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1 Talento Para a Vida

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TALENTO PARA VIDA

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PB 1Talento Para a Vida

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5ª Edição

©2012 - ETALENTTodos os direitos reservados e protegidos pela Lei 5.988 de 14/12/1973.Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: Eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.

Etalent Av. Rio Branco, 37 / 11º andar, Sl 1110 – CentroRio de Janeiro / RJ – Brasil, CEP 20.090-003Tel. e Fax: (21) [email protected]

Revisão e Apoio Técnico:Elaine MattosHanna WajsfeldHeitor BarretoPatrícia LopesRaphael SantoroRosiene Cunha

Editoração e Capa:Editora ETALENT

CIP-Brasil. Catalogação-na-fonteSindicato Nacional dos Editores de Livros - RJ

M381t Matos, Jorge, 1961- Talento para a vida: Descubra e Desenvolva seus Talentos Jorge Matos, Vânia Portela. Rio de Janeiro: Human Learning, 2006 291p.

Inclui bibliografia ISBN 85-88643-01-4

1. Auto-realização. 2. Motivação no trabalho. 3. Satisfação no trabalho. 4. Capacidade executiva. I. Portela, Vânia, 1946-. II. Título.

01-1296. CDD 658.314 CDU 658.336

ETALENT

A ETALENT desenvolveu um conjunto de metodologias e ferramentas exclusivas, voltadas para potencializar o talento das pessoas e o resultado das empresas. Tudo associado ao diagnóstico, entendimento e maximização de comportamento humano. Os produtos e serviços têm auxiliado empresas de pequeno, médio e grande porte a acelerar contratações, diminuir rotatividade, desenvolver e reter talentos, e, finalmente, a aumentar a produtividade. Mais de 60 mil profissionais passaram pelos seminários, palestras e workshops de mudança e desenvolvimento da ETALENT. São mais de três milhões de perfis comportamentais DISC ETALENT e mais de mil empresas auxiliadas na gestão de pessoas.

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Ao Talento e à Vida

O Talento não foi feitopara se desperdiçar.É a semente de vida

querendo desabrochar.É pedra não lapidada escondida por camadapedindo para brilhar!

Talento afinal foi feitopara dar a expressão,

a canção que sempre ecoado fundo do coração.

É vida que vai fluindo,beleza que vai surgindo.Essência do ser em ação!

Vânia Portela

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Ao meu filho que dividiu minha vida em duas partes: antes de Igor e depois de Igor.

Jorge Matos

À minha adorável família, parceira constante da minha jornada evolutiva.

Vânia Portela

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A figura do Dodecaedro (composição de doze lados, simbolizando o infinito) na capa do livro é uma homenagem a LEONARDO DA VINCI (1452-1519), um dos maiores talentos da humanidade, para quem o termo “Homem da Renascença” foi criado numa tentativa de descrever sua genialidade.

Ao escolhermos o dodecaedro, tínhamos em mente que o mundo é uma grande bola solta no espaço (dodecaedro elevado no vácuo) e cada um o vê por uma perspectiva, por um ângulo diferente.

Cada ponto de vista é apenas parte de um todo. Um ponto de vista complementa o outro. Sem um, o todo é só parte. Sem o todo a parte é um falso todo.

É preciso que não se deixe de lado nenhum ponto de vista para que tenhamos a visão perfeita do todo e possamos lidar melhor com ele.

Ao reunir todos os pontos de vista, o todo pode ser melhor analisado e as soluções encontradas, mais coerentes e mais adequadas à harmonia do conjunto.

Ao eliminar as arestas de cada ponto de vista (os ângulos de cada face do dodecaedro) temos a esfera lisa, inteira e sem separações, em toda sua beleza e harmonia cumprindo seu papel no espaço.

Ao tocar nosso ponto de vista como se fosse o todo, esquecemos que é apenas uma parte.

É preciso que, para reconstruirmos um mundo melhor, voltemos a unir, num grande todo, os pontos de vista de cada um dos perfis. Afinal, eliminar arestas é o melhor exercício para se desenvolver o Talento Para a Vida.

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TALENTO PARA A VIDA®

Sumário

Prefácio 13O Sentido da Vida 16Siga em Frente 19Em Busca da Felicidade 24

Talento Para a Vida - Parte I Nade a Favor da Correnteza 29Somos todos Talentosos 34O Comportamento Humano 40

O Cubo de Competências - Parte II

O Nosso Papel no Mundo 59Conhecimentos, Comportamentos e Habilidades 64O Prazer a Serviço do Desempenho 68O Caminho do Alto Desempenho 71

Dificultadores do Desenvolvimento - Parte III

A Utilização do Talento 83Medos e Sombras 89A mudança da mão de obra para cérebros que pensam e comportamentos que motivam 105

Comportamentos Poderosos - Parte IV

Fazer Acontecer 115O Poder dos Relacionamentos 128A Resiliência 134A Força da Motivação 140A Favor do Tempo 146

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Talentos em Movimentos - Parte V O Poder da Complementação 157A Formação de uma Equipe de Sucesso 164A Visão de Futuro 182A EU S.A. 188O Desenvolvimento do meu Talento 196

Os 36 Talentos - Parte VI

A Importância dos Talentos 219Os Dominantes 222Os Influentes 232Os Estáveis 242Os Conformes 252

Notas FinaisA História do DISC 265As Aplicações do Sistema DISC Etalent 273Na Trilha do Prazer e da Produtividade 281Os Autores 284A Etalent 285MyEtalent 287Workshop Talento & Sucesso 288Referências Bibliográficas 289

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Prefácio

No meu primeiro dia de aula como professor na Faculdade de Administração, deparei-me com uma situação que não imaginara ser tão crítica. – Perguntei aos meus alunos: Quem eram? Por que estavam naquela faculdade? O que fariam no futuro com o que aprendessem ali? No entanto, as respostas me surpreenderam: “NÃO sabemos quem somos. NÃO sabemos onde estamos. NÃO sabemos aonde pretendemos ir.” Eu considerava respostas razoavelmente estruturadas para essas questões como sendo cruciais para um processo de carreira bem-sucedida. E lá estava eu, com uma turma que, na sua totalidade, não conseguia minimamente responder às perguntas.

Tentei tratar aquele problema, da maneira mais profissional possível. Na prática, levamos oito horas-aula conversando com os alunos a respeito das questões apresentadas e como cada um poderia, em parte, conseguir suas respostas.

No semestre seguinte, busquei um profissional que me auxiliou na formulação de um processo e, com isso, eu pude ajudar melhor os alunos. Fiz isso durante anos e acredito ter agregado valor as suas vidas.

Alguns anos se passaram e, novamente, tive oportunidade de retomar esse tema. Comecei a trabalhar com uma ferramenta de análise de perfil comportamental e criei um programa de desenvolvimento pessoal. Só que, desta vez, o nosso público principal passou a ser profissionais nas diversas idades e níveis hierárquicos. Ao todo, estimamos ter trabalhado com mais de 40 mil profissionais, indo da presidência às funções mais básicas nas

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empresas. Dos mais jovens, com 14 anos, a profissionais sênior, com 70. Em grupos especiais transcrevemos os nossos relatórios para o braile e levamos intérpretes de sinais para que os surdos e mudos pudessem compartilhar nossas reflexões.

Vejo claramente, agora, que apesar de vital para o sucesso profissional, responder às questões formuladas por mim no meu primeiro dia de aula, na prática, não foi fácil. E muito menos fazê-las cumprir. Para ajudar nesse processo, criei o programa denominado Talento & Sucesso. Este livro é, em grande parte, resultado desse trabalho e das experiências, minhas e de Vânia Portela, com o desenvolvimento de jovens e profissionais, consultoria em planejamento e gestão de mudanças. Se essas questões, no passado, já eram importantes de serem respondidas, no presente se tornaram capitais.

Buscar continuamente respondê-las e alinhá-las às grandes mudanças está relacionado à nossa própria vida. Na prática, não devemos nos “pré-ocupar” com essas questões, mas encará-las simplesmente como parte de nossas vidas. Ninguém questiona se deveria escovar os dentes ou mesmo almoçar. Desta forma, pensar no futuro e nessas respostas deveria assumir semelhante papel.

Às três questões iniciais, resolvemos incluir mais duas: O que

a minha função exige de mim? E o que devo fazer para desenvolver e atendê-la com maestria? Assim, o livro Talento Para a Vida se propõe a ajudá-lo a refletir sobre o seu contexto de mundo e o seu perfil pessoal, descobrir se estamos no caminho do Alto Desempenho ou do desperdício, como melhorar os relacionamentos com filhos, pares e subordinados, como administrar melhor o tempo, se deparar com os medos e o que fazer com eles, como construir uma visão positiva e estimulante de futuro, entre outros. Enfim, o livro auxilia no autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e profissional, permitindo, dessa forma, uma escolha mais estruturada e elaborada na busca pelo sucesso profissional e pessoal.

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O romancista Oscar Wilde (1854-1900) afirma: “os atores têm sorte. Podem escolher entre representar uma tragédia ou uma comédia, entre divertir-se, rir ou derramar lágrimas. A vida real é diferente. A maior parte das pessoas é obrigada a desempenhar papéis para os quais não tem a menor qualificação. O mundo é uma cena de teatro, mas os papéis foram mal distribuídos”. Considerando o fato de que cada ser humano possui talentos e a existência de tantas opções profissionais, percebe-se o quanto é difícil para as pessoas acertarem em suas escolhas profissionais e reunir os elementos que a torne melhor no que faz. Os números confirmam isso: pesquisa com dez mil participantes, realizada pela ETALENT, 78% dos profissionais estão insatisfeitos com as atividade que realizam.

Ajudar as pessoas a viver melhor deveria ser prioridade dos pais, professores e todos os demais profissionais ligados as questões humanas. Mais do que isso, deveria ser transformado em políticas públicas pelo governo e incentivado pelas empresas, ajudando jovens e adultos a descobrirem-se e, com isso, dar o melhor de si. É mais do que sabido que não são os recursos naturais que fazem uma grande nação. Mas sim, a capacidade das pessoas de se tornarem cidadãos responsáveis e capazes de produzir mais e melhor.

Para ajudá-lo a descobrir e desenvolver seus talentos, acesse o site www.etalent.com.br/myetalent, responda o questionário e o sistema irá gerar o seu relatório parcial, com o talento que você tem maior aderência. Isso o ajudará na leitura e entendimento deste livro.

Você está adquirindo um presente que agregará valor a sua vida. Este é o meu desejo e o de Vânia Portela.

Jorge Matos

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O Sentido da Vida

Em cada momento da História, encontraremos homens e mulheres que foram absolutamente especiais e únicos. A lista é imensa e, por certo, não faríamos justiça citando apenas alguns.

No entanto, para cada um que obteve pleno sucesso em suas vidas, milhares fracassaram. Porém, o mais interessante é que, apenas o sucesso não garantiu a felicidade de muitos, mas, em contrapartida, aqueles que faziam o que não gostavam, foram infelizes em suas trajetórias profissionais.

Grande parte das recentes pesquisas indica que em torno de 80% das pessoas, a maioria absoluta, não está feliz com o que faz. Levam consigo pouca ou nenhuma satisfação ou prazer no desenvolver de suas tarefas. Carregam um fardo que se torna mais pesado ao longo dos anos, enterrando seus sonhos e alimentando suas frustrações. Passam pela vida com a sensação de não terem desfrutado dela. O trabalho passa a ser uma obrigação, desprovido de qualquer prazer.

Estressados, confusos pelo excesso de mudanças, veem sua

qualidade de vida ser deteriorada.

O prazer é o combustível da produtividade. Quando ele não permeia a nossa existência em todos os seus papéis, o sentido da vida e o motivo para viver desaparecem bem como a produtividade das organizações que, diariamente, questionam-se, buscando maneiras de melhorar o desempenho dos seus profissionais.

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Quando fazemos o que gostamos, quer seja em casa ou no trabalho, a vida ganha sabor. Voltar cada dia àquele lugar nos traz entusiasmo e motivação. Leva-nos a querer aprender mais sobre o que fazemos, mobiliza nosso interesse e dedicação. Melhorar a cada dia nossa contribuição é um desafio pessoal e uma consequência natural gerada pela motivação.

A alegria e a satisfação estampadas no rosto de quem faz o que gosta contagiam os demais, criam um clima agradável e contribuem para uma boa convivência.

A ausência de prazer no trabalho nos divide, tirando o combustível para o exercício de outros papéis. Tudo isso nos leva a fazer uma série de questionamentos:

• Por que tantas pessoas ao redor do mundo não conseguem encontrar sua felicidade no campo profissional?

• Por que as pessoas não são, normalmente, encorajadas a potencializar seus talentos e a maximizar os aspectos mais fortes que têm?

• O quanto é importante descobrir os nossos talentos e encontrar o “Norte”, na era da velocidade?

• O quanto a felicidade ou a infelicidade profissional podem prejudicar as outras áreas de atuação de nossas vidas?

• Como percebemos os fatos diante da vida: como ameaças ou oportunidades?

• O que temos feito de errado, nesse sentido, ao longo de todos esses anos?

• Existem meios de nos conhecermos melhor e aumentarmos nossas chances de sermos felizes e termos sucesso profissional?

E se tivéssemos uma sociedade em que, ao contrário do quadro atual, pelo menos 80% das pessoas gostassem muito do que fazem? Seríamos mais felizes, produtivos e teríamos menos

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estresse, doenças e crises? Acreditando que isso seja possível, em nossos cursos, palestras, seminários, orientações individualizadas e quase dois milhões de perfis processados.

É preciso olhar para vida da forma mais positiva possível, mesmo que as adversidades sejam grandes e nos pareça em alguns instantes serem intransponíveis.

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Siga em Frente

São 11 horas da manhã. Antônio e sua irmã, Ana, brincam de bola de gude com João Marcos, o vizinho que mora na casa do outro lado da rua. Quem conseguir acertar a outra bolinha de vidro ganha uma figurinha do perdedor. Ana tem uma pontaria especial e ganha todas as figurinhas. Ela fecha um dos olhos e, com o outro, mira a bolinha e na maioria das vezes acerta. Lá se vai mais uma figurinha.

Chega a hora do almoço e todos vão para suas casas. É feriado do dia do trabalhador e em 11 dias Antônio fará seis anos. Um almoço daquele deveria ser especial, principalmente para o pai deles, pois adorava carneiro e, como boa matriarca, a mãe das crianças tinha feito o prato preferido do marido, de uma maneira que só ela sabia. Além de Antônio, Ana e seus pais, também estavam presentes o caçula da família e um casal de amigos, com suas duas filhas ainda crianças. Estava muito calor, usavam roupas leves e não paravam de brincar. Era mais um belo dia de feriado entre família e amigos.

Logo após o início da refeição, o pai do João Marcos entra na casa e, extremamente nervoso, quase desesperado, informa que seu filho estava passando muito mal e pede o carro do pai de Antônio emprestado para levá-lo até o hospital. De frente para Antônio, estava seu pai com a camisa entreaberta, toda suada, em parte pelo calor, em parte pelo cozido de carneiro. O menino viu seu pai levantar-se, apanhar a chave do carro no móvel ao lado da mesa e estende para o pai do João Marcos, que solicitou a ajuda do amigo, pois seu filho estava muito mal e como não tinha ninguém em casa, não teria como levá-lo sozinho no carro.

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Aos 33 anos, o pai de Antônio era um homem forte, moreno, olhos castanhos, 1,80 metro e aproximadamente 80 quilos. Um excelente pai, mas não um bom marido. Brigava com sua esposa frequentemente e fazia com que os filhos sofressem. Tinha vários defeitos e também muitas qualidades. Uma delas é que estava sempre pronto para ajudar as pessoas e os amigos em especial. Apesar de estar em família e comendo o que mais gostava, nem por um segundo hesitou em se levantar, apanhar os documentos e sair junto com o pai do João Marcos para ajudá-lo no que fosse preciso.

O almoço terminou e, depois de algum tempo, todos foram para a varanda. Algumas horas se passam e um carro branco parou na frente da casa, a mãe, conversando com sua amiga, aposta se seria uma ambulância ou uma assistência – aqueles carros que carregam defuntos – Era uma assistência e vinha trazendo a notícia de que o pai de Antônio tinha morrido.

A mãe tinha 35 anos. Era uma mulher bonita, estatura média, cabelos pretos, pele branca e, no momento da notícia, era como se o sangue fosse jorrar de sua pele. Quais pensamentos ecoaram na cabeça dela naquele instante? Ela desmaiou. Acabara de perder o marido de uma forma que ainda não entendia, tinha três filhos pequenos para criar, longe da sua família. O casal tinha fugido de suas famílias e dos problemas, na perspectiva de construir um novo lar. Eles tinham saído de Recife, ele comerciante e com a instrução básica, ela criada para o casamento e para o lar. Isto tudo que acabara de acontecer não fazia parte de seus pensamentos e de suas vidas. Como sobreviver e criar seus filhos?

A mente humana, em grande parte, tem seus próprios mecanismos de auto-regulação. Por algumas horas era como se Antônio não ouvisse mais nada e só visse o desenrolar das cenas que se sucediam. Era como se tudo mudasse, naquele instante, para outra dimensão e as coisas se passavam como se estivessem em câmera lenta. O menino tinha criado um mundo temporário para si.

Antônio só voltou a si no dia seguinte e, apesar de saber que tinha perdido seu pai, não tinha entendido como. Seu pai e o vizinho

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tinham levado o João Marcos para ser atendido na casa de saúde próxima à casa deles. Lá chegando, foram informados de que seria necessário comprar um remédio urgentemente. Os dois saíram para adquirir o remédio. Enquanto estavam na farmácia, dois bandidos entraram armados e, sem que pudesse ter qualquer defesa, uma das balas atingiu o coração do seu pai. Sua morte foi imediata. Saiu de casa para ajudar uma criança e não pôde mais retornar para seus filhos, sua esposa e sua vida. No futuro, Antônio viria a enxergar seu pai como um herói urbano, mas ainda não sabia disso.

Mas aquele dia ainda não tinha terminado. Não se sabe se por negligência médica ou pelo estado de saúde muito ruim, mas João Marcos morreu algumas horas depois do pai de Antônio. Foi como se ele tivesse tido a missão de levá-lo. Os dois foram enterrados no dia seguinte, lado a lado.

A vida daquela família mudou completamente a partir daquele momento. Não tinham recursos financeiros e algo muito brutal tinha acontecido. Antônio, sua mãe e irmãos viveram todas as dificuldades que uma família nestas circunstâncias poderia viver.

Quase tudo faltava àquela família. No entanto, os meninos tinham uma mãe que, apesar de não possuir educação formal e nenhuma riqueza material, tinha valores pessoais muito ricos. E isso ela transmitiu ao máximo que pôde aos filhos: zelo pela vida, honestidade, ternura pelo ser humano, empatia, carinho, fraternidade, visão de mundo, senso de justiça e educação. Ensinou também que era preciso respeitar tudo, até aquilo que poderia se tornar um vício. A exemplo disso, certo dia ela reuniu os três filhos para falar das drogas. Contou sobre como ela começou a fumar, o mal que o fumo provocava e o quanto gostaria de poder parar – algum tempo depois ela conseguiu – e que a decisão seria deles, teriam que ser responsáveis pela decisão. Nenhum dos três jamais fumou.

Antônio começou a trabalhar aos oito anos. Nessa época, já tinham perdido o pouco que seu pai os deixara e a mãe vinha trabalhando com pequenas costuras e fazendo faxina. O menino

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foi vendedor de laranja nas feiras livres. O dono da barraca era uma figura conhecida entre os feirantes e possuía uma particularidade: tinha colocado ouro em praticamente todos os seus dentes e, por isso, era conhecido como Boca-Rica. Foi um grande aprendizado para Antônio, vários desafios foram encarados. Um deles era que suas mãos não conseguiam pegar, cada uma delas, três laranjas. O Boca-Rica tinha ensinado a pegar três em cada e a colocar na bolsa das freguesas. Desta forma, precisava apenas multiplicar a quantidade de pares de mãos. Cinco mãos? Duas dúzias e meia.

Outro desafio era somar todas as laranjas, multiplicar pelo preço de cada tipo e somar todos os valores. Para um garoto de oito anos que não tinha sido adequadamente treinado, Antônio passou por alguns maus bocados. Certo dia, um casal comprou muitas laranjas, de diversos tipos: Lima, Baía, Pêra... Ele não conseguia calcular enquanto colocava na sacola, o que normalmente fazia, mas o marido da senhora estava calculando e mexendo com os lábios. Não dava exatamente para ouvir, mas ao prestar atenção, tinha uma lógica matemática que ele acompanhou e finalizou os cálculos junto com o cliente. O Boca-Rica tinha certo orgulho do seu jovem-garoto-vendedor e, no final das compras, virou-se para ele e disse: “Toninho, qual o valor da conta do cliente?”. Ele estava receoso sobre a precisão dos cálculos, até porque tinha se baseado na nova lógica que acabara de aprender com o cliente. Respondeu, informando o valor. O Boca-Rica checou e estava correto. Ele aprendeu que deveria estar, sempre que possível, atento e disciplinado no seu trabalho e, com isso, recebeu um elogio.

Antônio, agora um adulto realizado, passou muitos anos de sua vida sem pensar no que ocorreu naquele dia da morte do seu pai. Na prática, desenvolveu inconscientemente uma forma de não olhar para o passado ou para coisas ruins. Era preciso saber sempre quem ele era, onde estava e para onde iria. Começou a olhar somente para o presente e o futuro. É importante seguir em frente e fazer aquilo que precisava ser feito. E ele tinha muito a fazer. Tinha mais que sobreviver, que construir alguma coisa que ajudasse a ele e a outras pessoas a serem felizes.”

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A história de Antônio nos dá uma dica sobre como cada um de nós trilha, ao longo da vida, caminhos repletos de oportunidades e ameaças. A questão central é como podemos minimizar aquilo que não nos agrega nada e, frequentemente, nos enfraquece e, por outro lado, maximizar formas de nos tornarmos mais fortes e felizes. A história de Antônio, e de muitos outros, nos inspirou a ajudar as pessoas.

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Em Busca da Felicidade

Era para Deborah ser mais uma estudante se inscrevendo para o vestibular e iniciando o primeiro passo para a vida profissional. Porém, naquele dia, ao se inscrever para o curso de medicina, ela mal sabia que, na verdade, poderia comprometer quase todas as chances de uma carreira promissora.

Já escutou aquela história de “filho de peixe, peixinho é”? Na casa de Deborah isso se encaixava perfeitamente. Filha de médico, irmã de médico e criada pra ser médica, cresceu acreditando que essa era a única opção. Mesmo tendo feito natação, teatro, ballet clássico, jazz e, aos 13 anos, já dar aulas de sapateado, ao concluir o 3°ano científico, com 16 anos, sem maturidade suficiente para a escolha profissional e criada em um ambiente 100% médico, Deborah tinha a visão de mundo restrita à medicina.

Após muita insistência conseguiu permissão, e o chamado “paitrocínio”, para tentar, também, o vestibular de Comunicação Social. Nesse sim, ela passou. No primeiro semestre foi fazer intercâmbio nos EUA durante seis meses e, só ao retornar, ingressou na faculdade. De tanto ouvir “isso não dá futuro! Tem muito jornalista trabalhando em balcão de loja!”, largou o curso no primeiro período. Cedendo às pressões, lá estava ela tentando um novo vestibular.

Finalmente, aprovada em uma faculdade, iniciou o tão vislumbrado curso de medicina. Muitos conflitos foram vividos durante esse período. Certa vez, Deborah foi chamada atenção por estar “perdendo tempo” conversando com uma paciente que tentara suicídio. Seu chefe dizia: “Você não está aqui para entender o porquê, mas sim para tratar dele e partir para o próximo!”. Deborah não conseguia compreender isso.

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Os anos se passaram e Deborah formou-se em medicina. Que festa! Toda a família estava orgulhosa de seus médicos e Deborah lá, representando uma personagem fictícia daquele grande espetáculo: a filha que seu pai projetara, com a carreira que ele escolhera!

O problema agora era: “O que fazer?”, “Especializar-se em quê?”. Seu pai opinava: “Tem que optar por uma especialidade para mulher! Algo tranquilo, que possa conciliar com o casamento e a maternidade”. Entre trancos e barrancos, Deborah optou por medicina social (médico de família) e também acabou casando-se.

Mais tarde, descobriu os encantos da maternidade, o bebê chegou desejado, planejado e trazendo mais momentos de extrema sublimação! Era um intervalo no drama profissional de Deborah. Mas, como todo intervalo, uma hora chegaria ao fim. Afinal, o show tinha que continuar.

Certo dia, ao caminhar mais uma vez de volta ao “palco da vida” Deborah bateu o pé: “Não atuo mais, não quero mais o papel de médica! Ou trocam meu papel ou trocam o diretor!” Foi então que ela percebeu que deveria mesmo de trocar o diretor e assumir ela mesma o dever de escolher seu próprio papel. Deborah repetia para si: “Preciso me conhecer, saber meu verdadeiro talento e minhas reais habilidades”.

Mas e aí? O que fazer então? Junto disso também percebeu que havia uma saída e que a mudança estaria em si mesma. Dependeria apenas da vontade, da busca pessoal. O Show da Vida requer muito talento! Não dá para assumir o “papel principal” sem conhecê-lo e estudá-lo bem. Há que se buscar, além do conhecimento, o talento natural, a essência de cada pessoa para adequá-la em um contexto ideal.

Mas será que tudo isso não deveria ter sido visto lá atrás, em casa, nas escolas e universidades? Quanto se pouparia de frustrações, angústias e, de fato, doenças que terminam por comprometer o desempenho pessoal e profissional das pessoas?

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Essas são questões a serem pensadas. Os pais, professores, educadores, em geral, ainda não estão preparados para essa orientação, e uma ação voltada para a questão humana se faz necessária. Não se trabalha para buscar a felicidade e sim se é feliz para poder trabalhar!

Cada vez mais preocupadas com essas questões, pessoas dedicam seu trabalho desenvolvendo projetos e meios para auxiliar outras pessoas a buscar e desenvolver seus talentos da melhor maneira possível. Ou seja, pessoas felizes produzindo mais e melhor! Foi assim, buscando seu próprio talento que Deborah encontrou pessoas e ferramentas de grande valor.

Em um primeiro momento, Deborah estava dentro de uma empresa de consultoria submetendo-se a um instrumento de avaliação para identificar e conhecer o seu perfil e as suas reais habilidades. Trabalhando com quatro fatores distintos, o resultado dessa integração revelava um perfil individual. A sensação dela era de estar despida sem tirar nenhuma peça de roupa. E ela estava maravilhada com aquilo, em minutos, foi revelada naquilo que considera mais íntimo: a sua essência, o seu talento, o seu Eu. Foi de fato surpreendente!

Diante de tantas informações, era necessário partir para um segundo momento. O que fazer com tudo isso? Chegou a hora de agir: por em prática tudo o que havia adquirido. E foi o que Deborah fez. Hoje, uma profissional competente e realizada, dona do seu presente e futuro! Às vezes ela pensa na longa travessia que fez em busca de si própria. Em busca daquilo que realmente a fez feliz.

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Talento Para a VidaParte I

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Nade a Favor da Correnteza

Nadar a favor da correnteza é muito mais fácil do que contra. Identificamos que estamos nadando a favor quando tudo corre de forma prazerosa, conspira a nosso favor. Claro que o rio pode ter algumas pedras, corredeiras, cachoeiras, mas quem faz a escolha do rio em que quer nadar é você!

Definir o rumo da nossa vida de acordo com a nossa tendência natural ou nosso talento é nadar a favor da correnteza. Nadar no sentido inverso da correnteza é quando tentamos ser o que não somos, tudo se torna mais difícil e o prazer desaparece de nossas vidas, pois estaremos contra o nosso talento.

Talento vem sendo definido das mais diversas maneiras. Se abrirmos o dicionário, encontraremos palavras do tipo: inteligência excepcional, habilidades naturais, apropriado, adequado para, talhado para e aptidões naturais. Para efeito deste livro, definiremos talento como habilidade natural para o exercício de uma função, seja ela qual for.

Essa habilidade natural ou talento, quando não burilado e direcionado, pode ser desperdiçado no decorrer de nossas vidas, tirando-nos do nosso rumo e tornando-nos menos felizes. Entretanto, quando identificado, podemos direcionar toda a nossa energia e esforço para a busca da capacitação adequada que potencialize esse talento e nos leve à realização pessoal e à felicidade profissional.

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24 25Talento Para a Vida

Há pessoas que desde pequenas já revelam os seus dons. Temos visto crianças com pendores artísticos revelados muito cedo. Lendo a biografia de Pablo Picasso, ficamos surpresos ao saber que aos dois anos, aproximadamente, antes mesmo de falar direito, ele pegou um lápis e fez o desenho de uma rosquinha que estava no cesto de pão, à mesa do café da manhã. Sua mãe, admirada, guardou o desenho para mostrar ao seu pai. Mal havia nascido e Picasso já sabia a que tinha vindo! Contam que a primeira palavra que ele pronunciou foi nada mais nada menos que... “lápis”. O mais comum, entretanto, é encontrarmos pessoas com grande dificuldade de identificarem seus talentos.

Outra coisa que nos chama a atenção é que, quando alguém não apresenta um talento bem definido para uma determinada profissão, acha que foi desprovido de toda ou qualquer espécie de talento. Isso não é verdade. Qualquer tipo de tarefa exige alguém com talento para executá-la, por mais simples que ela seja. Imagine uma cozinheira. Todos nós podemos cozinhar. A diferença dos sabores e a satisfação em degustar determinados pratos estão no talento de quem os preparou. É comum vermos pessoas comentando que fizeram uma receita exatamente da forma como esta lhes foi passada, mas que não ficou igual a da pessoa que a forneceu. Tínhamos uma arrumadeira que, quando chegava à nossa casa, em pouco tempo colocava tudo em ordem e de um jeito tão especial que a casa passava a sensação de arrumação e limpeza. Outras, antes dela, passavam todo o dia a trabalhar, gastavam o dobro em material de limpeza e a sensação era que nada havia sido feito.

As características formam nossa identidade. Elas não são, necessariamente, boas ou más. A utilização que fazemos delas ou, ainda, a intensidade com que as usamos, fará com que elas se tornem positivas, neutras ou negativas. Não é à toa que, quando falamos sobre como as pessoas se comportam, costumamos dizer frases do tipo:

“Amélia é muito exagerada. Pinta as coisas com cores muito fortes.”“Benedito é muito morno. Não se entusiasma com nada que a gente diz.”“Plínio é muito agitado. Não conseguimos fazer com que ele pare para ouvir.”“Ana é compreensiva demais. Parece que tem sangue de barata.”

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Pesquisas vêm revelando que para cada tipo de profissão ou função existem características específicas. Essas peculiaridades que ocupam um lugar próprio na nossa estrutura pessoal de referência, a qual denominamos perfil.

Esse conjunto de características que cada um de nós traz ao nascer será desenvolvido ou não, a partir das experiências vividas. Elas são o eixo em torno do qual devemos circular para sermos o melhor possível, aquilo que realmente somos. Podemos aperfeiçoá-las ou deteriorá-las. Nossas particularidades definem o nosso papel na sociedade ou nossa missão de vida. Por meio delas nos realizamos, pessoal e profissionalmente. No decorrer da nossa existência, a educação que recebemos em nossos lares, na escola, e a influência dos amigos, religião ou sociedade podem nos afastar do nosso eixo, levando-nos a desenvolver essas características de forma distorcida ou contribuir para que possamos potencializá-las e sermos pessoas felizes e de sucesso.

A cada um de nós foram concedidos talentos especiais, para que os usássemos da melhor maneira. No entanto, na maioria das vezes, passamos pela vida sem descobri-los. Outras, até conhecemos esses talentos, mas não os desenvolvemos porque não foram valorizados. Então, achamos que não valia a pena investir neles, muitas vezes, por medo de errar. Ficamos perdidos no caminho e saímos em busca do que os outros achavam que era melhor para nós ou que poderia dar mais dinheiro. Pais fazem a cabeça dos filhos para buscar uma faculdade de acordo com o que eles acham que terá maior demanda de mercado, achando que assim garantirão a sua felicidade. A habilidade natural, o talento que o filho vem manifestando por meio de seus comportamentos não são levados em conta, ou, se esse talento ainda está obscuro, não o ajuda a descobri-lo para direcionarem melhor sua vida.

Quantos de nós abrimos falência ou continuamos no mercado ganhando apenas o suficiente para sobreviver, sem nenhuma perspectiva? Por que continuamos investindo em produtos ou

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serviços para os quais não temos a menor aptidão? Aquele que tem e sabe desenvolvê-la, mais lhe será dado, pois o lucro virá por acréscimo. Entretanto, aquele que não tem ou não usa a que tem, certamente terminará sem nada, porque tudo o que fica em desuso se deteriora e se perde.

Diante de tudo que temos para realizar, quer como pessoa, quer como empresa, o tempo é sempre muito curto. Por essa razão, é preciso escolher o caminho mais rápido. Como dizia Madre Tereza de Calcutá: “o caminho mais rápido é a escolha certa”.

Descobrir o seu perfil pessoal é descobrir a base do seu talento. É o primeiro passo para tirar o melhor proveito dele e, quem sabe, definir o destino de sua vida.

A partir daí você poderá buscar a capacitação necessária em forma de seminários, treinamentos, cursos técnicos e universidade, aconselhamento individual, estágios e experiências vividas que exercitem suas habilidades naturais e potencializem a sua forma de atuação.

Portanto, podemos dizer que para descobrir o seu talento natural você pode começar, antes de qualquer outra coisa, a observar seu próprio comportamento no dia-a-dia, pensar na função que exerce, seja como estudante, empregado ou empresário, e responder às perguntas a seguir, classificando-as com muito, pouco ou nenhum:

• Com que facilidade eu executo essa atividade?

• Qual o prazer envolvido na execução dessa atividade?

• O quanto essa atividade é natural para mim?

• Estou feliz exercendo essa atividade?

• O quanto eu gostaria de trabalhar com isso e crescer dentro disso, por um longo período de minha vida?

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Com essa avaliação rápida e simples, dá para você perceber se está investindo sua energia e seu tempo no sentido de potencializar o seu talento.

Nunca é tarde para descobrir nosso talento:

O Sr. Ricardo P. nos procurou para rever sua vida pessoal e profissional. Estava com 45 anos e havia dedicado toda a sua vida à função executiva. Naquele momento, estava disposto a tomar novo rumo. Queria saber qual o seu talento e o que poderia fazer de agora por diante que o fizesse sentir-se feliz. Foi ser professor universitário. Criou um novo sentido para sua vida.

Marcos M. foi preparado para assumir a presidência de uma grande empresa. Apesar de tecnicamente muito competente, o seu talento estava voltado para outra atividade. Assumiu a presidência e, apesar de conseguir ser produtivo, não estava tendo prazer. Saiu e foi buscar uma atividade que pudesse reunir as duas coisas.

Regina L. G. aposentou-se, mas sentia-se ainda com muita energia para trabalhar. Era viúva, seus filhos estavam formados e casados e ela não queria ficar em casa olhando para as paredes. Não sabia exatamente o que gostaria de fazer. Descobriu seu talento e o direcionou para a arte. Fez cursos, especializou-se e hoje coloca suas criações no mercado e ministra cursos. Está feliz com sua nova vida.

Cada pessoa possui um Talento especial. A grande questão é como descobri-lo, aprender a gostar dele e potencializá-lo.

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