capital humano

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ECONOMIA DO TRABALHO [PPGE/UFRGS] 2/3/2006 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 1 ECONOMIA DO TRABALHO: A TEORIA DO CAPITAL HUMANO NOTAS DE AULA PROF. GIACOMO BALBINOTTO NETO UFRGS/PPGE 2 Definições de Capital Humano Gary Becker (1962) - capital humano é qualquer atividade que implique num custo no período corrente e que aumente a produtividade no futura pode ser analisada dentro da estrutura da teoria do investimento. 3 Definições de Capital Humano O Capital Humano é definido como sendo todas aquelas características adquiridas pelo trabalhador que o tornam mais produtivo. Filer, Hamermesh e Rees (1996, p.84)

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Capital Humano Economia do Trabalho

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    2/3/2006

    PROF. GICOMO BALBINOTTO NETO [PPGE/UFRGS] 1

    ECONOMIA DO TRABALHO:A TEORIA DO CAPITAL HUMANO

    NOTAS DE AULA

    PROF. GIACOMO BALBINOTTO NETOUFRGS/PPGE

    2

    Definies de Capital Humano

    Gary Becker (1962) - capital humano qualquer atividade que implique num custo no perodo corrente e que aumente a produtividade no futura pode ser analisada dentro da estrutura da teoria do investimento.

    3

    Definies de Capital Humano

    O Capital Humano definido como sendo todas aquelas caractersticas adquiridas pelo trabalhador que o tornam mais produtivo.

    Filer, Hamermesh e Rees (1996, p.84)

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    4

    Atividades que constituem em investimento em capital humano

    Educao (Gary Becker);

    Treinamento (Gary Becker, Walter Oi)

    Migrao (Sjaastad, 1962, JPE)

    Sade (Grossmam, 1972, JPE)

    Busca de Emprego (job search)

    5

    AS ORIGENS DA TEORIA DO CAPITAL HUMANO

    Adam Smith (1776, livro I - cap. 10) Riqueza das Naes

    6

    AS ORIGENS DA TEORIA DO CAPITAL HUMANO

    Alfred Marshall (1920) - Principles of EconomicsThe most valuable of all capital is that invested in human beings.

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    As Origens da Teoria do Capital Humano

    A Escola de ChicagoGary Becker (1960,1964)Jacob Mincer (1960)Theodore Schultz (1961)

    8

    A CRONOLOGIA DOS INVESTIMENTOS EM CAPITAL HUMANO (Jacob Mincer)

    Segundo Jacob Mincer as vrias categorias dos investimentos em capital humano ordem ser descritas numa cronologia do ciclo-de-vida:

    1- os recursos alocados nos cuidados das crianas e com o desenvolvimento infantil representados pelos investimentos em pr-escola;

    2- os investimentos na educao escolar formal;

    3- investimentos em job training, learning , job search e migrao;

    4-investimentos em sade e manuteno que continuam ao longo da vida (exerccios fsicos);

    9

    O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos bsicos

    (i) maximizao da utilidade

    Os trabalhadores adquirem um nvel de habilidade que busca maximizar o valor presente dos rendimentos ao longo do seu ciclode vida;

    Assim, temos que a educao e o treinamento so valorizadas somente porque elas aumentam.

    A educao tambm pode afetar a utilidade dos indivduos de muitas maneiras, contudo, aqui, ns assumimos que estas externalidades dos investimentos em capital humano possam ser ignoradas e nos concentramos exclusivamente nas recompensas monetrias delas derivadas.

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    O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos bsicos

    (ii) o trabalhador enfrenta um trade off associado a cada deciso de continuar a estudar ou no, que depender dos retornos obtidos, dos custos de educao que ele far face e de sua taxa de desconto intertemporal.

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    O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos bsicos

    - Visto que a universidade no tem valor intrnseco para o estudante, os empregadores que desejarem atrair um trabalhador altamente qualificado ( e presumivelmente mais produtivo) deve oferecer salrios mais elevados, assim temos que:

    Wcol > Whs

    12

    O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos bsicos

    - Como ns assumimos que a deciso de estudar de um indivduo maximiza seu valor presente dos rendimentos (salrios) ao longo do seu ciclo de vida, temos que o trabalhador ir estudar (aqui no caso, cursar a universidade) se e somente se:

    PVcol > PVhs

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    O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos bsicos

    (iii) r a taxa de desconto intertemporal dos indivduos, que mostra como ele encara o presente e o futuro ou qual importncia ele atribui ao presente e ao futuro.

    Uma elevada taxa de desconto intertemporal implica que ele atribui pouco valor, por exemplo as renda futuras e mais as rendas presentes;

    14

    O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos bsicos

    (iv) aqui assumimos, por motivo de simplificao que no h on the job training e que as habilidades obtidas na escola ou na universidade no se depreciam ao longo do tempo.

    Este pressuposto implica que a produtividade do trabalhador no muda uma vez que ele deixa a escola ou a universidade, de modo que podemos considerar que seus rendimentos sero constantes ao longo do seu ciclo de vida.

    15

    O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos bsicos

    (v) h aqui somente duas alternativas de educao que os indivduos fazem face, o ensino secundrio (high school) e o ensino Universitrio (college);

    (vi) o preo dos produtos vendidos pelas firmas assumido ser igual a 1;

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    O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos bsicos

    (vii) o ensino secundrio implica que o individuo ir adquirir uma produtividade igual a PFMgEhs e que seu salrio ser igual a Whs.

    J no ensino universitrio, temos que a produtividade adquirida igual PFMgEcol > PFMgEhs, implica que ele ir receber Wcol > Whs.

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    O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos bsicos

    (viii) o valor presente dos rendimentos dos dos rendimentos das duas alternativas de educao so a seguintes:

    2

    PVhs = Whs + [Whs/(1+r)] + [Whs/(1+r) ] + ... + 46

    [Whs/(1+r) ]2 3 4

    PVcol = - H [H/(1+r) ] [H/ (1+r) ] + [H/ (1+r) ] 5 6

    [Wcol /(1+r) ] + [Wcol /(1+r) ] + ... +46

    [Wcol /(1+r) ]

    18

    O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos bsicos

    Como ns assumimos que a deciso de um indivduo maximizar o valor presente dos rendimentos ao longo do ciclo da vida, temos que ele desejar ir para a universidade se e somente se

    PVcol > PVhs[regra de deciso da tomada de investimento]

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    O modelo discreto de investimento capital humano - os pressupostos bsicos

    0

    Wcol

    Whs

    anos652218-H

    Custos diretos

    Custos indiretosAge earning profile

    20

    O modelo de investimento capital humano - o modelo bsico em tempo contnuo

    Seja:

    Ci = custos marginais de uma unidade de educao e treinamento no perodo;

    Ri= retorno do treinamento no perodo;

    r = taxa de juros;

    t = perodo de aprendizado ou educao;

    T = perodo final.

    21

    O modelo de investimento capital humano - o modelo bsico em tempo contnuo

    O indivduo ir investir em capital humano at o ponto no qual os retornos marginais da educao sejam iguais aos custos marginais (benefcios marginais), isto :

    t -rt T -ri

    Ci e di = Ri e di0 t

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    O modelo de investimento capital humano - o modelo bsico em tempo contnuo - implicaes

    (1) quanto maior o hiato entre T e t, maiores sero os retornos da educao ceteris paribus;

    (2) quanto menor for o sacrifcio tem termos de custo Ci, envolvidos no investimento em capital humano, maior ser o investimento;

    (3) quanto maiores forem os retornos da educao [Ri], maiores sero os investimentos em educao;ceteris paribus;

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    O modelo de investimento capital humano - o modelo bsico em tempo contnuo - implicaes

    (4) quanto maior for a taxa de juros [r], menor ser a demanda por educao, ceteris paribus;

    (5) os investimentos em educao tendem a ocorrer medida em que os benefcios marginais descontados excedem os custos marginais descontados. Em outras palavras, para haver investimentos em educao, os retornos devem ser positivos.

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    Implicaes da teoria do capital humano com relao aos custos

    (i) qualquer fator que reduza os custos da educao deve levar a um aumento das matriculas escolares;

    Assim, bolsas de estudo, desconto, crdito educativo, cursos noturnos, cursos de fim de semana [mestrado profissional], curso com prazo de jubilamento estendido, devem tornar as matriculas mais atrativas.

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    Implicaes da teoria do capital humano com relao a idade

    (i) as matriculas nas escolas e universidade esto concentradas entre os jovens adultos.

    Isto ocorre por duas razes principais:(1) as pessoas mais velhas permanecero menos tempo no mercado de trabalho para recuperar os custos do seu investimento;

    (2) a segunda razo pela qual as matriculas declinam com a idade so que os custos de oportunidade so maiores quanto mais velho fica o indivduo.

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    Implicaes da teoria do capital humano com relao a continuidade na fora de trabalho

    (iii) Uma terceira predio da teoria do capital humano que as pessoas que no esperam trabalhar de forma contnua na fora de trabalho devem ter menores taxas de matriculas. A razo disto que ela tem menos temo para recuperar seu investimento.

    Esta predio sustentada pela tendncia da participao das mulheres no mercado de trabalho com carreira interrompida.

    27

    Implicaes da teoria do capital humano com relao aos diferenciais de rendimento

    (iv) Uma quarta predio do modelo que as pessoas com mais anos de educao devem tambm ter maiores rendimentos nos seus anos de pico.

    Isto devido a duas razes fundamentais:(1) altos rendimentos so necessrios para compensar os custos incorridos com os anos adicionais de escolaridade;

    (2) as pessoas com mais anos de educao tem menos anos para recuperar seus investimentos em educao;

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    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos

    Principais autores:

    Ben Porath (1967) U. Chicago

    J. Heckman (1976) U. Chicago

    S. Rosnen (1976) U. Chicago

    Geraint Jones (1993)

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    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos Ben-Porath Model (1967)

    - Os modelos dinmicos buscam derivar um trajetria tima de rendimentos ao longo do ciclo da vida de um indivduo;

    - Os resultados tericos so compatveis com os padres observados na prtica;

    30

    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos Ben-Porath Model (1967)

    (i) o estoque de capital humano no perodo ith denotado por Ki;

    (ii) assumimos que os rendimentos do trabalho dependam apenas do estoque do capital humano Ki;

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    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos Ben-Porath Model (1967)

    (iii) wi a proporo do tempo no lazer alocado no trabalho, portanto temos que:

    T -ri

    wiKi e di0

    A equao acima representa o valor presente lquido dos rendimentos ao longo da vida do trabalhador;

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    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos Ben-Porath Model (1967)

    (iv) a taxa de crescimento do estoque de capital humano deve ser igual a taxa de investimento bruto em capital humano lquido de qualquer eroso devido a passagem do tempo (K) [depreciao do capital humano];

    (v) o tempo gasto na aquisio do capital humano no perodo it dado por (1-wi);

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    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos Ben-Porath Model (1967)

    (vi) os retornos decrescentes devido ao investimento no capital humano sugerem que a medida em que o trabalhador envelhece, o sacrifcio do tempo requerido a fim de ganhar um dado montante de capital humano aumenta;

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    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos Ben-Porath Model (1967)

    (vii) ns podemos supor que a taxa de crescimento do estoque de capital humano dado por:

    (3) K = (1-wi) - K

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    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos Ben-Porath Model (1967)

    (viii) o problema de otimizao dinmica enfrentado pelo indivduo o de maximizar o valor presente dos rendimentos esperados ao longo da vida, sujeito as regras de acumulao do capital humano que ele faz face (3) e da restrio de que o estoque de capital humano no pode ser negativo.

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    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos Ben-Porath Model (1967)

    (ix) aqui assumimos tambm que a condio terminal na qual o estoque de capital no final do horizonte temporal dado, assim, temos que:

    _(4) KT = KT

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    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos Ben-Porath Model (1967)

    (x) O problema colocado pelas equaes (2) (4) pode ser resolvido utilizando-se a tcnica do controle timo:

    Hamiltoniano dado pela equao (5):

    .(5) = wiKi - (Ki 1+iwi + K)

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    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos Ben-Porath Model (1967)

    (6) H/wi= Ki i = 0

    (7) H/Ki = wi - = - i

    (8) H/ = K 1 +iw + K = 0

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    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos Ben-Porath Model (1967)

    As condies de primeira ordem provem de 3 equaes com 3 incgnitas. Resolvendo-se para a taxa de crescimento do estoque de capital, temos que:

    .(9) Ki = + Ki (1/2i - )

    Esta equao a primeira equao diferencial do capital humano K, que mostra a dinmica de sua evoluo, que depende do estoque inicial, da taxa de depreciao e do tempo i.

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    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos Ben-Porath Model (1967)

    A soluo da equao (9), utilizando-se as condies terminais sobre Ki a fim de identificarmos as constantes de integrao nos do uma expresso na qual Ki dependa somente do tempo i e dos parmetros do modelo. A soluo dada pela equao (10):

    _Ki = KT + i/2 [1 + (ln i/2) + i ] T/2[1+(lnT/2) + t ]

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    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos Ben-Porath Model (1967)

    Das equaes (6) (8), obtemos (11):

    (11) wi = [1-(Ki/i)]/2i

    42

    Os modelos de otimizao dinmica de investimento capital humano - os pressupostos bsicos Ben-Porath Model (1967)

    A fim de estabelecer o padro para os rendimentos peridicos sobre o ciclo da vida, necessrio multiplicarmos os rendimentos potenciais wi pela proporo do tempo no lazer gasto no trabalho, Ki. Com isto obtemos a funo de rendimentos (12):

    (12) Ei = wiK = [1 (Ki/i)]/Ki/2i

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    O locus salrio-escolaridade e a taxa de retorno da educao

    O locus salrio-escolaridade mostra o salrio que um indivduo iria ganhar se ele completasse um determinado nvel de escolaridade.

    O locus salrio-escolaridade nos mostra quanto os empregadores esto dispostos a pagar por cada nvel educacional dos trabalhadores.

    44

    O locus salrio-escolaridade (earning wage profile) e a taxa de retorno da educao

    Os salrios do locus salrio-escolaridade so determinados no mercado de trabalho, ou seja, o salrio para cada nvel de escolaridade determinado pela interseco da oferta e demanda de trabalhadores para uma dada escolaridade.

    45

    O locus salrio-escolaridade (earning wage profile) e a taxa de retorno da educao

    0

    w

    Anos de estudo

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    O locus salrio-escolaridade (earning wage profile) - propriedades

    (i) o locus salrio-escolaridade positivamente inclinado para atrair os trabalhadores mais educados, os empregadores devem compensar aqueles trabalhadores pelos custos incorridos com a educao.

    (ii) a inclinao do locus salrio-educao nos mostra quanto o salrio do trabalhador deveria crescer se ele obtivesse um ano a mais de escolaridade.

    47

    O locus salrio-escolaridade (earning wage profile) - propriedades

    (iii) o locus salrio-escolaridade cncava - os ganhos monetrios para cada ano adicional de escolaridade declinam para cada ano adicional de educao. H rendimentos marginais decrescentes na obteno de educao.

    A inclinao do locus salrio-escolaridade nos mostra quanto os rendimentos aumentam se um indivduo permanece estudando um ano a mais na escola.

    48

    O locus salrio-escolaridade (earning wage profile) - propriedades

    Percentagem de mudana nos rendimentos devido a educao:

    (w/s)/w = taxa marginal de retorno da educao.

    Visto que o locus salrio-educao cncavo, a TMgRE declina a medida em que o indivduo obtm mais escolaridade.

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    O locus salrio-escolaridade (earning wage profile) - propriedades

    0 Anos de escolaridade

    r

    TMgRE

    S*

    rm

    S S

    E

    50

    A estimao da earning function(i) com zero anos de educao os rendimentos de um indivduo so iguais a Yo se o investimento no primeiro ano de educao render Y1, teremos que a taxa de retorno da educao ser igual a:

    r1 = [(Y1-Y0)/Yo]Y1 = Yo ( 1+r)

    r2 = [(Y2-Y1)/Y1]Y2 = Y1 (1+r2)

    r2= Yo (1+r1)(1+r2)

    51

    A estimao da earning function

    Ys = Yo (1+r1)(1+r2)+...+ (1+rs)

    (ii) se assumirmos que r1=r2=r3= ... = rs, temos que:s

    Ys = Yo (1+r)

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    A estimao da earning functionEm logaritmos obtemos que:

    log Ys = log Yo + sln (1+r)

    log Ys = ln Yo + rs

    r mede a taxa de retorno de um investimento em um ano a mais de educao.

    53

    A estimao da earning functionDiferenciando-se logYs com relao ao tempo, obtemos que:

    d[lnYs]/dt = r[ds/dt]

    ou

    {[d(Ys)/dt/]/Y}/ (dS/dt) = r

    a mudana proporcional nos rendimentos anuais resultantes de um ano a mais de educao igual a r.

    54

    Implicaes da Teoria do Capital Humano Para a reduo da Pobreza - Gary Becker(1994)

    - H uma relao transparente entre os investimentos em capital humano e reduo da pobreza;

    - Exemplos: Japo, Taiwan, Hong Kong, Coria do Sul.

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    Implicaes da Teoria do Capital Humano Para a reduo da Pobreza - Gary Becker, 1994)

    H evidncias de que os investimentos em educao e treinamento contribuem para para o crescimento econmico em termos de renda per capita e em parte ajudam a controlar o crescimento populacional.

    [cf. Barro & Sala-I-Martin (1995)]

    56

    Implicaes da Teoria do Capital Humano Para a reduo da Pobreza - Gary Becker, 1994)

    Os pases preocupados com o crescimento populacional e altos nveis de mortalidade infantil podem tomar medidas indiretas para reduzir o tamanho da famlia encorajando a educao elementar e secundria, particularmente entre as mulheres.

    57

    Implicaes da Teoria do Capital Humano Para a reduo da Pobreza - Gary Becker, 1994)

    A educao pode ser o principal determinante da sade de uma pessoa e de sua expectativa de vida.

    [cf. Relatrio do Banco Mundial Sobre a Sade (1993)]

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    Implicaes da Teoria do Capital Humano Para a reduo da Pobreza - Gary Becker, 1994)

    - pessoas mais educadas fumam menos;

    - educao ajuda os pobres a melhor sua dieta no somente aumentando a renda, mas tambm promovendo escolhas mais saudveis;

    - A educao aumenta o uso de camisinhas entre os homens solteiros, o que os protege das infeces de HIV;

    59

    Implicaes da Teoria do Capital Humano Para a reduo da Pobreza - Gary Becker, 1994)

    Uma melhor sade e uma menor taxa de mortalidade tambm induz a um grande investimento em educao e outros tipos de capital humano, visto que as taxa de retorno desses investimentos sero maiores quanto mais tempo de trabalho tiver o indivduo vivo e com sade;

    60

    Implicaes da Teoria do Capital Humano Para a reduo da Pobreza - Gary Becker, 1994)

    Para Becker (1994) - os investimentos em capital humano so uma das maneiras mais efetivas de aumentar os nveis de renda dos pobres bem como de sua sade.

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    As taxas de retorno da educao evidncias empricas

    - Psacharopoulos (1981)

    62

    As taxas de retorno da educao evidncias empricas para o BrasilLangoni (1970, 1972, 1974)

    Castro (1971)

    Levy, Campino & Nunes (1970)

    Gibbon (1975)

    - clculos da taxa de retorno da educao baseando-se nos modelos de Schultz (1963) e Becker (1964).

    63

    As taxas de retorno da educao evidncias empricas para o Brasil

    Senna, Jos Jlio (1976). RBE, 30 (2)

    - taxa de retorno de aproximadamente 14% a.a para um ano adicional de educao.- dados do Ministrio do Trabalho para homens nas reas urbanas no setor formal da economia em 1970.

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    64

    As taxas de retorno da educao evidncias empricas para o Brasil

    Jallade, Jean-Pierre (1982). World Development, 10 (3)

    - retornos da escolaridade primria para homens fora do setor agrcola 23,5%

    65

    As taxas de retorno da educao evidncias empricas para o Brasil

    Tannen, M.B (1991) Economics of Education Review 10 (2)

    - dados do censo de 1980;- taxa mdia privada de retorno da educao situou-se em torno de 13, 2% a. a- os retornos variam com as regies brasileiras

    66

    As taxas de retorno da educao evidncias empricas para o Brasil

    Lam & Levison (1990), PPE, 20 (2)

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    67

    As taxas de retorno da educao evidncias empricas para o Brasil

    Leal & Simonsen (1991), PPE, 21 (3).

    Primrio/Analfabeto 16, 54%Secundrio/primrio2 18,15%Superior/Secundrio - 16,28%Amostra - 14,29%

    68

    As taxas de retorno da educao evidncias empricas para o Brasil

    Dabos & Psacharopoulos (1991). Economics and Education Review, 10 (4)

    - taxa de retorno: 15%

    69

    As taxas de retorno da educao evidncias empricas para o Brasil

    Griffin & Cox-Edwards (1993) Economics and Education Review, 12 (3)

    -taxa de retorno da educao situou-se entre 12,8% e 15,1% nos anos 1980.

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    70

    As taxas de retorno da educao evidncias empricas para o Brasil

    Lam & Schoeni (1993). JPE, 101 (4)

    71

    As taxas de retorno da educao evidncias empricas para o Brasil

    Ueda & Hoffmann(2002) Economia Aplicada, 6 (2)

    - Dados: PNAD (1996)- Taxa de retorno: 9,8%

    72

    Capital Humano eCrescimento Econmico

    Quando o capital humano entra na funo de produo como apenas mais um fator de produo, temos que o crescimento econmico explicado como uma funo do aumento do estoque de capital humano.

    Assim, temos que o seu aumento implica numa elevao do nvel de renda per capita.

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    73

    Capital Humano e Crescimento Econmico

    - Aukrust (1959)- Schultz (1960, 1961)- Uzawa (1965)- Deninson (1962) growth accouting- Romer, Paul (1987, 1989)- endgeno- Robert Lucas (1988) - endgeno- Mankiw, Romer & Weil (1992), QJE - Solow- Romer, David (1992) - Solow

    74

    Capital Humano e a facilidade da adoo de novas tecnologias

    Quando o capital humano facilita a adoo de novas tecnologias ou visto como um insumo para o processo de inovao e difuso tecnolgica, temos que a relao positiva entre o estoque de capital humano e o crescimento econmico.

    O capital humano poderia afetar a velocidade da difuso e da convergncia tecnolgica entre as naes, pois a flexibilidade e a facilidade de aprendizagem dos indivduos afetadas pelo nvel de educao, que os capacita a adaptar-se as mudanas tecnolgicas.

    75

    Capital Humano e a facilidade da adoo de novas tecnologias

    Uma mo-de-obra educada deve ser considerada como sendo um insumo tanto para os processos de inovao tecnolgica (engenheiros, fsicos, matemticos, estatsticos, mdicos, bilogos etc) como de difuso tecnolgica.

    A capacidade de uma nao de adotar e implementar uma nova tecnologia seria funo de seu estoque prvio de capital humano.

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    76

    Capital Humano e a facilidade da adoo de novas tecnologias

    - Nelson & Phelps (1966), AER

    - Finnis Welch (1970), JPE

    - Barro & Sala-i-Martin (1994)

    - Paul Romer (1990)

    77

    Capital Humano e Crescimento Econmico

    No mbito da teoria do crescimento econmico, um dos primeiros a utilizar o conceito de capital humano foi Uzawa (1965), que argumentou que o progresso tecnolgico no deveria ser visto como como um mana que cai do cu, mas isto sim, como o resultado de aes intencionais tomadas por agentes econmicos que empregam recursos escassos a fim de fazer avanar o estado do conhecimento tecnolgico.

    78

    Capital Humano e Crescimento Econmico

    Uzawa (1965) assumiu que todo o conhecimento tecnolgico estaria embutido na mo-de-obra, isto , em termos de uma funo de produo agregada de produo.

    Ele postula que o conhecimento aumenta a uma taxa que funo da mo-de-obra alocada na produo de conhecimento.

    gA = f (Na/N)

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    79

    H. Uzawa

    http://cepa.newschool.edu/het/profiles/uzawa.htm

    80

    A Contribuio de Lucas (1988)

    Lucas (1988), em sua contribuio pioneira a teoria do crescimento endgeno enfatizou a acumulao do capital humano como sendo uma fonte alternativa de crescimento econmico sustentado.

    Ele distinguiu duas fontes principais de acumulao de capital humano (ou aquisio de habilidades): a educao e o learning by doing.

    81

    A Contribuio de Lucas (1988)A contribuio de Lucas (1988) que enfatiza o papel e a importncia da acumulao do capital humano foi inspirada por Gary Becker, e se baseia na idia de que o principal causa do crescimento econmico a acumulao de capital humano.

    Assim, as diferenas nas taxa de crescimento entre os pases atribuvel principalmente as diferenas nas taxas de acumulao de capital humano ao longo do tempo.

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    82

    A idia do modelo de crescimento endgeno com capital humano

    A idia do modelo aqui desenvolvido tornar endgeno o mecanismo atravs do qual diferentes pases adquirem a capacidade de usar os vrios bens de capital intermedirios.

    Aqui as economias crescem porque aprendem a utilizar novas idias que so geradas em todo o mundo; e a aprendizagem funo do nvel de capital humano possudo previamente.

    83

    Capital Humano e a facilidade da adoo de novas tecnologias: outros modelos

    - Nelson & Phelps (1966), AER

    - Finnis Welch (1970), JPE

    - Barro & Sala-i-Martin (1994)

    - Paul Romer (1990)

    84

    Pressupostos do Modelo

    (i) os pases produzem um bem homogneo, Y, utilizando mo-de-obra [N], e um conjunto de bens de capital, xj.

    O nmero de bens de capital que os trabalhadores podem empregar limitado pelo seu nvel de qualificao [capital humano], h.

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    85

    (1- ) h Y = Ny x j dj

    0

    A idia aqui que um trabalhador altamente qualificado pode usar mais bens de capital do que um trabalhador pouco qualificado. Portanto, o nvel de produo sermais elevado quanto maior for o nvel de capital humano na economia.

    Pressupostos do Modelo

    86

    Uma unidade de qualquer bem de capital intermedirio pode ser produzida com uma unidade de capital bruto.

    h(t) xj (t) dj = K (t) (2)0

    isto implica que a quantidade total de bens de capital de todos os tipos empregada na produo igual oferta total de capital bruto.

    Pressupostos do Modelo

    87

    Pressupostos do Modelo

    Os bens intermedirios so tratados simetricamente no modelo, de modo que x = xj. Isto, junto com as equaes (1) e (2) implica que a tecnologia de produo agregada toma a forma conhecida da funo Cobb-Douglas:

    (1-)Y = K (hN)

    O nvel de qualificao da mo-de-obra [h], entra na funo de produo como uma tecnologia que aumenta a capacidade de produo de N.

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    88

    Os pressupostos do modelo

    O processo de acumulao de capital descrito pelaseguinte equao:

    O capital se acumula na medida em que as pessoaspoupam a uma taxa sK, e se deprecia taxa exgena d.

    dKYsK K =&

    89

    Pressupostos do ModeloA qualificao definida como o conjunto de bens intermediriosque um indivduo aprendeu a utilizar. A medida em que os indivduos aprendem a utilizar mais bens de capital e novas tecnologias a economia cresce.

    (1- )h = [(e ) (A) h (4)

    u = o tempo que um indivduo aloca acumulao de capital humano em vez de trabalhar na atividade produtiva. Ele pode ser pensado como sendo os anos de escolaridade.

    90

    Pressupostos do Modelo

    A = um ndice que representa a fronteira tecnolgica mundial.

    Supe-se que > 0 e 0 < 1

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    91

    A taxa de acumulao de capital humano

    Dividindo a equao (4) por h, obtemos a taxa de acumulao do estoque de capital:

    h/h= [(/g) e ) (A/h) (5)

    A equao indica que mais difcil aprender a usar um bem intermedirio que est corretamente prximo fronteira tecnolgica do que outro que est amplamente difundido.

    92

    A taxa de acumulao de capital humano

    Quanto mais prximo da fronteira tecnolgica, A, estiver o nvel de qualificao de um indivduo, h, menor ser a razo (A/h) e mais lenta ser a sua acumulao de qualificaes.

    93

    A taxa de crescimento doprogresso tecnolgico

    (A/A) = g

    Supomos aqui que a fronteira tecnolgica se expanda a uma taxa constante [g].

    Aqui assumimos que h um dado conjunto de idias que podem ser usadas por qualquer pas. Contudo, para que um pas possa usa-las precisa a aprender a usa-las, e para isto necessrio pessoas habilitadas e que tenham acumulado um dado nvel de conhecimentos.

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    94

    O estado estacionrio

    Ao longo da trajetria de crescimento equilibrado, a taxa de crescimento do capital humano [h] deve ser constante.

    Como h entra na funo de produo como uma tecnologia aumentadora de mo-de-obra, a taxa de crescimento de h determinar a taxa de crescimento do produto per capita [y], e o capital por trabalhador, [k].

    95

    O estado estacionrioA taxa de crescimento do capital humano ser

    constante se, e apenas se, [A/h] for constante, de modo que h e A precisam crescer a mesma taxa no estado estacionrio. Assim, temos que:

    gy = gk = gh = gA = g (6)

    A taxa de crescimento da economia dada pela taxa de crescimento do capital humano ou da qualificao e essa taxa de crescimento est condicionada pela taxa de crescimento da fronteira tecnolgica mundial.

    96

    O estado estacionrio

    A equao abaixo mostra a trajetria de crescimento equilibrado, sendo que a razo capital produto dado pela seguinte equao:

    (K/Y)* = [sk /(n+g+d)]

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    97

    O produto per capita(/1-)

    y*(t) = [sk/(n+g+d)] h*(t) (7)

    A equao acima mostra a trajetria temporal de y* e h* ao longo da trajetria de crescimento equilibrado.

    98

    O estado estacionrioComo gh = g, temos que:

    (1/)(h/A)* = [(/g) e )]

    Esta equao nos mostra que quanto mais tempo ns destinamos acumulao de qualificaes, mais prxima da fronteira tecnolgica est a economia.

    99

    O estado estacionrioUsando a equao acima para substituir [h] na equao (7), podemos escrever o produto per capita ao longo da trajetria de crescimento equilibrado como uma funo de variveis e parmetros exgenos como visto pela equao (8) abaixo.

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    100

    A taxa de crescimento de equilbrio

    (1/ )y* (t) = [sk/n+g+d] [(/g) e ) A*(t) (8)

    Esta equao caracteriza o nvel de produto por trabalhador ao longo da trajetria de crescimento equilibrado.

    101

    A taxa de crescimento de equilbrio

    Este modelo destaca a importncia das idias e da transferncia tecnolgica e oferece uma interpretao do modelo neoclssico de crescimento segundo uma nova teoria do crescimento.

    Aqui, as economias crescem porque aprendem a usar novas idias em todo o mundo.

    102

    A taxa de crescimento de equilbrio: implicaes

    (i) o primeiro termo da equao (8) indica que economias que investem mais em capital fsico sero mais ricas; j economias que crescem muito depressa crescem menos.

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    103

    A taxa de crescimento de equilbrio: implicaes

    (ii) o segundo termo da equao (8) reflete a acumulao de qualificaes [capital humano]. Ela mostra que economia onde os indivduos destinam mais tempo acumulao de qualificaes estaro mais prximas da fronteira tecnolgica de produo e sero mais ricas.

    Aqui as qualificaes [capital humano] corresponde a capacidade de utilizar bens de capital mais avanados.

    104

    A taxa de crescimento de equilbrio: implicaes

    (iii) o terceiro termo gera crescimento do produto por trabalhador ao longo do tempo;

    105

    A taxa de crescimento de equilbrio: implicaes

    (iv) o modelo busca dar uma resposta a questo das diferenas denveis tecnolgicos entre as economias, ou seja, porque mquinas e novos fertilizantes so usados na agricultura dos EUA, enquantoque na ndia ou na frica ainda prevalecem mtodos mais intensivos em mo-de-obra?

    A resposta dada pelo modelo que o nvel de qualificao das pessoas nos EUA muito superior aos dos pases em desenvolvimento. As pessoas nos pases desenvolvidos aprenderam,ao longo dos anos, a usar bens de capital muito mais avanados, enquanto nos pases em desenvolvimento investiram menos tempo no aprendizado do uso de novas tecnologias.

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    106

    Poltica Econmica noModelo de Lucas (1988)

    A poltica governamental pode afetar o crescimento de dois modos:

    (i) mudanas na eficincia da escolaridade;

    (ii) mudanas na atratividades da educao ouna escolaridade.

    107

    Crescimento e Educao

    108

    Renda per capita e Educao

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    109

    Sites Indicadoshttp://www.econlib.org/library/Enc/HumanCapital.html

    http://www.bris.ac.uk/Depts/Economics/Growth/refs/humanc.htm

    http://www.ecn.bris.ac.uk/www/ecjrwt/abstracts/oecdsurv.htm

    ECONOMIA DO TRABALHO:A TEORIA DO CAPITAL HUMANO

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