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EDITORIAL

Erly Domingues de Syllos1º Vice-Diretor doCiesp/Sorocaba

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Esta é a primeira edição de 2010 da Revista do Ciesp/Sorocaba, ano que, certamente, será de mui-to trabalho para todos da Diretoria Regional. A

começar pela responsabilidade de organizar o evento comemorativo aos 60 anos de instalação de uma das primeiras regionais do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo no interior, a nossa, inaugurada em 1º de julho de 1950.

Desde que aqui chegou, com o nome de delegacia, a Regional do Ciesp vem contribuindo efetivamente para o de-senvolvimento de Sorocaba. Nos anos 70, teve ativa participação, ao lado da Prefeitura Municipal, na implantação do distrito industrial, que mudou o perfil econômico da cidade. Tomou a iniciativa de instalar o primeiro Corpo de Bombeiros da região, no Cerrado, e, posteriormente, de levar uma unidade avançada para o Éden. Em 2007 insta-lou o posto de atendimento regional do BNDES, com resultados bastante posit ivos, como se pode confer ir na matéria que publicamos sobre o assunto. E teve a satisfação de ver indicado, pelo governador José Ser-ra, o nome sugerido para compor o Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo, maior instância de julgamento de todos os processos administrati-vos estaduais.

A responsabilidade de preparar as bodas de diamante de uma entidade com esse currículo, portanto, já seria de bom tamanho, mas existem outras

tarefas que esta Diretoria se propôs a realizar. Um exemplo disso é o tema de capa desta edição, que tem como ponto de partida o encontro que o pre-sidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, teve no final do ano passado com prefeitos de Sorocaba e sete cidades da região.

Nele, Skaf lançou a idéia de que os municípios devem encontrar estraté-gias comuns para o desenvolvimento regional e encarregou a diretoria da Regional do Ciesp de ar ticular uma iniciativa nesse sentido. Os resultados começam a aparecer, como pode ser conferido na reportagem.

Tem mais. O Departamento de In-fraestrutura está desenvolvendo um trabalho para incentivar a criação de um Arranjo Produtivo Local, um APL, para o setor metalmecânico. O movi-mento Nós Mulheres quer ampliar seu alcance fazendo das próprias atendidas multiplicadoras da idéia. O Departa-mento de Medicina e Segurança do Trabalho discute a possibilidade de le-var algumas de suas reuniões rotineiras para dentro das empresas, a fim de que elas compartilhem suas experiências. O Núcleo de Jovens Empreendedores está definindo o cronograma de ações para 2010... Enfim, trabalho é o que não falta, como é possível constatar nas matérias desta edição.

E o trabalho, sem dúvida, é a melhor forma de fazer jus à história de uma entidade que, nestes 60 anos, tem sido reconhecida exatamente pela ex-celência do serviço que tem prestado a Sorocaba e região.

Boa leitura!

UM ANO DEMUITO TRABALHO

A responsabilidade de preparar as

“bodas de diamante” de uma entidade

com esse currículo já seria de bomtamanho, masexistem outras

tarefas que estaDiretoria se propôs

a realizar

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A Revista do Ciesp é uma publicação bimestral da Diretoria Regional do Ciesp/Sorocaba, produzida pela A2 Comunicação. Coordenação editorial e edição J.C. GonçalvesReportagensCamila CorrêaEdição de ArteDaniel GuedesFotosRenata RochaProdução EditorialLúcia CostaAtendimento ComercialEva Marius A2 Comunicação

Diretor Executivo Alex RuivoDiretora de RedaçãoCristina MagnaniGerente AdministrativoJosé Carlos da Costa

NESTA EDIÇÃO

20Rápidas ................................................................ 08 Artigo Vitor Lippi ........................................................... 12Painel Meio Ambiente e Responsabilidade Social ......... 14 Painel Infraestrutura ....................................................... 16Em Ação .................................................................... 17Especial ............................................................. 28Gestão ........................................................................ 30Regional ............................................................... 32Investimento ............................................................ 34Entrevista Valentino Rizzioli ................................................ 36Ciesp Acontece ........................................................... 40 Novos Associados ........................................................... 42Cursos ....................................................................... 43Convênios ................................................................... 46

CAPA

Sorocaba

Av. Eng. Carlos Reinaldo Mendes, 3260Alto da Boa Vista - Cep 18013-280Sorocaba/SP - Fone: (15) 4009-2900www.ciespsorocaba.com.br

DiretorAntonio Roberto Beldi

Vice-diretoresErly Domingues de SyllosMário Kajuhico Tanigawa

Presidente do ConselhoNelson Tadeu Cancellara

Conselheiros TitularesUbiratan ZachettiJosé Ricardo L. de CarvalhoRomeu Massoneto JuniorJoão Ney Prado Colagrossi FilhoChristiano E. BurmeisterPaulo Fernando MoreiraJose Norberto L. da SilvaMiriam de O. G. ZacareliAlcebíades AlvarengaFrancisco CarnelósWilson Medina Brício JuniorOvidio Corrêa Jr.Dimas Francisco ZanonMauro Carneiro CunhaManoel B. Rivas NetoWilson de Souza AlvesPaulo Firmino A. Simões DiasMario Issao TenguanNelson Guarnieri de LaraLuis PagliatoMarco Antonio Vieira de CamposValter TrettelDurval de Moraes CaramanteRoberto Carlos de LimaMauro CorrêaAntonio Fernando PereiraAlexandre A. GonçalvesAdilson Ferreira

Conselheiros SuplentesEcidir SilvestreSergio Moacyr RegusaJosé Robélio BeloteValdir PaezaniÉrica Bergamini ErnMarcos MorenoMario Ernesto MassagliaAlvino de Souza NetoJosé Puertas ErnandesCassiano de Oliveira BrandãoAlex Roberto Leme MaiaHilário VassolerZuleno Elias PaulinoMoisés Pacheco Alcoléa

Diretora de ArteCamila JanaínaRevisãoBárbara Luz

Praça Nova York, 60 - Jardim AméricaCEP 18046-775 - Sorocaba - SPFone: (15) 3229 9090

TIRAGEM AUDITADA PELA 5 MIL EXEMPLARES

DESENVOLVIMENTOSEM LIMITESDiretoria regional e prefeituras põem em prática projeto de desenvolvimento regional lançado pelo presidente daFiesp/Ciesp, Paulo Skaf, em Sorocaba

CARTAS

Agradeço a gentileza da remessa de exemplar da “Revista do Ciesp Sorocaba”, edição de outubro/novembro de 2009, que me homenageia com registro da ocasião em que me foi concedido o título de presidente emérito da Fiesp. Na oportunidade e por seu intermédio, cumprimento a unidade sorocabana do Ciesp pela qualidade editorial e gráfica da publicação, que muito apreciei. Atenciosamente

JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA,VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

ocasião em qoportunidadCiesp pela qAtenciosame

ENTRE EM CONTATOPara expressar sua opinião, dar sugestões, enviar releases e fazer contato com a redação, escreva para:[email protected]

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08 REVISTA DO CIESP / JAN-FEV

RÁPIDAS

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08 REVISTA DO CIESP / JAN-FEV

COM OBJETIVO DE FOMENTAR essa prática nas indústrias e oferecer aos estudantes uma oportunidade para entender melhor as novas tendências de mercado, o Ciesp/Sorocaba promoveu o I Fórum Lean/Seis Sigma. Me-diado pelo diretor adjunto do Meio Ambiente do Ciesp/SP e coordenador do Departamen-to de Meio Ambiente da Regional, Paulo Mendonça, o encontro teve a participação de empresas locais que já utilizam essas metodologias com sucesso.

Os palestrantes Miguel Dias (Iscar/Certifi-ca), Arnaldo Biraes (Schaeffler), Paulo Vital (Johnson Controls), Leandro Berci (Dana) e Luis Mingossi (JCB do Brasil), apresentaram seus cases no intuito de incentivar os empre-sários locais a utilizarem tais ferramentas.

Segundo Paulo Mendonça, a Lean/Seis Sigma é uma metodologia utilizada para melhorar o desempenho das indústrias

através da eliminação do desper-dício. A Toyota é pioneira no

processo, que visa eliminar as variações do sistema e garante estabilidade, além de permitir f lexibilidade,

pois pode ser aplicada em qualquer setor.

Para o palestran-te Miguel Dias, a empresa que não aprender a traba-lhar com a meto-

Ciesp realiza fórum para divulgarmetodologia que evita desperdícios

LEAN/SEIS SIGMA

dologia corre o risco de fechar as portas. “Quem fizer as coisas do jeito que sempre fez vai obter um resultado cada vez pior. Quem continuar usando sempre o mesmo método não vai conseguir nada”, alerta Miguel. O retorno financeiro é um dos prin-cipais motivos para as empresas invistirem em Lean/Seis Sigma. No caso da Schaeffler Group, a cada R$ 1,00 investido o retorno é de R$ 45,00.

Paulo Vital conta que na Johnson Controls além de resultados, essa ferramenta trouxe também motivação à equipe. Em 2002, 2003 e 2008 a empresa ganhou o prêmio de melhor Projeto de Inovação.

Leandro Berci, - representante da Dana - salientou a importância do evento. Para ele a implantação da Lean/Seis Sigma desde cedo muda completamente a cabeça dos futuros gestores. “Os métodos podem ser aplicados na sustentabilidade geral da empresa e muitas das ferramentas utilizadas podem ser aplicadas no dia a dia das pessoas e isso é muito interessante. O maior desafio das empresas é adaptar as ferramentas à sua realidade”.

Erikson Moreira, consultor em sistemas de gestão e espectador do Fórum, deixou a palestra extremamente satisfeito. “O fórum foi muito produtivo e me ajudou bastante. As informações passadas pelos palestrantes irão me ajudar muito no meu trabalho”, comenta. Participaram também do fórum o 1° vice-diretor do Ciesp/ Sorocaba, Erly Syllos, e o professor mestre da Uniso (Universidade de Sorocaba), local onde se realizou o evento, Osmil Sampaio Leite.

TENDO COMO OBJETIVOS oferecer oportunidade de profissionalização aos estudantes de publicidade/propaganda e design, revelar novos talentos e apoiar as ONGs sorocabanas em seu trabalho de comunicação, a agência Verbo Comu-nicação, uma das associadas do Ciesp/Sorocaba, realizou o Prêmio Univerbo de Criatividade. Participaram 129 alunos, da Uniso e da Esamc, organizados em 37 equipes de trabalho, que produziram planos de comunicação e peças avulsas para seis entidades locais - Pro-Ex, Abos e Educandário Santo Agostinho, na ca-tegoria design; Aseac, Pró-Reintegração da Criança e CIM, na categoria publici-dade/propaganda. A premiação aconte-ceu em cerimônia realizada no auditório do jornal Cruzeiro do Sul em novembro (26) e as peças premiadas já começaram a ser veiculadas, depois de passar por uma adequação feita pelos profissionais da agência. A relação completa dos trabalhos e alunos premiados pode ser conferida em www.verbocomunica.com.br.

PREMIAÇÃO - A agência promotora do primeiro prêmio universitário para estudantes de comunicação na cidade também foi uma das vencedoras do 11º Prêmio de Propaganda do jornal Cruzei-ro do Sul: a Verbo venceu na categoria Classificados, com a peça “Evolução”, criada para o cliente Bicudo Center.

Outra associada do Ciesp/Sorocaba, a agência Núcleo/TCM, também foi pre-miada no concurso promovido pelo jor-nal: ela venceu na categoria Noticiário, com a peça “A Caiuás abriu o estoque inteiro para você”.

Agência veiculatrabalhos vencedores

PRÊMIO UNIVERBO

PAULO MENDONÇA,

mediador do Fórum e diretor adjunto do Meio

Ambiente do Ciesp/SP e coordena-

dor do De-partamento

de Meio Ambiente

da Regional

MESA de discussões. (à dir.) ERLY SYLLOS, 1° vice-diretor do Ciesp/Sorocaba, que também participou do Fórum

ANUNCIO DA APAE, publicado na Revista Bianchini de janeiro

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09REVISTA DO CIESP / JAN-FEV

AS EMPRESAS têm até 18 de maio para acessar o Cadastro de Usuários das Águas (disponibilizado no site www.atoconvocatorio.daee.sp.gov.br) e conferirem as informações sobre elas contidas no Banco de Dados de Outorga de Recursos Hídricos, do Licenciamento Ambiental e dos Processos de Controle de Poluição do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e Cetesb. Eventuais alterações poderão inclu-sive ser feitas on line. Com base nos dados ali cadastrados serão feitos os cálculos para a cobrança, a partir de junho próximo, pelo uso da água nos municípios que compõem o CBH-SMT (Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tietê).

Para esclarecer dúvidas dos empresários quanto a esse processo e até fazer uma simulação sobre os valores a serem pagos, a

O ANO COMEÇOU movimentado para o setor acadêmico em Sorocaba: com a presença do governador José Serra, a Fatec inaugurou um novo bloco, com mais 25 salas de aula, enquanto que a primeira universidade instalada no mu-nicípio, a Uniso, promoveu a primeira troca de reitores em seus 16 anos.

Para a construção do novo bloco da Fatec foram investidos R$ 10,8 milhões, repartidos entre os governos estadual, que entrou com mais de 70%, munici-pal, que fez um repasse de R$ 2 milhões para as obras, e federal, através de recursos obtidos por uma emenda apre-sentada pelo deputado Antonio Carlos Pannunzio. Com as novas instalações, o número de vagas oferecidas na mais antiga Fatec do Estado - foi implantada em 1971 - saltou de 900 ano passado para 2,6 mil a partir deste ano, o que transforma o campus local em um dos maiores do estado. “Estamos preparan-do Sorocaba e região para um grande salto tecnológico”, disse o governador na cerimônia de inauguração, que acon-teceu em fevereiro (1). Com as novas instalações, a Fatec recebeu também

Fatec ganha mais salase Uniso tem novo reitor

SETOR ACADÊMICO

novos cursos - Processos Metalúrgicos e Eletrônica Automotiva.

No mesmo dia, em sessão solene na Cidade Universitária, houve a troca de reitores na Uniso. Eleito pelos corpos dis-cente, docente e funcionários, o professor Fernando de Sá Del Fiol tomou posse em substituição ao professor Aldo Vannucchi, que por quatro mandados consecutivos esteve à frente da instituição. Em seu discurso, Vannucchi, um dos fundadores da Uniso e membro do Conselho Nacional de Educação, destacou ter cumprido sua missão: “O papel de uma Universidade autêntica, com produção científica institu-cionalizada e nacionalmente reconhecida, foi alcançado”. O novo reitor frisou que o compromisso da reitoria será pautado pela “formação integral dos alunos, calcada na produção do conhecimento em um Ensino de qualidade”. E o presidente da mantenedora da universidade, Fundação Dom Aguirre, o Arcebispo Metropolitano Dom Eduar-do Benes de Sales Rodrigues, finalizou a solenidade lembrando que “a Uniso é um empreendimento que transcende o binômio mercado e Estado. Ela é comunitária e pertence à sociedade sorocabana”.

Cobrança começa em junhoe plantão esclarece dúvidas

USO DA ÁGUA

Regional Sorocaba do Ciesp está mantendo um plantão para tirar dúvidas sobre o assun-to. Com isso, atende ao pedido feito durante a reunião realizada em janeiro (18) para di-vulgação do Ato Convocatório. Tal encontro teve como objetivo esclarecer a deliberação 90/2008 do Conselho Regional de Recursos Hídricos, que prevê que o usuário tenha aces-so a um banco de dados com as informações a serem utilizadas para a cobrança.

O cálculo será efetuado com base no volume de água captado, volume de água consumido e qualidade do efluente devolvi-do. Os valores arrecadados serão utilizados na solução de problemas identificados pelo Plano de Bacia. “O tratamento de esgoto e o reflorestamento são, hoje, as prioridades em termos de ação para o comitê”, diz a coorde-

nadora da Regional, Eva Marius, representan-te do Ciesp/Sorocaba no CBH-SMT.

Segundo a coordenadora regional de meio ambiente do Fiesp, Eloisa Helena, as indús-trias estão participando de forma positiva e buscando transparência e clareza nessa nova forma de cobrança. A representante do Ciesp no CBH-SMT observa isso na prática: “A qualidade dos recursos hídricos é muito importante: ainda que as indústrias busquem retorno financeiro, elas estão preocupadas com o meio ambiente”, diz Eva Marius.

A discussão sobre a cobrança pelo uso dos recursos hídricos acontece desde 1991, mas somente em novembro passado, após o governador José Serra assinar o decreto 55.008, ela foi autorizada nos municípios que compõe o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tietê. A cobrança será efetuada pela Fundação Agência de Bacia do Sorocaba e Médio Tietê, que é o braço executivo do CBH-SMT.

ALDO VANNUCCHI passa a reitoria da Uniso para as mãos do professor FERNANDO DE SÁ DEL FIOL

(no alto) A “nova Fatec”. (acima) Com presença do governador JOSÉ SERRA, Prefeito VITOR LIPPI entrega o novo bloco da faculdade

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10 REVISTA DO CIESP / JAN-FEV

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ANTONIO ROBERTO BELDI, diretor-titular da Regional Sorocaba, também falou na abertuta

ATENDIMENTO EMPRESARIAL

A REGIONAL SOROCABA sediou a 13ª edi-ção do Atendimento Empresarial, programa realizado pelo Ciesp/Fiesp com objetivo de levar ferramentas e serviços de apoio às micro e pequenas indústrias de todo esta-do. Desenvolvido em parceria com Sesi, Senai, Sebrae, Cetesb, ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e diretorias regionais do Ciesp, o projeto foi elaborado pelo Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria (Dempi/Fiesp).

O encontro na Regional Sorocaba reuniu cerca de 70 participantes, representando empresas de várias cidades da região. E ofereceu a Sala de Crédito, criada para fa-cilitar o acesso ao crédito e o esclarecimento de dúvidas sobre as linhas de capital de giro e descontos, repasse do BNDES para as li-nhas de investimento, entre outros produtos. Workshops temáticos com debates sobre Cré-dito, Competitividade e Economia também foram oferecidos aos empresários.

Segundo o diretor do Dempi/Fiesp, Éder Trevisan, o objetivo do encontro em Sorocaba foi promover a interação entre o Ciesp e seus parceiros, contribuindo para o crescimento das micro, pequenas e médias empresas. “Queremos oferecer soluções reais as necessidades de cada indústria e o fórum é o melhor caminho”, afirmou Trevisan na abertura do evento, realizado durante a plenária em novembro (24).

Regional Sorocaba promoveatendimento à Indústria

Na abertura, também falaram o diretor-titular da Regional Sorocaba, Antonio Rober to Beldi, e o 1º vice-diretor, Erly Domingues de Syllos, ambos destacando o fato de o evento ser realizado àquela época do ano, quando as empresas estão às voltas com questões que envolvem diretamente o fluxo de caixa - como pagamento de 13º - e os empresários cheios de expectativa com a virada do ano. “Esse atendimento veio para mostrar um pouco os caminhos a se-rem seguidos e que não são só financeiros. Dinheiro no bolso nem sempre é a solução, por isso as palestras apresentadas são fun-damentais para auxiliar os empresários”, lembrou Syllos.

A ZF, LÍDER MUNDIAL no fornecimento de sis-temas de transmissão e tecnologia de chassis para o setor automotivo, está lançando novos produtos neste ano para voltar a crescer. Afe-tada pela crise que atingiu a indústria auto-mobilística em 2009, o que a obrigou a tomar uma série de medidas de contenção de custos, a empresa aposta na recuperação econômica e por isso está incrementando seu catálogo. Em Sorocaba, será produzida a transmissão de seis velocidades para pick ups médias. E também transmissões automatizadas AS-Tronic para caminhões pesados, transmissões de seis e nove velocidades para caminhões médios, além de sistema Intarder para ambos segmentos. Estão previstas ainda nova família de eixos agrí-colas (AS-4000), novo driveline para colheitadei-ras (transmissão AHT 400 e redutor AHF 400), novos componentes de chassis e sistemas de embreagem para veículos de passeio.

As informações foram transmitidas pelo diretor da Organização de Vendas e Serviços ZF do Brasil e diretor de Marketing da ZF América do Sul, João Lopes, durante encon-tro com a imprensa, no qual se fez um balanço sobre 2009 e projeções para 2010. Segundo ele, os reflexos da crise do ano passado foram sentidos tanto no mercado interno como externo: os pedidos de transmissão para veículos comerciais sofreram queda de 57% nas vendas e os de eixos para tratores cairam 31%. Isso obrigou a ZF a adotar algumas medidas e dentre elas as principais, segundo o diretor de marketing, foram: a comuni-cação constante com os funcionários, para mostrar a situação do mercado e da empresa na crise; a redução de despesas como água, energias, gastos supérfluos; redução de jornada e salários por 3 meses e o Plano de Demissão Voluntária.

No encontro, Lopes salientou que progra-mas sociais, como Jovens Talentos, Projeto Pescar e Senai, serão mantidos. “Queremos assumir o papel de empresa cidadã”, afirmou. Já o presidente da ZF América do Sul, Wilson Bricio, reiterando todos os compromissos da empresa, salientou que a ZF manterá suas portas abertas e espera, neste ano, poder dividir com todos os seus bons resultados.

Empresa lança novos produtos para crescer

ZF

10 REVISTA DO CIESP / JAN-FEV

Segundo o diretor do Dempi/Fiesp, ÉDER TREVISAN, o objetivo do encontro em Sorocaba

foi promover a interação entre o Ciesp e seus parceiros

WILSON BRICIO, presidente da ZF América do Sul e JOÃO LOPES, diretor da Organização de Vendas e Serviços ZF do Brasile diretor deMarketingda ZFAméricado Sul

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11REVISTA DO CIESP / JAN-FEV

SOROCABA é a oitava cidade paulista no ranking de empregados com car teira assinada, contabilizado 158.870 traba-lhadores, que movimentam uma massa salar ial de cerca de R$ 228 milhões mensais. O salário médio per capita do sorocabano é de R$ 1.429,97. Conside-rando todos os 47 municípios da base territorial do Ciesp/Sorocaba, o total de trabalhadores com carteira assinada sobe para 324.422, mas o salário médio baixa para R$ 1.190,37.

Tais dados podem ser facilmente obtidos num portal que a Fiesp acaba de lançar como parte do “Programa Capital Huma-no” criado pelo Depar (Departamento de Ação Regional) com objetivo de atender

AMORTECEDORES e embreagens fabricados pela Sachs e sistemas de transmissão e direção produzidos pela ZF equiparam os automóveis Touareg e os caminhões Kamaz, vencedores do Rali Dakar 2010.

Os amortecedores e embrea-gem, que foram especialmente desenvolvidas pela ZF Sachs para a competição, equiparam os Touareg. Os amortecedores, dois por roda e com três regulagens de bound e rebound (movimentos de compres-são e distensão) contaram com inédito sistema cinético para garan-tir desempenho contínuo, mesmo em quaisquer condições de uso e a temperaturas de até 200º Celsius. Já a embreagem foi projetada com três discos de cerâmica para permitir leveza e robustez. Somente na 12ª etapa - considerada a mais difícil - foram 1.540 trocas de marcha. Para os caminhões, a ZF forneceu sistemas de transmissão e direção para diversas equipes. A Kamaz, vencedora pela nona vez na catego-ria Caminhões, utilizou transmissão mecânica de alta tecnologia.

PREMIO - Líder em vendas de embreagens automotivas, a ZF Sachs foi eleita mais uma vez a melhor embreagem do Brasil pelos proprietários e gerentes de compras de lojas especializadas em linha pesada. A pesquisa foi elaborada com abrangência nas cinco regiões do Brasil e, em todas, a Sachs foi a marca de embreagem escolhida. Nas regiões Centro-Oeste e Sul, a fabricante obteve os melhores índices, superiores a 70%.

Grupo equipa vencedores do Rali Dakar 2010

Qualificação de mão de obraé meta de programa da Fiesp

CAPITAL HUMANO

a demanda do mercado por mão de obra qualificada. Essas informações estão agru-padas em uma ferramenta de comunicação denominada Sistema de Informações do Capital Humano, cuja finalidade é compre-ender as dinâmicas do mercado de trabalho e formação profissional, em cada um dos 645 municípios paulistas, para a definição de projetos de qualificação de mão de obra compatíveis com as necessidades de cada um deles. As cidades estão agrupadas de acordo com a divisão administrativa da Fiesp/Ciesp. Nesse projeto, a Fiesp tem como parceiroso Senai, Centro Paula Sou-za e Instituto Federal. Mais informações podem ser obtidas no portal www.fiesp.com.br/capitalhumano.

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PÁGINA Capital Humano do site da Fiesp

RENATA RAMPIM de Freitas Dias é uma das organizadoras do livro Implementando RFID na Cadeia de Negócios, primeira obra sobre o assunto voltada para a realidade brasileira. Publicado pela ediPUCRS, com 318 páginas, o livro traz abordagem técni-ca de uma tecnologia que aos poucos vai sendo incorporada ao nosso dia a dia. Já está presente, por exemplo, em sistemas como o Sem Parar e edifícios com porta-rias acionadas por cartões e, acreditam os autores, em poucos anos vai modificar hábitos rotineiros, como compras em supermercados ou controle de ponto nas empresas.

Renata é professora da Facens e dou-toranda da Unicamp e organizou o livro junto com Fabiano Hessel, líder do grupo de pesquisa em Sistemas Embarcados da PUC/RS, Reinaldo Serrano Goy Villar, gerente de programa de Projetos Es-tratégicos da HP Brasil e Suely de Pieri

Professora da Facenslança livro sobre RFID

CADEIA DE NEGÓCIOS

Baladei, business planner na T-Systems, parceira estratégica de manufatura da HP Brasil. Os interessados em adquirí-lo podem obter informações pelo e-mail [email protected].

RENATA RAMPIM é uma das organizadoras da obra

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11REVISTA DO CIESP / JAN-FEV

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12 REVISTA DO CIESP / JAN-FEV

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O Plano de Desenvolvimen-to Regional, proposta da Fiesp/Ciesp que envolve, além de Sorocaba, as pre-feituras de Itu, Boituva, Iperó, Itapetininga, Porto

Feliz, Votorantim e Tatuí é, sem dúvida alguma, uma iniciativa das mais impor-tantes e que vem ao encontro dos an-seios da região para o desenvolvimento planejado.

Com sua equipe técnica, a Fiesp/Ciesp vai atuar em parceria com essas prefeituras, na elaboração de um projeto de desenvolvimento envolvendo os sete municípios no entorno de Sorocaba. Esse trabalho vai servir como base para a identificação vocacional de cada um dos envolvidos.

O primeiro passo é a atualização de dados estatísticos dos municípios para, a partir daí, criar um diagnóstico mais preciso sobre as características e poten-cialidades, resultando num projeto de desenvolvimento conjunto dos oito muni-cípios. Na última reunião já foi apresenta-do um levantamento prévio da situação de cada um dos municípios envolvidos, na questão do desenvolvimento.

Sorocaba tem uma grande responsa-bilidade por ser o centro da região e por isso poderá auxiliar no levantamento das informações e na gestão do plano. Planejar conjuntamente o desenvolvi-mento econômico regional possibilitará fortalecer as vocações dos municípios, interagir, criar novas cadeias produtivas e novas oportunidades a partir do que cada município tem. Com isso todos ganham, pois melhor que uma cidade de-senvolvida é uma região desenvolvida.

As universidades, através do Núcleo de Planejamento de Sorocaba (Nuplan), te-rão importante papel, junto com o Ciesp/Fiesp no levantamento das informações dos municípios, de suas capacidades, de análises de desenvolvimento econômico que serão repassadas aos municípios, que por sua vez, poderão ter novos convênios. Caberá a cada município participar, receber as informações e ana-lisar. Dessa forma, poderão ver a melhor opção de novas ações e estratégias de desenvolvimento.

Paralelo a esse projeto da Fiesp/Ciesp, temos o Parque Tecnológico que está sendo implantado em Sorocaba. Será o marco divisor da economia desta próspera cidade e de toda a região. As-sim como os ciclos do tropeirismo, da ferrovia e da industrialização trouxeram um gigantesco salto na economia, na ge-ração de empregos e receitas, o Parque Tecnológico também marcará uma nova era. Não só no campo econômico, mas em vários outros setores que crescerão juntos, como a educação profissional, infraestrutura e empregos. Sorocaba entrará na etapa do desenvolvimento tecnológico.

O Parque Tecnológico de Sorocaba não servirá apenas ao desenvolvimento de novas tecnologias e da inovação vol-tadas às indústrias instaladas na cidade, mas também àquelas que estão em Itu, Porto Feliz, Itapetininga, enfim, de todos os municípios que integram esta grande região. Sorocaba está se preparando para o futuro. Nosso parque tem o apoio do Governo do estado de São Paulo e já faz parte do Sistema de Parques Tecno-lógicos de São Paulo.

Vitor Lippiprefeito de Sorocaba

DESENVOLVIMENTOPLANEJADO, A LUTADE TODOS NÓS!

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PAINEL - INFRAESTRUTURA

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NO SEGUNDO momento do encontro, as empresas JCB do Brasil e Flextronics apre-sentaram seus cases, mostrando o compor-tamento dessas indústrias no que diz respeito ao meio ambiente.

Ambas as apresentações ressaltaram a importância de parcerias para a aplicação de projetos sustentáveis. O coordenador de projetos de sustentabilidade da JCB do Brasil, Alexandre Uirayama, disse que não é possível fazer nada sozinho. As indústrias só conseguem obter bons resultados quan-do há uma parceria entre os funcionários, fornecedores e o entorno da empresa. A gestora da área ambiental da Flextronics, Maria Fernanda Machado, sugeriu que todas as empresas tentem exercer seu lado ambiental e não se acomodar. “Vamos trocar ideias e tecnologias, para que todos possam exercer a sustentabilidade. Só depende de nós”, afirmou.

Uma rodada de negócios voltados para a sustentabilidade e ações sociais, encerrou o encontro.

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PAINEL - MEIO AMBIENTE E RESPONSABILIDADE SOCIAL

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Com o objetivo de discutir a gestão sustentável nas empresas, propor soluções que agreguem valor à sus-tentabilidade dos negócios e difundir leis de incentivo

para ações de responsabilidade sócioam-bientais, foi realizado na cidade o III Fórum Sesi/Ciesp de Sustentabilidade. O evento contou com a participação de expressivo número de interessados em discutir o assunto, representando os três setores - público, priva-do e organizações não governamentais.

O encontro aconteceu no Teatro do Sesi em dezembro (3). Ele foi estruturado em duas mesas-redondas, a primeira, conduzida pelo diretor de Responsabilidade Social do Ciesp, Victor Seravalli, sobre programas de apoio ao incentivo fiscal; a segunda, com mode-ração do diretor do Departamento de Meio Ambiente, Eduardo San Martin, versando sobre a produção mais limpa em processos industriais, com a apresentação de cases das empresas JCB do Brasil e Flextronics, que conseguiram reduções significativas no consumo de água e energia.

NO PRIMEIRO painel, o auditor fiscal da Receita Federal, dr. Edson Gonzales, afirmou que o uso das leis de incentivos fiscais, além de vantajoso para a empresa, é extrema-mente importante para as entidades que receberão a ajuda. Mas esclareceu: “A lei deduz 1% do Imposto de Renda de pessoas físicas e 6% de pessoas jurídicas. As pessoas jurídicas que podem fazer a destinação são apenas aquelas que apuram pelo lucro real e as pessoas físicas as que declaram pelo modelo completo”.

O presidente do Sindicato dos Contabilistas de Sorocaba, Mariano Amadio, abordando aspectos jurídicos e contábeis, lembrou que essa é a única forma de fiscalizar a destinação do dinheiro empregado nessas ações. “É um ato simples e uma maneira de termos um país um pouco melhor”, declarou, lembrando a impor-tância dessa colaboração para que as entida-des possas desenvolver seus trabalhos.

Ainda nesse painel, o gerente de desenvol-vimento e recursos humanos da Iharabrás,

Antonio Amadeu Andreozi, disse que a destinação depende unicamente da vontade da empresa. Contou que sua empresa desde 2000 destina parte do imposto devido a programas como Doutores da Alegria, Ação Solidária, Pintura Solidária, entre outros projetos. “Essas ações, além de promoverem um bem social, ainda ajudam a empresa a cumprir exigências do mercado como: diferenciação das marcas, diversificação dos veículos de comunicação para melhor atingir seu público, além de posicioná-la na categoria de socialmente responsável”;

A transparência é o segredo para que as empresas colaborem com as entidades, acredita Valéria Barros do Rosário, repre-sentante do Movimento Nós Mulheres, outro case apresentado nesse painel. “É impor-tante para a pessoa que doou saber onde está sendo empregado seu dinheiro. Nosso movimento presta conta de tudo o que é feito para os nossos colaboradores, nossos relatórios estão abertos para quem quiser ver”, comentou Valéria.

MESA-REDONDA conduzidapelo diretor de Responsabili-dade Social do Ciesp, Victor Seravalli

O III FÓRUM DE SUSTENTABILIDADE teve debates, apresentou exemplos e, principalmente, esclareceu dúvidas sobre o uso de leis de incentivo fiscal para projetos sociais e em defesa do meio ambiente

Encontro esclarecedor

Sociedade deve fiscalizar uso desses recursosO DIRETOR TITULAR do Ciesp Sorocaba, Antonio Roberto Beldi, acredita que através desse Fórum a visão dos empresários mudará, sobretudo no diz respeito às leis de incentivo fiscal. “Os integrantes da Receita Federal que aqui estiveram foram muito claros e motivadores principalmente quando mostraram que a Receita Federal não é o agente que pune, o agente inibidor, mas sim o indutor junto com os empresários. Tivemos aqui uma prova de que a sociedade tem que se engajar. O Ciesp, a OAB, a Secretaria da Infância e da Juventude lutarão para que as fiscalizações sejam efetivas, que o dinheiro empregado seja bem aplicado”.

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que podem fornecer seus produtos para ela. E também funciona como um atrativo inicial para motivar a participação dos empresários”, conta Luiz Leite.

A CONSTRUÇÃO DO APL terá três mo-mentos, o primeiro deles é reconhecer o mercado local, saber quem são seus compradores e vendedores. “Muitos em-presários desconhecem a existência de um potencial fornecedor que está ali do seu lado, queremos mudar esse cenário para fortalecer o mercado local”, comenta Luiz. Após o reconhecimento do mercado local, da aproximação de empresas, inclu-sive das que fazem parte do mesmo ramo produtivo, é que será colocada em prática a prestação de serviços à Petrobrás.

Depois da consolidação do mercado interno, trabalhando em um sistema de colaboração mútua visando o crescimento e desenvolvimento e não a concorrência, as indústrias poderão participar do mercado externo de forma mais competitiva. “O APL se soma com a proposta de desenvolvimento regional. Os mercado local e regional são fortes, mas juntos podem se desenvolver cada vez mais. É claro que o processo não é simples. Se a união de duas pessoas em um casamento já gera conflitos, imagine de várias? Todo começo é difícil, mas acredito que Sorocaba vai germinar um belo APL”, declara o coordenador.

A primeira reunião para tratar do assunto foi realizada em dezembro passado e reu-niu 11 empresários na sede da Regional. O próximo encontro vai ocorrer em 23 de março, data prevista para a próxima Ple-nária do Ciesp/Sorocaba, e contará com a presença de José Luiz Ricca, coordenador de Desenvolvimento Regional e Territo-rial da Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo.

Fortalecer o mercado interno, melhorar o relacionamento entre empresas locais, linhas de financiamento acessíveis e competitividade no merca-do externo são algumas das

vantagens da formação de um Arranjo Produtivo Local (APL), que começou a ser discutida pelo Departamento de Infra-estrutura da Regional/Sorocaba. A ideia é criar um APL no setor metalmecânico, segmento que se destaca na região.

Os APL’s funcionam como instrumento de desenvolvimento econômico integrado e como importante estratégia de política pública. As empresas dos APL’s mantêm vínculos de articulação, interação, coope-ração e aprendizagem entre si, contando também com apoio de instituições locais como governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa. Um dos municípios pertencentes à base da Regional do Ciesp/Sorocaba faz parte de

um dos 24 APL’s do estado (ler quadro)., Segundo Luiz Leite, coordenador do

Departamento de Infraestrutura do Ciesp Sorocaba, o APL que está se formando na cidade tem como foco a Petrobrás e o objetivo é reunir empresas interessadas em serem fornecedoras da estatal. “A Petrobrás tem uma demanda anual assus-tadora e muitas empresas locais não sabem

Poço de vantagens

Tendo como foco acapacidade de fornecerprodutos para a Petrobrás, Regional estimula aformação de um ARRANJO PRODUTIVO LOCAL no setor metalmecânico

DE ACORDO COM a Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo, existem 24 APL’s e 22 aglomerados produtivos distribuídos em mais de 40 municípios, envolvendo 14,5 mil micro, pequenas e médias empresas. Considerado um dos instrumentos mais importantes para a política de desenvolvimento regional, o programa recebeu, em 2009, investimentos de R$ 3,5 milhões em dez projetos. Entre os 47 municípios que compõem a base da Regional Sorocaba, somente Tatui tem um APL, que reúne empresas de cerâmica vermelha. Considerando a divisão administrativa da qual Sorocaba é sede, existem APL’s em Itu, também de cerâmica vermelha, e em Cerquilho/Tietê, voltado para a confecção infantil. Este último foi incluído entre os APL’s contemplados com os investimentos estatais do ano passado, recebendo um Centro de Capacitação e Produção de Cooperativas de Trabalho de Costura. Para 2010, o governo paulista prevê investir R$ 4,5 milhões nos APL’s.

“Muitos empresáriosdesconhecem a existência de um potencial fornecedor que está ali do seu lado”, comenta LUIZ LEITE

Tatuí integra um dos APL’s estaduais

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mais de 40municípios beneficiados

14,5 mil micro,pequenas e médias empresas

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TITO CALOI, bisneto do fundador da marca que viria a se tornar sinônimo de bicicletas no País, esteve na sede da Regional Sorocaba participando da “Roda do Aprendizado”, iniciativa do Núcleo de Jovens Empreendedo-res para possibilitar a troca de experiências entre os associados.

Para uma platéia formada por cerca de 50 jovens empreendedores e empresários, que compareceram à sede da Regional para participar da última “Roda do Aprendizado” de 2009, realizada em dezembro (8), Tito contou que trabalhou durante 20 anos na empresa, nas áreas de compras, produção e marketing, até que em 1999 seu pai decidiu vender a fábrica centenária. “A década de 1990 foi muito agressiva para os industriais brasileiros. Quem fabricava, precisava de

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muita persistência e, o mercado de bicicleta ficou muito banalizado”, disse.

Mas Tito continuou no ramo: utilizando peças produzidas por outra empresa, a Cai-ru, lançou no mercado uma marca com seu nome. E, motivado pelo movimento mundial de revalorização da bicicleta, lançou em julho passado uma linha infantil com decoração alusiva a times de futebol. “Produzimos, nesta primeira etapa, os times de São Paulo e Rio de Janeiro. E, em um ano desenvolvemos as frases usadas pelas torcidas. Nosso objetivo é criar uma relação emocional entre produto e usuário através do tema futebol”, revelou.

Segundo o coordenador do NJE, Rodrigo Dantas Figueiredo, o que mais chamou a atenção no bate papo foi a forma como Tito apresentou sua experiência. “A simplicidade

e a maneira de falar fez com que nos sentís-semos em seu lugar. A experiência foi muito boa, já que pudemos compartilhar o que motivou a venda de uma grande marca”, disse.

Empreendedor fala de sua experiência para jovens empresários

O COORDENADOR do Núcleo de Jovens Empreendedores da Regional Sorocaba, Rodrigo Figueiredo, diz que, apesar do cenário não muito favorável devido à crise financeira, 2009 foi um ano bas-tante positivo para o grupo. Ele lembra que foram realizadas diversas atividades importantes para o desenvolvimento do empreendedorismo local e para a comunidade. “Tivemos alguns eventos bastante interessantes como o Happy Business que foi um happy hour de negócios com troca de cartões com o objetivo de aumentar a rede de relacio-namentos, conhecer novos parceiros, clientes e fornecedores, e até mesmo realizar negócios. Trouxemos também um curso de empreendedorismo e de desenvolvimento de liderança, além da nossa atuação na área social”.

Para o coordenador adjunto, Sérgio Ar-ruda Costa, acabou faltando tempo para que o NJE realizasse todos os trabalhos

Núcleo define suas atividades para este anoque gostaria. Segundo ele, a crise fez com que as pessoas ficassem mais focadas nos seus negó-cios e acabou faltando tempo para realizar todas as ações pretendidas. “Felizmente, estamos bastante otimistas em relação a 2010. Já co-meçamos a planejar nossas ações e esperamos conseguir realizar todas”, afirma ele.

Figueiredo concorda. “Em 2009 foi traçado um cenário de crise que acabou não sendo tudo aquilo. Espero que neste ano ocorra o inverso: está sendo traçado um cenário positivo e espero que seja melhor ainda e que as pessoas possam participar mais”.

RODRIGO FIGUEIREDO, diz que, apesar do cenário não muito favorável de-vido à crise financeira, 2009 foi um ano bastante positivo para o grupo

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BICICLETAS com decoração alusiva a times de futebol desenvolvida por Tito Caloi

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EM AÇÃO

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haAPESAR DE ENFRENTAREM diversos desafios, desde a falta de verba até dificuldades quanto ao relacionamento e aprendizado entre as mulheres assistidas, o Comitê Feminino, coordenado por Sueli Beldi, Valéria Barros e Tânia Barbieri, faz um balanço bastante positivo do ano de 2009. E aponta para boas perspectivas em 2010, com a formação de grupos multiplicadores do projeto “Nós Mulheres”.

Valéria Barros diz que, apesar dos obstá-culos, 2009 foi marcado pelo crescimento e amadurecimento do grupo “Podemos dizer que crescemos muito, todas. Nós, mulheres, tanto as integrantes das oficinas como as voluntárias, ganhamos. Ganhamos confiança em nós mesmas, ganhamos em solidarieda-de, ganhamos em amor no coração”.

O aprendizado das atendidas pelo “Nós Mulheres” também foi bastante satisfatório. No total 40 cursos foram ministrados pelo Sebrae sobre os mais variados assuntos, como produtos, custos, mercado, organiza-ção, o que fazer para formar associações ou cooperativas, dentre outros.

Diversos artistas plásticos ensinaram téc-nicas para mexer com vidro, design, folder, catálogo, o que possibilitou o amadurecimen-to das oficinas. “Hoje podemos dizer que as oficinas já estão bem mais amadurecidas. A de vidro confecciona desde as mais lindas bandejas, enfeites, suporte de papel para mesa, até as mais finas bijuterias, com vidro reciclado. A oficina de tecido, devido à abundância de banners que conseguimos, está fazendo bolsas lindas, desde tamanhos imensos até nécessaire”, comenta Valéria.

Para 2010 o Comitê pretende formar um grupo de mulheres multiplicadoras, dentro das oficinas e até dentro de suas próprias comunidades. Valéria explica que a pro-posta ainda está sendo conversada com as integrantes, pois a decisão final cabe a elas. “Assim que tivermos uma decisão, que sairá do próprio grupo das já integrantes, passa-remos para a outra etapa, que será a de abrir para novas vagas, hoje já temos mais de 30

COMITÊ FEMININO

Um balanço positivo de 2009e boas perspectivas para 2010

inscrições na espera”.Ela ainda lembra que o processo é lento,

pois se tratam de mulheres, seres huma-nos, que precisam tomar uma decisão que influenciará na vida de cada uma delas. Por isso, todo o processo deve ser bem

pensado:“Nossa meta é beneficiar as mu-lheres e diretamente seus filhos, pois se elas tiverem o sucesso que esperamos, e que estamos lutando para que aconteça, seus filhos também serão beneficiados”, finaliza Valéria Barros.

VALÉRIA BARROS diz que, apesar dos obstáculos, 2009 foi marcado pelo cres-cimento e amadure-cimento do grupo

O DEPARTAMENTO de Segurança e Medi-cina do Trabalho realizou em fevereiro (10), um encontro para discutir ações e estratégias do grupo para este ano e recolher sugestões quanto aos temas a serem abordados nas próximas reuniões do Departamento.

A conclusão foi a de que os temas de-verão ser praticamente os mesmos pois, segundo o coordenador de Medicina do Trabalho da Metso do Brasil, dr. José Car-los Ferreira, os problemas costumam ser comuns, repetitivos e frequentes. “Atu-almente, boa parte dos afastamentos se devem às doenças de cunho psíquico (depressão, ansiedade e estresse). E as doenças psíquicas têm sido um grande problema para a perícia, pois não há exa-mes clínicos que comprovem o mal. Os

DEPARTAMENTO DE MEDICINA E SEGURANÇA DO TRABALHO

Departamento definesuas ações para este ano

burladores tornam a questão ainda mais de-licada, cabe ao médico da empresa analisar, ter paciência de perguntar e ouvir para saber se não está sendo enganado”, diz ele.

Para Ricardo Tóffoli, coordenador do de-partamento, incidentes como esses ocorrem dentro das empresas porque muitas vezes falta preocupação com qualidade de vida. “As empresas também precisam perceber que a qualidade do produto está intimamente ligada à condição de trabalho do empregado Se algo vai mal na sua vida, isso se refletirá no seu trabalho”, acredita Tóffoli. Por isso, mudar a visão do RH das empresas, conse-guindo com que ele tenha uma visão de ges-tão, é fundamental, segundo o dr José Carlos, pois funcionários satisfeitos produzem mais e melhor. E essa conscientização continuará sendo propagada pelo Departamento.

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DESDE O INÍCIO DO ANO, o diretor adjunto estadual do Departamento Jurídico do Ciesp e membro do Departamento Jurídico da Regional/Sorocaba, dr. Rodrigo Bley, é juiz do TIT - Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo, órgão vinculado à Coordenadoria de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda que julga todos os processos administrativos estaduais em última e definitiva instância.

Para o dr. Bley, esse é um cargo de muita responsabilidade e requer conhecimento sobre a matéria. “Fico feliz e lisonjeado, pois são milhares de candidatos e esse posto é almejado por muitos. Para se ter uma idéia, quando um auto de infração é anulado no TIT, não cabe ao Estado nenhum tipo de recurso, nem mesmo ao Judiciário, sendo o mesmo cancelado em definitivo”, explica.

Segundo o 1º vice-diretor da Regional/Sorocaba, Erly Domingues de Syllos, a indicação do advogado foi feita ao presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, que incluiu

JURÍDICO

Regional tem representanteno Tribunal de Impostos

ASSINADO PELO SEU COORDENADOR, dr. Sadi Montenegro Duarte Neto, o Departamento Jurídico da Regional Sorocaba distribuiu aos associados um informe dando conta de que o número de falências decretadas no Brasil em 2009 foi o mais baixo desde a promulgação da nova Lei das Falências, em junho de 2005. Segundo levantamento feito pelo Serasa, a Justiça decretou 908 falências no país, 91,5% delas de microempresas. A recuperação econômica iniciada em março e o crescimento da economia registrado no último trimestre foram as causas apontadas.

No entanto, como observa o coordenador, é bem provável que tal fato continue se repe-tindo: “A perspectiva é de que a decretação judicial de novas falências continue em queda, até porque esta tem sido a última opção do Judiciário, que tem-se esforçado para tentar a composição amigável entre credor e devedor de forma a evitar as conseqüências danosas que uma quebra ocasiona” afirma o dr. Sadi Montenegro na nota.

Em compensação, as recuperações judiciais, a antiga Concordata, tendem a crescer: ano passado, foram 670 pedidos, mais que o do-bro do verificado em 2008. “Esta ferramenta, embora nova, vem sendo bem assimilada pelo empresário em dificuldade, que não tem mais constrangimento de se valer desta alavanca de soerguimento de seu negócio”, assina ele.

“Em nossa Regional o Departamento Jurídico está muito bem preparado para for-necer todas as informações ao empresário no tocante à conveniência e viabilidade do pedido de Recuperação Judicial. Há perspectiva de realização de novos cursos e palestras sobre o tema ao longo deste ano, abertas a todos os interessados” finaliza o informe assinado pelo coordenador.

Redução de falênciasé uma tendência,observa coordenador

seu nome na lista entregue ao governador Serra. “Essa nomeação mostra a força e o prestígio da diretoria regional de Sorocaba, que fez a indicação e teve seu representante selecionado”.

Especialista em Direito Tributário e em Direito do Traba-lho pelo Centro de Extensão Universitária e em gestão de negócios jurídicos pela Fundação Getúlio Vargas, o dr. Rodrigo Bley é sócio fundador do ISET (Instituto Sorocabano de Estudos Tributários), conselheiro do Sesi/Senai e um dos sócios do escritório de advoca-cia Ogusuku e Bley.

PARA O DR. BLEY,esse é um cargo de muita responsabilidade

DR.SADIMONTENEGRO: A perspectiva é de que a decretação judicial de novas falências continue em queda

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O Coordenador do Depar tamento de Segurança e Medicina do Trabalho do Ciesp Sorocaba e também Inspetor do CREA/CAF de Sorocaba, Ruy Jaegger Júnior, propõe que sejam feitas reuniões dentro das empresas para que umas aprendam com o exemplo das outras “Essa será uma boa oportunidade de exemplificar tudo o que discutimos nos nos-

sos bate papos. É claro que as empresas maiores apresentarão modelos utópicos para muitos, mas será uma boa chance para questionar e conhecer de perto os programas realizados dentro das fábri-cas”, sugere ele.

Luciana Rosa, analista de RH da Pa-rabor, vê com bons olhos a sugestão e acredita que será de extrema importância para sua vida profissional. “Enfrento diversos problemas na empresa em que trabalho e as reuniões promovidas pelo Departamento de Segurança e Medicina do Trabalho têm me ajudado muito. Aqui conheci muitas pessoas que me ajudam indicando soluções aos problemas que enfrento na empresa, isso é realmente muito bom”.

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DR. JOSÉ CARLOS FERREIRA, coor-denador de Medicina do Trabalho da Metso do Brasil e RUY JAEGGER JÚ-NIOR, coordenador do Departamento de Segurança e Medicina do Trabalho do Ciesp Sorocaba

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Na primeira semana de dezem-bro passado, o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, es-teve em Sorocaba para uma reunião com a diretoria da Regional e prefeitos de oito

cidades da região. Ele anunciou a instalação de mais uma unidade do Senai na cidade (ler box), participou do almoço de confra-ternização anual promovido pela Regional (ver mais em Ciesp Acontece) e semeou uma ideia que já está germinando: a elaboração de um plano de desenvolvimento regional em busca de um crescimento harmonioso, diante da chegada da Toyota e da criação do Parque Tecnológico. “Não adianta ter um município riquíssimo, uma ilha de prospe-

DIRETORIA REGIONAL EPREFEITOS DE OITO CIDADES DA REGIÃO põem em prática oplano de desenvolvimentoregional lançado por Paulo Skaf em Sorocaba

ridade, se as cidades em volta estão todas pobres. A fronteira é aberta, ninguém pede licença para passar de um município ao outro” fundamentou, sugerindo um comitê técnico, sob a coordenação da Diretoria Regional, para coordenar o projeto.

Segundo Skaf, o papel desenvolvido pela Fiesp e o Ciesp tem sido tão importante que ultrapassou os limites do interesse da indústria, pois o Brasil é visto como o país do momento e não o país do futuro. “Temos que prever o futuro e nos preparar para ele. É com isso que a Fiesp e o Ciesp estão preocupados. Nós estamos, sim, querendo ter uma visão maior, uma visão macro, de Estado, que possa ajudar a termos um desenvolvimento que atenda a

todos da melhor forma possível”, declarou ele na reunião.

Encerrado o encontro, os diretores do Ciesp/Sorocaba e os prefeitos começaram a por a ideia em pratica, com a elabo-ração de um cronograma de reuniões entre prefeitos, secretários municipais e representantes das oito cidades presen-tes ao encontro - Sorocaba, Tatui, Iperó, Itapetininga, Votorantim, Por to Feliz, Itu e Boituva. Em reuniões realizadas anteriormente a este encontro na Fiesp/Ciesp, em São Paulo, os municípios apre-sentaram suas demandas - 84 ao todo, 36 delas com enfoque regional. A partir do plano de desenvolvimento será criado um comitê formal para traçar metodologias e

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SKAF, na Regional, com diretores, prefeitos e lideranças (ao lado) e com o prefeito VITOR LIPPI: pelo desenvolvi-mento regional

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estratégias que permitam colocar as ações em prática.

Mas o trabalho ainda está no início e há muita coisa por fazer. Inclusive a realização de uma pesquisa detalhada sobre potencia-lidades, carências e prioridades de todos os municípios. Como observa o diretor titular do Ciesp/Sorocaba, Antonio Beldi, contudo, não se deve ter a pesquisa como ponto de partida para dar andamento ao projeto. “Ela vai acontecer paralelamente, vindo a completar outras experiências bem sucedidas. O importante neste momento é o que cada município tem a oferecer para que esse projeto piloto avance”, destaca ele, lembrando uma histórica frase do ex-presidente norte-americano, John Kenne-dy: “Não pergunte o que o país pode fazer por você e sim o que você pode fazer pelo país”. É com esse espírito que o projeto vai avançar.

PARA OS PREFEITOS das cidades envolvi-das nesse piloto, a iniciativa da Fiesp/Ciesp não só é oportuna, como também funda-mental no atual momento da economia regional. E materializa uma ideia que todos compartilham. “É sem dúvida alguma uma

iniciativa das mais importantes, e que vem ao encontro dos anseios da região, para o desenvolvimento planejado” diz o prefeito de Sorocaba, Vitor Lippi (ler Artigo, p.12). “Há muito tempo Itapetininga defende a integração de todas as cidades no proces-so de desenvolvimento regional. E nesse sentido, a iniciativa do Ciesp, participando ativamente desse processo, deve ser para benizada e apoiada integralmente”, afirma o prefeito itapetiningano, Roberto Rama-lho. “É uma iniciativa inteligente, que será muito boa para a região”, complementa o prefeito de Itu, Herculano Castilho Passos Júnior.

Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, pre-feito de Tatui, vai mais longe: “Entendemos que não é possível a qualquer município buscar o desenvolvimento de forma isolada das demais cidades do seu entorno. Nesse contexto, a proposta vem ao encontro dos nossos princípios, de um projeto conjunto que possa trazer os melhores benefícios para toda nossa região. A Fiesp e o Ciesp têm todas as credenciais para liderar esse processo, contando com total apoio da nos-sa administração”. O prefeito de Porto Feliz em exercício durante a elaboração desta

O SENAI VAI construir uma uni-dade na zona norte de Sorocaba. A área para isso, de 24 mil m2, já foi declarada de utilidade publica pela Prefeitura para essa finalidade e as obras começam ainda neste primeiro semestre. A escola vai oferecer mil vagas para cursos técnicos. A notícia foi dada pelo presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, durante o encontro com prefeitos da região na sede da Regional. Se-gundo ele, investir em educação e na formação de mão de obra qualificada é fundamental para uma cidade que está em proces-so de receber uma empresa com o porte da Toyota.

CIDADE TERÁMAIS UM SENAI

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reportagem, Julio Cesar Bronze, diz ver com otimismo essa proposta, “ela vem ao encontro do nosso Plano de Governo que prevê o desenvolvimento de Porto Feliz em parceria com as outras cidades da região”. Marco Antonio Vieira de Campos, prefeito de Iperó, também considera importante esse trabalho .

A prefeita de Boituva, Assunta Maria Labronici Gomes, é taxativa : “O desen-volvimento regional de forma integrada dá força à região como estratégia de crescimento econômico, integração re-gional, cidadania e meio ambiente, pois dessa forma haverá uma distribuição das atividades produtivas. É muito importante o engajamento das indústrias e dos vários setores da sociedade organizada”. Carlos Augusto Pivetta, prefeito de Votorantim, concorda com a afirmação de Paulo Skaf de que não podem existir mais ilhas isoladas. “Os beneficiados de uma cidade se aglu-tinam às de outras, uns aos outros”. Mas para que haja desenvolvimento regional integrado, pontua, “primeiro, é necessário destacar a vocação de cada cidade. E em segundo lugar, enxergar a realidade sócio econômica e oportunidades de trabalho de cada uma”.

OS MUNICÍPIOS participantes são gover-nados por prefeitos de diversos partidos: três são do PSDB, dois do PT, um do PMDB, um do PV e um do DEM. E essa característica é importante para reforçar o caráter do projeto. “O Ciesp é apartidário. É um embaixador sem passaporte, traba-lhando para o desenvolvimento regional em conjunto, que deve mover a todos acima de políticas partidárias”, ressalta o 1º vice-diretor do Ciesp/Sorocaba, Erly Syllos. “Com todos juntos, fica mais fácil obter recursos”.

O 2º vice-diretor da Regional do Ciesp e secretário de Desenvolvimento Econômico de Sorocaba, Mario Tanigawa, realça que a chegada da Toyota e a implantação do Par-que Tecnológico não traz somente impacto local mas sim regional. E certamente vai obrigar todas as cidades a terem um Plano Diretor de Desenvolvimento considerando essa condição. “Já houve tempo em que apenas a doação de terrenos e isenções

“Itapetininga, como porta de entrada da região sudoeste, tem consciência de sua responsabilidade para o desenvolvimento regional. A cidade prestará toda a contribuição necessária para melhorarmos a qualidade da vida da região, colaborando na implementação dos projetos de desenvolvimento regional, participando ativamente dos trabalhos da comissão formada pelo Ciesp, por meio das secretarias de Planejamento e de Trabalho e Desenvolvimento”.Prefeito de Itapetininga Roberto Ramalho.

COMO CADA UM ESPERA CONTRIBUIR

“Tatuí espera contribuir de forma muito positiva nos trabalhos da comissão formada pelo Ciesp, apresentando os dados e as potencialidades do município, buscando a máxima sinergia entre os participantes, para que o resultado fi nal seja o melhor possível para todos”.Prefeito de Tatuí Luiz Gonzaga Vieira de Camargo.

“A Prefeitura através da sua Diretoria de Agricultura e De-senvolvimento Econômico irá trabalhar em sintonia com a proposta de crescimento e em constante contato com objetivo de viabilizar e fomentar todas as formas de desenvolvimento re-gional. Esta é uma das propostas do nosso Plano de Governo”. Vice-Prefeito de Porto Feliz Julio Cesar Bronze

“O desenvolvimento regional de forma integrada depende muito da participação de todos, e o apoio nas aplicações dessas ações é muito importante e de total interesse de nosso municí-pio, apoiando intensamente a comissão”.Prefeita de Boituva Assunta Maria Labronici Gomes.

“A contribuição maior é oferecer todas as vantagens e estrutu-ras que Itu possui para o desenvolvimento de empresas que possam gerar empregos e estimular a economia não apenas localmente, mas para a região. Os investidores que procura-rem Itu poderão contar com um Distrito Industrial em fase de implantação, que oferecerá creche, escola técnica, centro de convenções, Business Center, área verde, sistema de seguran-ça, infraestrutura completa e outros itens indicados no projeto”. Prefeito de Itu Herculano Castilho Passos Júnior.

“Votorantim quer e pode participar de comissão para estudar como melhor aproveitar as oportunidades de maneira regional. Temos técnicos disponíveis que podem trabalhar neste processo, dar o que a comissão achar necessário. E também acredito que um diagnóstico sócio econômico das cidades pode ser feito por um órgão não vinculado a nenhuma delas. De qualquer maneira, estamos dentro deste processo, queremos estar”.Prefeito de Votorantim Carlos Pivetta.

>“Trabalhar em conjunto”.Prefeito de Iperó Marco Antonio Vieira de Campos

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CAPAAPA

tributárias atraiam as empresas. Hoje a dinâmica é outra”. Tanigawa relembra que em 1994, quando começou a procu-rar uma área para a instalação da Nipro - fabricante de produtos farmacêuticos na qual trabalhava - o que o fez se interessar por Sorocaba foi exatamente as exigências que a cidade já fazia naquela época. “Uma empresa desse setor não pode ter por perto uma indústria química, por exemplo. Ela pre-cisa estar certa de que cuidados com o meio ambiente são tomados por todas as empresas em seu entorno”. A própria Toyota, observa ele, pesquisou o Brasil todo antes de se decidir por Sorocaba. E uma das razões que a fez optar pela cidade foi exatamente a existência de um plano de desenvolvimento industrial com essas características. “Já houve uma revisão e melho-rias em relação àquele plano anterior”.

Toda essa experiência, diz o 2o vice-diretor do Ciesp/Sorocaba e secretário de Desenvolvimento Municipal, está sendo colocada à disposição dos municípios participantes dessa fase piloto do projeto integrado. Sua pasta está inclusive orga-nizando uma cartilha com a coligação de todas essas informações para ser colocada à disposição das empresas interessadas. “Os municípios precisam se preparar para crescer de forma sustentável. Não adianta apenas dar incentivos. É preciso pensar em mão de obra, moradias, em formas de atrair outras empresas da mesma cadeia produti-va. Pois uma grande empresa sempre traz consigo fornecedores organizados”.

SEGUNDO o diretor titular do Ciesp/Soroca-ba, Antonio Beldi, esse trabalho pode resul-tar até mesmo na elaboração de políticas de incentivos fiscais municipais pensadas regionalmente, bem como na criação de polos industriais nas cidades que não os tem. “Entre as propostas, estão ainda a formação de mão de obra qualificada con-forme a vocação municipal e a troca de ex-periências bem sucedidas nessas cidades, como programas de inclusão digital, de saúde, educação, etc”, relata, destacando que o fato de que um dos diretores titulares da Regional Sorocaba ser o secretário de

Reportagem Lucia Costa e Camila Corrêa. Texto final Julio César Gonçalves

Desenvolvimento Econômico de Sorocaba é uma feliz coincidência: “É uma idéia que tem três padrinhos: o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, o prefeito de Sorocaba, Vitor Lippi, pelo papel que Sorocaba de-sempenha no contexto regional, e o Mario Tanigawa, pela proximidade dele tanto com o Ciesp quanto com as secretarias de de-senvolvimento das demais cidades”.

O êxito desse projeto piloto, pondera o 1º vice-diretor Erly Syllos, certamente vai permitir que se abra o leque para que ou-tras cidades também venham a participar. Mas, como observa Antonio Beldi, para que a proposta dê certo, um requisito é fundamental: “Todos precisam somar. Essa condição está na essência do associativis-mo que tanto defendemos”.

DISTRITO Industrial de Itapetininga, uma das cidades do projeto piloto

VOTO-RANTIM também

tem recebido

muitas indústrias

AS OBRAS NA TOYOTA, empresa cuja instalação terá impacto em várias cidades da região

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ESPECIAL

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passo já foi dado através do ambiente de discussão promovido pelo Podi. “Acredito que em Sorocaba já esta sendo construída uma cultura de inovação com esta articula-ção entre o meio acadêmico, as empresas e o poder público que aqui ocorre”.

Em Sorocaba, o percentual de empresas que implementam inovações, 40%, supera a média nacional, que está na faixa dos 34%. A constata-ção é do assessor técnico do

Podi (Polo de Desenvolvimento e Inova-ção de Sorocaba), Devanildo Damião, com base em dados da última Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (Pin-tec), trabalho realizado pelo IBGE com apoio da Finep - Financiadora de Estudos e Projetos, do Ministério de Ciência e Tecnologia. A próxima pesquisa, com dados do triênio 2006-2008, já está em andamento (ver quadro).

Segundo Devanildo, esta porcentagem tem a ver com a forte industrialização da cidade, principalmente no segmento metal/mecânico. A presença de indús-trias exportadoras, subsidiadas por mul-tinacionais, também contribui com esse índice, pois exige que as indústrias locais busquem os mesmos padrões. No entan-to, observa, o estudo aponta que essas inovações são de caráter incremental, ou seja, estão mais relacionadas à aquisição de equipamentos, assim como nas indús-trias nacionais. A aquisição de máquinas e equipamentos é assinalada na pesquisa como o item de maior importância no cenário industrial de todo o país.

A PESQUISA revela ainda que as indústrias brasileiras não têm cultura para trabalhar de maneira cooperativa. A busca pela inovação é estabelecida de acordo com a demanda interna de cada empresa, que

protege seu conhecimento e sua inovação para obter vantagem

frente ao mercado.Os dados foram apresenta-

dos durante a última Quarta Tecnológica de 2009, realizada em dezembro (2) no PODI, que teve como tema Inovação em Sorocaba. Um panorama com base nos dados da Pintec e contou com a presença do professor doutor Carlos Alberto Costa, e do secretário de Desenvolvimento Econô-mico, Mario Tanigawa, que disse ser muito positivo encontros dessa natureza.

Para Carlos Costa, o modelo industrial estabelecido pelo país em nada fomentou o interesse pelos estudos para criar uma cultura de inovação. “As inovações das indústrias brasileiras são paliativas e não culturais. Temos uma cultura individualista, não cooperativa e sem cooperação, sem parcerias cada um caminha de acordo com as suas necessidades”, diz Costa.

DIANTE desse cenário, a pesquisa e o desenvolvimento são considerados ítens de baixa importância no setor industrial, assim como não se considera muito importante a busca de conhecimento ex-terno. Em Sorocaba, 96% das empresas pesquisadas não consideram importante a interação entre indústria e universida-des. Devanildo acredita que, para se ob-ter efetivamente uma cultura de inovação no parque tecnológico de Sorocaba, é necessária a integração entre academia, empresas e o poder público local.

Segundo o professor Costa, o primeiro

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MARIO TANIGAWA secretário deDesenvolvimento Econômico de Sorocaba

ÍNDICE DE INOVAÇÃO NAS EMPRESAS LOCAIS supera média nacional, mas ainda falta maior integração entre setores empresarial, público e acadêmico

OS RESULTADOS DA PINTEC 2008, correspondente ao triênio 2006-2008, deverão estar prontos em junho próximo, segundo o Minis-tério do Planejamento, Orçamento e Gestão. De acordo com o IBGE, a primeira fase de coleta de dados começou em agosto passado e es-tão sendo entrevistados cerca de 16 mil estabelecimentos. O levanta-mento abrange, além de empresas ligadas às atividades industriais, os serviços de telecomunicações, informática e pesquisa e desen-volvimento. A pesquisa tem como objet ivo construir indicadores setoriais nacionais e regionais das atividades de inovação tecnológica das empresas brasileiras para per-mitir análises setoriais e a definição de políticas nacionais e regionais de incentivo às inovações.

Inovação acima da média

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28 REVISTA DO CIESP / JAN-FEV

PARA CARLOS COSTA, não há uma cultura de inovação no país

DEVANILDO diz que é necessário integração

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29REVISTA DO CIESP / AGO-SET

ESPECIAL

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GESTÃO PÚBLICA

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Planejamento estratégico. Esta tem sido a palavra chave da Sejuv (Secretaria da Juventude de Sorocaba) desde que a médica pedia-tra Edith Di Giorgi assumiu

a pasta, no segundo semestre de 2009. “Propus o planejamento porque acreditei que, direcionando os trabalhos realizados por esta pasta, conseguiríamos melho-res resultados. O objetivo foi motivar a equipe, mantendo o equilíbrio necessário

para conseguir atingir as metas dos pro-jetos”, conta a secretaria.

A fórmula deu cer to: as metas es-peradas foram atingidas e em 2009 os projetos e ações desenvolvidos pela Sejuv alcançaram resultados bastan-te positivos, segundo Di Giorgi. Por exemplo, o Clube do Nais, que trabalha com jovens infratores para prepará-los ao mercado de trabalho, teve 1172 par-ticipantes nos 12 cursos que ofereceu. No Projeto Jovem Cidadão, 40 foram encaminhados ao mercado de trabalho e no Primeira Chance, 59 conseguiram o primeiro emprego.

MAS, SEGUNDO A SECRETÁRIA, apenas a capacitação técnica não é suficiente, pois muitos têm dificuldades para adaptação em um ambiente profissional. “Além de oferecer uma vaga de trabalho, precisa-mos ensiná-los a se vestir adequadamen-te, a se expressar melhor, pois muitos não

DI GIORGI pretende estabelecer parcerias com as faculdades locais

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Planejamento estratégico foi a base da SECRETARIA DAJUVENTUDE para desenvolver ações de capacitação esocialização dos jovens

A SECRETÁRIA Edith Di Giorgi as-segura que as parcerias firmadas entre a Sejuv e entidades como Sesi, Senai e Ciesp têm sido fun-damentais para o andamento dos projetos e ações desenvolvidas pela pasta. “O trabalho em con-junto com entidades como o Ciesp, por exemplo, abre muitas portas, pois passa credibilidade. Através do Centro das Indústrias consegui-mos estreitar nossos laços com as empresas, sem falar no importante auxilio que as ONGs recebem do Ciesp no sentido de aprimorar seus instrumentos de gestão. Com isso, ganham os jovens, ganha a socie-dade”, conclui a secretária.

sabem como se portar e isso assusta aos empregadores”, diz Di Giorgi.

Pensando nisso, além de dar sequência às ações atuais, a secretaria vai implantar novos projetos, como o + Jovem, voltado aos bairros mais vulneráveis à violência, que pretende promover a socialização através do esporte e cultura. Outra no-vidade são os cursos de capacitação a serem oferecidos nos bairros pelo Senac. Serão 750 bolsas de estudos para esses jovens, que terão a oportunidade de es-tudar mais perto de suas casas.

Outra meta da secretaria para 2010 é oferecer um posto de serviços que proporcionará atendimento jurídico e orientações básicas aos jovens, tipo como montar um currículo por exemplo, e também quanto ao Prouni e Enem. Para esta ação, Di Giorgi pretende estabele-cer parcerias com as faculdades locais oferecendo vagas de estágio para que os estudantes façam esse atendimento.

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REGIONAL

EMPREGO

Mesmo com a var iação posit iva regist rada na comparação ent re os meses de dezembro de 2009 e janeiro de 2010,

a última pesquisa NERI sobre o nível de emprego regional na indústria revela que a região continua com um acumu-lado negativo de 4.600 postos de tra-balho. Mais ainda: em apenas oito dos 20 setores pesquisados, o número de vagas apresentou variação positiva nos últimos 12 meses, talvez um indicador de que a recuperação não está sendo homogênea em todos os campos de atuação da indústria.

A pesquisa NERI divulgada em fe-vereiro (11) mostra que o índice em janeiro apresentou resultado positivo de 0,82%, o que representa um acrésci-mo de 700 postos de trabalho no setor industr ial. A Regional Sorocaba foi uma das 24, entre as 36 pesquisadas, a apresentar percentual positivo e seu

Recuperação desigualíndice foi quase o dobro do verificado em todo estado, que registrou um in-cremento de 0,42% no total de vagas criadas, já considerando o ajuste sazo-nal, o equivalente a 12 mil novas vagas. Segundo o diretor adjunto do Depecon (Deparetamento de Pesquisas e Estu-dos Econômicos) da Fiesp/Ciesp, Walter Sacca, sem levar em consideração o ajuste sazonal, o índice paulista foi de 0,54%. “Passamos por um susto, mas agora estamos reagindo bem”, diz.

O ÍNDICE do nível de emprego industrial na Regional/Sorocaba, segundo a pes-quisa, foi inf luenciado pelas variações positivas dos setores de Veículos Auto-motores e Autopeças (4,34%), Metalur-gia (2,02%) e Produtos de Minerais Não Metálicos (0,11%), que são setores que mais inf luenciam no cálculo do índice total na região. O resultado só não foi melhor devido às variações negativas dos setores de Confecção de Artigos

DADOS DA PESQUISA NERI mostram que somente em oito dos 20 setores pesquisados têm havido variação positiva no número de vagas nas empresas da região

do Vestuário e Acessórios (-5,87%) e Produtos Alimentícios (-4,80%), que também inf luenciam no cálculo do índice. Se for feita uma comparação com janeiro de 2009, o resultado foi ainda melhor, pois em 2009 o índice foi negativo (-1,43%).

Considerando o acumulado dos últi-mos 12 meses, contudo, a pesquisa do NERI permite constatar que em alguns setores a variação negativa está se acen-tuado, como é o caso de produtos farmo-químicos e farmacêuticos, que têm um acumulado altamente negativo. (ver qua-dro). A variação positiva nos últimos 12 meses somente aconteceu nos setores de produtos alimentícios, bebidas, têxteis, produtos químicos, produtos de borracha e material plástico, máquinas/aparelhos e material elétrico, impressão e reprodução de gravações e móveis.

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33REVISTA DO CIESP / JAN-FEV

PROGRAMA PRÓ-TATUÍ incentiva instalação de empresas no distrito

industrial da cidade

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Sorocaba Refrescos faz workshop

Membros do Instituto Coca-Cola, representantes de outras franquias brasilei-ras e integrantes da ONG Doe seu lixo e da Comarei

(Cooperativa de Materiais Recicláveis de Itu) estiveram na Sorocaba Refrescos em janeiro (27) par ticipando de um workshop sobre o trabalho que a empre-sa realiza em Itu e que lhe valeu o Troféu Planeta de 2009, instituído pela Coca-Cola do Brasil para incentivar melhores praticas de gestão em responsabilidade social e para a sustentabilidade.

A Sorocaba Refrescos iniciou a par-ceria com a Comarei em 2005 e ajuda a

cooperativa a ser uma referência no que diz respeito à transformação de resíduos em benefício para o meio ambiente. “A gestão e a boa cultura voltada à educa-ção ambiental foram essenciais para a definição da Comarei como cooperativa parceira”, afirma a gerente de RH da empresa, Luciana Machado.

Em Itu, 18 escolas, entre públicas e privadas, par ticipam do programa de desenvolvimento de agentes socioam-bientais patrocinado pela Sorocaba Re-frescos, que já atendeu 12 mil estudantes e formou mais de 5 mil alunos do Ensino Médio e 300 professores multiplicadores, que agem a favor do meio ambiente.

Evento mostrou o trabalho social realizado pela empresa e que valeu o TROFÉU PLANETA DE 2009, instituído pela Coca-Cola do Brasil

Ocupando uma área de 5 mil metros quadrados no Distri-to Industrial, ao lado da SP 127, a RoVcan Indústr ia e Comérc io de Capacet e s

acaba de inaugurar sua unidade em Tatuí. Resultado de uma joint ventu-re entre a Rontan Eletro Metalúrgica e a indústr ia chinesa Hehui Spor t s Protection Group, a empresa projeta para 2010 a fabr icação de 250 mil capacetes e a geração de 120 novos empregos. Sua linha de produção já

Além disso, a cooperativa recebeu uma prensa - que agiliza o processo de trabalho -, um caminhão e teve seu centro de triagem ampliado em 600 metros quadrados.

Os números que mais caracterizam o sucesso deste projeto estão na coleta seletiva feita em Itu. A cidade hoje consegue separar 40% de todo o re-síduo recolhido, sendo que 14% são provenientes da Comarei, que realiza a coleta em 100% dos bairros urbanos e 30% da zona rural, recolhendo mais de 4,5 milhões de toneladas por ano. Hoje, são 76 cooperados que vivem da renda do próprio trabalho realizado na Comarei.

Empresa investeR$ 3,3 milhões paraproduzir capacetes

TATUÍ

teve início, com 50 funcionários con-tratados.

A RoVcan é uma das duas empresas que aderiram, em outubro passado, ao Programa Pró-Tatuí, lei municipal espe-cífica para incentivar a industrialização e que, entre outros atrativos, oferece isenção de impostos e apoio à implantação da infraestrutura. Outra beneficiada foi a Hubbell-Delmar, indústria de material elétrico que expor ta para mais de 20 países, que anunciou investimentos de R$ 1,4 milhão em sua expansão.

EMPREGOS - O setor industrial puxou a expansão de empregos formais em Tatuí em janeiro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministér io do Trabalho. Foram gerados 183 novos empregos, um índice positivo de 0,77% em relação às demissões ocorridas no mês. A indústr ia de transformação teve um índice de 2,6% e foi a que mais cresceu.

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INVESTIMENTO

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Com um investimento de cerca de R$ 1 bilhão, a Case New Holland, em-presa do Grupo Fiat, está criando em Sorocaba sua plataforma mundial para a

produção de equipamentos agrícolas e de construção e seu maior centro de lo-gística e distribuição na América Latina. “A produção da nova unidade abastecerá o mercado interno e também exportará para países da America Latina”, diz o presidente da Case New Holland Latin America, o engenheiro Valentino Rizzioli (ler Entrevista, na p. 36).

Construída em uma área de quase 150 mil m2, capacidade de produção para 80 mil máquinas/ano, a CNH vai oferecer, até 2011, cerca de 2 mil empregos dire-tos. E a unidade local também deverá fornecer equipamentos para as outras plantas da CNH instaladas no Brasil. Já o centro de distribuição ocupará uma área de 60 mil m2, terá 154 mil itens em

estoque e será um dos mais modernos do Grupo Fiat em todo mundo.

A concepção da fábrica é moderna, totalmente alinhada ao sistema de manu-fatura mundial adotado pelo Grupo Fiat. Segundo informa a assessoria da empre-sa, o centro de distribuição foi construído para ser um Green Building, certificado conferido aos prédios que preservam a área onde estão localizados e com siste-mas de preservação do meio-ambiente, como de reaproveitamento da água da chuva e de uso de energias alternativas, por exemplo a luz solar.

O funcionamento do centro de distri-buição também seguirá o conceito de World Class Logistic, que contempla as melhores práticas mundiais de movimen-tação, embalagem, controle e gestão de estoque.

NIPRO - Outra empresa que anunciou investimentos para Sorocaba foi a Nipro Medical Ltda, que trabalha com produtos

Ciclo de investimentos na cidade continua, com RETORNO DA CASE A SOROCABA E EXPANSÃO DE NEGÓCIOS DA NIPRO para lançar nova linha de produtos de cirurgia cardíaca

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A INAUGURAÇÃO da Case tem, para Sorocaba, valor simbólico: quando chegou aqui, nos anos 70 do século passado, a empresa veio no bojo de uma mudança no perfil industrial do município, que deixava de ter no setor têxtil sua base. Ao retornar à cidade, no início desta segunda década do século 21, encontra Sorocaba buscando consolidar-se como um dos centros de tecno-logia do estado. Quando saiu de Sorocaba, a Case empregava 600 pessoas e produzia 500 máquinas ao ano. Retorna empregando, logo de início, quatro vezes mais e com uma das mais modernas linhas de produção. O presidente Lula e o presidente mundial do Grupo Fiat, Sergio Marchionne, são aguar-dados para a inauguração, em março (2). O grupo italiano está investindo R$ 6 bilhões no país.

Inauguração terá Lulae presidente mundial da Fiat

para saúde. A matriz japonesa, a Nipro Corporation, está repassando R$ 23 milhões para a produção de uma nova linha de produtos cardiopulmonares. Com previsão para entrar no mercado em 2011, a nova linha inclui aparelhos utilizados em cirurgias cardíacas, como transplante de coração por exemplo.

Parte dos investimentos, que devem gerar aproximadamente 50 empregos diretos e outros 200 indiretos, também está sendo aplicada na expansão física da rede local. A empresa está instalada em uma área de cerca de 15,5 mil m2, 4,3 mil deles utilizados na área produtiva.

A Nipro Medical entrou no mercado dos produtos cardiopulmonares em 2006, quando adquiriu uma unidade fabril em São Paulo. A planta da capital foi trans-ferida para Sorocaba em 2008, onde são concentradas todas as atividades no Brasil. Em 2007, a matriz japonesa já tinha investido cerca de R$ 28 milhões na planta em Sorocaba.

Atraindo Capital

QUANDO saiu de

Sorocaba, a Case empre-

gava 600 pessoas e produ-zia 500

máquinas ao ano

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35REVISTA DO CIESP / JAN-FEV

INVESTIMENTO

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ENTREVISTA

36 REVISTA DO CIESP / JAN-FEV

ENTREVISTA

36 REVISTA DO CIESP / JAN-FEV

Para o presidente da Case New HollandLatin America,VALENTINO RIZZIOLI,os investimentosreafirmam a confiança do Grupo Fiat no País. “Não é mais futuro: o Brasil já é uma realidade do presente”, diz,revelando que a unidade que está sendoinaugurada emSorocaba será uma plataforma mundial de produção deequipamentosagrícolas e deconstrução

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37REVISTA DO CIESP / JAN-FEV

Em breve,anunciaremos novas

iniciativas paraincentivar a

educação, a cultura e o esporte na

cidade

aos principais mercados consumidores do país e da América Latina. Montar um complexo industrial inovador na área de produção de máquinas e logística de pe-ças, num momento excelente da economia brasileira e, em especial, dos mercados em que atuamos - máquinas para agricultura e construção de obras de infraestrutura – re-afirma ainda mais a decisão pela reativação da nossa unidade de Sorocaba.

Quando a Case desativou a unidade lo-cal, empregava 600 pessoas e produzia 500 máquinas por ano. O complexo industrial que a Case New Holland vai inaugurar em Sorocaba, em março, vai oferecer 2 mil empregos diretos até 2011; e mais 2,5 mil numa etapa futura. Ele é composto pelo maior centro de logística e distribuição

já existia a planta industrial, a cidade está bem localizada, oferece boa infraestrutura e mão-de-obra qualificada.

Existem planos da empresa para o desen-volvimento de programas com o propósito de aproximá-la mais da sociedade em todas as dimensões - tipo ações sociais, cultura, es-porte, etc? É possível adiantar alguns? Desde 2008, quando foi anunciada a reabertura da unidade, a CNH tem tomado iniciativas de aproximação com a comunidade através do Case Multiação, que é o programa de ações sociais sustentáveis da marca no Brasil. Pri-meiro, em uma parceria com a Prefeitura de Sorocaba, o programa emprestou duas máquinas para a limpeza e terraplanagem de um terreno de 50 mil metros quadrados, localizado na Zona Norte da cidade, para a construção de uma área de lazer que vai beneficiar 22 mil pessoas. Este ano, estamos doando duas máquinas para a Prefeitura. Uma retroescavadeira e uma motoniveladora da Case Construções.

Patrocinamos a Liga Sorocabana de Bas-quete, equipe profissional da cidade que joga o campeonato paulista da primeira divisão, desde o ano passado e renovamos o patrocínio para este ano.

Também em 2009, o Case Multiação já beneficiou seis associações sem fins lucra-tivos locais com doações e patrocínios, incluindo também a doação das máquinas. No total, estamos investindo mais de R$ 1,7 milhão, sendo que parte desses valo-res gozam de abatimento do Imposto de Renda da empresa.

Em breve, anunciaremos novas iniciati-vas para incentivar a educação, a cultura e o esporte na cidade.

Ter uma entidade representativa como o Ciesp/Sorocaba facilita a integração das grandes empresas nas cidades onde elas chegam? Sem dúvida. Contamos sobretudo com o apoio do Ciesp no papel formador de recursos humanos qualificados através da atuação do Senai local. Grande parte dos funcionários que estamos contratando é egressa dessas escolas existentes em Sorocaba e região. Participamos ativamente do Centro da Indústria do Estado de São Paulo e de

de peças da empresa na América Latina e uma fábrica que será uma plataforma mundial de produção de equipamentos agrícolas e de construção.

O investimento anunciado em 2007, de R$ 1 bilhão, consolida a liderança de mercado da Case New Holland e aumenta a capacidade de produção para responder à demanda crescente que o mercado deve ter nos próximos anos.

O que motivou a saída da indústria da cidade, em 2001, e o que a traz de volta? Por que Sorocaba? A fábrica de Sorocaba foi fechada porque o mercado de máquinas agrícolas de construção estava em baixa. Agora, com o mercado novamente aque-cido e previsão de crescimento nos próxi-mos anos nos dois segmentos, decidimos reativá-la. Optamos por Sorocaba porque

It a liano, atuando no Gr upo Fiat desde 1961, o engenheiro Valentino Rizzioli, formado em Engenharia Aeronáutica, chegou ao Brasil em 1969 como gerente técnico da fábrica de tratores e

máquinas rodoviárias da Fiat. Entre 1975 e 1980, foi para os Estados Unidos como executivo da Fiat Allis North America. De volta ao Brasil, trabalhou na filial da Fiat Allis até 1991, assumindo então o comando da New Holland, fabricante de máquinas agrícolas e desde 1999, quando houve a fusão desta com a Case, tornou-se o principal executivo da CNH para toda a América Latina. Coube a ele conduzir o projeto que trouxe a Case de volta a Soro-caba. E a empresa retorna dando mais força ainda à economia local: quando desativou sua unidade, empregava 600 pessoas e produzia 500 máquinas ao ano. Agora, vai gerar 2 mil empregos diretos até 2011 e produzir não só para o mercado interno, mas também para a América Latina, EUA e África. Nesta entrevista, Rizzioli fala sobre a unidade que está sendo inaugurada, a dis-posição de continuar mantendo fortes laços da empresa com a comunidade e sobre a importância do Ciesp regionalmente. As mudanças ocorridas no País nas últimas cinco décadas também são abordadas por ele nesta entrevista.

Para Sorocaba, ter a Case de volta é uma satisfação, não só pelo investimento e empregos que vai gerar, como pelo que ela representa para a memória da cidade por ter seu nome ligado à história da modernização industrial do município, ocorrida a partir dos anos 70 do século passado. Para a Case, voltar a Sorocaba também é uma satisfação? Por que? Temos muitos motivos para comemo-rar o momento atual, desde que o Grupo Fiat adquiriu a Case, no final de 1999, fazendo a fusão com a New Holland e criando a CNH. Estamos voltando a operar novamente em Sorocaba, uma cidade prós-pera e hospitaleira, que tem uma história como pólo de logística e distribuição que remonta a época dos tropeiros e até hoje tem uma localização ímpar como entron-camento rodoviário e ferroviário, com posição geográfica privilegiada, próxima >

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ENTREVISTA

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países em desenvolvimento na economia mundial. Quando cheguei aqui, o país ti-nha vários problemas. Principalmente um déficit educacional muito grande. Houve avanços, sobretudo na questão social. Porém, o Brasil é muito grande e tem mui-tas riquezas naturais. Acredito que mais mudanças virão e o país está no caminho certo para conquistar o seu lugar entre as grandes nações do planeta.

Sempre dizem que o Brasil é o país do futuro. O futuro chegou? O Brasil vive um grande momento na área econômica e social, com crescimento dos mercados de máquinas agrícolas e de construção.

Tivemos um forte exemplo disso no ano passado, durante a crise financeira internacional. Enquanto a Europa e os Estados Unidos ainda tentam sair do vermelho, projetamos um crescimento em torno de 20% na venda de máquinas no Brasil em 2010, nos dois segmentos. Isso nos permitirá recuperar as perdas 2009 e continuar a crescer.

Vários fatores contribuíram para esse desempenho, entre eles, a confiança do empresariado. Apesar da crise, mantive-mos os compromissos planejados para 2009, como os investimentos na planta de Sorocaba.

Este fator foi primordial para que conse-guíssemos fechar 2009 bem no mercado, e com grandes expectativas para 2010. Em ano de crise lançamos tratores de baixa potência (Farmall), o maior trator de chassis rígidos produzido no País (o Magum 305) e o trator de média potência (Maxxum 110 e 125 cv). Além disso, entregamos aos produtores de cana o que eles precisam, com as colhedoras de cana A4000 e a Série A8000.

O novo Centro de Logística e Distribui-ção de peças da marca melhorará ainda mais o atendimento no que diz respeito ao pós-vendas, e a ampliação da nossa rede de concessionários irá fazer com que as máquinas Case New Holland cheguem cada vez mais aos campos e canteiros de obras brasileiros.

E isso não é mais futuro, para a Case New Holland o Brasil já é uma realidade do presente.

toda a estrutura do sistema que ampara e fomenta a atividade industrial e a livre iniciativa onde estão inseridas as nossas fábricas. Seja em São Paulo, Minas Gerais ou no Paraná.

O que será produzido aqui em Sorocaba? Poderia nos antecipar novas tecnologias que estão sendo trazidas para cá? Quais são as metas de produção? A unidade de Sorocaba será uma plataforma mundial de produção de equipamentos agrícolas e de construção. Vamos começar produ-zindo colheitadeiras de rotor.

O objetivo da empresa é aumentar a fabricação de equipamentos agrícolas e de construção, hoje realizadas nas uni-dades de Curitiba (PR), Piracicaba (SP) e Contagem (MG), e ainda fabricar com-ponentes destinados a essas fábricas. A produção da nova unidade abastecerá o mercado interno e também exportará para países da América Latina, Estados Unidos e África.

A fábrica tem concepção moderna e está totalmente alinhada ao sistema mundial de produção da CNH Global e ao World Class Manufacturing, sistema de manufatura mundial adotado pelo Grupo Fiat.

Já o centro de distribuição foi construí-do para ser um Green Building, certifica-do conferido aos prédios construídos pre-servando a área onde estão localizados e com sistemas de preservação do meio-ambiente, como de reaproveitamento da água da chuva e de uso de energias alternativas, por exemplo a luz solar.

O funcionamento do centro de distri-buição também seguirá o conceito de World Class Logistic, que contempla as melhores práticas mundiais de movimen-tação, embalagem, controle e gestão de estoque.

Mais de 15% dos investimentos do Grupo Fiat no Brasil em 2010 estão sendo feitos na implantação da unidade local, um indicador da importância da Case na estratégia do grupo no país. O que a Case representa hoje na estrutura do Grupo Fiat? Quais são os planos para ela? O complexo de Sorocaba faz parte do plano de investimentos do

Grupo Fiat para o período 2008-2012, anunciado em novembro de 2007 por Sérgio Marchionne, CEO do Grupo Fiat, em encontro com investidores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador José Serra. Com esse investimento, o Grupo Fiat aumenta significativamente sua presença no estado de São Paulo.

A nova unidade vai permitir à Case New Holland atender a demanda cres-cente do mercado e ganhar mais par-ticipação.

Fabricamos equipamentos de quatro marcas, sendo duas de construção (Case

Enquanto aEuropa e os

Estados Unidos ainda tentam sair

do vermelho,projetamos um crescimento em torno de 20%na venda demáquinas no

Brasil em2010

Construction Equipment e New Holland Construction) e agrícola (Case IH e New Holland).

Temos a liderança de mercado no Bra-sil em dois segmentos. Fechamos 2010 com 36,8% do mercado de construção e 46,7% do mercado de colheitadeira de grãos. Já no de tratores, fechamos em segundo lugar, com 25,3%.

O sr. vive no Brasil há 40 anos. Quais foram as mudanças que considera mais significativas na economia brasileira nesse período? O Brasil, sem dúvida, mudou muito. Cresceu e se voltou para os mer-cados mundiais. Hoje é um dos principais

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CIESP ACONTECE

Antonio Roberto Beldi, diretor titular do Ciesp/Sorocaba, Paulo Skaf, presidente da Fiesp/Ciesp; Prefeito de Sorocaba Vitor Lippi; Luiz Pagliato, conselheiro e coordenador do Departamento de Responsabilidade Social do Ciesp/Sorocaba

O ENCONTRO de final de ano promovido pela Regional/Sorocaba, já bastante concorrido por reunir lideranças eco-nômicas, políticas e sociais de muitas cidades da região, contou em sua última edição, realizada no restaurante e chácara Santa Victoria de Sorocaba em dezembro (4), com a presença do presidente do Ciesp/Fiesp, Paulo Skaf. Bastante animado, principalmente por-que há pouco havia tido uma reunião com a Diretoria Regional e prefeitos para lançar o projeto de desenvolvi-mento regional, ele acabou dando o tom da festa. Confira

Confraternização tevepresença de Paulo Skaf

Nelson Tadeu Cancellara, presidente do Conselho do Ciesp/Sorocaba; Geraldo de Moura Caiuby, diretor geral do SAAE; Paulo Skaf, presidente da Fiesp/Ciesp; Mario Tanigawa, 2º vice-diretor do Ciesp/Sorocaba e secretário de Desenvolvimento da PMS; Vereador José Francisco Martinez

Fernando Furukawa, secretário de Finanças da PMS; Vereador Cel. Rozendo; Maria Teresinha Del Cístia, secretária de Educação da PMS; Vice-prefeito de Sorocaba José Aílton Ribeiro; Paulo Skaf, presidente da Fiesp/Ciesp; Maurício Dell’Osso; Renê Leonel Filho, coordenador do Departamento de Infraestrutura do Ciesp/Sorocaba

Márcio Leme, Sadi Montenegro Duarte Neto, Jaime R. Almeida Neto, Andréa Rosemberg Valio, coordenadores do Departamento Jurídico do Ciesp/Sorocaba, e Rodrigo Bley, membro do Departamento Jurídico do Ciesp/Soroca-ba e diretor adjunto estadual do Departamento Jurídico do Ciesp, junto com Paulo Skaf, presidente da Fiesp/Ciesp

Paulo Skaf, presidente da Fiesp/Ciesp; Elaine Marques, Fernanda Quadros, Rodrigo e Eliane Figueiredo, do NJE; Antonio Roberto Beldi, diretor titular do Ciesp/Sorocaba

Paulo Skaf, presidente da Fiesp/Ciesp entre diretora, colaboradores e convidados da empresa patrocinadora do evento, System Farma

Diretores e equipe Ciesp/Sorocaba

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O NÚCLEO dos Jovens Empreendedores do Ciesp de Sorocaba (NJE) realizou em dezembro (02) a sua festa de confraternização no restau-rante Sabina. Cerca de 40 pessoas estiveram presentes na noite que visava comemorar mais um ano de trabalho do núcleo. O evento contou com a presença dos vice-diretores do Ciesp Erly Domingues de Syllos e Mario Tanigawa.

NJE faz umencontro festivo

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Paulo Skaf, presidente da Fiesp/Ciesp entre Claudinalia Nasser Stephani e Rita de Cássia da Silva Coimbra, do Senac/Sorocaba

Paulo Skaf, presidente da Fiesp/Ciesp entre Alexandre Hugo e Maria Cristina Carli, CPFL Energia

Walter Vicioni, diretor superintendente Sesi/Senai; Deputada Estadual Maria Lucia Amary; Antonio Roberto Beldi, diretor titular do Ciesp/Sorocaba e Maristela Honda, vice-presidente Sinduscon/SP e coordenadora do Departamento de Infraestrutura do Ciesp/Sorocaba

Vice-prefeito de Sorocaba José Aílton Ribeiro e Antonio Roberto Beldi, diretor-titular do Ciesp/Sorocaba,

Eva Marius, coordenadora regional do Ciesp/Sorocaba; Prefeito de Sorocaba Vitor Lippi; Jocilei Oliveira, diretor do Senai/Sorocaba; Elaine Marques e Luiz Pagliato, conselheiro e coordenador do Departamento de Respon-sabilidade Social do Ciesp/Sorocaba

Erly Domingues de Syllos, 1o Vice-diretor do Ciesp/Sorocaba; Nelson Tadeu Cancellara, presidente do Conselho do Ciesp/Sorocaba; Rodrigo Bley, membro do Departamento Jurídico do Ciesp/Sorocaba e diretor adjun-to estadual do Departamento Jurídico do Ciesp e Mario Tanigawa, 2º vice-diretor do Ciesp/Sorocaba e secretário de Desenvolvimento da PMS

Mario Tanigawa, 2º vice-diretor do Ciesp/Sorocaba e secretário de Desenvolvimento da PMS; Julio Cesar de Souza Martins, diretor do Sesi/Sorocaba; Antonio Roberto Beldi, diretor titular do Ciesp/Sorocaba e Rodrigo Bley, membro do Departamento Jurídico do Ciesp/Sorocaba e diretor adjunto estadual do Departamento Jurídico do Ciesp

Maristela Honda, vice-presidente Sinduscon/SP e coorde-nadora do Departamento de Infraestrutura do Ciesp/Soro-caba; Carla Acquaviva, assessoria de imprensa do Ciesp/Sorocaba; Mirian Zacareli, conselheira e coordenadora do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp/Sorocaba

Lelia Cayubi, Comitê Feminino do Ciesp/Sorocaba; Nice Kadiama, assessora do Fundo Social de Solidariedade de Sorocaba e Denise Lippi, primeira dama, presidente do Fundo Social de Solidariedade de Sorocaba e conselheira do Comitê Feminino do Ciesp/Sorocaba

Vereadora Neusa Maldonado e Deputada Estadual Maria Lucia Amary

Rodrigo Figueiredo, do NJE e Erly Domingues de Syllos, 1o Vice-diretor do Ciesp/Sorocaba, na abertura do evento

Mario Tanigawa, 2º vice-diretor do Ciesp/Sorocaba e secretário de Desenvolvimento da PMS e João Esquerdo, diretor de Agricultura e Desenvolvimento Econômico de Porto Feliz/SP

Cristiane Oliveira e Lígia Mazza Barbosa dos Santos, integrantes do NJE/Sorocaba

Visão Geral do evento

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NOVOS ASSOCIADOS

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A cada ano, aumenta o leque de vantagens oferecidas pelo Ciesp aos seus associados. Além de toda a assessoria que o órgão

representativo das indústrias do Estado de São Paulo oferece, prestando serviço e dando orientação nos mais variados campos, a possibilidade de estar sempre atualizado é uma das ações muito elo-giadas. Em 2009, por exemplo, foram oferecidos 22 treinamentos que conta-ram com a participação de mais de 400 pessoas, além de palestras e workshops temáticos.

Esses eventos além de oferecer in-formações aos par ticipantes, tornam-se ferramentas de motivação para os empresários que através da troca de experiências acabam obtendo melhores resultados dentro de suas empresas.

Érika Bergamini, diretora da Santana Embalagens e representante do Ciesp de Araçoiaba da Serra, conta que, após a sua participação em ações realizadas pela Regional, obteve excelentes resultados práticos na sua empresa, alguns em curto prazo e outros a médio e longo prazo. “Através dos eventos consegui falar dire-tamente com os profissionais de compras de algumas empresas da região que não teria acesso, resultando em cotações e algumas vendas fechadas. Isso sem falar da disponibilização de profissionais de di-versas áreas que dão assessoria gratuita aos empresários”, conta Érica.

Para Rodolfo Gonçalves de Arruda, gerente de contas da DDL Dedetizadora, os conhecimentos adquiridos através

Ser associado dá retornopositivo, dizem empresários

de palestras e workshops permitiram a ele esclarecer, inclusive, dúvidas de clientes.

A POSSIBILIDADE do uso do espaço do Ciesp para organização de eventos dos associados também colabora de forma positiva com as empresas, segundo o gerente. “Realizamos um evento de For-mação de Operadores de Controle Pragas para nossos colaboradores em uma das salas do Ciesp, alguns clientes também participaram e o feedback foi muito bom. O intuito do Ciesp de otimizar e fortale-cer os associados proporciona o sucesso para muitos”, testemunha Arruda.

Suse Fátima Tenor, da Super Barato Comércio Atacadista ganhou uma equipe mais motivada graças ao Curso de Lide-

Eventos promovidos pelo Ciesp/Sorocaba, INFORMAM E TORNAM-SE FERRAMENTAS de motivação aos administradores das empresas

rança oferecido pelo entidade. “Saber que somos amparados por profissionais de alto nível de conhecimento passa a nós, associados, grande credibilidade. Temos constantemente a atualização de conhecimentos de leis, graças a com-petente assessoria jurídica que nos é oferecida, as palestras, a revista, curso e até mesmo através do atendimento telefônico”, comenta Suse. (Veja mais sobre cursos do Ciesp na pág. 43)

O retorno, segundo a empresária, não acontece apenas em serviços, mas em outros contextos também. “Estar dentro de um grupo de empresas com a força do Ciesp é muito gratificante. Minha empresa está muito satisfeita com o investimento que fizemos quando deci-dimos nos associar”, afirma.

CURSOS(acima) e ESPAÇOS PARA EVENTOS (ao lado) oferecidos pelo Ciesp/Sorocaba aos seus associa-dos

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CURSOS

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cos das ferramentas de Lean com aplicações práticas no dia-a-dia. Exercícios reais práti-cos direcionados ao cotidiano empresarial e ao perfeito atendimento das ferramentas fazem deste programa um grande diferen-cial para a empresa.Público Alvo: voltado a todos os segmentos pro-dutivos e de serviços e ao público em geral.Quem ministra: Leandro Berci e Miguel Ângelo DiasInvestimento:Associados: R$ 270,00Não Associados: R$ 390,00

Técnicas Avançadas em VendasData e horário: 25, 26, 27 e 28 de maio das 18h às 22hObjetivo: fornecer ferramentas para prepara-ção do vendedor além de habilidades para o desenvolvimento e a condução asser tiva de um processo de venda mantendo o rumo das negociações dentro do controle do vendedor na direção de obter acordos produtivos e proveitosos. Público Alvo: empresários, gerentes e supervi-sores de marketing e vendas, vendedores e profissionais liberais.Quem ministra: Anderson BomtorimInvestimento:Associados: R$ 214,00Não Associados: R$ 314,00

Desenvolvimento de Liderança e Técnicas de Chefia - Móludo IIData e horário: 21, 22, 23 e 24 de junho das 18h às 22hObjetivo: aprofundar reflexão sobre quais são as melhorias necessárias ao dia a dia do líder participativo em busca de melhores resulta-dos. A comunicação eficaz é uma competência essencial e cada vez mais valorizada pelas empresas e pelo mercado de trabalho. Por isto o curso visa capacitar o líder moderno nas habilidades da comunicação eficaz visando melhor desempenhoPúblico Alvo: líderes formais e informais da empresa, que lidem direta ou indiretamente com equipes: gerentes, supervisores, coor-denadores, chefes de equipe, multiplicadores e cipeiros.Quem ministra: Fátima RizzoInvestimento:Associados: R$ 214,00Não Associados: R$ 314,00

e de produção, envolvendo o gerenciamento de todo o sistema produtivo; aprender a analisar o tempo gasto nos processos produ-tivos e o impacto disto no custo do produto; planejar a produção, tornando-a mais eficaz; calcular o dimensionamento de recursos, levando em consideração as peculiariedades das empresas; montar árvores de estrutura de qualquer produto; conhecer uso das ferra-mentas de MRP e CRP; como usar e adaptar ferramentas Kanban e Just-In-Time; adaptar programa de melhoria continua - Kaizen - à realidade da empresaPúblico Alvo: diretores, supervisores, encarrega-dos, gerentes e técnicos industriais e de produ-ção. Também outros profissionais que tenham ligação com a área fabril da empresa.Quem ministra: Paulo Álfio, Rico Mader, Rosa Moreno e Vito Carrieri. Investimento:Associados: R$ 648,00Não Associados: R$ 948,00

Desenvolvimento de Liderança e Técnicas de Chefia - Módulo I - Missão, Perfil e as Novas AtribuiçõesData e horário: 26, 27, 28 e 29 de abril das 18h às 22hObjetivo: discutir a missão, o perfil e as novas atr ibuições do líder moderno; promover profunda ref lexão sobre as mudanças de paradigmas da liderança moderna e suas implicações nos resultados interpessoais e organizacionais; promover entusiasmo e ener-gização das pessoas bem como desenvolver sinergia nas equipes de trabalho. Público Alvo: líderes formais e informais da empresa, que lidem direta ou indiretamente com equipes: gerentes, supervisores, coorde-nadores, chefes de equipe, multiplicadores, cipeiros, etc.Quem ministra: Fátima RizzoInvestimento:Associados: R$ 214,00Não Associados: R$ 314,00

Produção Enxuta - Lean ProductionData e horário: 10, 12, 17, 19 e 24 de maio das 18h às 22hObjetivo: desenvolver e capacitar multiplica-dores da metodologia Lean Production em empresas ou áreas de serviços que buscam resultados sustentáveis e de qualidade de classe mundial. Ampliar os conceitos teóri-

Desenvolvimento de Lideranças e Técnicas de Chefia - Módulo III - Relacione-se bem: Trabalho em Equipe, Motivação e SinergiaData e horário: 8, 9, 10 e 11 de março das 18h às 22hObjetivo: o curso tem como objetivo intervir po-sitivamente no clima emocional da empresa, energizando as pessoas e envolvendo todos os seus colaboradores no alcance de melhores resultados e maior comprometimento. Público Alvo: líderes formais e informais da empresa, que lidem direta ou indiretamente com equipes: gerentes, supervisores, coorde-nadores, chefes de equipe, multiplicadores, cipeiros, etc. Quem ministra: Fátima RizzoInvestimento:Associados: R$ 214,00Não Associados: R$ 314,00

A + E Atitudes EmpreendedorasData e horário: 25 de março das 8h às 18hObjetivo: apresentar aos empresários participan-tes novos conceitos e metodologia em gestão empreendedora de negócios, para maior com-petitividade em um mercado com acelerado desenvolvimento tecnológico. Público Alvo: empreendedores, empresários, dirigentes e sucessores, executivos e empre-endedores internos.Quem ministra: Mauro LopesInvestimento:Associados: R$ 2.500,00Não Associados: R$ 2.900,00

Investimento em Bolsas de ValoresData e horário: 5 de abril das 18h30 às 22h30Objetivo: dar aos participantes as principais fer-ramentas utilizadas no dia-a-dia do mercado financeiro, como a matemática financeira aplicada, e estrutura das operações de in-vestimentos em ativos de renda variável, com destaque para as ações e demais produtos negociados nas bolsas. Público Alvo: público em geral.Quem ministra: Marcelo Martinovich Investimento:Associados: R$ 109,00Não Associados: R$ 159,00

Técnico de Chão de FábricaData e horário: 17 e 24 de abril, 8, 15, 22 e 29 de maio das 8h30 às 17h30Objetivo: conhecer as técnicas de administração

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CONVÊNIOS

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O posto de informações do BNDES do Ciesp/Sorocaba foi o cam-peão em atendimentos entre as 11 unidades instaladas pelo

banco de desenvolvimento em parceria com o Centro das Indústrias em todo Estado de São Paulo: em 2009, foram atendidas 161 empresas, com a libera-ção de R$ 371,7 milhões, um aumento de 86% em relação a 2008. Por sinal, no passado, com 86 atendimentos, o posto local, inaugurado em outubro de 2007, já havia ficado em primeiro lugar, mas junto com São José dos Campos. O número de operações na unidade local saltou, entre os dois anos, de 714 para 1501, um crescimento de 107%, também um dos maiores. Pequenas empresas foram as mais beneficiadas: os desembolsos para empreendimentos desse porte saltaram de R$ 12,2 milhões para 25,3 milhões (ver quadro).

Segundo a coordenadora da Regional Sorocaba e agente de informações do BNDES, Eva Marius, isso demonstra que os empresários da região estão utilizando cada vez mais o convênio. “O posto veio aproximar mais o empresário dos agen-tes financeiros e facilitar a elaboração dos projetos”. Segundo Eva, a unidade funciona como uma pré-consultoria às empresas interessadas na obtenção de re-cursos, oferecendo todas as informações e orientações técnicas necessárias para a elaboração dos pedidos. “Ele já chega ao banco aonde vai solicitar recursos com bagagem, não com um projeto solto. E a elaboração de projetos bem estrutura-dos e fundamentados é essencial para a obtenção de financiamento”, diz ela. Os

números apresentados, afirma, também atestam o potencial de desenvolvimento regional e o bom momento vivido pela economia da região.

O convênio entre Ciesp e BNDES para a instalação de postos de informação começou em 2001, com a aber tura de unidades em Bauru, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. Estão em processo de aprovação postos nas regionais de Jundiaí, Limeira e Mogi das Cruzes e também na sede, em São Paulo. O posto atende associados e não associados.

Para mais informações,entre em contato com o

Ciesp/Sorocabapelo fone (15) 4009-2900 ou na Central de Atendimento

em São Paulo pelo fone(11) 3549.3232

[email protected]

Atendimento campeão

EVA MARIUS, coordenadora da Regional Sorocaba e agente de informações do BNDES

ENTRE OS ANOS de 2008 e 2009 aumentou consideravelmente o número de atendimentos no posto de atendimento do BNDES do Ciesp/Sorocaba

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