capacitores e indutores mario
TRANSCRIPT
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
1/66
Centro universitario Uniara
Mario Felipe Camargo
Capacitores e Indutores
AraraquaraSP
2015
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
2/66
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
3/66
Mario Felipe Camargo
Capacitores e Indutores
Trabalho de avaliao de curso apresentado ao centroeducacional uniara como exigencia parcial de avaliao
da disciplica Eletricidade decorente ao terceiro bimestredo segundo ano de engenharia mecatronica.
Professor(a): Cristiano Minotti.
AraraquaraSP
2015
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
4/66
2
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
5/66
3
Dedico este trabalho a Gunter Camilo Kiefer
por todo o incentivo e ajuda para que isto fosse
possivel.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
6/66
4
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
7/66
5
Sumrio
Introduo.............................................................................................................................................. 7
Abstract................................................................................................................................................... 9
Capitulo 1 - Capacitores........................................................................................................................ 11
1.1 - Origem do capacitor................................................................................................................. 11
1.2 - Funcionamento dos capacitores de placas planas.................................................................. 13
1.3 - Associao dos capacitores...................................................................................................... 15
1.3.1 - Associao dos capacitores em paralelo:......................................................................... 15
1.3.2 - Associao dos capacitores em serie:............................................................................... 15
1.4 - Carga do capacitor em funo do tempo................................................................................ 16
1.4.1 - Interpretao grafica dos resultados obtidos:................................................................. 20
1.5 - Filtros com capacitores:........................................................................................................... 21
1.5.1 - Filtro Passa-Baixas............................................................................................................. 23
1.5.2 - Filtro Passa-altas................................................................................................................ 23
1.6 - Tipos de capacitores................................................................................................................. 24
1.6.1 - Capacitores ceramicos:..................................................................................................... 24
1.6.2 - Capacitores eletroliticos:.................................................................................................. 24
1.6.3 - Capacitores de poliester:.................................................................................................. 25
1.6.4 - Capacitores variaveis e trimmers:.................................................................................... 251.6.5 - Capacitor a oleo:................................................................................................................ 26
1.6.6 - Capacitores especiais:....................................................................................................... 26
1.6.6.1 - Diodo Varicap................................................................................................................. 26
1.6.6.2 - DRAM (DINAMIC RAM).................................................................................................. 27
1.6.6.3 - Capacitores de cermica SMD....................................................................................... 28
1.6.6.4 - Sensores capacitivos...................................................................................................... 28
1.7 - Codigo de Capacitores:............................................................................................................ 29
Capitulo 2 - Indutores........................................................................................................................... 35
2.1 - Descoberta do eletromagnetismo........................................................................................... 35
2.2 - Lei de induo de Faraday........................................................................................................ 36
2.3 - Circuitos transitorios................................................................................................................ 38
2.3.1 - Condies de contorno:.................................................................................................... 38
2.4 - Indutancia................................................................................................................................. 42
2.4.1 - Coeficiente de indutancia mutua...................................................................................... 42
2.4.2 - Alta indutancia.................................................................................................................. 43
2.5 - Energia armazenada no campo magnetico da bobina............................................................ 43
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
8/66
6
2.6 - Calculo de reatncia indutiva:.................................................................................................. 45
2.7 - Associao dos Indutores......................................................................................................... 47
2.7.1 - Associao dos indutores em paralelo:............................................................................ 47
2.7.2 - Associao dos Indutores em serie:.................................................................................. 47
2.8 - Principais tipos de indutores.................................................................................................... 48
2.8.1 - Indutores com ncleo de ar.............................................................................................. 48
2.8.2 - Indutores com ncleo ferromagntico............................................................................. 48
2.8.3 - Indutores com ncleo laminado....................................................................................... 49
2.8.4 - Indutores com ncleo de ferrite....................................................................................... 49
2.8.5 - Indutores Toroidais........................................................................................................... 49
2.8.6 Gyrator (indutor especial)................................................................................................ 50
2.9 - Codigo de Cores para indutores............................................................................................... 50
2.10 - Transformadores.................................................................................................................... 51
2.10.1 - Relao entre tenso e correntes no transformador ......................................................... 52
2.11 - Circuito oscilador LC ou circuito tanque................................................................................ 53
2.11.1 - Frequencia natural do circuito LC................................................................................... 55
2.11.2 - Aplicao do circuito RL (tanque)................................................................................... 55
2.12 - Filtros com capacitores e indutores....................................................................................... 56
2.12.1 - Filtro Passa-Baixas:.......................................................................................................... 562.12.2 - Filtros Passa-Altas:.......................................................................................................... 57
Concluso.............................................................................................................................................. 61
Referencias........................................................................................................................................... 63
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
9/66
7
Introduo
O presente trabalho, tem como objetivo apresentar os componentes capacitor e indutor tanto do ponto de vista
historico como tecnico, sendo este pautado pelo rigor matematico para tal empreita foram pesquisados sites e
livros de fisica com enfase no estudo de eletricidade bem como livros de calculo voltados a equaes diferenciais
ordinarias
Palavrachave: Capacitor, Indutor, Eletricidade, Fisica, Eletromagnetismo, Equaes diferenciais
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
10/66
8
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
11/66
9
Abstract
This job has as objective to introduce the components: capacitor and inductor, both point of view technical and
historic, like be guided by mathematical rigor and for such were searched in internet and book of physic with
emphasis in the study of electricity and calculation who aimed to ordinary equation.
Keywords: Capacitor, Inductor, Eletricity, physical, electromagnetism, differential equation.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
12/66
10
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
13/66
11
Capitulo 1 - Capacitores
1.1 - Origem do capacitor.
Os gregos antigos j sabiam que pedaos de ambar passam a atrair particulas leves quando atritados. O ambar
passa a ser eletrificado a partir do efeito triboeletrico, separao mecanica das cargas em um dieltrico. A
palavra grega para ambar ("elektron") e a origem da palavra eletricidade.
Por volta de 1650, Otto Von Guericke construiu um gerador eletrostatico primitivo: uma esfera de enxofre
girando em um eixo.
Figura 1: Gerador eletroestatico feito a partir de enxofre
Quando Guerricke quando encostou sua mo na esfera e a girou produziu uma carga de eletricidade estatica.
Esse esperimento inspirou o desenvolvimento e de varias formas de maquinas de friquio, que ajudou
enormemente nos estudos da eletricidade.O jarro de Leyden foi descoberto independente por duas partes: O cientista e juiz alemo Ewald Georg Von
Kleist, e os cientistas holandes Pieter Van Musschenbroek e Andreas Cunaeus. Esses cientistas desenvolveram
o jarro de Leyden enquanto trabalhavam sobre a teoria da eletricidade e viam a eletricidade como um fluido, e
esperavam desenvolver o jarro para capturar esse fluido. Em 1744 Von Kleist colocou o jarro alinhado com
uma folha de prata e carregou a folha com uma maquina de friquio. Kleist estava convencido que aquela
carga eletrica substancial poderia ser coletada quando ele recebeu um choque significantemente do
dispositivo. O jarro de Kleist foi independentemente descoberto por volta da mesma epoca por Pieter Van
Musschenbroek e seu assistente Cunaeus na universidade de Leiden, quando tentavam carregar um jarro de
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
14/66
12
agua com eletricidade. Cunaeus recebeu varios choques. Van Musschenbroek comunicou o esperimento para a
comunidade de cientistas Frances, e o jarro passou a ser chamado de jarro de Leyden.
Figura 2: interior de um Jarro de Leyden vista em corte.
Daniel Gralath foi o primeiro a conectar varios jarros em paralelo para aumentar a possivel carga armazenada.
O termo bateria foi concedido por Benjamin Franklin devido a essa combinao, que comparou com uma
bateria de canhes (varios canhes agrupados no mesmo local). O termo foi usado mais tarde para a
combinao de multiplas celular eletroquimicas, o significado moderno para o termo bateria. Pelo meio do
seculo 19, o jarro de Leyden tornou-se bastante comum para os escritores assumirem que seus leitores j o
conheciam e entendiam o basico de seu funcionamento.
Figura 3: Bateria feita a partir de varios jarros de Leyden ligados em em paralelo.
Por volta da virada do seculo, comeou a ser usado largamente em transmissores Spark-gap (chamados de
transmissores de centelhas) e em equipamentos medicos de eletroterapia. Pelo comeo do seculo 20,
melhores dieletricos e a necessidade de um tamanho reduzido, resistencia e indutancia elevada para o uso nas
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
15/66
13
novas tecnologias de radio causou o envolvimento do jarro de Leyden da forma compacta dos capacitores
modernos.
1.2 - Funcionamento dos capacitores de placas planas
Os capacitores de placas planas, como o prprio nome j diz, constituido por duas placas de material
condutor de area A separados por uma distancia d. O espao entre as placas, normalmente preenchido por
um dieletrico (isolante), cada dieletrico possui um valor diferente para a constante , Quando o meio um
vcuo o valor 0=8,89.10-12F/m. A equao que nos da o valor do capacitor dependendo de sua geometria
pode ser obitido e apresentada pela equao 1:
= 0Equao 1:geometria de um capacitor.
Quando o capacitor carregado fluem para as sua placas cargas de sinais opostos estas cargas se atram
mutuamente, mas no pode ser descarregadas devido ao dieletrico (isolante) que as separam, as cargas ficam
assim, ento com isso o capacitor continua a se carregar at que atinja o seu limite.
Figura 4:Representao da parte interna de um capacitor.
A capacitancia de um capacitor em funo de sua carga dada pela equao 2:
= Equano 2
Onde que representa carga em Coulomb C representa a capacitancia em Farad e U a diferena de potencial,
atravs da equao 2, podemos calcular a energia armazenada pelo capacitor:
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
16/66
14
Figura 5:Grafico representado a carga do capacitor em funo da diferena de potencial (ddp=u)
A area sob a reta igual a area do triangulo de base U e de altura Q logo utilizando a area do triangulo:
A =b h2 Equao 3
= 2 Equao 4
Substituindo a equao 2 na equao 4 obtemos:
= 2 Equao 5
Logo:
=
2
Equao 6:energia armazenada no campo eletrico de um capacitor.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
17/66
15
1.3 - Associao dos capacitores
1.3.1 - Associao dos capacitores em paralelo:
Na figura 6 podemos ver a representao da associao de capacitores em paralelo, na associao em paralelo
podemos ver que todos os capacitores esto submetidos a mesma ddp (diferena de potencial), a carga total
da associao igual a soma das cargas contidas em cada capacitor:
= 1 2 3 .. . Equao 7
Substituindo a equao 2 na equao 7, ficamos com:
= 1 2 3 . . . Equao 8
Como a diferena de potencial a mesma em cada um dos capacitores podemos colocar U em evidencia:
= 1 2 3 . . . Equao 9
Fazendo as devidas divises ficamos com:
= 1 2 3.. . Equao 10
Se desprende da equao 10 que quando associamos os capacitores em paralelo a capacitancia total aumenta.
Figura 6:Capacitores ligados em paralelo.
1.3.2 - Associao dos capacitores em serie:
Na associao em serie a tenso total igual a soma das tenses em cada um dos capacitores:
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
18/66
16
= 1 2 3 . . . Equao 11
Utilizando a equao 2 e rearranjando de forma que:
= Equao 12
Substituindo a equao 11 na equao 12 obtemos:
=123 . . . Equao 13
Levando em conta que todos os capacitores estaro carregados com a mesma carga (Q), podemos coloca o Q
em evidencia, e fazer as eventuais divises ficando com:
1
= 1
1 1
2 1
3 . . . 1
Equao 14
Atraves da equao 14 concluimos que quando associamos capacitores em paralelo a capacitancia total
diminui.
Figura 7: Capacitores ligados em serie.
1.4 - Carga do capacitor em funo do tempo.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
19/66
17
Figura 8 : Diagrama do circuito RC
Condio inicial
0=Equao 15
Aplicao KVL
= 0Equao 16
= 0Equao 17
Mas a corrente do capacitor dada por
= Equao 18
Fazendo os devidos ajustes e integrando chegamos a
=1
Equao 19
Substituindo a equao 19 na equao 17 obtemos:
V Rit1
c itdt = 0
Equao 20
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
20/66
18
1 =
Equao 21
Dividindo ambos os membros por R, ficamos com :
1 =
Equao 22
Derivando ambos os membros em relao a t obtemos:
1 = 0Equao 23
= 1 Equao 24
Utilizando o metodo de separao de variaveis para a resoluo de equaes diferenciais e integrandos dos
dois lados temos:
= 1 Equao 25
ln=- Equao 26
Elevando e a cada um dos lados da equao obtemos:
= + Equao 27
O que nos da:
= Equao 28
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
21/66
19
Chamando de K, obtemos:
= Equao 29Impondo a condio de contorno:
0=Equao 30
E substituindo na equao 29, obtemos o valor de K:
= Equao 31
= Equao 32
= 1Equao 33
=Equao 34
Substituindo o valor de K na equao 29, obtemos:
= Equao 35
=1
Equao 36
Variao da tenso com o carregamento do capacitor e substituindo na equao 35 da equao 34 obtemos:
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
22/66
20
= 1 Equao 37: Variao da tenso do capacitor em funo do tempo
1.4.1 - Interpretao grafica dos resultados obtidos:
Figura 9: Graficos da variao de corrente e tenso do capacitor me funo do tempo.
Atravez dos graficos notamos que o fluxo de corrente no circuito diminui com o tempo, isto acontece devido ao
capacitor que inicialmente se encontrava descarregado, absorve uma grande capacidade de corrente quando o
tempo igual a 0, quando o tempo tende ao infinito o capacitor passa a se comportar como um circuito aberto
e o seu fluxo de corrente sessa, j com a sua tenso acontece ao contrario, a tenso nos terminais do capacitor
no tempo t=0 0 e o capacitor se carrega esponencialmente at atingir a tenso iguai a tenso da fonte, o
tempo de carga/ descarga do capacitor depende da constante RC, como podemos ver abaixo.
= Equao 38
Logo
= Equao 39
= Equao 40
Logo
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
23/66
21
=Equao 41
Ao multiplicarmos R por C, multiplicamos a equao 38 pela 39:
Equao 42
O que nos da
Equao 43
Lembrando que i e fazendo substituies na equao 42, obtemos:
Equao 44
O que resulta em t, que no sistema internacional dada em segundos, podemos calcular o valor de R e de C
para controlar o tempo de carga e descarga do capacitor, isso muito usado em circuitos temporizadores ou
osciladores como, por exemplo, os osciladores de relaxao, um outro bom exemplo, o dos osciladores
integrado 555 onde comparadores so senciveis aos niveis de tenso de um tero e dois teros do nivel de
tenso em um capacitor.
1.5 - Filtros com capacitores:
Capacitores ligados a corrente alternada se comportam como resistores o que chamamos de reatancia
capacitiva, a reatancia capacitiva varia com o valor do capacitor e da frequencia (Hz) aplicada.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
24/66
22
Figura 10: Circuiro de um capacitor ligado em uma tenso alternada
= Equao 45
= Equao 46
= Equao 47
Por Thevinin :
= Equao 48
Derivando ambos os lados em relao a t ficamos com:
1 = cosEquao 49
Lembrando que igual a i e substituindo, obtemos:
= cosEquao 50
Tomando cos(= 1;=
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
25/66
23
Equao 51
Como v=Ri e = ; rearranjamos a equao anterior obtendo:1= = =
Equao 52
Note que = ou 2 ; substituindo obtemos:
= 1
2
Equao 53:Reatancia capacitiva de um capacitor.
Atravez da equao anterior notamos que para reatancias capacitivas baixa deveremos ter valores de
frequencia ou de capacitores altas, e para reatancia capacitiva altas, deveremos ter valores de frequencia ou de
capacitores baixas.
1.5.1 - Filtro Passa-Baixas
O Filtro passa-baixas basico constituido por um capacitor e um resistor ligados como na figura abaixo:
Figura 11: circuito filtro passa-baixa
O principio de funcionamento de um filtro passa-baixas reside no fato de um capacitor apresentar baixa
reatancia capacitiva para altas frequencias ( podemos considerar o capacitor como um curto-circuito ), as
baixas frequencias que entram no circuito so direcionadas a saida j as frequencias alta so direcionadas para
o terra, j que o capacitor serve como um curto para elas.
1.5.2 - Filtro Passa-altas
O Filtro passa-altas basico constituido por um capacitor e um resistor ligados como na figura abaixo:
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
26/66
24
Figura 12: Circuito filtro passa-altas
O principio de funcionamento de um filtro passa-altas reside no fato de um capacitor apresentar alta reatancia
capacitiva para baixas frequencias ( podemos considerar o capacitor como um circuito aberto ), as altasfrequencias que entram no circuito so direcionadas a saida j as frequencias baixas so bloqueadas e no
passam pelo capacitor.
1.6 - Tipos de capacitores
1.6.1 - Capacitores ceramicos:
Os capacitores ceramicos so normalmente de pequenas dimenses e encapsulados em discos, a isolao das
placas feita por ceracicas e da o nome a este tipo de capacitor, tais capacitores so normalmente utilizados
em altas frequencias e possuem baixos valores de capacitancia atingindo a ordem de pico-farards.
Figura 13: Capacitores ceramico.
1.6.2 - Capacitores eletroliticos:
Os Capacitores eletroliticos consistem em fitas de metal separadas por um polimero e enrolados de forma a
aumentar a area e com isso o valor de sua capacitancia, tal dispositivo embebido em um liquido isto o
eletrlito que serve como dieletrico, tais capacitores tem polaridade e normalmente so utilizados em baixasfrequencias ou onde requerido um grande acumulo de carga, os capacitores eletriliticos normalmente tem
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
27/66
25
capacitancias que vo de alguns micro farards a milhares de farards um exemplo de aplicao para estes
capacitores so em circuitos eleminados de ripple (ondulao) em fontes de alimentao.
Figura 14: Capacitores eletrolitico.
1.6.3 - Capacitores de poliester:
Os capacitores de poliester so contituidos de laminas de metal separadas por um dieletrico de poliester
enrolados em uma bobina revestidos por uma ceramica que normalmente contem o codigo de cores referente
a sua capacitancia, tais capacitores so largamentes utilizados em circuitos de audio (tais como amplificadores)
e osciladores de baixa frequencia.
Figura 15 : Capacitor de poliester com as respectivas faixas relativa aos codigo de cores.
1.6.4 - Capacitores variaveis e trimmers:
Os capacitores variaveis so constituidos de placas alinhadas a uma certa distancia d que podem ser deslocadas
com isso a variao da area do capacitor em relao ao campo eletrico aplicado, normalmente as placas so
ligadas a eixos ou parafusos tais capacitores era muito utilizados em circuitos receptores de radio para variar a
frequencia de recepo do circuito resonante, os trimmers so utilizados geralmente para ajuste de frequencia
fina em transmissores e receptores de radio frequencia em circuitos osciladores a cristal.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
28/66
26
Figura 16: Capacitores variaveis
1.6.5 - Capacitor a oleo:
Os capacitores e oleo tem como dieletrico um tipo de oleo, tais capacitores tem capacitancia entre alguns
farards a dezenas de farards, os capacitores a oleo so utilizados em circuitos retificadores de alta tenso no-
breaks e em motores para corrigir o fator de potncia.
Figura 17: Capacitor a oleo
1.6.6 - Capacitores especiais:
1.6.6.1 - Diodo Varicap
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
29/66
27
Varicap ou varactor, um tipo de diodo que possui uma resistencia varivel que funo da tenso qual ele
submetido. A nomenclatura varicap vem do ingls variable capacitance (capacitncia varivel) e varactor vem
tambm do ingls variable reactance (reatncia varivel) e so duas nomenclaturas utilizadas para denominar o
mesmo tipo de dispositivo.
Funcionamento:
Quando reversamente polarizados, os diodos semicondutores apresentam em sua juno PN uma capacitncia
que devida presena de portadores de carga separados por uma camada isolante (formada pela
recombinao dos portadores). Essa regio tambm chamada de zona de depleo. Ao variarmos a tenso
nos terminais desse diodo, variamos a separao destes portadores, ou seja, a largura dessa camada isolante, o
que equivale a aumentar o meio dieltrico entre as placas energizadas de um capacitor. Dessa forma, atuando
sobre a tenso no diodo, temos uma resposta na capacitncia gerada. Em diodos semicondutores comuns, esseefeito no muito expressivo ( preciso uma grande variao de tenso para variar significativamente a
capacitncia). Por isso, os varicaps so construdos de modo a se ampliar esse efeito capacitivo, tornando-os
mais sensveis a variaes de tenso, enquanto que os diodos comuns geralmente so feitos de forma a
minimizar esse efeito.
Aplicaes:
aparelhos de televiso onde possuem um seletor de canais automtico que contm diodos varicaps com a
funo de sintonizar as freqncias dos canais recebidos em conseqencia da variao de tenso em seus
catodos (polarizao reversa), acarretando mudana de capacitncia internamente nestes diodos.
Figura 18: Representao esquematica de um diodo varicap
1.6.6.2 - DRAM DINAMIC RAM)
A diferena bsica est no tipo de clula que a compe. Enquanto na SRAM a clula de memria composta
por um Flip-Flop, na DRAM ela formada por um transistor MOS.
Na DRAM a informao armazenada na Capacitncia parasita de um transistor MOS. Devido corrente de
fuga esta informao pode ser perdida aps um determinado tempo (de 2 a 4 ms), necessitando portanto de
uma renovao peridica denominada operao de Refresh.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
30/66
28
Sempre que uma operao de leitura for realizada em determinado endereo,todas as clulas desse endereo
sofrero um refresh( realizado por um CI controlador de DRAM )
Figura 19: memorias RAM dinamicas que utilizam capacitancias parazitas entre as junes dos transistor mosfet
para armazenar informaes
1.6.6.3 - Capacitores de cermica SMD
Os capacitores SMD so geralmente empregados como capacitores de desacoplamento, possui duas funes
principais que so totalmente relacionadas:
1. Servir como uma fonte de energia de ao rpida junto ao circuito integrado, permitindo que ele opere at
que a fonte de alimentao principal possa fornecer a corrente que ele necessita
2. Desviar rudos de alta frequncia de volta para a fonte de alimentao. Os capacitores cermicos SMD
consistem de um bloco retangular de dieltrico de cermica no qual um certo nmero de eletrodos metlicos
intercalados esto contidos.
Figura 20: Capacitores ceramicos SMD (surface Mont Divice)
1.6.6.4 - Sensores capacitivos
Funcionamento:
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
31/66
29
Desde o ponto de vista puramente teorico, se diz que o sensor esta formado por um oscilador cuja capacidade
de formado por um eletrodo interno (parte do proprio sensor) e outro externo (contido uma uma pea
conectada ao terra). O eletrodo externo pode ser feito de duas formas diferentes; em algumas aplicaes o
eletrodo o proprio objeto a ser detectado, previamente conectado ao terra; ento a capacidade em questoira varias de acordo com a distancia entre o sensor e o objeto. No entanto, em outras aplicaes se coloca uma
massa, e o corpo a ser detectado funciona como um dieletro entre a massa e a placa ativa, modificando assim
as caracteristicas do condensador equivalente.
Aplicaes:
Estes sensores so usados para a identificao dos objetos, para serem usados como contadores e para toda a
classe de monitoramento de carga dos materiais solidos e liquidos. Tambm so utilizados por varios
dispositivos touchscreen, como celulares, computadores; como o sensor detecta a pequena diferena depotencial entre as membranas que esta sendo tocadas pelos dedos eletricamente polarizados pela pessoa que
esta usando.
Figura 21: Sensor de proximidade capacitiva.
1.7 - Codigo de Capacitores:
Um dos grandes problemas para todos que praticam a eletrnica a leitura dos cdigos de alguns
componentes. Para os resistores no existem muitos problemas, a no ser em caso dos tipos SMD, mas para os
capacitores a coisa muda. Os diversos tipos de cdigo e o modo como so aplicados podem causar confuses.
Veja nesse artigo como ler os cdigos dos principais tipos de capacitores.
A variedade de tipos, formas e tamanhos segundo os quais so encontrados os capacitores exige dos
fabricantes tcnicas especiais para marcar seus componentes. Para os capacitores grandes, por exemplo, os
eletrolticos, polister e papel de grandes dimenses, existe espao suficiente para que a marcao direta, sem
problemas seja feita, conforme sugere a figura 1.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
32/66
30
Figura 22: Encapsulamento variado para capacitores.
No entanto medida que os componentes se tornam menores, cada vez menos espao existe para a marcao
dos valores. Esse processo culmina com os capacitores SMD que mal tm espao para a gravao de 3 ou 4
pequenos smbolos, conforme mostra a figura 2.No entanto medida que os componentes se tornam
menores, cada vez menos espao existe para a marcao dos valores. Esse processo culmina com os
capacitores SMD que mal tm espao para a gravao de 3 ou 4 pequenos smbolos.
Figura 23: Capacitores SMD e seus respectivos codigos
Mesmo assim, esses componentes ainda precisam ser lidos, em alguns casos, com o auxlio de uma lente de
aumento. Os cdigos especiais podem assumir diversas formas, conforme o tipo de componente considerado.
Um deles, o cdigo de 2 ou 3 dgitos adotado para os capacitores cermicos e outros. Conforme mostra a
figura 24, um capacitor de 47 pF e um de 100 pF podem vir com a marcao simples 47 e 100. As letras esto
relacionadas com a tolerncia.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
33/66
31
Figura 24: Capactores ceramicos e seus respectivo codigo de tenso
Mas, o profissional deve estar atento para o caso em que os trs dgitos no indicam o valor direto do
componente, mas sim o valor dado por um cdigo que, de certa forma lembra o cdigo usado para os
resistores. Nesse cdigo, os dois primeiro dgitos fornecem o valor ou mantissa da capacitncia, enquanto que
o terceiro fornece o multiplicador ou nmero de zeros que deve ser acrescentado mantissa para se obter a
capacitncia. Assim, conforme mostra a figura 25, um capacitor com a marcao 223 de 22 + 000 pF ou 22 nF.
Um capacitor de 101 de 10 + 0 = 100 pF.
Figura 25: Capactores ceramicos e seus respectivo codigo de tenso
tabela abaixo d os valores dos multiplicadores para o terceiro dgito dos cdigos de capacitores (em pF)
Tabela:
Terceiro Digito Multiplicador
0 1
1 10
2 100
3 1.000
4 10.000
5 100.000
6No usado
7No usado
8 0,01
9 0,1
Por exemplo, um capacitor com a marcao 473 de 47 + 000 = 47 000 pF ou 47 nF.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
34/66
32
Em alguns casos, o leitor pode ficar confuso se um cdigo de tolerncia for acrescentado a essa marcao. Por
exemplo, um capacitor com a marcao 223J um capacitor de 22 nF (22 + 000 pF) com +/- 5% de tolerncia. A
tabela com o cdigo de tolerncias dada a seguir.
Tabela:
Letra Tolerancia
B +/- 0,10%
C +/- 0,25%
D +/- 0,50%
E +/- 0,50%
F +/- 1%
G +/- 2%
H +/- 3%J +/- 5%
K +/- 10%
M +/- 20%
N +/- 0,05%
P +100%, -0%
Z +80%, - 20%
b) Capacitores de polister (antigos)
Tentando recuperar algum equipamento antigo ou mesmo repar-lo numa oficina, o leitor pode se defrontar
com um capacitor de polister metalizado do tipo zebrinha como o mostrado a seguir.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
35/66
33
Figura 26: Explicao para cada faixa do capacitor de poliester.
Conforme podemos ver, neste capacitor temos faixas coloridas que devem ser lidas no sentido indicado na
mesma figura. Essas faixas indicam o valor do componente, a tenso de trabalho e tambm a tolerncia e
coeficiente de temperatura de acordo com a tabela 2 (os valores so encontrados em picofarads).
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
36/66
34
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
37/66
35
Capitulo 2 - Indutores
O indutor, tambm conhecido como solenide ou bobina, um componente eltrico capaz de armazenar
energia em um campo magntico gerado pela corrente que o circula. Essa capacidade chamada de indutncia
e medida em Henrys (H).
De maneira geral, um indutor composto por um fio condutor enrolado em forma de espiral. Cada volta da
bobina chamada de espira e a sua quantidade influencia diretamente na intensidade do campo magntico
gerado.
Indutores so amplamente utilizados em circuitos analgicos e em processamento de sinais. Juntamente com
capacitores e outros componentes, formam circuitos ressonantes, os quais podem enfatizar ou atenuarfrequncias especficas.
As aplicaes possveis vo desde o uso de grandes indutores em fontes de alimentao, como forma de
remoo de rudos residuais, alm de bobinas de ferrite ou toroidais para filtragem de rdio-frequncia, at
pequenos indutores utilizados em transmissores e receptores de rdio e TV. Indutores tambm so
empregados para armazenamento de energia em algumas fontes de alimentao chaveadas.
2.1 - Descoberta do eletromagnetismo
Hans Christian rsted foi um fsico e qumico dinamarqus.
conhecido sobretudo por ter descoberto que as correntes elctricas podem criar campos magnticos que so
parte importante do Electromagnetismo. As suas descobertas moldaram a filosofia ps-kantiana e os avanos
na cincia durante o final do sculo XIX. Foi tambm o primeiro pensador moderno a descrever explicitamente
e denominar a experincia mental.
Enquanto se preparava para uma palestra na tarde de 21 de abril de 1820, rsted desenvolveu uma
experincia que forneceu evidncias que o surpreenderam. Enquanto preparava os seus materiais, reparou que
a agulha de uma bssola deflectia do norte magntico quando a corrente elctrica da bateria que estava a usar
era ligada e desligada. Esta deflexo convenceu-o que os campos magnticos radiam a partir de todos os lados
de um fio carregando uma corrente elctrica, tal como ocorre com a luz e o calor, e que isso confirmava uma
relao directa entre electricidade e magnetismo.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
38/66
36
Figura 27: Diagrama esquematico do experimento de Orested.
poca desta descoberta, rsted no sugeriu nenhuma explicao satisfatria para o fenmeno, nem tentou
representar o fenmeno numa estrutura matemtica. No entanto, trs meses mais tarde deu incio a
investigaes mais intensivas. Pouco depois publicou as suas descobertas, provando que a corrente elctrica
produz um campo magntico medida que flui atravs de um fio. A unidade CGS da induo eletromagntica
(Oersted) foi assim designada em honra dos seus contributos no campo do electromagnetismo.
As suas descobertas resultaram numa pesquisa intensa em electrodinmica por parte da comunidade
cientfica, influenciando o desenvolvimento de uma forma matemtica nica que representasse as foras
magnticas entre condutores portadores de corrente por parte do fsico francs Andr-Marie Ampre. As
descobertas de rsted representaram tambm um grande passo em direco a um conceito de energia
unificado.
2.2 - Lei de induo de Faraday
Figura 28: Representao de uma espira de comprimento l se deslocando na direo y com velocidade v
atravez de um capo magnetico B que esta saindo do plano do papel.
A fora magnetica criada por um campo magnetico perpendicular a um eletron que atravessa as linhas de
campo com velocidade v dada por:
=
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
39/66
37
Equao 54
Quanto a velocidade e o campo so perpendiculares = 1, ficamos com=
Equao 55
J a a fora eletrica devido a um campo eletrico dada por:
= Equao 56
Igualando a fora eletrica a magnetica obtemos:
= Equao 57
Sendo assim:
= Equao 58 =
Equao 59
= Equao 60
Onde l o cumprimento da barra contendo os eletrons que atravessa o campo magnetico
O fluxo magnetico que atravessa uma dada area A dado por:
= Equao 61
Podemos definir a area A como o produto do comprimento da barra que atravessa o campo magnetico (l)
multiplicado pela distancia percorrida pela barra
=
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
40/66
38
Equao 62
Substituindo:
= Equao 63
E derivando em ambos os lados:
ddt = B l dydt Equao 64
Observando que = e substituindo na equao 64, temos:
= Equao 65
Observando que = = obtemos:
= Equao 66
2.3 - Circuitos transitorios
Figura 29: Representao esquematica de um circuito transitorio envolvendo indutores e resistosres.
2.3.1 - Condies de contorno:
0 = Equao 67
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
41/66
39
0= 0Equao 68
0= Equao 69
= Equao 70
Aplicando a lei de Kierchoff ao circuito temos:
= Equao 71
Derivando ambos os lados e considerando que a corrente total constante ficamos com
= 0
Equao 72
Em podemos considerar que = e = ento = e substituindo na equao 72, obtemos:
1 = Equao 73
Multiplicando ambos os lados por r obtemos:
= Equao 74
Isolando , temos que:
= Equao 75
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
42/66
40
Utilizando o metodo de separao de variaveis para equaes diferenciais ficamos com:
= Equao 76
Integrando ambos os lados, ficamos com:
= Equao 77
ln||= Equao 78
Elevando e a ambos os lados
||= +Equao 79
Ficamos com:
= Equao 80
Considerando = , obtemos
= Equao 81
Obtendo o valor de K atravez das condies de contorno:
0= = Equao 82
Logo:
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
43/66
41
= Equao 83
Substituindo K, temos
= Equao 84
Sabemos que = e obtendo , isolando i temos:
=
Equao 85
Separando as variaveis:
=1 Equao 86
Integrando em ambos os lados:
=1 Equao 87
=1 Equao 88
Substituindo e integrando
= Equao 89
=
Equao 90
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
44/66
42
= 1 Equao 91
Figura 30: Grafico representando a variao da corrente e da tenso em um circuito RL em funo do tempo.
2.4 - Indutancia
Figura 31; representao esquematica da induo magnetica entre duas bobinas(indutores).
=
Equao 92
O fluxo magnetico na bobina 2 devido ao campo gerado pela bobina 1 igual a integral do vetor campo
magnetico escalar com o vetor normal integrado na area da
2.4.1 - Coeficiente de indutancia mutua
=
I
Equao 93
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
45/66
43
Onde representa o numero de espiras na bobina 2 e a corrente que passa pela bobina 1
= M IEquao 94Onde conhecido como numero de acoplamento de fluxoDerivando ambos os membros da equao 94, obtemos:
ddt
=
Equao 95
Mas igual a =
= Equao 96
Unidade
[]= = Equao 97
2.4.2 - Alta indutancia
M pode ser substituido por L (indutancia)
= Equao 98
2.5 - Energia armazenada no campo magnetico da bobina
Figura 32: Simbolo de um indutor.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
46/66
44
= Equao 99
Onde
= Equao 100
Substituindo na equeo
= Equao 101
Tal que
= Equao 102
Substituindo na equao
= Equao 103
Multiplicando ambos os lados por dt
= Equao 104
Integrando ambos os lados obtemos:
= Equao 105
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
47/66
45
= 2 Equao 106
2.6 - Calculo de reatncia indutiva:
Os indutores apresentam uma resistencia a tenses alternadas, o que nos chamamos de reatancia indutiva.
Quando ligamos o indutor a uma fonte de corrente, o indutor grosso modo tenta expulsar tal corrente quando
tentamos retirar a corrente se acontece o oposto.
Figura 33: Circuito representando o indutor ligado a uma corrente alternada.
= Equao 107A tenso em um indutor pode ser dada :
= Equao 108
Usando Theveni:
= Equao 109
Dividindo ambos os lados por L:
= Equao 110
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
48/66
46
= Equao 111
= Equao 112
E integrando ambos os lados:
=
Equao 113
= cosEquao 114
Considerando cos(como 1, condio para que v seja maximo, obtemos:
= Equao 115
= Equao 116
=
Equao 117
Rearranjando os termos para obtermos a lei de ohm, onde = : = = Equao 118
Substituindo = 2; obtemos:
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
49/66
47
= 2Equao 119
2.7 - Associao dos Indutores
2.7.1 - Associao dos indutores em paralelo:
Na figura a seguir podemos ver a representao da associao dos indutores em paralelo
= Equao 120
= Equao 121
= = ( 1 1)
Equao 122
Figura 34: Ciruito representando indutores ligados em paralelo
2.7.2 - Associao dos Indutores em serie:
Na associao dos indutores em serie
Imagen: Indutores ligados em serie.
= Equao 123
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
50/66
48
= Equao 124
= Equao 125
2.8 - Principais tipos de indutores
2.8.1 - Indutores com ncleo de ar
So indutores que no utilizam ncleo de material ferromagntico. Possuem baixa indutncia e so utilizadas
em altas frequncias, pois no apresentam as perdas de energia causadas pelo ncleo, as quais aumentam
consideravelmente com a frequncia.
Figura 35: Indutores de nucleo de ar
2.8.2 - Indutores com ncleo ferromagntico
Empregam materiais ferromagnticos no ncleo, aumentando milhares de vezes o valor da impedncia, devido
ao aumento e concentrao do campo magntico. Entretanto, apresentam diversos efeitos colaterais, tais
como correntes de Foucault, histerese, saturao etc.
Figura 36: Indutor com nucleo de ferromagnetico
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
51/66
49
2.8.3 - Indutores com ncleo laminado
Muito utilizadas em transformadores e outros indutores que operam em baixa frequncia. O ncleo dessas
bobinas feito de finas camadas de ao-silcio, envolvidas por uma cobertura de verniz isolante. O vernizisolante previne a formao de correntes parasitas (Foucault) e a adio de silcio ao ao reduz a histerese do
material.
Figura 37: Indutor com nucleo laminado.
2.8.4 - Indutores com ncleo de ferrite
Feitas de um tipo de cermica ferrimagntica no condutora, no apresentando correntes parasitas, alm debaixa histerese. So empregas em altas frequncias, onde o material apresenta maior rendimento.
Figura 38: Indutor com nucleo de ferrite.
2.8.5 - Indutores Toroidais
Em indutores em forma de basto, o campo magntico circula no s pelo ncleo, mas tambm pelo ar entre
uma extremidade e outra da bobina. Isso causa grandes perdas, diminuindo o valor da indutncia. Um ncleo
toroidal feito geralmente de ferrite e possui o formato de uma rosca, criando um caminho fechado para a
circulao do campo magntico, aumentando, com isso, o valor da indutncia.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
52/66
50
Figura 39: Indutor com nucleo torroidal
2.8.6 Gyrator indutor especial).
O gyrator um componente linear, passivo, sem perdas, com duas portas de rele eletrica elementais.
Foi proposto em 1948 por Bernard D. H. Tellegen como um hipotetico quinto elemento linear depois
de resistor, capacitor, indutor e transformador ideal.
Ao contrario dos quatros elementos convencionais, o gyrator um no recproco ou seja, inverte as
caractersticas de um componente eltrico ou de uma rede eltrica e, no caso de elementos lineares,
tambm inverte a impedncia. Por exemplo, faz um circuito capacitivo se comportar como indutivo,
um circuito LC em srie se comportar como um circuito LC em paralelo, um filtro passa-faixa se
comportar como um filtro rejeita-faixa, entre outros.
O gyrator permite a realizao de rede com dois ou mais dispositivos, que no poderia ser realizado
com apenas os quatros elementos convencionais. Em particular, o gyrator torna possivel a realizao
de rede de isoladores e circuladores.
Embora o gyrator foi concebido como o quinto elemento linear, sua aprovao o torna em ambos,
um transformador ideal e ou um capacitor ou um indutor redundante. Assim o numero de elementor
linear necessario na verdadde reduzido em trs.Circuitor que funcionan comoum gyrator podem
ser contruidos com transistores e amplificadores operacionais usando feedback.
Figura 40: Representao esquematica do Gyrator.
2.9 - Codigo de Cores para indutores
O mesmo principior para o codigo de cores usado nos resistores vale para os indutores:
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
53/66
51
Onde a primeira e a segunda faixa corresponde aos valores, a terceira faixa representa o multilocador e a
quarta faixa representa a tolerancia ou faixa de erro.
Figura 41: representao esquematica de um indutor, suas faixas de identificao e a tabela com os valores
correspondentes.
2.10 - Transformadores
Um transformador um dispositivo destinado a transmitir energia eltrica ou potncia eltrica de um circuito a
outro, induzindo tenses, correntes e/ou de modificar os valores das impedncias eltricas de um circuito
eltrico.
Inventado em 1831 por Michael Faraday, os transformadores so dispositivos que funcionam atravs da
induo de corrente de acordo com os princpios do eletromagnetismo, ou seja, ele funciona baseado nos
princpios eletromagnticos da Lei de Faraday-Neumann-Lenz e da Lei de Lenz, onde se afirma que possvel
criar uma corrente eltrica em um circuito uma vez que esse seja submetido a um campo magntico varivel, e
por necessitar dessa variao no fluxo magntico que os transformadores s funcionam em corrente
alternada.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
54/66
52
Figura 42: Representao esquematica de um transformador constituido de duas bobinas sendo uma primaria
e outra secundaria com numeros de espiras N 1e N2 Submetidas ao mesmo fluxo magnetico e acopladas por um
nucleo de ferro silicio.
= Equao 126
== Equao 127
== Equao 128
Dividindo ambas as equaes, obtemos:
=
Equao 129
Chegamos a relao do numero de espiras entre o primerio e o secundario
=Equao 130
2.10.1 - Relao entre tenso e correntes no transformador
Sabendo que a potencia do primario tem que ser igual a potencia do secundario podemos dizer que:
=
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
55/66
53
Equao 131
Logo:
=Equao 132
E generalizando
==Equao 133
2.11 - Circuito oscilador LC ou circuito tanque
Figura 43: Representao esquematica de um circuito tanque (LC) e seu respectivo grafico de variao de
tenso em funo do tempo;
Aplicando as leis de Kirchoff ao circuit, obtemos:
= Equao 134
Aplicando as equaes de tenso para cada componente, temos:
1 = Equao 135
Detivando ambos os lado
1 = 0Equao 136
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
56/66
54
Dividindo ambos os membros por L
1 = Equao 137
Lembrando que= e aplicando =
Equao 138
Resolvendo a equao diferencial checamos a equao caracteristica
= 0Equao 139
= Equao 140
Tomando a raiz em ambos os lados:
= Equao 141
= 1 Equao 142
= 1 Equao 143
Mas 1 = =
Equao 144
Nos levando a
= cos
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
57/66
55
Equao 145
2.11.1 - Frequencia natural do circuito LC.
Lembrando que =
=1= 1Equao 146
Sendo que
=
= 2
, entretando
= levando a
= 2 , substituindo na equao anterior,
obtemos:
2 = 1Equao 147
Isolando a frequencia (f), temos:
= 1
2
Equao 148
2.11.2 - Aplicao do circuito RL tanque)
Os circuitos tanque so muito utilizados em osciladores do tipo duplo T que fornecem uma onda senoidal ou
em transmissores de radio frequencia.Um bom exemplo so os circuitos tanques (RL) largamente utilizados em
transmissores FM de baixo custo que pode ser visto na figura.
Figura 44: circuito oscilador duplo T.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
58/66
56
Figura 45: diagrama esquematico de um transmissor FM de baixo custo.
2.12 - Filtros com capacitores e indutores
Existem diversas configuraes prticas de filtros usando capacitores e indutores.
O nmero de capacitores e indutores usados num filtro, assim como sua disposio determinam o seu modo de
ao.
Esse modo normalmente expresso pela forma como ele atenua as freqncias a partir do ponto em que ele
deve fazer isso. Essa atenuao medida em "dB por oitava", ou seja, em quantos dB (decibis) reduzida a
intensidade do sinal para cada aumento de 1/8 do valor da freqncia.
Os filtros mais simples possuem poucas sees, ou seja, conjuntos bsicos de capacitores e indutores,
enquanto que os mais elaborados podem ter muitas sees.Damos a seguir alguns tipos prticos de filtros que podem ser encontrados com freqncia nos equipamentos
eletrnicos comuns:
2.12.1 - Filtro Passa-Baixas:
Existem 3 tipos de filtros simples destinados a passagem de correntes de baixas frequencias.
O primeiro (Figura 46) denominado filtro T, sendo formado por dois indutores e um capacitor.
Os indutores so ligados em srie, de modo a oferecer pequena oposio passagem dos sinais de baixas
freqncias e maior oposio passagem das altas freqncias.
O capacitor ligado em paralelo de modo a curto-circuitar os sinais de altas freqncias que ainda conseguem
passar pelo primeiro indutor.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
59/66
57
Figura 46: Filtro T passa-baixas.
O segundo (Figura 47) um filtro mais simples de "meia seco" usando apenas um indutor e um capacitor.
Esse filtro tambm chamado "L" pela semelhana com essa letra invertida.
Seu funcionamento semelhante ao filtro anterior: o indutor oferece forte oposio passagem dos sinais de
freqncias mais altas enquanto que o capacitor curto-circuita os sinais que ainda possam passar.
Figura 47: Filtro L passa-baixas.
O terceiro (Figura 48) um filtro (PI) que utiliza dois capacitores e um indutor.Neste circuito, o primeiro capacitor funciona como um curto-circuito para os sinais de alta freqncia. O
indutor ainda dificulta a passagem dos que no forem curto-circuitados e o segundo capacitor curto-circuita os
sinais que ainda conseguem passar.
Esse tipo de filtro muito usado em fontes de alimentao para eliminar as ondulaes que restam aps o
processo de retificao.
Nos transmissores, esse tipo de filtro usado para eliminar harmnicas e sinais esprios.
Figura 48: Filtro passa-baixas.2.12.2 - Filtros Passa-Altas:
Assim como os filtros passa-baixa tambm existem os tipos de filtros simples destinados a passagem de
correntes de altas frequencias.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
60/66
58
O primeiro (Figura 49) um circuito T em que temos dois capacitores e um indutor. Neste circuito, os
capacitores dificultam a passagem dos sinais de baixas freqncias, enquanto o indutor coloca em curto os
sinais de baixas freqncias que ainda conseguem passar.
Figura 49: Filtro T passa-altas.
O segundo (Figura 50) um filtro em "L" em que usamos um capacitor e um indutor.
Nele, os sinais de alta freqncia passam com facilidade pelo capacitor e no passam pelo indutor.
Figura 50: Filtro em L passa-altas.
O terceiro (Figura 51) um filtro em PI, com dois indutores e um capacitor.
Figura 51: filtro PI passa-altasAs configuraes que mostramos podem ser ampliadas com a repetio de diversas seces iguais de modo a
aumentar seus efeitos.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
61/66
59
A ao de um filtro medida em termos de atenuao do sinal a partir da freqncia para o qual foi calculado.
Assim, um filtro tpico pode ter atenuaes de 6 dB por oitava, 12 dB por oitava, etc, dependendo do modo
como so construdos.
A atenuao do sinal para um filtro passa-baixas, por exemplo, expressa em dB por oitava (decibis por oitava),indica quanto o sinal diminui de intensidade na sada do filtro quando a freqncia aumenta 1/8 de seu valor a
partir daquele para o qual o filtro calculado.
Por exemplo, se elevarmos de 2 000 para 2 250 Hz (1/8 de 2 000 250), a intensidade do sinal diminui de 12 dB
para um filtro cuja atenuao de 12 dB por oitava, conforme mostra a curva da figura 52.
Figura 52: Representao grafica de uma frequencia em um filtro passa-baixa.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
62/66
60
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
63/66
61
Concluso.
Concluimos com este trabalho que em poucas palavras o capacitor tem capacidade de armazenas cargas graas
a sua composio onde suas placas so separadas por um dieletrico e carregadas criando assim umeletromagnetico, serve para armazenar carga tendo essa para corrente continua e para corrente alternada onde
a inverso da tenso faz com que ele no consiga se carregar e sempre fique carregando e descarregando
servindo assim como um resistor, teve sua origem graas a o cientista e juiz alemo Ewald Georg Von
Kleist, e os cientistas holandes Pieter Van Musschenbroek e Andreas Cunaeus que descobriram mutuamente o jarro de leyden
que foi o precursor do capacitor suas aplicaes so vastas variando desde fonte de alimentao at filtros de frequencia.
J em relao ao indutor podemos dizer que sua origem foi graas aHans Christian rsted um fsico e qumico dinamarqus
com o experimento da bussola e do fio, quando energizado com corrente continua ele cria um campo magnetico que pode
induzir outras componentes e se for induzido por um campo magnetico pulsante ele capaz de gera carga, quando
energizado com corrente alternada ele serve como uma ressistencia uma vez que quando o seu campo magnetico inverte
quando se desliga a alimentao ou invertendo ela, suas aplicaes variam desde circuitos ressonantes, transformadores at
filtros de frequencia.
Ambos os componentes so utilizados largamente, podemos dizer tambm que no futuro estes componentes estaro cada
vez menores e com rendimento melhor.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
64/66
62
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
65/66
63
Referencias.
NUSSENZVEIG, Herch Moyss. Curso de Fsica Bsica 3: Eletromagnetismo. So Paulo:
Edgard Blucher, 1997.
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Eletromagnetismo. 3. ed. Rio de Janeiro: Ltc - Livros
Tcnicos e Cientficos, 2007.
CURSO Bsico de Fsica - Vanderlei Bagnato - IFSC USP. So Carlos: Ifsc Usp, 2002. P&B.
Disponvel em: . Acesso em: 04 out. 2015.
MESALVA! RLC. Porto Alegre: Me Salva, 2014. P&B. Disponvel em:
. Acesso em: 27 set. 2015.
BRAGA, Newton C.. Cdigos de Componentes,Cdigo de Capacitores, Indutores,capacitores e filtros. Disponvel em:
. Acesso
em: 13 set. 2015.
WIKIPEDIA. Leyden jar, capacitor, indutor, Varicap, Hans Christian rsted. Disponvel
em: . Acesso em: 06 set. 15.
-
7/24/2019 Capacitores e Indutores Mario
66/66