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Capítulo 17Capítulo 17Capítulo 17Capítulo 17Capítulo 17

Estudoscomparativos sobre

a fauna deborboletas do

Distrito Federal:implicações para a

conservação

Capítulo 17Capítulo 17Capítulo 17Capítulo 17Capítulo 17

Estudoscomparativos sobre

a fauna deborboletas do

Distrito Federal:implicações para a

conservaçãoCarlos E. G. Pinheiro

Departamento de ZoologiaUniversidade de Brasília

Brasília, DF

Carlos E. G. PinheiroDepartamento de Zoologia

Universidade de BrasíliaBrasília, DF

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INTRODUÇÃO

Comparado aos demais estadosbrasileiros que têm a vegetação decerrado como formação vegetalpredominante, o Distrito Federal pareceprivilegiado em relação ao número deunidades de conservação efetivamenteimplantadas dentro de seus limiteslegais. Estas unidades incluem: umParque Nacional, três EstaçõesEcológicas, quatro Reservas Ecológicas(Tabela 1) e vários pequenos parques,áreas de proteção de mananciais ou derelevante interesse ecológico. Entretanto,não se sabe com precisão se estasunidades são suficientes para a

conservação de toda a fauna existentenos cerrados do Brasil central,especialmente no caso de animais depequeno porte, como os insetos.

Dentre os insetos, as borboletas(Lepidoptera: Papilionoidea e Hespe-rioidea) constituem um grupoespecialmente interessante para estudosde biodiversidade e conservação. Aslarvas alimentam-se de tecidos vegetaise muitas espécies alimentam-se apenasde uma (monófagas) ou poucas(oligófagas) plantas hospedeiras. Assim,a presença de uma determinada espéciede borboleta em certo local, podetambém implicar na presença de umaou de determinadas plantas naquela

Tabela 1. As principais unidades de conservação do Distrito Federal.

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mesma região (Carter, 1982; Brown,1991, 1996). Além disso, a maioria dasespécies ocorre apenas em algunshabitats e microhabitats, sobdeterminadas condições de luz,temperatura e umidade. Portanto, apresença (ou não) de certas espéciestambém pode fornecer indicações sobreo estado de conservação do habitat. Porestas razões, têm-se verificadorecentemente um uso crescente deborboletas em programas demonitoramento de biodiversidade empaíses da Europa (Carter, 1982; Dennis,1992) e na América do Norte (Scott,1986), ou como indicadores para aconservação de áreas no Brasil (Brown,1996; Brown & Freitas, 2000).

O Distrito Federal apresenta uma ricafauna de borboletas. Com base em dadosda literatura, na análise de coleçõeszoológicas e em levantamentosrealizados por este autor e colaboradoresnos últimos quinze anos, foi possívelcompilar uma lista contendo 645espécies efetivamente registradas nestaunidade da federação. É altamenteprovável, entretanto, que novas espéciesvenham a ser acrescentadas a esta listaà medida que outras regiões ainda poucoexploradas venham a ser amostradas.Com base na distribuição geográfica devárias espécies em estados vizinhos eem dados ainda não disponíveis naliteratura estima-se que o número totalde espécies do DF seja, de fato, superiora 750 (Brown & Freitas, 2000).

Para se ter uma idéia da represen-tatividade desta fauna, pode-se verificar,por exemplo, que este número é maiorque toda a fauna de borboletas daAmérica do Norte (incluindo a regiãoneotropical do sul do México, Scott,1986), é sete vezes maior do que a faunade borboletas da Europa ou 13 vezesmaior que a fauna de borboletas do

Reino Unido (Carter, 1982). Infelizmente,entretanto, foi constatado noslevantamentos de fauna realizados, queum número próximo a 1/3 de todas asborboletas que ocorrem no Brasil Central(cerca de 210 espécies) nunca foiregistrado em qualquer unidade deconservação do Distrito Federal. Aexplicação para este fenômeno é, comoeste estudo pretende demonstrar, o fatode que nas unidades de conservaçãoexistentes não se encontram repre-sentadas pelo menos duas dasfisionomias de vegetação de Cerrado quese constituem no habitat preferido deuma grande variedade de espécies deborboletas: (1) as florestas semidecíduas(também conhecidas como florestasmesofíticas), que ocorrem no DF,principalmente, em regiões de soloscalcários, como na região de Sobradinho,na Chapada da Contagem e na região daFercal, e (2) as matas de galeriaassociadas a rios de médio e grandeporte, geralmente mais densas e maisextensas do que aquelas encontradas aolongo dos pequenos córregos e ribeirõespresentes nos parques e reservas.

Neste capítulo são apresentadosalguns dados envolvendo a riqueza e asimilaridade de espécies de borboletasencontradas nas principais unidades deconservação e em três regiões situadasem áreas “não protegidas” do DF, quecontêm estas fisionomias de vegetaçãode cerrado não encontradas nas unidadesjá implantadas. Os resultados sugeremque, caso se quisesse realmenteconservar esta extraordinária diversidadede espécies de borboletas, dever-se-ianão apenas ampliar o número deunidades de conservação nessa região,mas também adotar uma série demedidas para a proteção efetiva da faunanas unidades existentes.

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MATERIAL E MÉTODOS

Dados incluídos nas análises desimilaridade, apresentadas a seguir,foram obtidos dos levantamentos defauna realizados por Brown & Mielke(1967a,b) nas florestas de Sobradinho ematas de galeria do rio Sobradinho, naChapada da Contagem, Fercal e rioMaranhão; por Ferreira (1982) na EEJBe IBGE; por Pinheiro & Ortiz (1992) naEEJB; por Pinheiro et al. (1992) no PNB;por Pinheiro & Emery (dados nãopublicados) na EEAE, no rio Maranhãoe na RCO; e por Diniz & Morais (1995,1997) na FAL, IBGE e PNB, além dedados obtidos nas coleções zoológicasda UnB e do IBGE.

A similaridade de espécies foiestimada por intermédio do Coeficientede Jaccard. Uma análise de cluster(UPGMA) envolvendo seis dos principaisparques e reservas do Distrito Federal(PNB, EEAE, EEJB, IBGE, FAL e RCO) etrês áreas não protegidas (SWR = rio

Sobradinho e florestas de Sobradinho;CCF = com dados agrupados daChapada da Contagem e região da Fercal;e RMa = rio Maranhão) foi tambémrealizada por intermédio da utilizaçãodo pacote estatístico para análisemultivariada MVSP versão 3.1, paravários taxa distintos de borboletas(Pieridae, Papilionidae e algunsNymphalidae), cuja sistemática seencontra relativamente bem resolvida.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O total de espécies encontrado emcada área de estudo para os diferentestaxa investigados está mostrado naTabela 2. Com exceção dos Papilionidae(r= 0,94; p<0.05) não foram encontra-das correlações significativas entre ariqueza de espécies e a área das unidadesde conservação para qualquer outrotáxon investigado (r= 0,34 para osPieridae; r= -0,39 para os Ithomiinae er= -0,58 para os demais taxa

Tabela 2. Número de espécies em vários taxa de borboletas encontradasnos parques, reservas e outras localidades “não protegidas” doDistrito Federal (Nym= Nymphalinae, Lim= Limenitidinae, Cyr =Cyrestidinae, Bib = Biblidini e Col = Coloburinae).

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agrupados). No caso dos Ithomiinae edos taxa agrupados foram encontradascorrelações negativas, que poderiam serexplicadas, pelo fato de muitas espéciesdestes grupos ocorrerem apenas emáreas de florestas mais densas, úmidase escuras, condições não encontradas emalgumas áreas maiores, como a EstaçãoEcológica de Águas Emendadas. Estesresultados sugerem que a diversidade deespécies não depende apenas da área,mas dos tipos de vegetação encontradosnas diferentes regiões ou unidades deconservação.

Os dendrogramas produzidos pelasanálises de cluster (baseados na matrizde similaridade de espécies) entre asunidades de conservação e outras regiõesdo DF são apresentados na Figura 1. Trêspadrões bastante característicos parecemocorrer nos quatro dendro-gramasapresentados (Figuras A, B, C e D).

Em primeiro lugar, observa-se agrande similaridade de espécies (emgeral > 0.8) encontrada entre os locaisEEJB, IBGE e FAL, um resultado jáesperado em vista da proximidade queestas áreas mantêm entre si e quecompõem, em seu conjunto, a chamadaAPA Gama-Cabeça de Veado.

Em segundo lugar, nota-seclaramente que as localidades da APAGama-Cabeça de Veado geralmente seagrupam com os demais parques ereservas do DF (PNB, EEAE e RCO), comos quais também mantêm uma altasimilaridade de espécies (geralmenteentre 0.6 e 0.8). Esta alta similaridadede espécies encontrada entre os parquese reservas do DF poderia ser explicadapela grande semelhança de altitudes (emgeral variando de 1.000 a 1.150m),topografias (todas situadas em regiõesrelativamente planas ou com declives

Figura 1

Dendrogramasbaseados nasimilaridade da faunade borboletas em seisáreas de conservação(PNB, EEAE, EEJB,IBGE, FAL e RCO) eem três áreas “nãoprotegidas” doDistrito Federal (RMa= rio Maranhão, SWR= rio Sobradinho eflorestas deSobradinho, e CCF =Chapada daContagem e Fercal).Análises sãoapresentadasseparadamente para(A) Pieridae, (B)Papilionidae, (C)Ithomiinae e (D) umaglomerado de outrosNymphalidae.

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suaves) e tipos fisionômicos devegetação predominantes, em geralcontendo grandes extensões de cerradosensu strictu, algumas manchas decampos abertos e de cerradões, e matasde galeria associadas a pequenos cursosd’água.

Em terceiro lugar, podemos percebernos dendrogramas apresentados que osmenores índices de similaridade deespécies encontrados no estudo (entre0.4 e 0.6) ocorrem exatamente entre asunidades de conservação e as áreas “nãoprotegidas” (RMa, SWR e CCF) quecontêm os tipos fisionômicos devegetação não representados nosparques e reservas. Estes locais,geralmente mais acidentados e maisheterogêneos do que as demais regiõesdo DF, constituem-se no habitat preferidode um grande número de espécies deborboletas, como os Papilionidae:Parides burchellanus, Heraclideshectorides e vários Protesilaus spp(RMa); Pieridae: Phoebis trite (RMa),Phoebis neocypris (RMa, CCF), Euremaarbela (RMa, CCF) e Hesperocharisanguitea (CCF); Ithomiinae: Hypoleriaemyra (RMa), Aeria olena (SWR) e Oleriaaquata (RMa); Limenitidini: Adelphaaethalia (CCF), A. delphicola (RMa) eA. cocala (SWR); Biblidini: Callicorehydaspes (CCF), Callicore pygassplendens (RMa, CCF), Dynaminelimbata (SWR), Eunica macris (RMa),Phyciodes velica sejona (RMa, CCF) eEctima liria lirissa (CCF).

Além disso, duas das espécies maisraras e ameaçadas de extinção de todo obioma do Cerrado ocorrem no rioMaranhão: Parides burchellanus(Papilionidae), observada apenas nesselocal e numa outra localidade no estadode Minas Gerais, chegando a constar nalista de espécies ameaçadas da IUCN RedData Book (Collins & Morris, 1985) e

Agrias claudia godmani (Charaxinae), aespécie mais procurada porcolecionadores. Este rio, um dosprincipais formadores do rio Tocantins,também parece funcionar como umcorredor de fauna para várias espéciesamazônicas que conseguem atingir oBrasil central (como a espetacularMorpho rhetenor, Morphinae) e querepresentam aproximadamente 8% detodas as espécies que ocorrem no DF(Brown & Mielke, 1967a). Estes dadosdemonstram claramente a necessidadede criação de uma unidade deconservação na região desse rio.

Outros habitats que requerematenção especial para a sua conservaçãosão os remanescentes naturais deflorestas semidecíduas da região deSobradinho, considerada por Brown &Mielke (1967a) como a área mais ricaem espécies de todo o DF, e da região daFercal. Além das espécies já citadas,várias outras borboletas do DF só foramregistradas nestes locais específicos, hojefortemente ameaçados pela chegada devários condomínios habitacionais e pelaindústria de extração do calcário.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho procurou enfatizar anecessidade de criação de novasunidades de conservação na região doDistrito Federal, de modo a incluir outrostipos fisionômicos de vegetação deCerrado não representados nos parquese reservas já implantados, como asflorestas semidecíduas e matas de galeriaassociadas a rios de grande porte, quecontêm não apenas uma grandediversidade de borboletas, mas váriasespécies que parecem ocorrerexclusivamente nestas formaçõesvegetais. Entretanto, esta é apenas umadas várias frentes de batalha para aconservação da fauna dos cerrados.

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Nas últimas décadas o DistritoFederal vem passando por um intensoprocesso de urbanização e pelodesenvolvimento de várias atividadeseconômicas que levam inexoravelmenteà destruição dos habitats naturais e,conseqüentemente, à perda embiodiversidade. Com o avanço daurbanização, muitas das unidades deconservação que aí se encontram vêmsendo transformadas em verdadeiras“ilhas de vegetação”, geograficamenteisoladas de outras unidades. Os efeitosadvindos do isolamento sobre aspopulações locais, como a interrupçãodo fluxo gênico e o aumento da taxa deendocruzamento são obviamentenegativos (exemplos em Soulé, 1986). Énecessário, portanto, conceber novasestratégias de conservação quepropiciem certa “conectividade” entre

estas áreas, ou corre-se o risco de sofreruma grande perda em biodiversidade, atémesmo em espécies supostamenteprotegidas.

Além desses problemas, os parquese reservas estão ainda sujeitos a váriasoutras perturbações como incêndios,caça, invasões por animais domésticos,presença de plantas invasoras, depósitosde lixo e diferentes agentes poluidoresque afetam não apenas as borboletascomo toda a fauna e flora presentes. Umexemplo extremo da ação destes fatorespode ser observado na Reserva Ecológicado Gama, cuja flora e fauna originais jáse encontram tão descaracterizadas quese optou por não incluir neste estudo osdados levantados por Brown & Mielke(1967a,b) sobre a fauna de borboletasdaquele local.

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