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Capa
• Nome da Disciplina
• Nome do Curso
• Nome do Professor
Mini Currículo
• Descrição do mini currículo do professor
Evolução e Perspectivas do Complexo Agroindustrial Canavieiro.
Prof. Dr Carlos Eduardo de Freitas Vian
Coordenador do Grupo de Extensão e Pesquisas em História da Agricultura e dos Complexos Agroindustriais – GEPHAC - e do Grupo de Estudos e Extensão em Desenvolvimento Econômico e Social – GEEDES ambos do LES ESALQ USP.
Pesquisador do ESALQ LOG
Pesquisador do Grupo de Políticas Publicas, Territorialidade e Segurança Alimentar.
Experiência Profissional
• Professor universitário desde 1998.• Consultor em estratégia, formulação de Políticas
Públicas e estudos setoriais desde 1995.• Coordenador de Orçamentos da Gessy Lever divisão
Van Der Bergh até 1994• Trainee e analista financeiro na Autolatina Brasil até
1993.• Estagiário na Mogiana Alimentos S/A e na Intelli.
Faculdades onde atuou• ESALQ USP• Instituto Superior de Ciências Aplicadas – Limeira;• ESAMC – Campinas;• Faculdades Prudente de Moraes – Itu;• Instituto de Economia da Unicamp;
Objetivos
• Gerais– Descrição objetivos gerais da disciplina
• Específicos– Descrição dos objetivos específicos da disciplina
OBJETIVOS• Objetivo Geral
– Mostrar a evolução do Complexo e sua configuração estratégica atual;
– Analisar as principais estratégias competitivas e mudanças tecnológicas.
• Objetivos Específicos• Avaliar as estratégias usadas pelas empresas para
aproveitar as oportunidades atuais no cenário interno e externo com vistas à sustentabilidade ambiental e social;
• Construir um Cenário para os próximos anos a partir das tendências concorrênciais, políticas e tecnológicas para produtos orgânicos e ambientalmente corretos.
Estrutura da Apresentação1. Incertezas e fatores estratégicos atuais2. Aspectos teóricos e análiticos: 3. Evolução histórica do Complexo:
– Vídeo com as visões atuais – Única e Vida em Cana– Geografia da cana;– Cana no nordeste;– Início e Expansão no Centro-Sul;– Lógica da Intervenção Estatal;– Proálcool;– Desregulamentação;– Inovações tecnológicas– Nova dinâmica competitiva.
4. Panorama Atual das estratégias e questões institucionais
Fatores estratégicos atuais
• Mudanças climáticas;• Questões sociais;• Trabalho;• Sustentabilidade;• Produtividade.
Incertezas Atuais
• Mercado Externo;• Legislação ambiental;• Outras legislações;• Impactos das mudanças climáticas.• Exemplo – Mapas da Embrapa
Conceitos Teóricos• Sustentabilidade social e ambiental?
• Responsabilidade social?
• Sabe o que é coordenação e governança setorial?
• O que é Governança Corporativa?
• O que é competitividade sistémica?
Aspectos Teóricos:Unidades de Análise
• Mercado: relação entre compradores vendedores para fixar o preço;
• Cadeia produtiva: encadeamentos técnicos entre os elos necessários para a produção de um dado bem;
• Campo Organizacional: formação institucional que ampara a produção de um dado bem em uma cadeia prdutiva.
Regras institucionais• Coordenação: regras de conduta entre os agentes
da cadeia produtiva;• Governança Setorial: Papel do Estado ou das
organizações de interesse: Ex. Única• Governança corporativa e responsabilidade
social: regras estabelecidas pelas empresas para responderem aos anseios da sociedade e do Estado.
• Vídeos
• Cana Antiga e Vida em Cana
• Vídeo Única - Institucional
Discussão dos vídeos
• Destacar o que mais impressionou a todos;• O que mudou?
Vídeos
• Única – Visão de modernidade, evolução tecnológica, desenvolvimento, contribuições ambientais;
• Vida em cana – pobreza, impactos sociais e ambientais negativos da cultura.
Evolução Histórica da Cultura
Estrutura de Produção
• Portugueses criaram as empresas agrícolas - engenhos;
• Cana precisa ser processada;• Processo contínuo;• Poucas inovações no processo de produção;• Substituição das tecnologias de produção.
Os maiores produtores mundiais de cana-de-açúcar (em mil toneladas)
Fonte: FAO
Brasil 345.255 333.848 327.705 345.942 364.391 396.012 415.206 422.957 457.245 514.078
Índia 262.090 295.730 299.230 295.956 297.200 287.383 233.862 237.088 281.172 355.420
China 87.204 78.108 69.299 77.966 92.203 91.931 90.978 87.513 100.435 106.316
Tailândia 46.873 50.332 54.052 49.563 60.013 74.259 64.974 49.572 47.658 64.367
Paquistão 53.104 55.191 46.333 43.606 48.042 52.056 53.419 47.244 44.665 54.752
México 48.895 46.880 44.100 47.250 45.635 45.127 48.373 45.195 50.675 50.680
Colômbia 34.000 32.950 33.400 33.000 36.950 38.148 39.205 39.849 39.000 40.000
Austrália 41.064 39.699 38.165 28.116 31.424 36.995 36.993 37.822 38.169 36.000
Estados Unidos
31.486 32.023 32.762 31.377 32.253 30.715 26.320 25.308 27.033 27.751
2001 20072002 2003 2004 200620051998 1999 2000
Países & Regiões Produtores de Cana-de-Açúcar no Mundo
Fonte: Laura Tetti, London, nov/2005
A cana-de-açúcar no Brasil
1
2
3
Floresta Amazônica
Pantanal
Mata Atlântica
Cana-de-Açúcar
Fontes: IBGE (Vegetação) e CTC (Cana)
FASEOLOGIA DA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA DO BRASIL. Período Eventos Deflagradores Políticas Adotadas Resultados Final do Século XIX
Crises de superprodução. Perda de participação relativa externa. Protecionismo europeu (Antilhas, Europa).
Desvalorização cambial, subsídios para “Engenhos Centrais” e “Usinas”.
Apenas as usinas atingem os níveis de eficiência.
1905/07 Conflitos entre usinas e refinadores/comerciantes sobre o preço.
Coligação do Açúcar de Pernambuco e Coligação do Açúcar do Brasil.
Estabilização dos preços por dois anos-safra. Oportunismo inviabilizou o acordo.
1929/33 Crise de superprodução de açúcar. Litígios internos (Usina x Fornecedor, entre estados).
Pesquisas e incentivo ao álcool. Criação do IAA (cotas de produção, controle preços).
Controle da produção nacional e estabilização dos preços.
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10
15
20
25
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35
40
45
1935/36 1940/41 1945/46 1950/51 1955/56
Paraíba
Alagoas
Sergipe
Bahia
Rio de Janeiro
Minas Gerais
Paraná
São Paulo
Pernambuco
Participação % na Produção Nacional
FASEOLOGIA DA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA DO BRASIL.
1974/75 Queda dos preços mundiais do açúcar. Primeiro Choque do Petróleo.
Lançamento do Proálcool.
Crescimento da produção de álcool anidro.
1979/83 Segundo Choque do Petróleo. Estimativas quanto ao esgotamento das reservas de óleo.
Reforço do Proálcool.
Crescimento da produção de álcool hidratado.
1985/89 Reversão dos preços do petróleo, crise nas finanças públicas e falta de álcool.
Investimentos na produção nacional de petróleo.
Quebra da confiança no álcool combustível.
Fonte: Adaptado de Belik et al (1998)
FASEOLOGIA DA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA DO BRASIL
Pós-1990
Extinção do IAA. (Brasil: maior produtor mundial x protecionismo/subsídios, fontes e alternativas energéticas). Superprodução de álcool. REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: questão social e ambiental.
Medidas paliativas: Pacto pelo Emprego, Brasil Álcool, Bolsa Brasileira de Álcool. AUTO-GESTÃO SETORIAL: CONSECANA, grupos de comercialização e redução do número de entidades de representação patronal.
Preços e mercados instáveis. Redução no uso de mão-de-obra e intensificação da mecanização da agricultura. Fusões, entrada de empresas estrangeiras, emergência de novas estratégias e exportação de álcool
Evolução Histórica do Complexo Canavieiro
• 1930/90 – Intervenção e Planejamento Estatal – IAA – resolver problemas do setor.– Álcool Motor– Cotas de produção e exportação;– Cotas de fornecimento de cana por fornecedores;– Tabelamento de preços;– Subsídios de equalização de preços entre regiões.
ECONOMIA DE RENDA PARA AS USINAS
Primeiras Experiências com álcool
Período Pré- Proálcool – 1930/75
• Álcool como resíduo;• Usinas não dão importância a este produto,
preferem comercializar o melaço;• Exportações são pequenas;• Crises de superprodução recorrentes;• IAA arca com os prejuízos dos altos estoques;• Integração para trás permanece.
Período do Proálcool 1975/90
• Destilarias autônomas;• Crescimento da produção de álcool;• Estabilização nos anos 1980:
– 1989– 1,3 bilhão de litros de anidro;– 10,5 bilhões de litros de hidratado.
• Demanda maior que a produção• Falta de álcool
Cotações Históricas do PetróleoPreço Médio do Barril (US$)
0
20
40
60
80
100
Dolar da época
Dolar atualizado em2005
3
12 11,58
46,07
31,61
85,39
36,83
87,65
23,73
35,62
12,72
15,71
38,27 39,57
54,52 54,52
67,60 67,60
Pior momento para preços: início da guerra Irã-Iraque - 1980
Guerra Iom Kipur
Embargo árabe Guerra Irã-Iraque
Rev. Iraniana
Início guerra Ira-Iraque
Invasão Iraque no Kuait
Crise nos emergentes asiáticos
Explode consume chinês
Passagem do Katrina
Acirramento conflito Oriente Médio
Resultados da Regulação Estatal
• Tentativas de eqüalizar a produção fracassaram;• Políticas para minimizar conflitos não foram
totalmente bem sucedidas;• Heterogeneidade Estrutural foi mantida –
diferenças regionais e empresariais em termos tecnológicos;
• Só foram resolvidos os problemas de curto prazo;• Inserção externa permaneceu incerta e pequena.
Inovações Tecnológicas
Complexo Agroindustrial Canavieiro
• Processo de modernização agrícola:– Primeiros implementos – Arado e outros– Melhoramento Genético via importação de
variedades;– Pesquisa de novas variedades;– Queimada da cana;– Mecanização de tratos culturais;– Inovações Químicas;– Corte e plantio mecanizado
Preparo do solo
Tração animal Mecanização Maior potência de mecanização
Plantio
Tração animal Mecanização Maior potência de mecanização Plantio direto
Colheita
Corte da cana crua Corte da cana queimada Mecanização da colheita.
Tratos culturais
Capina manual Capina química
Fonte: Elaboração dos autores
Fases do cultivo de cana-de-açúcar e incorporação de Progresso Técnico.
Processo de modernização agrícola
– Melhoramento Genético via importação de variedades:• Importação de variedades da Guiana e outros
produtores;• Dependência tecnológica durante muito tempo;• Produção sujeita a quebras por doenças.
Processo de modernização agrícola
• Pesquisa de novas variedades:– Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Planalsucar/
UFSCAR, Centro de Tecnologia da Copersucar, Canaviallis (Grupo Votorantim);
– Aumento do tempo de colheita;– Rotação de cultura;– Resistência às principais doenças;– Melhora do nível de sacarose;– Menos palha.– REDUÇÃO DE CUSTOS.
Processo de modernização agrícola
• Queimada da cana.– Iniciou-se nos anos 1960;– Considerada a primeira grande inovação nacional;– Não se pensou nos impactos ambientais;– Facilita o corte e aumenta a produtividade.
Processo de modernização agrícola
• Tratos culturais:– Inovações Químicas:
• Defensivos agrícolas;• Adubação química;• Maturadores;• Aplicação com aviões;• Novas tecnologias de aplicação com biodegradáveis.
Processo de modernização agrícola
• Mecanização:– Em fases sucessivas:– Preparo da terra;– Carregamento e transporte;– Plantio (Semi-mecanizado);– Colheita.
MECANIZAÇÃO
• Preparo da terra– Tratores;– Arados;– Adubadores– Aplicadores de defensivos;
MECANIZAÇÃO
• Carregamento e Transporte– Guinchos;– Caminhões maiores e mais potentes;– Tratores com carretas;
• Atividade sujeita a extinção.
MECANIZAÇÃO
• Plantio– Tratores e caminhões em conjunto com mão-de-
obra;– Plantadeiras em teste.
MECANIZAÇÃO
• Colheita.– Colheitadeiras cada vez mais potentes e
confiáveis;– Corte de cana crua;– Fazem o carregamento direto nos caminhões;
RESULTADOSDemanda por Trabalho na Agricultura Canavieira Paulista
Milhares de Equivalente Homem Ano
Ano safra Demanda Brasil
1991 298 -------
1992 324 -------
1993 309 -------
1995 360 1080
1996 369 1.117
1999 219 595
2000 223 583
2002 251 618Fonte: Sensor Rural – Fundação Seade – Vários números.
RESULTADOS
Rendimento da Lavoura Canavieira no Brasil e Regiões Selecionadas - Tons/Hectare
REGIÃO 1960/61 1970/71
1980/81 1985/86 1989/9
0 1995/96 1999/00
2000/01 2004/05
Var. %
BR 42,48 46,23 57,18 57,06 56,45 66,49 69,25 66,83 73,773,5%
NO/NE 40,95 42,47 46,72 44.71 43,19 48,69 50,47 51,59 57,5140,4%
C/S 43,40 48,46 64,11 63,00 60,93 73,46 74,63 70.08 78,681,1%
S.P 53,94 58,3 73,03 73,57 72,03 77,45 78,85 76,07 81,4651%
Fontes: Vian (2003), IBGE
Inovações na Agroindústria
• Automação industrial;• Novos equipamentos;• Uso de recursos ociosos;• Utilização de subprodutos.
RESULTADOS- Produtividade Industrial no Brasil e Regiões Selecionadas – em
L/ton.
REGIÃO 1977/78 1984/85 1985/86 1991/92 1992/93 1993/94 1994/95 1995/96Var. %
NE 50,6 61,6 63,7 ------- ------- ------- ------- ------- -------
C. OESTE 53,7 68,3 69,5 81,99 78,14 83,70 81,04 81,56 51,8%
SUDESTE 61,6 70,5 73,8 75,61 76,48 82,15 85,37 82,06 33,2%
SUL 55,1 65,4 69,3 88,12 68,04 67,58 54,97 62,42 13,3%
S. PAULO 64,5 77,5 79,4 84,82 77,54 83,27 88,07 84,11 30,4%
BRASIL 57,4 67,8 70,7 80,61 70,18 80,07 85,25 ------- -------
Fonte: Vian (2003)
Conclusões• Processo de modernização agrícola e industrial foi
importante para o desempenho e competitividade do setor;
• Manutenção de disparidades regionais;• Redução do número de empregos;• Melhoria no cumprimento da legislação trabalhista;• Melhora dos níveis de salário;• “MODERNIZAÇÃO SEM MUDANÇA” começa a ser
rompido.
Carlos E.F. Vian e Márcia A. F. Dias de Moraes
Conjuntura Produtiva Pós-Desregulamentação
Anos 1990• Desregulamentação setorial paulatina:
– Fim das cotas;– Fim dos controles de exportação;– Fim dos controles de preço;
“LIVRE MERCADO” e busca da auto-gestão setorial;
Novas estratégias.Dinamismo
Resultados da Modernização
• Produção• Desigualdade
Evolução da produção nacional de cana (1990/91 – 2006/07)
Fonte: Unica e Datagro
0
100,000,000
200,000,000
300,000,000
400,000,000
500,000,000
600,000,000
90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09
Safra
em m
ilhõe
s de t
onela
das
Produção de Cana
-50,000,000
50,000,000
150,000,000
250,000,000
350,000,000
450,000,000
550,000,000
90/91
95/96
00/01
05/06
06/07
07/08
Brasil: Evolução da produção de cana por região
Fonte: UFSCar/UNICAMP – MAA – IICA a partir de dados da UNICA
85%
15%
244.2270.4
299.1328.7336.8
372.7
48.8 50.2 60.2 57.4 49.7 53.2
0
100
200
300
400
em m
ilhõe
s de
to
nela
das
Safra 01/02 Safra 02/03 Safra 03/04Safra 04/05 Safra 05/06 Safra 06/07
87,5%
12,5%
Centro-Sul Norte/Nordeste
Safra Centro-Sul Norte-Nordeste Brasil
90/91 170.194 52.234 222.428
91/92 179.031 50.191 229.222
92/93 176.218 47.164 223.382
93/94 183.914 34.421 218.335
94/95 196.083 44.629 240.712
95/96 204.414 17.413 221.827
96/97 231.604 56.205 287.809
97/98 248.775 54.282 303.057
98/99 269.781 45.141 314.922
99/00 263.949 43.016 306.965
00/01 207.099 50.523 257.622
01/02 244.218 48.832 293.050
02/03 270.407 50.243 320.650
03/04 296.167 60.194 356.361
04/05 328.727 54.518 383.245
05/06 336.856 49.727 386.584
06/07 372.752 53.251 426.002
07/08 431.184 64.609 495.794
08/09 520.000
Tabela 6: Evolução da produção de cana-de-açúcar no Brasil
Fonte: Unica
08 Nov 2005 Nastari / Datagro @ Proálcool 30 anos 11
Rendimento Agroindustrial – Brasil(em litros de álcool hidratado equivalente por hectare)
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
5500
6000
6500
1975
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1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
Fonte: Datagro
+3,77% aa em 29 anos
5931
2024
PRODUTIVIDADE - BRASIL
40,00
45,00
50,00
55,00
60,00
65,00
70,00
75,00
80,00
85,00
75/76 80 90 97/98 00 04/05
tc e
lts
/hec
tare
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
5,50
6,00
6,50
7,00
7,50
m3
/he
cta
re
lts de álcool/tc tc/hectare m3 /hectare
Uma análise retrospectiva Investimentos em tecnologias e pesquisa da
ordem de US$40 milhões/ano Ganhos de produtividade
3,00 % a.a
5,66% a.a 1,83 % a.a 2,33 % a.a
1,90 % a.a
Conjuntura do ÀlcoolMercado Interno
Anos 1990
• Reversão da produção– Redução substancial da demanda por carros à
álcool;– Aumenta a demanda e a oferta de anidro;– Cai o hidratado;
• 1999 – 6 bilhões de litros de anidro e 6,5 de hidratado.
0
5000
10000
15000
20000
00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07em m
ilhõe
s de
litr
os
Anidro Hidratado
Brasil: evolução da produção de álcool por tipo
Fonte: UFSCar/UNICAMP – MAA – IICA a partir de dados da ÚNICA
Impulsão da Lei da mistura na gasolina
Emergência do carro bicombustível
0
2.000
4.0006.000
8.000
10.000
12.00014.000
16.000
18.000
99/ 00 00/ 01 01/ 02 02/ 03 03/ 04 04/ 05
Safra
(Em
milh
ões
de li
tros
)
Produção Total Consumo total
Comparação da produção e consumo de álcool no Brasil
Fonte: UFSCar/UNICAMP – MAA – IICA a partir de dados da ÚNICA
90% do consumo interno é para fins combustíveis
0
5000000
10000000
15000000
20000000
Em
M3
01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/0701/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07
Produção de etanol: distribuição regional
Fonte: UFSCar/UNICAMP – MAA – IICA a partir de dados da UNICA
40% é exportada
13% é exportadaCentro-Sul Norte/Nordeste
90,3%
9,7%
35 92 169 158497
766
1605 1477
472227 345759 756
2408 2601
3417 3530
4249
0
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2000
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5000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Evolução das exportações brasileiras de álcool
Fonte: UFSCar/UNICAMP – MAA – IICA a partir de dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (sistema Alice Web)
Principais destinos das exportações brasileiras de álcool
2006 2007 2008
Total 3,416.6 3,530.1 5,118.7
Estados Unidos 1,749.2 849.7 1,519.4
Países Baixos 344.5 800.9 1,331.4
Jamaica 133.0 312.1 436.1
El Salvador 182.7 226.8 355.9
Japão 227.7 367.2 263.2
Trinidad e Tobago 72.3 160.5 224.3
Coréia do Sul 93.4 67.4 186.6
Costa Rica 92.2 172.2 109.4
Nigéria 43.1 124.2 97.8
Reino Unido 26.7 47.1 69.6
Índia 9.9 66.4
Finlândia 19.7 41.4
Canadá 18.6 4.2 37.0
México 50.7 50.2 30.4
Gana 6.1 33.2 19.7
Gibraltar 12.3
Suíça 2.7 11.6
Cingapura 0.3 10.7
Porto Rico 10.5 14.2 10.2
França 8.8 5.0 10.2
Angola 3.3 11.7 9.9
Colômbia 10.4 5.4 8.2
Austrália 6.4
Bélgica 1.6 6.3
África do Sul 2.0 0.0 5.6
Emirados Árabes 38.7 5.2
Suécia 201.3 128.5 5.1
Paraguai 5.1
Espanha 0.2 4.6 4.9
Filipinas 1.5 4.5
Alemanha 0.0 4.5
China 4.0
Equador 1.7 7.0 4.0
PAÍSVOLUME (milhões de litros)
Países Programa
BrasilLegislação permite percentual entre 20% e 25% - oscila conforme condições de oferta do produto (tipo safra e entressafra);
Estados UnidosPercentual de até 10% em alguns estados, como é o caso da Califórnia, Nova York e Minnesota. Pesquisa para Segunda Geração
União EuropéiaDesde o fim de 2005 exige 2% de mistura. Percentual aumentará para 5,75% em 2010. Pesquisa para Segunda Geração
Canadá Exige 5% de adição, ou 10% em alguns estados.
JapãoJá instituiu 3% de mistura voluntária. Deve aumentar para 10% até o próximo ano e tornar a mistura compulsória.
ÍndiaExige 5% de mistura na gasolina. Objetivo é ter um modelo parecido com o do Brasil (entre 20% e 25%)
Colômbia Exige 10% de mistura em grandes cidades.
Tailândia Exige mistura de 10% em todos os postos de gasolina de Bangkok
ChinaExige vários percentuais de mistura em várias províncias, chegando a 10%. Pesquisa para Segunda Geração e para máquinas
VenezuelaCriou programa que exige 5% de mistura de etanol na gasolina neste ano.
Argentina Pretende implementar 5% de mistura nos próximos 5 anos
Estágio dos programas de utilização de etanol no mundo
Programas de Tecnologia
• Álcool de Segunda Geração;• Biodiesel;• Diesel a partir do álcool• Motores ciclo diesel a álcool;• Células de Combustível
Conclusões parciais
• Busca de Tecnologia no mundo;• Interesse crescente por combustíveis líquidos;• Indefinição de mercado, volume e rota
tecnológica;• Falta de marco legal de certificação ambiental
– Iniciativa de Certificação ambiental do Imaflora
Panorama Atual do AçúcarMercado Interno
Anos 1990• Aumento da produção de açúcar em 158%;Consumo estagnado (crescimento vegetativo);Crescimento das exportações em 400%• Centro-Sul passa a exportar 80% do total
Safra Produção Exportação % Exportado
1988/89 134.500 23.453 17.4
1994/95 194.933 71.392 36.6
1995/96 220.583 89.304 40.4
1996/97 227.720 80.157 35,2
1997/98 248.510 102.137 41,1
1998/99 299.361 74.241 24,8
1999/00 317.714 118.825 37,4
2000/01 270.811 186.177 68,7
2001/02 320.300 222.797 69,5
2002/03 376.121 215.241 57,2
2003/04 415.429 262.735 63,2
2004/05 441.918 302.437 68,4
2005/06
2006/07
2007/08
Exportação em ART
Panorama Atual do AçúcarMercado Externo
08 Nov 2005 Nastari / Datagro @ Proálcool 30 anos 6
Produção Mundial de Açúcar2005
121 países produtores no mundo Fonte: DATAGRO/ I SO
EUA5%
Tail.4%
Austr.4%Mexico
3%
Brasil18.5%
Demais34.3%
China7.2%
U.E.11.8%
India12.8%
Conjuntura Atual do Mercado Externo de Açúcar
• Protecionismo tarifário;• Crescente uso de barreiras não tarifárias
(qualidade, ambiente);• Propaganda sobre as questões sociais e
ambientais no Brasil; Ex. Vídeo “A guerra do Açúcar”.
Nova Dinâmica Concorrencial e Estratégias Adotadas no Brasil
Anos 1990
• Novas Tecnologias:– Aumento da mecanização;– Aumento da automação;– Novas tecnologias;– Redução do emprego;
Nova Dinâmica Competitiva
• Nova Geografia– Crescimento das regiões de fronteira:
• Topografia;• Terras férteis;• Novos modais de transporte;• Mão-de-obra acessível.
1. Aprofundamento das técnicas de produção
Automatização da produção industrial; Padronização da produção e programas de qualidade; Mecanização da agricultura Melhora da logística de transporte e produção da cana Transferência das unidades de produção para áreas agrícolas
mecanizáveis e de melhor qualidade. Terceirização Agrícola e Industrial.Exemplos: Costa Pinto e Diamante(Grupo Cosan), Vale do Rosário, Jardest,
Éster, Santa Elisa, Ferrari e Equipav.
2. Diferenciação de Produto
Novas marcas de açúcar refinado; Embalagens de vários tamanhos; Embalagem descartável; Açúcar light; Açúcar Líquido; Açúcar cristal especial; Açúcar Orgânico;Exemplos: Guarani, Nova América, Maracaí,Albertina,
Itamarati, Alto Alegre, Alta Mogiana, Univalem, São Francisco, Ferrari e Equipav.
3. Diversificação Produtiva
Destilarias que passam a ser usinas;Cogeração de energia elétrica;Produção de suco de laranja;Confinamento de gado bovino;Fornecimento de Garapa para produção de
ciclamato monossódico; Exemplos: Vale do Rosário, Santa Elisa, Univalem, Jardest,
Nova América e Maracaí (Grupo Nova América), Itamarati (MT).
4. Fusões e Aquisições Fusões por Sinergia; Aquisição para expansão;Aquisição para Entrada em novas regiões; Aquisição para entrada no Brasil:Exemplos: Santa Elisa(São Geraldo); Grupo Cosan(Diamante, Rafard
e Univalem); Petribu (Água Limpa), Grupo J. Pessoa(benalcool), Eridania (Guarani), Coinbra (Cresciumal), José Grupo Silveira Barros(V.R.Turvo); Glencore(Portobello).
Concentração Econômica na Agroindústria. % da produção total
Ano % 8 maiores grupos econômicos % demais
1935 85,1% 14,9%
1940 78,6% 21,4%
1945 73,1% 26,9%
1950 62,5 % 37,5%
1955 54,7% 45,3%
1960 53,7% 46,3%
1965 55,1% 44,9%
1970 52,7% 47,3%
1976 52,2% 47,8%
1980 42,4% 57,6%
1985 37,9% 62,1%
1988 37,2% 62,8%
2005 40,44% 59,56%Fonte: Elaboração do autor a partir de dados brutos de Ramos (1983), Moreira (1989), Vian
safra safra safra safra safra safra safra saframedia media media media media media media media
35 45 55 65 75 85 95 2005CR(4) 37,87% 32,47% 16,42% 18,93% 17,58% 15,75% 15,13% 11,49%CR(8) 66,19% 59,58% 28,43% 29,36% 28,52% 26,36% 26,09% 19,83%CR(20) 94,97% 89,76% 55,84% 50,71% 49,98% 46,07% 47,21% 39,00%CR(25) 98,23% 96,18% 62,64% 58,02% 56,91% 51,28% 52,86% 45,10%CR(30) 99,79% 99,86% 68,15% 63,85% 62,98% 56,11% 57,97% 50,90%CR(35) 100,00% 100,00% 72,88% 68,96% 68,22% 60,54% 62,68% 56,26%CR(40) 100,00% 100,00% 77,12% 73,53% 72,48% 64,63% 67,09% 61,26%CR(45) 100,00% 100,00% 80,95% 77,40% 76,53% 68,48% 71,11% 65,80%CR(50) 100,00% 100,00% 84,23% 81,00% 80,48% 72,13% 74,87% 69,85%
Concentração Técnica na Agroindústria. % da produção total
Market Share das principais marcas de açúcar refinado
Marcas 1998 1999 2000 2004
União 41,4 38,6 34,3 31,9
Da Barra 12,2 12,6 16,1 12,0
Dolce 8,5 9,6 9,1 9,0
Guarani 5,8 7,8 7,4 6,0
Caravelas 6,1 7,7 7,4 11,0
Duçula 7,1 6,7 4,7 4,3
Neve 6 4,8 4,5 3,8
Outros 12,9 12,2 16,5 20,0
HHI1 2258 2077 1942 1832
Novos Entrantes
• BP• Shell• Grupos americanos - ADM
5. Grupos de Comercialização de açúcar e álcool
Estruturação de sistemas comuns de comercialização do açúcar e do álcool;
Estruturação de sistemas comuns de compras, inclusive via internet;
Parcerias para exportação de açúcar e álcool;Exemplos:Santa Elisa, Vale do Rosário, Nova América, Maracaí,
Equipav, Alta Mogiana, Cresciumal, Santa Maria, Jardest, Rafard.
AUTO-GESTÃO e COODERNAÇÃO
• CONSECANA;• Aumento da importância da Única e
sindicatos;• Grupos de comercialização e de compras;• Traders;• Contratos de longo prazo com industrias de
alimentos;• Contratos de exportação
Problemas de Coordenação• Consecana é questionado e rediscutido;• Conflitos entre usinas e distribuidoras;• Terceirização ainda é uma alternativa pouco
usada;
Problemas de Governança Setorial• Questões ambientais;• Questões trabalhistas;• Relação com o Estado;• Organização setorial.
CONCLUSÕES SOBRE A NOVA DINÂMICA
• Uso de diferentes combinações de estratégias para realizar a capacidade de expansão.
• Trade Off entre crescimento e produtividade.• Crescimento da heterogeneidade organizacional e
técnica do Complexo.• Aumento das barreiras à entrada e à mobilidade para
certos nichos.• Desconcentração técnica• Concentração de Capitais.
Conclusões Preliminares
• Cenários são otimistas;• Possibilidade de crise;• Aposta no curto prazo;• Fornecimento de matérias-primas;• Tecnologia deve ser incentivada;
– Agrícola e Industrial• Necessidade de políticas publicas
– Ambiente– Trabalho– Inovação Técnica.
Diretrizes de políticas para o Complexo Canavieiro
Sustentável
• Expansão e Melhoria:– Reduzir a Heterogeneidade tecnológica na produção
agrícola e industrial;– Definição do papel do álcool na matriz energética
brasileira;– Reconversão produtiva das terras hoje utilizadas com
cana–de-açúcar.
Diretrizes de políticas para o Complexo Canavieiro Sustentável
• Melhoria da inserção do Brasil no comércio internacional:– Promover melhora de Qualidade do produto final.– Segmentação da produção visando atingir mercados
para produtos de maior valor agregado.– Zelar pela aplicação da legislação ambiental em vigor.– Criar legislação específica para produtos
orgânicos.
Diretrizes de políticas para o Complexo Canavieiro Sustentável
• Incremento e melhoria das condições de emprego:– Retreinamento da mão-de-obra liberada pelo processo de
mecanização da lavoura;– Absorção da mão de obra liberada pelo processo de
mecanização da lavoura;– Utilização de terras de usinas e fornecedores inadimplentes
para fins de Reforma Agrária;– Melhoria da qualidade dos empregos gerados no setor e
ampliação da renda.
Diretrizes de políticas para o Complexo Canavieiro Sustentável
• Fortalecimento da tecnologia e empresas nacionais:– Redução da sazonalidade produtiva;– Atingir mercados para produtos de maior valor
agregado.
Desafios para a Agroindústria Canavieira sustentável
Desafios Agentes Envolvidos
Instituições de Política Pública Instituições de Pesquisa Entidades de Representação de Interesses
Definição do papel do álcool eda cogeração com uso dobagaço na matriz energética
ANP Universidades, montadoras, distribuidoras de combustíveis e de energia.
Anfavea, Sindipeças, ÚNICA.
Reduzir a heterogeneidadetecnológica na produçãoagrícola e industrial.
Governos Federal e Estaduais Copersucar, universidades, IPT ÚNICA, pools de comercialização
Promover melhora dequalidade do produto final.
Governos Federal, Estaduais, Instituições privadas.
Universidades e laboratórios depesquisa.
Pools de comercialização.
Reconversão produtiva dasterras hoje utilizadas comcana–de-açúcar.
Governos Federal e Estaduais. Embrapa, sindicatos, universidades.
ÚNICA.
Zelar pela aplicação dalegislação ambiental em vigor.
Governos Federal e Estaduais. Embrapa, IPT, INPE. Pools de comercialização.
Promover a segmentação demercado visando a atingirnichos de maior valor
Governos Federal, Estaduais, Instituições privadas.
Universidades e laboratórios depesquisa.
Pools de comercialização.
Desafios para a Agroindústria Canavieira sustentável
Melhoria da qualidade dosempregos gerados no setor eampliação da renda.
Governos Federal e Estaduais, Judiciário
Universidades e laboratórios de pesquisa.
Pools de comercialização.
Reciclagem e recolocação damão-de-obra liberada peloprocesso de mecanização da
Governos Federal e Estaduais, sindicatos, Universidades.
Universidades e laboratórios de pesquisa.
Pools de comercialização.
Fonte: elaboração dos autores
Estudos de casosO Processo Recente de Formação dos Campos
Organizacionais da Carne Bovina e Açúcar Orgânicos: Estágio Atual e Perspectivas
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOSistema Orgânico de ProduçãoSistema Orgânico de Produção
• Problemas sanitários envolvendo alimentos: transparência no sistema de produção mercado de orgânicos
• Definição: adoção de tecnologias que otimizem o uso dos recursos naturais, maximização dos benefícios sociais, minimização da dependência de energias não-renováveis, eliminação do emprego de agrotóxicos e outros insumos artificiais tóxicos e de organismos geneticamente modificados, preservação ambiental
(Instrução Normativa 007/99, MAPA)
OBJETIVO: transparência em todos os estágios de produção e da transformação
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOSistema Orgânico de ProduçãoSistema Orgânico de Produção
Fonte: BNDES (2002)
Figura 1- Campo Organizacional de Orgânicos
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOSistema Orgânico de ProduçãoSistema Orgânico de Produção
• Objetivos dos estudos:
Analisar a dinâmica atual da produção de carne bovina e açúcar orgânicos, demonstrando as especificidades da organização interna das empresas e a necessidade de coordenação das atividades.
REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLOGIAREFERENCIAL TEÓRICO E METODOLOGIA
• Campo Organizacional: forma-se dentro das respectivas cadeias produtivas considera não só as relações comerciais e produtivas entre o vários elos envolvidos ressalta a importância das relações sociais e políticas.
• Fruto dos interesses e estratégias dos diversos agentes envolvidos (produtores, certificadores, consumidores, Estado, entre outros).
• Atende às instituições comuns a todas as empresas (legislações sanitária, trabalhista e fiscal) e à regulação e incentivo específicos (regras de certificação e da legislação federal de orgânicos)
REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLOGIAREFERENCIAL TEÓRICO E METODOLOGIA
Ambiente Institucional
Campos Organizacionais
Governança
Agentes individuais
Agentes individuais
Agentes individuais
Interesses e estratégias específicos de certas organizações
Regulação e incentivos específicos para as Organizações
Atributos Comportamentais
Preferências Endógenas
Novos atores e associações de
interesses
Demandas dos novos atores
REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLOGIAREFERENCIAL TEÓRICO E METODOLOGIA
• Pesquisa exploratória sobre a estrutura e dinâmica dos Campos Organizacionais de alimentos orgânicos
ênfase na carne bovina e no açúcar.
• Aplicação de questionário: a todas as empresas produtoras de carne bovina e de açúcar orgânicos
• Retorno de 100% dos questionários enviados. pequeno número de empresas que atuam neste segmento
RESULTADOS Carne Bovina Orgânica • Três empresas são certificadas para processar a carne bovina
orgânica uma delas cessou esta atividade em 2001
• Processam a carne orgânica e convencional nas mesmas instalações implicações em termos de planejamento e controle do abate.
• Fonte de fornecimento do boi orgânico: fazendas certificadas (IBD e a ASPRANOR) . Uma empresa também cria animais em fazendas próprias (integrada para trás)
• Certificação da agroindústria processadora: IBD é o principal certificador pioneiro nesta atividade no Brasil e por seu reconhecimento internacional
RESULTADOSRESULTADOS Carne Bovina Orgânica
• Exigências da certificadora no abate: separação dos bovinos orgânicos dos não orgânicos (via GTA e nota fiscal)
• Escala de abate: os orgânicos são os primeiros a serem abatidos recebem
o carimbo ORG ORG são separados em lotes segundo o proprietário encaminhados a currais específicos onde serão
inspecionados pelo Serviço de Inspeção Federal (que é a mesma do gado convencional - evitar o abate de bovinos doentes)
Fiscalização do Ministério da Agricultura é permanente, enquanto a da
certificadora é esporádica.
RESULTADOSRESULTADOS Carne Bovina Orgânica• Fase da desossa: carcaças de animais orgânicos primeiras a serem
desossadas identificadas como ORG com um etiqueta especial, que
acompanha o produto até a embalagem armazenados nas câmaras frias, em Boxes separados e
identificados até o momento do embarque e distribuição
procedimentos de embarque são fiscalizados pelo Controle de Qualidade.
Há uma separação total do produto convencional. • Comercialização: mercado externo ainda é pequeno pelo
fato da oferta de gado orgânico ser limitada, o que impede o fechamento de contratos de longo prazo.
RESULTADOSRESULTADOS
Açúcar Orgânico
• Usina São Francisco do Grupo Balbo: Native (pioneira - 58 % do mercado mundial )
toda a sua capacidade produtiva para o açúcar orgânico facilita o gerenciamento da produção permite que a empresa forneça produtos o ano todo e
impede que ocorram problemas de mistura do produto tradicional com o orgânico
RESULTADOSRESULTADOS
Açúcar Orgânico• Univalem: Zucc açúcar orgânico Da Barra e
posteriormente União – Grupo Cosan
produz orgânico e não orgânico planejar a produção de forma que esta matéria-prima seja
produzida em batelada durante seis horas a cana orgânica produz açúcar que será
vendido como convencional contaminado com produtos químicos oriundos da matéria-prima anterior.
isto permite que se intercale a produção de açúcar convencional com orgânico, embora gere perda de matéria-prima
RESULTADOSRESULTADOS Açúcar Orgânico
• Usina Albertina atuou no segmento orgânico gerenciava a produção de orgânico de forma diferente fabricando em uma batela só no início ou no final da safra problemas: no início da safra a cana não atingiu o ponto
ideal de maturação e produz menos açúcar, e no fim da safra, as chuvas dificultam a colheita e o transporte, prejudicando a produção do açúcar.
• Mais três usinas estão iniciando a produção de orgânico: uma na Bahia e duas em Goiás
RESULTADOSRESULTADOS Comparação entre os Casos• Separação entre orgânico e convencional • Destinam sua produção ao mercado interno e externo:
mercado externo que tem maior relevância (poder aquisitivo)• Fiscalização da certificadora sobre a carne bovina e açúcar
orgânicos é esporádica conduz a uma fonte de incerteza quanto às características e origem da carne brecha para comportamentos oportunistas
• Tendo como base a conceituação de Campo pode-se concluir que o açúcar e a carne orgânicos também se caracterizam como um Campo Organizacional
CONCLUSÃOCONCLUSÃO• Produções de carne e de açúcar orgânicos formam Campos
Organizacionais dentro das respectivas Cadeias Produtivas - atendem às instituições comuns à regulação e incentivo específicos
• Constatação: fiscalização das certificadoras é esporádica fonte de incerteza quanto à origem do produto falta de enforcement por parte das certificadoras pode levar
a inviabilização do Campo Organizacional
se comportamentos oportunistas tornarem-se comuns e comprometerem a confiança dos consumidores nos selos
Bibliografia e Sites para Consulta• http://www.economia.esalq.usp.br/agroenergia/arquivos/• http://www.biodiesel.gov.br/• www.unica.com.br• http://www.agricultura.gov.br/
– Balanço da Cana-de-açúcar e Agronergia 2007;– Projeções do Agronegócio - mapa
• Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. O programa. Disponível em: <http://www.biodiesel.gov.br/>. Acesso em: 20 set. 2007.
• STEENBLIK, R. Biofuels – At What Cost? Government support for ethanol and biodiesel in selected OECD countries. Geneva, Switzerland. 2007. www.globalsubsidies.org.