse SandPoorly Sorted
4,3531091,6
-3,218
0,753
2,398-0,1322,525
2,4820,0840,753
μm651,7
Arithmetic
μm940,9
2,190-1,8643,365
Geometric
0,9122,415
μm2400,0302,5855,0219,2629,42257,4
2,122
764,0
2038,3
METHOD OF MOMENTS
φ-1,2431,7470,247
10,30
-1,1750,668
)(x
Figura 140: Resultados estatísticos do Programa GRADISTAT com os pontos amostrais 27 e 29.
163
8.4.4 Rotina de Agrupamento Cluster 1 clear, clc 2 m=input('Entre com o nome do arquivo entre plicks:'); 3 eval(m); 4 [n,p] = size(m); 5 for i = 1:n-1; 6 for j = i+1:n 7 dado(i,j) = m(i,j); 8 end 9 end 10 Y= pdist(m,'euclidean'); 11 Z= linkage(Y,'average'); 12 13 [H,T] = dendrogram(Z,'orientation','right'); 14 xlabel ('Distância') 15 ylabel('Pontos amostrais')
164