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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO CARACTERIZAÇÃO DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS DE FUNDO DO COMPLEXO RECIFAL DE MARACAJAÚ, RN, BRASIL Autor: Oc. EDUARDO VITARELLI DE QUEIROZ Orientador: Prof. Dr. RICARDO FARIAS DO AMARAL (DG/PPGG-UFRN) Dissertação n°71/PPGG NATAL-RN Dezembro, 2008

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Page 1: CARACTERIZAÇÃO DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS DE … · Medeiros Luiz Vianna, Silvia Amorim, Álvaro Crisanto, Vinícius Carbone, Jordão Douglas e Renato Galdino, pelos auxílios

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

CARACTERIZAÇÃO DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS

DE FUNDO DO COMPLEXO RECIFAL DE MARACAJAÚ,

RN, BRASIL

Autor: Oc. EDUARDO VITARELLI DE QUEIROZ

Orientador:Prof. Dr. RICARDO FARIAS DO AMARAL (DG/PPGG-UFRN)

Dissertação n°71/PPGG

NATAL-RN Dezembro, 2008

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II

CARACTERIZAÇÃO DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS

DE FUNDO DO COMPLEXO RECIFAL DE MARACAJAÚ,

RN, BRASIL

Autor:

Oc. EDUARDO VITARELLI DE QUEIROZ

Dissertação de Mestrado apresentada em 15 de Dezembro de 2008, para obtenção do título de Mestre em Ciências da Terra, com área de concentração em Geodinâmica pelo Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica da UFRN.

Comissão Examinadora:

Prof. Dr. Ricardo Farias do Amaral (DG/PPGG-UFRN - Orientador)

Prof. Dra. Helenice Vital (DG/PPGG-UFRN)

Prof. Dr. Antonio Henrique da F. Klein (CTTMar/UNIVALI)

NATAL-RN Dezembro, 2008

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IV

Dedico este trabalho aos meus pais Augusto César de Queiroz

e Valéria Maria Vitarelli de Queiroz, aos meus irmãos

Graciela Vitarelli de Queiroz e Gustavo Vitarelli de Queiroz, à

minha segunda mãe Eliana Vitarelli Preston, e aos meus

primeiros companheiros de mergulho Carlos Roberto de

Carvalho e Leonardo Stopato de Carvalho.

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IV

Agradecimentos

Agradecimentos especiais ao meu orientador, Dr. Ricardo Farias do Amaral,

principalmente pela paciência e confiança na finalização do trabalho.

À CAPES, pela bolsa de estudos, ao PROMAR pela viabilização do projeto, e à

ONG Oceânica pelo apoio.

Às professoras Maria de Fátima C. F. dos Santos (Professora de

Paleontologia/UFRN), Dra. Liana de Figueiredo Mendes (Professora de Zoologia de

Invertebrados/UFRN) e Dra. Helena Matthews-Cascon (Professora de Zoologia/UFC),

pelas orientações na identificação dos componentes bióticos.

Ao professor Aristotelino Monteiro Ferreira (Professor de Estatística e

Ecologia/UFRN), pelas orientações estatísticas.

À professora Dra. Helenice Vital (Professora de Tópicos Avançados em

Geofísica/UFRN), pelas orientações no âmbito da sedimentologia.

Aos professores Dr. Antonio Carlos Galindo (Professor de Sistema Terra/UFRN) e

Dr. Venerando Eustáquio, (Professor de Processamento Digital de Imagens/UFRN),

pelas conversas e dicas de trabalho, principalmente nas horas mais difíceis.

Ao professor Dr. Edmundo Pereira (Professor de Antropologia/UFRN), pelos

conselhos e acompanhamento do projeto.

À técnica de Laboratório Fátma Maria B. de Morais (Lab. Sedimentologia/UFRN),

pela assistência e coordenação do laboratório.

Á equipe técnica de campo, Anna Cristina Braz Machado (Administradora),

Estevão O. V. Martins (Coordenador), Risonaldo Barbosa da Silva (Mestre da

embarcação), José Maria do Nascimento, (Mergulhador), Altamir Santos Pereira Leite

(Auxiliar técnico), por todo o auxílio de campo.

Aos Estagiários, Iara Gonçalves Costa, Lindenberg de Araújo Correia, Verena de

Medeiros Luiz Vianna, Silvia Amorim, Álvaro Crisanto, Vinícius Carbone, Jordão

Douglas e Renato Galdino, pelos auxílios na execução da etapa de laboratório.

Aos companheiros de trabalho, Guilherme Pierri, Jonas Ricardo dos Santos e

Clébia Bezerra da Silva, por todo o apoio.

Ao Dr. João Luiz Baptista de Carvalho e técnico Marcos Emmendoerfer (O início

de toda a jornada oceanográfica).

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V

À Dra. Valeria Rego, Henrique Cadete, Felipe Santos, Eric Neubauer, Márcio

Martinez, Paulo César do Rego e César Grossi. (Ampliando os estudos oceanográficos).

À minha namorada Aline Sbizera Martinez, pelo amor, carinho e atenção.

Aos amigos Igor, Preto, Aline, Rodrigo, Alexandre, André, Juliana, Karen,

Fernanda, Maria’s, Bia, André (Santos), Bianca, Tati, André (Rato), Paola, CBI, Lui,

Mocotó, Pezão, Lucas, Mauro, Marina, Márcio, Delano, Fátima, Lindaraí, Mauricio e

Mario, pelo companheirismo durante esta etapa da minha vida.

Finalmente, a todas as pessoas que me ajudaram, direta ou indiretamente, mesmo

que por um instante, durante esta caminhada.

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VI

Epígrafe

“Quando da minha viagem a bordo do H. M. S. Beagle, na condição de naturalista,

fiquei deveras impressionado com certos fatos relativos à distribuição dos seres vivos

existentes na América do Sul e às relações geológicas entre a fauna e a flora atual e

extinta de tal continente.”

Charles Darwin

“Ninguém pode, dizia Heráclito, tomar banho duas vezes no mesmo rio, porque o rio de

ontem não é o rio de hoje e não será de amanhã. Esta é a concepção mais exata da

Relatividade: tudo flui, nada para.”

Albert Einstein

“Uma das concepções filosóficas mais importantes do budismo deriva daquilo que é

conhecido como teoria da vacuidade. Em seu coração está o profundo reconhecimento

de que existe uma disparidade fundamental entre o modo como percebemos, inclusive

nossa existência dentro dele, e o modo como as coisas realmente são.”

Sua Santidade, Dalai Lama

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VII

Resumo

O estudo realizado teve como principal objetivo analisar as características dos

sedimentos superficiais de fundo, atuantes localmente, no complexo recifal de

Maracajaú e no canal de São Róque, sob diferentes aspectos: composição biogênica,

concentração de carbonato de cálcio e granulometria do sedimento. Os resultados

apresentaram as variações no sedimento superfícial do fundo marinho quanto à

Biofácies, Análise Granulométrica, Classificação Faciológica e Classificação de

Rodólitos. Observou-se claramente diferentes padrões sedimentológicos existentes nos

recifes e no canal localizado entre os recifes e a costa, refletido em todos os parâmetros

levantados, revelando um ambiente carbonático, com predomínio de algas calcárias,

associadas a um substrato inconsolidado com granulação grossa. Enfatiza-se a

contribuição das algas calcárias na produção de sedimentos carbonáticos, com alguma

influência de foraminíferos próximos à costa. A distribuição granulométrica apresentou

resultados importantes na classificação dos sedimentos. Os sedimentos de tamanho

médio se restringiram no canal numa área protegida pelos recifes, enquanto que o

sedimento com granulação grossa se distribuiu no restante da área, cobrindo parte da

crista e toda região frontal do recife, além de uma região mais ao sul do canal. Rodólitos

elípticos se distribuiram em quase toda área, excluindo apenas uma região ao sul do

canal e protegido pelos recifes com predomínio de rodólitos discoidais. O predomínio

de rodólitos elípticos com pouca ou nenhuma ramificação permite inferir um ambiente

de alta energia hidrodinâmica, e a presença de rodólitos discoidais exclusivamente nos

pontos ao norte do canal de São Roque e protegidos pelos Recifes possivelmente

delimita uma área de menor hidrodinâmica. O presente trabalho constitui mais uma

contribuição para o entendimento das características sedimentológicas atuantes

localmente nos ambientes recifais, em especial os Parrachos de Maracajaú, em virtude

de seu complexo ecossistema composto por uma diversidade de fauna e flora, ainda

pouco estudadas no Brasil, contrapondo ao crescimento acelerado de extrações e

usufrutos dos recursos naturais causando impactos muitas vezes irreversíveis ao meio

ambiente.

Palavras-chaves: Sedimentologia, complexo recifal, depósitos de carbonatos recentes,

Rio Grande do Norte.

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VIII

Abstract

The study carried out in the environment of Maracajaú reef an São Roque channel, had

as main objective to analyze the characteristics of sediments active locally expressed in

the grains, through collections of sediments in the field, technical processing and data

analyzes of sediments. Data processing were made on three main aspects: biotic

composition, concentration of calcium carbonate and particle size of the sediment.

Differences between the sediments of the reefs and channel were observed. It was

emphasized the contribution of algae limestone in the production of carbonate, with

some influence of foraminifera near the coast. The particle size distribution presented

significant results for the understanding of locally sedimentary deposits. The results

showed an environment of carbonate, with predominance of algae limestone, associated

to unconsolidated sediments with gross granularity, besides the presence of rhodoliths

in all samples.The fragmentation of biotic components and the prevalence of elliptical

rhodoliths with little or no branch, indicate an environment of high energy

hydrodynamics. This work is a further contribution to the understanding of

sedimentology active locally in reef environments, in particular the of Maracajaú reef,

by virtue of their complex ecosystem composed of a diversity of wild fauna and flora

that still little studied in Brazil comparing to accelerated growth of teeth extractions and

usufructs of natural resources causing often irreversible impacts to the environment.

Key-words: Sedimentology, reef environment, recente carbonate mound, Rio Grande

do Norte.

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IX

Índice

Agradecimentos .............................................................................................................. IV Epígrafe .......................................................................................................................... VI Resumo .......................................................................................................................... VII Abstract ......................................................................................................................... VIII Índice .............................................................................................................................. IX Lista de Figuras ................................................................................................................ X Lista de Tabelas ........................................................................................................... XIV 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1 2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 3

2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 3 2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 3

3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 4 3.1 Area de Estudo ................................................................................................. 6 3.2 Planejamento de Campo ................................................................................. 17 3.3 Amostragem ................................................................................................... 17 3.4 Pré-tratamento das Amostras .......................................................................... 19 3.5 Tratamento das Amostras ............................................................................... 19 3.6 Processamento dos Dados .............................................................................. 22

4 RESULTADOS ...................................................................................................... 30 4.1 Análise Táctil-visual ....................................................................................... 30 4.2 Composição Biogênica dos Sedimentos ......................................................... 32 4.3 Concentração de Carbonato de Cálcio ........................................................... 444.4 Análise Granulométrica .................................................................................. 48 4.5 Classificação Faciológica ............................................................................... 57 4.6 Granulometria dos Rodólitos .......................................................................... 64 4.7 Classificação dos Rodólitos ............................................................................ 70

5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 74 6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 78 7 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 79 8 ANEXOS ................................................................................................................ 85

8.1 Anexo 1 – Fotos .............................................................................................. 85 8.2 Anexo 2 – Gráficos ....................................................................................... 101 8.3 Anexo 3 - Tabelas ......................................................................................... 131 8.4 Anexo 4 – Programação ............................................................................... 150

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X

Lista de Figuras

Figura 1: Fluxograma metodológico. ............................................................................... 5 Figura 2: Localização da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais. ............... 7 Figura 3: Características gerais da área de estudo. ........................................................... 8 Figura 4: Perfil batimétrico perpendicular à linha de costa central aos Parrachos de Maracajaú (modificado de Amaral et al., 2005). .............................................................. 9 Figura 5: Principais feições do tipo de fundo do complexo recifal de Maracajaú: Fanerógamas Marinhas (FM), Fundo Arenoso (FA), Recifes Submersos (RS) e Recifes Intermarés (RI) (modificado de Amaral et al. 2005). ..................................................... 10 Figura 6: Variação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) sob influência das zonas de alta pressão (A) do Atlântico Sul (a) e Atlântico Norte (b). ............................ 14 Figura 7: Bacia Hidrográfica do rio Maxaranguape (Fonte: SEMARH) ....................... 15 Figura 8: Corrente superficial do oceano Atlântico Tropical: Corrente Equatorial Norte (CEN), Contra-Corrente Equatorial Norte (CCEN), Corrente Equatorial Sul (CES) e suas ramificações norte (n) central (c) e sul (s) (Lumpkin & Garzoli, 2005)................. 16 Figura 9: Mapa dos 30 pontos amostrais coletados, enfatizando os seis perfis (P1, P2, P3, P4, P5 e P6). ............................................................................................................. 18 Figura 10: Sistema de coleta de sedimento do tipo draga de arrasto. ............................. 18 Figura 11: Composição biogênica total do sedimento. .................................................. 32 Figura 12: Abundância relativa (%) da composição biogênica do sedimento de cada ponto amostral. ............................................................................................................... 33 Figura 13: Abundância relativa das Algas Calcárias (%), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ........................................................................ 35 Figura 14: Abundância relativa (%) do filo Rhizopoda (Foraminíferos), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ................................................................ 36 Figura 15: Abundância relativa de Gastrópodas, do filo Mollusca (%), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ................................................................ 37 Figura 16: Abundância relativa (%) das Bivalvias, do filo Mollusca, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ........................................................................ 38 Figura 17: Abundância relativa (%) do filo Porifera (Espículas de Esponjas), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ...................................................... 39 Figura 18: Abundância relativa (%) dos Echinodermatas, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ........................................................................ 40 Figura 19: Análise de Componentes Principais da abundância relativa dos sedimentos biogênicos, destacando os grupos similares quanto a Alga Calcária (Alg), filo Rhizopoda (For), classe Gastrópoda (Gas), filo Porifera (Esp) e filo Echinodermata (Eq). ................................................................................................................................ 42 Figura 20: Dendograma da Análise de Agrupamento utilizando os dados dos componentes bióticos do sedimento, destacando os grupos similares quanto a Alga Calcária (Alg), filo Rhizopoda (For) e filo Porífera (Esp). ............................................ 43 Figura 21: Análise da variação superficial da biofácies do sedimento........................... 44 Figura 22: Concentração de carbonato de cálcio (%), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ............................................................................................. 46 Figura 23: Comparação entre a concentração de carbonato de cálcio e algas calcárias obtidas das médias dos perfis. ........................................................................................ 47 Figura 24: Concentração de carbonato de cálcio calculado utilizando o ataque com ácido (HCl) e triagem do grão. ................................................................................................. 47

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XI

Figura 25: Gráficos dos resultados estatísticos, tendência central (phi), desvio do padrão (phi), assimetria e curtose, de todos os Pontos Amostrais. ............................................ 49 Figura 26: Análise da Moda, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). .................................................................................................................................. 51 Figura 27: Análise da Mediana, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). .................................................................................................................................. 52 Figura 28: Análise da Média, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). .................................................................................................................................. 53 Figura 29: Análise do Grau de Seleção, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ................................................................................................................. 54 Figura 30: Análise da Assimetria, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). ................................................................................................................. 55 Figura 31: Análise da Curtose, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). .................................................................................................................................. 56 Figura 32: Distribuição granulométrica da Freqüência Simples dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)). ............................................................................... 59 Figura 33: Distribuição granulométrica da Freqüência Acumulada aritmética (a) e logarítmica (b) dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)). ............................ 60 Figura 34: Análise de Componentes Principais dos dados de granulometria dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)). ............................................................................. 62 Figura 35: Dendograma da Análise de Agrupamento dos dados de granulometria dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)). ................................................. 63 Figura 36: Distribuição espacial da Classificação Faciológica quanto à média e o grau de seleção. ....................................................................................................................... 64 Figura 37: Gráficos das dimensões dos rodólitos presentes em cada PA. ...................... 65 Figura 38: Diâmetro médio dos rodólitos (cm), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). .................................................................................................. 67 Figura 39: Volume médio (cm3) dos rodólitos vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). .................................................................................................. 68 Figura 40: Esfericidade média dos rodólitos, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b). .................................................................................................. 69 Figura 41: Análise de Componentes Principais dos dados dos eixos dos rodólitos destacando os pontos similares quanto ao Diâmetro (D), Esfericidade (Esf) e classificação Discoidal Laminar Fino (DLf). ................................................................. 71 Figura 42: Dendograma da Análise de Agrupamento dos dados dos eixos dos rodólitos destacando os pontos similares quanto ao Diâmetro, maior e menor, do que dois centímetros (Dma e Dme), Esfericidade (Esf) e a classificação Discoidal Laminar Fina (DLf). .............................................................................................................................. 72 Figura 43: Distribuição superficial das classificações dos rodólitos. ............................. 73Figura 44: Fotos ponto amostral 01. ............................................................................... 85 Figura 45: Fotos ponto amostral 02. ............................................................................... 85 Figura 46: Fotos ponto amostral 03. ............................................................................... 86

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XII

Figura 47: Fotos ponto amostral 04. ............................................................................... 86 Figura 48: Fotos ponto amostral 05. ............................................................................... 87 Figura 49: Fotos ponto amostral 06. ............................................................................... 87 Figura 50: Fotos ponto amostral 07. ............................................................................... 88 Figura 51: Fotos ponto amostral 08. ............................................................................... 88 Figura 52: Fotos ponto amostral 09. ............................................................................... 89 Figura 53: Fotos ponto amostral 10. ............................................................................... 89 Figura 54: Fotos ponto amostral 11. ............................................................................... 90 Figura 55: Fotos ponto amostral 12. ............................................................................... 90 Figura 56: Fotos ponto amostral 13. ............................................................................... 91 Figura 57: Fotos ponto amostral 14. ............................................................................... 91 Figura 58: Fotos ponto amostral 15. ............................................................................... 92 Figura 59: Fotos ponto amostral 16. ............................................................................... 92 Figura 60: Fotos ponto amostral 17 ................................................................................ 93 Figura 61: Fotos ponto amostral 18. ............................................................................... 93 Figura 62: Fotos ponto amostral 19. ............................................................................... 94 Figura 63: Fotos ponto amostral 20. ............................................................................... 94 Figura 64: Fotos ponto amostral 21. ............................................................................... 95 Figura 65: Fotos ponto amostral 22. ............................................................................... 95 Figura 66: Fotos ponto amostral 23. ............................................................................... 96 Figura 67: Fotos ponto amostral 24. ............................................................................... 96 Figura 68: Fotos ponto amostral 25. ............................................................................... 97 Figura 69: Fotos ponto amostral 26. ............................................................................... 97 Figura 70: Fotos ponto amostral 27. ............................................................................... 98 Figura 71: Fotos ponto amostral 28. ............................................................................... 98 Figura 72: Fotos ponto amostral 29. ............................................................................... 99 Figura 73: Fotos ponto amostral 30. ............................................................................... 99 Figura 74: Artículos de algas calcárias. ........................................................................ 100 Figura 75: Testas de foraminíferos. .............................................................................. 100 Figura 76: Conchas de moluscos da classe Gastrópoda. .............................................. 100 Figura 77: Conchas de moluscos da classe Bivalvia. ................................................... 100 Figura 78: Espículas de esponjas, bolacha do mar e espinho de ouriço. ...................... 100 Figura 79: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 01. ................................... 101 Figura 80 Distribuição Granulométrica do ponto amostral 02. .................................... 101 Figura 81: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 03. ................................... 102 Figura 82: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 04. ................................... 102 Figura 83: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 05. ................................... 103 Figura 84: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 06. ................................... 103 Figura 85: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 07. ................................... 104 Figura 86: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 08. ................................... 104 Figura 87: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 09. ................................... 105 Figura 88: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 10. ................................... 105 Figura 89: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 11. ................................... 106 Figura 90: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 12. ................................... 106 Figura 91: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 13. ................................... 107 Figura 92: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 14. ................................... 107 Figura 93: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 15. ................................... 108 Figura 94: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 16. ................................... 108 Figura 95: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 17. ................................... 109 Figura 96: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 18. ................................... 109

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XIII

Figura 97: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 19. ................................... 110 Figura 98: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 20. ................................... 110 Figura 99: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 21. ................................... 111 Figura 100: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 22. ................................. 111 Figura 101: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 23. ................................. 112 Figura 102: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 24. ................................. 112 Figura 103: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 25. ................................. 113 Figura 104: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 26. ................................. 113 Figura 105: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 27. ................................. 114 Figura 106: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 28. ................................. 114 Figura 107: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 29. ................................. 115 Figura 108: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 30. ................................. 115 Figura 109: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 01. . 116 Figura 110: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 02. . 116 Figura 111: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 03. . 117 Figura 112: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 04. . 117 Figura 113: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 05. . 118 Figura 114: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 06. . 118 Figura 115: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 07. . 119 Figura 116: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 08. . 119 Figura 117: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 09. . 120 Figura 118: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 10. . 120 Figura 119: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 11. . 121 Figura 120: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 12. . 121 Figura 121: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 13. . 122 Figura 122: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 14. . 122 Figura 123: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 15. . 123 Figura 124: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 16. . 123 Figura 125: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 17. . 124 Figura 126: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 18. . 124 Figura 127: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 19. . 125 Figura 128: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 20. . 125 Figura 129: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 21. . 126 Figura 130: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 22. . 126 Figura 131: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 23. . 127 Figura 132: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 24. . 127 Figura 133: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 25. . 128 Figura 134: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 26. . 128 Figura 135: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 27. . 129 Figura 136: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 28. . 129 Figura 137: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 29. . 130 Figura 138: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 30. . 130 Figura 139: Teste de mesa do programa de análise granulométrica............................. 161 Figura 140: Resultados estatísticos do Programa GRADISTAT com os pontos amostrais 27 e 29. ......................................................................................................................... 162

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XIV

Lista de Tabelas

Tabela 1: Classificação de Rodólitos (Bosence, 1983a)................................................. 22 Tabela 2: Classificação dos sedimentos segundo a escala Wentworth (1922) apud Suguio (1973). ................................................................................................................ 23 Tabela 3: Limites de classificação do Grau de seleção. ................................................. 25 Tabela 4: Limites de classificação da assimetria. ........................................................... 26 Tabela 5: Limites de classificação da curtose. ............................................................... 27 Tabela 6: Análise táctil-visual das amostras de sedimento. ........................................... 30 Tabela 7: Valores das Explicabilidades. ......................................................................... 42 Tabela 8: Classificação Faciológica das amostras de sedimento. .................................. 58 Tabela 9: Valores das Explicabilidades. ......................................................................... 62 Tabela 10: Classificações médias dos rodólitos segundo Bosence (1983a). .................. 70 Tabela 11: Valores das Explicabilidades. ....................................................................... 72 Tabela 12: Informações gerais da coleta de sedimento. ............................................... 131 Tabela 13: Dados levantados na triagem do grão ......................................................... 132 Tabela 14: Componentes biogênicos do sedimento. .................................................... 133 Tabela 15: Porcentagem de carbonato de cálcio calculado através do método do ataque com ácido e triagem do grão. ....................................................................................... 134 Tabela 16: Granulometria do sedimento em gramas. ................................................... 135 Tabela 17: Distribuição da freqüência granulométrica e freqüência acumulada do sedimento. ..................................................................................................................... 136 Tabela 18:Resultado dos percentis calculados. ............................................................ 138 Tabela 19: Resultados estatísticos do sedimento. ......................................................... 139 Tabela 20: Freqüência simples do sedimento (Classificação Wentworth). .................. 140 Tabela 21: Medidas e classificações dos rodólitos. ...................................................... 141 Tabela 22: Medidas e Classificações médias dos rodólitos. ......................................... 149

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1 INTRODUÇÃO

O ambiente recifal é considerado um dos ecossistemas mais ricos do planeta,

sustentando uma grande associação de organismos, destacando-se pela sua riqueza

taxonômica, diversidade de formas, hábitos de vida, comportamento e relações

ecológicas. A alta variedade de espécies favorece a ocupação dos indivíduos em

diferentes nichos ecológicos, sendo importante para a manutenção do ecossistema uma

vez que esta característica tem papel fundamental na resiliência dos recifes de corais

(Nyström et al. 2000, McClanahan et al. 2002, Scheffer et al. 2001).

Em termos sedimentológicos, o ambiente recifal é mais adequadamente

chamado de complexo recifal, pois, além do recife propriamente dito, abrange também

as fácies associadas aos flancos recifais e às zonas inter-recifais (Suguio, 2003).

Os recifes podem ser importantes como áreas de desova, berçário, procriação e

alimentação de uma infinidade de organismos. Protegem a linha de costa contra a ação

das ondas e correntes, evitando a ocorrência de erosões costeiras e tem um papel

significativo no balanço de cálcio no mundo todo (Moberg & Folke, 1999).

Os recifes são constituídos principalmente por algas e corais. As algas vermelhas

calcárias podem ser de igual ou maior importância, sobretudo na face marinha do recife,

uma vez que são mais aptas a tolerar a ação das ondas. Essas algas contribuem, não

somente para a estrutura do recife, como também para sua produção primária (Odum,

2004).

O sedimento produzido pelas algas calcárias e animais com conchas ou

esqueletos calcários contribuem diretamente na composição das partículas do

sedimento. O principal controlador do sistema deposicional do carbonato e da geometria

da plataforma carbonática são o clima e a profundidade do oceano. O clima controla a

temperatura e a salinidade da água e a energia de onda do ambiente. Em baixas

latitudes, onde temperaturas das águas rasas são constantemente acima de 20°C e

salinidade entre 32 e 40, a produção de sedimento carbonático é variada,

compreendendo de algas calcárias, corais simbiônticos e moluscos (Reading, 1996). A

taxa de crescimento das algas coralinas é diretamente proporcional ao aumento da

temperatura das águas (Coutinho, 1981). A profundidade e a turbidez do oceano

influenciam na intensidade de luz. Na chamada “zona de saturação de luz” (10 – 20 m),

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2

a luz não é um fator limitante e pouco influencia na produção orgânica neste espaço de

profundidade (Reading, 1996).

Sedimentos carbonáticos costeiros são modificados e depositados por uma ampla

cadeia de organismos não calcários, na qual os efeitos são quebras, re-distribuição ou

re-texturização do sedimento. Substratos carbonáticos podem ser enfraquecidos ou

mesmo destruídos por uma variedade de organismos incluindo micro-esponjas, algas,

fungos, e pastagem de organismos maiores, raspadores e comedores de rocha

carbonática. Estas bio-erosões são fatores críticos na destruição de recifes. Depósito,

resultante da alimentação de organismos comumente agregados às lamas carbonáticas

de pelotas fecais, é outro componente relevante dos depósitos carbonáticos. Organismos

escavadores são importantes na mistura dos sedimentos e mudança do ambiente

deposicional original (Reading, 1996).

Os sedimentos carbonáticos apresentam uma granulometria bem variada, de

cascalho à lama calcária (Tinoco, 1989).

Fácies marinha são depósitos sedimentares acumulados nos oceanos

determinados pelas condições ambientais (Guerra, 1978; Suguio, 1998). A fácies

consiste na soma das características do tipo de depósito (Mabesoone, 1968; Whitten &

Broks, 1983). Os parâmetros ou aspectos a serem considerados para estudos da fácies

podem ser resumidos em: geometria do depósito, litologia, estruturas sedimentares,

padrão de paleocorrentes e fósseis (Tinoco, 1974; Suguio, 2003).

O aspecto paleontológico (assembléia de fósseis) do sedimento permite

distinguir as Biofácies (Whitten & Brooks, 1983; Suguio, 1992). O termo Litofácies é

utilizado para as características físicas e químicas do sedimento (Reading, 1989).

O presente trabalho descreve as características sedimentológicas que ocorrem na

plataforma rasa do complexo recifal, chamado localmente de Parrachos de Maracajaú, e

um canal entre os recifes e a costa, denominado de São Roque.

A área de estudo está inserida numa Área de Proteção Ambiental, denominada

APA dos Recifes de Corais. As Áreas de Proteção Ambiental (APA's) são unidades de

conservação destinadas a proteger e conservar a qualidade ambiental e os sistemas

naturais ali existentes, visando a melhoria da qualidade de vida da população local e

também objetivando a proteção dos ecossistemas regionais (Resolução CONAMA,

1988).

As APA’s se destacam das demais unidades de preservação pela demonstração

de formas concretas de desenvolvimento sócio-econômicos, em harmonia com os

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princípios ecológicos e as normas de preservação ambiental. Em suma, o processo de

gestão direcionado pela criação de um espaço ideal para as práticas de Desenvolvimento

Sustentável (Franco, 1997).

O presente trabalho demonstra ser uma importante ferramenta para ampliar o

conhecimento das características sedimentológicas da APA, além de ser um

componente importante, em conjunto com estudos multidisciplinares, para auxiliar nas

decisões no manejo deste importante e complexo ecossitema.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Caracterização dos sedimentos superficiais da plataforma marinha rasa entre o

ambiente recifal de Maracajaú e o canal de São Roque.

2.2 Objetivos Específicos

1. Fazer o levantamento bibliográfico relevante à área de estudo;

2. Realizar o planejamento prévio à coleta de campo;

3. Realizar coletas de sedimento em pontos amostrais;

4. Descrever visualmente as características dos sedimentos coletados;

5. Analisar a composição biogênica do sedimento coletado;

6. Determinar a concentração de carbonatos no sedimento;

7. Desenvolver e executar a análise granulométrica e a classificação faciológica

dos sedimentos coletados;

8. Analisar as similaridades entre os pontos amostrais;

9. Descrever as características espaciais dos sedimentos.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

O Presente trabalho foi realizado no Departamento de Geologia – UFRN, nos

seguintes laboratórios: Laboratório de Sedimentologia, Laboratório de Microscopia de

Pesquisa e Laboratório de Estudos Geoambientais. A Metodologia adotada envolve seis

etapas principais e dezesseis subdivisões (Figura 1).

A pré-amostragem envolve o levantamento bibliográfico relevante à área de

estudo e o planejamento da coleta de campo (definição da quantidade de pontos

amostrais, arranjo amostral, forma de coleta, tipos de equipamentos, etc.). A

amostragem se baseou na coleta de amostras de sedimentos em pontos pré-

determinados. No pré-tratamento foram realizadas cinco etapas, envolvendo a lavagem,

secagem, fotografia, análise táctil-visual e quarteamento da amostra. O tratamento dôo

sedimento foi realizado de três maneiras: triagem, ataques com ácido e granulometria. O

processamento consistiu no manejo dos dados utilizando técnicas estatísticas, para

distinção de grupos similares quanto às características sedimentológicas e análises

espaciais das características levantadas. E finalmente os resultados irão descrever as

características observadas no âmbito da sedimentologia.

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Figura 1: Fluxograma metodológico.

Am

ostragemP

ré-tratamento

Tratam

entoProcessam

entoR

esultadosP

ré-am

ostragem

Interpretação e Caracterização

Sedimentológica

Análise Espacial

Triagem Porcentagem de CaCO3

Granulometria

Análise Granulométrica

Classificação Faciológica

Análise Multivariada

Coleta de campo

Secagem

Fotografia

Análise Táctil visual

Quarteamento

Lavagem

Planejamento

Revisão bibliográgfica

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3.1 Area de Estudo

3.1.1 Aspectos Gerais

Após a separação entre o continente Sul-Americano e a África e a subseqüente

conexão do oceano Atlântico (Norte e Sul) na idade Cenomaniana do Período Cretáceo

(95 milhões de anos atrás), a composição da fauna e flora marinha passou a depender

principalmente das transgressões iniciadas neste tempo (Rand & Mabesoone, 1982).

O limite entre zonas biogênicas na plataforma nordestina parece ter variado em

função da ultima transgressão Holocênica (França et al. 1976; Coutinho, 1981; Barbosa,

1987/89). Isso se torna mais evidente no limite entre as fácies terrígena e carbonática,

onde as algas já iniciaram a ocupação de depósitos regressivos de areia quartzoza

compacta (França et al. 1976). Na região de Touros, o auge da transgressão ocorreu por

volta de 5200 anos (calib.) atrás, chegando a ultrapassar dois metros acima do nível

médio atual (Bezerra, et al. 1998; Caldas et al. 2006) e o crescimento dos recifes de

corais atuais iniciou-se há pelo menos 7.220 anos (calib.) concomitante ao fato

verificado em outras partes do mundo (Suguio, 2003).

Atualmente uma extensa área de ambientes recifais de águas rasas pode ser

observada na plataforma continental brasileira, em especial na região Nordeste. Esta

característica resulta da existência de uma plataforma rasa, com águas de elevada

salinidade e relativamente quentes. A predominância de um clima semi-árido no

continente ocasiona em um reduzido fornecimento de material terrígeno à plataforma, o

que possibilita a existência de um substrato duro, adequado à fixação de uma epifauna.

Finalmente, a pouca quantidade de corais hermatípicos, deixa livre grande parte do

substrato favorecendo o desenvolvimento das algas calcárias que são os principais

constituintes orgânicos dos sedimentos carbonáticos encontrados na plataforma do

Nordeste (Martins & Coutinho, 1981; Coutinho, 1981; Barbosa, 1987/89).

Com a subida do nível do mar, a única contribuição terrígena atual que chega à

plataforma é o material pelítico transportado pelos rios. Não mais se verifica transporte

de areia pelos rios e o material proveniente da erosão costeira permanece na zona

litorânea. Nos últimos anos, a erosão nessa zona está se tornando mais intensa,

evidenciada pelo ataque às praias e pelo afogamento dos estuários. A falta de

sedimentação terrígena recente torna o material carbonático a fonte primária de

sedimentos modernos para as plataformas (Coutinho, 1981).

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3.1.2 Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais

A APA dos Recifes de Corais foi criada pelo Governo do Estado do Rio Grande

do Norte, através do Decreto Estadual n°15.476, de 06/06/2001. É de propriedade da

União e foi cedida ao Governo do Estado sob a responsabilidade do IDEMA. Esta área

corresponde à região marinha que abrange a faixa costeira dos municípios de

Maxaramguape, Rio do Fogo e Touros com 180.000 hectares, com o objetivo de

Proteger a biodiversidade e a vida marinha presente na área com ocorrência de recifes e

suas adjacências (IDEMA, 2001).

Caracteriza-se por apresentar um complexo de recifes (Figura 2), na qual se

observa quatro feições importantes: Parrachos de Maracajaú, Parrachos do Rio do Fogo,

Parrachos do Cação e Parrachos do Cioba (Santos, et al., 2007).

Figura 2: Localização da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais.

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3.1.3 Localização da Área de Estudo

O presente estudo abrange basicamente os Parrachos de Maracajaú e o canal

existente entre os recifes e a costa, denominado de São Roque. Localizados entre as

coordenadas 5°20’S, 35°17’W e 5°26’S, 35°14’W, em frente à praia de Maracajaú, no

município de Maxaranguape, Rio Grande do Norte (Figura 3).

35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km ´

Praia de Maracajaú

Parrachos de Maracajaú

Canal de

São

Roque

Contorno dos recifes

Continente

Figura 3: Características gerais da área de estudo.

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3.1.4 Geomorfologia

O Parracho de Maracajaú é o maior complexo recifal da APA dos Recifes de

Corais com, aproximadamente, 9 km de extensão e 3 km de largura. É um corpo de

arenito recoberto por rochas biogênicas classificado como tipo franja (Amaral et al.,

2005). Este tipo de recife caracteriza-se por ser paralelo à linha de costa, apresentando

um canal entre eles, e seu topo tem forma mais ou menos tabular sendo parcialmente

exposto (emerso) durante a maré baixa (Suguio, 2003).

Pode-se subdividir o complexo recifal em canal, retro-recife, crista e recife

frontal (Figura 4).

Figura 4: Perfil batimétrico perpendicular à linha de costa central aos Parrachos de Maracajaú (modificado de Amaral et al., 2005).

O canal de São Roque, presente entre o recife e a costa, apresenta uma largura de

aproximadamente quatro quilômetros e sua profundidade não ultrapassa a dez metros. O

retrorecife é a região voltada para a costa que normalmente sofre menos com o impacto

das ondas devido à proteção exercida pela crista e pelo recife frontal. A crista

permanece a uma profundidade média inferior a cinco metros e durante as marés baixas

fica parcialmente exposta (Lima, 2002; Amaral et al. 2005; Santos et al. 2007).

A região compreendida entre o retrorecife e a crista apresenta basicamente

quatro tipos de feições do substrato bem distintas (Figura 5): Recife submerso (RS),

Recife intermarés (RI), Fundo arenoso (FA) e as Fanerógamas marinhas (FM) (Amaral

et al. 2005). Observa-se uma alta rugosidade na região dos Recifes (RS e RI), e a área

de Fanerógamas Marinhas (FM) encontra-se associada a um sedimento de granulação

areia e lama (Martinez, 2008).

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Figura 5: Principais feições do tipo de fundo do complexo recifal de Maracajaú: Fanerógamas Marinhas (FM), Fundo Arenoso (FA), Recifes Submersos (RS) e Recifes Intermarés (RI) (modificado de Amaral et al. 2005).

3.1.5 Sedimentologia

A plataforma continental brasileira representa, a nível global, a maior extensão

coberta por sedimentos carbonáticos (Dias, 2000). São representados por areia e

cascalho formado por artículos, fragmentos e restos de algas calcárias ramificadas ou

maciças, com predominância de artículos de Halimeda em alguns locais. Contudo, em

pequenas depressões topográficas da plataforma ou zonas protegidas pelos recifes,

acumulam-se lamas calcárias e terrígenas ricas em matéria orgânica (Kempf et. al.,

1970; Martins & Coutinho, 1981).

Os sedimentos presentes no ambiente recifal de Maracajaú são essencialmente

carbonáticos (a maioria com mais de 80% de carbonato de cálcio) compostos por

material grosso a médio (fragmentos de conchas e restos de carapaças de organismos

marinhos) podendo ser encontrado lama terrígena em pequena quantidade (Amaral,

2002; Lima, 2002).

O teor de carbonato de cálcio (CaCO3) aumenta à medida que se aproxima dos

recifes. Próximo à linha de costa a composição de CaCO3 apresenta uma média de 74%,

no canal apresenta uma média de 85%, na borda interna dos recifes apresenta em média

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90%, nos recifes o teor de CaCO3 ultrapassa 95% e nas bordas externas apresentam

94% em média (Lima, 2002).

3.1.6 Composição Biótica

A região oeste do oceano Atlântico tem a segunda maior biodiversidade de

comunidades recifais do Planeta (Moberg & Folke, 1999). Investigações de campo

realizadas na plataforma continental do estado do Rio Grande do Norte revelam que

esqueletos carbonáticos, particularmente onde vivem algas calcárias e moluscos, são

constantemente abastecidos, transportados e depositados junto à região. As algas

calcárias são produtoras de areia e cascalhos carbonáticos e dominam por toda a área,

enquanto os moluscos são abundantes em áreas protegidas (Testa et al., 1999).

3.1.6.1 Algas calcárias

A plataforma nordestina é caracterizada por uma importante e ativa produção

carbonática, que se traduz pela enorme extensão e homogeneidade dos fundos de algas

calcárias. Essa grande “floresta” de algas pode ser responsável pela diminuição das

condições de supersaturação das águas de CaCO3 devido à fixação do mesmo por parte

desses organismos, não havendo condições para precipitação não esqueletal (oólitos,

agregados, lumps) (Coutinho, 1981).

Vários anos de estudo da costa do nordeste do Brasil mostraram a importância

tomada pelas algas calcárias, principalmente pelas Rhodophytas da família

Corallinaceae. As Coralináceas são algas vermelhas que precipitam em suas paredes

celulares o CaCO3 e magnésio, sob a forma de cristais de calcita (Dias, 2000).

Apresentam-se sob a forma de nódulos e artículos ramificados livres. São

acompanhadas de areia e pequena fração de lama calcária, procedentes de sua própria

destruição. A classe Chlorophyceae também está bem representada principalmente pelo

gênero Halimeda, cujas espécies variam de acordo com as condições ecológicas.

Artículos de Halimeda estão presentes no substrato em quantidade variável, podendo,

em certos locais, chegar a ser dominantes (Kempf, 1967/69; Kempf et al., 1967/69;

Kempf, 1980).

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Observa-se uma grande variação dos tipos morfológicos das algas calcárias em

função da profundidade de ocorrência e dos setores geográficos ao longo da plataforma

continental brasileira. (Dias 2000).

Silva (2006) realizou um levantamento de algas marinhas no Parracho de

Maracajaú constatando as seguintes espécies de algas Corallinaceae: Amphiroa

anastomosans (Weber Bosse), Amphiroa beauvoisii (J. V. Lamour), Haliptilon

subulatum (J. Ellis & Sol; H. W. Johans), Jania adhaerens (J. V. Lamour) e Jania

pumila (J. V. Lamour).

3.1.6.2 Moluscos

Foram registradas 45 espécies (sp.) de moluscos nos recifes de Maracajaú,

distribuídas nas classes Gastrópoda (37 sp.) e Bivalvia (9 sp.). Sendo a maior

diversidade de espécies registrada no habitat recifal (RI e RS), decorrente do aumento

da rugosidade do substrato. O que indica uma maior complexidade estrutural nos

recifes, aumentando significativamente a densidade e riqueza de moluscos. No entanto,

os valores de densidade e riqueza de espécies foram baixos para área estudada

(Martinez, 2008).

3.1.6.3 Foraminíferos

Um total de 25 gêneros e 51 espécies de foraminíferos bentônicos foi encontrado

em amostras de fundo de Maracajaú (Batista et al. 2007). As espécies dominantes foram

Amphistegina lessonii (d'Orbigny), Sorites marginalis (Lamarck), Quinqueloculina

lamarckiana (Haeckel), Quinqueloculina agglutinans (D'Orbigny), Peneroplis

carinatus (D'Orbigny) e Archaias angulatus. Além da primeira espécie citada, foram

encontradas mais quatro espécies típicas de recifes de coral: Discorbis mira (Cushman),

(Fichtel and Moll), Eponides repandus (Fichtel and Moll), Pyrgo elongata (D'Orbigny),

Siphonina pulchra (Cushman).

A dissolução e fragmentação presentes nas carapaças de foraminíferos

bentônicos indicam a presença de bioturbação e caracterizam um ambiente de alta

energia (Batista et al. 2007).

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3.1.6.4 Corais

Um número reduzido de espécies de corais é encontrado nos recifes de

Maracajaú, limitando-se basicamente ao platô dos recifes. Sendo registradas as

seguintes espécies (Santos et al. 2007): Siderastrea stellata (Verrill), Agaricia fragilis

(Dana), Agaricia agaricites (Verrill), Porites astreoides (Lamark), Porites branneri

(Rathbun), Favia gravida (Verrill), Meandrina brasiliensis (Milne Edwards & Haime),

Mussimilia hartii (Verrill). E de hidróides calcários: Millepora alcicornis (Linn´e) e

Millepora brasiliensis (Verrill).

3.1.7 Aspectos Fisiográficos

3.1.7.1 Clima

A Região Nordeste do Brasil apresenta características climáticas extremamente

complexas, principalmente do ponto de vista pluviométrico. Os ventos são

predominantemente do quadrante Leste, proveniente do anticiclone do Atlântico Sul. O

domínio deste anticiclone mantém a estabilidade do tempo (Figura 6a), estando sujeito a

grandes períodos de seca, relacionada aos constantes alísios do anticiclone. Essa massa

estável se recua freqüentemente no outono para o oceano, quando a ZCIT desce para o

Hemisfério Sul propiciando chuvas frontais de sul e pseudo-frontais de leste (Figura 6b)

(Nilmer, 1989).

A ZCIT é proveniente dos ventos vindos do Hemisfério Norte encontrando-se

com os ventos oriundos do Hemisfério Sul. Com essa convergência, várias nuvens

convectivas freqüentemente aparecem. O resultado é uma maior ou menor banda de

nebulosidade sobre toda a região tropical, com largura de 500 Km. Não apresenta uma

continuidade ao redor do planeta, sofrendo interrupções principalmente sobre os

continentes. É sempre mais definida e intensa sobre os oceanos e consiste em uma faixa

de baixas pressões, sempre acompanhada de mau tempo. O fato dela oscilar

latitudinalmente, faz com que seja considerada o Equador Meteorológico (Ferreira,

2002).

No oceano Atlântico, a maior parte do ano a ZCIT está situada mais perto da

latitude de 5°N, no entanto, em simetria com os centros de alta pressão (A) dos dois

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hemisférios, a ZCIT está constantemente oscilando nos sentido N-S, chegando à sua

posição mais meridional no outono (março-abril), podendo provocar chuvas até o

meridiano de 10°S (Nilmer, 1989).

Figura 6: Variação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) sob influência das zonas de alta pressão (A) do Atlântico Sul (a) e Atlântico Norte (b).

As correntes perturbadas de leste, causadas pela variação na altitude da inversão

térmica nas camadas atmosféricas da Zona de Alta Pressão do Atlântico Sul, também é

um fenômeno importante para a precipitação de chuvas no Nordeste (Nilmer, 1989).

Segundo dados de precipitação pluviométrica coletados no posto pluviométrico

da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (ENPARN) na

localidade de Natal, correspondente ao período de 1999 – 2007. A precipitação média

anual registrada é de 1554 mm. As maiores precipitações ocorrem de abril a julho, com

o mês de junho apresentando a maior média, 261 mm e as menores precipitações, 15,8

mm para o mês de novembro.

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15

Caracteriza-se por um regime estacional típico das regiões de clima

mediterrâneo (Nilmer, 1989).

3.1.7.2 Recursos Hídricos

O Setor costeiro Touros – Natal caracteriza-se por apresentar rios intermitentes

sazonários, passando a perenes na proximidade da costa (Ab’Sáber, 2006). Destaca-se

na área de estudo uma maior influência da Bacia Hidrográfica do Rio Maxaranguape,

onde os principais afluentes são os Riachos Seco, da América e Riachão (Figura 7).

Figura 7: Bacia Hidrográfica do rio Maxaranguape (Fonte: SEMARH)

3.1.7.3 Oceanografia

A circulação oceânica do Rio Grande do Norte é dominada basicamente pela

Corrente Norte Brasileira (CNB) (Figura 8), onde tem sua origem em uma das três

ramificações da corrente Equatorial Sul (CESs) e flui em direção ao norte sempre ligada

à costa, alcançando uma profundidade de 1000 metros (Schott et al. 2005).

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16

A CNB flui acima da densidade de 32,15 kg m-3 e o transporte da corrente varia

de 23 a 34 Sv (106 m3/s), e a média é 26,5 ± 3,7 Sv. Próximo à superfície existe um

fluxo de massa de água rasa de 3,4 ±1,6 Sv (Schot et al. 2005). Continuamente a CNB é

abastecida pela segunda ramificação da corrente CES (CESc) próximo á latitude 4°S,

36°W (55 – 60cm/s), onde ganha velocidade chegando a alcançar 78 – 88cm/s aos 3°S,

39°W (Lumpkin & Garzoli, 2005).

Figura 8: Corrente superficial do oceano Atlântico Tropical: Corrente Equatorial Norte (CEN), Contra-Corrente Equatorial Norte (CCEN), Corrente Equatorial Sul (CES) e suas ramificações norte (n) central (c) e sul (s) (Lumpkin & Garzoli, 2005).

As águas que banham as províncias nerítica e oceânica do Nordeste brasileiro

têm como característica serem quentes e pobres em sais nutrientes em função da

Corrente Equatorial Sul e da Corrente do Brasil (Ekau & Knoppers, 1999, apud Feitosa

& Bastos, 2007).

As águas da plataforma leste do Rio Grande do Norte são moderadamente

salinas (36 a 37) (França et al., 1976). A turbidez da água é geralmente alta,

principalmente na época chuvosa e ocorre alta visibilidade nas estações de primavera e

verão (Outubro a Março) (Maida & Ferreira 1997).

A temperatura da água no complexo recifal de Maracajaú varia pouco. Os

parâmetros hidrológicos como salinidade, transparência da água e material em

suspensão indicam haver influência terrígena, principalmente no período chuvoso. A

taxa de saturação de oxigênio dissolvido e as concentrações dos sais nutrientes

caracterizam um ambiente isento de poluição orgânica. Baseado em dados de

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produtividade, biomassa e taxa de assimilação do fitoplâncton observa-se que o

ecossistema pelágico de Maracajaú varia de oligotrófico (nos parrachos) para eutrófico

(no canal próximo á costa) (Feitosa & Bastos, 2007).

3.2 Planejamento de Campo

O planejamento da coleta de sedimento em campo baseou-se na definição dos

Pontos Amostrais (PAs) com auxílio de imagem satélite georreferenciada e o programa

ArcGIS ESRI (2006).

Para o entendimento das características do sedimento atuantes na plataforma

rasa adjacente aos Parrachos de Maracajaú, adotou-se uma amostragem em série, com

trinta (30) pontos amostrais espaçados regularmente, com aproximadamente dois

quilômetros (Km) entre eles, abrangendo basicamente os recifes e o canal entre a costa e

os recifes. (Figura 9).

O arranjo amostral permitiu a análise de seis perfis (P1, P2, P3, P4, P5, P6)

perpendiculares à linha de costa, com cinco PAs em cada perfil. Os perfis P1 e P6

encontram-se fora da área com presença de recifes. Os perfis P2, P3, P4 e P5 abrangem

os recifes, sendo que, os dois primeiros PAs encontram-se protegidos pelos recifes,

sobre o canal entre os recifes e a costa, o terceiro PA encontra-se sobre os recifes na

região do retro-recife, o quarto PA encontra-se no limite entre a crista e a região frontal

dos recifes e o quinto PA encontra-se na área frontal dos recifes.

3.3 Amostragem

O trabalho de campo foi realizado utilizando uma embarcação equipada com

GPS manual e um sistema de draga de arrasto (Figura 10). As amostras coletadas foram

fotografadas e acondicionadas em sacos plásticos devidamente etiquetados.

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18

P1

P2

P3

P4

P5

P6

0102

0304

05

0607

0809

10

1112

1314

15

1617

1819

20

2122

2324

25

2627

2829

30

35°12'0"W35°15'0"W35°18'0"W

5°18

'0"S

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S

0 21 Km´

Praia de Maracajaú

Pontos Amostrais

Continente

Contorno dos recifes

Figura 9: Mapa dos 30 pontos amostrais coletados, enfatizando os seis perfis (P1, P2, P3, P4, P5 e P6).

Figura 10: Sistema de coleta de sedimento do tipo draga de arrasto.

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3.4 Pré-tratamento das Amostras

Imediatamente após a coleta as amostras foram lavadas para a remoção de sais,

utilizando recipientes contendo água destilada e subseqüente repouso para decantação

dos grãos. A água foi retirada por sucção através de uma mangueira e o sedimento

lavado novamente. Este processo é repetido por três vezes para completa retirada de sal.

Após a lavagem o sedimento foi encaminhado para uma estufa até a secagem

completa.

O Sedimento foi fotografado e realizado a Análise Táctil-visual. Esta análise

consistiu numa caracterização geral do sedimento de cada amostra quanto ao tamanho,

cor, textura e composição de grãos com o auxílio de máquina fotográfica digital, com

objetivo de auxiliar na decisão das metodologias a serem adotadas e na interpretação

dos resultados.

O quarteamento foi feito manualmente, despejando a amostra em uma superfície

lisa, dividindo a amostra, com auxílio de uma espátula, em quatro partes iguais e

separando as duas partes opostas; assim sucessivamente até que se alcance a pesagem

desejada.

3.5 Tratamento das Amostras

As amostras sofreram três tratamentos que envolvem a Triagem do grão,

Concentração de CaCO3 e Granulometria descritas a seguir.

3.5.1 Triagem do grão de sedimento

A triagem de cada amostra consistiu na identificação dos primeiros 200 grãos de

sedimento, menor do que quatro milímetros, encontrados ao acaso, com o auxílio de

lupa binocular, seguindo a metodologia adotada por Drooger & Kaschieter (1958) apud

Tinoco (1989).

Esta técnica permite determinar a abundância relativa de grupos taxonômicos

presentes nos sedimentos que resultam de atividade fisiológica de organismos,

denominados biogênicos (Tinoco, 1989). A variação do aspecto paleontológico

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(assembléia de fósseis) do sedimento permite analisar as Biofácies (Whitten & Brooks,

1983; Suguio, 1992).

A identificação dos táxons encontrados no sedimento foi baseada em

bibliografia específica: Tinoco, (1958); Cimerman & Langer (1991); Hottinger et al.

(1993); Rios (1994); Matthews-Casconn & Lotufo (2006) e Matthews-Cascon &

Martins (2006).

Esta técnica também foi utilizada para avaliar a composição de CaCO3, através

da contagem dos grãos carbonáticos e não carbonáticos dos sedimentos, já identificados

na triagem, possibilitando a comparação com a metodologia que utiliza ataques com

ácido clorídrico.

3.5.2 Concentração de Carbonato de Cálcio

Este procedimento foi realizado seguindo a metodologia apresentada por Suguio

(1973). Dez gramas de cada amostra foram colocados em béqueres e adicionados o

ácido clorídrico (0,1 N). Aguardou-se um tempo, até que não houvesse mais reação do

ácido e formação de CO2. Após toda a eliminação do CaCO3, o material restante foi

colocado em um filtro e lavado com água até que a amostra fique completamente limpa.

O material foi seco, pesado e a concentração de CaCO3 calculado por diferença de peso.

Os resultados foram comparados com a concentração de CaCO3 quantificados

através da triagem, com o objetivo de avaliar as duas metodologias apresentadas.

3.5.3 Granulometria

O termo granulometria significa, literalmente, medida de tamanho dos grãos. Os

resultados são expressos sob a forma de uma escala de fração de tamanho de grãos

permitindo estabelecer uma expressão quantitativa da distribuição granulométrica

(Suguio, 1973).

A granulometria da fração de sedimento menor do que 4 milímetros baseou-se

no peneiramento mecânico de 100 gramas de cada amostra utilizando um agitador tipo

rot-up e um jogo de peneiras com malhas apresentando intervalo de 0,5 phi entre as

frações de tamanho (em milímetro: 2, 1.40, 1, 0.71, 0.5, 0.355, 0.25, 0.18, 0.125, 0.09,

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0.063) e subseqüente pesagem do sedimento retido em cada malha seguindo a

metodologia proposta por Suguio (1973).

O sedimento com granulação grossa (maior que 4 milímetros) foi tratado

separadamente, conforme sugerido por Coutinho (1981) e Tinoco (1989), onde foi

utilizado a metodologia de caracterização de rodólitos adotada por Bosence (1983b).

Os Rodólitos são nódulos ou ramificações nodulares compostos principalmente

de algas calcárias (Bosence, 1983a). Os rodólitos de ambientes recifais podem ser

constituídos da mistura de algas calcárias junto com foraminíferos, moluscos,

briozoários e esponjas incrustantes (Bosence, 1983b).

Foi medido o tamanho de três eixos, ortogonais entre si, de cada rodólito: eixo

maior (Ma), eixo menor (Me) e eixo médio (Mo). A partir das três medidas foram

calculados os valores do diâmetro (D), unidade em cm, volume de um elipsóide (V),

unidade em cm3, e esfericidade (E) de cada rodólito medido.

A esfericidade é um índice desenvolvido por Metri (2006), onde, os rodólitos

que tendem a ser esféricos, isto é, com os três eixos (Ma, Me e Mo) com comprimentos

semelhantes, apresenta índice aproximado de um (1). Se o diâmetro do eixo maior (Ma)

for significativamente maior que os outros dois (>20% ou E > 1,2) considera-se que o

rodólito não é esférico.

Diâmetro:

3

MoMeMaD

++= 1

Volume do Elipsóide:

MoMeMaV ....3

4 π= 2

Esfericidade:

MoMe

MaE

+= .2

3

Os rodólitos foram classificados segundo Bosence (1983b) quanto a sua forma

(elipsoidal, esferoidal e discoidal) e quanto a sua estrutura (laminar, ramificado ou

colunar). A característica estrutural depende do crescimento das algas (Tabela 6).

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Tabela 1: Classificação de Rodólitos (Bosence, 1983a) Forma Estrutura

1-Esferoidal (S) 2-Elipsoidal (E) 3-Discoidal (D)

1-Laminar (L) - Espessa (con) ou Fina (box) 2-Ramificada (B) - Classes I, II, III, IV

3-Colunar (C)

3.6 Processamento dos Dados

O processamento dos dados foi realizado em ambiente MatLab7 (2004),

disponibilizando resultados gráficos e estatísticos para classificação e caracterização

granulométrica. Foi realizada uma rotina, nomeado de AGRAN.m (ANEXO 4.1), para

processamento dos dados granulométricos disponibilizando resultados gráficos e

estatísticos para classificação e caracterização faciológica.

A rotina passou por exaustivos testes para avaliar a consistência do programa,

primeiramente o teste de mesa (ANEXO 4.2), que consiste na execução dos cálculos

manualmente (com auxílio de uma calculadora), etapa por etapa, de toda a rotina para

comparar com os resultados obtidos pelo programa, e finalmente, comparações com

algumas metodologias oferecidas no âmbito da sedimentologia: Blott & Pye (2001)

(ANEXO 4.3) e Lima et al. (2001).

3.6.1 Análise Granulométrica

Krubein (1934) apud Suguio (1973) propôs uma escala granulométrica

denominada de “phi” (Φ), e é relacionada com o tamanho do grão (d) em milímetros

(mm) através da equação descrita abaixo:

� d2log−=φ 4

A escala phi facilita a representação gráfica e manipulação estatística dos dados

da distribuição granulométrica (Blott & Pye, 2001).

Os dados levantados quanto à granulometria foram utilizados para realizar a

classificação (Tabela 2) segundo a escala de Wentworth (1922) apud Suguio (1973).

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Tabela 2: Classificação dos sedimentos segundo a escala Wentworth (1922) apud Suguio (1973).

Intervalo Granulométrico Classificação Wentworth

mm phi 1024 -- 256 -10 a -8

Cas

calh

o Matacão 256 -- 64 -8 a -6 Bloco

64,00 – 4,00 -6 a -2 Seixo 4,00 – 2,00 -2 a -1 Grânulo 2,00 – 1,00 -1 a 0

Are

ia

Muito grossa 1,00 – 0,50 0 a 1 Grossa

0,50 – 0,250 1 a 2 Média 0,250 – 0,125 2 a 3 Fina

0,125 – 0,0625 3 a 4 Muito fina < 0,625 < 4 Silte e Argila��

A representação gráfica é um dos primeiros passos em uma interpretação de

quaisquer resultados de análises granulométricas de sedimentos. A maneira mais

simples de representar os resultados de análises granulométricas é por meio dos

histogramas, que apresentam a porcentagem do peso, em gramas, de cada classe

granulométrica. As curvas de freqüências simples são equivalentes a curvas de

contornos suaves desenhadas sobre os limites dos histogramas (Suguio, 1973).

As curvas de freqüências acumuladas são construídas com resultados de análises

granulométricas, de tal modo que, começando dos grãos mais grossos, as porcentagens

em peso da classe granulométrica mais fina seguinte são adicionadas à soma das

freqüências de partículas mais grossas anteriores. Sobre o eixo das abscissas os valores

das unidades Φ crescem da esquerda para a direita e no eixo das ordenadas os valores

representados pelas porcentagens em peso crescem de forma acumulativa (Suguio,

1973).

As curvas de freqüência acumulada que apresentam escala logarítmica nas

ordenadas, resultam em uma reta quando a distribuição dos dados é normal. Já uma

distribuição bimodal, ou polimodal, distinguem-se dois ou mais segmentos de reta

(Suguio, 1973).

Para expressar numericamente as diferenças entre as curvas são necessárias

medições estatísticas do sedimento. Os parâmetros de análise estatística são calculados

com base em dados extraídos graficamente das curvas de freqüência acumulada na

escala Φ e servem para caracterizar a curva no que diz respeito a sua tendência central,

grau de dispersão, grau de assimetria e grau de agudez dos picos. Os valores extraídos

para a análise são os diâmetros dos grãos referentes às porcentagens (P) 5, 16, 25, 50,

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75, 84 e 95% expressas nos gráficos de freqüência acumulada logarítmica (Suguio,

1973).

Estes parâmetros foram obtidos através do método da interpolação linear

(funções que apresentam graficamente uma reta entre dois pontos) e semelhança de

triângulos (Teorema de Pitágoras) aplicados às porcentagens subseqüentes acima e

abaixo do valor referente à porcentagem a ser adquirida.

3.6.1.1 Tendência Central

As medidas de tendência central são, provavelmente, os parâmetros estatísticos

mais importantes. Em geral, esses valores caracterizam a classe granulométrica mais

freqüente, embora tal não suceda em curvas assimétricas. Essas medidas de tendência

central são denominadas médias e incluem: diâmetro modal, mediana e diâmetro médio

aritmético (Suguio, 1973).

A moda é a granulometria mais freqüente e pode ser especialmente útil para

decifrar a origem dos sedimentos, no estudo de fontes mistas de material com grande

significado genético (Suguio, 1973).

A mediana representa o valor da granulação no ponto correspondente a 50% da

distribuição sobre o gráfico de freqüência acumulativa, e define a granulometria que

separa a amostra em duas metades iguais.

O diâmetro médio fornece o valor do centro de gravidade da curva de

distribuição de freqüência.

Folk & Ward (1957) apud Suguio (1973) sugeriram uma forma de calcular o

diâmetro médio:

3165084 θθθμφ

++= 5

Do ponto de vista sedimentológico a granulação média de um sedimento é de

interesse porque indica a ordem de magnitude dos tamanhos das partículas. Curvas de

valores de granulometrias médias em função da distância podem mostrar as leis que

regem essas relações. Do mesmo modo podem ser construídos mapas mostrando

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25

variações da granulação média dentro de um determinado ambiente, para ser usado

como base no raciocínio geológico sobre as causas dessas variações (Suguio, 1973).

3.6.1.2 Desvio Padrão

O desvio padrão pode ser usado como uma medida de dispersão, que significa a

tendência de os grãos se distribuírem em torno do valor médio (Suguio, 1973).

Folk & Ward (1957) apud Suguio (1973) sugeriram o uso de uma medida de

seleção dada pela fórmula:

6,6405951684 θθθθσ φ

−+

−= 6

As escalas qualitativas para descrição do grau de seleção são descritas na Tabela

3.

Tabela 3: Limites de classificação do Grau de seleção. Desvio Padrão (Φ) Grau de seleção

σ < 0,35 muito bem selecionado 0,35 a 0,50 bem selecionado 0,50 a 1,00 moderadamente selecionado 1,00 a 2,00 pobremente selecionado 2,00 a 4,00 muito pobremente selecionado σ > 4,00 extremamente mal selecionado

Alguns agentes geológicos são mais efetivos como agentes selecionadores e

podem manifestar nos sedimentos. Mapas de espalhamento médio de uma formação

podem fornecer as chaves para identificar variações no agente deposicional (Suguio,

1973).

3.6.1.3 Assimetria

A assimetria é uma medida utilizada para calcular a tendência dos dados de se

dispersarem de um ou do outro lado da média e, como pode ocorrer à direita ou à

esquerda do diâmetro médio, assume valores positivos ou negativos. O grau de

assimetria é indicado pelo afastamento do diâmetro médio da mediana (Suguio, 1973).

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26

Folk & Ward (1957) apud Suguio (1973) sugerem uma formulação calculada da

seguinte maneira:

).(2

.2

).(2

.2

0595

509505

1684

508416

θθθθθ

θθθθθ

φ −−+

+−−+

=S 7

Os resultados positivos indicam que a amostra possui uma cauda de materiais

mais finos, os valores negativos indicam que a cauda está do lado dos materiais mais

grosso. As escalas qualitativas para descrição do grau de assimetria são descritas na

Tabela 4.

Tabela 4: Limites de classificação da assimetria. Assimetria Grau da tendência assimétrica -1,00 a -0,30 assimetria muito negativa -0,30 a -0,10 assimetria negativa -0,10 a +0,10 aproximadamente simétrica +0,10 a +0,30 assimetria positiva +0,30 a +1,00 assimetria muito positiva

O significado físico da assimetria não pode ser interpretado muito facilmente,

podendo refletir erros de amostragem bem como ação de agente com transporte seletivo

(Suguio, 1973).

3.6.1.4 Curtose

A curtose representa o grau de agudez dos picos de freqüência granulométrica.

As medidas de curtose expressa a razão entre as dispersões (espalhamento) nas caudas e

na parte central das curvas de distribuição (Suguio, 1973).

Folk & Ward (1957) apud Suguio (1973) sugerem o cálculo da curtose pela

fórmula:

)(44,2

)(

2575

0595

θθθθ

φ −−

=K 8

As escalas qualitativas para descrição do grau de picosidade são descritas na

Tabela 5.

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Tabela 5: Limites de classificação da curtose. Curtose Grau de picosidade K < 0,67 muito platicúrtica

0,67 a 0,90 platicúrtica 0,90 a 1,11 mesocúrtica 1,11 a 1,50 leptocúrtica 1,50 a 3,00 muito leptocúrtica

K> 3,00 extremamente leptocúrtica

Não se conhece muito sobre o significado geológico da curtose e pouco se

conhece sobre sua magnitude ou freqüência nos sedimentos (Suguio, 1973).

3.6.2 Análises Multivariadas

As análises multivariadas foram realizadas com os dados brutos obtidos na

triagem, granulometria e tamanho dos eixos dos rodólitos. As características foram

analisadas separadamente. Utilizou-se duas técnicas, Análise de Componentes

Principais e Análise de Agrupamento. para observar pontos amostrais similares quanto

às características levantadas.

3.6.2.1 Análise de Componentes Principais

A análise de componentes principais estuda a estrutura de covariância dos dados

através de poucas combinações lineares dos dados (Ferreira, 2007). Reproduz quase

toda variabilidade do sistema e tem como objetivos principais a redução de

dimensionalidade e facilidade interpretativa, para determinar relações existentes entre as

características medidas (Brown, 1998). Está é uma análise exploratória, serve como

passo intermediário num processo investigativo (Ferreira, 2007).

A Análise de Componentes Principais (ACP) é utilizada em muitos casos como

uma forma de condensar a informação contida em um número de variáveis, buscando

uma representação mais simples através das principais componentes, com uma perda

mínima de informação (Hair, et al. 2005). A ACP tem demonstrado ser uma importante

ferramenta para entender melhor os processos responsáveis pelas formações das rochas

sedimentares (Brown, 1998).

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28

Está técnica foi realizada segundo Ferreira (2007), com os dados brutos da

abundância dos componentes biogênicos e da granulometria do sedimento, utilizando

rotinas em ambiente MatLab7 (2004). O programa utilizado foi o ACP.m (Análise de

Componentes Principais), e os subprogramas ACPDOC.m (layout para ACP),

ALTER.m (Seleciona e transforma variáveis), EIGANAL.m (Calcula e ordena

decrescentemente os autovetores e os autovalores da matriz), SELOUT.m (Seleciona

itens de uma sessão multivariada), SHOWGR1.m, SHOWGR2.m, SHOWGR3.m

(Mostra na tela o gráfico da matriz ou vetor), SHOWMAT. m (Mostra na tela a matriz

especificada), START.m (Inicia a entrada de dados) e VERIFARQ.m (Verifica se o

arquivo especificado existe).

Os dados foram normalizados e submetidos à análise exploratória, utilizando o

índice de Distância Euclidiana para verificar as variações entre os PAs.

3.6.2.2 Análise de Agrupamento

A análise de Agrupamento presta-se principalmente para compartimentar uma

massa de informações em grupos, a partir de critérios de afinidade entre as informações.

O número de grupos geralmente não é estabelecido a priori. Tais critérios de afinidade,

também chamados de medidas de similaridade, são quantidades que exprimem a

proximidade entre as informações (Ferreira, 2007). A grande vantagem deste tipo de

análise é possibilitar uma maneira simples e direta de classificar as informações (Davis,

1973). Graficamente, a análise de agrupamento define a similaridade através do

dendograma, o que permite observar facilmente os grupos distintos (Brown, 1998).

Para auxiliar na descrição da fácies, Bonsence et al. (1985) utilizaram análise de

Agrupamento composta pelos parâmetros granulométricos e de concentração de

carbonatos do sedimento.

No presente estudo a Análise de Agrupamento foi realizado com os dados brutos

dos componentes biogênicos e granulometria do grão (Rodólitos e fração areia). A

matriz de similaridade foi gerada em rotinas segundo Ferreira (2007) em ambiente

MatLab7 (2004). O programa utilizado foi o AMCA.m (Análise de Matrizes de

Coeficientes de Associação), e os subprogramas AMCADOC.m (layout para AMCA),

ATRIB.m. (Executa a analise das associações entre atributos) além dos subprogramas já

citados, ALTER.m, SELOUT.m, SHOWMAT.m, START.m e VERIFARQ.m. Utilizou-

se o coeficiente de associação Diferença Percentual.

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29

A partir da matriz de similaridade efetuou-se uma rotina (ANEXO 4.4) para a

análise de agrupamento (CLUSTER) e geração dos gráficos, utilizando o índice

Distância Euclidiana, no modo Média de Grupo (UPGMA).

3.6.3 Análise Espacial

A análise espacial teve como objetivo principal, observar a distribuição das

características sedimentológicas levantadas e relacionar com as características do

ambiente marinho, como por exemplo, proximidade da costa e dos recifes, área exposta

e protegida.

A metodologia de interpolação de dados permite uma melhor visualização do

conjunto de dados no espaço geográfico e auxilia na interpretação e análise dos

sedimentos na superfície do fundo marinho. Este método foi gerado pelo programa

ArcGIS ESRI (2006).

As informações relacionadas aos valores quantificados nas análises foram

interpoladas através da técnica de Krigagem (abundância relativa dos componentes

bióticos, concentração de CaCO3 e análises granulométricas).

A krigagem é um modelo geoestatístico que pode ser usado para explicar

variações na superfície, refletidos na correlação espacial dos pontos amostrais (ArcGIS

ESRI, 2006). Na krigagem os valores são normalizados, isto é, distribuídos de forma

simétrica entorno da média, diminuindo a abundância de valores extremos (Davis,

1973).

As características levantadas foram analisadas espacialmente utilizando a técnica

do Vizinho Natural, para geração de modelos de Biofácies, Classificação Faciológica

(Granulometria) e Classificação de Rodólitos.

O Vizinho Natural é um método de interpolação que se baseia na medição da

distância entre os pontos amostrais e cálculo da área proporcional ao valor interpolado.

Todos os pontos são associados através de polígonos (polígono de Voronoi) (Sibson,

1992).

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30

4 RESULTADOS

A Tabela13 (ANEXO 3) apresenta as informações gerais das coletas. As

amostras foram coletadas no mês de março, excetuando quatro amostras coletadas no

mês de julho de 2008. O peso médio das amostras coletadas foi de 980 gramas. As

coletas das amostras foram feitas em profundidades inferiores a 12 metros.

4.1 Análise Táctil-visual

A análise táctil-visual da fração areia permitiu observar o predomínio de areia

grossa, presente em 16 PAs (Tabela 7 e fotos em ANEXO 1.1). As algas calcárias estão

presentes em praticamente todas as amostras, com exceção apenas do PA treze (13)

onde foram encontrados moluscos. A cor branca corresponde aos grãos carbonárticos e

parece estar relacionada à areia com granulação grossa (PAs 03, 05, 15, 20, 27 e 30) a

cor cinza predomina nos sedimentos com maior quantidade de matéria orgânica e

granulometria fina (PAs 8, 12 e 13) e a cor marrom encontra-se mais freqüente em

areias com granulação média (PAs 04, 11, 14, 19 e 23). O cascalho foi representado por

rodólitos, em sua maioria com forma aproximadamente esférica, e poucas estruturas

ramificadas (PAs 06, 09, 12, 15, 17, 19, 24, 25, 26, 27 e 28).

Tabela 6: Análise táctil-visual das amostras de sedimento. PA Areia Cascalho

1 Areia média de cor branca e cinza com presença de algas vermelhas, Halimeda e valvas de moluscos.

Valvas de moluscos recentes.

2

Areia grossa de cor branca e marrom com presença de fragmentos de algas vermelhas, Halimeda, Gastrópodas e valvas de moluscos.

Cascalhos elipsoidais, com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.

3 Areia média e grossa de cor branca, com presença de algas calcárias.

Cascalhos discoidais sem ramificação, compostos por algas calcárias.

4 Areia média de cor marrom, com presença de fragmentos de algas calcárias.

Cascalhos elipsoidais e discoidais com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.

5 Areia grossa de cor branca, com presença de fragmentos de algas calcárias e valvas de moluscos.

Cascalhos elipsoidais, com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.

6 Areia carbonática grossa de cor branca e cinza com presença de fragmentos de algas calcárias e rodólitos.

Poucos cascalhos esféricos e ramificados.

7 Areia média de cor branca e cinza, com presença de Halimeda e valvas de moluscos.

Poucos cascalhos ramificados.

8 Areia média e fina de cor cinza, com presença de algas calcárias, Gastropodas e

Cascalhos grandes arredondados com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.

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31

valvas de moluscos.

9 Areia grossa de cor marrom com presença de algas calcárias, Gastrópodas e valvas de moluscos.

Cascalhos esféricos com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.

10 Areia grossa de cor marrom e branca com presença de fragmentos de algas calcárias.

Cascalhos discoidais com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.

11 Areia média de cor marrom, com presença de algas vermelhas e valvas de moluscos.

Cascalhos discoidais bem ramificados, compostos de algas calcárias e valvas de moluscos.

12 Areia média e fina de cor cinza, com presença de Halimeda, fragmentos de algas vermelhas e valvas de moluscos.

Cascalhos esféricos com poucas ramificações, compostos de algas calcárias e valvas de moluscos.

13 Areia fina de cor cinza, com presença de valvas de moluscos e tubos de poliquetas.

Cascalho composto por valvas de moluscos e tubos de poliqueta.

14 Areia média de cor marrom. Cascalho sem ramificação e bem arredondado, composto por algas calcárias.

15 Areia grossa de cor branca, com presença de fragmentos de algas calcárias e valvas de moluscos.

Cascalho arredondado com poucas ramificações, compostos por algas calcárias e valvas de moluscos agregados.

16 Areia de cor marrom, com presença de fragmentos de algas calcárias.

Cascalho ramificado, composto por algas calcárias e valvas de moluscos.

17 Areia de cor branca, com presença de Halimeda, fragmentos de algas vermelhas e valvas de moluscos.

Cascalhos grandes esféricos e ramificados, compostos por algas calcárias.

18 Areia de cor branca, com presença de fragmentos de algas vermelhas, Halimeda,e valvas de moluscos.

Cascalhos grandes, discoidais, composto por algas calcárias e valvas de moluscos.

19 Areia média e grossa de cor marrom claro, com presença de fragmentos de algas calcárias.

Cascalhos grandes e esféricos com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.

20 Areia grossa de cor branca, com presença de fragmentos de algas calcárias e valvas de moluscos.

Cascalhos esféricos compostos por algas calcárias.

21 Areia de cor marrom, com presença de Halimeda, fragmentos de alga vermelhas e conchas de bivalvia.

Cascalhos grandes e ramificados compostos por algas calcárias.

22 Areia de cor cinza, com presença de artículos de algas calcárias.

Cascalhos ramificados compostos por algas calcárias

23 Areia média de cor marrom. Rodólitos elipsoidais sem ramificação, compostos por algas calcárias.

24 Areia grossa de cor branca e marrom, com presença de fragmentos de algas calcárias.

Cascalhos grandes e esféricos compostos por algas calcárias.

25 Areia grossa e média de cor branca e marrom, com presença de Halimeda e algas vermelhas.

Cascalhos esféricos com poucas ramificações, compostos por algas calcárias.

26 Areia grossa de cor branca e marrom, com presença de fragmentos de algas calcárias e valvas de moluscos.

Cascalhos esféricos sem ramificação, compostos por algas calcárias.

27 Areia grossa de cor branca com presença de fragmentos de algas calcárias.

Cascalhos esféricos com poucas ramificações, compostos de algas calcárias.

28 Areia grossa de cor marrom, com presença de fragmentos de algas calcárias e valvas de moluscos.

Cascalhos esféricos compostos por algas calcárias.

29 Areia grossa de cor branca e cinza, com presença de fragmentos de algas vermelhas e Halimeda.

Cascalhos elipsoidais compostos por algas calcárias e tubos de poliquetas.

30 Areia média e grossa de cor branca, com presença de algas vermelhas, Halimeda e valvas de moluscos.

Cascalhos elipsoidais e ramificados, compostos por algas calcárias e valvas de moluscos agregados.

Continuação Tabela 6.

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32

4.2 Composição Biogênica dos Sedimentos

4.2.1 Triagem do Grão

A triagem foi utilizada neste trabalho para auxiliar na interpretação da variação

dos sedimentos biogênicos e caracterização da Biofácies da superfície do fundo

marinho. Foram quantificados os grandes grupos taxonômicos (nível Filo) mais

representativos dos componentes bióticos do sedimento e observado as similaridades

dos PAs através das Análises Multivariadas.

Os grupos taxonômicos mais representativos foram as Algas Calcárias, e os filos

Rhizopoda, Mollusca, Echinodermata e Porifera (fotos ANEXO 1.2). As Algas

Calcárias foram representadas principalmente pelas algas vermelhas (Filo Rhodophyta)

e a Halimeda. O filo Rhizopoda foi representado pelas testas de foraminíferos. O filo

Mollusca foi identificado duas classes, Gastrópoda e Bivalvia. O filo Porifera foi

representado pelas espículas das esponjas. Os Echinodermatas foram representados

exclusivamente pela classe Echinoidea (principalmente espinhos de ouriço).

Foi identificado um total de 6.197 grãos (Tabela 14 - ANEXO3). A composição

biogênica do total das amostras foram predominantemente Algas Calcárias (69,7%),

seguido do filo Rhizopoda (Foraminíferos) (21,5%), Gastrópoda (5,3%), filo Porifera

(Espículas) (2,1%), Bivalvia (0,8%) e Echinodermata (0,7%) (Figura 11).

70%

21%

5%2%< 1% Alga calcária

RhizópodaGastrópodaPríferaBiválviaEquinodermata

Figura 11: Composição biogênica total do sedimento.

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33

Os resultados da composição biogênica de cada PA (Figura 12) mostram

claramente o predomínio das Algas Calcárias em praticamente todas as amostras. Os

foraminíferos foram significativos, maior que trinta por cento, nos PAs seis (6), onze

(11), dezesseis (16), vinte e um (21), vinte e dois (22) e vinte e sete (27). O PA vinte

(20) apresentou a maior porcentagem de Gastrópodas. As espículas de esponjas

predominaram no PA vinte e seis (26). As valvas de moluscos apresentaram abundância

em quinze PAs, porém apresentaram valores baixos (<3%). Os Echinodermatas

estiveram presentes (>5%) nos PAs dez (10) e dezenove (19).

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30300

20

40

60

80

100

Pontos amostrais

%

Alga calcária

Rhizópoda

GastrópodaPorífera

Biválvia

Equinodermata

Figura 12: Abundância relativa (%) da composição biogênica do sedimento de cada ponto amostral.

Os dados brutos da abundância relativa de cada componente biótico do

sedimento foram analisados espacialmente nos seis perfis perpendiculares à linha de

costa. Os perfis P3 e P5 apresentaram um máximo de Algas Calcárias no quarto (4°)

ponto do perfil, os restantes dos perfis apresentaram um máximo no terceiro (3°) ponto

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34

do perfil. Com exceção do P1, todos os perfis apresentaram um mínimo de Algas

Calcárias no primeiro (1°) ponto do perfil (Figura 13a).

O modelo gerado a partir da interpolação da variação superficial do sedimento

(Figura 13b) permite observar uma variação abrupta das algas calcárias (maior do que

20% em média), à medida que se aproxima da costa.

Os foraminíferos (Figura 14a) se distribuíram principalmente no primeiro (1°)

ponto dos perfis que abrangem os recifes (P2, P3, P4 e P5) diminuindo

significativamente (em média 15%) nos pontos seguintes, à medida que se afasta da

costa. A abundância relativa dos foraminíferos demonstra uma distribuição espacial

inversa das algas calcárias (Figura 14b), e ambas somadas, representam, em média,

noventa por cento da composição biogênica do sedimento (Figura 11).

Os perfis P1, P3, P4 e P5 apresentaram um máximo de Gastrópodas no quinto

(5°) ponto do perfil. Os perfis P2 e P6 apresentaram um máximo de gastrópodas no

primeiro (1°) ponto do perfil. Os Perfis P1, P2, P4 e P6 apresentaram um mínimo no

terceiro (3°) ponto do perfil e os perfis P2 e P5 apresentaram um mínimo no quarto (4°)

ponto do perfil (Figura 15a). Os Gastrópodas se distribuíram em pontos localizados na

região frontal dos recifes, e no canal em pontos localizados mais próximos da costa

(Figura 15b).

O grupo dos Bivalvias (Figura 16a) apresentou baixa abundância relativa (menor

que 3%) dificultando na definição dos padrões dos perfis. A análise de interpolação

espacial da superfície delimitou uma área de maior abundância no meio do canal entre a

costa e os recifes e uma menor concentração na região frontal dos recifes (Figura 16b).

As espículas de esponjas (Figura 17) predominaram (mais do que 50%) no

primeiro (1°) ponto do perfil P6. Observa-se a presença, em pequena quantidade, das

espículas no segundo (2°) ponto dos perfis P1 e P3 e no primeiro (1°) ponto do perfil

P4.

O grupo dos Echinodermatas, representados principalmente pelos espinhos de

ouriços, não estiveram presentes no perfil P1, apresentaram máximos no quinto (5°)

ponto do perfil P2 e P3, quarto (4°) ponto do perfil P4 e P6 e terceiro (3°) ponto do

perfil P5. O segundo (2°) ponto de todos os perfis não apresentou Echinodermatas

(Figura 18a). Observa-se uma distribuição de Echinodermatas principalmente na região

da crista e frontal dos recifes (Figura 18b).

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35

a)

1 2 3 4 550

20

40

60

80

100

Pontos do Perfil

Alg

a ca

lcár

ia (

%)

P1P2P3P4P5P6Média

b)

!

!

!

!

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!

!

!

!

35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Algas Calcárias

18 - 33

33 - 47

47- 62

62 - 77

77 - 92

Figura 13: Abundância relativa das Algas Calcárias (%), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).

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36

a)

1 2 3 4 550

10

20

30

40

50

60

Pontos do Perfil

Rhi

zópo

da (

%)

P1P2P3P4P5P6Média

b)

!

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!

35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Rhizopoda (Foraminíferos)

5 - 14

14 - 22

22 - 31

31 - 39

39 - 49

Figura 14: Abundância relativa (%) do filo Rhizopoda (Foraminíferos), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).

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37

a)

1 2 3 4 550

5

10

15

20

Pontos do Perfil

Gas

tróp

oda

(%)

P1P2P3P4P5P6Média

b)

!

!

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!

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!

35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Mollusca (Gastrópoda)

0 - 3

3 - 6

6 - 9

9 - 12

12 - 16

Figura 15: Abundância relativa de Gastrópodas, do filo Mollusca (%), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).

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38

a)

1 2 3 4 550

0.5

1

1.5

2

2.5

3

Pontos do Perfil

Biv

alvi

a (%

)

P1P2P3P4P5P6Média

b)

!

!

!

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!

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!

35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Mollusca (Bivalvia)

0 - 0.7

0.7 - 1

1 - 1.4

Figura 16: Abundância relativa (%) das Bivalvias, do filo Mollusca, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).

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39

a)

1 2 3 4 550

10

20

30

40

50

60

Pontos do Perfil

Por

ífer

a (%

)

P1P2P3P4P5P6Média

b)

!

!

!

!

!

!

!

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!

35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Porífera (Espículas)

0 - 15

15 - 33

33 - 50

Figura 17: Abundância relativa (%) do filo Porifera (Espículas de Esponjas), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).

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40

a)

1 2 3 4 550

1

2

3

4

5

6

7

Pontos do Perfil

Equ

inod

erm

ata

(%)

P1P2P3P4P5P6Média

b)

!

!

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!

35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Equinodermata

0 - 0.5

0.5 - 1

1 - 1.6

1.6 - 2

2 - 2.8

Figura 18: Abundância relativa (%) dos Echinodermatas, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).

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41

4.2.2 Análise Multivariada da Composição Biogênica do Sedimento

A Análise de Componentes Principais realizada com os sedimentos biogênicos

apresentou grau de explicabilidade não muito alta (59%) (Tabela 7), no entanto refletiu

o predomínio de Algas Calcárias (Alg) e possibilitou destacar alguns subdomínios

através da Componente Principal 1 (CP1) (Figura 19).

Vinte e seis PAs apresentaram valores maiores que 50 % de Algas Calcárias e se

distribuíram no lado esquerdo (menor que 1,5) da CP1. No eixo positivo da CP1 foi

possível destacar um PA (26) localizado no extremo direito do gráfico onde predomina

Espículas (Esp) de esponjas, e os subdomínios dos Foraminíferos (For), PAs 06, 11, 16,

21, 22 e 27; Gastrópoda (Gas), PA 20; e Echinodermata (Eq), PAs 10 e 19 localizados

no centro do gráfico (entre as distâncias 0 e 3 da CP1).

O dendograma foi possível destacar facilmente os grupos taxonômicos mais

representativos quanto à composição biogênica (Alga Calcária, Foraminíferos e

Espículas de esponjas), no entanto não distinguiu os grupos com menores abundâncias

(Gastrópoda, Bivalvia e Echinodermata) (Figura 20). O PA com predomínio das

Espículas de esponjas e o subdomínio dos Foraminíferos se agruparam nos extremos

superior do gráfico. O grande grupo das Algas Calcárias predominou quase a totalidade

dos PAs.

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42

-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6-3

-2

-1

0

1

2

3

CP1

CP

2

01

02

03

04 05 06

07

08 09

10

11

12

13

14

15

16

17 18

19

20

21

22 23

24

25

26

27

28 29

30For.

Esp.

Eq

Gas

Alg

Alg>50%

Figura 19: Análise de Componentes Principais da abundância relativa dos sedimentos biogênicos, destacando os grupos similares quanto a Alga Calcária (Alg), filo Rhizopoda (For), classe Gastrópoda (Gas), filo Porifera (Esp) e filo Echinodermata (Eq).

Tabela 7: Valores das Explicabilidades.

CP Autovalores %Variação %Var.Acum. 1 2.27 37.84 37.84 2 1.27 21.21 59.05

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43

0 50 100 150 200

5

7

13

29

17

23

30

24

19

25

10

20

1

2

15

4

28

9

18

12

3

8

14

6

16

11

27

22

21

26

Distância

Pont

os a

mos

trai

sEsp.

For

Alg

Figura 20: Dendograma da Análise de Agrupamento utilizando os dados dos componentes bióticos do sedimento, destacando os grupos similares quanto a Alga Calcária (Alg), filo Rhizopoda (For) e filo Porífera (Esp).

4.2.3 Biofácies do Sedimento

O modelo da Biofácies (Figura 21) do sedimento permitiu observar o

predomínio das Algas calcárias em quase toda área. O subdomínio do filo Rhizopoda

foi significativo no canal de São Roque, próximo da costa. Pontos localizados dos

subdomínios da classe Gastrópoda e filo Echinodermata são encontrados na região

frontal dos recifes. O filo Porifera se destacou em um ponto amostral presente no

extremo sul do canal, próximo à linha de costa.

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44

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35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Biofácies

Alga Calcária

Rizópoda (Foraminífero)

Mollusca (Gastrópoda)

Porífera (Esopicula)

Equinodermata

Figura 21: Análise da variação superficial da biofácies do

sedimento.

4.3 Concentração de Carbonato de Cálcio

A alta concentração de Carbonato de Cálcio (CaCO3), presente nos PAs,

evidencia o baixo aporte de sedimentos terrígenos (Tabela16 ANEXO 3). Todos

apresentaram concentrações de CaCO3 maiores que 75%. Os PAs um (01), seis (06) e

vinte e um (21) apresentaram as concentrações mais baixas. Os PAs vinte e dois (22),

vinte e três (23) e vinte e quatro (24) apresentaram as maiores concentrações.

Os dados brutos da concentração de Carbonato de Cálcio foram analisados

espacialmente nos seis perfis perpendiculares à linha de costa. Observa-se uma variação

abrupta (média de 10%) da concentração de CaCO3, os maiores valores presentes sobre

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45

os recifes, no terceiro (3°) e quarto (4°) pontos do perfil e as menores concentrações

foram encontradas no primeiro (1°) e segundo (2°) pontos do perfil, mais próximos da

costa (Figura 22a).

O modelo superficial da distribuição de CaCO3 do sedimento delimita uma área

com alta concentração de CaCO3 (maior do que 90%) sobre os recifes, diminuindo a

partir do canal, à medida que se aproxima da costa (Figura 22a).

Foi gerado um gráfico comparativo entre as médias dos pontos dos perfis da

concentração de CaCO3 e da abundância relativa de algas calcárias (Figura 23), para

observar o padrão entre as duas variáveis ao longo dos perfis. Os dois componentes

apresentam um ápice no terceiro ponto do perfil sobre os recifes, apresentando uma

diminuição da concentração de CaCO3 mais abrupta nos primeiros pontos dos perfis, à

medida que se aproxima da costa. Observa-se uma variação mais sutil na concentração

de CaCO3, porém correspondendo à variação da concentração de algas calcárias ao

longo dos perfis.

Foi realizada uma comparação com as duas metodologias de quantificação da

concentração de carbonatos (ataques com ácido e a triagem) permitindo aumentar a

confiança nas metodologias utilizadas (Figura 24), visto que pequenas diferenças entre

elas (média de 4%) foram observadas. As maiores diferenças observadas foram nos PAs

dezesseis (16), vinte e um (21) e vinte e nove (29), 10%, 13% e 11% respectivamente.

(Tabela 16 - Anexo 3).

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46

a)

1 2 3 4 575

80

85

90

95

100

Pontos do Perfil

Car

bona

to d

e C

álci

o (%

)P1P2P3P4P5P6Média

b)

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35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Carbonato de Cálcio (%)

81 - 84

84 - 87

87 - 90

90 - 93

93 - 97

Figura 22: Concentração de carbonato de cálcio (%), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).

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47

1 2 3 4 5540

50

60

70

80

90

100

Pontos dos Perfis

%

CaCO3Alg. Calc.

Figura 23: Comparação entre a concentração de carbonato de cálcio e algas calcárias obtidas das médias dos perfis.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 300

20

40

60

80

100

Pontos amostrais

CaC

O3

(%)

HClTriagem

Figura 24: Concentração de carbonato de cálcio calculado utilizando o ataque com ácido (HCl) e triagem do grão.

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48

4.4 Análise Granulométrica

A Tabela 17 (ANEXO 3) apresenta a granulometria dos sedimentos de cada PA,

os valores são referentes ao peso dos grãos retidos em cada peneira (mm). A Tabela 18

(ANEXO 3) representa a porcentagem do peso dos grãos e a freqüência percentual

acumulada referente a cada tamanho da malha.

As Figuras (ANEXO 2.1) possibilitaram constatar a importância da granulação

grossa, evidenciado pela tendência das curvas se manterem do lado esquerdo do gráfico.

As curvas de freqüência simples evidenciam a baixa seleção dos dados e muitos casos

de bimodalidade e trimodalidade.

Os dados estatísticos (Figura 25) permitiram analisar diferenças numéricas entre

os gráficos da análise granulométrica de cada PA. Observa-se as menores médias nos

PAs cinco (05), nove (09) e quinze (15), e as maiores nos PAs um (01), oito (08) e treze

(13), apresentando as maiores oscilações nos pontos amostrais 01 a 15, distribuídos nos

três primeiros perfis.

O desvio padrão em geral apresentou-se baixo (menor do que 1,4 phi), os PAs

nove (09), treze (13) e quatorze (14) encontraram os menores valores e os PAs dois

(02), dezesseis (16) e vinte (20) os maiores valores. A assimetria apresentou valores

negativos na maioria das amostras (21 PAs), as menores foram os PAs um (01), vinte e

três (23) e trinta (30), e as maiores foram os PAs cinco (05), quinze (15) e vinte e seis

(26). A curtose também apresentou valores baixos, os menores valores foram

encontrados nos PAs quatro (04), vinte (20) e vinte e oito (28) e os maiores valores nos

PAs oito (08), treze (13) e vinte e três (23).

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49

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30-2

0

2

4T

endê

ncia

cen

tral Moda Mediana Média

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 300

1

2

3

4

5

Des

vio

padr

ão

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30-1

-0.5

0

0.5

1

Ass

imet

ria

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 300

1

2

3

4

Cur

tose

Pontos amostrais

Figura 25: Gráficos dos resultados estatísticos, tendência central (phi), desvio do padrão

(phi), assimetria e curtose, de todos os Pontos Amostrais.

Os dados estatísticos da análise granulométrica foram analisados espacialmente

nos seis perfis perpendiculares à linha de costa.

A moda presente em cada ponto do perfil demonstrou dificuldades em distinguir

padrões dos perfis (Figura 26). Porém a mediana, bem como a média, permitiram

demonstrar diferenças entre os padrões dos perfis (Figuras 27a e 28a). Os menores

valores de phi, isto é, sedimentos com granulação mais grossa, se distribuíram na região

frontal do recife, e os sedimentos com granulação mais fina (maiores valores de phi) se

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50

limitaram no canal. Os valores máximos dos perfis P2, P3 e P5 se localizaram no

terceiro (3°) ponto dos perfis, sobre os recifes. Nos perfis P1 e P4 o maior valor se

localizou no primeiro (1°) ponto e no perfil P6 o maior valor se localizou no quinto (5°)

ponto do perfil. Os valores mínimos se distribuíram no primeiro (1°) ponto dos perfis P5

e P6, quarto (4°) ponto dos perfis P2 e P4 e quinto (5°) ponto dos perfis P1 e P3.

O modelo da distribuição espacial da mediana e do diâmetro médio do

sedimento permite observar claramente uma gradação do tamanho dos grãos à medida

que se aproxima da costa e uma área com sedimentos mais finos na região ao norte do

canal protegida pelos recifes (Figuras 27b e 28b).

O desvio padrão apresentou, em média, valores maiores no canal, quando

comparado aos recifes (Figura 29a). Os valores máximos do desvio padrão foram

encontrados no primeiro (1°) ponto dos perfis P4, P5 e P6. Os perfis P1 e P3

apresentaram valores máximos no segundo (2°) ponto do perfil e o perfil P2 apresentou

valores máximos no terceiro (3°) ponto do perfil. Os valores mínimos foram

encontrados no quarto (4°) ponto dos perfis P2, P3 e P4, no terceiro (3°) ponto dos

perfis P1 e P5 e no segundo (2°) ponto do perfil P6. Existe uma tendência da região

frontal norte dos recifes em selecionar mais os grãos do sedimento, diminuindo

gradativamente para o sul dos recifes e à medida que se aproxima da costa (Figura 29b).

Os valores de assimetria foram negativos em sua maioria, os mínimos de

assimetria se distribuíram no quarto (4°) ponto dos perfis P2, P3 e P4, terceiro (3°)

ponto dos perfis P1 e P5 e segundo (2°) ponto dos perfis P6. Os valores máximos

apresentaram-se no primeiro (1°) ponto dos perfis P2, P5 e P6 e no quinto (5°) ponto

dos perfis P1, P3 e P4 (Figura 30a). A variação espacial do modelo de distribuição da

assimetria permite observar uma área delimitada na região frontal dos recifes com

valores positivos.

Em média os maiores valores de curtose foram baixos e se distribuíram no

terceiro (3°) ponto dos perfis P2, P3 e P5, no primeiro (1°) ponto do perfil P1 e P4, e no

segundo (2°) ponto do perfil P6. Os menores valores se encontraram no quinto (5°)

ponto dos perfis P2, P3 e P4, no quarto (4°) ponto dos perfis P1 e P5 e no terceiro (3°)

ponto do perfil P3 (Figura 31a). O modelo da distribuição da curtose indica maiores

picosidades sobre o recife (Retro-recife e Crista) e no canal próximo da costa e menores

valores principalmente na região frontal dos recifes (Figura 31b).

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51

a)

1 2 3 4 55-1

-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

Pontos do Perfil

Mod

aP1P2P3P4P5P6Média

b)

!

!

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35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Moda

-1 - 0

0 - 0.5

0.5 - 1

1 - 1.5

1.5 - 2.5

Figura 26: Análise da Moda, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial

(b).

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52

a)

1 2 3 4 5-1

-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

Pontos do Perfil

Med

iana

P1P2P3P4P5P6Média

b)

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35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Mediana

0.2 - 0.6

0.6 - 0.8

0.8 - 1

1 - 1.2

1.2 - 1.6

Figura 27: Análise da Mediana, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial

(b).

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53

a)

1 2 3 4 55-0.5

0

0.5

1

1.5

2

Pontos do Perfil

Méd

iaP1P2P3P4P5P6Média

b)

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35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Média

0 - 0.6

0.6 - 0.8

0.8 - 1

1 - 1.3

Figura 28: Análise da Média, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial

(b).

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54

a)

1 2 3 4 550.5

1

1.5

Pontos do Perfil

Des

vio

Padr

ãoP1P2P3P4P5P6Média

b)

!

!

!

!

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!

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35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Desvio Padrão

0.8 - 0.9

0.9 - 1

1 - 1.1

1.1 - 1.2

1.2 - 1.3

Figura 29: Análise do Grau de Seleção, vista em perfis (a) e Interpolação da variação

superficial (b).

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55

a)

1 2 3 4 5-0.8

-0.6

-0.4

-0.2

0

0.2

0.4

0.6

Pontos do Perfil

Ass

imet

ria

P1P2P3P4P5P6Média

b)

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!

!

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35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Assimetria

-0.2 - -0.1

-0.1 - 0

0 - 0.05

0.05 - 0.1

0.1 - 0.2

Figura 30: Análise da Assimetria, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).

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56

a)

1 2 3 4 550.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1

1.1

1.2

1.3

1.4

Pontos do Perfil

Cur

tose

P1P2P3P4P5P6Média

b)

!

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!

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35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Curtose

05 - 0.7

0.7 - 0.9

0.9 - 1.1

1.1 - 1.3

1.3 - 1.5

Figura 31: Análise da Curtose, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial

(b).

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57

4.5 Classificação Faciológica

A partir análise granulométrica foi possível obter as classificações para cada

amostra e observar grupos similares quanto às características classificadas (Tabela 8).

Foram encontrados três padrões de classificação quanto à média. O sedimento

predominantemente é areia grossa (16 PAs), seguido de areia média (12 PAs) e areia

muito grossa (2 PAs).

O grau de seleção é pobre na maioria dos pontos amostrais (24 PAs), apenas seis

(6) PAs apresentaram-se moderadamente selecionado. A assimetria é em grande parte

aproximadamente simétrica (11 PAs) e assimetria negativa (10 PAs). Cinco (5) PAs

apresentaram assimetria muito negativa, dois (2) PAs apresentaram assimetria positiva e

dois (2) PAs apresentaram assimetria muito positiva. Quanto à curtose, a maioria foi

platicúrtica (15 PAs). Ocorreram seis (6) PAs leptocúrticas, seis (6) mesocúrticas e três

(3) muito platicúrticas.

Comparando os resultados da classificação entre os PAs, foi possível observar

grupos similares principalmente quanto à média e o grau de seleção. Os PAs um (01),

dois (02), sete (07), oito (08), onze (11), doze (12), dezesseis (16), vinte e dois (22) e

trinta (30) apresentaram a classificação de Areia média e Pobremente selecionada. Os

PAs treze (13), quatorze (14) e vinte e três (23) apresentaram Areia média e

Moderadamente selecionada. Os PAs quatro (04), seis (06), dez (10), dezessete (17),

dezoito (18), dezenove (19), vinte (20), vinte e um (21), vinte e quatro (24), vinte e

cinco (25), vinte e seis (26), vinte e sete (27), vinte e oito (28) e vinte e nove (29) foram

classificados como Areia grossa Pobremente selecionada. Os PAs três (03) e nove (09)

foram classificados como Areia grossa e Moderadamente selecionada. E finalmente os

PAs cinco (05) e quinze (15) se distinguiram dos demais pela classificação da média,

Areia muito grossa.

Ao incluir a classificação pela assimetria e curtose, os PAs se tornam muito

distintos, dificultando agrupar pontos similares quanto à classificação faciológica.

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58

Tabela 8: Classificação Faciológica das amostras de sedimento.

PA Classificação pela Média

Classificação Folk Ward (1957)

1 areia média pobremente selecionado, assimetria muito negativa, leptocúrtica

2 areia média pobremente selecionado, assimetria negativa, platicúrtica

3 areia grossa moderadamente selecionado, assimetria negativa, mesocúrtica

4 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, muito platicúrtica

5 areia muito grossa pobremente selecionado, assimetria muito positiva, platicúrtica

6 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, platicúrtica

7 areia média pobremente selecionado, assimetria muito negativa, mesocúrtica

8 areia média pobremente selecionado, assimetria negativa, leptocúrtica

9 areia grossa moderadamente selecionado, aproximadamente simétrica, mesocúrtica

10 areia grossa pobremente selecionado, assimetria negativa, platicúrtica

11 areia média pobremente selecionado, assimetria muito negativa, mesocúrtica

12 areia média pobremente selecionado, assimetria negativa, platicúrtica

13 areia média moderadamente selecionado, assimetria negativa, leptocúrtica

14 areia média moderadamente selecionado, assimetria negativa, leptocúrtica

15 areia muito grossa moderadamente selecionado, assimetria muito positiva, platicúrtica

16 areia média pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, mesocúrtica

17 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, platicúrtica

18 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, platicúrtica

19 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, platicúrtica

20 areia grossa pobremente selecionado, assimetria positiva, muito platicúrtica

21 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, platicúrtica

22 areia média pobremente selecionado, assimetria negativa, mesocúrtica

23 areia média moderadamente selecionado, assimetria muito negativa, leptocúrtica

24 areia grossa pobremente selecionado, assimetria negativa, platicúrtica

25 areia grossa pobremente selecionado, assimetria negativa, platicúrtica

26 areia grossa pobremente selecionado, assimetria positiva, platicúrtica

27 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, leptocúrtica

28 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, muito platicúrtica

29 areia grossa pobremente selecionado, aproximadamente simétrica, platicúrtica

30 areia média pobremente selecionado, assimetria muito negativa, platicúrtica

4.5.1 Distribuição granulométrica

Foram gerados gráficos de distribuição granulométrica destacando os grupos

faciológicos distintos analisados na classificação faciológica, quanto à média e ao grau

de seleção. Com o gráfico de Freqüência Simples foi possível destacar claramente os

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59

PAs moderadamente selecionados (Ms), das frações areia grossa (Ag) e areia média

(Am), e os PAs da fração areia muito grossa (Amg), apresentando os picos mais altos do

gráfico. Os PAs pobremente selecionados (Ps) chegam a apresentar três modas (Figura

32).

Os gráficos de freqüência acumulada permitiram observar a gradação das

frações de areia, partindo da areia média moderadamente selecionada até areia muito

grossa. Observa-se que os PAs moderadamente selecionados encontram-se mais

verticais em relação aos PAs pobremente selecionados (Figura 33).

No gráfico de freqüência acumulada Aritmética os PAs de Areia grossa

moderadamente selecionada encontram-se como uma linha reta inclinada de 45° (Figura

33a). No gráfico logarítmico em praticamente todas PAs observa-se um segmento de

reta significativo na fração maior do que -0,5 phi (Figura 33b).

-1 0 1 2 3 40

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

. Amg

- Ag, Ps

-- Ag, Ms

.. Am, Ps

.- AmMs

Phi

Fre

quen

cia

porc

entu

al e

m p

eso

(%)

Figura 32: Distribuição granulométrica da Freqüência Simples dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)).

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60

a)

-1 0 1 2 3 40

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

. Amg

- Ag, Ps

-- Ag, Ms

.. Am, Ps

.- Am, Ms

Escala PHI

Fre

quen

cia

porc

entu

al a

cum

ulad

a em

pes

o (%

)

b)

-1 0 1 2 3 4

100

101

102

. Amg

- Ag, Ps

-- Ag, Ms

.. Am, Ps

.- Am, Ms

Escala PHI

Fre

quen

cia

porc

entu

al a

cum

ulad

a (lo

garí

tmic

a)

Figura 33: Distribuição granulométrica da Freqüência Acumulada aritmética (a) e logarítmica (b) dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)).

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61

4.5.2 Análise Multivariada do Tamanho dos Grãos

Foi efetuado a ACP e a Análise de Agrupamento com os dados brutos de

granulometria para observar o comportamento dos PAs e compará-los com a análise

granulométrica e com as classificações faciológicas Wentworth (1922) e Folk & Ward

(1957) apud Suguio (1973).

A ACP apresentou dificuldades em agrupar pontos similares, concentrando a

maioria dos PAs no centro do gráfico com alguns PAs distribuídos na periferia (Figura

34).

Comparando com os resultados da classificação faciológica, foi possível

perceber que a Componente Principal 1 distinguiu as amostras classificadas pela média.

Os PAs classificados como Areia média (Am) se distribuíram do lado direito do gráfico,

e os PAs classificados como Areia grossa (Ag) ou Areia muito grossa (Amg) se

distribuíram do lado esquerdo do gráfico.

Os PAs três (03), nove (09), treze (13), quatorze (14), quinze (15) e vinte e três

(23), periféricos e dispersos no gráfico, parecem estar relacionados ao desvio padrão,

moderadamente selecionados (Ms). Os dados que apresentaram um grau de seleção

pobre (Ps), quase todos se adensaram no meio do gráfico.

O grau de assimetria e curtose, apesar de apresentarem alguns agrupamentos,

não foram bem distintos na ACP.

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62

-6 -4 -2 0 2 4 6-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

CP1

CP

2

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10 11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28 29

30

Figura 34: Análise de Componentes Principais dos dados de granulometria dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)).

Tabela 9: Valores das Explicabilidades.

CP Autovalores %Variação %Var.Acum. 1 5,05 42,12 42,12 2 2,49 20,78 62,90

A Análise de Agrupamento diminui a subjetividade nas disposições dos

agrupamentos quando comparado com a ACP (Figura 35). Com exceção dos PAs vinte

e seis (26) e vinte e três (23), o resultado do dendograma distinguiu bem os grupos

faciológicos classificados pelo Grau de Seleção, as amostras moderadamente

selecionadas se agruparam na região superior do gráfico e as amostras pobremente

selecionadas formaram um grande grupo na região inferior do gráfico.

Dentro destes dois grandes grupos, foi possível constatar pequenos

agrupamentos classificados pela média (Areia média, Areia grossa e Areia muito

grossa) demonstrando maiores dificuldades para destacar grupos similares quanto à

média.

Am, Ps

Ag, Ps

Am, Ms

Ag, Ms

Amg

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63

20 40 60 80 100 120 140 160

10

24

25

2

12

7

11

30

1

8

23

4

28

6

19

29

18

20

27

16

17

22

21

3

5

15

9

13

14

26

Distância

Pont

os a

mos

trai

sAm, Ms

Amg

Ps

Am, Ps

A m, Ps

Ag, Ps

Ag, Ps

Ag, Ms

Figura 35: Dendograma da Análise de Agrupamento dos dados de granulometria dos pontos amostrais destacando suas classificações quanto à média (Areia muito grossa (Amg), Areia grossa (Ag) e Areia média (Am)) e grau de seleção (Pobremente selecionada (Ps) e Moderadamente selecionada (Ms)).

4.5.3 Distribuição Espacial da Classificação Faciológica

O modelo da distribuição espacial da Classificação Faciológica quanto à média e

desvio padrão (Figura 36) permitiu delimitar uma área do canal classificada como areia

média pobremente selecionada. A areia grossa pobremente selecionada predominou no

restante da área, com alguns pontos localizados na região frontal dos recifes,

classificados como areia grossa moderadamente selecionada e areia muito grossa.

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64

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

! !

!

!!

35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Classificação Faciológica (Granulometria)

Areia muito grossa

Areia grossa e Moderadamente selecionada

Areia grossa e Pobremente selecionada

Areia média e moderadamente selecionada

Areia média e pobremente selecionada

Figura 36: Distribuição espacial da Classificação Faciológica quanto à média e o grau de seleção.

4.6 Granulometria dos Rodólitos

Os resultados das medidas dos três eixos dos rodólitos (Tabela 22, ANEXO 3)

permitiram calcular os valores de Diâmetro médio, Desvio do padrão dos diâmetros,

Esfericidade média e Volume médio em todos os PA (Tabela 23, ANEXO 3), além de

analisar graficamente a distribuição do diâmetro dos rodólitos (Anexo 2.2) de todos

PAs.

Observa-se que os maiores valores de diâmetro médio (Figura 37) não

ultrapassam de 4 cm, sendo portanto, rodólitos classificados como seixos, segundo a

classificação Wentworth (1922). Os menores diâmetros foram encontrados nos PAs um

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65

(01), dois (02) e treze (13). Os valores de desvio padrão foram maiores nos PAs

dezenove (19), vinte e um (21) e vinte e quatro (24), e menores nos PAs um (01), onze

(11) e treze (13). O grau de esfericidade apresentou-se mais próximo de um, isto é, mais

esféricos, nos PAs quatro (04), quinze (15), dezessete (17), vinte (20) e vinte e quatro

(24). Os PAs menos esféricos foram encontrados nos PAs um (01), treze (13) e vinte e

três (23). O Volume dos rodólitos foram maiores nos PAs dezenove (19), vinte e nove

(29) e trinta (30) e menores nos PAs um (01), sete (07) e treze (13).

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 300

2

4

Diâ

met

ro m

édio

(cm

)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 300

1

2

Des

vio

padr

ão

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 301

2

3

Esf

eric

idad

e

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 300

100

200

Vol

ume

(cm

3 )

Pontos amostrais

Figura 37: Gráficos das dimensões dos rodólitos presentes em cada PA.

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66

As medidas calculadas a partir dos três eixos dos rodólitos foram analisados

espacialmente nos seis perfis perpendiculares à linha de costa. Os dados médios dos

perfis permitem observar diferenças no padrão do diâmetro dos rodólitos. Os três

primeiros pontos dos perfis apresentaram valores de diâmetros menores em relação ao

quarto e quinto pontos do perfil (Figura 38a). Os maiores diâmetros foram encontrados

no quarto (4°) ponto dos perfis P2, P3, P5 e P6, e no quinto (5°) ponto dos perfis P1 e

P4. Os menores diâmetros foram encontrados no segundo (2°) ponto dos perfis P1, P2,

P5 e P6, e terceiro ponto dos perfis P3 e P4.

O modelo da distribuição espacial do diâmetro do rodólito demonstra uma

gradação à medida que se aproxima da costa sendo possível delimitar uma área na

região mais ao norte do canal, onde se concentram os menores diâmetros.

Os padrões de volume apresentaram uma variação similar aos perfis do diâmetro

dos rodólitos, porém destacando ainda mais as diferenças entre os pontos protegidos

pelos recifes (Três primeiros pontos dos perfis) e pontos expostos (Quarto e quinto

pontos dos perfis) (Figura 39a). Os maiores volumes foram encontrados no quarto (4°)

ponto dos perfis P2, P3, P4, P5 e P6, e no quinto (5°) ponto do perfil P1. Os menores

valores foram encontrados no terceiro (3°) ponto dos perfis P3, P4, P5 e P6, primeiro

(1°) ponto do perfil P1 e segundo (2°) ponto do perfil P2. Observa-se um menor volume

dos rodólitos no retrorecife e no canal.

O modelo de distribuição superficial do volume frisa uma variação abrupta a

partir do retrorecife e em direção à costa e delimita uma área onde se concentram os

menores valores, localizados no canal e protegidos pelos recifes (Figura 39b).

As médias das esfericidades não apresentaram rodólitos esféricos (<1,2), porém

os valores de esfericidades nos perfis destacaram claramente o quarto ponto dos perfis,

onde todos os valores estão próximos da forma esférica (Figura 40a). Os menores

valores de esfericidade foram encontrados no quarto ponto (4°) dos perfis P1, P2 e P5,

no quinto (5°) ponto dos perfis P3 e P4, e no terceiro (3°) ponto do perfil P6. Os

maiores valores de esfericidade, isto é, rodólitos menos esféricos, se encontraram no

terceiro (3°) ponto dos perfis P2, P3, P4 e P5, no primeiro (1°) ponto do perfil P1 e no

segundo (2°) ponto do perfil P6. O modelo de distribuição da esfericidade dos rodólitos

permite observar a delimitação de rodólitos mais próximo da forma esférica

concentrados principalmente sobre a crista e sobre o recife frontal (Figura 40b).

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67

a)

1 2 3 4 50.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

4

Pontos do Perfil

Diâ

met

ro m

édio

(cm

)P1P2P3P4P5P6Média

b)

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

! !

!

!

!

! !

!

!

!

!

!

!

!

!

35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

DM Rodólitos1 - 1.51.51 - 22.1 - 2.52.51 - 33.1 - 3.5

Figura 38: Diâmetro médio dos rodólitos (cm), vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).

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68

a)

1 2 3 4 50

50

100

150

200

250

Pontos do Perfil

Vol

ume

méd

io (

cm3 )

P1P2P3P4P5P6Média

b)

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

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!

!

!

!

! !

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!

!

! !

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!

!

!

!

!

35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Volume24.4 - 54.254.2 - 84.084.0 - 113.7113.7- 143.5143.5 - 173.31

Figura 39: Volume médio (cm3) dos rodólitos vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).

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a)

1 2 3 4 51

1.5

2

2.5

3

3.5

Pontos do Perfil

Esf

eric

idad

eP1P2P3P4P5P6Média

b)

!

!

!

!

!

!

!

!

!

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!

!

!

!

!

! !

!

!

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! !

!

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!

!

!

!

!

!

35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Esfericidade1.3 - 1.71.7- 2.02.0 - 2.42.4 - 2.752.75 - 3.1

Figura 40: Esfericidade média dos rodólitos, vista em perfis (a) e Interpolação da variação superficial (b).

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70

4.7 Classificação dos Rodólitos

Os resultados apresentados pela classificação de rodólitos evidência o

predomínio (20 PAs) dos rodólitos elípticos com baixa ramificação (IV). Ocorreram

dois (2) PAs com presença de rodólitos elípticos e ramificados (II e III). Rodólitos

Discoidais foram encontrados em oito (8) PAs sendo que três (3) PAs apresentaram-se

com estrutura laminar fina e cinco (5) PAs apresentaram estrutura com baixa

ramificação (Tabela 10).

Tabela 10: Classificações médias dos rodólitos segundo Bosence (1983a).

PA Classificação de rodólitos Forma Estrutura

1 Discoidal Laminar fina 2 Elipsoidal Ramificada IV 3 Discoidal Ramificada IV 4 Discoidal Ramificada IV 5 Elipsoidal Ramificada IV 6 Elipsoidal Ramificada IV 7 Discoidal Laminar fina 8 Elipsoidal Ramificada IV 9 Elipsoidal Ramificada IV

10 Elipsoidal Ramificada IV 11 Elipsoidal Ramificada II e III 12 Elipsoidal Ramificada IV 13 Discoidal Laminar fina 14 Discoidal Ramificada IV 15 Elipsoidal Ramificada IV 16 Elipsoidal Ramificada III 17 Elipsoidal Ramificada IV 18 Discoidal Ramificada IV 19 Elipsoidal Ramificada IV 20 Elipsoidal Ramificada IV 21 Elipsoidal Ramificada IV 22 Elipsoidal Ramificada II e IV 23 Elipsoidal Ramificada IV 24 Elipsoidal Ramificada IV 25 Elipsoidal Ramificada IV 26 Discoidal Ramificada IV 27 Elipsoidal Ramificada IV 28 Elipsoidal Ramificada IV 29 Elipsoidal Ramificada IV 30 Elipsoidal Ramificada IV

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71

4.7.1 Análise Multivariada com os Dados dos Rodólitos

Foi gerada uma ACP e Análise de Agrupamento com os dados brutos das

medidas dos três eixos dos rodólitos (Tabela 22, ANEXO 3), para comparar com os

dados da classificação (Forma e Estrutura) e cálculos das dimensões (Diâmetro médio,

Volume médio e Esfericidade média).

Observa-se na ACP (Figura 41), que a Componente Principal 1 divide os

rodólitos com diâmetro médio maior do que dois centímetros do lado direito do gráfico,

com os rodólitos mais esféricos (Esf) se posicionando no alto do eixo positivo. Os PAs

que apresentaram diâmetro médio menor do que dois centímetros se posicionaram do

lado esquerdo do gráfico, com os rodólitos classificados como Discoidal Laminar fino

(DLf) se posicionando no extremo esquerdo do eixo negativo.

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4-0.8

-0.6

-0.4

-0.2

0

0.2

0.4

0.6

CP1

CP

2

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10 11 12

13 14

15 16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

Diâ < 2cm

Esf

DLf

Figura 41: Análise de Componentes Principais dos dados dos eixos dos rodólitos destacando os pontos similares quanto ao Diâmetro (D), Esfericidade (Esf) e classificação Discoidal Laminar Fino (DLf).

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72

Tabela 11: Valores das Explicabilidades. CP Autovalores %Variação %Var.Acum. 1 2,91 97,12 97,12 2 0,06 0,80 99,2

A Análise de agrupamento distribuiu os PAs com rodólitos maiores que dois

centímetros (Dma) na parte inferior do gráfico e os rodólitos menores (Dme) na região

superior do gráfico. Foi possível distinguir o primeiro grupo do gráfico como Discoidal

Laminar Fina, e no centro do gráfico o grupo dos rodólitos com baixa esfericidade

(Figura 42).

0 50 100 150 200

9

21

15

19

16

5

26

20

24

14

29

30

2

23

3

8

22

4

17

10

27

28

25

12

18

1

6

11

7

13

Distância

Pont

os a

mos

trai

s

DLf

DLf

Dme

Dme

Dme

Dma

Esf

Figura 42: Dendograma da Análise de Agrupamento dos dados dos eixos dos rodólitos destacando os pontos similares quanto ao Diâmetro, maior e menor, do que dois centímetros (Dma e Dme), Esfericidade (Esf) e a classificação Discoidal Laminar Fina (DLf).

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73

4.7.2 Distribuição Espacial da Classificação dos Rodólitos

Observa-se o predomínio dos rodólitos elipsoidais com baixa ramificação na

região frontal dos recifes e pontos localizados na região sul do canal com ramificações

(Nível II e III). Os rodólitos discoidais se distribuíram sobre os recifes (Crista e

Retrorecife) e na área norte do canal, com pontos localizados classificados como

estrutura laminar fina (Figura 43).

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

! !

!

!!

35°15'0"W35°18'0"W

5°21

'0"S

5°24

'0"S

5°27

'0"S 0 21 Km

Classificação de Rodólitos

Discoidal Laminar Fina

Discoidal Ramificada IV

Elipsoidal Ramificada IV

Elipsoidal Ramificada III

Elipsoidal Ramificada II

Figura 43: Distribuição superficial das classificações dos rodólitos.

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74

5 DISCUSSÃO

A área de estudo apresenta alta complexidade ambiental, sob influência da

interação de vários aspectos (Geomorfológico, Fisiográfico e Ecológico). A coleta de

sedimento utilizando amostragem em série facilitou o manuseio dos dados e

interpretação espacial das características levantadas. O tratamento do sedimento em

laboratório permitiu descrever com detalhes diversas características do sedimento.

A análise visual permite destacar a variabilidade da composição do sedimento e

auxiliou na decisão das metodologias a serem adotadas para sua caracterização.

Os resultados obtidos da composição biogênica permitiram observar o

predomínio de Algas calcárias no sedimento, característica comum na região Nordeste

(Kempf, 1967/69; Kempf et al., 1967/69; França et al., 1976; Kempf, 1980; Coutinho,

1981; Testa & Bosence, 1999 e Dias, 2000).

Maiores valores de abundância relativa das Algas calcárias foram encontradas

nas áreas mais expostas e sobre o recife, diminuindo significativamente à medida que se

aproxima da costa. Segundo Testa & Bonsence (1999), existe uma correlação positiva

entre algas calcárias e a concentração de CaCO3, o que também pode ser observado nas

análises das médias dos perfis apresentado neste estudo, enfatizando a importância das

algas calcárias na produção de sedimentos carbonáticos.

Bem como França et al. (1976) e Tinoco (1989), foi possível identificar algumas

associações faunísticas com base na distribuição dos vários organismos nas frações

areia e cascalho.

Os foraminíferos foram abundantes nas áreas protegidas pelos recifes e próximo

da costa. Assim como apresentado por Batista et al. (2007), apresentam cores escuras o

que indica um constante revolvimento do sedimento associado a uma baixa

sedimentação, além da presença de foraminíferos muito fragmentados, indicando um

ambiente de alta energia.

Os Parrachos de Maracajaú apresenta baixa densidade e riqueza de espécies

Martinez (2008). Os moluscos estiveram presentes em toda área, porém sem valores

muito expressivos principalmente na área de recifes onde os valores de abundância

relativa não ultrapassam 10%.

Os moluscos da classe Gastrópoda encontraram-se abundantes principalmente na

área frontal dos recifes. Diferente dos estudos realizados nos recifes de Rio do Fogo e

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75

Touros (Testa & Bonsence, 1999), onde os moluscos encontram-se mais abundantes em

áreas protegidas pelos recifes. Apenas a classe Bivalvia, que não ultrapassou 3% em

nenhum PA, apresentou maior distribuição na região central do canal protegida pelos

recifes.

As espículas foram expressivas em apenas um ponto amostral, não havendo

explicações plausíveis para esta ocorrência.

Os ouriços preferem habitats de substratos rígidos (Hickman et al., 2004), ou

mesmo são sensíveis a siltes em suspensão e áreas de elevada turbidez da água

(Matthews-Cascon & Lotufo, 2006). No presente estudo o filo Echinodermata,

representado pelos espinhos de ouriços, se distribuíram principalmente nas regiões da

crista e frontal dos recifes, não apresentando expressões muito significativas.

As análises Multivariadas permitiram analisar as similaridades entre os pontos

amostrais quanto à composição biogênica, e destacar os grupos taxonômicos para

compor a análise da Biofácies.

A Análise de Componentes Principais demonstrou flexibilidade para distinguir

os grupos, porém apresentou maior subjetividade quando comparados com a Análise de

Agrupamento. A análise de Agrupamento distinguiu bem os grupos com maior

abundância relativa (Alga Calcária, filo Rhizopoda e filo Porifera), enquanto que a ACP

permitiu delimitar grupos com baixa abundância relativa (classe Gastrópoda e filo

Echinodermata).

A análise espacial da Biofácies permitiu observar o predomínio de algas

calcárias, principalmente nas áreas dos recifes; uma presença expressiva do filo

Rhizopoda em alguns pontos amostrais no canal de São Roque próximos da costa e

protegidos pelos recifes; e pontos localizados de espículas de esponjas (filo Porífera),

moluscos da classe Gastrópoda e espinhos de ouriços (filo Echinodermata).

Assim como observado por Lima (2002), nos recifes a concentração de CaCO3 é

mais elevada e vai diminuindo á medida que se aproxima da costa e, conforme já

mencionado por França et al. (1976), o limite entre as fácies terrígenas e cárbonáticas é

abrupto e o mesmo padrão é observado para as algas calcárias.

Uma característica importante também levantada por Batista et al. (2007) é a

característica dos foraminíferos serem grandes, o que também pode estar auxiliando na

produção carbonática deste ambiente recifal, principalmente nas áreas protegidas pelos

recifes, onde se encontra maior abundância de foraminíferos e menor abundância de

algas calcárias.

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A precisão da metodologia de análise da concentração de CaCO3 apresentou

resultados satisfatórios, visto que foi possível comparar duas metodologias distintas

(ataques com ácido clorídrico e triagem dos grãos), e foram observadas baixas

diferenças entre os dois métodos (média menor do que 5%).

A média da análise granulométrica do sedimento na região da crista e frontal dos

recifes apresentou uma granulação grossa e, assim como já citado por França et al.

(1976), a área mais protegida pelos recifes evidenciou a presença de granulação um

pouco mais fina. As médias obtidas no canal apresentaram um padrão longitudinal

diferente das médias observadas nos recifes. Observa-se o predomínio da areia grossa

na porção mais ao sul do canal, e a areia média mais ao norte.

A tendência do grau de seleção ser pobre e da curtose ser baixa evidencia a

presença de sedimentos polimodais (Suguio, 1973). O que pode ser confirmado

analisando os gráficos de distribuição granulométrica (Anexo 2.1).

Observando os valores de desvio padrão dos perfis foi possível distinguir

diferenças nos pontos amostrais coletados sobre os recifes daqueles coletados no canal,

permitindo inferir, segundo Suguio (1973), em diferentes agentes selecionadores. Na

região do retrorecife e da crista se distribuíram os sedimentos mais selecionados e no

canal se distribuíram os maiores valores de desvio padrão, isto é, sedimentos menos

selecionados.

A assimetria em praticamente todos os pontos amostrais é negativa, com alguns

pontos positivos principalmente na região frontal dos recifes. O significado físico da

assimetria não pode ser interpretado muito facilmente, podendo refletir erros de

amostragem bem como ação de agente com transporte seletivo (Suguio, 1973).

A análise comparativa entre as Classificações Faciológicas (Wentworth (1922) e

Folk Ward (1957) apud Suguio (1973)) e as Análises Multivariadas (Análise de

Componentes Principais e Análise de Agrupamento) permitiram destacar a importância

expressa pela média e desvio padrão para agruparem os pontos amostrais similares. A

Análise de Componentes Principais destacou melhor a classificação pela média,

dividindo-os na Componente Principal Um (CP1) e a Análise de Agrupamento permitiu

agrupar com maior facilidade a classificação quanto ao grau de seleção, formando dois

grandes grupos, moderadamente selecionados e pobremente selecionados.

Observando os gráficos da distribuição granulométrica de freqüência acumulada

em escala logarítmica e comparando com as populações apresentadas por Dias (2004) é

possível constatar a presença da população de rolamento e arraste (retas com maior

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horizontalidade no gráfico), presença de populações de saltação em pontos amostrais

moderadamente selecionados (retas verticais) e poucas expressões de população de

suspensão.

O Cascalho foi representado pelos rodólitos com presença de moluscos em

alguns pontos amostrais, característica comum não só na região Nordeste do Brasil

(Kempf, 1967; Kempf et al., 1967; França et al., 1976; Kempf, 1980; Coutinho, 1981;

Testa & Bosence, 1999 e Dias, 2000 ) como em várias regiões do mundo (Bosence,

1983b; Bosence, 1985; Trifleman, et al., 1992 e Dias, 2000).

A análise espacial da distribuição do diâmetro médio dos seixos revelou padrões

semelhantes da média das frações menores apresentada na análise granulométrica.

Observam-se diâmetros maiores na região frontal e crista dos recifes, quando

comparadas com os pontos amostrais protegidos pelos recifes, sobre o canal. Observa-se

também o mesmo padrão longitudinal nos pontos amostrais presentes no canal, onde os

diâmetros maiores encontram-se ao sul e os menores, ao norte do canal.

Os rodólitos mais esféricos se distribuíram em pontos localizados na região da

crista e frontal do recife, os rodólitos discoidais se limitaram no norte do canal e região

do retrorecife enquanto que os rodólitos elípticos predominaram na região frontal dos

recifes e região sul do canal, fato que pode estar relacionado à influência da corrente

local, visto que a ocorrência dos rodólitos também é controlada pela hidrodinâmica

(Kempf, 1980; Bosence, 1983a).

Experimentos realizados utilizando modelos computacionais e testes com

rodólitos em um tanque de ondas mostraram que os rodólitos elipsoidais são mais

facilmente transportados, seguido dos esferoidais, sendo os discoidais os mais estáveis

(Bosence, 1983a). Isto indica que possivelmente a região norte do Canal de São Róque

e áreas protegidas pelos recifes apresentam sedimentos com maior tempo de residência.

Foram encontradas poucas áreas de rodólitos ramificados, o eu dificultou a

análise da densidade de ramificações. As ramificações apresentam uma forte relação

com batimento de ondas (Bosence, 1983a). Os rodólitos mais ramificados (Ramificação

II ou III) foram encontrados no canal.

As análises Multivariadas permitiram destacar a importância do diâmetro médio

dos rodólidos, separando os pontos amostrais com diâmetros maiores e menores do que

dois centímetros, além de permitir destacar alguns pontos amostrais de menor

esfericidade e rodólitos com classificação Discoidal Laminar Fina.

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6 CONCLUSÃO

O presente estudo permitiu concluir que o complexo recifal do Parracho de

Maracajaú é um ambiente carbonático dominado por algas calcárias em toda área, com

presença de foraminíferos (filo Rhizopoda) principalmente no Canal de São Roque e

pontos localizados de Gastrópodas e Echinodermata, na região frontal do recife, e

Bivalvias no centro do canal.

A granulometria se distribuiu principalmente nas frações grossas dos

sedimentos, sendo possível destacar uma área delimitada na região norte do canal

classificada como areia média. O mesmo padrão de variação do diâmetro é observado

nos rodólitos.

A grande fragmentação dos componentes bióticos e o predomínio de rodólitos

elípticos com pouco ou nenhuma ramificação indicam um ambiente de alta energia

hidrodinâmica.

As análises multivariadas permitiram determinar grupos similares quanto às

características dos sedimentos, frisando que as duas análises, Componentes Principais e

Agrupamento, foram importantes para a da distinção dos agrupamentos. As análises

multivariadas dos componentes biogênicos auxiliaram na decisão dos grupos com

predomínio de algas calcárias e os subdomínios do filo Rhizopoda, filo Mollusca,

Porífera e Echinodermata. A análise Multivariada dos dados de granulometria,

comparado com as classificações faciológicas, demonstraram a importância da Média e

Desvio Padrão para formação de grupos similares.

A análise espacial utilizando interpolação de dados demonstrou as variações

superficiais de cada característica levantada (Componentes Biogênicos, Concentração

de Carbonatos e Granulometria), além da variação dos grupos similares levantados na

análise Multivariada (Biofácies, Classificação Faciológica da Análise Granulométrica e

Classificação de Rodólitos), permitindo distinguir diferenças nos padrões espaciais das

características do sedimento, principalmente entre os Parrachos de Maracajaú e o canal

de São Roque, destacando-se também padrões logitudinais presentes nas duas feições

propondo indícios de fatores hidrodinâmicos.

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8 ANEXOS

8.1 Anexo 1 – Fotos

8.1.1 Análise táctil-visual

Figura 44: Fotos ponto amostral 01.

Figura 45: Fotos ponto amostral 02.

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Figura 46: Fotos ponto amostral 03.

Figura 47: Fotos ponto amostral 04.

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Figura 48: Fotos ponto amostral 05.

Figura 49: Fotos ponto amostral 06.

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Figura 50: Fotos ponto amostral 07.

Figura 51: Fotos ponto amostral 08.

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Figura 52: Fotos ponto amostral 09.

Figura 53: Fotos ponto amostral 10.

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Figura 54: Fotos ponto amostral 11.

Figura 55: Fotos ponto amostral 12.

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Figura 56: Fotos ponto amostral 13.

Figura 57: Fotos ponto amostral 14.

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Figura 58: Fotos ponto amostral 15.

Figura 59: Fotos ponto amostral 16.

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Figura 60: Fotos ponto amostral 17

Figura 61: Fotos ponto amostral 18.

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Figura 62: Fotos ponto amostral 19.

Figura 63: Fotos ponto amostral 20.

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Figura 64: Fotos ponto amostral 21.

Figura 65: Fotos ponto amostral 22.

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96

Figura 66: Fotos ponto amostral 23.

Figura 67: Fotos ponto amostral 24.

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Figura 68: Fotos ponto amostral 25.

Figura 69: Fotos ponto amostral 26.

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Figura 70: Fotos ponto amostral 27.

Figura 71: Fotos ponto amostral 28.

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Figura 72: Fotos ponto amostral 29.

Figura 73: Fotos ponto amostral 30.

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100

8.1.2 Triagem

Figura 74: Artículos de algas calcárias.

Figura 75: Testas de foraminíferos.

Figura 76: Conchas de moluscos da classe Gastrópoda.

Figura 77: Conchas de moluscos da classe Bivalvia.

Figura 78: Espículas de esponjas, bolacha do mar e espinho de ouriço.

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101

8.2 Anexo 2 – Gráficos

8.2.1 Distribuição do tamanho dos grãos

Figura 79: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 01.

Figura 80 Distribuição Granulométrica do ponto amostral 02.

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Figura 81: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 03.

Figura 82: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 04.

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Figura 83: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 05.

Figura 84: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 06.

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104

Figura 85: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 07.

Figura 86: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 08.

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105

Figura 87: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 09.

Figura 88: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 10.

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Figura 89: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 11.

Figura 90: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 12.

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Figura 91: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 13.

Figura 92: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 14.

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Figura 93: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 15.

Figura 94: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 16.

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109

Figura 95: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 17.

Figura 96: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 18.

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Figura 97: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 19.

Figura 98: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 20.

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Figura 99: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 21.

Figura 100: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 22.

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Figura 101: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 23.

Figura 102: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 24.

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Figura 103: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 25.

Figura 104: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 26.

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Figura 105: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 27.

Figura 106: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 28.

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Figura 107: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 29.

Figura 108: Distribuição Granulométrica do ponto amostral 30.

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8.2.2 Distribuição do diâmetro dos rodólitos

Figura 109: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 01.

Figura 110: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 02.

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Figura 111: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 03.

Figura 112: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 04.

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Figura 113: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 05.

Figura 114: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 06.

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119

Figura 115: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 07.

Figura 116: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 08.

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Figura 117: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 09.

Figura 118: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 10.

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Figura 119: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 11.

Figura 120: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 12.

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122

Figura 121: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 13.

Figura 122: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 14.

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Figura 123: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 15.

Figura 124: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 16.

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124

Figura 125: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 17.

Figura 126: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 18.

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125

Figura 127: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 19.

Figura 128: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 20.

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126

Figura 129: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 21.

Figura 130: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 22.

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Figura 131: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 23.

Figura 132: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 24.

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128

Figura 133: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 25.

Figura 134: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 26.

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Figura 135: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 27.

Figura 136: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 28.

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130

Figura 137: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 29.

Figura 138: Distribuição do diâmetro dos rodólitos presentes no ponto amostral 30.

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8.3 Anexo 3 - Tabelas

Tabela 12: Informações gerais da coleta de sedimento. PA Latitude Longitude Prof. Data Hora Peso (g) 1 -5,37149 -35,315121 5,1 18/03/2008 08:21 1094,2 2 -5,36337 -35,298481 6,8 18/03/2008 08:34 427,8 3 -5,35484 -35,281432 5,0 18/03/2008 08:50 1820,9 4 -5,34644 -35,264929 8,9 18/03/2008 09:06 396,8 5 -5,33749 -35,248287 10,1 21/03/2008 10:25 1162 6 -5,3879 -35,306742 4,7 18/03/2008 10:00 964 7 -5,37977 -35,290238 7,0 18/03/2008 09:53 1627 8 -5,37124 -35,273325 3,5 18/03/2008 09:40 545,2 9 -5,36298 -35,256821 6,8 18/03/2008 09:22 702,9

10 -5,3539 -35,239906 11,5 21/03/2008 10:05 867,2 11 -5,40474 -35,298759 5,3 18/03/2008 10:15 1012,9 12 -5,39648 -35,281846 7,3 18/03/2008 10:25 669,3 13 -5,38822 -35,264933 3,2 18/03/2008 10:35 1239,2 14 -5,37928 -35,247882 5,4 21/03/2008 11:02 1055,9 15 -5,37101 -35,231922 12,0 21/03/2008 09:48 809,7 16 -5,42146 -35,290109 - 07/07/2008 08:35 980,3 17 -5,41306 -35,273603 - 07/07/2008 09:20 369 18 -5,40466 -35,256689 - 21/03/2008 09:37 627,9 19 -5,3964 -35,240048 8,9 20/03/2008 11:18 781,2 20 -5,38773 -35,22327 12,8 20/03/2008 11:06 1063,2 21 -5,43818 -35,281975 - 07/07/2008 12:38 100 22 -5,43005 -35,26547 - 07/07/2008 12:10 664 23 -5,42152 -35,248283 4,9 21/03/2008 11:27 1168,1 24 -5,41326 -35,231641 9,7 20/03/2008 11:31 1207,7 25 -5,40472 -35,214863 12,2 20/03/2008 10:56 847,6 26 -5,45445 -35,273322 6,4 21/03/2008 11:57 420,26 27 -5,44619 -35,256816 9,1 21/03/2008 11:47 390,4 28 -5,43806 -35,239902 8,0 21/03/2008 11:38 2327,2 29 -5,42966 -35,222987 11,2 20/03/2008 11:43 754,5 30 -5,42126 -35,206481 12,5 20/03/2008 10:44 1302,8

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132

Tabela 13: Dados levantados na triagem do grão

PA

Alg

as c

alcá

rias

For

amin

ífer

os

Gas

tróp

oda

Biv

alvi

a

Ech

inod

erm

ata

Esp

ícul

as

Grã

os

carb

onát

icos

Qua

rtzo

Total

1 116 15 5 0 0 0 57 40 233 2 100 13 3 2 0 5 70 16 209 3 35 3 0 0 0 0 162 10 210 4 60 13 1 0 0 1 124 14 213 5 59 20 8 0 0 0 105 14 206 6 49 39 9 3 0 0 77 34 211 7 110 38 13 3 0 0 20 13 197 8 160 3 2 2 0 3 40 0 210 9 50 11 2 1 1 0 130 7 202

10 46 17 6 0 5 0 125 17 216 11 80 55 8 0 0 0 62 6 211 12 55 13 3 1 0 1 125 20 218 13 49 18 4 0 0 0 125 9 205 14 123 2 2 0 0 0 65 8 200 15 80 9 6 2 2 0 75 8 182 16 49 41 6 2 1 1 92 8 200 17 70 20 7 0 1 0 105 8 211 18 51 11 2 0 1 0 128 7 200 19 53 9 6 2 3 0 122 6 201 20 52 10 15 0 1 0 111 4 193 21 54 74 6 0 1 0 49 16 200 22 32 18 5 0 1 0 138 16 210 23 85 28 3 1 1 0 106 16 240 24 60 18 1 0 0 0 121 1 201 25 50 11 7 0 0 0 132 9 209 26 11 18 9 1 1 42 105 15 202 27 36 23 0 0 0 0 95 46 200 28 44 9 0 0 0 0 135 8 196 29 50 18 2 0 1 1 103 40 215 30 33 10 2 0 0 0 141 10 196

Total 1902 587 143 20 20 54 3045 426 6197 Média 63 20 5 1 1 2 102 14 207

Desv.pad. 32 16 4 1 1 8 34 11 11

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133

Tabela 14: Componentes biogênicos do sedimento.

PA

Alg

as c

alcá

rias

For

amin

ífer

os

Gas

tróp

oda

Esp

ícul

as

Biv

alvi

a

Ech

inod

erm

ata

1 85,3 11,0 3,7 0,0 0,0 0,0 2 81,3 10,6 2,4 4,1 1,6 0,0 3 92,1 7,9 0,0 0,0 0,0 0,0 4 80,0 17,3 1,3 1,3 0,0 0,0 5 67,8 23,0 9,2 0,0 0,0 0,0 6 49,0 39,0 9,0 0,0 3,0 0,0 7 67,1 23,2 7,9 0,0 1,8 0,0 8 94,1 1,8 1,2 1,8 1,2 0,0 9 76,9 16,9 3,1 0,0 1,5 1,5

10 62,2 23,0 8,1 0,0 0,0 6,8 11 55,9 38,5 5,6 0,0 0,0 0,0 12 75,3 17,8 4,1 1,4 1,4 0,0 13 69,0 25,4 5,6 0,0 0,0 0,0 14 96,9 1,6 1,6 0,0 0,0 0,0 15 80,8 9,1 6,1 0,0 2,0 2,0 16 49,0 41,0 6,0 2,0 1,0 1,0 17 71,4 20,4 7,1 0,0 1,0 0,0 18 78,5 16,9 3,1 0,0 1,5 0,0 19 72,6 12,3 8,2 0,0 2,7 4,1 20 66,7 12,8 19,2 0,0 0,0 1,3 21 40,0 54,8 4,4 0,0 0,7 0,0 22 57,1 32,1 8,9 0,0 1,8 0,0 23 72,0 23,7 2,5 0,0 0,8 0,8 24 75,9 22,8 1,3 0,0 0,0 0,0 25 73,5 16,2 10,3 0,0 0,0 0,0 26 13,4 22,0 11,0 51,2 1,2 1,2 27 61,0 39,0 0,0 0,0 0,0 0,0 28 83,0 17,0 0,0 0,0 0,0 0,0 29 69,4 25,0 2,8 1,4 0,0 1,4 30 73,3 22,2 4,4 0,0 0,0 0,0

Média 69,7 21,5 5,3 2,1 0,8 0,7 Desv.pad. 16,9 12,0 4,2 9,3 0,9 1,5

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134

Tabela 15: Porcentagem de carbonato de cálcio calculado através do método do ataque com ácido e triagem do grão.

PA % CaCO3 Diferença

HCl Triagem 1 81,1 82,8 1,8 2 86,8 92,3 5,5 3 94,3 95,2 1,0 4 93,1 93,4 0,4 5 93,4 93,2 0,2 6 75,7 83,9 8,2 7 88,5 93,4 4,9 8 93,0 100,0 7,0 9 92,8 96,5 3,7

10 90,4 92,1 1,7 11 92,2 97,2 5,0 12 88,9 90,8 2,0 13 94,5 95,6 1,1 14 95,1 96,0 0,9 15 90,7 95,6 4,9 16 85,2 96,0 10,8 17 93,3 96,2 2,9 18 95,7 96,5 0,8 19 95,7 97,0 1,3 20 94,7 97,9 3,2 21 78,1 92,0 13,9 22 97,0 92,4 4,7 23 99,0 93,3 5,6 24 96,4 99,5 3,1 25 93,2 95,7 2,5 26 87,4 92,6 5,1 27 81,5 77,0 4,5 28 95,7 95,9 0,2 29 92,4 81,4 11,0 30 93,0 94,9 1,9

Média 91,0 93,2 4,0 Desv. Pad. 5,7 5,3 3,4

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Tabela 16: Granulometria do sedimento em gramas.

PA Granulometria (mm)

2 1,4 1 0,71 0,5 0,355 0,25 0,18 0,125 0,09 0,062 pan 1 2,81 4,10 3,81 7,28 8,08 12,06 31,89 20,59 6,95 2,06 0,33 0,03 2 10,02 7,26 5,49 10,37 9,04 9,99 20,24 11,53 7,77 5,40 2,19 0,63 3 3,66 5,22 8,18 20,94 21,88 28,01 10,94 0,37 0,43 0,34 0,05 0,02 4 15,37 13,69 9,51 14,79 12,16 13,97 14,30 4,39 1,31 0,38 0,07 0,04 5 25,40 18,56 11,41 15,81 9,34 8,08 7,74 2,85 0,68 0,14 0,05 0,02 6 12,40 9,12 8,94 15,44 14,33 13,83 13,67 5,56 2,93 3,16 0,45 0,10 7 4,26 5,44 5,10 10,71 10,06 12,61 27,77 15,53 5,48 2,09 0,67 0,26 8 4,86 4,51 3,65 6,63 7,59 12,93 24,44 13,47 9,56 7,12 2,96 1,56 9 9,29 16,69 18,42 32,51 13,67 5,66 2,17 0,81 0,49 0,21 0,06 0,03 10 12,88 8,43 5,81 10,32 9,69 14,41 23,72 10,79 3,33 0,48 0,11 0,04 11 7,28 6,01 4,71 8,43 9,40 13,88 23,70 17,32 6,53 2,15 0,41 0,17 12 8,06 8,04 5,56 10,26 8,44 10,35 20,26 15,88 8,79 2,75 0,63 0,71 13 0,56 0,76 1,29 4,45 5,01 8,53 27,75 32,73 15,23 2,45 0,63 0,61 14 0,44 0,53 0,74 2,58 6,63 23,95 22,93 2,16 0,67 0,34 0,08 0,05 15 31,29 20,09 10,76 13,60 8,99 6,90 3,97 1,34 1,24 1,11 0,47 0,23 16 3,72 3,09 3,61 4,05 6,06 7,12 7,89 5,59 2,98 3,19 1,80 0,69 17 6,46 3,49 3,96 4,09 5,43 5,38 6,70 5,45 2,60 1,11 0,38 0,14 18 9,37 8,67 12,08 12,81 13,11 8,81 11,50 16,03 4,68 1,48 0,65 0,36 19 12,82 11,29 9,47 16,79 11,57 12,77 16,08 5,89 2,45 0,66 0,13 0,04 20 16,89 15,29 7,84 10,28 7,46 9,15 14,09 10,47 4,94 2,52 0,78 0,33 21 6,03 4,06 5,18 5,60 7,93 7,93 6,49 3,40 1,33 1,49 0,62 0,15 22 3,62 2,71 3,71 4,35 7,00 8,37 10,33 6,51 2,07 0,86 0,34 0,12 23 2,18 3,01 3,81 8,14 9,05 18,15 39,05 15,75 0,93 0,02 0,01 0,01 24 11,15 9,56 7,16 11,45 9,66 12,83 21,01 11,16 4,84 0,74 0,18 0,13 25 10,09 6,72 5,79 11,53 12,28 16,16 20,53 12,10 4,61 0,22 0,02 0,01 26 5,46 3,29 2,43 3,89 3,03 2,96 2,69 1,38 0,74 0,75 0,27 0,23 27 5,74 5,63 6,83 15,90 18,36 20,58 16,16 4,94 2,29 2,73 0,49 0,30 28 19,73 14,22 7,87 12,10 11,16 13,24 17,41 3,92 0,49 0,04 0,00 0,00 29 15,62 9,71 7,24 13,46 11,54 13,49 15,95 7,44 3,07 2,09 0,29 0,09 30 6,23 6,23 5,49 9,05 8,95 12,07 20,40 21,08 9,70 0,66 0,12 0,03

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Tabela 17: Distribuição da freqüência granulométrica e freqüência acumulada do sedimento.

PA Distribuição granulométrica (phi) -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 pan

1 2,81 4,10 3,81 7,28 8,08 12,06 31,89 20,59 6,95 2,06 0,33 0,03 Ac. 2,81 6,92 10,73 18,01 26,09 38,15 70,04 90,63 97,58 99,63 99,97 100 2 10,03 7,27 5,49 10,38 9,04 10,00 20,25 11,54 7,77 5,40 2,19 0,63

Ac. 10,03 17,30 22,79 33,17 42,21 52,21 72,46 84,00 91,78 97,18 99,37 100 3 3,66 5,22 8,17 20,93 21,87 28,00 10,93 0,37 0,42 0,34 0,05 0,02

Ac. 3,66 8,88 17,05 37,99 59,86 87,86 98,79 99,16 99,59 99,93 99,98 100 4 15,37 13,69 9,51 14,79 12,17 13,97 14,30 4,39 1,31 0,38 0,07 0,04

Ac. 15,37 29,06 38,57 53,36 65,53 79,50 93,80 98,19 99,51 99,88 99,96 100 5 25,38 18,54 11,40 15,80 9,33 8,07 7,73 2,85 0,68 0,14 0,05 0,02

Ac. 25,38 43,93 55,33 71,13 80,46 88,53 96,26 99,11 99,79 99,93 99,98 100 6 12,41 9,13 8,95 15,45 14,34 13,84 13,67 5,56 2,93 3,17 0,45 0,10

Ac. 12,41 21,53 30,48 45,93 60,27 74,11 87,78 93,35 96,28 99,44 99,90 100 7 4,27 5,44 5,10 10,72 10,06 12,61 27,77 15,54 5,48 2,09 0,67 0,26

Ac. 4,27 9,71 14,81 25,52 35,58 48,19 75,97 91,50 96,98 99,08 99,74 100 8 4,90 4,54 3,68 6,68 7,64 13,03 24,61 13,57 9,63 7,17 2,98 1,57

Ac. 4,90 9,44 13,12 19,80 27,44 40,47 65,08 78,65 88,27 95,45 98,43 100 9 9,29 16,69 18,42 32,51 13,68 5,66 2,17 0,81 0,49 0,21 0,06 0,03

Ac. 9,29 25,98 44,40 76,92 90,59 96,25 98,42 99,22 99,71 99,92 99,97 100 10 12,88 8,43 5,81 10,32 9,69 14,41 23,72 10,79 3,33 0,48 0,11 0,04 Ac. 12,88 21,31 27,12 37,44 47,13 61,54 85,26 96,04 99,37 99,85 99,96 100 11 7,28 6,01 4,71 8,43 9,40 13,88 23,70 17,32 6,53 2,15 0,41 0,17 Ac. 7,28 13,29 18,00 26,43 35,83 49,71 73,42 90,74 97,28 99,42 99,83 100 12 8,08 8,06 5,58 10,29 8,47 10,38 20,31 15,92 8,82 2,76 0,63 0,71 Ac. 8,08 16,14 21,71 32,00 40,47 50,84 71,16 87,08 95,90 98,65 99,29 100 13 0,56 0,76 1,29 4,45 5,01 8,53 27,75 32,73 15,23 2,45 0,63 0,61 Ac. 0,56 1,32 2,61 7,05 12,06 20,59 48,34 81,07 96,30 98,76 99,39 100 14 0,73 0,87 1,20 4,22 10,84 39,21 37,53 3,53 1,10 0,55 0,12 0,08 Ac. 0,73 1,60 2,80 7,02 17,87 57,07 94,60 98,14 99,24 99,79 99,92 100 15 31,29 20,09 10,76 13,60 8,99 6,90 3,97 1,34 1,24 1,11 0,47 0,23 Ac. 31,29 51,38 62,15 75,75 84,74 91,64 95,61 96,95 98,19 99,30 99,77 100 16 7,48 6,21 7,25 8,13 12,17 14,30 15,85 11,22 5,99 6,41 3,62 1,38 Ac. 7,48 13,68 20,93 29,06 41,23 55,53 71,38 82,60 88,58 95,00 98,62 100 17 14,29 7,72 8,77 9,05 12,01 11,91 14,83 12,05 5,76 2,45 0,85 0,32 Ac. 14,29 22,02 30,78 39,83 51,84 63,74 78,57 90,63 96,38 98,84 99,68 100 18 9,41 8,71 12,14 12,86 13,17 8,85 11,55 16,10 4,70 1,48 0,66 0,36 Ac. 9,41 18,13 30,26 43,13 56,29 65,14 76,69 92,79 97,49 98,98 99,64 100 19 12,83 11,29 9,48 16,80 11,57 12,77 16,09 5,89 2,45 0,66 0,13 0,04 Ac. 12,83 24,12 33,60 50,39 61,96 74,74 90,83 96,72 99,16 99,82 99,96 100 20 16,88 15,29 7,84 10,28 7,45 9,14 14,09 10,47 4,94 2,51 0,78 0,33 Ac. 16,88 32,17 40,01 50,29 57,74 66,88 80,97 91,44 96,38 98,89 99,67 100 21 12,01 8,09 10,32 11,16 15,79 15,79 12,92 6,77 2,65 2,97 1,24 0,29 Ac. 12,01 20,10 30,42 41,58 57,37 73,16 86,08 92,85 95,50 98,47 99,71 100 22 7,24 5,41 7,43 8,70 13,99 16,74 20,66 13,02 4,14 1,73 0,69 0,25 Ac. 7,24 12,65 20,08 28,78 42,77 59,51 80,17 93,19 97,34 99,06 99,75 100 23 2,18 3,01 3,81 8,13 9,04 18,13 39,01 15,73 0,93 0,02 0,01 0,01 Ac. 2,18 5,18 8,99 17,12 26,16 44,29 83,30 99,03 99,96 99,99 99,99 100 24 11,16 9,57 7,17 11,46 9,67 12,84 21,04 11,18 4,85 0,74 0,18 0,13 Ac. 11,16 20,73 27,91 39,37 49,03 61,88 82,92 94,09 98,94 99,68 99,87 100 25 10,09 6,72 5,79 11,53 12,27 16,15 20,51 12,09 4,60 0,22 0,02 0,01 Ac. 10,09 16,81 22,59 34,12 46,39 62,54 83,06 95,15 99,75 99,97 99,99 100 26 20,13 12,14 8,96 14,34 11,17 10,93 9,93 5,10 2,72 2,76 0,99 0,85 Ac. 20,13 32,27 41,23 55,57 66,74 77,67 87,60 92,70 95,41 98,17 99,15 100 27 5,74 5,63 6,83 15,91 18,37 20,60 16,17 4,94 2,29 2,73 0,49 0,30 Ac. 5,74 11,37 18,20 34,11 52,48 73,08 89,25 94,20 96,48 99,22 99,70 100 28 19,69 14,20 7,86 12,08 11,14 13,22 17,38 3,91 0,49 0,04 0,00 0,00 Ac. 19,69 33,89 41,75 53,83 64,97 78,18 95,56 99,47 99,96 100 100 100

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29 15,62 9,71 7,24 13,46 11,54 13,49 15,95 7,44 3,07 2,09 0,29 0,09 Ac. 15,62 25,34 32,57 46,04 57,58 71,07 87,02 94,47 97,54 99,62 99,91 100 30 6,23 6,23 5,48 9,05 8,95 12,07 20,40 21,08 9,70 0,66 0,12 0,03 Ac. 6,23 12,46 17,95 27,00 35,95 48,02 68,42 89,50 99,19 99,85 99,97 100 Continuação Tabela 18.

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Tabela 18:Resultado dos percentis calculados. PA phi05 phi16 phi25 phi50 phi75 phi84 phi95 1 -0,67 0,38 0,94 1,72 2,13 2,33 2,81 2 -1,00 -0,56 0,12 1,39 2,11 2,47 3,29 3 -0,82 -0,05 0,24 0,80 1,29 1,44 1,83 4 -1,00 -0,97 -0,61 0,39 1,34 1,66 2,13 5 -1,00 -1,00 -1,00 -0,21 0,71 1,22 1,92 6 -1,00 -0,76 -0,28 0,65 1,53 1,87 2,77 7 -0,90 0,07 0,48 1,54 1,99 2,26 2,81 8 -0,98 0,24 0,86 1,72 2,36 2,77 3,45 9 -1,00 -0,73 -0,50 0,11 0,47 0,77 1,39

10 -1,00 -0,78 -0,16 1,11 1,80 1,98 2,43 11 -1,00 -0,19 0,42 1,50 2,05 2,30 2,82 12 -1,00 -0,49 0,18 1,46 2,12 2,39 2,95 13 0,32 1,26 1,61 2,03 2,40 2,58 2,96 14 0,31 0,94 1,14 1,44 1,77 1,88 2,05 15 -1,00 -1,00 -1,00 -0,51 0,47 0,96 1,92 16 -1,00 -0,31 0,27 1,32 2,16 2,60 3,47 17 -1,00 -0,87 -0,30 0,93 1,89 2,22 2,88 18 -1,00 -0,58 -0,18 0,77 1,93 2,23 2,72 19 -1,00 -0,82 -0,43 0,48 1,50 1,80 2,34 20 -1,00 -1,00 -0,69 0,48 1,80 2,14 2,86 21 -1,00 -0,71 -0,23 0,78 1,57 1,92 2,90 22 -1,00 -0,24 0,30 1,23 1,89 2,15 2,70 23 -0,51 0,44 0,95 1,59 1,92 2,02 2,36 24 -1,00 -0,70 -0,18 1,04 1,83 2,05 2,57 25 -1,00 -0,53 0,12 1,12 1,82 2,04 2,47 26 -1,00 -1,00 -0,76 0,32 1,38 1,82 2,93 27 -1,00 -0,13 0,25 0,94 1,56 1,85 2,66 28 -1,00 -1,00 -0,77 0,35 1,38 1,68 1,99 29 -1,00 -0,97 -0,50 0,68 1,63 1,91 2,57 30 -1,00 -0,15 0,40 1,55 2,16 2,36 2,78

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Tabela 19: Resultados estatísticos do sedimento.

PA Moda Mediana Média Desvio padrão

Assimetria Curtose

1 2 1,72 1,48 1,02 -0,37 1,2 2 2 1,39 1,1 1,41 -0,2 0,88 3 1,5 0,8 0,73 0,77 -0,18 1,03 4 -1 0,39 0,36 1,13 0,04 0,66 5 -1 -0,21 0 1 0,38 0,7 6 0,5 0,65 0,59 1,23 0,02 0,86 7 2 1,54 1,29 1,11 -0,33 1,01 8 2 1,72 1,58 1,3 -0,19 1,21 9 0,5 0,11 0,05 0,74 -0,02 1

10 2 1,11 0,77 1,21 -0,3 0,72 11 2 1,5 1,2 1,2 -0,33 0,96 12 2 1,46 1,12 1,32 -0,3 0,83 13 2,5 2,03 1,96 0,73 -0,23 1,36 14 1,5 1,44 1,42 0,5 -0,18 1,14 15 -1 -0,51 -0,18 0,93 0,59 0,82 16 2 1,32 1,2 1,4 -0,08 0,97 17 2 0,93 0,76 1,36 -0,08 0,73 18 2,5 0,77 0,81 1,27 0,04 0,72 19 0,5 0,48 0,49 1,16 0,06 0,71 20 -1 0,48 0,54 1,37 0,14 0,64 21 1 0,78 0,67 1,25 -0,03 0,89 22 2 1,23 1,05 1,16 -0,22 0,96 23 2 1,59 1,35 0,83 -0,46 1,21 24 2 1,04 0,8 1,23 -0,2 0,73 25 2 1,12 0,88 1,17 -0,26 0,84 26 -1 0,32 0,38 1,3 0,2 0,75 27 1,5 0,94 0,89 1,05 -0,07 1,15 28 -1 0,35 0,34 1,12 0,04 0,57 29 2 0,68 0,54 1,26 -0,04 0,69 30 2,5 1,55 1,25 1,2 -0,35 0,88

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Tabela 20: Freqüência simples do sedimento (Classificação Wentworth).

PA GrânuloA.

muito grossa

A. grossa

A. média A. fina

A. muito fina

Silte e argila

1 2,81 7,91 15,36 43,95 27,54 2,39 0,03 2 10,03 12,76 19,42 30,25 19,31 7,60 0,63 3 3,66 13,39 42,80 38,93 0,80 0,39 0,02 4 15,37 23,20 26,96 28,28 5,70 0,45 0,04 5 25,38 29,95 25,13 15,81 3,53 0,19 0,02 6 12,41 18,07 29,79 27,52 8,50 3,61 0,10 7 4,26 10,54 20,77 40,39 21,01 2,76 0,26 8 4,90 8,22 14,32 37,64 23,20 10,15 1,57 9 9,29 35,11 46,18 7,83 1,30 0,27 0,03

10 12,88 14,24 20,01 38,13 14,12 0,59 0,04 11 7,28 10,72 17,83 37,58 23,85 2,56 0,17 12 8,08 13,64 18,75 30,69 24,74 3,39 0,71 13 0,56 2,05 9,46 36,28 47,96 3,08 0,61 14 0,72 2,08 15,07 76,73 4,63 0,69 0,08 15 31,29 30,85 22,59 10,87 2,58 1,58 0,23 16 7,47 13,46 20,31 30,15 17,21 10,02 1,39 17 14,30 16,49 21,07 26,73 17,81 3,30 0,31 18 9,41 20,84 26,04 20,40 20,80 2,14 0,36 19 12,83 20,77 28,37 28,86 8,34 0,79 0,04 20 16,88 23,12 17,73 23,23 15,40 3,30 0,33 21 12,01 18,40 26,95 28,72 9,42 4,20 0,30 22 7,24 12,84 22,70 37,41 17,16 2,40 0,24 23 2,18 6,81 17,17 57,14 16,66 0,03 0,01 24 11,16 16,74 21,14 33,88 16,02 0,92 0,13 25 10,08 12,50 23,80 36,67 16,70 0,24 0,01 26 20,13 21,09 25,52 20,83 7,82 3,76 0,85 27 5,74 12,47 34,28 36,76 7,23 3,22 0,30 28 19,69 22,05 23,22 30,59 4,40 0,04 0,00 29 15,62 16,95 25,00 29,44 10,51 2,38 0,09 30 6,23 11,72 18,00 32,47 30,78 0,78 0,03

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Tabela 21: Medidas e classificações dos rodólitos. PA N° Eixo1 Eixo2 Eixo3 D Forma Estrutura 1 1 0,1 2,5 5,1 2,6 D Lbox 1 2 1,8 0,4 0,4 0,9 E BIII 1 3 0,2 0,5 1,4 0,7 D L(box) 1 4 0,4 1,5 0,4 0,8 E BIII 1 5 0,6 0,7 1 0,8 D BIV 1 6 3 0,6 1,4 1,7 D c 1 7 0,6 1,1 1 0,9 D BIV 1 8 0,6 0,3 1,1 0,7 D L(box) 1 9 0,1 0,9 0,6 0,5 D L(box) 1 10 0,1 0,5 0,8 0,5 D L(box) 1 11 0,3 0,5 1 0,6 D L(box) 1 12 1,3 0,4 0,3 0,7 E BIII 1 13 1,7 0,3 0,6 0,9 E c 1 14 0,1 0,8 2,2 1,0 D L(box) 1 15 1,3 0,7 0,9 1,0 E BIV 2 1 3,4 2,5 2,8 2,9 E BIII 2 2 5 3,2 3,7 4,0 E BIV 2 3 3,3 1 2 2,1 E BIV 2 4 1,5 0,7 1,1 1,1 E BII 2 5 1,2 1,9 0,6 1,2 E BIV 2 6 1,9 1 8 3,6 E BIII 2 7 1,8 1,5 2,6 2,0 E BIV 2 8 1 2 0,7 1,2 D BIV 2 9 1,7 0,7 1 1,1 E BIV 2 10 2,6 1,1 1,5 1,7 E BIV 2 11 1,2 0,6 0,9 0,9 E BII 2 12 1,8 0,6 1 1,1 E BI 2 13 1,5 0,9 1,3 1,2 E BIV 2 14 1,4 0,5 1,3 1,1 D BIV 2 15 2,2 1,7 0,3 1,4 D BI 3 1 3,2 0,6 2,9 2,2 D L(com) 3 2 3,6 2,7 3,2 3,2 E BIV 3 3 3 2,5 1,8 2,4 E BIII 3 4 4 2,3 2 2,8 E BIV 3 5 1 2,4 0,2 1,2 D L(box) 3 6 0,5 1,3 1,3 1,0 D BIV 3 7 1,9 0,3 1 1,1 D L(com) 3 8 0,6 0,7 1,5 0,9 E c 3 9 3,2 2,6 1,8 2,5 E BIV 3 10 1,2 1,7 0,6 1,2 D BIV 3 11 0,5 1 1,8 1,1 D BIV 3 12 3,2 1,8 1,6 2,2 E BIV 3 13 0,5 1 1,9 1,1 D BIV 3 14 1 0,9 0,4 0,8 D L(com) 3 15 0,4 1,4 2,3 1,4 D L(com) 4 1 3,8 4 3,6 3,8 E BIV 4 2 2,5 3 3,2 2,9 S BII 4 3 4 3,2 1,9 3,0 D BIV 4 4 0,5 1,4 2 1,3 D c 4 5 1 1,2 2,1 1,4 D BIV 4 6 1,3 1,2 2,3 1,6 E BIV 4 7 3,7 3 2,6 3,1 E BIII 4 8 1,9 2,8 2,9 2,5 D BIV 4 9 2 1,2 1,1 1,4 E BIV 4 10 2,4 1,2 2,7 2,1 D BIV 4 11 2 2 1,7 1,9 E BIV 4 12 1,8 2,2 2,4 2,1 D BIV 4 13 2,6 2,9 1 2,2 D BIV

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4 14 2,7 2,6 3,9 3,1 E BIV 4 15 1,4 2 2,6 2,0 D BIV 5 1 5,8 4,8 3,9 4,8 E BIV 5 2 2,2 1,1 0,5 1,3 D BIV 5 3 4,9 2,8 3,4 3,7 E BIV 5 4 1,4 2 0,6 1,3 E BIII 5 5 4,2 1,7 2,8 2,9 E BIV 5 6 1,9 0,6 0,9 1,1 D BIII 5 7 5,9 3,2 4,7 4,6 E BIV 5 8 4,6 3,8 3,7 4,0 E BIV 5 9 3,7 3,3 2,5 3,2 S BIV 5 10 2,1 1,3 0,7 1,4 D BIV 5 11 2,5 0,9 1,2 1,5 D BIV 5 12 1,2 1,5 0,6 1,1 D BIII 5 13 2,3 1 2,4 1,9 D BIII 5 14 1,7 0,3 0,6 0,9 E BI 5 15 4,5 2,5 2,4 3,1 E BIV 6 1 3,7 3 2,7 3,1 S BIV 6 2 3,2 2,9 2,3 2,8 E BIV 6 3 1,5 1,1 0,8 1,1 E BIV 6 4 1 1 0,1 0,7 D L(box) 6 5 0,8 0,5 0,6 0,6 E BIII 6 6 1,7 0,4 0,4 0,8 E BIV 6 7 1 1,2 0,4 0,9 D L(com) 6 8 1 1 1,2 1,1 E BIV 6 9 0,7 1,3 0,1 0,7 D L(box) 6 10 1,9 0,3 0,5 0,9 E BI 6 11 0,8 0,5 0,4 0,6 E BIV 6 12 3 2,1 2,4 2,5 E BIV 6 13 1 0,3 1,2 0,8 E BII 6 14 1,8 1 1,5 1,4 E BIII 6 15 1,1 1,7 0,5 1,1 D L(com) 7 1 2 2,1 0,8 1,6 E BI 7 2 1,5 1,8 0,9 1,4 E BIV 7 3 0,5 0,9 0,1 0,5 D L(box) 7 4 0,7 0,5 0,1 0,4 D L(box) 7 5 1,5 0,5 0,6 0,9 E BIV 7 6 0,9 0,6 0,1 0,5 D L(box) 7 7 0,7 0,7 0,1 0,5 D L(box) 7 8 0,7 0,6 0,1 0,5 D L(box) 7 9 0,7 0,6 0,2 0,5 D L(box) 7 10 0,1 1,1 1,1 0,8 D L(box) 7 11 0,8 0,8 0,1 0,6 D L(box) 7 12 0,9 0,8 0,2 0,6 D L(box) 7 13 0,2 0,7 0,6 0,5 D L(box) 7 14 0,8 0,2 0,8 0,6 D L(box) 7 15 0,6 0,6 0,2 0,5 D L(box) 8 1 2,8 2,5 0,6 2,0 D L(com) 8 2 2,9 1,7 3 2,5 E BIV 8 3 1,9 0,6 1,1 1,2 E BIV 8 4 6,5 3,5 5 5,0 E BIV 8 5 0,5 0,1 0,2 0,3 E BIII 8 6 1,7 0,1 0,6 0,8 E c 8 7 0,7 1,4 1,9 1,3 E BIII 8 8 1,1 0,6 1 0,9 E BIII 8 9 1,1 0,5 0,8 0,8 E BIII 8 10 4,2 3,5 3,3 3,7 E BIV 8 11 1,7 0,7 1,1 1,2 E BIV 8 12 0,2 0,5 1,2 0,6 D c 8 13 0,3 1,3 0,8 0,8 D BIV

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8 14 0,2 2 2,6 1,6 D L(com) 8 15 3,2 2,4 3,3 3,0 S BIV 9 1 9 7,9 6,3 7,7 E BIV 9 2 2,8 0,5 2,4 1,9 D c 9 3 2,5 1,5 2 2,0 E BIII 9 4 4 1,5 3 2,8 D BIV 9 5 4 2,5 3,2 3,2 E BIV 9 6 3,3 3,4 2,4 3,0 S BIV 9 7 3,5 2,5 3 3,0 S BIV 9 8 3 1 2 2,0 D BIV 9 9 2,3 2 2,5 2,3 S BIV 9 10 2,8 1,8 2,3 2,3 E BIV 9 11 2,2 1 1 1,4 E c 9 12 3,7 2,5 2,4 2,9 E BIV 9 13 3 2,2 2 2,4 E BIV 9 14 2,3 0,9 1,8 1,7 D BIV 9 15 0,36 0,8 1 0,7 D L(box) 10 1 7,3 4,8 5,4 5,8 E BIV 10 2 2 1,5 1,8 1,8 E BII 10 3 4,5 1,5 4,1 3,4 D BIV 10 4 2,5 2,4 2,1 2,3 S BIII 10 5 1,8 0,7 1,6 1,4 E BIV 10 6 0,4 0,3 0,1 0,3 D L(box) 10 7 1,9 1 1,1 1,3 E BIII 10 8 0,5 0,4 0,1 0,3 D L)box) 10 9 2,8 2,4 1,7 2,3 E BIII 10 10 4,5 1,7 1,6 2,6 E BIV 10 11 4,3 3 2,9 3,4 E BIV 10 12 1,4 0,9 0,4 0,9 D BII 10 13 2,5 1,1 2,3 2,0 E BIV 10 14 1 0,6 0,1 0,6 D L(box) 10 15 2 2,9 1,4 2,1 D BIV 11 1 2 1,4 1 1,5 E BIII 11 2 2,2 2 1 1,7 E BII 11 3 2,2 0,8 1,1 1,4 E BII 11 4 2,5 2 1,2 1,9 E BII 11 5 1,8 1,5 1,3 1,5 E BII 11 6 1,1 1,8 0,1 1,0 D L(box) 11 7 1,5 1,1 0,9 1,2 E BIII 11 8 1,7 1,4 0,9 1,3 E BII 11 9 0,7 0,3 1,4 0,8 D C 11 10 3 1,8 1 1,9 E BIV 11 11 0,5 0,9 1,7 1,0 E BIII 11 12 2,1 0,9 1,4 1,5 E BIV 11 13 1,4 0,9 1,1 1,1 E BIII 11 14 1,3 0,6 1 1,0 E BIV 11 15 1,8 0,9 0,5 1,1 D BIII 12 1 4,1 3,9 3,4 3,8 S BIV 12 2 4,9 4,3 3,5 4,2 E BIV 12 3 3,7 2,7 1 2,5 E BIV 12 4 2,8 2,6 1,7 2,4 E BIV 12 5 2,9 0,9 1 1,6 E BIV 12 6 3,5 2,8 2,9 3,1 S BIII 12 7 1,5 1,3 0,9 1,2 E BIII 12 8 2,3 0,7 0,7 1,2 E BIII 12 9 2,1 4 4,8 3,6 E BIV 12 10 1,3 0,9 0,3 0,8 E BII 12 11 1,5 0,8 0,4 0,9 E BIII 12 12 0,7 0,1 0,6 0,5 D L(box) 12 13 0,8 0,5 0,1 0,5 D L(box)

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12 14 1,2 0,6 0,5 0,8 E BIV 12 15 2,7 0,9 0,5 1,4 E c 13 1 0,7 0,3 0,8 0,6 D BII 13 2 1,9 0,5 0,4 0,9 D c 13 3 0,6 0,4 1 0,7 E BIII 13 4 0,2 1 0,3 0,5 D c 13 5 0,8 0,5 0,3 0,5 D L(box) 13 6 0,3 0,3 0,1 0,2 D L(box) 13 7 0,9 0,6 0,1 0,5 D L(box) 13 8 0,9 0,5 0,1 0,5 D L(box) 13 9 1,3 1 0,3 0,9 D L(box) 13 10 1 0,4 0,05 0,5 D L(box) 13 11 0,7 0,7 0,05 0,5 D L(box) 13 12 0,7 0,6 0,1 0,5 D L(box) 13 13 1,6 0,4 0,05 0,7 D L(box) 13 14 0,6 0,5 0,1 0,4 D L(box) 13 15 0,7 0,6 0,05 0,5 D L(box) 14 1 3,2 4 4,2 3,8 D BIV 14 2 5,7 4,8 6,7 5,7 D BIV 14 3 4,6 4,5 4,4 4,5 S BIV 14 4 3,4 3,2 4,8 3,8 E BIV 14 5 3,2 0,7 1,2 1,7 D c 14 6 2 2,6 2,9 2,5 D BIV 14 7 4,6 6,2 4,5 5,1 E BIV 14 8 2,5 4,4 2,9 3,3 E BIV 14 9 1,7 3,9 6,9 4,2 D BIV 14 10 3,2 4,7 5,9 4,6 D BIV 14 11 1,6 2,7 3,9 2,7 D BIV 14 12 2,6 2,9 3,6 3,0 S BIV 14 13 1,7 2,9 2,6 2,4 E BIV 14 14 2,9 2,2 3,3 2,8 D BIV 14 15 2,8 2,9 3 2,9 S BIV 15 1 5 6,1 7,4 6,2 E BIV 15 2 2,4 1,7 2,9 2,3 E BIV 15 3 2,3 1,9 1,7 2,0 E BIV 15 4 0,4 0,4 1 0,6 E BI 15 5 1,2 1,9 2,3 1,8 D BIII 15 6 4,1 3,2 4,8 4,0 E BIV 15 7 1,4 1 2,3 1,6 E BIV 15 8 0,4 0,9 0,7 0,7 D L(box) 15 9 4 3,1 5,6 4,2 E BIV 15 10 3 1,4 3,6 2,7 D BIV 15 11 1,7 1,1 1,5 1,4 E BIII 15 12 4,2 3,1 4,1 3,8 E BIV 15 13 3,3 1,5 4 2,9 D BIV 15 14 2,3 2,1 3 2,5 E BIV 15 15 2,3 1,6 2 2,0 E BIV 16 1 4,8 2,8 2,6 3,4 E BIV 16 2 3,6 2,7 2,8 3,0 S BIV 16 3 5,8 5,4 4,6 5,3 E BIII 16 4 2,6 1,4 0,8 1,6 E BII 16 5 2,2 1,6 1,7 1,8 E BIV 16 6 2 1,9 1,1 1,7 D BIII 16 7 4 1,1 1,8 2,3 E BIII 16 8 5,7 4,7 5,7 5,4 D BIII 16 9 6 3,7 3,5 4,4 E BIII 16 10 2,5 1 0,9 1,5 E BIV 16 11 2,4 2,2 2,5 2,4 S BII 16 12 1,7 0,6 0,5 0,9 E BIII 16 13 2,8 1,4 1 1,7 D BIV

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16 14 3,3 1,9 1,5 2,2 E BIV 16 15 3 2 2,3 2,4 E BIII 17 1 3,8 4,3 3,3 3,8 S BIV 17 2 3,5 3,4 2,7 3,2 S BIV 17 3 3,3 2,2 2,1 2,5 E BIII 17 4 2,1 1 1,3 1,5 E BIV 17 5 2,3 1,2 0,9 1,5 E BIII 17 6 2,1 1,5 1 1,5 D BIV 17 7 3,6 3,4 2,6 3,2 E BIV 17 8 2,4 1,8 1,2 1,8 E BIII 17 9 1,8 1,4 0,9 1,4 E BIII 17 10 3,1 1,3 1,7 2,0 E BIV 17 11 2 1,6 1,1 1,6 E BIV 17 12 5,4 4,7 4,9 5,0 S BIV 17 13 3 2,1 2,3 2,5 E BIV 17 14 2,2 1,4 2 1,9 E BIV 17 15 1,2 0,8 1,1 1,0 E BIV 18 1 7,4 3,4 5,7 5,5 E BIV 18 2 3,7 1,4 3,4 2,8 D BIV 18 3 4,1 2,7 2,1 3,0 E BIV 18 4 0,1 2,9 1,7 1,6 D L(box) 18 5 2 2,8 0,8 1,9 D BIV 18 6 2,2 1,5 0,6 1,4 D BIV 18 7 4,1 3 0,9 2,7 D BIV 18 8 2,3 1,9 0,7 1,6 D BIV 18 9 1,2 1,5 0,3 1,0 E BIII 18 10 1,5 1,3 0,8 1,2 E BIV 18 11 1,2 0,1 1,3 0,9 D L(box) 18 12 1,2 1 0,2 0,8 D L(box) 18 13 1 1,4 0,6 1,0 E BIII 18 14 1,5 0,6 0,4 0,8 E BIII 18 15 3,8 2,4 1,1 2,4 D BIV 19 1 7,4 8,1 6,1 7,2 S BIV 19 2 3,8 3,5 2,9 3,4 E BIII 19 3 2,7 0,9 1,7 1,8 D c 19 4 0,4 0,8 1,2 0,8 D BIV 19 5 5,7 4,2 1,5 3,8 D BIV 19 6 2,3 1,7 1,8 1,9 E BIV 19 7 10,3 8,4 4,1 7,6 D BIV 19 8 0,6 0,2 0,8 0,5 E BIV 19 9 4 3,3 3,5 3,6 S BIII 19 10 2,2 0,6 1,5 1,4 D L(com) 19 11 0,9 0,2 0,5 0,5 E BII 19 12 3,5 2,2 3 2,9 E BIV 19 13 1,6 0,5 0,9 1,0 E c 19 14 1,1 2,3 2,5 2,0 D BIV 19 15 1,2 0,7 1 1,0 E BIV 20 1 4 3,4 3,2 3,5 S BIII 20 2 3,6 2 1,4 2,3 S BIII 20 3 3,7 3,3 3,2 3,4 E BIII 20 4 4,5 3 3,3 3,6 E BIV 20 5 2,5 2,3 2,9 2,6 S BIV 20 6 3,2 2,5 3,69 3,1 D BIV 20 7 3 1,7 1,6 2,1 E BIII 20 8 3,5 2,7 3,3 3,2 S BIV 20 9 2 1,5 2,5 2,0 E BIII 20 10 4,4 2,6 4,2 3,7 S BIV 20 11 3,4 1,5 2,8 2,6 D BIV 20 12 2,5 2 4 2,8 E BIII 20 13 2,4 1,6 3,1 2,4 D BIV

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20 14 3,4 2,6 3,5 3,2 E BIV 20 15 2,2 3,1 1,9 2,4 E BIV 21 1 8 5,1 6,8 6,6 E BIII 21 2 4,3 2,3 2,5 3,0 E BIV 21 3 3,7 3,2 3 3,3 E BIII 21 4 6,9 5,3 4,8 5,7 E BIV 21 5 3 2,1 1,5 2,2 E BIII 21 6 3,2 3,2 3,3 3,2 S BIV 21 7 3,7 3,4 2,8 3,3 E BII 21 8 2,7 1,4 1,3 1,8 E c 21 9 3,6 2,1 2,8 2,8 E BIV 21 10 1,4 0,6 0,3 0,8 E BII 21 11 0,5 1,8 1,5 1,3 D BIV 21 12 3 2,6 1,8 2,5 E BIV 21 13 1,3 0,4 0,4 0,7 E c 21 14 0,9 1 0,8 0,9 S BII 21 15 1,7 1 0,8 1,2 E BII 22 1 4,7 3,4 3,7 3,9 E BIII 22 2 4,7 2,3 0,9 2,6 D L(CON) 22 3 3,5 2 1,8 2,4 E BIV 22 4 4,1 3,6 2,9 3,5 S BIV 22 5 3,3 3 2 2,8 E BIV 22 6 1,1 1,6 0,7 1,1 E BII 22 7 2,3 1,8 0,7 1,6 D L(CON) 22 8 2,2 1,8 1,7 1,9 E BIV 22 9 1,3 0,7 1,1 1,0 E BII 22 10 0,4 0,3 0,1 0,3 D L(BOX) 22 11 1,3 0,9 0,4 0,9 E BII 22 12 1,7 1,2 0,5 1,1 D BII 22 13 2,2 1,7 0,9 1,6 E BIII 22 14 0,8 0,4 0,1 0,4 D L(BOX) 22 15 1 0,9 0,2 0,7 D L(BOX) 23 1 3,4 2,5 2,2 2,7 E BIV 23 2 3,3 0,4 1,4 1,7 E L(box) 23 3 4,4 2,7 3,5 3,5 E BIV 23 4 1,9 1,3 0,7 1,3 D L(com) 23 5 2,4 1,8 1,4 1,9 E BIV 23 6 1,2 1,2 0,6 1,0 D L(com) 23 7 1,7 1 0,8 1,2 E BIV 23 8 2,6 2,5 1,7 2,3 E BIV 23 9 2 0,9 0,4 1,1 E L(box) 23 10 1,8 1 0,7 1,2 E BIV 23 11 12,1 1,2 1,1 4,8 E BIV 23 12 1,4 0,8 0,3 0,8 D L(box) 23 13 1,3 0,6 0,5 0,8 E c 23 14 1,5 1,4 0,8 1,2 D BIV 23 15 1,4 1 0,8 1,1 E BIV 24 1 5,7 7,2 10,1 7,7 E BIV 24 2 7 5,9 5 6,0 S BIV 24 3 4,7 3,7 2,7 3,7 E BIV 24 4 3,8 2,2 2,3 2,8 E BIV 24 5 2,4 2,5 2,7 2,5 S BIII 24 6 2,1 1,4 0,6 1,4 D L(box) 24 7 3,2 2,7 1,5 2,5 D BIV 24 8 2,5 1,3 1,5 1,8 E BIII 24 9 2,5 2 1,4 2,0 E BIV 24 10 3 1,8 0,8 1,9 D BIV 24 11 3,9 2,8 2,9 3,2 E BIV 24 12 1,1 1,4 0,2 0,9 D L(box) 24 13 1,5 1,8 1 1,4 E BIV

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24 14 5 3 2,5 3,5 E BIII 24 15 4 1,4 3,2 2,9 D L(com) 25 1 5,4 3,8 3,6 4,3 E BIV 25 2 2,9 4,1 3,5 3,5 S BIV 25 3 3,5 1,5 2 2,3 E BIII 25 4 0,3 1,5 0,9 0,9 D BIV 25 5 2,5 1,2 1,9 1,9 E BIV 25 6 2,1 3,3 2 2,5 E BIV 25 7 1 1,2 1,2 1,1 S BII 25 8 1 2,5 2,6 2,0 D BIV 25 9 3,8 3,3 2,7 3,3 E BIV 25 10 0,9 1,5 1,7 1,4 D BIV 25 11 1,8 0,4 0,9 1,0 E c 25 12 3,4 2,5 2,6 2,8 E BIV 25 13 0,9 0,8 0,1 0,6 D L(box) 25 14 2 0,5 0,9 1,1 E BIII 25 15 3,7 1,3 2,5 2,5 E BIV 26 1 2,7 6,3 3,4 4,1 D BIV 26 2 3,3 6,9 3 4,4 E BIV 26 3 2,6 0,4 2 1,7 D L(box) 26 4 2 2,1 2,7 2,3 S BIV 26 5 3 2 4,1 3,0 E BIV 26 6 2,4 1,5 2,1 2,0 D BIV 26 7 2 2,8 1,6 2,1 E BIV 26 8 4 3,5 4 3,8 S BIV 26 9 2,4 1,5 3,2 2,4 D BIV 26 10 0,5 0,7 2,1 1,1 E c 26 11 2,6 0,8 1,9 1,8 D BIV 26 12 0,1 1,3 2,8 1,4 D L(com) 26 13 1,7 1,1 1,6 1,5 D BIII 26 14 2,5 2,1 2,4 2,3 S BIV 26 15 3,7 2,8 2,7 3,1 E BIV 27 1 4,9 4 3 4,0 E BIV 27 2 2,7 1,2 1 1,6 E BIV 27 3 2,5 1,7 0,6 1,6 D L(com) 27 4 4,3 4,1 4,6 4,3 E BIV 27 5 2,7 1,8 0,6 1,7 D L(com) 27 6 2,9 1,7 2 2,2 E BIV 27 7 4 2,1 1,8 2,6 D BIV 27 8 2,7 0,8 1,7 1,7 D L(com) 27 9 2,1 2,5 2 2,2 S BIV 27 10 0,9 0,2 0,2 0,4 E BI 27 11 2,5 0,6 0,5 1,2 E BIV 27 12 2,1 2,7 1,8 2,2 E BIV 27 13 1,2 2 2,5 1,9 D BIV 27 14 2,7 1,5 1,4 1,9 E BIV 27 15 1 1,1 0,8 1,0 E BIII 28 1 5 3 3,1 3,7 E BIV 28 2 2,3 2 1,7 2,0 E BIV 28 3 3,7 1,7 2,9 2,8 E BIV 28 4 1,3 0,8 0,4 0,8 E BIII 28 5 2,9 2 2 2,3 S BIII 28 6 2,3 1,3 0,3 1,3 D BIV 28 7 1,4 1,2 0,4 1,0 D L(com) 28 8 1,8 1,5 0,5 1,3 D L(com) 28 9 1,7 2,4 0,3 1,5 D L(com) 28 10 3,6 3,1 3,2 3,3 S BIII 28 11 1 0,2 5,5 2,2 E BIII 28 12 2,5 1,4 1,5 1,8 E BIII 28 13 1,8 2,2 0,4 1,5 D L(com)

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28 14 3,2 2,1 2 2,4 E BIV 28 15 2,8 1,5 2,2 2,2 E BIV 29 1 7,7 4,4 2,6 4,9 E BIV 29 2 8,4 3,6 5 5,7 E BIV 29 3 5,4 1,6 2,7 3,2 E BIV 29 4 6 5,3 4 5,1 D BIV 29 5 1,6 0,5 0,8 1,0 E BIII 29 6 4,5 3 3,4 3,6 E BIII 29 7 2,9 0,9 2,5 2,1 D L(com) 29 8 3,5 1,5 3,5 2,8 E BIII 29 9 3,5 2,1 2,4 2,7 E BIII 29 10 2,7 2,5 0,7 2,0 D L(com) 29 11 2,9 2,5 1,9 2,4 S BIV 29 12 7 5,7 4 5,6 E BIV 29 13 5 5 4,7 4,9 S BIV 29 14 4,3 3,8 4,5 4,2 S BIV 29 15 5 1,5 3,4 3,3 D BIV 30 1 7 7 5,5 6,5 E BIV 30 2 9,4 3,8 3,5 5,6 S BIV 30 3 4 3,2 3,4 3,5 S BIV 30 4 7,9 3,2 4 5,0 S BIV 30 5 1,5 1 1,2 1,2 E BIII 30 6 4,2 3 1,8 3,0 D BIV 30 7 1,3 1 0,7 1,0 E BIII 30 8 4,7 2,5 4 3,7 E BIV 30 9 2,7 1,3 1,5 1,8 E BIII 30 10 6,5 4,8 3,5 4,9 E BIV 30 11 4,2 3 3,2 3,5 E BIV 30 12 5 3 2,7 3,6 E BIV 30 13 4,4 3,5 3 3,6 E BIV 30 14 2,3 1,5 0,7 1,5 E BIII 30 15 2,3 0,8 1,3 1,5 E BIV

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Tabela 22: Medidas e Classificações médias dos rodólitos. PA DM(cm) Desv.Pad. EM VM(cm3) Forma Estrutura1 0,9 0,5 3,1 2,1 E BIII 2 0,9 1,0 2,1 35,4 E BIV e BII 3 1,7 0,8 2,1 27,9 D BIV 4 2,3 0,7 1,5 62,5 E BIV 5 2,5 1,4 2,0 112,1 D BIV 6 1,3 0,8 2,1 20,8 D BIV 7 0,9 0,5 2,0 2,0 D Lbox 8 1,7 1,3 2,2 59,7 E BIV 9 2,6 1,6 1,6 176,7 E BIV

10 2,0 1,4 1,8 88,0 E BIV 11 1,3 0,3 1,9 9,6 E BIV 12 1,9 1,3 2,1 63,4 D BIV 13 0,6 0,2 2,8 0,5 E BIV 14 3,5 1,1 1,6 222,0 E BIV 15 2,6 1,5 1,5 139,4 D Lbox 16 2,7 1,4 1,8 139,8 E BIV 17 2,3 1,1 1,5 85,3 E BIV 18 1,9 1,2 2,0 61,2 E BII e BIII 19 2,6 2,2 1,6 247,3 E BIV 20 2,9 0,6 1,4 102,9 E BIV 21 2,6 1,7 1,6 177,5 E BIV 22 1,7 1,1 1,8 45,0 E BIV 23 1,8 1,1 2,5 29,2 E BIV 24 2,9 1,8 1,5 230,2 E BIV 25 2,1 1,1 1,7 63,1 E BIV 26 2,5 1,0 1,9 82,9 E BIV 27 2,0 1,0 2,0 59,0 E BIV 28 2,0 0,8 1,6 43,3 E BIV 29 3,6 1,4 1,7 243,9 D Lbox 30 3,3 1,7 1,7 239,6 D BIV

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8.4 Anexo 4 – Programação

8.4.1 Rotina de análise granulométrica

1 % ROTINA DE ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DO SEDIMENTO 2 3 % - Entrada de dados. 4 5 clear, clc 6 m=input('Entre com o nome do arquivo entre plicks:'); 7 eval(m); 8 dados = m; 9 10 % Tamanho da matriz de dados. 11 [m,n] = size(dados); 12 13 for i = 1:m; 14 15 % 1 - GRANULOMETRIA 16 17 % Tamanho do grão (mm). 18 tg = [ 2 1.4 1 0.71 0.5 0.355 0.250 0.18 0.125 0.09 0.0625 0.04]; 19 20 % Tamanho do grão (phi). 21 phi = -log2(tg); 22 23 % Concentração de CaCO3. 24 ca = dados(i,n); 25 26 % Dimenciona a matriz de granulometria. 27 spg = 1:n-1; 28 29 % Obtém a matriz de granulometria. 30 pg = dados(i,spg); 31 32 % Soma dos dados de peso das frações. 33 pt = sum(pg); 34 35 % Calcula a porcentagem de cada fração. 36 cg = (pg.*100)./pt; 37 38 % Calcula aporcentagem acumulada. 39 ac = cumsum(cg); 40 41 % 2 - ANÁLISE ESTATÍSTICA 42 43 %Calcula o logarítmo de cada porcentagem referente. 44 acl = log(ac); 45 l95 = log(95); 46 l84 = log(84); 47 l75 = log(75); 48 l50 = log(50); 49 l25 = log(25); 50 l16 = log(16); 51 l05 = log(05); 52 53 % Encontra os valores menores e maiores que a porcentagem referente. 54 acl95 = find(acl<l95);

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55 acl84 = find(acl<l84); 56 acl75 = find(acl<l75); 57 acl50 = find(acl<l50); 58 acl25 = find(acl<l25); 59 acl16 = find(acl<l16); 60 acl05 = find(acl<l05); 61 62 acl95m = find(acl>l95); 63 acl84m = find(acl>l84); 64 acl75m = find(acl>l75); 65 acl50m = find(acl>l50); 66 acl25m = find(acl>l25); 67 acl16m = find(acl>l16); 68 acl05m = find(acl>l05); 69 70 % Calcula quantos valores existem menores do que a porcentagem 71 % referente. 72 eacl95 = length(acl95); 73 eacl84 = length(acl84); 74 eacl75 = length(acl75); 75 eacl50 = length(acl50); 76 eacl25 = length(acl25); 77 eacl16 = length(acl16); 78 eacl05 = length(acl05); 79 80 % Caso não existam valores menores que a porcentagem referente, o valor 81 %de phi referente será o primeiro valor de phi. 82 if eacl95 == 0 83 lnphi95 = phi(1); 84 85 else 86 % Encontra a porcentagem subsequente abaixo e acima da porcentagem 87 %referente. 88 acl95a = max(acl95); 89 acl95b = min(acl95m); 90 91 % Define os valores das porcentagens. 92 acmal95 = acl(acl95b); 93 acmel95 = acl(acl95a); 94 95 % Obtém os valores de phi referentes às porcentagens subsequentes. 96 phimal95 = phi(acl95b); 97 phimel95 = phi(acl95a); 98 99 % Diferença entre os phi's (maior e menor). 100 dif1l95 = phimal95 - phimel95; 101 102 % Diferença entre as porcentagens (maior e menor). 103 dif2l95 = acmal95 - acmel95; 104 105 % Diferença da porcentagem referente (95) e a porcentagem 106 %subsequentemente menor. 107 dif3l95 = l95 - acmel95; 108 109 % Cálculo do phi referente através da semelhança de triângulos 110 % retângulos. 111 lnphi95 = ((abs(dif1l95) * dif3l95)/(dif2l95))+phimel95; 112 end 113 114 if eacl84 == 0

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115 lnphi84 = phi(1); 116 else 117 acl84 = find(acl<l84); 118 acl84m = find(acl>l84); 119 120 acl84a = max(acl84); 121 acl84b = min(acl84m); 122 123 acmal84 = acl(acl84b); 124 acmel84 = acl(acl84a); 125 phimal84 = phi(acl84b); 126 phimel84 = phi(acl84a); 127 128 dif1l84 = phimal84 - phimel84; 129 dif2l84 = acmal84 - acmel84; 130 dif3l84 = l84 - acmel84; 131 132 lnphi84 = ((abs(dif1l84) * dif3l84)/(dif2l84))+phimel84; 133 end 134 135 if eacl75 == 0 136 lnphi75 = phi(1); 137 else 138 acl75 = find(acl<l75); 139 acl75m = find(acl>l75); 140 141 acl75a = max(acl75); 142 acl75b = min(acl75m); 143 144 acmal75 = acl(acl75b); 145 acmel75 = acl(acl75a); 146 phimal75 = phi(acl75b); 147 phimel75 = phi(acl75a); 148 149 dif1l75 = phimal75 - phimel75; 150 dif2l75 = acmal75 - acmel75; 151 dif3l75 = l75 - acmel75; 152 153 lnphi75 = ((abs(dif1l75) * dif3l75)/(dif2l75))+phimel75; 154 end 155 156 if eacl50 == 0 157 lnphi50 = phi(1); 158 else 159 acl50 = find(acl<l50); 160 acl50m = find(acl>l50); 161 162 acl50a = max(acl50); 163 acl50b = min(acl50m); 164 165 acmal50 = acl(acl50b); 166 acmel50 = acl(acl50a); 167 phimal50 = phi(acl50b); 168 phimel50 = phi(acl50a); 169 170 dif1l50 = phimal50 - phimel50; 171 dif2l50 = acmal50 - acmel50; 172 dif3l50 = l50 - acmel50; 173 174 lnphi50 = ((abs(dif1l50) * dif3l50)/(dif2l50))+phimel50;

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175 end 176 177 if eacl25 == 0 178 lnphi25 = phi(1); 179 else 180 acl25 = find(acl<l25); 181 acl25m = find(acl>l25); 182 183 acl25a = max(acl25); 184 acl25b = min(acl25m); 185 186 acmal25 = acl(acl25b); 187 acmel25 = acl(acl25a); 188 phimal25 = phi(acl25b); 189 phimel25 = phi(acl25a); 190 191 dif1l25 = phimal25 - phimel25; 192 dif2l25 = acmal25 - acmel25; 193 dif3l25 = l25 - acmel25; 194 195 lnphi25 = ((abs(dif1l25) * dif3l25)/(dif2l25))+phimel25; 196 197 end 198 199 if eacl16 == 0 200 lnphi16 = phi(1); 201 else 202 acl16 = find(acl<l16); 203 acl16m = find(acl>l16); 204 205 acl16a = max(acl16); 206 acl16b = min(acl16m); 207 208 acmal16 = acl(acl16b); 209 acmel16 = acl(acl16a); 210 phimal16 = phi(acl16b); 211 phimel16 = phi(acl16a); 212 213 dif1l16 = phimal16 - phimel16; 214 dif2l16 = acmal16 - acmel16; 215 dif3l16 = l16 - acmel16; 216 217 lnphi16 = ((abs(dif1l16) * dif3l16)/(dif2l16))+phimel16; 218 219 end 220 221 if eacl05 == 0 222 lnphi05 = phi(1); 223 else 224 acl05 = find(acl<l05); 225 acl05m = find(acl>l05); 226 227 acl05a = max(acl05); 228 acl05b = min(acl05m); 229 230 acmal05 = acl(acl05b); 231 acmel05 = acl(acl05a); 232 phimal05 = phi(acl05b); 233 phimel05 = phi(acl05a); 234

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235 dif1l05 = phimal05 - phimel05; 236 dif2l05 = acmal05 - acmel05; 237 dif3l05 = l05 - acmel05; 238 239 lnphi05 = ((abs(dif1l05) * dif3l05)/(dif2l05))+phimel05; 240 end 241 242 % Cálculo da Moda. 243 cgmax = max(cg); 244 pmoda = find(cg==cgmax); 245 errmoda = length(pmoda); 246 if errmoda>1 247 pmoda = pmoda(1); 248 end 249 moda = phi(pmoda); 250 251 % Mediana (Trask (1930). 252 mediana = lnphi50; 253 254 % Media (Folk e Ward (1957)). 255 media = (lnphi84+lnphi50+lnphi16)/3; 256 257 % Desvio Padrao (Folk e Ward (1957)). 258 desvpad = ((lnphi84 - lnphi16)/4)+((lnphi95-lnphi05)/6.6); 259 260 % Assimetria (Folk e Ward (1957)). 261 assimetria = ((lnphi16+lnphi84 - (2*lnphi50))/(2*(lnphi84-lnphi16)))+((lnphi05+lnphi95 - (2*lnphi50))/(2*(lnphi95-lnphi05))); 262 263 % Curtose (Folk e Ward (1957)). 264 curtose = (lnphi95 - lnphi05)/(2.44*(lnphi75 - lnphi25)); 265 266 % Obtem os valores em duas casas decimais depois da virgula. 267 moda = moda*10; 268 medianag = mediana*100; 269 mediag = media * 100; 270 desvpadg = desvpad * 100; 271 assimetriag = assimetria * 100; 272 curtoseg = curtose * 100; 273 274 moda = round(moda); 275 medianaar = round(medianag); 276 mediaar = round(mediag); 277 desvpadar = round(desvpadg); 278 assimetriaar = round(assimetriag); 279 curtosear = round(curtoseg); 280 281 moda = moda/10; 282 mediana = medianaar/100; 283 media = mediaar/100; 284 desvpad = desvpadar/100; 285 assimetria = assimetriaar/100; 286 curtose = curtosear/100; 287 288 % 3 - APRESENTAÇÃO DAS ANÁLISES GRANULOMÉTRICAS 289 290 % - Figura 1: Curva de Frequencia simples, Acumulada aritmética e 291 %Acumulada logarítmica 292 293 % Tamanho dos eixos x e y, respectivamente.

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294 ma = max(phi); 295 mi = min(phi); 296 297 figure(1) 298 299 % - Escala logarítmica. 300 semilogy(phi,ac,'o-k','LineWidth',1.4) 301 302 %Subtítulos eixo X e Y 303 xlabel('Granulometria (PHI)','FontSize',12)304 ylabel('Escala Logarítmica (-o-) ','FontSize',12) 305 306 % Define o tamanho dos eixos. 307 axis([mi ma 0 100]) 308 309 % Fundo branco. 310 set(gcf,'Color',[1,1,1]) 311 312 % Sem grades. 313 grid off 314 315 % Destacam-se as porcentagens referentes. 316 text(mi,5,['5 ---'],'HorizontalAlignment','center','color','k','FontSize',8); 317 text(mi,16,['16 ---'],'HorizontalAlignment','center','color','k','FontSize',8); 318 text(mi,25,['25 ---'],'HorizontalAlignment','center','color','k','FontSize',8); 319 text(mi,50,['50 ---'],'HorizontalAlignment','center','color','k','FontSize',8); 320 text(mi,75,['75 ---'],'HorizontalAlignment','center','color','k','FontSize',8); 321 text(mi,84,['84 ---'],'HorizontalAlignment','center','color','k','FontSize',8); 322 text(mi,95,['95 ---'],'HorizontalAlignment','center','color','k','FontSize',8); 323 324 %Interpolação de dados aritméticos 325 h1 = gca; 326 h2 = axes('Position',get(h1,'Position')); 327 xx = mi:.02:ma; 328 yy1 = spline(phi,cg,xx); 329 yy2 = spline(phi,ac,xx); 330 331 % - Escala Aritmética. 332 plot(xx,yy1,'-k',xx,yy2,'-k','LineWidth',1.4) 333 ylabel('Escala Aritmética (-)','FontSize',12) 334 axis([mi ma 0 100]) 335 336 % Localização e configuração do eixo Y 337 set(h2,'YAxisLocation','right','Color','none','XTickLabel',[]) 338 set(h2,'XLim',get(h1,'XLim'),'Layer','top')339 set(gca,'YTickLabel',{'0';'';'';'';'';'50';'';'';'';'';'100'}) 340 341 % Insere o PA e os dados estatísticos no gráfico. 342 pa = num2str(i) 343 srtmod = num2str(moda); 344 srtmed = num2str(media); 345 srtmen = num2str(mediana); 346 srtdvp = num2str(desvpad); 347 srtass = num2str(assimetria); 348 srtcrt = num2str(curtose); 349 srtca = num2str(ca); 350 351 text(3.24,90,['PA ',pa],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',11,'FontWeight','bold'); 352 text(3.24,85,['CaCO_3= ',srtca,'%'],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',10);

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353 text(3.24,80,['Moda= ',srtmod],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',10); 354 text(3.24,75,['Mediana= ',srtmen],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',10); 355 text(3.24,70,['Média= ',srtmed],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',10); 356 text(3.24,65,['DesvPad= ',srtdvp],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',10); 357 text(3.24,60,['Assimetria= ',srtass],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',10); 358 text(3.24,55,['Curtose= ',srtcrt],'HorizontalAlignment','left','color','k','FontSize',10); 359 360 % 4 - CLASSIFICAÇÃO FACIOLÓGICA 361 362 % - Classificação por frequencia simples (Wentworth) 363 364 % Encontra a posição e a porcentagem referente a cada classe. 365 pgranulo = find (tg>=2); 366 mgranulo = cg(pgranulo); 367 pamgrossa = find(tg>=1 & tg<2); 368 mamuitogrossa = cg(pamgrossa); 369 pagrossa = find(tg>=0.5 & tg<1); 370 magrossa = cg(pagrossa); 371 pamedia = find(tg>=0.25 & tg<0.5); 372 mamedia = cg(pamedia); 373 pafina = find(tg>=0.125 & tg<0.25); 374 mafina = cg(pafina); 375 pamuitofina = find(tg>=0.0625 & tg<0.125); 376 mamuitofina = cg(pamuitofina); 377 psilte_argila = find(tg>=0.04 & tg<0.0625); 378 msilte_argila = cg(psilte_argila); 379 380 % Soma as porcentagens de cada classificação. 381 granulo = sum(mgranulo); 382 amuitogrossa = sum(mamuitogrossa); 383 agrossa = sum(magrossa); 384 amedia = sum(mamedia); 385 afina = sum(mafina); 386 amuitofina = sum(mamuitofina); 387 silte_argila = sum(msilte_argila); 388 389 % Arredonda os valores. 390 agranulo = round(granulo); 391 aamuitogrossa =round(amuitogrossa); 392 aagrossa = round(agrossa); 393 aamedia = round(amedia); 394 aafina = round(afina); 395 aamuitofina = round(amuitofina); 396 asilte_argila = round(silte_argila); 397 398 % - Classificação pela média (Wentworth). 399 400 if media <=-1; 401 clm = ('grânulo'); 402 end 403 if media >-1 & media<=0 404 clm = ('areia muito grossa'); 405 end 406 if media >0 & media<=1 407 clm = ('areia grossa'); 408 end 409 if media >1 & media<=2 410 clm = ('areia média'); 411 end 412 if media >2 & media <=3

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413 clm = ('areia fina'); 414 end 415 if media>3 & media<= 4 416 clm = ('areia muito fina'); 417 end 418 if media>4& media <=5 419 clm = ('silte-argila'); 420 end 421 422 clme = cellstr(clm); 423 424 % - Classificação Folk e Ward. 425 426 % Desvio Padrão. 427 if desvpad < 0.35 428 cldv = ('muito bem selecionado, '); 429 end 430 if desvpad >=0.35 & desvpad <0.5 431 cldv = ('bem selecionado, '); 432 end 433 if desvpad >=0.50 & desvpad <1.00 434 cldv = ('moderadamente selecionado, ');435 end 436 if desvpad >=1.00 & desvpad <2.00 437 cldv = ('pobremente selecionado, '); 438 end 439 if desvpad >=2.00 & desvpad <4.00 440 cldv = ('muito pobremente selecionado, '); 441 end 442 if desvpad >=4.00 443 cldv = ('extremamente mal selecionado, '); 444 end 445 446 % Assimetria. 447 if assimetria >= -1 & assimetria <-0.30 448 clas = ('assimetria muito negativa, ');449 end 450 if assimetria >= -0.30 & assimetria <-0.10 451 clas = ('assimetria negativa, '); 452 end 453 if assimetria >= -0.10 & assimetria <0.10 454 clas = ('aproximadamente simétrica, ');455 end 456 if assimetria >= 0.10 & assimetria <0.30 457 clas = ('assimetria positiva, '); 458 end 459 if assimetria >= 0.30 & assimetria <1.00 460 clas = ('assimetria muito positiva, ');461 end 462 463 % Curtose. 464 if curtose< 0.67 465 clcr = ('muito platicúrtica'); 466 end 467 if curtose >=0.67 & curtose <0.90 468 clcr = ('platicúrtica'); 469 end 470 if curtose >=0.90 & curtose <1.11 471 clcr = ('mesocúrtica'); 472 end

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473 if curtose >=1.11 & curtose <1.50 474 clcr = ('leptocúrtica'); 475 end 476 if curtose >=1.50 & curtose <3.00 477 clcr = ('muito leptocúrtica'); 478 end 479 if curtose >=3.00 480 clcr = ('extremamente leptocúrtica'); 481 end 482 483 % Organiza os dados. 484 mcfw = [cldv clas clcr]; 485 cfw = cellstr(mcfw); 486 487 % - Classificação Vital, et al (2005). 488 489 % Define as variáveis. 490 carbonatos = ca; 491 slamosos = silte_argila; 492 areias = amuitofina + afina + amedia + agrossa + amuitogrossa; 493 areia_lama = slamosos+areias; 494 granulos = granulo; 495 496 % Sedimentos Lamosos. 497 if slamosos >= 15 498 if ca < 30 499 class_las = ('lama terrígena - LL1'); 500 elseif ca >= 30 & ca < 50 501 class_las = ('lama arenosa - LL2');502 elseif ca >= 50 & ca < 70 503 class_las = ('marga calcária - LB1'); 504 elseif ca >= 70 505 class_las = ('lama calcária - LB2'); 506 end 507 508 % Areias. 509 elseif slamosos < 15 & mediana >-1 510 if granulos < 15 511 if ca < 30 512 class_las = ('areia siliciclástica - AL1b'); 513 elseif ca >= 30 & ca < 50 514 class_las = ('areia silici-bioclática - AL2b'); 515 elseif ca >= 50 & ca < 70 516 class_las = ('areia bio-siliciclástica - AB1b'); 517 elseif ca>= 70 518 class_las = ('areia bioclástica - AB2b'); 519 end 520 elseif granulos >= 15 & granulos < 50 521 if ca < 30 522 class_las = ('areia siliciclástica - AL1a'); 523 elseif ca >= 30 & ca < 50 524 class_las = ('areia silici-bioclástica - AL2a'); 525 elseif ca >= 50 & ca < 70 526 class_las = ('areia bio-siliciclástica - AB1a'); 527 elseif ca >= 70 528 class_las = ('areia bioclástica com granulos - AB2a'); 529 end 530 end 531 532 % Grânulos.

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533 elseif slamosos < 15 & mediana <=-1 534 if ca < 30 535 class_las = ('Cascalho siliciclástico - CL1'); 536 elseif ca >= 30 & ca < 50 537 class_las = ('Cascalho silici-bioclástico - CL2'); 538 elseif ca >= 50 & ca < 70 539 class_las = ('Cascalho bio-siliciclástico - CB1'); 540 elseif ca >= 70 541 class_las = ('Cascalho bioclástico - CB2'); 542 end 543 end 544 545 %Organiza os dados. 546 mclar = [class_las]; 547 clar = cellstr(mclar); 548 549 % 5 - SAIDA DOS DADOS 550 551 % Organização dos dados. 552 grca = [cg ca]; 553 est = [lnphi05, lnphi16,lnphi25, lnphi50,lnphi75, lnphi84, lnphi95, moda, mediana, media, desvpad, assimetria, curtose]; 554 te = length(est); 555 cfs = [granulo, amuitogrossa, agrossa, amedia, afina, amuitofina, silte_argila]; 556 tcfs = length(cfs); 557 cffw = [cfw]; 558 tcfw = length(cffw); 559 cfla = [clar]; 560 tcla = length(cfla); 561 cfme = [clme]; 562 tcme = length(cfme); 563 564 % Salva a figura em formato tif. 565 saveas(figure(1),[pa 'gran.tif']); 566 567 % Fecha a figura. 568 if i>1 569 close (figure(1)) 570 571 end 572 573 % Montagem das Tabelas. 574 tbgr(i,1:n) = grca; 575 tbes(i,1:te) = est; 576 tbcf(i,1:tcfs)= cfs; 577 tbfw(i,1:tcfw)= cffw; 578 tbla(i,1:tcla) = cfla; 579 tbme(i,1:tcme) = cfme; 580 581 end 582 583 % Salva as tabelas em formato .xls 584 xlswrite('granulometria.xls',tbgr) 585 xlswrite('estatística.xls',tbes) 586 xlswrite('freqsimples.xls',tbcf) 587 xlswrite('folkward',tbfw) 588 xlswrite('vital.xls',tbla) 589 xlswrite('média.xls',tbme) 590 591 % - FIM.

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Matriz de entrada de dados granulométricos (m):

m = [02.81 04.10 03.81 07.28 08.08 12.06 31.89 20.59 06.95 2.06 0.33 0.03 81 10.02 07.26 05.49 10.37 09.04 09.99 20.24 11.53 07.77 5.40 2.19 0.63 87 03.66 05.22 08.18 20.94 21.88 28.01 10.94 00.37 00.43 0.34 0.05 0.02 94 15.37 13.69 09.51 14.79 12.16 13.97 14.30 04.39 01.31 0.38 0.07 0.04 93 25.40 18.56 11.41 15.81 09.34 08.08 07.74 02.85 00.68 0.14 0.05 0.02 93 12.40 09.12 08.94 15.44 14.33 13.83 13.67 05.56 02.93 3.16 0.45 0.10 76 04.26 05.44 05.10 10.71 10.06 12.61 27.77 15.53 05.48 2.09 0.67 0.26 89 04.86 04.51 03.65 06.63 07.59 12.93 24.44 13.47 09.56 7.12 2.96 1.56 93 09.29 16.69 18.42 32.51 13.67 05.66 02.17 00.81 00.49 0.21 0.06 0.03 93 12.88 08.43 05.81 10.32 09.69 14.41 23.72 10.79 03.33 0.48 0.11 0.04 90 07.28 06.01 04.71 08.43 09.40 13.88 23.70 17.32 06.53 2.15 0.41 0.17 92 08.06 08.04 05.56 10.26 08.44 10.35 20.26 15.88 08.79 2.75 0.63 0.71 89 00.56 00.76 01.29 04.45 05.01 08.53 27.75 32.73 15.23 2.45 0.63 0.61 94 00.44 00.53 00.74 02.58 06.63 23.95 22.93 02.16 00.67 0.34 0.08 0.05 95 31.29 20.09 10.76 13.60 08.99 06.90 03.97 01.34 01.24 1.11 0.47 0.23 91 03.72 03.09 03.61 04.05 06.06 07.12 07.89 05.59 02.98 3.19 1.80 0.69 85 06.46 03.49 03.96 04.09 05.43 05.38 06.70 05.45 02.60 1.11 0.38 0.14 93 09.37 08.67 12.08 12.81 13.11 08.81 11.50 16.03 04.68 1.48 0.65 0.36 96 12.82 11.29 09.47 16.79 11.57 12.77 16.08 05.89 02.45 0.66 0.13 0.04 96 16.89 15.29 07.84 10.28 07.46 09.15 14.09 10.47 04.94 2.52 0.78 0.33 95 06.03 04.06 05.18 05.60 07.93 07.93 06.49 03.40 01.33 1.49 0.62 0.15 78 03.62 02.71 03.71 04.35 07.00 08.37 10.33 06.51 02.07 0.86 0.34 0.12 97 02.18 03.01 03.81 08.14 09.05 18.15 39.05 15.75 00.93 0.02 0.01 0.01 99 11.15 09.56 07.16 11.45 09.66 12.83 21.01 11.16 04.84 0.74 0.18 0.13 96 10.09 06.72 05.79 11.53 12.28 16.16 20.53 12.10 04.61 0.22 0.02 0.01 93 05.46 03.29 02.43 03.89 03.03 02.96 02.69 01.38 00.74 0.75 0.27 0.23 87 05.74 05.63 06.83 15.90 18.36 20.58 16.16 04.94 02.29 2.73 0.49 0.30 82 19.73 14.22 07.87 12.10 11.16 13.24 17.41 03.92 00.49 0.04 0.00 0.00 96 15.62 09.71 07.24 13.46 11.54 13.49 15.95 07.44 03.07 2.09 0.29 0.09 92 06.23 06.23 05.49 09.05 08.95 12.07 20.40 21.08 09.70 0.66 0.12 0.03 93];

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8.4.2 Testes de mesa da rotina AGRAN

Figura 139: Teste de mesa do programa de análise granulométrica.

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8.4.3 Teste com o programa GRADISTAT

SAMPLE STATISTICS

SAMPLE IDENTITY: PA27 ANALYST & DATE: Eduardo, 21012009

SAMPLE TYPE: Bimodal, Poorly Sorted TEXTURAL GROUP: Gravelly SandSEDIMENT NAME: Very Fine Gravelly Medium Sand

GRAIN SIZE DISTRIBUTION MODE 1: GRAVEL: COARSE SAND: 34,3%MODE 2: SAND: MEDIUM SAND: 36,8%MODE 3: MUD: FINE SAND: 7,2%

D10: V FINE SAND: 3,2%

MEDIAN or D50: V COARSE GRAVEL: V COARSE SILT: 0,0%

D90: COARSE GRAVEL: COARSE SILT: 0,0%

(D90 / D10): MEDIUM GRAVEL: MEDIUM SILT: 0,0%

(D90 - D10): FINE GRAVEL: FINE SILT: 0,0%

(D75 / D25): V FINE GRAVEL: V FINE SILT: 0,0%

(D75 - D25): V COARSE SAND: CLAY: 0,0%

Logarithmicφ

MEAN : 0,887SORTING (σ): 1,088

SKEWNESS (Sk ): 0,459KURTOSIS (K ): 5,407

FOLK & WARD METHOD

5,7%94,0%0,3%

0,0%0,0%0,0%0,0%5,7%12,5%

Geometric Logarithmic

Symmetrical

φ

-0,082

μm547,1 0,870

1,062

Leptokurtic

Description

Coarse SandPoorly Sorted

2,537523,5

7,369

1,136

2,125-0,4595,407

2,0880,0821,136

μm540,8

Arithmetic

μm717,2

2,072-3,3912,684

Geometric

1,6815,322

μm427,52400,0

237,8524,31527,4

1,343

562,8

1289,7

METHOD OF MOMENTS

φ1,247-1,243

6,424

-0,6110,932

)(x

SAMPLE STATISTICS

SAMPLE IDENTITY: PA29 ANALYST & DATE: Eduardo, 21012009

SAMPLE TYPE: Trimodal, Poorly Sorted TEXTURAL GROUP: Gravelly SandSEDIMENT NAME: Very Fine Gravelly Medium Sand

GRAIN SIZE DISTRIBUTION MODE 1: GRAVEL: COARSE SAND: 25,0%MODE 2: SAND: MEDIUM SAND: 29,4%MODE 3: MUD: FINE SAND: 10,5%

D10: V FINE SAND: 2,4%

MEDIAN or D50: V COARSE GRAVEL: V COARSE SILT: 0,0%

D90: COARSE GRAVEL: COARSE SILT: 0,0%

(D90 / D10): MEDIUM GRAVEL: MEDIUM SILT: 0,0%

(D90 - D10): FINE GRAVEL: FINE SILT: 0,0%

(D75 / D25): V FINE GRAVEL: V FINE SILT: 0,0%

(D75 - D25): V COARSE SAND: CLAY: 0,0%

Logarithmicφ

MEAN : 0,618SORTING (σ): 1,262

SKEWNESS (Sk ): 0,132KURTOSIS (K ): 2,525

FOLK & WARD METHOD

15,6%84,3%0,1%

0,0%0,0%0,0%0,0%15,6%17,0%

Geometric Logarithmic

Symmetrical

φ

-0,084

μm692,2 0,531

1,311

Platykurtic

Description

Coarse SandPoorly Sorted

4,3531091,6

-3,218

0,753

2,398-0,1322,525

2,4820,0840,753

μm651,7

Arithmetic

μm940,9

2,190-1,8643,365

Geometric

0,9122,415

μm2400,0302,5855,0219,2629,42257,4

2,122

764,0

2038,3

METHOD OF MOMENTS

φ-1,2431,7470,247

10,30

-1,1750,668

)(x

Figura 140: Resultados estatísticos do Programa GRADISTAT com os pontos amostrais 27 e 29.

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8.4.4 Rotina de Agrupamento Cluster 1 clear, clc 2 m=input('Entre com o nome do arquivo entre plicks:'); 3 eval(m); 4 [n,p] = size(m); 5 for i = 1:n-1; 6 for j = i+1:n 7 dado(i,j) = m(i,j); 8 end 9 end 10 Y= pdist(m,'euclidean'); 11 Z= linkage(Y,'average'); 12 13 [H,T] = dendrogram(Z,'orientation','right'); 14 xlabel ('Distância') 15 ylabel('Pontos amostrais')

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