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R3 - V1 - Revisão 3 RELATÓRIO R3 VOLUME 1 - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO E INSERÇÃO REGIONAL “VERSÃO REVISADA COM A INCORPORAÇÃO DOS COMENTÁRIOS DO GEL E DA SSE” novembro de 2010 REVISÃO MUNICIPAL

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RELATÓRIO R3 VOLUME 1 - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO E INSERÇÃO

REGIONAL

“VERSÃO REVISADA COM A INCORPORAÇÃO DOS COMENTÁRIOS DO GEL E DA SSE”

novembro de 2010

REVISÃO MUNICIPAL

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RELATÓRIO R3 VOLUME 1 - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO E INSERÇÃO REGIONAL

ÍNDICE

1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................................3

2. REGIÃO METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA ........................................................4

2.1. Características regionais .......................................................................................................4

2.2. Aspectos físicos e territoriais ...............................................................................................12

2.3. Potencialidades....................................................................................................................14

2.4. Fragilidades .........................................................................................................................18

3. O MUNICÍPIO DE ITANHAÉM.............................................................................................22

3.1. Caracterização físico-ambiental...........................................................................................22

3.2. Gestão territorial e desenvolvimento urbano .......................................................................23

3.3. Bacias hidrográficas, clima e relevo.....................................................................................25

3.4. Aspectos sociais e econômicos ...........................................................................................29

4. QUADRO DE REFERÊNCIA REGIONAL E MUNICIPAL....................................................34

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1 1. APRESENTAÇÃO 2

O presente documento é objeto do contrato n° 2009/15/00004.8 firmado entre o DAEE - 3 Departamento de Águas e Energia Elétrica e a CONCREMAT Engenharia e Tecnologia S/A em 4 02/02/2009. Contempla o programa de apoio técnico à elaboração de planos integrados 5 municipais e regional de saneamento básico para a Unidade de Gerenciamento de Recursos 6 Hídricos da Baixada Santista - UGRHI-7, abrangendo os municípios de Bertioga, Cubatão, 7 Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. 8

De acordo com o Termo de Referência, os serviços foram divididos em blocos, conforme 9 descrito a seguir: 10

BLOCO 1: Programa detalhado de trabalho; 11 BLOCO 2: Coleta de dados e informações, descrição dos sistemas existentes e 12

projetados e avaliação da prestação dos serviços de saneamento básico; 13 BLOCO 3: Estudo de demandas, diagnóstico completo, formulação e seleção de 14

alternativas; 15 BLOCO 4: Proposta do plano municipal integrado de saneamento básico; 16 BLOCO 5: Plano regional de saneamento básico. 17 Os serviços foram desenvolvidos mediante o esforço conjunto da Secretaria de Saneamento 18

e Energia, do Departamento de Águas e Energia Elétrica e dos municípios, representados pelos 19 respectivos Grupos Executivos Locais (GELs), envolvendo de maneira articulada os responsáveis 20 pela formulação das políticas públicas municipais e pela prestação dos serviços de saneamento 21 básico do município. 22

Esta etapa refere-se ao VOLUME 1 do BLOCO 3, relativo ao município de Itanhaém, cujo 23 produto foi estruturado da seguinte forma: 24

VOLUME 1: Caracterização do município e inserção regional; 25 VOLUME 2: Abastecimento de água e esgotamento sanitário; 26 VOLUME 3A: Drenagem urbana; 27 VOLUME 3B: Resíduos sólidos; 28 VOLUME 4: Educação ambiental. 29

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2. REGIÃO METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA 30 2.1. Características regionais 31

A Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) é integrada por nove municípios, onde 32 vivem cerca de 1,7 milhão de habitantes1. Ocupa a porção central do litoral do Estado de São 33 Paulo, com o Oceano Atlântico ao sul e a Serra do Mar como limite noroeste, compreendendo 34 planícies litorâneas, rios e estuários, ilhas, morros, e as escarpas da Serra do Mar, que são seus 35 condicionantes naturais. 36

Seu ambiente construído tem por características marcantes um dos principais portos da 37 América Latina, um complexo industrial de porte, e um turismo florescente associado a um litoral 38 diversificado. 39

A ocupação da RMBS coincide com a origem do povoamento paulista, pois São Vicente é o 40 mais antigo povoamento do Brasil, fundado em 1532. Em função das águas protegidas no 41 estuário, tornou-se o local preferido para ancoragem dos navios e saída das expedições 42 exploratórias ao interior do país, passando por São Paulo, no planalto paulista, de onde saíam as 43 “Entradas” e as “Bandeiras”. 44

Em meados do século XIX, a expansão da cultura do café pelo interior do Estado de São 45 Paulo fez com que a Serra do Mar fosse vencida pela ferrovia em 1867, estabelecendo um canal 46 de escoamento da produção e demandando a implantação de um porto de fato em Santos, o que 47 ocorreria em 1892. 48

O porto de Santos (que se espraia ocupando a margem direita do estuário em Santos e a 49 margem esquerda no Guarujá) expandiu-se até se tornar um dos mais longos cais acostáveis do 50 mundo e tornou-se energeticamente independente já em 1910, com a inauguração da hidrelétrica 51 de Itatinga. Seu dinamismo alavancou outras oportunidades, como a Refinaria Presidente 52 Bernardes em Cubatão, usando também como fonte de energia a Usina Hidrelétrica Henry 53 Borden, desenvolvida entre 1927 e 1954. A disponibilidade de derivados de petróleo e de energia 54 elétrica permitiu o estabelecimento de um pólo petroquímico em Cubatão, que logo se 55 diversificaria, atraindo outros segmentos industriais, como o siderúrgico e o de fertilizantes. Assim, 56 o porto e o parque industrial foram os responsáveis pelo crescimento econômico da Baixada 57 Santista ao longo do século XX, tornando suas cidades dinâmicas e paulatinamente mais densas. 58

1 Fonte: Fundação SEADE. Projeção da população residente em 1º de julho de 2010.

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59 Em função da extensa orla marítima e da proximidade com a Região Metropolitana de São 60

Paulo, a RMBS passou a receber também afluxos de turistas nas temporadas, desenvolvendo 61 uma ocupação urbana mista de habitação local com casas e apartamentos de veraneio, 62 conjugada com serviços e infraestrutura urbana. Alguns dos municípios da RMBS são morada de 63 um contingente de aposentados que, com independência econômico-financeira, aliam a 64 oportunidade de viver próximo ao litoral sem abrir mão das comodidades que existem em uma 65 cidade mais desenvolvida. 66

Os municípios de Santos, Cubatão, Guarujá, São Vicente e Praia Grande representam a 67 maior concentração populacional da região, com suas áreas urbanas formando uma mancha 68 quase contínua na parte mais central da RMBS, tornando-se rarefeita e/ou descontínua à medida 69 que se dirige para o sul, em direção a Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, ou para o norte, em 70 direção a Bertioga. Santos, São Vicente e Praia Grande são os municípios mais verticalizados, 71 sendo a disponibilidade de áreas de expansão urbana bastante restrita na porção insular dos dois 72 primeiros. 73

A RMBS conta com várias unidades de conservação ambiental, como os parques estaduais 74 Xixová-Japuí, Marinho de Laje de Santos e da Serra do Mar (núcleos Curucutu e Itutinga-Pilões), 75 as estações ecológicas de Juréia-Itatins2 e dos banhados do Iguape, além de duas reservas 76 particulares do patrimônio natural (RPPNs), Marina do Conde, em Guarujá, e Ecofuturo, em 77 Bertioga. Em outubro de 2008 foi criada, através de decreto estadual, a área de proteção 78 ambiental (APA) Marinha do Litoral Centro. Devem ser mencionadas ainda, a área de proteção 79 ambiental (APA) de Cananéia-Iguape-Peruíbe e as áreas de relevante interesse ecológico (ARIE) 80 da Ilha do Ameixal (Peruíbe) e das ilhas Queimada Pequena e Queimada Grande (Peruíbe e 81 Itanhaém). São consideradas áreas naturais tombadas3: a Serra do Mar e de Paranapiacaba, a 82 Paisagem Envoltória do Caminho do Mar (Cubatão), os morros do Botelho, do Monduba, do Pinto 83 (Toca do Índio) e do Icanhema (Ponte Rasa), a Serra do Guararu (Guarujá), o Vale do Quilombo 84 (Santos) e as ilhas do Litoral Paulista existentes na Baixada Santista. 85

Está em fase de consolidação o Polígono de Bertioga. Esta área, que engloba as fozes dos 86 rios Itaguaré e Guaratuba e a floresta localizada - entre a rodovia Mogi-Bertioga e a faixa das 87 linhas de alta tensão - está submetida desde 30 de março de 2010 à “limitação administrativa 88 provisória”. A medida tem por objetivo permitir o aprofundamento de estudos que indicam a 89 necessidade da criação de um regime especial de proteção aos ecossistemas ali existentes. Há, 90

2 Integra o sítio do patrimônio natural mundial – Mosaico de Unidades de Conservação Juréia-Itatins. 3 Fonte: http://www.sigrh.sp.gov.br/sigrh/basecon/r0estadual/quadro37.htm.

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também, sete terras indígenas distribuídas em quatro municípios (Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá e 91 São Vicente). 92

Bertioga, Santos e Peruíbe possuem mais de 80% de seus territórios sob uso controlado em 93 função das áreas de proteção ambiental. Guarujá, Mongaguá, Praia Grande e São Vicente (área 94 continental) são os municípios da região que apresentam maior disponibilidade de área passível 95 de ocupação urbana. 96

A hidrografia da região é composta por rios relativamente curtos, com pequena bacia de 97 contribuição com nascentes no planalto ou nas encostas da serra. Todavia, os índices 98 pluviométricos situam-se como alguns dos mais elevados do país, atingindo 2.500 mm/ano, 99 devido a condições de encontro de frentes tropicais e polares atlânticas e ao efeito orográfico da 100 Serra do Mar. Assim, os rios locais, mesmo com bacias de contribuição pequena, adquirem 101 vazões significativas e formam canais largos em seus estuários. Na porção central da RMBS, 102 alguns destes rios formam o estuário de Santos que, ao mesmo tempo em que abriga o porto, 103 segmenta fortemente os municípios de Santos, São Vicente e Cubatão. 104

A Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Baixada Santista (UGRHI-7) 105 compreende a região do estuário de Santos, São Vicente e Cubatão, as bacias do litoral norte em 106 Bertioga, e as do litoral sul e centro-sul em Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá e Praia Grande. Limita-107 se a nordeste com a UGRHI-3 (Litoral Norte), a leste e sul com o Oceano Atlântico, a sudoeste 108 com a UGRHI-11 (Rio Ribeira de Iguape e Litoral Sul), e ao norte com a UGRHI-6 (Alto Tietê). 109

O Quadro 2.1 indica as sub-bacias definidas na UGRHI-7 com suas respectivas áreas de 110 drenagem4 e os municípios que as integram. 111

112

4 Somando apenas as áreas dos territórios dos 09 municípios que formam a UGRHI-7, a área é de 2.373 km2.

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113 Quadro 2.1 – Subdivisão da UGRHI-7 114

Sub-bacia Área de drenagem (km²) Municípios Praia do Una 33,09 Peruíbe Rio Perequê 64,34 Peruíbe Rio Preto Sul 101,83 Peruíbe Rio Itanhaém 102,57 Itanhaém Rio Preto 324,63 Itanhaém Rio Aguapeu 188,01 Itanhaém/Mongaguá Rio Branco 411,66 Itanhaém Rio Boturoca 182,84 Praia Grande Rio Cubatão 175,55 Cubatão Rio Piaçabuçu 58,60 Praia Grande Ilha de São Vicente 85,81 São Vicente/Santos Rio Mogi 68,39 Cubatão Ilha de Santo Amaro 142,70 Guarujá Rio Cabuçu 69,65 Santos Rio Jurubatuba 79,36 Santos Rio Quilombo 86,88 Santos Rio Itapanhaú 149,32 Bertioga Rio Itatinga 114,88 Bertioga Rio dos Alhas 108,27 Bertioga Ribeirão Sertãozinho 131,66 Bertioga Guaratuba 108,78 Bertioga Total 2.788,82

Fonte: Relatório Zero. Citado no Plano de Bacia Hidrográfica para o Quadriênio 2008-2011 do Comitê da Bacia 115 Hidrográfica da Baixada Santista (CBH-BS). Minuta do Relatório Final. Volume I. Dezembro/2008. 116 117

Uma parte das vazões do reservatório Billings é transferida para a Baixada Santista através 118 da Usina Hidrelétrica (UHE) Henry Borden, que gerava a energia em abundância e a preços 119 baixos de modo a impulsionar o desenvolvimento do pólo industrial de Cubatão a partir da década 120 de 1950. Com a deterioração da qualidade das águas dos rios da Região Metropolitana de São 121 Paulo (RMSP) e a reversão praticamente total até 1982, a qualidade das águas da Billings foi 122 temporariamente comprometida, chegando a afetar, naquele tempo, a qualidade da água do Rio 123 Cubatão, na RMBS. 124

O esquema de plena reversão foi alterado a partir de 1982 por decisão operacional de 125 Governo, e passou a ser oficialmente restrito a partir da Constituição Estadual de 1989. 126 Atualmente, a UHE Henry Borden opera apenas nos horários de pico com sua plena capacidade. 127 Isso segue uma resolução conjunta da Secretaria do Meio Ambiente e da antiga Secretaria de 128 Recursos Hídricos, Saneamento e Obras (hoje Secretaria de Saneamento e Energia), que 129 regulamenta a Disposição Transitória n° 46 da própria Constituição Paulista. O bombeamento do 130

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Rio Pinheiros para o reservatório Billings só pode ser feito em casos de riscos de enchentes na 131 RMSP. 132

Se até a década de 1980 tal reversão era mais intensa e prejudicava a qualidade das águas 133 do reservatório Billings e por vezes até do Rio Cubatão, a situação hoje é distinta, pois as vazões 134 revertidas ajudam a manter o balanço hídrico e contribuem para a não intrusão da cunha salina de 135 modo a afetar a captação de água da Companhia Siderúrgica Paulista (COSIPA), mantendo-se os 136 índices de qualidade das águas do Rio Cubatão. O Índice de Qualidade das Águas (IQA)5 137 monitorado pela CETESB mostrou-se entre bom e ótimo no Canal de Fuga da UHE Henry Borden, 138 através do qual as águas da Billings são transferidas para a RMBS, desaguando no rio Cubatão. 139

No Quadro 2.2 a seguir constam os valores do IQA ao longo dos 12 meses de 2009 e a 140 média anual de cada um dos pontos monitorados. 141

142 Quadro 2.2 - Valores de IQA monitorados pela CETESB na UGRHI-7 em 2009 (rede básica) 143

Ponto Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez MédiaANCO02900 43 62 54 60 45 56 53BACO02950 63 69 71 56 71 66CAMO00900 62 78 69 70 61 77 70CFUG02900 74 82 77 72 78 82 78CUBA02700 59 68 60 63 57 72 63CUBA03900 65 58 48 58 61 56 58IPAU02900 51 63 56 54 56ITAE02900 74 67 54 55 62MOJI02800 52 53 58 52 51 63 55NAEM02900 48 62 58 52 60 56PERE02900 67 76 59 62 72 75 69PETO02900 45 57 45 39 53 48PIAC02700 60 40 38 36 37 61 45REIS02900 46 69 53 49 61 56TUBA02900 71 67 57 58 63

Legenda Ótima Boa Regular Ruim Péssima

Rio PretoRio PiaçagueraRio Canal BarreirosRio Guaratuba

Rio ItaguaréRio MojiRio ItanhaémRio Perequê

Canal de Fuga II UHE Henry BordenRio CubatãoRio CubatãoRio Itapanhaú

DescriçãoRio BrancoRio Branco (Itanhaém)Reservatório Capivari-Monos

144 Fonte: CETESB, 2010. Relatório de qualidade das águas superficiais no Estado de São Paulo 2009. 145

146 Além disso, as deficiências no sistema de esgotamento sanitário - lançamentos em sistemas 147

de drenagem de águas pluviais, falta de rede e de conexão de parte das redes existentes aos 148 coletores que deveriam conduzir os esgotos ao tratamento – se refletem na qualidade das praias. 149

5 Para cálculo do IQA são consideradas variáveis de qualidade que indicam o lançamento de efluentes sanitários para o corpo d’água, fornecendo uma visão geral sobre a condição de qualidade das águas superficiais. Este índice é calculado para todos os pontos da rede básica.

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150 O Quadro 2.3 mostra a evolução da qualidade das praias, conforme dados disponibilizados 151

pela CETESB no período de 2001 a 2008. Na sequência estão apresentados os Quadros 2.4 e 152 2.5 com as classificações semanais nos 12 meses de 2009 e de janeiro a julho de 2010. 153

É importante observar que esses dados ainda não refletem os resultados dos vultosos 154 investimentos que vem sendo feitos na RMBS, especialmente na área de esgotamento sanitário 155 através do Programa Onda Limpa da SABESP. Os investimentos são recentes e resultados mais 156 significativos deverão ser percebidos nos dados de monitoramento dos próximos anos. 157

158 Quadro 2.3 – Evolução da qualidade das praias da RMBS – qualificação anual - 1991 a 2008 159

Município / Praia / Local

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Boracéia - Colégio Marista - - - - - - - - - - Boracéia Guaratuba

S. Lourenço - Junto ao Morro

S. Lourenço - Rua 2 -

Enseada - Indaiá - - - - -

Enseada - Vista Linda

Enseada - Colônia do SESC

Ber

tioga

Enseada - R. Rafael Costabili - - - - -

Perequê Pernambuco

Enseada - Estr. Pernambuco -

Enseada - Av. Atlântica

Enseada - R. Chile -

Enseada - Av. Santa Maria - - - - - - - Pitangueiras - Av. Puglisi Pitangueiras - R. Sílvia Valadão Astúrias Tombo

Gua

rujá

Guaiúba

Ponta da Praia

Aparecida

Embaré

Boqueirão

Gonzaga

José Menino - R. Olavo Bilac

San

tos

José Menino - R. Fred. Ozanan

Praia da Divisa - - - - - - - - - - - - -

Itararé - Posto 2

Praia da Ilha Porchat

Milionários São

Vic

ente

Gonzaga Fonte: CETESB. http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/municipios/evolucao.asp.

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Município / Praia / Local

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Canto do Forte - - - - - - - - - - - - - -

Boqueirão

Guilhermina - - - - - - - - -

Aviação - - - - - - - - - - - - - -

Vila Tupi - - - - - - -

Ocian - - - - - - - - -

Vila Mirim

Maracanã - - - - - - - - - - - - - -

Vila Caiçara

Real - - - - - - -

Flórida - - - - - -

Pra

ia G

rand

e

Jardim Solemar

Itapoã

Central

Vera Cruz

Santa Eugênia - - - - - - - - -

Itaóca

Mon

gagu

á

Agenor de Campos

Campos Elíseos - - - - - - -

Suarão

Parque Balneário - - - - - - -

Centro

Praia dos Pescadores

Sonho

Jardim Cibratel

Estância Balneária - - - - - - -

Jardim São Fernando - - - - - - -

Itanh

aém

Balneário Gaivota - - - - - - -

Peruíbe - R. Icaraíba

Peruíbe - R. das Orquídeas

Peruíbe - Balneário S. João Batista

Peruíbe - Av. São João

Prainha

Per

uíbe

Guaraú

160 Legenda: Ótima Boa Regular Ruim Péssima Sistematicamente boa

161 Fonte: CETESB. http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/municipios/evolucao.asp. 162

163

(conclusão)

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164 Quadro 2.4 - Evolução da qualidade das praias – classificação semanal - 2009 165

raias do Município de Data da coleta para análise

ITANHAÉM Própria Imprópria

Campos Elíseos Suarão

Parque Balneário Centro

Praia dos Pescadores Sonho

Jardim Cibratel Estância Balneária

Jardim São Fernando Balneário Gaivota

JAN 041118 25

FEV 01 081522

MAR 0108 152229

ABR 0512 19 26

MAI 031017 24 31

JUN 07142128

JUL 05 121926

AGO 0209 16 2330

SET 061320 27

OUT 04 111825

NOV 01 08 152229

DEZ 06 13 2027

166 Fonte: CETESB. http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/praias/evolucao.asp. 167

168 Quadro 2.5 - Evolução da qualidade das praias – classificação semanal - 2010 169

raias do Município de Data da coleta para análise

ITANHAÉM Própria Imprópria

Campos Elíseos Suarão

Parque Balneário Centro

Praia dos Pescadores Sonho

Jardim Cibratel Estância Balneária

Jardim São Fernando Balneário Gaivota

JAN 031017 24 31

FEV 071421 28

MAR 07 142128

ABR 0411 18 25

MAI 020916 23 30

JUN 06132027

JUL 04 111825

AGO 0108 15 2229

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

SET 051219 26

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

OUT 03 101724 31- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

NOV 07 142128- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

DEZ 05 12 1926- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

170 Fonte: CETESB. http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/praias/evolucao.asp. 171

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Institucionalmente, conforme consta no Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado 172 (PMDI), elaborado em 2002 pela EMPLASA6 para a AGEM, a Região Metropolitana da Baixada 173 Santista foi pioneira na adoção do novo modelo de ordenamento jurídico proposto pela 174 Constituição Federal de 1988, que compreende o Conselho de Desenvolvimento da RMBS 175 (CONDESB), a Agência Metropolitana da Baixada Santista (AGEM) e o Fundo de 176 Desenvolvimento Metropolitano da Baixada Santista (FUNDO). 177

Constata-se, assim, que existem mecanismos básicos para a adoção de ações 178 metropolitanas integradas, abrangendo mais de um município – algo necessário no caso da 179 RMBS, onde se percebe uma integração crescente. Destaca-se as interfaces nos temas de 180 saneamento básico, em especial no abastecimento de água e gerenciamento de resíduos sólidos, 181 e até mesmo do sistema de esgotamento sanitário e de drenagem urbana, com soluções 182 integradas abrangendo mais de um único município em alguns casos. 183 184 2.2. Aspectos físicos e territoriais 185

A bacia hidrográfica da Baixada Santista está inserida na Província Geomorfológica 186 Costeira, correspondente à área drenada diretamente para o mar, constituindo o rebordo do 187 Atlântico. A região é heterogênea, com planícies costeiras, mangues e formações associadas e 188 também relevos bastante acidentados de serra, englobando as escarpas de alta declividade, 189 como a Serra do Mar. 190

O clima é tropical chuvoso, sem estação seca e com a precipitação média do mês mais seco 191 superior a 60mm, conforme classificação Af de Koeppen, mostrada na Figura 2.1, a seguir. 192

193

50

100

150

200

250

300

J an F ev Mar A br Mai J un J ul Ago S et Out Nov Dez

194 Figura 2.1 - Precipitações médias mensais na RMBS entre 1941 e 2003 (mm/mês). 195

Fonte: FCTH/DAEE – SP. 196 197

6 EMPLASA: Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S/A.

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O clima da RMBS é influenciado por massa de ar tropical atlântica, com características 198 quente e úmida, e por massa de ar polar atlântica, fria e úmida. O confronto destas duas massas 199 de ar na estação do verão, junto com os fatores climáticos da Serra do Mar, produz grande 200 instabilidade, traduzida em elevados índices pluviométricos, colocando a região entre as áreas 201 onde mais chove no Brasil. 202

As observações entre 1941 e 2003, mostradas na Figura 2.2 a seguir, indicam que a 203 precipitação média anual varia de um mínimo absoluto de 1.200 mm no ano de 1969 a 3.400 mm 204 em 1966, com a maioria dos anos oscilando entre 1.500 e 2.500 mm/ano. Note-se que chegou a 205 ultrapassar os 3.000 mm/ano pelo menos em 3 anos deste período, bem como ultrapassou os 206 2.500 mm/ano outras 10 vezes. 207

208

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

1941

1946

1949

1952

1955

1958

1961

1964

1967

1970

1973

1976

1979

1982

1985

1988

1991

1994

1997

2000

2003

Prec

ipita

ção

(mm

/ano

)

209 Figura 2.2 - Evolução das precipitações anuais na RMBS entre 1941 e 2003 (mm/ano). 210

Fonte: FCTH/DAEE – SP. 211 212 A rede hidrográfica da RMBS está dividida em 21 sub-bacias e os principais cursos d’água 213

são: rios Cubatão, Mogi e Quilombo ao centro; rios Itapanhaú, Itatinga e Guaratuba ao norte; e, 214 rios Branco, Preto e Itanhaém, ao sul. 215

Os cursos naturais dos rios Guaratuba, em Bertioga, e Capivari, em Itanhaém, que possuem 216 suas nascentes nas encostas da Serra do Mar, são revertidos através de represamentos e 217 bombeamentos para o planalto, com o intuito de incrementar o abastecimento de água da Região 218 Metropolitana de São Paulo. Em contrapartida, as águas do Rio Tietê são revertidas à Baixada 219 Santista, através do sistema Pinheiros/Reservatório Billings, pois, após serem utilizadas na 220 geração de energia elétrica na Usina Henry Borden, são lançadas no Rio Cubatão, principal 221 manancial que atende ao abastecimento humano das cidades de Santos, Cubatão, São Vicente, e 222

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parcela de Praia Grande, assim como às atividades industriais do pólo de Cubatão. A RMBS, 223 portanto, convive há décadas com transferências de vazões da RMSP. 224

As nascentes da Baixada Santista encontram-se na vertente marítima da Serra do Mar e 225 Planície Litorânea ou Costeira, e após vencer desníveis variando entre 700 e 1.175 m (pontos 226 mais “baixos” da escarpa da Serra do Mar, em Paranapiacaba, e mais elevado, com um pico 227 igualmente na divisa com Santo André, na RMSP), seus rios conformam planícies flúvio-marinhas, 228 drenam manguezais e deságuam no oceano ou em canais estuarinos. 229

O Quadro 2.6 apresenta os principais rios identificados pela abrangência e relevância 230 municipais. 231

232 Quadro 2.6 - Rios identificados pela abrangência e relevância municipal 233

Município Curso d’água Bertioga Rio Itapanhaú, Rio Itaguaré, Rio Guaratuba Cubatão Rio Cubatão, Rio Perequê, Rio Mogi Guarujá Rio Santo Amaro, Rio do Meio, Rio do Peixe Itanhaém Rio Mambú, Rio Preto, Rio Branco, Rio Itanhaém Mongaguá Rio Bichoro, Rio Aguapeú, Rio Mongaguá Peruíbe Rio Preto, Rio Branco Praia Grande Rio Branco ou Boturoca e todos seus afluentes Santos Rio Quilombo, Rio Jurubatuba, Rio Diana São Vicente Rio Branco ou Boturuca, Rio Cubatão

Fonte: Relatório Zero. Citado no Plano de Bacia Hidrográfica para o Quadriênio 2008-2011 do Comitê da Bacia 234 Hidrográfica da Baixada Santista (CBH-BS). Minuta do Relatório Final. Volume I. Dezembro/2008. 235

236 A RMBS apresenta, ainda, duas importantes ilhas estuarinas: a de São Vicente e a de Santo 237

Amaro, estreitamente ligadas ao continente. As ilhas marítimas são todas de menor porte e 238 importância, com relevo mais acidentado, dificultando sua ocupação. 239

As praias também são importantes ecossistemas devido à diversidade biológica e 240 interferência na área costeira. Esta Região possui 160,9 km de costa, o que corresponde a 37,7% 241 da extensão total do Estado de São Paulo, possuindo 82 praias. 242

243 2.3. Potencialidades 244

A atividade econômica na RMBS é considerada predominantemente industrial segundo 245 caracterização do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH, 2004-2007), incluindo o porto de 246 Santos. Ainda assim, a RMBS dispõe de parte razoável (69%) de seu território com cobertura 247 vegetal nativa. Este percentual é bem superior ao do Estado (14%) sendo superado apenas pelo 248 do Litoral Norte, que tem 80% de cobertura por vegetação nativa. 249

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A RMBS é dotada de várias potencialidades que dão suporte ao desenvolvimento 250 econômico e social que a coloca em posição privilegiada no que se refere ao ranking estadual. 251

A Região de Santos mantém-se em 1° lugar no ranking do indicador de riqueza municipal, 252 desde o ano 2000 até 2006, conforme se pode visualizar no Quadro 2.7, seguido em 2° lugar pela 253 RMSP. Este fato é relevante, na medida em que, apesar de alguns municípios que formam a 254 Região apresentarem indicadores bem abaixo da média, o conjunto como um todo mostra 255 potencial para a sustentabilidade regional. 256

257 Quadro 2.7 - Ranking do indicador de riqueza municipal das regiões 258

administrativas do Estado de São Paulo 259 Região 2000 2002 2004 2006

Região Metropolitana de São Paulo 2 2 2 2 Região de Registro 15 15 15 15 Região de Santos 1 1 1 1 Região de São José dos Campos 3 3 3 3 Região de Sorocaba 7 7 6 7 Região de Campinas 4 4 4 4 Região de Ribeirão Preto 5 5 5 5 Região de Bauru 8 9 8 9 Região de São José do Rio Preto 10 10 10 11 Região de Araçatuba 12 12 12 12 Região de Presidente Prudente 14 14 14 14 Região de Marília 13 13 13 13 Região Central 6 6 7 6 Região de Barretos 9 8 9 8 Região de Franca 11 11 11 10

Fonte: Fundação SEADE, 2008. 260 261 Conforme mencionado anteriormente, a dinâmica econômica se originou no 262

desenvolvimento do Porto de Santos para escoamento das safras de café produzidas no interior 263 do estado, seguido pelo desenvolvimento do pólo industrial (Petroquímico, químico e siderúrgico) 264 de Cubatão, e pelo turismo e veraneio, conjugando um litoral extenso, a proximidade com a 265 RMSP, maior aglomeração urbana do País. 266

O Quadro 2.8 a seguir mostra a evolução do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 267 para os municípios da RMBS (IDH-M) em 1991 e 2000, bem como sua posição no “ranking” 268 nacional e os valores dos elementos de IDH-M (municipal) para renda, longevidade e educação. 269

Como se pode ver no quadro citado, os valores de IDH-M nos municípios da RMBS são 270 bastante diversos, havendo desde Santos no 5° lugar do “ranking” brasileiro, a Cubatão, na 1.267ª 271

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posição. É notável, no entanto, que todos os municípios tiveram avanços em todos os 272 componentes entre 1991 e 2000, além da melhora nos indicadores gerais de IDH-M. Os 273 componentes de renda têm valores inferiores aos de educação e igualmente diversos conforme o 274 município, ao passo que no aspecto longevidade, a variação entre os municípios é menor. 275

276 Quadro 2.8 - Valores de Índice de Desenvolvimento Humano por município da RMBS (IDH-M), 1991 e 277

2000 e aspectos componentes (Renda, Longevidade e Educação) 278 Valores de IDH-M (geral e por aspecto)

Geral Renda Longevidade Educação Município da RMBS Posição

no ranking 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000

Santos 5° 0,838 0,871 0,825 0,873 0,775 0,788 0,913 0,952São Vicente 622° 0,765 0,798 0,727 0,741 0,717 0,749 0,852 0,904Praia Grande 652° 0,740 0,796 0,713 0,763 0,667 0,733 0,841 0,891Bertioga 744° 0,739 0,792 0,721 0,744 0,717 0,749 0,780 0,882Guarujá 853° 0,720 0,788 0,689 0,730 0,667 0,749 0,805 0,885Mongaguá 982° 0,726 0,783 0,685 0,729 0,680 0,756 0,812 0,865Peruíbe 988° 0,733 0,783 0,724 0,731 0,675 0,744 0,799 0,873Itanhaém 1.085° 0,730 0,779 0,700 0,716 0,675 0,744 0,816 0,876Cubatão 1.267° 0,723 0,772 0,683 0,706 0,667 0,722 0,819 0,888

Fonte: PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 2008. 279 280 Observa-se uma inequívoca liderança pelos valores de Santos, seguido de longe pelos 281

demais municípios, com certa proximidade entre os IDH-Ms (Geral) de São Vicente e Praia 282 Grande, bem como entre os de Mongaguá e Peruíbe. 283

Do ponto de vista educacional a RMBS já abriga ofertas substanciais e em evolução no 284 último período inter censitário, abrigando, inclusive, instituições de formação educacional de nível 285 superior, atendendo em grande parte às demandas que transcendem a própria Região. 286

No que tange à longevidade, aspecto este influenciado por melhores ou piores condições de 287 asseio urbano – saneamento básico inclusive – novamente há um maior destaque para Santos, 288 mas menos expressivo do que nos demais aspectos. 289

No que se refere ao aspecto de renda, o Porto de Santos e o Pólo Industrial de Cubatão 290 aumentaram substancialmente a oferta de empregos, mas não necessariamente contribuíram de 291 forma tão significativa para a distribuição de renda entre a população – ainda assim o IDH-M - 292 Renda de Santos é substancialmente maior do que o dos demais municípios da RMBS. O mesmo 293 não ocorre com Guarujá (que tem parte do porto localizado em seu território, mas também o muito 294 pobre distrito de Vicente de Carvalho), e tampouco com Cubatão (que, apesar de suas 23 295 indústrias de porte, envolve conflitos das mais diversas naturezas), cujo IDH-M - Renda ainda é o 296 mais baixo da RMBS. Além disso, novos investimentos como a exploração petrolífera da camada 297

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Pré-Sal, mais o eventual Porto Brasil em Peruíbe e a associada revitalização da ferrovia de 298 acesso pela America Latina Logística (ALL) devem ser fatores indutores de crescimento e de 299 aumento de renda, mas também de pressões e aumento de demanda por serviços de 300 saneamento. 301

A alternativa mais viável para melhorar a distribuição de renda e, em conseqüência, para um 302 avanço substancial no IDH-M – Renda dos municípios da RMBS pode estar nos setores de 303 comércio e serviços, os quais se desenvolvem neste caso, não somente devido à população local, 304 mas ao turismo. Neste caso, há tanto o turismo de curta duração, com pessoas que ficam nos 305 hotéis e pousadas ali localizadas, quanto o de um dia, com excursões de ônibus que vão às praias 306 da RMBS cedo nas manhãs dos dias e finais de semana de temporada, regressando ao final do 307 dia. Além disso, há um grande número de casas de veraneio e temporada, ocupadas apenas 308 durante alguns meses do ano e predominantemente nos finais de semana. 309

Isso configura diferentes desafios. Para o saneamento, a população flutuante envolve uma 310 enorme dificuldade, pois a infraestrutura deve ser planejada e construída para atender à essa 311 demanda, mas acaba por permanecer ociosa boa parte do tempo. Para a RMBS como um todo, 312 há flutuação também na oferta de postos de trabalho na prestação de serviços e no comércio, que 313 precisa recrutar trabalhadores temporários nas temporadas de verão e de férias, mas não 314 consegue manter tais empregos fora da estação de maior movimento e demanda. 315

No que se refere ao desenvolvimento do turismo, que se firma como um potencial de grande 316 expansão e diversidade, o Plano Diretor de Turismo da Baixada Santista (PDTUR), elaborado pela 317 AGEM, alinha entre os aspectos favoráveis: 318

• Possibilidade de desenvolver um conceito metropolitano de turismo receptivo, que 319 possibilite a integração dos municípios às vantagens competitivas resultantes da ação 320 conjunta. 321

• Condição de criar uma imagem forte e diferenciada da RMBS no mercado turístico 322 nacional e internacional, evidenciando a sua característica de aglomerado ou pólo turístico 323 (“cluster”). 324

• Condição de ressaltar os fatores de integração dos municípios (elementos comuns ao 325 conceito metropolitano) e, simultaneamente, valorizar as diversidades de cada um, de 326 modo que cada município possa desenvolver ações específicas. 327

• O atrativo turístico da Baixada Santista não se resume apenas à sua história. Seus 328 aspectos ambientais - rios, cachoeiras, morros, a Mata Atlântica, a Reserva Ecológica 329 Juréia-Itatins, localizada entre os municípios de Peruíbe (Baixada Santista) e Iguape 330

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(região do Vale do Ribeira) e ao próprio Parque Estadual da Serra do Mar - oferecem 331 alternativas para se firmar como pólo de ecoturismo. 332

• Além das belas praias, gastronomia e infraestrutura hoteleira de qualidade. 333 334

335 Figura 2.3 - Praça em Itanhaém. 336

Fonte: Concremat, 2010. 337 338

2.4. Fragilidades 339 Ao mesmo tempo em que o compartilhamento de uma configuração espacial, populacional e 340

econômica é potencial positivo da RMBS, alguns elementos desta condição criam, 341 antagonicamente, fragilidades. Entre elas estão: a sazonalidade; a concorrência interna entre os 342 municípios; a infraestrutura compartilhada, especialmente no que se relaciona ao saneamento; a 343 ociosidade de infraestrutura e equipamentos urbanos que precisam ser dimensionados pelo pico e 344 que no restante do ano representam um ônus. 345

A solução de problemas pontualmente em um município não melhora a condição regional se 346 não for acompanhada por ações correspondentes nos demais – o saneamento é um caso especial 347 em que isso é notado. A estreita vinculação e a necessidade de equacionamento compartilhado 348 da solução dos problemas torna obrigatório o exercício do planejamento integrado regional, 349 através de um processo de atuação permanentemente articulada entre diversos segmentos 350 públicos, com a participação da sociedade. 351

Na divisão em grandes linhas, proposta pelo PMDI, Santos é colocado como o ponto de 352 fulcro da RMBS, liderando-a economicamente em função da maior especialização junto ao parque 353 de negócios, com destaque para a atuação do Porto. E, como a “virtu” chama mais “virtu”, é 354

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possível que Santos adquira a liderança natural também no desenvolvimento da exploração 355 petrolífera da camada Pré-Sal. Cubatão é referenciado como centro industrial e de suporte 356 logístico, Guarujá, Praia Grande e São Vicente, como áreas de especialização em lazer e turismo 357 e centros de suporte logístico associado ao turismo, enquanto que Bertioga, Itanhaém, Mongaguá 358 e Peruíbe, com especialização predominante em lazer e turismo, seguindo como incógnita o 359 desenvolvimento do Projeto Porto Brasil em Peruíbe, com conexão através de Praia Grande pela 360 ferrovia ALL (antigo ramal de Juquiá da Sorocabana, depois FEPASA, hoje desativado). 361

Para todos estes usos, assegurar a captação, o tratamento e o abastecimento de água é 362 mister, sem dúvidas. Mas não só: o esgotamento sanitário é o grande esforço em curso na RMBS, 363 tendo havido um avanço significativo na melhoria da destinação dos resíduos sólidos, restando o 364 desafio de resolver os problemas de drenagem urbana em uma região tão plana e ao mesmo 365 tempo tão chuvosa. Todos estes elementos revelam conflitos potenciais, demandam 366 investimentos de difícil mensuração, e geram fragilidades para a RMBS se não forem enfrentados 367 com responsabilidade e atenção pelos gestores da infraestrutura de saneamento. 368

No que tange ao abastecimento de água das cidades, o desenvolvimento do sistema 369 Mambu-Branco pela SABESP deverá atender adequadamente Praia Grande, Mongaguá, Peruíbe, 370 São Vicente (continental) e Itanhaém, ao passo que a ETA Cubatão (que atende a maioria de 371 Santos, São Vicente e parte de Praia Grande) está sendo praticamente reconstruída. A 372 reservação é, em geral, suficiente nas partes de maior consumo, e vem recebendo reforços nas 373 porções mais críticas de desenvolvimento mais recente, mas ainda causa preocupações nos 374 municípios mais ao sul (Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe), nos quais a proporção de população 375 flutuante “versus” fixa é ainda maior do que nos demais nos momentos de pico das temporadas. 376 Há potenciais conflitos com incrementos de reversões do sistema Itatinga-Itapanhaú para a RMSP 377 em detrimento do abastecimento de Bertioga e Guarujá, o que deve ser analisado com cuidado e 378 atenção, pois a demanda de ambos ainda tem potencial de incremento em função da perspectiva 379 de desenvolvimento urbano com incremento de verticalização em alguns pontos. Já as indústrias 380 poderão ter suas soluções individuais (inclusive por demandarem diferentes níveis de qualidade 381 de água e por utilizarem grandes quantidades de água em torres de resfriamento), mas 382 eventualmente com conflitos locais por captações potenciais para usos públicos. 383

O esgotamento sanitário vem recebendo, através do Programa Onda Limpa, investimentos 384 de mais de R$ 1 bilhão em inúmeras obras, incluindo redes, coletores, interceptores e emissários 385 terrestres e submarinos. Ocorre que a prática de se manter apenas pré-condicionamento dos 386 esgotos antes de seu encaminhamento para emissários submarinos vem sendo questionada pela 387 CETESB e pelas autoridades ambientais, que forçam a adoção de tratamento secundário dos 388 esgotos, certamente demandando investimentos muito maiores do que aqueles já estruturados e 389

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em curso. Ademais, muito investimento já foi feito e, mesmo assim, restam as “cargas difusas”, 390 muitas delas associadas às descontinuidades e problemas operacionais do sistema de 391 esgotamento sanitário, fazendo com que os canais de drenagem sigam contaminados e a 392 balneabilidade, em vários locais, comprometida. Uma boa balneabilidade teria uma inegável 393 sinergia com o desenvolvimento do turismo na RMBS, não devendo ser tratada como uma 394 “externalidade”, mas como um problema claro a ser resolvido pela concessionária do sistema de 395 esgotamento sanitário de todas as cidades da RMBS – a SABESP. 396

A parte de disposição de resíduos sólidos registrou grande avanço em anos recentes, com o 397 desenvolvimento de um bom aterro em Santos (utilizado por este município, Bertioga, Cubatão, 398 Guarujá) e outros municípios (Mongaguá, Praia Grande, Itanhaém e São Vicente) depositando 399 seus resíduos em um segundo aterro igualmente bem avaliado pela CETESB, mas a uma grande 400 distância (em Mauá, na RMSP). Apenas Peruíbe continua destinando seus resíduos para um 401 aterro sanitário que chegou a receber Licença de Instalação (LI), mas nunca obteve a Licença de 402 Operação (LO), e vem sendo sistematicamente mal avaliado pela CETESB desde 2002, na 403 contramão dos demais municípios. Ocorre que alguns destes municípios praticam um transbordo 404 de resíduos para otimizar o transporte, o que nem sempre é feito em condições ambientais 405 adequadas, além disso, o reaproveitamento e a reciclagem de resíduos sólidos na RMBS são 406 muito limitados, demandando ações planejadas e concatenadas de longo prazo. Trata-se de uma 407 mudança cultural difícil de ser fomentada, mas de cunho estratégico importante não apenas para 408 resgatar uma relação mais digna dos munícipes com seu meio ambiente, mas também para não 409 comprometer a vida útil dos aterros sanitários utilizados, cuja substituição por novas unidades 410 envolve muito mais do que grandes investimentos, um potencial ônus político em conflitos de 411 vizinhança. Os estudos da Secretaria de Saneamento e Energia (SSE) e da Empresa 412 Metropolitana de Águas e Energia S/A (EMAE) para verificar a eventual viabilidade de incineração 413 com ou sem recuperação de energia para os resíduos sólidos da RMBS estão em curso, e devem 414 ser analisados com cuidado quando terminados e disponíveis. 415

A drenagem urbana, por sua vez, ganha aspectos de relevância devido à conotação do 416 binômio quantidade e qualidade: há, nos diversos municípios, muitas áreas planas (algumas 417 depressões geográficas, até), canais praticamente horizontais, muitas vezes sob a influência das 418 marés, que geram inundações por refluxos e falta de capacidade de escoamento, com diversos 419 tipos de transtornos à rotina das comunidades. Ademais, no aspecto qualidade, há uma forte 420 interface com o gerenciamento de resíduos sólidos e com a necessidade de educação ambiental, 421 mas não apenas aqui se deve ter atenção: muitos dos problemas de balneabilidade nas praias 422 decorrem de ligações clandestinas ou indevidas de esgotos nos sistemas de drenagem. Por outro 423 lado, o desenvolvimento urbano deve levar em conta as condições de drenagem cada vez mais 424

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desafiantes, pois as áreas mais elevadas já foram sistematicamente utilizadas, ao mesmo tempo 425 em que alguns novos loteamentos, intervenções e mesmo obras viárias podem causar obstruções 426 complexas aos fluxos de escoamento, causando novos problemas a serem enfrentados. 427

O que une todos estes elementos é a política de desenvolvimento urbano da RMBS, a qual 428 deve ser reorientada nesse momento de investimentos crescentes, pelas parcerias da Companhia 429 de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) com as prefeituras 430 locais na viabilização de moradias e unidades habitacionais de interesse social voltadas à 431 população de baixa renda, visando a abater o substancial déficit populacional que se associa ao 432 déficit de condições salubres – há milhares de famílias ainda morando em palafitas e favelas sem 433 sequer um banheiro em suas casas – e demandando, por conseqüência, um novo incremento no 434 atendimento integrado por saneamento – abastecimento água, esgotamento sanitário, gestão de 435 resíduos sólidos e drenagem urbana adequados. 436

Neste contexto, as fragilidades da RMBS devem ser conhecidas, minimizadas e mitigadas, 437 evitando-se a criação de novos passivos, aumentos de déficits e o estabelecimento de círculos 438 viciosos quando se pretende alavancar círculos virtuosos. 439

440

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3. O MUNICÍPIO DE ITANHAÉM 441 3.1. Caracterização físico-ambiental 442

O município possui uma área territorial de aproximadamente 600 km² e apresenta 443 aglomerados de ocupação urbana ao longo da orla, na região central e ao longo da Rodovia SP-444 55, que totalizam menos de 10% de sua área total (54 km²). 445

O Plano Diretor de Macrodrenagem da Estância Balneária de Itanhaém (FCTH, 2001) 446 apresenta a seguinte caracterização geomorfológica para a região: 447

“O município de Itanhaém segue a característica dos demais componentes da Baixada Santista, 448 inseridos na Província Geomorfológica denominada de Província Costeira. 449 Esta província corresponde à área drenada diretamente para o mar, constituindo o rebordo do 450 Planalto Atlântico. Forma uma região serrana, que nas áreas mais próximas do mar cede lugar 451 a uma seqüência de planícies de variadas origens. 452 ... 453 O relevo de Itanhaém, a partir da borda do Planalto Atlântico, tem cotas que chegam a 454 ultrapassar 800 m e declividades superiores a 30%. Na planície litorânea, as cotas topográficas 455 oscilam, em média, entre 200 m e 10 m e as declividades entre 20 e 30%. A faixa dos relevos 456 aplainados de planícies atinge cerca de 16 km na região de Itanhaém. 457 A Planície Costeira em geral possui altitudes baixas e declividades inferiores a 2%, sendo 458 formadas por sedimentos marinhos inconsolidados e sedimentos fluviais arenosos/argilosos, 459 também inconsolidados. Os Terraços Marinhos correspondem a uma forma de relevo vinculado 460 às Planícies Costeiras, porém mais elevada, embora a altimetria de ambas varie de 0 a 20 m e 461 as declividades sejam inferiores a 2%. 462 Os Mangues constituem planícies rebaixadas (Planícies de Mangue) e são caracterizados pela 463 extrema interação entre a forma de relevo, os tipos de solo e a cobertura vegetal sob influência 464 diária das marés. Este ambiente natural é identificado pelas suas espécies vegetais típicas, 465 especialmente os gêneros Rhizophora, Laguncularia e Avicennia. Os Manguezais na região de 466 Itanhaém estão associados aos estuários ou foz dos principais rios, como o Itanhaém, Branco, 467 Aguapeú e Preto.” 468

469 A Figura 3.1 apresenta a distribuição urbana do município em relação à faixa litorânea, a 470

Serra do Mar e a foz do Rio Itanhaém. 471

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472 Figura 3.1 - Ocupação urbana de Itanhaém. 473

Fonte: Google Earth – abril/2010. 474 475

3.2. Gestão territorial e desenvolvimento urbano 476 A distribuição atual da população no município sofre significativa influência da sazonalidade, 477

sendo constituída basicamente por domicílios permanentes (45%) e não permanentes (veraneio – 478 55%), por sua condição de estância balneária. 479

A projeção populacional 2010/2039 (30 anos) apresentada neste estudo7 estabeleceu um 480 acréscimo de 20,9% (235.081 hab.) em relação à quantidade atual (194.408 hab.), já incluída a 481 população flutuante. 482

A análise do zoneamento do município de Itanhaém aponta significativa disponibilidade de 483 áreas previstas para urbanização futura, conforme pode ser observado pela Figura 3.2, 484 apresentada adiante. 485

Em termos de ampliação da porção urbanizada estima-se um aumento da densidade da 486 área atualmente ocupada (54 km²), bem como a ocupação parcial da Área de Expansão Urbana 487 (84 km²). 488

7 Estudo de crescimento populacional deste Plano de Saneamento.

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Identificou-se que a real possibilidade de crescimento populacional do município frente ao 489 iminente cenário de desenvolvimento regional, tende a se concretizar no âmbito residencial. 490

Podem ser constatadas as seguintes tendências de expansão urbana: 491 Alteração do status de economias "flutuantes" para "permanentes", uma vez que os 492

valores dos imóveis são competitivos em relação aos demais municípios da região; 493 Baixa verticalização da área já urbanizada (prevista restrição na atualização do PDDI); 494 Aumento da densidade habitacional na área já urbanizada. 495

Existe um cenário possível atrelado ao advento do Pré-Sal, cuja perspectiva de 496 implementação é real e de proporções significativas, mesmo com a existência de outros 497 municípios na Baixada Santista aptos a receberem investimentos na área de infraestrutura básica 498 e habitacional. 499

Com base na delimitação das áreas realizada com auxílio de programa computacional de 500 desenho gráfico, foram determinadas as seguintes dimensões: 501

Área atualmente urbanizada: 54 km²; 502 Área de expansão urbana: 503

- Norte do Rio Itanhaém: 27 km²; 504 - Sul do Rio Itanhaém: 57 km². 505

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506 Figura 3.2 – Áreas Urbana e de Expansão Urbana de Itanhaém. 507

Fonte: Adaptado de mapa da Secretaria de Obras e Serviços Municipais, 2005. 508 509

Na última década, as gestões com foco nas questões ambientais foram intensificadas a 510 partir do aperfeiçoamento da legislação complementar por parte dos municípios e do 511 aparelhamento administrativo para o exercício da fiscalização e autuação8. 512

513 3.3. Bacias hidrográficas, clima e relevo 514

As bacias que compõem a Baixada Santista estão situadas na vertente oceânica da Serra 515 do Mar (escarpa do Planalto Atlântico) e na Baixada Litorânea. 516

O rio homônimo que banha o município de Itanhaém é o seu principal curso d’água. Recebe 517 a contribuição de vários municípios conforme pode ser verificado pela Figura 3.3, que mostra a 518 abrangência da bacia hidrográfica. 519

8 Conforme o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares (CETESB, 2007), nos municípios de Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe, todos os aterros possuem TAC (Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta).

Área Urbana

Área de Expansão Urbana

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O Rio Itanhaém é formado por contribuintes que nascem em municípios vizinhos, como São 520 Paulo (Capivari), São Vicente (Branco), Mongaguá (Aguapeú), Juquitiba e Peruíbe (Preto). O Rio 521 Mambu nasce dentro dos limites do município de Itanhaém. 522

Outra vertente drena as águas superficiais diretamente para o Oceano Atlântico, 523 denominada: porção da orla ou litorânea, que apresenta as seguintes características: 524

ocupação urbana mais consolidada; 525 a drenagem é feita diretamente para o mar; 526 a divisão em bacias não é explícita; 527 ruas pavimentadas, com pouca declividade; 528 deficiência do escoamento superficial das ruas. 529

O Rio do Poço escoa suas águas em direção ao Rio Itanhaém, enquanto os rios Paraná 530 Mirim e Piaçaguera, diretamente ao Oceano. 531

A outra parcela da área urbanizada drena suas águas diretamente ao Rio Itanhaém e é 532 denominada porção interna ou continental 533

O complexo do sistema de drenagem desta porção abrange as bacias que se iniciam no alto 534 da Serra do Mar e descem a vertente da serra, através dos Rios Itariru, Mambu e Capivari, 535 formadores dos rios Preto e Branco. Estes cursos d’água são formadores do Rio Itanhaém, que 536 deságua no mar em pleno centro da cidade. 537

Alguns estudos caracterizam o município em duas grandes zonas distintas: 538 Zona rural – localizada nas regiões mais internas do continente, abrangendo bacias que 539

se iniciam no alto da Serra do Mar e descem a vertente da serra através dos grandes 540 cursos d’água que cortam a região; 541

Zona urbana – região mais próxima à orla, de ocupação urbana consolidada e em 542 expansão, na qual o relevo, praticamente plano, pouco influi no escoamento das águas 543 da chuva. 544

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545 Figura 3.3 - Rios formadores do Rio Itanhaém e interfaces com os municípios vizinhos. 546

Fonte: Adaptado de Plano Diretor de Macrodrenagem – FCTH, 2001.547

MONGAGUÁITANHAEM

PEDRO DE TOLEDO

Rio Capivari

SÃO PAULO

Rio Aguapeú

Rio Branco

Rio Preto

Rio Mambu

PERUÍBE

JUQUITIBA

Rio Branco

Rio Itanhaém

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As principais bacias rurais identificadas correspondem às dos rios Preto, Branco, Aguapeú e 548 Mambu que, após formarem o Rio Itanhaém, alcançam sua foz, desaguando no Oceano Atlântico. 549

Na porção urbana, por sua vez, a divisão em bacias não é explícita, e a presença da 550 planície litorânea impede a identificação de divisores de águas naturais. O principal divisor de 551 águas da região constitui-se de parte do traçado da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega (SP-55) e 552 parte do leito da antiga Estrada de Ferro Sorocabana, os quais cortam a área de forma 553 aproximadamente paralela à costa. 554

A Estância Balneária de Itanhaém sofre os efeitos dos fenômenos orográficos 555 proporcionados pela proximidade da Serra do Mar, potencializados pelas oscilações periódicas da 556 maré, e o remanso do Rio Itanhaém que deságua próximo à área central do município. 557

De acordo com as cartas de classificação climáticas de Kottek et al. (2006), quase a 558 totalidade da bacia hidrográfica da Baixada Santista encontra-se sob a classificação climática 559 “Cfa” (clima principal: quente, muito úmido e com verão quente), não sendo, entretanto uniforme 560 para toda região devido a fatores geográficos que acentuam determinadas características das 561 massas de ar dos sistemas Atlântico Polar e Tropical. 562

A massa Tropical Atlântica quente e úmida, que penetra no continente pelo leste, atua 563 durante o ano todo e é afetada pelas massas de ar polar e continentais Tropical e Equatorial. A 564 massa polar fria e úmida apresenta-se ativa durante todo o ano, porém com pulsações diferentes 565 conforme a estação. É responsável pela queda significativa das temperaturas no inverno e no 566 verão produz instabilidade resultando em elevados índices pluviométricos diários, as chamadas 567 “chuvas de verão”, decorrentes de seu confronto com a Tropical Atlântica e com os fatores 568 topoclimáticos da Serra do Mar. 569

Na faixa litorânea a temperatura média é superior a 18° C, com inverno ameno e quedas de 570 temperaturas associadas à penetração da massa Polar. O período de verão é longo, indo de 571 outubro a março e tendo temperaturas máximas nos meses de dezembro e janeiro. 572

A variação de temperatura está intimamente relacionada à altitude, apresentando 573 temperatura média anual superior a 24°C e mínima, no mês de julho, ultrapassando 16°C no 574 litoral; a encosta da Serra do Mar apresenta temperatura média anual oscilando entre 20°C e 575 24°C e média das mínimas entre 8°C e 10°C, sendo que em determinadas ocasiões pode atingir a 576 temperatura de 0ºC. 577

O Índice pluviométrico é muito significativo devido à sua localização encravada na Serra do 578 Mar, cercada por todos os lados de mangues, cortada por braços de mar e rios. Chove em 579 Itanhaém cerca de 170 dias por ano e a média das precipitações varia com a altitude em que se 580 encontra o posto pluviométrico, com 2.400 mm/ano na Baixada e superando 3.100 mm/ano na 581 serra. 582

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3.4. Aspectos sociais e econômicos 583 Assim como a maioria dos municípios da Baixada Santista, a economia de Itanhaém está 584

calcada no setor serviços, com destaque no segmento turístico, já que 83,3% do seu Produto 585 Interno Bruto (PIB) é gerado no setor serviços, enquanto o da indústria responde por 14,8%, 586 movido por pequenas indústrias da cadeia turística e hotelaria, e o setor primário com 1,9% onde 587 se destaca o cultivo da banana que registrou, em 2007, a produção de 49,9 toneladas. 588

Em termos de PIB gerado (2007), se verifica a preços correntes o montante de 589 R$ 606.532.000,00 e o seu PIB per capita atinge a R$ 7.508,63 segundo dados publicados pelo 590 IBGE. 591

As principais características demográficas e socioeconômicas da população de Itanhaém, 592 importantes para as análises dos modelos de viabilidade, se referem essencialmente à população 593 residente que segundo estimativas do IBGE é de 80.778 habitantes (2007), na sua quase 594 totalidade urbana (98,8%). A densidade demográfica resulta em 134,85 hab./km², que pode ser 595 considerada muito baixa quando comparada com a de São Paulo que é de 7.148 hab./km². O 596 número de domicílios é estimado em 23.003 (2007)9, o que representa uma taxa de ocupação de 597 3,51 hab./domicílio, indicador médio dentro dos parâmetros brasileiros. 598

Para efeito de análise de projeções, constata-se que a taxa média de crescimento verificada 599 no período de 2001-2007 é de 1,94% ao ano (a.a), quando comparada à evolução demográfica 600 nestes dois anos. 601

Outro aspecto importante refere-se à distribuição de renda da população do município, para 602 identificação da sua capacidade de pagamento dos serviços de saneamento prestados pelo poder 603 público Municipal ou Estadual. Nesta primeira análise, leva-se em conta os dados da renda 604 familiar obtidos nos levantamentos censitários do IBGE, atualizados para 2007, do valor do salário 605 mínimo vigente em agosto de 2009 e a mesma estratificação da renda de 2000. 606

Com isto verifica-se que Itanhaém possui 44% da sua população com rendimento. Por outro 607 lado São Paulo, a maior cidade do País, registra uma média de 52%. No entanto só 22% dos 608 paulistanos recebem até três (3) salários mínimos enquanto Itanhaém tem 62,15% de seus 609 moradores dentro desta faixa, o que demonstra um perfil de um município de baixa capacidade de 610 pagamento, como pode ser visto no quadro a seguir. 611

9 Domicílio de moradores fixos, sendo maior o número de domicílios ocasionais.

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612 Quadro 3.1 - Distribuição de renda no município de Itanhaém - 2007 613

Faixas salariais (SM) População com rendimentos Participação (%) Até 1 salário mínimo 7.696 22% De 1 a 2 8.708 25% De 2 a 3 5.507 15% De 3 a 5 5.534 15% De 5 a 10 5.614 16% De 10 a 20 1.591 5% Acima de 20 606 2% SOMA 35.256 População Total 80.778

44%

Fonte: IBGE, 2007. 614 615 Nas modelagens do plano de expansão dos sistemas é importante buscar a configuração 616

econômico-financeira em que os comprometimentos da renda familiar com o pagamento dos 617 serviços de saneamento estejam abaixo dos limites estabelecidos pelos organismos 618 internacionais, considerando as tarifas e/ou taxas praticadas pelos operadores, na situação com 619 projeto, ou seja, com o Plano de Saneamento. 620

A análise das finanças da Prefeitura de Itanhaém foi feita a partir dos dados publicados pelo 621 IBGE, que tiveram como base a execução orçamentária de 2007, sem se ater às realizações 622 anteriores e futuras. Isto poderá ser feito caso seja necessária a participação do Poder Público 623 Municipal nos investimentos dos novos projetos que irão compor o Plano de Saneamento e/ou à 624 habilitação a empréstimos de instituições financeiras internacionais ou nacionais. 625

A partir dos dados básicos coletados, verifica-se que o comportamento da receita e da 626 despesa através do resultado orçamentário do município apresenta superávit em suas contas 627 correntes. Em 2007, esse superávit foi de R$ 4,4 milhões, o que representou aproximadamente 628 3,3% de sua receita arrecadada, significando que o município vem atendendo às normas da Lei 629 de Responsabilidade Fiscal. 630

Além dos números do desempenho das finanças municipais de Itanhaém há também outros 631 elementos de avaliação, como os indicadores de riqueza municipal estabelecidos pelo Índice 632 Paulista de Responsabilidade Social (IPRS), calculado pela Fundação SEADE. 633

Conforme a SEADE, o IPRS tem como finalidade caracterizar os municípios paulistas no 634 que se refere ao desenvolvimento humano, por meio de indicadores sensíveis a variações de 635 curto prazo e capazes de incorporar informações referentes às diversas dimensões que compõem 636 o índice. Nesse sentido, ele preserva as três dimensões consagradas pelo Índice de 637 Desenvolvimento Humano (IDH) – renda, longevidade e escolaridade. 638

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Para cada uma dessas dimensões foi criado um indicador sintético que permite a 639 hierarquização dos municípios paulistas de acordo com a sua situação. Os três indicadores 640 sintéticos são expressos em uma escala de 0 a 100, constituindo-se em uma combinação linear 641 de um conjunto específico de variáveis. 642

Na presente análise, a preocupação é avaliar os indicadores da riqueza municipal de 643 Itanhaém, segundo estes indicadores. 644

O indicador de riqueza municipal é composto por quatro variáveis: 645 • consumo anual de energia elétrica por ligações residenciais; 646 • consumo de energia elétrica na agricultura, no comércio e nos serviços por ligações; 647 • valor adicionado fiscal per capita10; e 648 • remuneração média dos empregados com carteira assinada e do setor público. 649 O peso de cada uma dessas variáveis na combinação linear que resulta no indicador 650

sintético foi obtido pela SEADE por meio do modelo de estatística multivariada, denominado 651 Análise Fatorial. De modo a facilitar o manuseio dos dados e a comparação de municípios, o 652 indicador foi transformado em uma escala que varia de 0 a 100. 653

Tal distinção tem um importante significado do ponto de vista das políticas públicas, pois, 654 enquanto as variáveis relativas à renda familiar refletem iniciativas e investimentos pretéritos, 655 aquelas referentes à riqueza municipal podem ser associadas à capacidade do município de 656 produzir novos esforços em prol do desenvolvimento local. 657

Antes da análise específica, em âmbito municipal é importante destacar que a Região de 658 Santos se manteve em 1º lugar no ranking estadual, desde o ano 2000 até 2006, conforme 659 ressaltado anteriormente, vindo em 2º lugar a Região Metropolitana de São Paulo. Este fato é 660 relevante na medida em que apesar de alguns municípios que formam a Região apresentarem 661 indicadores bem abaixo da média, o conjunto como um todo mostra potencial para a 662 sustentabilidade. 663

Quando se analisa a evolução de Itanhaém no período de 2000 a 2006 (Quadro 3.2) os 664 índices de riqueza municipal (IPRS) mostram que, em 2006, o município estava abaixo da média 665 da região em 15 pontos. Nestes seis anos o município decresceu 20,63%, enquanto a média da 666 região foi de 8,45%. Isto mostra que está havendo uma desaceleração econômica no município e 667 na região, apesar de que esta se mantém em 1º lugar no ranking estadual. No entanto, já se 668 verifica uma inversão na curva de transição de 2004 para 2006, com acréscimo de quatro pontos 669 na região e de um ponto em Itanhaém, isoladamente. 670

671 10 Valor das saídas de mercadorias, acrescido do valor das prestações de serviços no seu território, deduzido o valor das entradas de mercadorias, em cada ano civil, das atividades econômicas, dividido pela população da respectiva agregação geográfica.

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Quadro 3.2 – Região Administrativa de Santos – IPRS – Dimensão Riqueza 672 Unidades Territoriais 2000 2002 2004 2006

Região Administrativa de Santos 71 58 61 65 Bertioga 73 72 72 74 Cubatão 62 56 56 57 Guarujá 75 61 63 71 Itanhaém 63 49 49 50

Mongaguá 58 47 48 54

Peruíbe 62 46 49 51 Praia Grande 65 51 56 62 Santos 76 63 65 69 São Vicente 53 41 43 48

Fonte: Fundação SEADE, 2008. 673 674

O Quadro 3.3 ilustra a situação de Itanhaém em 2006, em valores absolutos, segundo as 675 variáveis que compõem o IPRS, onde se destaca a variável de pior desempenho que está 676 representada no valor adicionado per capita com apenas R$ 2.000,00, abaixo de todos os demais 677 municípios da região. Outro indicador de baixo desempenho e de grande peso na equação do 678 IPRS é o consumo anual de energia elétrica nos setores produtivos com 9,6 MW por ligação, bem 679 abaixo da média da região que é de 19,8 MW/ligação e superando somente Mongaguá e Peruíbe. 680 681

Quadro 3.3 - Valores absolutos da riqueza municipal 682

Unidades Territoriais

Riqueza Municipal

Consumo anual de energia elétrica no

comércio, agricultura e em serviços por ligação (MW)

Consumo anual de energia elétrica

residencial por ligação (MW)

Rendimento médio do emprego

formal (R$ dez 2006)

Valor adicionado per capita

(R$ dez 2006)

Região Administrativa de Santos

65 19,8 3 1.380 11.172

Bertioga 74 16,9 5,2 1.273 3.611 Cubatão 57 24,7 1,7 2.152 86.521 Guarujá 71 25,5 3,5 1.276 4.158 Itanhaém 50 9,6 2,7 1.015 2.000

Mongaguá 54 8,1 3,1 854 2.012

Peruíbe 51 8,2 2,8 945 2.493 Fonte: Fundação SEADE, 2008. 683

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(conclusão) 684

Unidades Territoriais

Riqueza Municipal

Consumo anual de energia elétrica no

comércio, agricultura e em serviços por ligação (MW)

Consumo anual de energia elétrica

residencial por ligação (MW)

Rendimento médio do emprego

formal (R$ dez 2006)

Valor adicionado per capita

(R$ dez 2006)

Praia Grande 62 16,6 3,2 1.018 2.594 Santos 69 23,4 3,2 1.425 11.088 São Vicente 48 17,3 2,2 1.022 2.117

Fonte: Fundação SEADE, 2008. 685

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4. QUADRO DE REFERÊNCIA REGIONAL E MUNICIPAL 686 A seguir, apresenta-se o quadro de referência regional (Quadro 4.1), contendo as diretrizes 687

das políticas estaduais e principais condicionantes da realidade da região a serem observadas na 688 elaboração dos planos integrados de saneamento. Esse quadro também inclui as diretrizes da 689 política urbana e a legislação municipal pertinente. 690

O Quadro 4.2, na seqüência, apresenta outros documentos de interesse para o Plano de 691 Saneamento 692

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Quadro 4.1 - Quadro de referência regional 693 Item Data Esfera Diretrizes que afetam a área de Saneamento

Legislação municipal

Lei Orgânica 1990 municipal Art. 148 - A saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público, assegurado mediante políticas sociais e econômicas que visem a eliminação do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Art. 149 - Para atingir esses objetivos o Município promoverá em conjunto com a União e o Estado:

I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação transporte e lazer;

II - respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;

Art. 151 - É competência do Município, em articulação com a Secretária de Estado da Saúde:

XV - o planejamento e execução, das ações de controle do meio ambiente e de saneamento básico, no âmbito do Município;

Art. 195 - A lei municipal estabelecerá a política de ações, visando impedir que loteamento e conjuntos habitacionais possam vir a ser construídos e ocupados sem o funcionamento adequado das redes de águas potáveis, redes coletoras de esgotos sanitários, com seus respectivos tratamentos e, rede de drenagem, tudo conforme o estabelecido e determinado pelos órgãos competentes.

§ 1º - As estações de tratamento de esgotos somente serão exigidas quando não houver possibilidade de interligação da rede coletora aos interceptores do órgão responsável pelo saneamento básico.

Art. 196 - Constitui obrigação dos proprietários de edificações urbanas, beneficiadas com redes distribuidoras de água e coletora de esgotos, a efetuarem, de conformidade com as especificações técnicas da concessionária, as respectivas ligações.

Parágrafo único - A falta de ligação e o mau uso das instalações sanitárias, com reflexo direto no abastecimento d' água ou na rede coletora de esgoto, sujeitará o infrator às sanções que deverão ser regulamentadas em legislações específicas.

Art. 197 - Poderá a concessionária de serviços de saneamento básico regulamentar seus serviços e impor sanções administrativas aos infratores, que coloquem em risco o funcionamento adequado do sistema de abastecimento d'água, coleta e tratamento de esgoto, através de dispositivos regulamentares.

Art. 198 - É função específica do Executivo, exercer o controle efetivo sobre instalações hidráulicas e sanitárias das escolas do Município, promovendo vistoria nas instalações internas e exercendo vigilância sobre a lavagem e desinfectação periódica dos reservatórios de água potável.

Art. 199 - Obriga-se o Município a promover coleta, transporte e destinação especial de lixo produzido nos hospitais e outros estabelecimentos congêneres, que possam ocasionar preocupação de ordem sanitária.

Fonte: Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, 2009.

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Item Data Esfera Diretrizes que afetam a área de Saneamento Art. 202 - O Município destinará recursos suficientes da arrecadação anual de impostos territoriais urbanos, às obras de saneamento básico.

Art. 203 - O Município destinará área específica para o manejo e tratamento do lixo urbano, definida de acordo com estudos realizados por órgão técnico competente, área essa que deverá ser declarada como de utilidade pública e desapropriada para tal fim.

Art. 204 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público Municipal e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação, conservação e recuperação do meio ambiente;

XVII - instituir programas especiais mediante a integração de todos os seus órgãos, incluindo os de crédito, objetivando incentivar os proprietários rurais a executarem as práticas de conservação do solo e da água, de preservação e reposição das matas ciliares e replantio de espécies nativas;

§ 9º - Fica proibida a operação de descarga nos rios e outros corpos d’água, de óleo, estopas, latas ou combustíveis, ficando o infrator sujeito às sanções contidas na lei.

Art. 205 - São áreas de proteção permanente:

I - os manguezais;

II - as nascentes, os mananciais e matas ciliares;

III - as áreas que abrigam exemplares raros da fauna e da flora, bem como aquelas que sirvam como local de pouso ou reprodução de migratórios;

IV - as áreas estuarinas;

V - as paisagens notáveis;

VI - as cavidades naturais subterrâneas;

VII - as orlas marítimas, nelas compreendidas as praias e costões rochosos.

Disposições transitórias:

Fonte: Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, 2009.

(continuação)

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R3 - V1 - Revisão 3

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Item Data Esfera Diretrizes que afetam a área de Saneamento Art. 24 - O Poder Público Municipal, fica autorizado a rescindir convênio com o Estado ou suas autarquias que explorem os serviços de água e esgoto no Município, observando o Artigo 293 da Constituição do Estado de São Paulo.

Parágrafo único - O Poder Executivo fica obrigado a implantar por seu intermédio ou por terceiros, no prazo máximo de 60 meses a contar da data da promulgação desta Lei Orgânica, a coleta, tratamento e destinação final do esgoto das regiões mais densamente povoadas, no Município (Inciso II do Artigo 215 da C.F.).

Lei complementar nº 30 – Plano Diretor

2000 municipal Institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de Itanhaém – PDDI.

Art. 17 - Constituem diretrizes da Política de Meio Ambiente:

I - adequar a ocupação às características do meio físico, buscando preservar os recursos e reservas naturais, controlar e eliminar as situações de risco ambiental;

II - acompanhar as políticas metropolitanas de preservação dos recursos naturais, especialmente as relativas ao gerenciamento costeiro, dos recursos hídricos e da disposição final dos resíduos sólidos;

V - promover a educação ambiental e a conscientização da população sobre a necessidade de proteção, recuperação e uso adequado dos recursos naturais;

VIII - promover a educação voltada à proteção do patrimônio ambiental, turístico, de fauna e flora, forçando sua utilização em condições que assegurem sua conservação;

IX - atribuir o ônus da despoluição ao agente poluidor, responsabilizando os causadores de danos ao ambiente pela sua recuperação;

XI - resolver sistematicamente a disposição final de resíduos sólidos com projeto para novo aterro sanitário e medidas saneadoras para o aterro atualmente em operação;

XII - buscar o aperfeiçoamento das soluções para coleta e destinação final do lixo, com o aproveitamento dos resíduos recicláveis, implantando programas educativos de coleta seletiva;

XIII - controlar a circulação de cargas perigosas no Município;

XVI - aperfeiçoar o controle de qualidade ambiental e resultados do saneamento básico nas áreas urbana e de expansão urbana;

XXV - utilizar os recursos provenientes do Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO em projetos de saneamento, monitoramento da qualidade das águas, pesquisa e dinâmica dos recursos hídricos municipais;

XXVI - desenvolver constante busca pela melhoria da qualidade das águas, promovendo, dentre outras ações já programadas neste PDDI, a despoluição e desocupação de margens de rios interiores e a recomposição da vegetação ciliar;

(continuação)

Fonte: Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, 2009.

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Item Data Esfera Diretrizes que afetam a área de Saneamento XXVII - celebrar convênios com instituições de ensino superior ou entidades voltadas à pesquisa científica para a operação do Centro de Pesquisas do Estuário do Rio Itanhaém;

XXVIII - promover monitoramento municipal da qualidade das águas dos rios e das praias, através dos pesquisadores do Centro de Pesquisas do Estuário do Rio Itanhaém, a partir do início de suas atividades, buscando maior agilidade no conhecimento e divulgação de resultados.

Art. 19 - Constituem diretrizes da Política de Serviços e Equipamentos de Utilidade Pública:

I - promover a gestão integrada da infraestrutura e dos serviços públicos, coordenando as ações dos concessionários de serviços;

III - desassorear e manter limpos os cursos d'água, valas, canais e galerias do sistema de drenagem urbana, principalmente com a proximidade do período de chuvas;

IV - promover programas que visem a regularização do escoamento superficial de águas pluviais, integrados num Plano Municipal de Macrodrenagem;

V - assegurar a varrição, coleta, tratamento, aproveitamento econômico e disposição final dos resíduos sólidos, incentivando a participação e auxílio da população para manutenção da limpeza;

VI - devolver aos agentes causadores o ônus pela recuperação de áreas degradadas, bem como da remoção e limpeza de vias públicas utilizadas para deposição de lixo ou entulho;

VII - promover gestões junto à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP, a fim de assegurar um abastecimento de água para consumo capaz de atender à demanda gerada;

VIII - priorizar e implantar programas e ações voltados à redução da perda e desperdício de água e energia elétrica;

IX - promover gestões buscando a ampliação do sistema de coleta por rede pública oficial e construção de estações de tratamento de esgoto, reivindicando o prosseguimento do projeto SABESP, e estimular, em regiões não servidas por rede, a implantação de processos domésticos de tratamento;

X - promover uma campanha para identificação de ligações clandestinas de esgoto, a fim de desligá-las, dando ênfase à conscientização da população nos locais que não possuem rede coletora, mostrando que o tratamento residencial de efluentes é primordial para a saúde pública;

XV - elaborar plano para vigorar às vésperas das férias de verão, mês de julho e feriados prolongados, preparando a cidade para o afluxo de turistas, com propostas específicas para cada época do ano que demandem maior quantidade de serviços colocados à disposição da população;

Fonte: Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, 2009.

(continuação)

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Item Data Esfera Diretrizes que afetam a área de Saneamento XVI - promover a contratação de pessoal extra para limpeza pública, manutenção de vias, mutirões de limpeza e roçada, nas épocas descritas no inciso anterior;

XX - estudar meios legais para instituir parcerias com a iniciativa privada para ampliação do número de equipamentos como lixeiras, coberturas para pontos de parada de transporte coletivo, emplacamento de vias, dentre outros.

Art. 20 - Constituem diretrizes da Política de Sistema Viário e de Transportes:

II - priorizar investimentos em sistema viário, principalmente em pavimentação, drenagem, sinalização, equipamentos e tratamento paisagístico, como forma de incentivo à ocupação, atração de investimentos e valorização imobiliária;

Art. 24 - Constituem diretrizes da Política para o Setor Agrícola e Zona Rural:

XI - incentivar o desenvolvimento da aqüicultura, devido à grande quantidade de água de boa qualidade e condições climáticas adequadas, através de projetos de criação de espécies de peixes nativos, espécies exóticas e ornamentais de água doce, assim como de peixes, crustáceos e moluscos em água salgada.

Art. 25 - Constituem diretrizes da Política de Educação:

XVI - implantar projetos específicos de educação ambiental, programa de iniciação escolar para o turismo, bem como projetos de história e geografia local, dentre outros;

Lei nº 3.569

2009 municipal Dispõe sobre a obrigatoriedade da implantação da separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos públicos municipais, na fonte geradora, e sua destinação às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis, autoriza o Executivo a conceder incentivos fiscais e dá outras providências.

Art. 1º - A separação, na fonte geradora, dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos públicos municipais e a sua destinação às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis são regulados pela presente Lei.

Art. 3º - Para os efeitos desta Lei, os órgãos públicos promoverão, internamente, os meios necessários à conscientização dos servidores acerca da importância da separação seletiva do lixo.

Art. 6º - Fica o Poder Executivo autorizado a conceder incentivos fiscais às entidades privadas que realizarem a separação interna de resíduos, destinando-os às associações e cooperativas de catadores.

Lei nº 3.571 2009 municipal Dispõe sobre normas e diretrizes da política de desenvolvimento do Ecoturismo no Município de Itanhaém.

Lei nº 3.573 2009 municipal Institui a Política Municipal de proteção aos mananciais de água destinados ao abastecimento público.

Art. 1º - Esta lei tem por finalidade disciplinar a proteção, a recuperação e a manutenção da qualidade ambiental dos mananciais de interesse municipal para o abastecimento público.

Fonte: Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, 2009.

(continuação)

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Item Data Esfera Diretrizes que afetam a área de Saneamento Parágrafo único - Para efeito desta lei, consideram-se de interesse municipal as águas interiores subterrâneas, superficiais, fluentes, emergentes ou em depósito, efetiva ou potencialmente utilizáveis para a finalidade prevista no caput deste artigo.

Art. 2º - As ações de preservação da água para o abastecimento público devem ter prioridade máxima em projetos, programas e campanhas de iniciativa dos órgãos públicos municipais.

Art. 3º - A regulamentação das áreas de interesse de proteção de manancial municipal será regida pelas disposições desta Lei e dos regulamentos dela decorrentes, observada a legislação estadual e federal para o atendimento dos seguintes objetivos:

I - proteger e recuperar os mananciais que servem ao abastecimento local e regional;

II - estabelecer condições para assegurar a disponibilidade de água em quantidade e qualidade adequadas para abastecimento da população atual e futura;

III - adequar os programas e políticas setoriais, especialmente de habitação, transporte, saneamento e infraestrutura, e estabelecer diretrizes e parâmetros de ordenamento territorial para assegurar a proteção dos mananciais de interesse municipal e regional;

IV - compatibilizar as licenças municipais de parcelamento do solo, de edificações e de funcionamento de estabelecimentos comerciais e industriais com as exigências necessárias para a proteção, seja do aspecto quantitativo como qualitativo, dos recursos hídricos existentes e com os procedimentos de licenciamento ambiental e outorga de uso da água, estabelecidos pelos órgãos estaduais competentes;

V - proibir o lançamento de efluentes urbanos e industriais, sem o devido tratamento, em qualquer corpo de água, nos termos do artigo 208 da Constituição Estadual;

VI - promover a adequada disposição de resíduos sólidos, de modo a evitar o comprometimento dos recursos hídricos;

VII - disciplinar os movimentos de terra e a retirada da cobertura vegetal, para prevenir a erosão do solo, o assoreamento e a poluição dos corpos de água;

VIII - zelar pela manutenção da capacidade de infiltração da água no solo, em consonância com as normas federais e estaduais de preservação dos seus depósitos hídricos naturais;

IX - promover uma gestão participativa, integrando setores interessados, bem como a sociedade civil;

X - observância dos preceitos do Plano de Bacia, elaborado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista.

Parágrafo único - Deverão os proprietários de imóveis, urbanos e rurais, manter suas divisas com as vias públicas limpas, evitando a obstrução total ou parcial da drenagem e escoamento de águas pluviais.

Fonte: Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, 2009.

(continuação)

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Item Data Esfera Diretrizes que afetam a área de Saneamento Art. 4º - O órgão ou empresa, público ou privado, responsável pelo abastecimento de água, que faça uso de recursos hídricos nos mananciais de interesse municipal, deve contribuir financeiramente para a implantação e manutenção de unidades de conservação municipais, observados os termos da Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000 e seu regulamento, aprovado pelo Decreto nº 4.340, de 22 agosto de 2002.

§ 1º - A instalação de redes de abastecimento de água em mananciais de interesse municipal, cujos serviços não se tenham iniciado até a data de publicação desta Lei, deverá observar a exigência descrita no caput deste artigo antes de ser expedida a Licença de Operação - LO.

§ 2º - Não sendo municipal o órgão responsável pelo licenciamento, o montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor será fixado pelo Executivo, após a realização de estudos técnicos necessários entre os órgãos ambientais municipais e o órgão licenciador, considerando os postulados da gestão ambiental compartilhada.

Lei nº 3.574 2009 municipal Institui a Educação Ambiental Transversal na Rede Municipal de Ensino.

Art. 1º - Fica instituída a Educação Ambiental na Rede Municipal de Ensino, como uma prática educativa integrada, de maneira transversal e interdisciplinar, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal, na elaboração de projetos educativos, no planejamento de aulas e na análise do material didático.

Art. 2º - Todas as unidades escolares do Município estabelecerão em seu plano de trabalho anual, suficiente número de horas para as discussões e a programação das atividades de educação ambiental a serem realizadas pela própria escola e/ou pelos professores de cada disciplina. Art. 3º - Os programas e atividades de educação ambiental, além dos conteúdos teóricos em salas de aula, deverão enfatizar a observação direta da natureza e os problemas ambientais, o estudo do meio, as pesquisas de campo e as experiências práticas, que possibilitem aos alunos adequadas condições para aplicação dos conceitos.

Art. 4º - As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão à conta de dotação própria, consignada no orçamento municipal vigente.

Lei nº 3.575 2009 municipal Dispõe sobre a preservação, cadastramento, monitoramento e recuperação das nascentes existentes no Município de Itanhaém.

Fonte: Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, 2009.

(continuação)

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694 Legislação estadual

Lei n° 7.663 - Lei de Recursos Hídricos

1991 estadual Estabelece normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos, bem como ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos de São Paulo.

Lei Complementar Estadual n° 815

1996 estadual Cria a Região Metropolitana da Baixada Santista. Artigo 5° - As funções públicas de interesse comum serão definidas pelo Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista, entre os seguintes campos funcionais: I - planejamento e uso do solo; II - transporte e sistema viário regional; III - habitação; IV - saneamento básico, V - meio ambiente; VI - desenvolvimento econômico; e VII - atendimento social.

Lei Estadual n° 9.866

1997 estadual Dispõe sobre diretrizes e normas para a proteção e recuperação das bacias hidrográficas dos mananciais de interesse regional do Estado de São Paulo.

Decreto n° 46.842

2002 estadual Regulamenta a Lei n° 11.160, de 18 de junho de 2002, que dispõe sobre a criação do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição - FECOP. Estabelece como prioridades o financiamento a fundo perdido para: I - implantação de projetos de aterros sanitários; II - implantação de projetos de reciclagem de resíduos sólidos domiciliares e de limpeza pública urbana; III - aquisição de máquinas, equipamentos e veículos para a coleta, tratamento e disposição adequada de resíduos domiciliares e de limpeza pública urbana; IV - adequação das condições de tratamento e disposição final de esgotos sanitários; V - adequação das condições de drenagem urbana, visando o controle de inundações. (*) Redação dada pelo Decreto n° 54.653, de 6 de agosto de 2009. VI - aplicação em projetos de recuperação da biodiversidade; VII - implantação em projetos de revegetação de nascentes ou áreas de preservação permanente; VIII - implantação de projetos ligados à recuperação de córregos urbanos.

Fonte: Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, 2009.

(continuação)

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Legislação estadual Decreto Estadual n° 50.470

2006 estadual Dispõe sobre a prestação de serviços públicos de saneamento básico no Estado de São Paulo.

Lei n° 12.300 Decreto n° 54.645, de 5 de agosto de 2009 - regulamenta a Lei de Resíduos SP.

2006 2009

estadual Estabelece a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes.

Lei n° 12.780 2007 estadual Estabelece a Política Estadual de Educação Ambiental. No artigo 6° incumbe o Poder Público de definir e implementar a Educação Ambiental no âmbito de suas competências.

Lei Complementar Estadual n° 1.025

2007 estadual Transforma a Comissão de Serviços Públicos de Energia - CSPE em Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo - ARSESP e dispõe sobre os serviços públicos de saneamento básico e de gás canalizado no Estado.

Legislação federal

Lei Federal n° 9.795

1999 federal Estabelece as diretrizes para a Educação Ambiental. Dá respaldo legal para a participação da SABESP em Programas de EA.

Portaria 518 – Ministério da Saúde

(em revisão)

2004 federal Dispõe sobre procedimentos e responsabilidades inerentes ao controle e à vigilância da qualidade da água para consumo humano e estabelece seu padrão de potabilidade.

No artigo 7º detalha as atribuições dos municípios:

Art. 7.º São deveres e obrigações das secretarias municipais de saúde:

I - exercer a vigilância da qualidade da água em sua área de competência, em articulação com os responsáveis pelo controle de qualidade da água, de acordo com as diretrizes do SUS;

II - sistematizar e interpretar os dados gerados pelo responsável pela operação do sistema ou solução alternativa de abastecimento de água, assim como pelos órgãos ambientais e gestores de recursos hídricos, em relação às características da água nos mananciais, sob a perspectiva da vulnerabilidade do abastecimento de água quanto aos riscos à saúde da população;

Fonte: Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, 2009.

(continuação)

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Legislação federal

Portaria 518 – Ministério da Saúde

(em revisão)

2004 federal III - estabelecer as referências laboratoriais municipais para dar suporte às ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano;

IV - efetuar, sistemática e permanentemente, avaliação de risco à saúde humana de cada sistema de abastecimento ou solução alternativa, por meio de informações sobre:

a) a ocupação da bacia contribuinte ao manancial e o histórico das características de suas águas;

b) as características físicas dos sistemas, práticas operacionais e de controle da qualidade da água;

c) o histórico da qualidade da água produzida e distribuída; e

d) a associação entre agravos à saúde e situações de vulnerabilidade do sistema.

V - auditar o controle da qualidade da água produzida e distribuída e as práticas operacionais adotadas;

VI - garantir à população informações sobre a qualidade da água e riscos à saúde associados, nos termos do inciso VI do artigo 9 deste Anexo;

VII - manter registros atualizados sobre as características da água distribuída, sistematizados de forma compreensível à população e disponibilizados para pronto acesso e consulta pública;

VIII - manter mecanismos para recebimento de queixas referentes às características da água e para a adoção das providências pertinentes;

IX - informar ao responsável pelo fornecimento de água para consumo humano sobre anomalias e não-conformidades detectadas, exigindo as providências para as correções que se fizerem necessárias;

X - aprovar o plano de amostragem apresentado pelos responsáveis pelo controle da qualidade da água de sistema ou solução alternativa de abastecimento de água, que deve respeitar os planos mínimos de amostragem expressos nas tabelas 6, 7, 8 e 9;

XI - implementar um plano próprio de amostragem de vigilância da qualidade da água, consoante diretrizes específicas elaboradas pela SVS; e11

(continuação)

Fonte: Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, 2009.

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Legislação federal

Portaria 518 – Ministério da Saúde

(em revisão)

2004 federal XII - definir o responsável pelo controle da qualidade da água de solução alternativa.

Decreto Federal 5.440/05.

2005 federal Estabelece definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da água de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano.

Lei 11.445 – Lei de Saneamento

2007 federal Estabelece diretrizes gerais para o setor de saneamento e define parâmetros para a política federal de saneamento.

Fonte: Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, 2009. 695 696

Quadro 4.2 - Outros documentos de interesse 697 Legislação/Plano Data Esfera Diretrizes que afetam a área de Saneamento

Caderno Metodológico PEAMSS.

2009 federal Descreve metodologia e diretrizes do Programa de Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento (PEAMSS).

Guia de Educação Ambiental (SABESP).

2009 estadual Serve de base para ações locais e regionais na área de Educação Ambiental.

Inventário Estadual de Resíduos Domiciliares Cetesb.

2008 estadual Neste inventário todas as instalações de destinação de resíduos em operação no Estado são inspecionadas pelos técnicos das Agências Ambientais e aplicado um formulário padronizado, composto por 41 itens com informações sobre as principais características locacionais, estruturais e operacionais de cada instalação. Essas informações reunidas compuseram o IQR – Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos e o IQC – Índice de Qualidade de Usinas de Compostagem. Editado anualmente.

Plano Diretor de Aproveitamento de Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista.

Em elaboração

estadual Vai avaliar a oferta futura de água para atender demanda de três regiões metropolitanas no Estado de São Paulo, entre elas a Baixada Santista.

Plano Diretor de Turismo da Baixada Santista.

2001 regional Nas diretrizes estratégicas está pontuada a melhoria da cobertura de água e saneamento básico da RMBS.

(conclusão)

Fonte: Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, 2009.

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Legislação/Plano Data Esfera Diretrizes que afetam a área de Saneamento Plano de Bacia 2008-2011.

2008 regional Na parte de educação ambiental tem várias ações planejadas e em andamento. Prevê ações na área de saneamento e preservação de mananciais. Entre elas as seguintes, a serem financiadas com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO): 1. Estabelecer, integrar e disponibilizar a base de dados de recursos hídricos e saneamento ambiental do CBHBS

integrados às bases de dados dos órgãos públicos (federais, estaduais, municipais, de ensino e outros) R$ 300.000,00;

2. Elaborar, validar, aplicar um modelo de quantidade e qualidade de água no gerenciamento de recursos hídricos do CBH-BS;

3. Identificar novos mananciais e caracterizar sua disponibilidade hídrica com foco no abastecimento urbano e de áreas portuárias e retro-portuárias; realizar estudos, projetos e levantamento de suporte ao gerenciamento de recursos hídricos do CBH-BS; elaborar plano de gerenciamento de risco de contaminação dos recursos hídricos por derramamento de cargas perigosas – R$ 280.000,00;

4. Ampliar o sistema de monitoramento de qualidade dos corpos hídricos – R$ 693.000,00 (curto prazo), R$ 703.500,00 (médio prazo), R$ 703.500,00 ( longo prazo);

5. Execução cartografia da vulnerabilidade natural dos aquiferos na escala 1:100.000 – R$ 200.000,00 (médio prazo);

6. Cadastrar poços profundos na Baixada Santista – R$ 100.000,00 (médio prazo); 7. Propor a unificação das unidades de planejamento e gerenciamento, nas esferas públicas, à bacia hidrográfica da

Baixada Santista; 8. Transformar a CE-EA (Comissão Especial de Educação Ambiental) em CT-EA (Câmara Técnica de Educação

Ambiental) com atribuições de CT, incluindo definir os critérios de custeio e priorização de ações em educação ambiental, avaliação e acompanhamento de processos de solicitação e ações em execução que contemplem a temática educação ambiental.

9. Priorização de recursos FEHIDRO e da cobrança para os municípios que aderiram ao protocolo "Município Verde";

10. Propor a inclusão de medidas de economia, racionalização de água de abastecimento nos códigos de obras municipais.

11. Propor a inclusão de medidas de reuso de águas servidas nos códigos de obras municipais; 12. Fomentar o desenvolvimento de políticas públicas municipais de recursos hídricos, saneamento ambiental e o

escoamento de águas de chuva; 13. Propor a inclusão de medidas de manejo e aproveitamento de água de chuva nos códigos de obras municipais. 14. Coletar, interceptar, tratar e destinar corretamente os efluentes dos sistemas de saneamento básico. (R$ 8,5

milhões – longo prazo). 15. Estudos e projetos de tratamento de águas pluviais (R$ 1 milhão – médio e longo prazos); 16. Estudos, projetos e obras para o controle de cargas poluidoras difusas (R$ 437.500,00 _ curto prazo- R$

406.250,00 – médio prazo – R$ 406.250,00 – longo prazo); 17. Elaborar Planos de Saneamento Municipais – R$ 1.450.000,00 – (curto prazo);

Fonte: Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, 2009.

(continuação)

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Legislação/Plano Data Esfera Diretrizes que afetam a área de Saneamento 18. Identificação de ligações cruzadas (águas pluviais e esgoto) R$ 1.250.000,00 ( curto prazo) R$ 625.000,00

(médio prazo) R$ 625.000,00 (longo prazo).

Banco de criticidades: 1. Formular estratégias visando à universalização da oferta dos serviços de abastecimento de água e coleta de

esgotos, nas áreas urbanas e rurais; 2. Propor estratégia para redução das perdas de água nos sistemas públicos de abastecimento. 3. Propor medidas jurídicas, técnicas e institucionais para a solução adequada das questões ligadas à coleta,

tratamento e disposição final dos resíduos sólidos domésticos, industriais e hospitalares. 4. Prever um programa de despoluição progressiva dos diversos cursos d’água da UGRHI, definindo a ordem de

prioridade para tratamento dos esgotos urbanos. 5. Informar sobre, e propor tecnologias existentes para o tratamento de esgotos e de lixo, mais indicadas para a

região, tendo em vista aspectos técnicos e socioeconômicos compatíveis com as realidades locais.

Planejamento Ambiental Estratégico das Atividades Portuárias, Industriais, Navais e Offshore no Litoral Paulista (PINO).

2009 regional Nas diretrizes de compensação ambiental possibilita o uso de recursos na área de educação ambiental.

Contempla a elaboração de uma avaliação ambiental estratégica para o setor que consistirá no estabelecimento de diretrizes para a implementação de políticas, planos, projetos e programas relacionados aos setores de crescimento ocasionados pela expansão das atividades portuárias, navais e industriais.

Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado – PMDI.

2002

Horizonte: 2014

regional Conjunto de princípios, objetivos, políticas e diretrizes de orientação do desenvolvimento e a gestão da Metrópole até 2014.

Coloca entre seus objetivos principais o apoio à complementação do Sistema Integrado de Abastecimento de Água, através de sua interligação com os Sistemas Isolados de Guarujá e Bertioga; a ampliação da rede de saneamento básico nos municípios da Região, compreendendo o tratamento e distribuição de água, a coleta, tratamento e destinação final do esgoto e a uma solução integrada relativa ao problema dos resíduos sólidos na Região.

Plano Diretor de Abastecimento de Água da Baixada Santista (PDAABS) – SABESP (revisão).

2009

Horizonte: 2030

regional O objetivo do PDAABS foi compor novas diretrizes de planejamento e orientar na definição e ordenamento das ações e investimentos no abastecimento de água e coleta de esgotos da Baixada Santista.

Fonte: Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, 2009.698

(conclusão)

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