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17/07/12 Diretrizes Gerais sobre Controle Social

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Page 1: Capacitação do Paraná - diretrizes gerais do controle social

17/07/12

Diretrizes Gerais sobre Controle Social

Page 2: Capacitação do Paraná - diretrizes gerais do controle social

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PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS

Diretrizes Gerais sobre Controle Diretrizes Gerais sobre Controle SocialSocial

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Constituição Federal 1988

Artigos 203 e 204

Lei Orgânica da Assistência Social –

LOAS/1993

SUAS/2011

Resoluções do CNAS e CEAS

Lei Municipal de Criação do CMAS e

FMAS

Fundamentação LegalFundamentação Legal

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O QUE É CONTROLE O QUE É CONTROLE SOCIALSOCIAL?

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O controle social é o exercício democrático de

acompanhamento da gestão e avaliação da Política de

Assistência Social, do Plano Plurianual de Assistência

Social e dos recursos financeiros destinados a sua

implementação.

Zelar pela ampliação e qualidade da rede de

serviços socioassistenciais para todos os destinatários

da Política.

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CONTROLE SOCIALCONTROLE SOCIAL

O Estado exerce controle sobre a sociedade.

A sociedade exerce controle obre as ações do estado.

Constituição de 88 - bases para uma atuação democrática e participativa.

Estado Democrático de Direito.

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GESTÃO DEMOCRÁTICAGESTÃO DEMOCRÁTICA• Permitir que a sociedade exerça seu direito à participação deve fazer

parte dos objetivos de um governo que se compromete com a solidificação

da democracia.

• Um dos requisitos básicos para a gestão democrática é o acesso à

informação. A expressão da democratização, o acesso dos usuários às

informações e ao conhecimento, de forma abrangente é entendido como uma

condição favorável ao acesso dos direitos sociassistenciais.

• Democratizar a gestão das políticas públicas significa participar no

processo de formulação e avaliação da política, da gestão de sua implantação

e operação e da fiscalização de sua execução, através de mecanismos

institucionais.

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ESFERA PÚBLICAESFERA PÚBLICA

• Visibilidade: transparência, publicidade

• Democratização: ampliação fóruns de decisão

política;

• Cultura pública: superação da cultura privatista –

apropriação do público pelo privado;

• Controle Social

• Espaços públicos “...tendência à igualdade de

recursos dos participantes em termos de informação,

conhecimento e poder”. (Dagnino)

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PARTICIPAÇÃO SOCIALPARTICIPAÇÃO SOCIAL– Marco jurídico- Constituição Federal de 1988 -

participação social se institucionaliza.

– Elemento estruturante do Sistema de Proteção Social -

Conferências e Conselhos

– Promover transparência na deliberação e visibilidade das

ações, democratizando o sistema decisório;

– Permitir maior expressão e visibilidade das demandas

sociais, provocando um avanço na promoção da igualdade e

da eqüidade nas políticas públicas;

– Contribuir para a defesa e alargamento dos direitos,

demandando ações de interesse público

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CONTROLE SOCIAL CONTROLE SOCIAL (Raquel Raichelis)(Raquel Raichelis)

• Participação da população na elaboração,

implementação e fiscalização das políticas sociais;

• Relação Estado-Sociedade, onde a esta cabe

estabelecer práticas de vigilância sobre aquele;

• Capacidade que a sociedade tem de influenciar a

gestão pública com o objetivo de banir as práticas

clientelistas que conduziram a privatização da ação estatal

no Brasil;

• Luta pela garantia dos direitos socioassistenciais.

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CONSELHOSCONSELHOS

Plano de acompanhamento dos conselhos – CNAS:

Os Conselhos tem três tipos de ações de diferentes naturezas:

• As ações de deliberação

• A ações propositivas

• As ações de fiscalização

Os conselhos não são os únicos canais de controle

(conferências, movimentos sociais, sindicatos, fóruns, comissões

locais, organizações de categorias profissionais, ouvidorias,

Defensorias Públicas, Ministério Público...)

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Conselho Municipal de Assistência Conselho Municipal de Assistência SocialSocial

– Espaço público com força legal para Interferir nas

políticas públicas, na definição de suas prioridades, de seus

conteúdos e recursos orçamentários, dos segmentos sociais a

serem atendidos e na avaliação dos resultados.

– Campo de disputas políticas, de conceitos e processos, de

significados e resultados políticos.

– Instância de negociação de conflitos, construção de

alianças, acordos, diálogos (representação da sociedade civil

e do governo).

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Papel dos ConselheirosPapel dos Conselheiros• Fortalecer o Conselho como canal de participação

coletiva;

• Construir pautas coletivas, a transcender interesses

particularistas e corporativistas, de sua entidade;

• Criar e manter mecanismos permanentes de

informação e interlocução com os setores da sociedade e

suas bases.

• Atuar como multiplicadores de processos e

informação;

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Papel dos ConselheirosPapel dos Conselheiros

• Divulgar as atividades e agenda do conselho que representa nos espaços públicos;

• Participar das reuniões ordinárias investidos de capacidade decisória e propositiva

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Arquitetura do Controle SocialArquitetura do Controle Social

PLANOS CONSELHOS FUNDOS

Conferências

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Quais os principais instrumentos de Quais os principais instrumentos de Controle Social nas Políticas Públicas ?Controle Social nas Políticas Públicas ?

Os Conselhos, pois a eles compete:

• Convocar conferências;

• Deliberar políticas - aprovar o plano de ações;

• Fiscalizar o desenvolvimento das ações e a utilização dos recursos, inclusive aprovar ou rejeitar aprestação de contas.

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Controle SocialControle Social

• Controle social compartilhado

conferência, audiência pública,

ação popular, ação civil pública e sociedade civil

organizada nos fóruns,etc;

• Controle institucional

Interno: ouvidorias, procuradorias.

Externo: Tribunal de Contas, Ministério Público.

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Conselho Municipal de Assistência SocialConselho Municipal de Assistência Social

a) Composição – governo e sociedade civil.

Garantir a participação do usuário;

b) Mandato dos conselheiros – mínimo dois anos, admitida uma

única recondução tanto para o conselheiro, quanto para entidade

(governamental / sociedade civil);

c) Representação e da representatividade – saber que representa

uma categoria – dar retorno para sua base (reuniões periódicas);

evitar a representação da sociedade civil por pessoa que acumule

função pública (Resolução do CNAS n.º 237/06);

Page 19: Capacitação do Paraná - diretrizes gerais do controle social

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Conselho Municipal de Assistência SocialConselho Municipal de Assistência Social

d) Estrutura: diretoria, plenária, comissões, grupos de

trabalho e secretaria executiva;

e) Planejamento anual do conselho – um plano de

ação – monitorar as ações e avaliar os resultados obtidos;

f) Pautas definidas previamente e divulgadas.

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Vontade política do Governo

Investimento/recursos

Capacidade

participativa da população

- criar condições à participação,

- investir em capacitação,

- produzir informações,

- tornar as estruturas de gestão cada vez mais permeáveis às reivindicações da sociedade

- mobilização,

- organização,

-representação,

-defesa de interesses públicos,

- qualificação

Governo Governo -------------- -------------- Sociedade CivilSociedade Civil

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O papel dos Conselhos no exercício do O papel dos Conselhos no exercício do Controle Social é:Controle Social é:

Zelar pela ampliação e qualidade da rede de serviços

socioassistenciais para a universalização de

atendimento a todos os destinatários da Política de

Assistência Social e os gastos das verbas públicas

destinadas aos municípios (que vêm da União

Federal, dos Estados, e ainda dos próprios

orçamentos municipais).

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DESAFIOS PARA O CONTROLE DESAFIOS PARA O CONTROLE SOCIAL NO SUASSOCIAL NO SUAS

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Investir na capacidade de articulação entre os níveis de

governo, na direção de firmar a perspectiva do SUAS

como Sistema Público democrático e participativo;

Ampliar o debate sobre a questão do controle social,

buscando identificar estratégias que possam criar novos

mecanismos e instrumentos de intervenção nos espaços

públicos;

Analisar profundamente o modelo de funcionamento

dos conselhos de assistência social, suas

competências, capacidade de deliberação, grau de

autonomia;

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• Buscar parceria com o Ministério Público para fazer valer

as decisões dos conselhos de assistência social;

• Observar as orientações do Tribunal de Contas quanto

ao papel, responsabilidade e função social dos conselhos no

processo de acompanhamento e avaliação da gestão dos

recursos do fundo da assistência social, buscando certificar se

os mesmos estão sendo aplicados conforme finalidade prevista

nos Planos de Assistência Social;

• Investir na articulação entre os Conselhos de

Assistência Social (CNAS, CEAS e CMAS), de modo que as

deliberações no âmbito desses espaços possam conduzir ao

fortalecimento do controle social no SUAS;

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• Monitorar as deliberações das Conferências,

especialmente o Plano Decenal, (metas e estratégias) em cada

nível de gestão;

• Dotar os conselhos de infra-estrutura (material, humana e

financeira), agregando a eles, dessa forma, condições de

trabalho para que viabilizem suas ações de controle social;

• Investir na capacitação dos conselheiros e secretaria

executiva, de forma que a dimensão técnica ganhe as

condições necessárias para o avanço na construção de

metodologias e processos que qualifiquem a fiscalização e

avaliação das ações;

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• Apoiar e incentivar novas iniciativas para a criação de

espaços de controle social, de forma que contemplem com

prioridade a participação dos usuários dos serviços e benefícios

da política;

• Promover ações em parceria com o Ministério Público de

forma a vigiar o controle social sobre as decisões da política;

• Estimular a instalação de Frentes Parlamentares em

defesa da política de assistência social;

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• Estabelecer e fortalecer a articulação da sociedade civil

e Estado, na perspectiva de criar iniciativas que valorizem

processos democráticos, estabeleça pactos e favoreçam as

alianças, dando uma nova direção à institucionalização do

controle social;

• Atuar na direção do comando único, da ruptura com o

primeiro damismo, denunciar formas de clientelismo e de

favorecimento partidário e /ou de grupos e outros processos que

desqualificam a política e o direito dos usuários;

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• Imprimir prioridade na luta pelo orçamento público em

todas as esferas de governo;

• Rever e estabelecer regulamentações que fortaleçam os

princípios e diretrizes dos SUAS como sistema público,

descentralizado e participativo.

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Resolução 237/06, CNAS: “ Para o bom Resolução 237/06, CNAS: “ Para o bom desempenho do Conselho, é fundamental que o/a desempenho do Conselho, é fundamental que o/a Conselheiro/a tenha : ”Conselheiro/a tenha : ”

• Assiduidade nas reuniões;

• Participação nas atividades do conselho;

• Colaboração no aprofundamento das discussões e no

exercício do controle social;

• Divulgação do trabalho do conselho;

• Representação nos espaços de discussão pública;

• Contribuição com experiências para aprimorar o

conhecimento in loco da rede pública e privada prestadora

de serviços socioassistenciais;

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• Conhecimento das legislações, atualize e aprofunde nos

assuntos referentes à área de assistência social, e a respeito

do custo real dos serviços e programas de assistência social

para então argumentar nas questões de orçamento e co-

financiamento;

• Atuação articulada, com o seu suplente e sintonia com a

sua entidade;

• Desenvoltura e habilidades de negociação e prática de

gestão intergovernamental;

• Acompanhamento das atividades desenvolvidas pelas

entidades e organizações de assistência social, para assegurar

a qualidade dos serviços oferecidos aos beneficiários das

ações de assistência social.

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Enquanto exercem a função de Conselheiros Enquanto exercem a função de Conselheiros seus atos devem estar orientados:seus atos devem estar orientados:

• Pela LEGALIDADE, ou seja, só pode fazer aquilo que

está na norma/lei;

• Pela IMPESSOALIDADE, ou seja, não se pode

caracterizar a ação pública como pessoal ou dela tirar proveito

próprio;

• Pela MORALIDADE, ou seja, as ações tem que se

pautar pelo princípios éticos da conduta humana;

• Pela PUBLICIDADE, ou seja, seus atos são de caráter

público e devem ser divulgados/publicados

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Referências BibliográficasReferências Bibliográficas

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• GOHN, M. G. Conselhos Gestores e participação sociopolítica. São Paulo: Cortez, 2003.

• GOHN, M. G. O protagonismo da sociedade civil: movimentos sociais, ongs e redes solidárias. São Paulo: Cortez, 2005.

• GOHN, M. G. Novas teorias dos movimentos sociais. São Paulo: Loyoloda, 2008.

• PEDRINI, D.M., ADAMS, T. e SILVA, V.R. (orgs). Controle social de políticas públicas: caminhos, descobertas e desafios. São Paulo: Paulus, 2007.

• PEREIRA, W.C.C. Nas trilhas do trabalho comunitário e social: teoria, método e prática. Belo Horizonte: Vozes:PUC Minas, 2001.

• Revista Serviço Social e Sociedade, nº 88. Espaço Público e Controle Social. São Paulo:Cortez, 2006.

• TEIXEIRA, E.C. O local e o global: limites e desafios da participação cidadã. São Paulo: Cortez; Recife: EQUIP; Salvador:UFBA, 2001.