cap.ii - estudos dos aglomerantes - v3

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prof. João Carlos de Campos 1 Estudos dos Aglomerantes

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Aglomerantes

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  • prof. Joo Carlos de Campos 1

    Estudos dos Aglomerantes

  • O que chamamos de Aglomerantes?

    Os aglomerantes so substncias destinadas a ligar materiais como, a areia, pedregulho, pedra britada,

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    areia, pedregulho, pedra britada, blocos de pedra, tijolos, etc.

  • O que chamamos de Aglomerantes?

    Os Aglomerantes mais comuns so: barro, cal, gesso, cimentos, colas em geral, etc.

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    Argila - Barro Cal Gesso Cimento

  • Aglomerantes - Caractersticas

    De um modo geral so materiais pulverulentos que, misturados com gua formam uma pasta que pode

    prof. Joo Carlos de Campos 4

    gua formam uma pasta que pode endurecer por simples seca, ou ento em virtude de reaes qumicas.

  • Aglomerantes

    Histria As civilizaes primitivas empregavam, para

    suas construes os blocos de pedras, simplesmente superpostos;

    prof. Joo Carlos de Campos 5

    os blocos de pedras, simplesmente superpostos; peas de madeira ou barro amassado, em camadas.

    O primeiro aglomerante - argila. (Assrios Imprio Assrio de 824 a.C. a 671 a.C. e Caldeus)

  • Aglomerantes

    Caractersticas Gerais O xido de Clcio (conhecido como "cal

    virgem") uma das substncias maisimportantes para a indstria da construo,

    prof. Joo Carlos de Campos 6

    importantes para a indstria da construo,sendo obtida por decomposio trmica decalcrio (900C). Tambm chamado de cal vivaou virgem, um composto slido branco.

  • Aglomerantes

    Caractersticas Gerais Temos, ainda, a gipsita (CaSO4 , 2H2O),

    a bauxita (Al2O3 , 2H2O), as pozolanas(rochas vulcnicas), as escorias,

    prof. Joo Carlos de Campos 7

    (rochas vulcnicas), as escorias,subproduto da industria siderrgica ecinzas volantes.

    GipsitaBauxita Pozolana

  • Aglomerante inorgnicos

    Aglomerantes areos (reagem em contacto com o ar solidifica em contato com o ar)

    gesso cal areacal area

    Aglomerantes hidrulicos (no necessitam de estar expostos ao ar para reagirem fazer presa*)

    cal hidrulica cimento Portland

    Presa Estado de substncia que se solidifica)

  • Aglomerantes

    A pasta, ao endurecer, adere aos materiais com os quais foi posta em

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    posta em contato e, desse modo, fragmentos de materiais passam a constituir um s elemento slido.

  • Aglomerante Orgnicos

    Polimricos resina epoxdicaresina acrlica cola mastique

    cola mastique

    Betuminosos alcatro asfalto

    Derivados da destilao do petrleo

  • Aglomerantes: Classificao Quimicamente inertes: endurecem por secagem simples

    (Argilas e betumes)

    Quimicamente ativos: endurecem por ao de reaes qumicas.

    Areos(Hidrfobo): expostos ao ar, e no resistem a ao da gua Cal area, gesso, etc.

    Hidrulicos(Hidrfilo): endurecem por hidratao dos compostos Cal hidrulica, Cimento Portland, etc.

    Polimricos: tem reao devido a polimerizao de uma matriz

    *Hidrfilo: Afinidade com gua Hidrfobo = Horror a gua

  • Aglomerantes Caractersticas Gerais

    Os aglomerantes atualmente mais empregados nasconstrues contm compostos de clcio como constituintesprincipais. A matria prima fundamental ento o calcrio.

    Carbonato de Clcio Calcrio (CaCO3) o principalaglomerante utilizado nas construes. Material que se encontra

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    aglomerante utilizado nas construes. Material que se encontraem grandes depsitos em toda a superfcie da terra.

    Tem caractersticas alcalinas (ou seja, um sal comcaractersticas bsicas, e possui pH alto quando em soluoaquosa ), e resultado da reao do xido de clcio (CaO - calvirgem ) com dixido de carbono (CO2 Gs Carbnico)

    CaO + CO2 --> CaCO3.

  • Aglomerantes

    Caractersticas Gerais Os aglomerantes que endurecem por simples

    seca, como a argila, so consideradosquimicamente inertes.

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    quimicamente inertes.

    Os que endurecem em virtude de uma reaoqumica so chamados de quimicamente ativos,como a cal, o gesso e o cimento.

  • Aglomerantes

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  • Aglomerantes

    Caractersticas Gerais H aglomerantes que devem ser empregados

    somente em obras expostas ao ar, pois que noresistem ao da gua. Esses aglomerantes

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    resistem ao da gua. Esses aglomerantesso chamados areos (endurecimento devido ao do C02 do ar), e os mais usados so acal e o gesso.

    Outros aglomerantes resistem bem ao dagua e so chamados aglomeranteshidrulicos, sendo, os mais conhecidos: ocimento e a cal hidrulica.

  • Aglomerantes

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  • Aglomerantes

    Caractersticas Gerais Os aglomerantes podem ser:

    simples,

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    compostos, mistos e com aditivos.

  • Aglomerantes

    Caractersticas Gerais

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    So simples os aglomerantes resultantes do produto que no sofreu mistura, aps o cozimento, a no ser pequenas porcentagens de adies, admitidas em sua especificao.

  • Aglomerantes

    Caractersticas Gerais Aglomerante composto obtido pela

    mistura de subprodutos (escria de altoforno) ou produtos naturais de baixo

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    forno) ou produtos naturais de baixocusto (pozolanas cinzas vulcnicas)com um aglomerante simples,geralmente cal ou cimento.

  • Aglomerantes

    Caractersticas Gerais

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  • Aglomerantes

    Caractersticas Gerais

    Aglomerante misto resultante damistura de dois aglomerantes simples.

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    mistura de dois aglomerantes simples.Aglomerantes com aditivos so

    aqueles decorrentes da mistura deaglomerantes simples ou compostoscom aditivos, aceleradores de pega,plastificantes, impermeabilizantes, etc..

  • Aglomerantes - Propriedades

    O que pega? Denomina-se pega ao perodo inicial de solidificao da pasta. O incio da pega o momento em que a pasta comea a

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    momento em que a pasta comea a endurecer, perdendo a sua plasticidade. Fim da pega o momento em que a pasta se solidifica completamente, perdendo, portanto, toda a sua plasticidade.

  • Aglomerantes: PegaPega a perda de fluidez da pasta

    Inicio: Momento em que a pasta comea a endurecer, contado a partir do dia do lanamento da gua no aglomerante, at ao inicio das reaes qumicas com os compostos do aglomerante

    Aumento brusco da viscosidade e elevao da temperatura da pasta

    Fim: Solidificao completa, porm no significa que tenha adquirido toda sua resistncia. (Pasta completamente slida)

    Endurecimento: perodo em que o material ganha resistncia mesmo aps o final da pega (Aumento da resistncia)

    Ensaios usam o aparelho de VICAT: MB-3433, NM 43: Consistncia MB-3434: Determinao dos tempos de pega

  • AglomeranteArgila

    Prof. Joo Carlos de campos

  • Aglomerante - Argila A argila - seu endurecimento motivado pela evaporao da gua de amassamento (aglomerante quimicamente inativo).

    Quando a umidade superficial removida por secagem, a argila endurece e adquire grande

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    secagem, a argila endurece e adquire grande resistncia, retomando geralmente a plasticidade pela adio de mais gua.

    Os materiais argilosos so constitudos cristais de pequenas dimenses, inferior a 2 m

  • Aglomerante - Argila

    A argila uma rocha sedimentar que se origina da lenta eroso dos granitos, ou seja, do envelhecimento dos cristais.

    Ela composta basicamente por silicato de

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    Ela composta basicamente por silicato de alumnio hidratado e xidos e hidrxidos de ferro e alumnio, alm de vrios outros minerais caractersticos da regio, na qual encontrada, como por exemplo: feldspato, silicatos, carbonatos, fosfatos e outros elementos como o silcio, alumnio, ferro, magnsio e clcio.

  • Aglomerante - Argila

    Em sua composio, que determina sua colorao, podemos achar um maior teor de:

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    de:- Ferro-ferroso, determinando uma cor cinza, creme ou esverdeada.

    - Ferro-frrico, determinando uma cor avermelhada ou laranja.

    - Alumnio ou Magnsio, uma cor branca ou amarelada

  • Aglomerante - Argila

    Na construo civil a argila a matria-prima bsica da cermica,

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    que so largamente utilizados na em telhas,pisos,azulejos e tijolos.)

  • Aglomerante - Argila

    Caractersticas:

    Resistente a calor e corroso

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    Resistente a calor e corroso Aps cozimento e vidrada a pea se

    tona mais impermevel adquire plasticidade ao misturar com

    gua

  • Aglomerantes - Argila Argilas secas ao sol so muito utilizadas ainda hoje, como se pode

    ver nos ranchos de "adobe" do Mxico e interior do Brasil.

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  • Aglomerantes - Argila

    prof. Joo Carlos de Campos 31 Argilas secas casa de pau a pique, construda na metade do sculo 19 (Paraguai)

    Fonte:Jornal e Notcias Ponta Por 01/05/09

  • Aglomerantes - Argila

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  • Estudos dos AglomerantesCal

    Prof. Joo Carlos de campos

  • Aglomerante - Cal

  • Cal: Definio

    Aglomerante quimicamente ativo que transforma a cal em um material to rgido quanto a rocha original (calcrio) utilizada para fabricar o produto. Principal componente: xido de clcio

  • Aglomerante - Cal

  • CaCO3 + calor CaO + CO2 + (impurezas)CaCO3 carbonato de clcio (rocha calcaria)Calor aquecimento entre 8000C e 12000CCalor aquecimento entre 800 C e 1200 C

    (calcinao)CaO Oxido de Clcio (Cal Viva / virgem)

    pedras com dimenses mdias de 15cm (ainda no a calaglomerante usada nas construes)

    Para se obter a cal, utilizada nas construes, necessrio fazer ahidratao ou extino da cal viva.

  • Cal: Ciclo da Cal

    Ou seja:

  • Aglomerante - Cal

    Forno para Calcinao do Calcrio

  • Aglomerante - Cal

  • Cal: Produo

  • Cal: Produo

  • Cal: Calcinao

    Forno horizontal contnuo giratrio:

    Todo o processo realizado em 5 horas, ou seja, mais de sete vezes mais rpido que os fornos verticais.

  • Aglomerante - Cal

  • Cal: Terminologia (NBR1172) Cal virgem: resultante dos processos de calcinao, xido de clcio em associao

    natural com xidos de magnsio, (capaz de reagir com a gua)

    Cal extinta: exposio da cal virgem ao ar ou agua, apresentando sinais de hidratao e recarbonizao.

    Cal hidratada: Cal, sob a forma de p seco, obtida pela hidratao de cal virgem, constitudo de hidrxido de clcio, ou de mistura com hidrxido de magnsio.

    Cal hidrulica: Cal, sob forma de p seco, obtida pela calcinao de calcrio com impurezas slico-aluminosas, formando silicatos, aluminatos e ferritas de clcio, que lhe conferem um certo grau de hidraulicidade.

  • Vantagens: mais barataDesvantagens:espao para hidratao e

    Vantagens:Elimina tarefas de extino na obraMenores espaos e problemas para

    Aglomerante - Cal

    armazenamento na obraProcesso de hidratao liberacalor e pode ser perigosoPossibilidade de hidrataoindesejada (chuva, umidadeexcessiva)

    Menores espaos e problemas paraarmazenamentoMaterial chega a obra pronto para serconsumidoDesvantagens: mais caro

  • VANTAGENS DA UTILIZAO DA CAL NA ARGAMASSA Economia - diminui o custo da argamassa porque

    gasta-se menos com cimento Plasticidade - aumenta a "pega" ou "liga" da

    argamassa, facilitando o espalhamento Aderncia - aumenta a resistncia de aderncia Aderncia - aumenta a resistncia de aderncia

    no estado endurecido Reteno de gua - tem maior reteno de gua,

    o que ajuda na cura do cimento Elasticidade - d maior elasticidade argamassa,

    o que gera maior capacidade de suportar tenses e no trincar

  • Cal - Caractersticas Durabilidade: Promove reaes de neutralizao e

    precipitao que incrementam a resistncia compresso com o tempo.

    Plasticidade: Devido as suas propriedades colidais apresenta facilidade de espalhamento sobre a superfcie.

    Reteno de gua: Retarda a secagem, regulando a perda de gua por evaporao ou por suco da superfcie.

    Estanqueidade: Fechamento gradual de trincas e fissuras pela carbonizao dos hidrxidos nas aberturas.

  • Classificao da cal

    Quanto ao rendimento Cal magra rendimento inferior a 1,83m3 Cal gorda rendimento igual ou superior a

    1,83m3Rendimento em pasta: volume de cal resultante da extino de

    1t de cal viva

    Composio qumica Clcica no mnimo 75% de CaO Magnesiana no mnimo 20% de MgO

  • Outros tipos de cal Cal Hidrulica Contm material argiloso em

    propores apreciveis fazendo com que a cal endurea na presena de gua.

    Cal dolomtica materiais dolomticos , grandes Cal dolomtica materiais dolomticos , grandes expanses durante o endurecimento

    Cal pozolnica Adies de cinzas vulcnicas descoberto pelos romanos (pouca utilizao)

  • Aplicaes no Brasil Indstrias:

    siderrgicas como carga de fabricao de ao nos fornos, como aglomerante, regulador de pH em tratamento de guas servidas, lubrificante para trefilagemde vergalhes de ao, dessulfurante das gusas altos em de vergalhes de ao, dessulfurante das gusas altos em enxofre e refratrios bsicos de fornos de ao;

    celulose e papel para regenerar a soda castica e para branquear as polpas de papel, junto com outros reagentes;

  • Verificaes de QualidadeEnsaios importante destacar que a cal hidratada pode ser classificada

    em trs tipos: CH I, CH II e CH III. Todos os tipos tm que ser submetidos aos mesmos ensaios mas

    as exigncias de resultados melhores para a cal CH I so maiores do que para a CH II, que exigem mais do que para a CH III. Isto do que para a CH II, que exigem mais do que para a CH III. Isto significa que se o consumidor quiser uma cal mais "pura" ele deve adquirir uma CH I, j que para ser definida desta maneira, seus resultados obedecem a limites acima dos exigidos para a CH III. O tipo CH II seria o meio termo.

    Esta informao deve estar presente na embalagem do produto e foi com base nela que as amostras foram classificadas e avaliadas. Caso o fabricante no informasse qual o tipo da cal, seria estipulado o tipo CH III, por ter os limites mais brandos, e permitidos pela norma.

  • Verificaes de QualidadeEnsaios realizados so divididos nas seguintes categorias Ensaios Qumicos: Esta categoria de ensaios tem por objetivo

    verificar a "pureza" da cal hidratada, avaliando o processo de fabricao do produto e a qualidade da sua matria prima. Os ensaios qumicos tm influncia direta sobre o desempenho do produto.produto. Anidrido Carbnico (CO2): O anidrido carbnico, ou gs carbnico, liberado na queima

    das rochas que formaro a cal virgem. Se a rocha que deu origem cal foi pouco "queimada", diminui o seu poder de "colar" na parede e de unir os outros constituintes da argamassa. Logo, neste ensaio "queima-se" a cal e verifica-se o quanto de gs carbnico foi liberado.

    xidos No Hidratados: Este ensaio avalia a quantidade de cal virgem que no hidratou com a gua. Quanto maior essa quantidade, menor a frao de cal hidratada efetivamente no produto final e, quanto menos cal hidratada, menor o poder de "colar" a argamassa ter. Esse ensaio tambm verifica se h possibilidade de ocorrer o surgimento de pequenas "bolhinhas" na parede, que podem surgir na argamassa depois de seca, na parede.

    xidos Totais:Quanto maior for a frao de impurezas presentes na amostra, menor ser a frao de xidos totais. Pode-se dizer ento que este ensaio verifica a qualidade da matria prima utilizada na fabricao da cal hidratada.

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  • Verificaes de QualidadeEnsaios realizados so divididos nas seguintes categorias Ensaios Fsicos: Os ensaios que pertencem a esta categoria

    verificam se a cal foi bem moda no processo de fabricao, se econmica, se boa para o pedreiro trabalhar com ela e se a argamassa desta cal retm a gua da mistura ou a perde para a parede onde a argamassa foi assentada. parede onde a argamassa foi assentada.

    Finura: Neste ensaio faz-se um peneiramento das amostras, em duas peneiras diferentes, e verifica-se quanto de material ficou retido em cada peneira. A norma especifica um valor mximo para estas quantidades, por que quantidades maiores do que as especificadas demonstram que a cal no foi bem moda.

    Plasticidade: Este ensaio avalia se a argamassa feita com a amostra de cal est bem trabalhvel, ou seja, se tem uma boa plasticidade. Uma mistura com boa plasticidade permite uma maior qualidade no servio, pois facilita o trabalho do pedreiro no manuseamento da argamassa.

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  • Verificaes de QualidadeEnsaios realizados so divididos nas seguintes categorias Ensaios Fsicos:

    Reteno de gua: A gua utilizada na argamassa no deve ser, rapidamente, perdida para os tijolos ou para a estrutura de concreto onde esta argamassa foi aplicada, caso contrrio, a argamassa poder apresentar pequenas rachaduras, depois de seca, comprometendo a beleza da argamassa colocada rachaduras, depois de seca, comprometendo a beleza da argamassa colocada na parede. Este ensaio avalia ento a capacidade da cal reter gua.

    Incorporao de Areia: A argamassa constituda de areia, gua e cal hidratada. Se o pedreiro puder acrescentar mais areia na argamassa, sem prejudicar seu desempenho, mais econmica ser a cal. Logo este teste verifica se a quantidade de areia incorporada na argamassa atende a um valor mnimo.

    Estabilidade: Este ensaio verifica a presena de substncias expansivas na cal hidratada, ou seja, que tm a tendncia de reagir depois que a argamassa j est colocada e seca na parede. Pode ocorrer ento uma expanso de volume dos gros da argamassa e descolamento de pedaos de argamassa da parede.

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  • Verificaes de QualidadeF

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  • Verificaes de QualidadeF

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  • Verificaes de Qualidade

    NBR 7175: 06/1992 Cal hidratada para argamassas; NBR 9289: 07/2000 Cal hidratada para argamassas Determinao da

    finura; NBR 9205: 12/2001 Cal hidratada para argamassas Determinao da

    estabilidade;

    Normas e Documentos de Referncia

    estabilidade; NBR 9206: 07/2003 Cal hidratada para argamassas Determinao da

    plasticidade; NBR 9206: 03/2000 Cal hidratada para argamassas Determinao da

    capacidade de incorporao de areia no plastmero de Voss; NBR 9290: 04/1996 Cal hidratada para argamassas Determinao de

    reteno de gua; NBR 6473: 04/1996 Cal virgem e cal hidratada Anlise qumica; Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, do Ministrio da Justia (Cdigo

    de Proteo e Defesa do Consumidor).

  • Aplicaes no Brasil

    Indstrias: acar na remoo dos compostos fosfticos, dos

    compostos orgnicos e no clareamento do acar tintas como pigmento e incorporante de tintas base tintas como pigmento e incorporante de tintas base

    de cal e como pigmento para suspenses em gua, destinadas s caiaes;

    Alumnio como regeneradora da soda (total de 100 kg/t de alumina);

  • Aplicaes no Brasil Outros setores:

    tratamento de gua na correo do pH, no amolecimento, na esterilizao, na coagulao do alume e dos sais metlicos, na remoo da slica;estabilizao de solos estabilizao de solos como aglomerante e cimentante (na proporo de 5 a 8% em volume da mistura solo-cal);

    obteno de argamassas de assentamento e revestimento como plastificante, retentor de gua e de incorporao de agregados (com ou sem aditivos, em geral nas propores de 13 a 17% dos volumes);

  • Aplicaes no Brasil Outros setores:

    misturas asflticas como neutralizador de acidez e reforador de propriedades fsicas (em geral, 1% das misturas);

  • Aplicaes no Brasil Outros setores:

    fabricao de blocos construtivos como agente aglomerante e cimentante (em geral, 5 a 7% do volume do bloco).

  • Aglomerante - Cal

  • Utilizao na construo civil

    A principal utilizao da Cal nacomposio de argamassa pararevestimento e assentamento, onde revestimento e assentamento, onde misturada, em propores adequadas,a areia e gua. Neste caso a calfunciona com o material ligante, da onome aglomerante.

  • Aglomerante - CalMercadoPela diversidade de aplicaes, a cal est entre os dez produtos de origem mineral de maior consumo no planeta. Estima-se que sua produo mundial esteja Estima-se que sua produo mundial esteja em torno de 145 milhes de toneladas por ano. O Brasil produz cerca de 6 milhes de toneladas por ano, o que significa um consumo "per capita" 36 kg por ano. Custo: Saco de 20 Kg R$ 8,47/sc (SPaulo Rev. Guia da Construo 132 jul/2012)

  • Aglomerante - Cal

  • Aglomerante - Cal

  • Estudos dos AglomerantesGesso

  • Aglomerantes Gesso Generalidades

    O gesso o produto obtido pela desidratao total ou parcial da gipsita. A gipsita o sulfato de clcio di-hidratado (CaSO4, 2H2O) mais ou menos impuro, e do hemidrato obtido pela calcinao deste (CaSO4.H2O).

    69

    calcinao deste (CaSO4.H2O). Aglomerante obtido pela calcinao da GIPSITA (rocha sedimentar) transformado em p branco que endurece quando misturado com gua.

  • Aglomerantes Gesso Generalidades O grande interesse pela gipsita atribudo a uma

    caracterstica peculiar que consiste na facilidade de desidratao e re-hidratao.

    70

    A gipsita perde 3/4 da gua de cristalizao durante o processo de calcinao, convertendo-se a um sulfato hemidratado de clcio (CaSO4.1/2H2O) que, quando misturado com gua, pode ser moldado e trabalhado antes de endurecer e adquirir a consistncia mecnica da forma estvel rehidratada.

  • Aglomerantes Gesso Generalidades

    Cerca de trs quartos da produo mundial so calcinados, a uma temperatura entre 120 e 165C, para produo de gesso hemidratado, que forma com gua uma

    71

    hemidratado, que forma com gua uma mistura de extrema plasticidade, usada em moldagem, fundio, cermica e pasta de dentes, alm de servir de material de construo como estuque, cimento de Keene, telhas e blocos decorativos.

  • Aglomerantes Gesso O processo, sinteticamente, apresenta o

    seguinte fluxo: Mina: extrao e seleo do minrio a ser consumido. Transporte da mina ao ptio de estocagem das fbricas. Britagem primria, britagem secundria e ensilamento.

    72

    Britagem primria, britagem secundria e ensilamento. Alimentao dos fornos, por rosca ou calha vibratria. Queima atravs dos fornos estticos descontnuos ou

    rotativo contnuo. Moagem. Ensacamento. Estoque de produto acabado. Expedio.

  • Aglomerantes Gesso As rochas so trituradas e colocadas no forno ,

    provocando a desidratao do gesso, como o di-hidratado abundante na natureza necessrio obter o semi-hidratado.

    73

    CaSO4.2H2 CaSO4.1/2H2O + 3/2H2O (di-hidratado) (semi-hidratado)

  • Aglomerantes Gesso

    Forno rotativo contnuo.

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  • Gesso

    Verificao da Qualidade

    Gesso

  • Aglomerantes Gesso Verificao da Qualidade Propriedades Qumicas

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    RILEM: Reunion Internationale des Laboratoires et Experts des Materiaux,

  • Aglomerantes Gesso Verificao da Qualidade

    Propriedades Fsicas Caractersticas fsicas

    P branco de elevada finuraMassa especfica: 700

    81

    Massa especfica: 700 Kg/m3

    Densidade aparente: 0,7 a 1

    Densidade absoluta: 2,7

  • Aglomerantes Gesso Verificao da QualidadePropriedades fsicas

    Endurecimento (pega): endurece e ganha resistncia na

    presena de gua (a quantidade de

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    presena de gua (a quantidade de gua tima da ordem de 19%). O gesso endurece num perodo de 8 a12mim

  • Aglomerantes Gesso Verificao da Qualidade

    83

  • TEMPO DE PEGAO tempo de pega se relaciona diretamente com o tempo necessrio para que os cristais

    84

    para que os cristais de gipsita estejam presentes em nmero suficiente, capazes de suportar tenses.

  • Aglomerantes Gesso Verificao da Qualidade

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  • Aglomerantes Gesso Verificao da Qualidade

    mesh size particles - partculas de tamanho de malha

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    mesh size particles - partculas de tamanho de malha comum se usar "mesh", em portugus, como se fosse uma unidade de medida. Por exemplo, "partculas de tamanho 35 mesh.Quanto maior no nmero, menor o tamanho do furo e portanto menor a granulometria do material peneirado.

  • Aglomerantes GessoPropriedades Fsicas

    Isolamento Trmico Bom isolaste trmico (boa resistncia ao

    fogo) e acstico

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    Impermevel ao ar Solubilidade em gua (proibido em

    ambientes externos)

  • Aglomerantes Gesso

    Propriedades MecnicasResistncia mecnica

    Trao- 0,7 a 3,5MPaCompresso 5 a 15MPa

    88

    Compresso 5 a 15MPa

  • Aglomerantes Gesso

    89

  • Aglomerantes GessoPropriedades Mecnicas

    Aderncia: No adere a madeira; Boa aderncia com alvenaria de tijolo

    90

    Boa aderncia com alvenaria de tijolo (cermico e de concreto);

    Boa aderncia ao ao (no protege o ao contra corroso)

  • AGLOMERANTES GESSO

    Caractersticas:

    o Densidade absoluta:2.7

    o Densidade aparente : 0.7 a 1

    o Resistncia Mecnica:

    Trao 0.7 a 3.5 Mpa

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    Trao 0.7 a 3.5 Mpa

    Compresso 5 a 15 Mpa

    o Dureza Escala Mohs:

    2 (pode ser riscado at mesmo

    com a unha)

  • Aglomerantes Gesso Aplicaes do gesso na construo civil

    Revestimentos e decorao de interiores Forros Ornamentos, painis

    94

    Matria prima para painis termo-acsticos Blocos leves, para paredes internas; A aplicao mais importante do gesso, como

    material de construo, na fabricao do cimento Portland, onde age como regulador do tempo de pega.

  • Aglomerantes Gesso

    Aplicaes do gesso na construo civil

    Estudo de tijolos com gesso refugado Sistema construtivo para casas populares, utilizando

    95

    casas populares, utilizando resduos das fabricas de placas da moldagem, quebras e resduos de gesso do cho de fbrica, que misturados, produzem uma pasta, que confecciona os tijolo.

  • Aglomerantes Gesso

    Aplicaes do gesso na construo civil Revestimentos de paredes Placas de gesso para

    forro 60X60

    96

  • Aglomerantes Gesso

    Encontrado praticamente em todo o mundo, o gesso ocorre no Brasil abundantemente em terrenos cretceos de formao marinha, sobretudo nos estados do Cear, Rio Grande

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    do Norte, Piau e Pernambuco. Gesso Revestimento

    Gesso comercializado com embalagem de papel contendo 40Kg - R$ 11,00 a 12,30

  • Aglomerantes GessoMaior reserva mundial de gipsita

    0 Brasil possui a maior reserva mundial de gipsita (matria-prima do gesso), com 1,2 bilho de toneladas, e apresenta como diferencial competitivo a pureza desse material, que de 98%.

    98

    diferencial competitivo a pureza desse material, que de 98%.

    Utilizando a tecnologia adequada, possvel fabricar um gesso de qualidade refinada. Produzindo 90% do gesso consumido no Pas,

    Pernambuco o estado nordestino com maior destaque nesse setor.

  • Aglomerantes Gesso

    Mercado interno em crescimento Embora apresente um consumo per capita

    de gesso 15% menor que a mdia europia, so grandes as perspectivas de

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    europia, so grandes as perspectivas de crescimento do setor no mercado interno. Nos ltimos anos, o consumo per capita subiu de 3 kg por habitante, em 1997, para 13 kg, atualmente.

  • Aglomerantes Gesso

    Mercado O consumo de gesso, estimado em 13

    kg/habitante-ano, ainda baixo quando comparado com:

    100

    a Argentina (20 kg/habitante-ano), o Chile (40 kg/habitante-ano), o Japo (80 kg/habitante-ano), EUA (90 kg/habitante-ano) e Europa (80 kg/habitante-ano).

  • Aglomerantes Gesso

    Mercado Gesso Acartonado O sistema Drywall consiste numa edificao

    de paredes de gesso que so mais leves e com espessuras menores que as das paredes de alvenaria.

    101

    de alvenaria. No Brasil o sistema veio ganhando espao

    nos ltimos anos em funo da instalao em nosso pas de trs grandes fabricantes europeus do sistema : LAFARGE ( francesa), PLACO ( francesa ) e KNAUF ( alem ).

  • Bibliografia1. Cal - Wikipdia - Tambm chamado de cal viva ou virgem, um composto slido branco.

    ... muros e tambm na pintura, a cal tambm tem emprego na indstria cermica, pt.wikipedia.org/wiki/Cal

    2. Argila - Wikipdia ... como as que tem feldspato, a argila pode ser encontrada prxima de rios, muitas ... A argila uma famlia de minerais filossilicticos hidratados, aluminosos de ...pt.wikipedia.org/wiki/Argila

    3. Livro MATERIAIS DE CONSTRUCAO, V.1Autor(es).: ALVES, JOSE DAFICO ;

    prof. Joo Carlos de Campos 102

    Autor(es).: ALVES, JOSE DAFICO ; Cdigo do Assunto.: 691 Cdigo Autor.: A474M/V.1 Idioma.: PortuguesEditora.: NOBEL Edio.: 3 Paginao.: 0Local de Publicao.: SAO PAULO Ano de Publicao.: 1976 Nmero de exemplares: 2 (0 disponvel) - Ver detalhes