cap vazao hidrologia resumida

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica CAPÍTULO: VAZÃO HIDROLÓGICA Métodos para determinar a vazão hidrológica: 1. Mapas de rendimento específicos, 2. Series históricas – estações fluviométricas (ANA), 3. Método racional, 4. Medidores: vertedouro, orifícios, canal, medição a vau. Hidrologia aplicada: 5. Consumo d’agua em função do empreendimento, 6. Calculo da vazão outorgavel, 7. Barramento: descarga de fundo e vertedouro de emergência. 8. Drenagem: canaleta de talude e calha de telhado. 9. Dreno profundo. 10. ANEXOS: 10.1 Manual para elaboração de estudo hidrológico, 10.2 Tabela do coeficiente de Run off, 10.3 Portaria 10 do IGAM, 10.4 Deliberação normativa 09 do CERH, 10.5 Mapas de rendimento específicos, 10.6 Resolução de problemas. Prof o . Milton César Toledo de Sá 1

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Page 1: Cap Vazao Hidrologia Resumida

Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

CAPÍTULO:

VAZÃO HIDROLÓGICA

Métodos para determinar a vazão hidrológica:

1. Mapas de rendimento específicos,

2. Series históricas – estações fluviométricas (ANA),

3. Método racional,

4. Medidores: vertedouro, orifícios, canal, medição a vau.

Hidrologia aplicada:

5. Consumo d’agua em função do empreendimento,

6. Calculo da vazão outorgavel,

7. Barramento: descarga de fundo e vertedouro de emergência.

8. Drenagem: canaleta de talude e calha de telhado.

9. Dreno profundo.

10. ANEXOS:

10.1 Manual para elaboração de estudo hidrológico,

10.2 Tabela do coeficiente de Run off,

10.3 Portaria 10 do IGAM,

10.4 Deliberação normativa 09 do CERH,

10.5 Mapas de rendimento específicos,

10.6 Resolução de problemas.

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

INTRODUÇÃO

A vazão hidrológica tem origem, fundamentalmente, nas precipitações. Ao chegar ao solo, parte da água se infiltra, parte é retirada pelas depressões do terreno e parte se escoa pela superfície.

Inicialmente a água se infiltra; tão logo a intensidade da chuva exceda a capacidade de infiltração do terreno, a água é coletada pelas pequenas depressões. Quanto o nível a montante se eleva e superpõe o obstáculo (ou o destrói), o fluxo se inicia, seguindo as linhas de maior declive, formando sucessivamente as enxurradas, córregos, ribeirões, rios e reservatórios de acumulação.

É, possivelmente, das fases básicas do ciclo hidrológico, a de maior importância para o engenheiro, pis a maioria dos estudos hidrológicos está ligada ao APROVEITAMENTO da água superficial e à PROTEÇÃO ou drenagem contra os efeitos causados pelo seu deslocamento.

À água precipitada pode seguir três cainhos básicos para atingir o curso d’água:

1. o escoamento superficial,

2. o escoamento sub-superficial,

3. o escoamento subterrâneo (ou esc. de base).

Hidrógrafa: Denomina-se hidrógrafa ou hidrograma a representação gráfica da vazão que passa por uma seção, ou ponto de controle, em função do tempo.

FATORES QUE INFLUENCIAM NO ESCOAMENTO;

a. Fatores climáticos

IDF

Precipitação antecedente, chuva anterior/solo saturado, favorece o escoamento.

b. Fatores fisiográficos

Área

Forma da bacia

Permeabilidade

Infiltração

Topografia da bacia (a água segue a linha de maior declive)

c. Obras hidráulicas construídas na bacia

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Irrigação

Drenagem artificial

Barragem, o represamento reduz a vazão.

Retificação do rio aumenta a velocidade de escoamento.

Grandezas que caracterizam o escoamento superficial;

a. Vazão em volume

b. Coeficiente de deflúvio ou coeficiente de runoff – relacionado à taxa de permeabilidade do solo.

c. Tempo de concentração – e o tempo em que toda a bacia passa a contribuir para o out put.

d. Tempo de retorno ou recorrência – período de tempo médio em que um evento e igualado ou superado pelo menos uma vez. NBR – 10 844/89

DETERMINAÇÃO DA VAZÃO HIDROLÓGICA

Vazão pelo Método Racional. Expressões matemáticas.

Vazão através de medidores, NBR – 10977 e NBR – 10 396

Vazão pelo Método Racional;

Para bacias hidrográficas com área menor que 3Km2 (A < 3Km2)

A vazão de projeto é estimada pela seguinte expressão matemática;

Qp = 0,278.c.i.A

ou

Qp = C.i.A / 3,6

Sendo:

Qp = Vazão de projeto, em m3/s.

C = coeficiente de Run off, tabelado e adimensional.

i = intensidade de chuva, em mm/h.

A = área da bacia, em Km2.

Para bacias com área entre: ( 3Km2 < área < 10Km2)

A vazão de projeto é determinada pela seguinte expressão;

Qp = (C.i.A / 3,6).ø

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Onde, Ø = coeficiente de retorno ou coeficiente de retardo do escoamento, é função da declividade da bacia e de sua área.

Dado por;

Ø = 1 / (100.A)1/n

Onde:

n = 4 - para declividade (dec) abaixo de 0,5%.

n = 5 - entre 0,5% ≤ dec ≤ 1,0%.

n = 6 - dec > 1,0%.

Bacias com áreas maiores que 10Km2 (A > 10Km2):

Método de S.C.S ( Soil conservation Service – US), recomenda a expressão abaixo, em função do tamanho da bacia, ou seja;

Qp = (0,278 . A . Pe) / Tc

Onde,

Pe = precipitação efetiva, parcela da chuva que transforma realmente em escoamento superficial; pois, é subtraído o escoamento de base ou infiltrado, em mm.

S = (25400 / CN). 254

A = área em Km2

Tc = tempo de concentração em horas.

Pe = (P – 0,2 . S) / (P + 0,8 . S)

Sendo:

P = precipitação total

S = retenção potencial máxima por infiltração, em mm

CN = varia de 0 a 100. Tabelado de acordo com a geologia, relevo e revestimento do solo drenante.

A seguir, apresenta-se um roteiro básico para determinar a vazão.

ROTEIRO BÁSICO PARA DETERMINAR A VAZÃO HIDROLÓGICA;

1) Delimitar a bacia

2) Calcular a área drenante

3) Definir com visita “in-loco”, através de amostra do solo e fotografias, a granulometria do solo, a cobertura, relevo, cor e textura. Para uma posterior definição do coeficiente de Run off a ser utilizado, através de tabelas apropriadas da Hidrologia.

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

4) Calcular o tempo de concentração

5) Calcular a declividade do talvegue principal, através das curvas de nível.

6) Calcular a precipitação e a intensidade de chuva através de dados históricos e/ou através de formulas empíricas.

7) Determinar a vazão hidrológica.

MÉTODOS PARA DETERMINAR A VAZÃO ATRAVÉS DE MEDIDORES;

a) Através da Velocidade superficial (Vs) da corrente liquida do rio. Precisão de 20 a 25% (Vm = Vs x 0,75).

b) Através de Vertedouro e Canal

Vertedouro Triangular isósceles

A descarga (Q) é dada pela fórmula de Thomson, desenvolvida pelo Teorema de Bernoulli.

Em escala métrica, será;

com c variando de:

C = 0,6 para H 30 cm e C = 0,65 para H 30 cm

E,

Fazendo, 0,56 x 2,5 = 1,4

A equação da vazão simplificada ficará;

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Vertedouro Retangular livre

Cálculo da DESCARGA (Q) pela Fórmula de Francis, em escala métrica será;

Q = m.b.H3/2

onde,

m= 2/3.c.(2g)

Q = 1,92.b.H3/2

para

c = 0,65

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Imagem do vertedouro triangular isósceles, em funcionamento.Fonte: secundária

Através de Canal

Canal aberto é um conduto no qual o líquido escoa com uma superfície livre sujeita à pressão atmosférica. O escoamento é causado pela inclinação do canal e da superfície livre do líquido.

O escoamento Permanente e Uniforme refere-se à condição na qual a profundidade, declividade, velocidade e seção transversal permanecem constantes para um dado comprimento de canal (Escoamento normal).

Formula de Manning – 5% de erro. Para calculo da velocidade de escoamento da água em canais abertos.

Fórmula de MANNING nas unidades métricas, para cálculo da DESCARGA (Q) é,

SRAnQ2/13/21

em unidades métricas

E, a descarga em unidades inglesas;

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

onde,

n = fator de rugosidade

S = inclinação

R = A/P = raio hidráulico

P = Perímetro molhado

A = Área da Seção transversal

q = vazão unitária

b = largura do canal

Valores (n) da fórmula de Manning

No Natureza das paredes N

1 Vidro liso 0,010

1 Reboco de cimento liso e águas não completamente limpas

0,013

2 De terra sem vegetação 0,016

3 Cimento rugoso, musgo nas paredes e traçado tortuoso

0,018

4 De terra, com vegetação rasteira no fundo e nos taludes.

0,025

5 Rios naturais, cobertos de cascalhos e vegetação. 0,035

Tabela – Valores de (n) na formula de ManningFonte: Manual de Hidráulica - Azevedo Neto Vol. II. 6a ed.

Molinete – erro de 5% a 10% - Calcular a velocidade da veia liquida da seção transversal de um canal aberto.

Figura da seção transversal de um rio

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Fonte: secundária

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Vazão da água através do rio,

Sendo,

Velocidade da água, V20% V80%

L = largura

P = profundidade

Expressão matemática da descarga (vazão):

Quando a colocação de vertedouros se torna difíceis, utilizam a medida da velocidade da corrente ao longo da profundidade de cada vertical. Esses são aparelhos que dispõem de hélices em torno de um eixo horizontal, as quais, quando colocadas contra a direção do escoamento, giram e fornecem o numero de rotações n em um determinado intervalo de tempo. A velocidade puntual e dada por

v = a.n + b, onde a e b são coeficientes de calibração, específicos de cada molinete, determinados em laboratório de hidráulica. A medição pode ser feita a vau, a barco, a balsa, com carro aéreo ou sobre pontes.O molinete permite a medição da velocidade em qualquer ponto da vertical. E usual medir-se as velocidades a 20 e a 80% da profundidade. Nesse caso, a velocidade media na vertical e tomada como a media aritmética de V0, 2 e V0,8. Quando a profundidade e pequena, a velocidade media e tomada igual à velocidade puntual V0,6.

A descarga total, na seção transversal do rio, será a soma de todas as descargas setoriais de cada vertical.

Podemos destacatar ainda os seguintes medidores;

Profo. Milton César Toledo de Sá

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APLICAÇÕES NA ENGENHARIA

1. DRENAGEM SUPERFICIAL – SARJETAS

Fonte: TUCCI (2001) – Hidrologia

Tem por finalidade dimensionar e detalhar os dispositivos hidráulicos capazes de captar e conduzir as águas superficiais e subterrâneas que chegam a rodovia, preservando a estrutura da via e dando-lhe destino seguro sem erosão, possibilitando assim a operação da via durante as precipitações.

O solo e o concreto desprotegidos resistem a pequenas velocidades; para evitar a erosão dos mesmos admite-se as seguintes velocidades máximas:

• Areia fina 0,4 m/s

• Argila 1,1 m/s

• Concreto 4,5 a 5,0 m/s

A Drenagem superficial se compõe de: Valeta de pé de talude, de aterro, sarjeta, Bueiro, Boca de Lobo, Descida de água, etc.

Sarjeta de estradas em forma de canal retangular;

Seja dado um perfil longitudinal e a seção transversal de uma rodovia. Determinar o comprimento crítico de uma sarjeta cuja largura máxima de drenagem é 1,0 m. A chuva máxima é i = 110 mm/h. Com a inclinação do perfil em 0,03 m/m (ou 3 %).

Dimensionamento dos dispositivos de drenagem;

O estudo hidrológico tem por objetivo o cálculo da vazão (Q) de enchente das bacias hidrográficas, para então fazer o dimensionamento hidráulico da drenagem.

Sarjeta de concreto:

São dispositivos destinados a coletar águas superficiais provenientes dos taludes e pistas de rolamento, conduzindo-a para fora do corpo da estrada.

O dimensionamento das sarjetas está relacionado com a determinação de seu comprimento crítico, que é definido como o comprimento máximo de sua utilização, para que não haja trasbordamento e nem início de erosão.

A seção mais usual é triangular, porém para corte muito extenso projeta-se canal retangular. Evitar sarjetas profundas a qual representa perigo para o tráfego, onde acontecem freqüentes acidentes com veículos.

Roteiro para determinação de comprimento crítico de sarjeta;

Se fizermos a igualdade da vazão da bacia de contribuição e a vazão do condutor, determinamos o comprimento máximo que a sarjeta transporta a água sem acontecer o trasbordamento.

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Q(bacia) = Q(sarjeta)

Da Hidrologia a Vazão da Bacia (de Enchente) é dada pelo método Racional, ou seja;

onde,

Q = vazão em m3/s

C = coeficiente de Run off, tabelado em função da superfície escoante.

I = Intensidade de precipitação em mm/h

A = Área de drenagem em Km2. No caso de sarjetas é o comprimento (L) da sarjeta vezes a largura de contribuição. A = L x l (Onde, L = comprimento crítico da sarjeta em m e l = largura de contribuição em m). De Fenômenos de Transporte a Vazão da Sarjeta é dada pela equação da continuidade, ou seja;

onde,

Q = vazão da sarjeta em m3/s, A = Área da seção transversal da sarjeta em m2

V = velocidade média de escoamento em m/s, dada pela fórmula de Manning.

onde,

V = velocidade em m/s, R = Raio hidráulico = A/P, A = Área da seção em m2.

P = Perímetro molhado em m, S = inclinação em m/m.

n = fator de rugosidade de Manning, tabelado em função do material de revestimento do canal. Para o concreto acabado com desempenadeira, n = 0,015.

Para o comprimento crítico, tem-se;

Substituindo a equação 04 na equação 03 e igualando a equação 2 com a equação 3, teremos;

Profo. Milton César Toledo de Sá

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2. DRENAGEM URBANA: DIMENSIONAMENTO DE BOCA DE LOBOFonte: TUCCI (2001) – Hidrologia

Bocas-de-lobo ou coletoras em Drenagem Urbana possui a capacidade de engolimento semelhante a um vertedor retangular afogado.

b (soleira)

Sentido do fluxo de água na rua

Figura - boca de lobo simples

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Boca de Lobo

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Boca-de-Lobo tipo Vertedouro;

As vazões do vertedouro retangulares afogados para simular o poder de engolimento da boca de lobo são dadas pela seguinte fórmula;

Onde,

M = coeficiente que depende de muitas variáveis, tais como tensão superficial, viscosidade, massa específica, distribuição da velocidade, escoamentos secundários, etc. Em drenagem urbana recebe o valor de 1,7.

B = comprimento da soleira, em metros.

H = altura da água próxima à abertura da guia, em metros.

VELOCIDADE DA ÁGUA ATRAVÉS UMA SEÇÃO TRANSVERSAL DO RIO

Calculada através da fórmula de Manning e com dados "in loco”.

Vm

L = Comprimento típico

Figura - seção longitudinal típica de um rio – determinação da velocidade “in loco”Fonte: secundaria

Metodologia aplicada;

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Num trecho retilíneo do rio marca-se dois pontos com espaçamento L entre eles

Com as cotas de um e do outro ponto e o espaçamento entre eles, determina-se à declividade em metro/metro.

Anota-se qual o tipo de material que reveste a superfície do perímetro molhado do rio, ou seja, se é grama, solo, concreto, etc.

Verifica-se, em tabelas especializadas, o fator de rugosidade de Manning (n)

E, assim, calcula-se a velocidade média da água do rio usando a fórmula de Manning.

Formula aplicada;

Fórmula de MANNING nas unidades métricas, para cálculo da DESCARGA (Q) é,

em unidades métricas

ou,

para a velocidade média na seção do rio Q/A = Vm = (1/n). R2/3.S1/2

em unidades inglesas

Onde,

n = fator de rugosidade

S = inclinação

R = A/P = raio hidráulico

P = Perímetro molhado

A = Área da Seção transversal

q = vazão unitária

b = largura do canal

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

4. DIMENSIONAMEN TO DE DRENOS

QHIDRO = QHIDRA

0,278.C.I.A = k.i.A

Onde,C = coeficiente de run-offI = intensidade de chuvaA = e.hi = e/Lk = condutividade hidráulica do material drenante, brita , etc.e = largura do drenoL = comprimento do drenoh = altura do dreno Calculo da largura do dreno, e:

e2 = Q.L/k.h

Referencia Bibliográfica

1. Hidrologia – LUCAS NOGUEIRA GARCEZ e GUILLERMO ACOSTA ALVAREZ.

2. Hidrologia – Ciência e Aplicação – TUCCI

3. Problemas de Mecânica dos Fluidos - GILLS. Col. Schaum

4. Manual de Hidráulica - AZEVEDO NETO

5. NBR – 7196 – Projeto e execução de telhado com telhas de fibrocimento.

6. NBR – 10 844/89 – Instalações prediais de águas pluviais

7. Site: www.ana.gov.br

8. Fenômenos de Transporte. Milton César Toledo de Sá.

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

ANEXO 01

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDOS HIDROLÓGICOS

OBJETIVO

 

O presente texto tem por objetivo estabelecer metodologia, procedimentos e forma de apresentação de estudos hidrológicos, de modo a fornecer subsídios para a determinação das vazões de dimensionamento das estruturas hidráulicas.

COLETA DE DADOS

 

Dados Básicos

Deverão ser coletados elementos que permitam a caracterização fisiográfica das bacias contribuintes, como plantas topográficas, levantamentos aerofotogramétricos, cartas geográficas e outras cartas ou mapas disponíveis.

O estudo deverá apresentar a relação de plantas, cartas e mapas utilizados, com indicação das suas características, como tipo, escala, data e entidade executante.

Dados Hidrológicos

Deverão ser coletados estudos existentes e dados disponíveis em órgãos oficiais que permitam a caracterização climática, pluviométrica, fluviométrica, meteorológica e geomorfológica da região de interesse do projeto.

Serão coletados os dados para elaboração dos fluviogramas das alturas d’água nos postos localizados na área em estudo, contendo a localização, período e tipo de observação, tipo de aparelho, entidade operadora e outras informações pertinentes.

O estudo deverá apresentar mapa ou planta em escala adequada, destacando a rede hidrográfica abrangida pelo projeto, contendo o traçado da rodovia, cidades, rios, estradas e ferrovias existentes.

Serão catalogadas as principais obras hidráulicas existentes ou projetadas que possam influir nos estudos hidrológicos, como barragens a montante e jusante da rodovia, canalizações e dragagens.

ESTUDOS HIDROLÓGICOS E CLIMATOLÓGICOS

Caracterização Física da Área

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

O estudo deverá apresentar as principais características da área em estudo, como localização, tipo de relevo, ocupação e cobertura do solo e principais travessias sobre cursos d’água.

Caracterização do Regime Climático Regional

O Regime Climático Regional será caracterizado pelos seguintes parâmetros, obtidos a partir dos postos pesquisados:

a) Temperatura máxima;

b) Temperatura mínima;

c) Evaporação;

d) Insolação;

e) Umidade relativa do ar;

f) Distribuição do número médio de dias chuvosos por mês com precipitações superiores a 5 mm diários.

Estudo das Chuvas Intensas

O estudo de chuvas intensas tem por finalidade estabelecer as equações intensidade – duração – freqüência.

 As equações existentes de regiões próximas ao traçado da rodovia poderão analisadas e incorporadas ao estudo, desde que representem o regime de chuvas intensas do local da obra em estudo.

Deverão ser apresentados os seguintes elementos:

a) Equações de intensidade - duração – freqüência indicando a fonte, localização do posto e período de coleta dos dados;

b) Gráficos comparativos relacionando a intensidade pluviométrica e a duração da chuva para períodos de recorrência de 10, 25, 50 e 100 anos.

A publicação “Equações de Chuvas intensas do Estado de São Paulo” (DAEE/USP), de Magni e Martinez (1999), apresenta as equações de chuvas intensas para as diversas regiões do Estado.

Caracterização do Regime Fluvial

O estudo deverá apresentar a listagem dos postos fluviométricos da região de interesse para o projeto e, sob a forma de histogramas, os seguintes elementos da série histórica de vazões:

a) Vazões médias mensais;

b) Máximas vazões médias diárias;

c) Mínimas vazões médias diárias.

No caso de não se dispor de régua linimétrica, deverá apresentar tabela contendo as cotas das máximas cheias observadas na região e o período de ocorrência.

 

ANEXO 02 – Tabela para o coeficiente de run off

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Comumente ele é chamado de coeficiente de Run-off. E, representara o percentual de

água que ira infiltrar através do solo, portanto, é função do tipo de cobertura do solo,

C = Vol.E / Vol.T

Onde,

Vol.E = Volume efetivo (ou precipitação efetiva), o que restara,

Vol.T = Volume total (ou precipitação total), o que precipitou.

C = coeficiente de run-off. C< 1 - sempre menor do que a unidade, por não existir

solo com cobertura sem perda de água

Tabelas para coeficiente run-off ou coeficiente de deflúvio

As tabelas atendem as seguintes obras de Engenharia:

a) Engenharia Rodoviária

b) Obras Urbanas

c) E, obras com bacias maiores de 10 Km2

a) Engenharia Rodoviária – com bacias ate 10 Km2 – valores para “C”

Tipo de solo e cobertura vegetal

Dec ≤ 5%5% ≤

Dec. ≤ 10%

10% ≤ Dec. ≤ 20%

Dec. ≤ 20%

Rocha de baixa permeabili-dade

Veg. rala 0,70 0,75 0,80 0,85

IdemVeg. densa

0,65 0,70 0,75 0,85

Rocha de média permeabili-dade

Veg. rala 0,60 0,65 0,70 0,75

IdemVeg. Densa

0,55 0,60 0,65 0,70

Solo de baixa permeabilida-de – argiloso

Veg. Rala 0,50 0,55 0,60 0,65

IdemVeg. Densa

0,45 0,50 0,55 0,60

Idem Florestas 0,40 0,45 0,50 0,55

Solo de média permeabilida-de – argila-arenoso

Veg. Rala 0,35 0,40 0,45 0,50

IdemVeg. Densa

0,30 0,35 0,40 0,45

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Idem Florestas 0,25 0,30 0,35 0,40

Alta permeabilidade – solo arenoso

Veg. Rala 0,20 0,25 0,30 0,35

IdemVeg. Densa

0,15 0,20 0,25 0,30

Idem Florestas 0,10 0,15 0,20 0,25

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

b) Engenharia de obras urbana – valores para “C”

Características da área Mínimo Máximo

Pátios e estacionamentos 0,90 0,95

Áreas cobertas 0,75 0,95

Vias concretadas 0,80 0,95

Vias asfaltadas 0,70 0,95

Passeios 0,75 0,85

Vias em calcadas poliédricas 0,70 0,85

Centros industriais e pesados 0,60 0,90

Centros industriais leves 0,50 0,80

Áreas urbanas centrais 0,70 0,95

Áreas urbanas periféricas 0,50 0,70

Conjuntos habitacionais densos 0,60 0,75

Conjuntos prediais 0,50 0,70

Conjuntos residenciais 0,40 0,60

Residenciais uni-familiares 0,35 0,50

Lotes urbanos grandes 0,30 0,45

Play grounds 0,20 0,35

Áreas periféricas não urbanizadas 0,10 0,30

Parques e cemitérios 0,10 0,25

Terreno rochoso montanhoso 0,50 0,85

Terreno rochoso plano ou ondulado 0,35 0,65

Relvado argiloso ondulado e montanhoso 0,25 0,35

Relvado argiloso suavemente ondulado 0,18 0,22

Relvado argiloso plano 0,13 0,17

Relvado arenoso ondulado e montanhoso 0,15 0,20

Relvado arenoso suavemente ondulado 0,10 0,15

Relvado arenoso plano 0,05 0,10

Florestas e matas caducifólias 0,30 0,60

Florestas e matas coníferas 0,25 0,50

Campos, prados e cerrados 0,35 0,65

Pomares e chácaras 0,15 0,40

Encostas com culturas permanentes 0,15 0,40

Vales com culturas permanentes 0,10 0,30

c) Bacias com áreas maiores de 10 Km2 – Valores para “CN”

SCC – Soil Conservece Service Norte Americana

Utilização da terra

Condições da superfície

Solo A

Solo B

Solo C

Solo

D

Plantações regulares

Em curva de níveis 67 77 83 87

Horticultura Em curva de níveis 60 72 81 84

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Pastagens Rala em curva de níveis 47 67 81 88

IdemNormais em curva de níveis

25 59 75 83

Campos permanentes

Normais 36 60 73 79

Idem Denso 25 55 70 77

Florestas Normais 36 60 70 76

Idem Densa 26 52 62 69

Tipos de solo

A) solo de pedregulho

B) solo arenoso

C) solo siltoso

D) solo argiloso

ANEXO 03 – Portaria 10 do IGAM

Portaria IGAM nº 010, de 30 de dezembro de 1998. 

Altera a redação da Portaria nº 030/93, de 07 de junho de 1993. 

(Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" -23/01/1999)

 O Diretor Geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM, no uso das atribuições

conferidas pela Lei Estadual nº 12.584, de 17 de julho de 1997 e pelo seu regulamento, Decreto nº 40.055 de 17 de novembro de 1998, observando dispositivos do Decreto nº 24.643 de 10 julho de 1934, que editou o Código de Águas, da Lei Federal nº 9.433 de 08 de janeiro de 1997 e das Constituições da República Federativa do Brasil e do Estado de MG,  

considerando: 1.A necessidade de ordenação dos procedimentos aplicáveis aos processos de outorga de uso

da água em coleções hídricas sob domínio estadual; 2.A conveniência de homogeneizar as técnicas de apresentação e análise dos processos que

instruem os requerimentos de outorga; 3.A importância crescente de que os processos de outorga de usos múltiplos sejam precedidos

de adequado exame de compatibilidade com as disponibilidades hídricas correntes e com as políticas de gestão definidas para o setor;

 4.A necessidade de regularização legal dos usos já praticados sem o competente instrumento de

outorga e, finalmente, 5.A conveniência de englobar, na mesma regulamentação administrativa, os procedimentos

aplicáveis à utilização das ocorrências hídricas, tanto superficiais quanto subterrâneas, RESOLVE: Art. 1º - A Portaria nº 030/93, de 07 de julho de 1993, que regulamenta o processo de outorga de

direito de uso de águas de domínio do Estado, passa a vigorar com a seguinte redação: 

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

"Art. 1º - Classificar as outorgas a serem concedidas pelo IGAM, conforme as modalidades de outorgas, descritas no Anexo I.

 Parágrafo Único - Para os casos de usos insignificantes, após o cadastro obrigatório, será

fornecido pelo IGAM a Certidão de Registro de Uso da Água. Art. 2º - Classificar, conforme Anexo II, as modalidades dos usos ou das obras sujeitas a outorga

de direito de uso relacionadas aos recursos hídricos de domínio do Estado, que devam ser objeto de outorga pelo IGAM.

. Art. 3º - Classificar, conforme Anexo III, as destinações da obras, serviços e atividades

concedidos, autorizados ou permitidos pelo IGAM. Art. 4º - Determinar que o Requerimento de outorga, para quaisquer das atividades

caracterizadas no Anexo II, obedeça aos modelos de Formulários Técnicos, fornecidos pelo IGAM, respectivamente para as águas superficiais e águas subterrâneas, em conformidade com a forma legal aplicável a cada caso.

 Art. 5º - Determinar que o protocolo de cada Requerimento de outorga deve ser precedido do

recolhimento, por parte do interessado, ao IGAM, dos emolumentos correspondentes aos custos operacionais dos processos de outorga de direito de uso de águas do domínio do Estado, a ser fixado através de Portaria específica.

 Art. 6º - Determinar à Diretoria de Controle das Águas do IGAM, que proponha, em ato próprio,

modelo de Relatório Técnico, a ser anexado pelo interessado em cada Requerimento e Formulário Técnico, de forma a possibilitar a caracterização do objeto da outorga e a correta identificação das destinações correspondentes à classificação constante do Anexo III.

 Art. 7º - Determinar à Diretoria de Controle das Águas, que adote critérios aprovados pelo

Conselho Estadual de Recursos Hídricos quanto à isenção da obrigatoriedade de outorga de direito de uso para acumulações, derivações, captações e lançamentos considerados de pouca expressão ou insignificantes.

 § 1º - Serão considerados de pouca expressão ou insignificantes os usos assim definidos pelos

Comitês de Bacia Hidrográfica e aprovados pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos, tendo em vista a especificidade de cada região, quer para mananciais superficiais, quer para aqüíferos subterrâneos;

 § 2º - Na ausência dos Comitês de Bacia Hidrográfica, a classificação dos usos com vazões de

pouca expressão ou insignificantes serão definidos pelo IGAM; § 3º - Será obrigatório, entretanto, o cadastramento destes usos considerados de pouca

expressão ou insignificantes, para assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água.

 Art. 8º - Determinar à Diretoria de Controle das Águas, que proponha as vazões de referência a

serem utilizadas, para cálculo das disponibilidades hídricas em cada local de interesse, de acordo com o Plano Estadual de Recursos Hídricos e com os Planos Diretores de Recursos Hídricos de cada Bacia Hidrográfica.

 § 1º - Até que se estabeleçam as diversas vazões de referência na Bacia Hidrográfica, será

adotada a Q 7,10 (vazão mínima de sete dias de duração e dez anos de recorrência), para cada Bacia.  § 2º - Fixar em 30% (trinta por cento) da Q 7,l0, o limite máximo de derivações consuntivas a

serem outorgadas na porção da bacia hidrográfica limitada por cada seção considerada, em condições naturais, ficando garantido a jusante de cada derivação, fluxos residuais mínimos equivalentes a 70% (setenta por cento) da Q 7,l0.

 § 3º - Quando o curso de água for regularizado pelo interessado, o limite de outorga poderá ser

superior a 30% (trinta por cento) da Q 7,l0, aproveitando o potencial de regularização, desde que seja garantido um fluxo residual mínimo à jusante, equivalente a 50% (cinqüenta por cento) da vazão média de longo termo.

 I - Em caso de estrutura de regularização passível de licenciamento ambiental, deverá ser

obrigatoriamente, incluído na solicitação de outorga, o seguinte: a)Valores de fluxo a serem liberados à jusante do barramento, assim como a definição da

estrutura hidráulica de extravasamento capaz de garantir a manutenção do fluxo residual mínimo;

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

 b)Valores acumulados para destinação de outros usos múltiplos no reservatório, além daqueles

solicitados. Art. 9º - Autorizar à Diretoria de Controle das Águas, que adote percentuais para fluxos residuais

inferiores a 70% (setenta por cento), nos casos em que couberem as condições de excepcionalidade para outorgas, em situações de interesse público e que não produzirem prejuízos a direitos de terceiros.

 Art. 10 - Determinar à Diretoria de Controle das Águas que considere também como derivação

consuntiva, as vazões dos cursos de água, que receberem lançamento de efluentes, estando estas vazões comprometidas com a diluição destas cargas de poluentes, distinguindo-se, todavia, em classes de poluentes "conservativos" e "não conservativos".

 § 1º - A outorga para lançamento de efluentes ficará condicionada ao estabelecido na legislação

específica; § 2º - Para distinção dos poluentes, serão considerados os enquadramentos em classe de uso

preponderante dos corpos de água e os padrões de lançamento determinados pela legislação ambiental pertinente.

 Art. 11 - Determinar à Diretoria de Controle das Águas que adote limitações restritivas e critérios

para as outorgas de usos não-consuntivos e usos locais das águas de domínio do Estado, consoante disposições contidas na legislação específica.

 Art. 12 - Determinar que toda outorga sempre que tecnicamente indicada e a critério do IGAM,

somente seja concedida, em princípio, se o usuário implantar e operar, às suas expensas, equipamentos de monitoração de acordo com recomendações da Diretoria Controle das Águas do IGAM. 

Parágrafo único - O instrumento de outorga poderá, ainda, exigir do outorgado o cumprimento de outras condicionantes indicadas pelo IGAM, sob pena de suspensão da referida outorga, nos termos do art. 20, inciso I, da Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999.1[1]

 Art. 13. A outorga de direito de uso de recursos hídricos do Estado terá os seguintes prazos

máximos: 2[2]

 I- 35 (trinta e cinco) anos, para as Concessões;

 II- 5 (cinco) anos, para as Autorizações;

 III- 3 (três) anos, para as Permissões.

 § 1º A outorga tornar-se-á sem efeito na hipótese do outorgado deixar de exercer o direito dela

decorrente no prazo de 1 (um) ano, contado da data de sua publicação no Órgão Oficial “Minas Gerais” ou do término das obras a que se refere o parágrafo seguinte, quando for o caso. 

§ 2º Ressalvadas as hipóteses em que, mediante parecer técnico da Divisão de Outorgas, devidamente aprovado pelo Diretor de Controle das Águas do IGAM, restar comprovada a necessidade de estipulação de prazos superiores aos fixados neste parágrafo, ficam estabelecidos os seguintes prazos máximos para a execução das obras ordenadas, contados da data da publicação da outorga no Órgão Oficial “Minas Gerais”, sob pena de perda da eficácia desta: 

I- 30 (trinta) meses, para as Concessões; 

II- 12 (doze) meses, para as Autorizações; 

1[1] A Portaria IGAM nº 06, de 25 de maio de 2000 incluiu o parágrafo único no artigo 12 desta Portaria.2[2] A Portaria IGAM nº 06, de 25 de maio de 2000 deu nova redação ao artigo 13 desta Portaria, que tinha a seguinte redação original: “Art. 13 - Fixar os prazos de validade das outorgas para uso das águas de domínio do Estado, sendo 20 (vinte) anos para as Concessões, 05 (cinco) anos para as Autorizações e 03 (três) anos para as Permissões, tornando-os sem efeito se o usuário deixar de executar o seu direito até um ano após a data do título autorizativo e fixar, igualmente, em 24 (vinte e quatro) meses, 12 (doze) meses e 06 (seis) meses, respectivamente, os prazos para a execução das obras ordenadas, salvo casos especiais assim classificados pelo IGAM por ocasião do processamento da outorga”

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

III- 6 (seis) meses, para as Permissões. 

Art. 14 - Determinar à Diretoria de Controle das Águas do IGAM, que organize e mantenha atualizado um cadastro técnico, que possibilite acesso aos interessados, contendo as informações disponíveis sobre estudos hidrológicos, hidrogeológicos, intervenções em corpos de água superficiais ou em aqüíferos subterrâneos, bem como das captações e explotações outorgados pelo IGAM."

 Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.  Belo Horizonte, 30 de dezembro de 1998.

 Sebastião Virgílio de Almeida Figueirêdo

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Anexo IModalidade de Outorga 

1.CONCESSÃO - Quando obras, serviços ou atividades forem desenvolvidas por pessoa jurídica de direito público ou quando se destinarem a finalidade de utilidade pública.

 2.AUTORIZAÇÃO - Quando obras, serviços ou atividades forem desenvolvidas por pessoa física

ou jurídica de direito privado e quando não se destinarem a finalidade de utilidade pública. 3.PERMISSÃO - Quando obras, serviços ou atividades forem desenvolvidas por pessoa física ou

jurídica de direito privado, sem destinação de utilidade pública e quando produzirem efeitos insignificantes nas coleções hídricas.

   

Anexo IIModalidade do Uso ou das Obras Sujeitos a Outorga 

1.Captação ou derivação de água em um corpo de água2.Explotação de água subterrânea3.Perfuração de poços tubulares4.Construção de barramentos ou açudes5.Construção de diques ou desvios em corpos de água6.Construção de estruturas de lançamento de efluentes em corpos de água7.Construção de estruturas de recreação às margens8.Construção de estruturas de transposição de níveis9.Construção de travessias rodo-ferroviárias10.Dragagem, desassoreamento e limpeza de corpos de água11.Garantia de tirantes mínimos para navegação hidroviária12.Lançamento de efluentes em corpos de água13.Retificação, canalização ou obras de drenagem14.Transposição de bacias15.Levantamentos, pesquisas e monitoramento16.Outras modificações do curso, leito ou margens dos corpos de água

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Anexo IIIDestinações das obras, serviços e atividades concedidos, autorizados ou permitidos

1.Energia1.1- Hidrogeração1.2- Refrigeração 1.3- Outras2.Saneamento2.1- Captação para consumo humano, industrial, agroindustrial ou agropastoril2.2- Intercepção, depuração e lançamento de esgotos domésticos2.3- Drenagem pluvial2.4- Veiculação e depuração de efluentes industriais 2.5- Veiculação e depuração de rejeitos agroindustriais2.6- Veiculação e depuração de rejeitos agropastoris2.7- Outras3.Agropecuária e Silvicultura3.1- Irrigação de culturas e pastagens3.2- Dessedentação de animais 3.3- Produção de pescado e biótipos aquáticos3.4- Drenagem e recuperação de áreas agricultáveis3.5- Outras4.Transporte4.1- Garantia de tirantes mínimos para navegação hidroviária4.2- Extensão e interconexão hidroviária4.3- Transposição de níveis 4.4- Melhoria de calhas navegáveis4.5- Travessia rodo-ferroviárias4.6- Outras5.Proteção de Bens e Populações 5.1- Controle de cheias e atenuação de inundações 5.2- Controle de sedimentos5.3- Controle de rejeitos de minerações 5.4- Controle de salinização5.5- Outras6.Controle Ambiental e Qualidade de Vida6.1- Recreação e paisagismo6.2- Controle de pragas e insetos6.3- Preservação da vida selvagem e da biota natural6.4- Recuperação, proteção e controle de aquíferos6.5- Compensação de impactos ambientais negativos 6.6- Outras7.Racionalização e Manejo de Recursos Hídricos7.1- Transposição de bacia7.1- Recarga de aqüíferos7.2- Perenização de cursos dágua7.3- Drenagem e rebaixamento do nìvel dágua em obras civis e minerações7.4- Outros8.Utilização Militar ou de Segurança 8.1- Proteção de objetivos estratégicos8.2- Instalações militares ou de segurança8.3- Instalações para uso em trânsito9.Destinações Especiais9.1- Controle alfandegário e de fronteiras9.2- Disposição final de substâncias especiais9.3- Experimento científico ou tecnológico9.4- Outras

ANEXO 04 – DELIBERAÇAO NORMATIVA CERH 09.

Deliberação Normativa CERH - MG nº 09, de 16 de junho de 2004.

Define os usos insignificantes para as circunscrições hidrográficas no Estado de Minas Gerais.

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

(Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 03/07/2004)

O Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH-MG, no uso de suas atribuições legais, e tendo em vista o disposto no inciso VI, art. 41 da Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999, bem como no § 1º, do art. 19, da Lei nº 13.771, de 11 de dezembro de 2000, e 3[1]

Considerando a necessidade de se definir, para as Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos – UPGRH ou circunscrições hidrográficas do Estado de Minas Gerais, as acumulações, derivações e as captações consideradas insignificantes como parte essencial para aplicação dos critérios gerais de outorga, até que os comitês de bacia hidrográfica assim o façam,

DELIBERA:

Art. 1º As captações e derivações de águas superficiais menores ou iguais a 1 litro/segundo serão consideradas como usos insignificantes para as Unidades de Planejamento e Gestão ou Circunscrições Hidrográficas do Estado de Minas Gerais.

§ 1º Para as UPGRH – SF6, SF7, SF8, SF9, SF10, JQ1, JQ2, JQ3, PA1, MU1, Rio Jucuruçu e Rio Itanhém, serão consideradas como usos insignificantes a vazão máxima de 0,5 litro/segundo para as captações e derivações de águas superficiais.

Art 2º As acumulações superficiais com volume máximo de 5.000 m3 serão consideradas como usos insignificantes para as Unidades de Planejamento e Gestão ou Circunscrições Hidrográficas do Estado de Minas Gerais.

§ 1º Para as UPGRH – SF6, SF7, SF8, SF9, SF10, JQ1, JQ2, JQ3, PA1, MU1, Rio Jucuruçu e Rio Itanhém, o volume máximo a ser considerado como uso insignificante para as acumulações superficiais será de 3.000 m3.

Art. 3º As captações subterrâneas, tais como, poços manuais, surgências e cisternas, com volume menor ou igual a 10 m3/dia, serão consideradas como usos insignificantes para todas as Unidades de Planejamento e Gestão ou Circunscrições Hidrográficas do Estado de Minas Gerais.

§ 1º Estão excluídos do critério do caput a captação através de poços tubulares, dos quais serão exigidos o instrumento da outorga.

Art. 4º As vazões insignificantes definidas nesta Deliberação não são aplicáveis nos casos definidos na Deliberação Normativa CERH nº 07, de 04 de novembro de 2002.4[2]

Art. 5º As definições de usos insignificantes quando determinadas pelos comitês de bacia hidrográfica, de acordo com os artigos 36 e 37 do Decreto n.º 41.578, de 08 de março de 2001, suspendem a definição dada nos artigos anteriores, valendo os valores definidos pelos comitês, em suas respectivas áreas de atuação.5[3]

3[1] A Lei Estadual n.º 13.199, de 29 de janeiro de 1999 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 30/01/1999) que Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, ;MG - Art. 41 - Ao CERH-MG, na condição de órgão deliberativo e normativo central do SEGRH-MG, compete: VI - estabelecer os critérios e as normas gerais para a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;

4[2] A Deliberação Normativa CERH nº 07, de 04 de novembro de 2002 (Publicação - Diário do Executivo "Minas Gerais" - 05/11/2002) Estabelece a classificação dos empreendimentos quanto ao porte e potencial poluidor, tendo em vista a legislação de recursos hídricos do Estado de Minas Gerais, e dá outras providências.

5[3] O Decreto Estadual nº 41.578, de 08 de Março de 2001 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 09/03/2001) que regulamenta a Lei nº13.199, de 29 de janeiro de 1999 ,e dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos;dispõe nos respectivos. Dispõe ;Art. 36 - A dispensa de outorga de uso para as acumulações, derivações ou captações e os lançamentos considerados insignificantes e para satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais, respeitará os critérios e demais parâmetros normativos fixados pelos comitês de bacia hidrográfica, compatibilizados com as definições com as definições de vazão remanescente e vazão de referência definidas nos respectivos Planos

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Art. 6º O Instituto Mineiro de Gestão das Águas –IGAM deverá efetuar novos estudos para eventuais revisões que se fizerem necessárias aos valores fixados nesta Deliberação, bem como para o cumprimento do disposto nos artigos 36 e 37 do Decreto n.º 41.758/2001.

§1º A proposta do IGAM deverá ser apresentada ao comitê de bacia hidrográfica da respectiva Unidade de Planejamento e Gestão ou Circunscrição Hidrográfica para análise, aprovação e encaminhamento ao CERH.

Art. 7º Esta Deliberação Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 16 de junho de 2004

José Carlos CarvalhoSecretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Presidente do Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH

Diretores.Parágrafo único - Os usos e lançamentos a que se refere este artigo deverão ser informados ao IGAM para fins de cadastro e atualização do Sistema Estadual de Recursos Hídricos. Art.37-O estabelecimento dos critérios e parâmetros normativos pelos comitês de bacia hidrográfica será precedido de estudos e proposta técnica a serem realizados pelas respectivas agências e, na sua falta, pelo IGAM, observado o disposto no artigo 71 deste Decreto.

ANEXO 05 – Mapas de rendimento específicos.

Tempo de retorno de 10 anos;

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

TEMPO DE RETORNO DE 20 ANOS;

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

TEMPO DE RETORNO DE 50 ANOS;

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Page 32: Cap Vazao Hidrologia Resumida

Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

TEMPO DE RETORNO DE 100 ANOS;

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Page 33: Cap Vazao Hidrologia Resumida

Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

TEMPO DE RETORNO DE 500 ANOS;

Profo. Milton César Toledo de Sá

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Hidrologia Capitulo: Vazão hidrológica

Profo. Milton César Toledo de Sá

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