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15/06/2015 1 Prof. KOPÊ CAP. 7 CABOS 1 Prof. KOPÊ ARTE NAVAL CAP. 7 - CABOS Diz-se que na Marinha não há corda. Tudo é cabo. Cabos grossos e cabos finos, cabos fixos e cabos de laborar..., mas tudo é cabo. Existem porém, duas exceções: - a corda do sino e - a dos relógios. 2

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15/06/2015

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Prof. KOPÊ

CAP. 7

CABOS

1

Prof. KOPÊ

ARTE NAVAL – CAP. 7 - CABOS

Diz-se que na Marinha não há corda. Tudo é cabo. Cabos grossos e cabos finos, cabos fixos e cabos de laborar..., mas tudo é cabo.

Existem porém, duas exceções:

- a corda do sino e

- a dos relógios.

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Prof. KOPÊ

CABOS CLASSIFICAÇÃO

DE FIBRA

DE FIBRAS NATURAIS

DE FIBRAS SINTÉTICAS

DE AÇO

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CABOS DE FIBRAS NATURAIS (fibras do caule ou da folha)

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MANILHA – (cabo de manilha) - resistência à tração de 21

kg/mm2, não sofre muito com A/S devido a óleos naturais. Se

molhado, não perde resistência. Necessita enxugar após molhar.

Comparação com linho cânhamo branco: 10% menos resistente

e 22% mais leve. Vantagens: pouco sensível à umidade, alguma

flutuabilidade.

Comparação com linho cânhamo alcotroado: mais forte, mais

flexível, deteriora-se mais rapidamente.

Era muito usado, mas vem sendo substituído pelo sisal. 5

CABOS DE FIBRAS NATURAIS (1/5)

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CABOS DE FIBRAS NATURAIS (2/5)

SISAL – (cabo de sisal) - resistência à tração de 17 kg/mm2, se

enfraquece com a umidade.

Comparação com manilha: mais barato, sofre mais a ação do

tempo, fibra não é tão lisa e macia(aspereza e pontas salientes),

aceita melhor o alcatrão, resistência à tração 20% menor.

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Prof. KOPÊ

CABOS DE FIBRAS NATURAIS (3/5)

LINHO CÂNHAMO – (cabo de linho) - Esbranquiçado, grande resistência e flexibilidade quando molhados.

CABOS DE LINHO BRANCO (NÃO ALCOTROADO) - mais forte dos cabos de fibra, mas absorve muito a umidade e se deteriora. Usado em aparelhos de laborar de grandes pesos.

O linho cânhamo encontra grande aplicação nos cabos finos, fios e linhas (merlim, mialhar, linha alcatroada, fio de vela etc).

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CABOS DE FIBRAS NATURAIS (4/5)

LINHO CULTIVADO – comparado com o cânhamo, é 30% menos resistente e 40% mais leve. Usado nas adriças de bandeiras. COCO – não apodrece com a água, mas é pouco resistente. É usado para defensas, coxins, redes, etc (onde fica muito tempo na água e não precisa ser muito forte). JUTA – não é usada a bordo, pois as fibras se separam em contato com a água. Muito usada para fazer sacos (na indústria). ALGODÃO – pouco resistente, e por isso é usado para adornos, cabos finos, linhas de barca, prumos, fios de cozer, etc.

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CABOS DE FIBRAS NATURAIS (5/5)

LINHO DA NOVA ZELÂNDIA – pouco resistente e, portanto pouco usado para fazer cabos.

PITA – 10% mais fraca que o linho branco, não recebe alcatrão e apodrece com facilidade.

PIAÇAVA – flutua e não apodrece na água, mas não é muito usada porque as fibras são muito rígidas.

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a) Manufatura: Antes da fiação, as fibras sofrem: 1) curtimento (tira a substância gomosa); 2) trituração (fragmenta as partes lenhosas ou talos); e 3) tasquinha (separa os talos, deixando livre a parte

têxtil).

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA NATURAL (1/11)

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- Depois, elas são enxugadas e vão para a cardação, que isola as fibras, as torna paralelas e com as extremidades distribuídas ao longo do comprimento, separa os filamentos mais longos e descarta os muito curtos (para estopa).

- Durante a cardação, as fibras passam por um banho de

alcatrão (para os cabos alcatroados) ou de óleos lubrificantes (para os cabos brancos).

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA NATURAL (2/11)

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- Esse óleo de lubrificação facilita o trabalho nas cardas e aumenta a resistência à umidade.

- Depois elas são separadas por qualidade e são postas em

fardos para irem à fiação.

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA NATURAL (3/11)

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b) Detalhes de construção: - Fios primários formam fios de carreta, que formam os

cordões (ou pernas). Três ou quatro pernas formam um cabo.

- O cabo de 3 ou 4 pernas chama-se cabo de massa. Os

cabos mais usados são os de 3 pernas. - Um cabo feito com 3 cabos de massa é chamado cabo

calabroteado.

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA NATURAL (4/11)

Prof. KOPÊ

- A cocha (= torção) é sempre no sentido contrário ao anterior, para não descochar.

- Cochas também são: 1) os intervalos entre os cordões (ou pernas); 2) o ângulo que as pernas fazem em relação ao eixo do cabo; e 3) o comprimento dos trançados individuais dos cabos trançados de 8 pernas, também chamado de comprimento da costura.

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA NATURAL (5/11)

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA NATURAL (6/11)

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Cocha de um cabo trançado de oito pernas

CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA NATURAL (7/11)

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA NATURAL (8/11)

Prof. KOPÊ

- Os cabos de maior bitola podem ter 4 pernas, sempre

cochadas em torno da madre. Madre é um cabo mais fino que

dá mais flexibilidade, mas sem aumentar a resistência (pois

sendo de menor bitola que as pernas, não tem a mesma

elasticidade destas).

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA NATURAL (9/11)

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Prof. KOPÊ

A construção dos cabos se baseia na oposição das cochas.

Os fios de carreta tendem a descochar, mas quando são

cochados para o outro lado para compor uma perna, as duas

tendências se neutralizam (daí as pernas são neutras). Já os

cabos tem tendência a descochar, e por isso sofrem urna

torção extra na máquina (apenas suficiente para neutralizar

essa tendência). Os cabos são normalmente cochados para a

direita.

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA NATURAL (10/11)

Prof. KOPÊ

CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA NATURAL (11/11)

- Em alguns cabos (especialmente os finos), as pernas são

trançadas. Isso faz desaparecer a tendência a formar cocas,

mas diminui a elasticidade.

- Num cabo trançado de 8 pernas, dispostas 2 a 2, usam-se 4

pernas cochadas para a direita e 4 para a esquerda.

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EFEITOS MECÂNICOS DA TORÇÃO (1/2)

• A torção visa impedir que as fibras escorreguem umas sobre as outras quando sob tração (pelo atrito mútuo que elas adquirem).

• Vantagens: - aumenta o atrito. - une as fibras, tornando o cabo menos apto a receber

umidade. - dá uma ligeira elasticidade (efeito mola).

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Prof. KOPÊ

EFEITOS MECÂNICOS DA TORÇÃO (2/2)

• Desvantagens:

- perde de 30-60% da resistência (fibras //s são mais

resistentes).

- aumenta a tendência a formar cocas.

• Sob o aspecto de resistência, o cabo ideal seria aquele que

tivesse todas as fibras solicitadas uniformemente na direção

da linha axial do esforço, o que é impossível devido às torções

sucessivas durante a sua manufatura.

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Prof. KOPÊ

ELASTICIDADE DOS CABOS (1/3)

- As fibras naturais não possuem um limite de elasticidade

permanente, dentro do qual podem trabalhar indefinidamente

sem deformação. Logo, esses cabos têm apenas a

elasticidade que lhes dá a espiral da cocha.

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Prof. KOPÊ

ELASTICIDADE DOS CABOS (2/3)

- Quando se estica um cabo novo, parte do alongamento se

torna definitivo, pois os fios de carreta tomam nova posição de

equilíbrio. A esta posição de equilíbrio estável corresponde um

limite de elasticidade permanente.

- Quando esse limite é atingido por um esforço grande, as fibras

escorregam mais um pouco, o que diminui a resistência do

cabo.

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ELASTICIDADE DOS CABOS (3/3)

- Por isso, esse tipo de cabo nunca deve ser submetido a

esforços próximos de sua carga nominal; e dá-se um fator de

segurança de ao menos 5/1 entre as cargas de trabalho e de

ruptura.

- O alongamento máximo dos cabos brancos é 7-8%, e dos

alcatroados é 4%. Se forem alongados mais que isso, os fios

de carreta começam a se romper (a ruptura pode começar na

superfície das pernas ou nos fios internos).

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• Aumenta a resistência (+- 10% num cabo novo), mas torna o cabo pesado, diminui a flexibilidade, aumenta a tendência a tomar cocas e apodrece as fibras.

• A umidade tb altera a elasticidade (contrai os cabos). Por isso, em tempo úmido, os cabos bem tesados e as voltas apertadas devem ser afrouxados.

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EFEITOS DA UMIDADE (1/3)

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• A manilha é a que menos sofre com a umidade (devido a certos óleos), e mesmo assim o cabo recebe um óleo lubrificante na fabricação (o que diminui o atrito interior, facilita manobrar com o cabo e aumenta a vida útil).

• O cânhamo e o sisal absorvem muito e incham; e por isso suas fibras recebem um banho de alcatrão vegetal antes da manufatura do cabo (o que, contudo, o enfraquece bastante).

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EFEITOS DA UMIDADE (2/3)

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EFEITOS DA UMIDADE (3/3)

• Cabos não-alcatroados não devem ser percintados ou forrados, pois a cobertura retém a umidade lá dentro.

• Veremos Percintar e Forrar cabos no próximo capítulo. Mas trata-se de tipos de acabamento externo.

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Desvantagens (1/2):

• Com a mesma bitola, são 20% menos resistentes à tração, pois:

- a torção é maior (as fibras sofrem um maior esforço para a mesma carga); e

- possuem uma madre (que desequilibra o atrito mútuo dos filamentos, o que contribui para partir as fibras interiores).

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COMPARAÇÃO: CABOS DE 4 PERNAS X 3 PERNAS

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Desvantagens (2/2):

• Pesam 5% mais, pois têm mais fibras por metro de comprimento.

• A madre tende a partir primeiro, pois ela não tem a mesma elasticidade que as pernas.

VANTAGENS: • Mais flexíveis, por causa da madre.

• Maior superfície de apoio

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COMPARAÇÃO: CABOS DE 4 PERNAS X 3 PERNAS

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COMPARAÇÃO: CABOS DE 4 PERNAS X 3 PERNAS

• Por causa das vantagens, os cabos de 4 pernas são indicados especialmente para os aparelhos de laborar. (veremos cap. 8 – cjo de roldanas)

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3 pernas 4 pernas – torção maior Goivado de roldana.

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COMPARAÇÃO: CABOS CALABROTEADOS X DE MASSA

Vantagens: • mais elásticos.

• maior uniformidade de resistência, pois como as pernas são mais finas, a diferença de tensão entre os fios centrais e os da periferia é menor.

• duram mais, pois a água peneira com mais dificuldade.

• mais leves (6%).

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COMPARAÇÃO: CABOS CALABROTEADOS X DE MASSA

Desvantagens:

• 40% menos resistentes e menos flexíveis, pois a torção das fibras é maior.

• São usados onde devem suportar choques e lupadas (elasticidade; ex: cabos de reboque e espias), não sendo indicados para aparelhos de laborar (pequena flexibilidade) nem para aparelhos fixos (grande elasticidade).

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MEDIDA

• Pode-se medir pelo diâmetro nominal ou pela circunferência. O mais normal é medir a circunferência em polegadas.

• Comprimento das aduchas: variável em cada país e para os

cabos de menor bitola. No Brasil, comum aduchas com 220 metros.

• O maior cabo de fibra de três pernas usado a bordo dos

navios é de 305 milímetros (12 polegadas) de circunferência, mas há cabos de fibra de 381 milímetros (15 polegadas) de circunferência.

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MEDIDA

• Os cabos de quatro pernas são fabricados em tamanhos diversos a partir de 31,7 milímetros (1 1/4 polegada).

• Os cabos calabroteados são fabricados de 12,7 centímetros (5 polegadas) até 61 centímetros (24 polegadas), que é o de maior tamanho.

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CABOS FINOS

• São os de circunferência < 1 ½ pol (38mm). A maioria é de linho cânhamo branco ou alcatroado.

• São designados pelo número de fios de carreta que contém (máx 21), e são vendidos pela aducha (medida em peso).

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Lembre-se: para os cabos que não são finos, a aducha leva em consideração o comprimento, geralmente 220 metros.

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CABOS FINOS Os tipos de cabos finos são (1/2):

- Linha alcatroada: para trabalhos do marinheiro onde se faz necessário um material mais forte.

- Sondareza: é uma linha calabroteada cujas pernas são

formadas pela linha alcatroada. - Mialhar: de qualidade inferior e pior acabamento.

- Merlim: usado nos trabalhos do marinheiro onde se deseja

melhor acabamento.

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CABOS FINOS

Os tipos de cabos finos são (2/3):

- Fios de vela: é o barbante naval, fino mas muito forte, usado para costuras e para falcaçar cabos finos.

- Fio de palomba: é o fio de vela mais grosso, usado para palombar (= coser as tralhas nas velas e toldos).

- Filaça: pedaços de fios de carreta torcidos à mão.

- Fios de vela: é o barbante naval, fino mas muito forte, usado para costuras e para falcaçar cabos finos.

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CABOS FINOS

Os tipos de cabos finos são (3/3):

- Arrebém: nome dado ao cabo de ½ pol (12,7mm) de circunferência.

- Linha de algodão, Fio de algodão, Fio de linho cru

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COMO DESFAZER UMA ADUCHA DE CABOS NOVOS

• As aduchas de cabos novos são enroladas sempre no sentido contrário ao da cocha do cabo.

• Desfaça a aducha no sentido contrário ao que o cabo foi

enrolado, colocando a frente da aducha (face em que se vê o chicote interno) para baixo, e puxando o chicote interno por dentro da aducha (de qualquer outra forma, as torções se somam e geram cocas).

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COMO DESFAZER UMA ADUCHA DE CABOS NOVOS

Prof. KOPÊ

DESBOLINAR UM CABO

• Como desbolinar um cabo – desfazer-se a tendência que ele tem para tomar cocas.

• A operação de desbolinar se efetua sempre que um cabo novo é cortado da peça, a fim de ser preparado para servir no aparelho, ou então já estando em serviço, por ocasião de o colher.

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DESBOLINAR UM CABO

• Cabo novo, corretamente desenrolado da aducha -> - basta tesá-lo um pouco (estende-se o cabo no convés e, aguentado um dos chicotes, ala-se pelo outro).

• Na maioria dos casos, porém, não há espaço para estendê-lo no convés em todo o seu comprimento Colhe-se, neste caso, o cabo em aducha em pandeiro, no sentido contrário ao de sua cocha (são geralmente cochados para a direita; então aducha para a esquerda; .....

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DESBOLINAR UM CABO

• Depois, puxa-se, para cima e por dentro da aducha, o chicote que ficou embaixo, e faz-se nova aducha, no mesmo sentido da cocha do cabo. Isto fará desaparecer qualquer coca.

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DESBOLINAR UM CABO

Antes de colher um cabo já em serviço:

• Se o cabo é comprido, por exemplo uma espia, faz-se uma aducha em pandeiro, no sentido contrário ao da cocha, a começar pelo seio que está com volta dada nos cabeços do navio; depois mete-se o chicote por dentro dessa aducha, vira-se o pandeiro e faz-se, então, a aducha a ficar, colhendo o cabo no sentido de sua cocha, a começar pelo chicote.

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DESBOLINAR UM CABO

Antes de colher um cabo já em serviço:

• Se o cabo é curto, como o tirador de uma talha, estende-se o mesmo no convés e, tomando-se pelo seio, executa-se, um movimento rotatório, em sentido contrário ao da cocha, para terminar no chicote do cabo (ficará direito e brando).

• O efeito das cocas é maior nos cabos de maior bitola, porque, uma vez formadas, não é possível restabelecer pernas retorcidas a sua posição correta.

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COLHER UM CABO

• Chama-se colher um cabo arrumá-lo em aducha, a fim de que ele não possa ficar enrascado e tenha sempre os chicotes livres.

• Colher um cabo à manobra – colhido no convés, a começar pelo seio, em voltas circulares para a direita, umas sobre as outras, constituindo um pandeiro Este pandeiro é, depois, sobrado, isto é, virado a fim de que o seio do cabo fique do lado de cima, e o chicote embaixo.

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COLHER UM CABO

• A aducha chama-se em pandeiro, e o cabo foi colhido à manobra.

• Quando se está no mar, tiradores das talhas devem ser colhidos à manobra.

• Também se pode colher o tirador em cima, na malagueta ou no cunho do turco; para isso, pendura-se o pandeiro, enfiando por dentro dele o seio do cabo, o qual se torce sobre si mesmo e fica encapelado na extremidade superior do referido cunho ou na malagueta, aguentando a aducha.

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COLHER UM CABO

• Colher um cabo à inglesa - voltas concêntricas sobre o convés, a começar do seio que deu voltas no cunho ou na malagueta. Quando se chegar ao chicote, que fica no centro da aducha, unem-se as voltas menores e gira-se o conjunto, de modo a ir unindo todas as voltas anteriormente dadas. Esta aducha também é muito empregada para colher o tirador de uma talha e, de modo geral, é usada para enfeite.

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COLHER UM CABO

• Colher em cobros - começa-se pelo seio do cabo (ou por um dos chicotes, se ambos estiverem livres), dando-se dobras sucessivas que vão sendo colocadas paralelamente umas às outras, até ser atingido o chicote. Essas dobras chamam-se cobros. As correntes e amarras são sempre colhidas em cobros, quando colocadas sobre o convés para limpeza ou pintura. As espias de grande bitola também são colhidas desta maneira.

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USO E CONSERVAÇÃO DOS CABOS

• Os melhores cabos de fibra natural apresentam uma superfície lisa com poucos fiapos, com pernas homogêneas.

• Os cabos de segunda cardação não servem para os serviços de bordo.

• Nunca se deve tentar um esforço máximo no cabo: - que já tenha sofrido uma vez tensão próxima da carga de

ruptura; e - que já tenha sido usado em serviço contínuo, sob esforços

moderados.

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USO E CONSERVAÇÃO DOS CABOS

Tendência a cocas: - cabos novos com cochas bem apertadas; e - cabos úmidos - cabo que labora em torno de guinchos, cabrestantes ou

roldanas, sempre num mesmo sentido (altera a estrutura do cabo). Convém, portanto, inverter o sentido depois de um certo tempo,

- Espias: trocar a posição dos chicotes depois de cada viagem.

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USO E CONSERVAÇÃO DOS CABOS

• Quando chover, colher espias em um xadrez de madeira mais alto que o convés, e os tiradores das talhas colocados nos cunhos dos turcos ou na balaustrada de modo que, estando molhados, possa a água escorrer e eles receberem ventilação. Nas baldeações, evite que os cabos sejam molhados pela água salgada; a umidade aumenta de 10% a resistência dos cabos de fibra e a manilha resiste bem à ação corrosiva da água, o que entretanto não implica molhar os cabos.

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USO E CONSERVAÇÃO DOS CABOS

• Manter os cabos secos e sem sal, em lugares arejados.

• Os cabos “encolhem” quando molhados. Solecar o tirador das talhas na chuva. Em voltas (para unir peças), pode-se molhar os cabos após pronto o trabalho.

• Os cabos não devem atritar com chão áspero, nem coçar uns nos outros ou em quinas e arestas.

• Não permitir que trabalhem em roldanas de tamanho menor que o indicado. (tabela, cap. 9)

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CARGA DE RUPTURA

• Carga de ruptura, fortaleza, resistência à tração, ou simplesmente resistência de um cabo são os modos usuais de exprimir a menor carga de tração capaz de parti-lo.

• Dada em tabelas fornecidas pelo fabricante do cabo, bem como podem ser obtidas por fórmulas empíricas.

• Fórmula geral – R (kg) = K c² , sendo K um coeficiente empírico, segundo o cabo, e c é a circunferência em centímetros (cm).

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CARGA DE RUPTURA

• cabos de massa, de linho cânhamo branco, três pernas: R = 67,5 c²

• cabos de massa, de linho cânhamo alcatroado, três pernas: R = 58,5 c²

• cabos de manilha, três pernas: R = 63,3 c²

• Para uso imediato, em cabos de manilha, quando não se conhece o valor de K, aplica-se a fórmula:

R = (c/4)² -> * R em toneladas

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CARGA DE TRABALHO

• Carga máxima a que se pode submeter um cabo em serviço.

• Determinada pela MARGEM DE SEGURANÇA que se dá a um cabo, a fim de não ser ultrapassado seu limite de elasticidade permanente.

• A resistência dos cabos diminui rapidamente com o uso e varia muito com a velocidade de movimento. Considerando estes e outros fatores, estabelecemos FATORES DE SEGURANÇA.

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MARGEM DE SEGURANÇA: DETERMINADO PELO FABRICANTE. FATOR DE SEGURANÇA: O USUÁRIO APLICA.

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CARGA DE TRABALHO

• Sob as melhores condições (cabo novo para ser usado por pouco tempo): CT = 1/4 da carga de ruptura (C.R.)

• Sob condições normais de serviço: CT = 1/5 carga ruptura

• Sob condições desfavoráveis (cabo usado com frequência, ou por um período indefinido): CT = 1/8 C.R.

• Sob condições mais desfavoráveis (se o cabo trabalha com grande velocidade de movimento): CT= 1/10 C.R.

• Se o cabo é sujeito a lupadas: CT= 1/12 C.R.

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PESO DOS CABOS

O peso de 100 metros de cabo pode ser obtido fórmulas empíricas ou por tabelas do fabricante.

(P sempre em kg, c em centímetros).

P = 0,90 c² - cabos de massa, de linho cânhamo alcatroado, com três pernas.

P = 0,84 c² - para os cabos calabroteados de linho cânhamo.

P = 0,80 c² - para os cabos de massa, de linho cânhamo branco, com três pernas.

P = 0,70 c² - para os cabos de massa, de manilha, com três pernas.

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Prof. KOPÊ

RIGIDEZ DOS CABOS

• Inverso da flexibilidade.

• O cabo será submetido a um esforço maior, como se a carga tivesse aumentado, se gurne em roldana menor do que devia.

• Considerando:

f - força necessária para vencer a resistência, em quilogramas, produzida pela rigidez;

d - diâmetro do cabo, em centímetros;

F - resistência, em quilogramas, produzida pela carga;

D - diâmetro (cm) da roldana/tambor por onde gurne o cabo. 61

Prof. KOPÊ

RIGIDEZ DOS CABOS

• para um cabo de manilha usado f = 18 d² F D

• para um cabo de manilha novo f = 26 d² F D

• Ao valor de f encontrado, devemos somar o valor da carga F que se deseja alar.

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COMPARAÇÃO DOS CABOS

• Cabos diferentes apenas nas bitolas

• Cabos diferentes apenas no tipo de confecção

• 7.20 - Considerações práticas – págs. 317/318 - Cálculos fáceis e que não devem cair. Dúvidas, por e-mail.

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CABOS DE FIBRAS SINTÉTICAS

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CABOS DE FIBRAS SINTÉTICAS

• Derivados de petróleo.

• Melhor: Náilon (nylon) (nome comercial)

• Náilon X fibra natural:

- mesmo D 2 x carga de ruptura

- ½ D mesmo serviço, > elasticidade, > resistência ao

desgaste (adequado para cabos de reboque)

• Não absorvem umidade desnecessário secar

• Recebem perfeitamente bem nós e costuras

• Melhor aparência. 65

Prof. KOPÊ

CABOS DE FIBRAS SINTÉTICAS

• Quando cortados por faca quente, pontas das fibras ficam

coladas, reduzindo ficar descochado (destorcido).

• Elasticidade do náilon: de 25% a 33% de seu comprimento

(2,5 a 4,5 vezes a maior elasticidade das fibras naturais)

grande vantagem em aplicações como como reboque de

navios e travamento de aviões no pouso em navios-

aeródromos

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Prof. KOPÊ

CABOS DE FIBRAS SINTÉTICAS

Espias - náilon apresenta vantagens adicionais:

• molhado, 85% a 95% da resistência quando seco; imerso na

água, pesa somente 11% de seu peso no ar flutua.

• cabo mais fino resiste ao mesmo esforço de uma espia mais

grossa de fibra natural mais fácil de manobrar.

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Prof. KOPÊ

CABOS DE FIBRAS SINTÉTICAS

Outra vantagem do Náilon: • mais durável e mais resistente a graxas e ácidos do que

cabos de fibra natural

Desvantagens do Náilon: • Custo - seis vezes mais por kg, do que fibra natural. • costuras devem ser bem apertadas, e ter mais uma cocha do

que cabos de fibra natural; • evitar a exposição continuada dos cabos finos de náilon à luz

solar (raios ultravioleta danificam sua superfície (inconveniente desprezível nos cabos grossos).

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CABOS DE FIBRAS SINTÉTICAS

• Há muitos outros cabos de matéria plástica, com as mesmas

características do náilon, de nomes diferentes patenteados

pelos fabricantes. Tem-se notícia de que a Marinha

americana já utiliza espias de náilon com alma de Kevlar,

material muito resistente à tração, porém muito vulnerável à

umidade. A principal vantagem é o amortecimento da

chicotada em caso de rompimento.

• Mas existem vários outros materiais. Vejamos:

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MATÉRIA PRIMA DOS CABOS DE FIBRAS SINTÉTICAS

NÁILON

• Mais forte das fibras sintéticas

• Vida útil superior às outras fibras sintéticas, devido:

– excelente resistência à abrasão.

– filamentos lubrificados, que protegem as fibras internas da

abrasão causada pela fricção das pernas.

– formação de um escudo protetor nas fibras rompidas na

superfície dos cabos durante a abrasão, evitando danos nos

filamentos internos. 70

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MATÉRIA PRIMA DOS CABOS DE FIBRAS SINTÉTICAS

NÁILON • Nos testes de resistência, é superior a todos os outros

produtos feitos com resinas termoplásticas: –absorção de água – 20% do seu peso, com pequena ou

nenhuma transformação. Mesmo após longo contato, até em regiões muito frias, os cabos se mantêm flexíveis e de fácil manuseio.

–abrasão e fricção – resistência 80 vezes superior aos de fibra natural de igual diâmetro.

–resistência ao tempo e ao sol – muito boa. Se o diâmetro > 1 pol, dispensam cuidados para raios solares.

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MATÉRIA PRIMA DOS CABOS DE FIBRAS SINTÉTICAS

POLIPROPILENO • Excelentes propriedades mecânicas e ao seu baixo peso

específico. • Não é muito forte. • Apresenta grandes vantagens quando empregada como cabo

de reboque (shock line), pois flutua, facilitando a passagem do dispositivo.

• Quase não absorvem umidade. Quando molhados, fácil manuseio nas atracações, para emendas ou na confecção das mãos.

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MATÉRIA PRIMA DOS CABOS DE FIBRAS SINTÉTICAS

POLIETILENO • Combinação de propriedades químicas e físicas excelentes,

quando esta fibra se apresenta em alta densidade.

• Ótima resistência a um grande número de agentes químicos (álcalis, ácidos, hidrocarbonetos etc.) devido a composição de sua resina e de um alto grau de cristalinidade.

• Quanto mais alta a densidade de um polietileno e maior o seu peso molecular melhor será a resistência aos agentes químicos.

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MATÉRIA PRIMA DOS CABOS DE FIBRAS SINTÉTICAS

POLIÉSTER

KÉVLAR

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MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA SINTÉTICA

União e torção de determinado número de fios primários; reunião e retorção destes até se chegar às pernas, que são reunidas, torcidas e/ou trançadas. Há dois tipos básicos: • a. Cabo torcido de três pernas – Cabos de seção circular.

As pernas são feitas com fio triplo de uma só espessura e todas devem ter igual número de fios. A sua arquitetura apresenta pernas com torção à esquerda “S” e fechamento do cabo com torção à direita “Z” e vice-versa.

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MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA SINTÉTICA

Comprimento da torção de uma perna: é a extensão de um movimento espiral descrito pelos fios em volta do perímetro da perna.

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MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA SINTÉTICA

• b. Cabo trançado de oito pernas (4x2) – Cabos de seção

quadrada. Quatro pernas com torção à esquerda “S” e quatro

pernas com torção à direita “Z” trançadas aos pares. Só é

fabricado de fibra sintética. Os cabos trançados apresentam

grande flexibilidade em estado seco ou molhado.

Comprimento do trançado: extensão de uma rotação descrita

pelo fuso de trançar.

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MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE FIBRA SINTÉTICA

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FUSÍVEL DE ESPIAS

• é um cabo sintético de pequena bitola preso à espia em dois pontos próximos da alça, de tal modo que se rompa caso a espia estique além de sua carga de trabalho. Quando este ponto é atingido, o fusível fica esticado

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FUSÍVEL DE ESPIAS

• Uma espia de fibra sintética pode ser submetida repetidas

vezes a sua carga segura de trabalho, sem danificar o cabo

ou reduzir sua vida útil.

• Por segurança e economia, não exceder a carga de trabalho.

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SELECIONAR UM CABO VISANDO A SEU EMPREGO

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• Em determinadas aplicações, elasticidade é vantagem;

• náilon e poliéster praticamente não sofrem decréscimo na

carga de ruptura por exposição ao sol. Polipropileno sim.

• Polipropileno pode perder até 40% de sua resistência à

ruptura em 3 meses de exposição ao sol tropical.

• Cabo sintético submetido à tração estica; ao retirar-se a carga,

ele volta ao comprimento original, depois de algum tempo. Se

submetido a tração por muito tempo, recuperação total pode

levar um mês. A maior parte desta recuperação ocorre nos

primeiros três minutos após cessar a tração. 84

SELECIONAR UM CABO VISANDO A SEU EMPREGO

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• Característica dos cabos sintéticos chamada de memória.

• Memória: não aduchar em sarilhos tracionados por motores ou

similar, pois as voltas em seu tambor entrarão apertadas, não

havendo espaço para que o cabo recupere o seu comprimento.

Então, o cabo continuará a recuperação no sarilho, ficando

cada vez mais apertado, causando avaria ao sarilho e ao cabo.

• Cabos sintéticos podem (1) apresentar áreas brilhantes onde o

cabo atritou contra cabeços e buzinas, causadas pela fusão

das fibras ou tinta dos acessórios, e, após longos períodos de

uso, podem (2) se apresentar cabeludos.

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SELECIONAR UM CABO VISANDO A SEU EMPREGO

Prof. KOPÊ

• Nos dois casos, (1) e (2), o efeito sobre a resistência à ruptura é desprezível.

• Quando tal situação for excessiva e localizada, a parte danificada deve ser cortada, e feita emenda através de uma costura. (Cap. 8 – Trabalhos do Marinheiro)

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SELECIONAR UM CABO VISANDO A SEU EMPREGO

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PRINCIPAIS UTILIZAÇÕES DOS CABOS DE FIBRA A BORDO

• Tanto fibras naturais quanto sintéticas.

• Sem contar veleiros.

• Como retinida (cabo mensageiro), adriças, espias de

amarração (ou atracação), cabos de reboque e cabos

especiais para offshore, confecção de escadas, redes de

proteção e carga, defensas, cestas de transporte, estropos,

eslingas para transporte de mercadorias, sistemas de

abandono de emergência, trabalhos marinheiros etc.

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RECOMENDAÇÕES PARA CONFERÊNCIA E ARMAZENAMENTO

• Exigir do fornecedor o certificado de controle do cabo ou do lote de cabos comprados.

• Conferir alguns detalhes: – peso do cabo, se está dentro da tabela do fabricante;

– dados da etiqueta, do certificado e da nota fiscal;

– realizar uma inspeção visual, checando a matéria-prima do cabo (náilon, polipropileno etc.) e se o cabo não tem aparentemente defeitos;

– Se não há equipamento apropriado para medida, tensione o máximo um trecho da extremidade do cabo e, com fita métrica, circunde o cabo em no mínimo 3 diferentes lugares, para verificar a circunferência. Este procedimento vai Ihe dar sempre um valor aproximado do real.

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PROCEDIMENTOS PARA INSPEÇÃO

O LIVRO NÃO DIZ, MAS É PARA NATURAL E SINTÉTICA.

• Desgaste CABOS DE FIBRA SINTÉTICA: - desgaste externo: fina penugem na superfície das pernas; - desgaste interno: penugem entre as pernas. CABOS DE FIBRA NATURAL: - desgaste externo: trechos achatados (fibras rompidas); - desgaste interno: aspecto de material pulverizado entre as

pernas.

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PROCEDIMENTOS PARA INSPEÇÃO

• Perda de resistência – devido a cargas altas. Pernas

cortadas ou gastas também afetam a resistência.

• Puimento – cabos puídos tornam-se inconvenientes em

sistemas móveis porque eles travam em roldanas e

cabrestantes.

Cabo sintético: presença de uma dura camada externa,

composta de fibras fundidas por calor decorrente de fricção.

Cabos de fibra natural: fios rompidos localizados, pendurados

no cabo. 90

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PROCEDIMENTOS PARA INSPEÇÃO

• Estiramento –visível redução na circunferência,

normalmente por carregamento excessivo. Para determinar,

medir as circunferências da área reduzida e da seção normal

do cabo.

• Corte – Um cabo sintético danificado por corte usualmente

apresentará chumaços e projeção dos fios.

• Dobramento – formada por uma perna torcida na direção

oposta à normal. Ocorre em cabos de fibra natural por causa

de carregamento excessivo.

• Contaminação - ferrugem ou manchas de graxa ou óleo.

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PROCEDIMENTOS PARA INSPEÇÃO

• Contaminação

- Por ferrugem: cor marrom-avermelhado para preto mesclado

com marrom. Aparecem em áreas localizadas. Não manchará o

polipropileno, nem reduzirá resistência do poliéster. Manchas

que são removidas com sabão e água não têm efeitos

adversos, já manchas persistentes podem diminuir resistência.

- Manchas de graxa ou óleo: embora sem efeitos danosos

imediatos sobre o cabo, põem em risco a sua operação e

manuseio.

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CARACTERÍSTICAS COMPLEMENTARES DOS CABOS DE FIBRA SINTÉTICA

• Tolerâncias dimensionais - peso do cabo por comprimento - comprimento de fornecimento

• Embalagem de fornecimento - Os cabos deverão ser fornecidos em bobinas (aduchas) com 220 m (duzentos e vinte metros).

• Extremidades dos cabos - livres de mãos; - extremidades construídas por amarração, envoltas em fita plástica e

com as pontas dos fios fundidas; - com as mãos sem proteção; e - com as mãos protegidas.

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TABELAS PÁG 329

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• Descrição (1) tipo de encordoamento / número de pernas (2) Material / (3) cor (4) diâmetro nominal (mm ou pol) e circunf. nominal (mm ou pol); (5) comprimento, em metros / (6) extremidades (7) norma de especificação. Ex: cabo torcido, 3 pernas, poliéster, branco, DN 40mm, circunferência tal, mãos protegidas conforme especificação tal.

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CARACTERÍSTICAS COMPLEMENTARES DOS CABOS DE FIBRA SINTÉTICA

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• Marcação / identificação – bobinas identificadas por etiqueta ou pintura com as seguintes informações: qualidade e tipo do cabo; circunferência (pol.) ou número de bitola do cabo; comprimento do cabo; pesos bruto e líquido; nome do fabricante; número de identificação da bobina; e data de fabricação. Cor dos fios do cabo

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CARACTERÍSTICAS COMPLEMENTARES DOS CABOS DE FIBRA SINTÉTICA

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• Certificados – Certificado de Resistência à Tração e Certificado de Qualidade do Cabo, para cada aducha.

• Critérios de aceitabilidade – Ao serem recebidos, os cabos de fibra sintética deverão ser submetidos a Inspeção Visual e Dimensional e a Ensaios Destrutivos. Na Marinha do Brasil: Norma NAR-001(MIL-STD-105d.

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CARACTERÍSTICAS COMPLEMENTARES DOS CABOS DE FIBRA SINTÉTICA

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Defeitos a serem considerados nos cabos de fibras sintéticas

(1) tipos, padrões e dimensões em desacordo com as

especificações padronizadas;

(2) presença de emendas tanto nas pernas como nos cabos,

depois de prontos;

(3) falta de uniformidade nos perímetros;

(4) presença de fios rompidos ou esfolamentos;

(5) embalagem em desacordo com as especificações;

(6) ausência ou identificação incompleta; e

(7) inexistência dos certificados necessários.

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CARACTERÍSTICAS COMPLEMENTARES DOS CABOS DE FIBRA SINTÉTICA

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CABOS DE AÇO

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CABOS DE AÇO - definições

a. Arames ou fios – Fios de aço carbono ou aço liga, obtidos por laminação ou trefilação. Os fios devem ser contínuos; b. Perna – Conjunto de fios torcidos, em forma de hélice, podendo ou não ter um núcleo ou alma. c. Cabo de aço – Conjunto de pernas dispostas em forma de hélice, podendo ou não ter um centro ou alma, de material metálico ou não. d. Cabo de aço polido – constituído por fios de aço, sem qualquer revestimento. e. Cabo de aço galvanizado –constituído por fios de aço galvanizados na sua bitola final, sem trefilação posterior.

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CABOS DE AÇO - definições

f. Cabo de aço galvanizado retrefilado –constituído por fios de aço galvanizados em uma bitola intermediária, retrefilados posteriormente. g. Alma – Núcleo em torno do qual as pernas são dispostas em forma de hélice. Nos cabos de fibra recebe a denominação de madre do cabo.

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Tipos de almas

• AF (Alma de Fibra Natural)

• AFA (Alma de Fibra Artificial)

• AAIC – constituída de cabo independente; e

• AA (Alma de Aço)

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CABOS DE AÇO - definições

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COCHA OU TORÇÃO

• Torção regular (cocha comum) – A torção das pernas de um cabo tem o sentido oposto ao do torcimento dos fios que compõem cada perna. Na torção regular, utiliza-se tanto a torção à direita como a torção à esquerda.

• Torção Lang (cocha Lang) – A torção das pernas de um

cabo tem o mesmo sentido do torcimento dos fios que compõem cada perna. Da mesma forma que a torção regular, pode utilizar tanto a torção à direita como a torção à esquerda.

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COCHA OU TORÇÃO

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CONSIDERAÇÕES GERAIS

• As características dos cabos de aço e os processos de sua fabricação variam muito, variando as duas propriedades mais desejadas no cabo de aço: resistência e flexibilidade.

• Nos cabos de laborar, por exemplo, tem-se que assegurar

uma certa flexibilidade, mesmo com prejuízo da resistência. • Nos aparelhos fixos dos navios, ao contrário, exige-se um

esforço permanente sobre o cabo, o que lega à resistência uma importância máxima.

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CONSIDERAÇÕES GERAIS

• Os cabos de aço empregados a bordo são classificados em tipos padrões: 6x7; 6x12; 6x19; 6x24; 6x37.

• O número 6 indica o número de pernas e o segundo número mostra quantos fios tem cada perna. Assim, um cabo 6 x 12 tem seis pernas de 12 fios

• O mais usado é o de 6 x 37, considerado aquele em que se reúnem as melhores qualidades desejadas de um cabo de aço (combinação ideal entre a resistência e a flexibilidade).

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MATÉRIA PRIMA

• Os cabos de aço classificados pela resistência de seus fios.

• PLOW – Arado. • PLOW STEEL – aço de alta resistência, com um teor de

carbono de 0,5-0,95 por cento e utilizada principalmente para fazer cordas de arame (www.thefreedictionary.com)

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MATÉRIA PRIMA

• PLOW – Arado.

• PLOW STEEL – aço de alta resistência, com um teor de carbono de 0,5-0,95 por cento e utilizada principalmente para fazer cordas de arame.

• Os aços mais empregados na construção de cabos utilizados na Marinha do Brasil atendem, geralmente, às classificações PS (Aço arado) e MPS (Aço médio arado)

• Mild Plow Steel (MPS) - mais duro e sua resistência é 2,5 vezes maior que a do ferro. Resistência de tração –> carga de ruptura mínima de 1370 N/mm2 (~ 140kg/mm2).

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MATÉRIA PRIMA • Plow Steel (PS) - aço de grande resistência, cerca de 3 vezes

maior que a do ferro. Empregado no mar para reboque e serviços de salvamento (grande resistência e menor peso possível). Material mais forte empregado nos cabos de aço de bordo. Resistência de tração -> carga de ruptura mínima de 1570 N/mm2 (~ 160kg/mm2).

• O Improved Plow Steel (IPS) e o Extra Improved Plow Steel (EIPS) são aços de qualidades superiores. Resistência à tração -> carga de ruptura mínima de 1.770N/mm2 (~ 180 kg/mm2) e 1.960 N/m2 (~200 kg/m2). Recomendados para trabalhos pesados, como, por exemplo, perfurações de poços, dragagens etc

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE AÇO

Os fios, eles são levados à máquina que confecciona as pernas, torcendo-as em espiral. Para diferentes aplicações, grande variedade na disposição dos fios de uma perna.

Para cabos de bordo, a regra é usar-se uma camada de 6 fios torcidos em torno de um central, formando uma perna de 7 fios (6 x 7); se adicionarmos uma nova camada de 12 fios, teremos uma perna de 19 fios (6 x 19), e mais 18 constituirão a perna de 37 fios (6 x 37). Seis dessas pernas, torcidas em torno da alma, que pode ser de fibra ou de aço, realizarão os diversos tipos, 6 x 7, 6 x 19, 6 x 37.

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE AÇO

Se, em torno de uma alma de fibra torcermos 12 fios, teremos uma perna de 12 fios; se torcermos 9 fios em torno da alma de fibra e em torno deles torcemos mais 15 (9+15) fios, teremos as pernas de 24 fios. Seis (6) dessas pernas, torcidas em volta de uma alma de fibra, realizarão os tipos 6 x 12 e 6 x 24, com 7 almas de fibra cada um.

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE AÇO

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Fig. 7-37c – Cabo 6 x 37 (6 pernas, 37 fios por perna, 1 alma de fibra)

Fig. 7-37e Cabo 6 x 24 (6 pernas, 24 fios por perna, 7=6+1 almas de fibra)

A.N., pág 356

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE AÇO • Em geral, os cabos são de torção regular à direita.

• Os cabos com torção do tipo Lang são empregados nas situações em que estejam submetidos a atrito, pois possuem maior superfície metálica na sua parte externa, suportando melhor o desgaste; são também ligeiramente mais flexíveis, porém muito fáceis de se destorcerem e tomarem cocas, devendo, portanto, ser usados com cuidado.

• A torção Lang aumenta a resistência à abrasão do cabo e sua flexibilidade.

• Porém, a torção regular confere maior estabilidade ao cabo. 112

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE AÇO Galvanização – meio mais simples e eficiente de proteger os cabos de aço contra a corrosão (= alcatrão nos cabos de fibra).

• Ela pode ser realizada a fogo ou eletroliticamente. Expõe o aço, durante a manufatura, à temperatura de mais de 400º C, reduzindo sua resistência em 10%.

• Submete o fio a um banho de zinco derretido, fazendo com que ele adquira uma camada de zinco fina, tenaz e suficiente para protegê-lo contra a ação corrosiva da ferrugem.

• Importante para os cabos que ficam expostos à ação da água salgada (espias, por exemplo, são galvanizadas).

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Galvanização (contin.)

• Os cabos de aço galvanizados a fogo na bitola final possuem uma carga de ruptura mínima efetiva 10% menor do que os galvanizados retrefilados e polidos de mesmas características.

• Um cabo galvanizado não deve ser usado para laborar, exceto quando o aparelho ficar exposto ao tempo e se o diâmetro das roldanas do poleame (ou o tambor do cabrestante) for grande e o movimento vagaroso.

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE AÇO

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Galvanização (contin.)

• Galvanizado, em geral, é usado no aparelho fixo de todos os navios (espinhaços e vergueiros de toldos, amantilhos, etc.) e em espias, cabos de reboque, estropos, etc.

• O cabo de aço não galvanizado, também conhecido como cabo de aço polido, é utilizado para muitas finalidades, especialmente para os diversos aparelhos de laborar, sem referência ao tamanho das roldanas, nos lugares onde não se espera umidade.

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CONSTRUÇÃO DOS CABOS DE AÇO

Prof. KOPÊ

MEDIÇÃO DOS CABOS DE AÇO

• Diâmetro, em milímetros, ou em polegadas, no sentido da maior grossura.

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Prof. KOPÊ

LUBRIFICAÇÃO

• Os cabos de aço devem ser lubrificados interna e externamente, durante o processo de fabricação.

• Recomenda-se renovar a lubrificação periodicamente. O lubrificante deve ser novo e limpo deve ser aplicado quente, para fazendo chegar o óleo até a alma do cabo.

• Quanto maior a velocidade de movimento com que trabalha o cabo, menor deve ser a viscosidade do lubrificante.

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• Se um cabo é usado periodicamente, ficando durante muito tempo sem aplicação, recomenda-se uma lubrificação pesada ao começar o período de seu desemprego temporário; se este período for prolongado por vários meses, antes de reiniciar o serviço deve-se limpar o cabo e remover o lubrificante protetor, para em seguida aplicar-se um lubrificante novo.

• Nunca se deve usar graxa nos cabos de aço, pois não faz a lubrificação interna, e torna o cabo mais difícil de ser manobrado, por sujar as mãos.

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LUBRIFICAÇÃO

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PREFORMAÇÃO DE CABOS • Cabo preformado é considerado muito superior.

• Na fabricação há um processo adicional, que faz com que as pernas e os fios fiquem curvados na forma helicoidal.

• Principais vantagens:

1. tensões internas mínimas,

2. manuseio muito facilitado

3. equilíbrio do cabo garantido,

4. manuseio mais seguro,

5. não é necessário amarrar as pontas do cabo.

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EMENDAS EM CABO DE AÇO

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O comprimento de uma emenda deve ser no mínimo de 1.000 a 1.500 vezes o diâmetro do cabo.

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Prof. KOPÊ

COMO DESBOLINAR UM CABO DE AÇO

• A coca é um inimigo perigoso prejudicial a sua vida útil.

• O cabo deve ser manuseado de forma a evitar estrangulamento (nó), que provocará uma torção prejudicial.

• Com o laço fechado o dano já está feito, reduzindo ao mínimo o valor e a resistência do cabo.

• Ao notar uma dobra, não tese mais o cabo. Descruze as partes de modo inverso. Desempene com um macete de forrar.

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Prof. KOPÊ

Como enrolar corretamente o cabo em um

tambor ou bobina

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Prof. KOPÊ

CARGA DE RUPTURA EFETIVA E CARGA DE TRABALHO

• Escolha de um cabo de aço: considera-se o tipo independentemente da carga de trabalho exigida, pois o tipo depende do aparelho em que vai ser empregado (se fixo ou de laborar).

• Para os fixos, considera-se material e galvanização.

• Para os de laborar, considera-se o material, o limite de elasticidade do cabo, o diâmetro das roldanas e a velocidade de movimento.

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DEFORMAÇÃO LONGITUDINAL DOS CABOS DE AÇO

Dois tipos: • 1º - Deformação estrutural – permanente e começa logo que

é aplicada uma carga. Ajustamento dos fios nas pernas do cabo. Ocorre nos primeiros dias ou semanas de serviço. 0,50% a 0,75% do comprimento do cabo sob carga. Pode ser quase totalmente removida por um pré-esticamento, feito com uma carga maior do que a carga de trabalho e inferior à carga do limite elástico.

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Dois tipos:

• 2º) Deformação elástica –

- Diretamente / inversamente proporcional. - Estima-se, de maneira geral, em 0,25% a 0,50%, quando submetido a uma tensão correspondente a 1/5 de sua carga de ruptura.

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DEFORMAÇÃO LONGITUDINAL DOS CABOS DE AÇO

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Dois tipos:

• 2º) Deformação elástica – cont.

- É proporcional à carga aplicada desde que a mesma não ultrapasse o valor do limite elástico (de 55% a 60% da carga de ruptura mínima efetiva).

- Módulo de elasticidade (E) - aumenta durante a vida do cabo, é tabelado e fornecido pelo fabricante.

- Área metálica: proporcional ao diâmetro, varia com construção e é fornecida pelo fabricante.

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DEFORMAÇÃO LONGITUDINAL DOS CABOS DE AÇO

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CUIDADOS COM OS CABOS FIXOS

• Os cabos para o aparelho fixo podem ser engaiados e percintados e depois cobertos com alcatrão. O alcatrão deve ser renovado em intervalos de tempo regulares (6 em 6 meses). Se o cabo não for galvanizado, deverá ser coberto com uma mistura de zarcão e óleo de linhaça fervido, antes de ser engaiado e percintado.

- Engaiar e percintar: será visto mais adiante.

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USO E CONSERVAÇÃO DOS CABOS DE LABORAR E ESPIAS DE AÇO

• Guardados: só depois de limpos e lubrificados, e os sarilhos devem ser cobertos de lona.

• Lona, couro ou outro protetor, onde tiverem de passar num reclamo ou cabeço (“munheira”).

• Espias de aço: cuidado para que todas recebam esforço por igual, pois não têm a mesma elasticidade da fibra.

• Cabo que é tesado e depois solecado com grande seio, com facilidade pode tomar cocas.

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INSPEÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DOS CABOS DE AÇO EM USO

• INSPEÇÃO

- Número de fios rompidos - um passo ou em cinco passos do cabo.

- Fios gastos por abrasão – não constitui motivo de substituição se tem fios partidos.

- Corrosão – no diâmetro do cabo, e interna.

- Maus tratos e nós

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• INSPEÇÃO – contin.

- Desequilíbrio dos cabos de aço – afundamento de uma ou duas pernas. Três motivos:

• (1) fixação deficiente, que permite o deslizamento de algumas pernas, ficando as restantes supertensionadas;

• (2) alma de fibra de diâmetro reduzido; e

• (3) alma de fibra que apodreceu.

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INSPEÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DOS CABOS DE AÇO EM USO

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• INSPEÇÃO – contin.

• Gaiolas de passarinho e hérnias – podem se formar nos cabos de várias camadas de pernas ou com alma de aço substituição imediata dos cabos. Motivos:

(1)manuseio e instalação . deficiente do cabo

(2) fixações deficientes dos . cabos.

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INSPEÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DOS CABOS DE AÇO EM USO

GAIOLA DE PASSARINHO CAUSADA PELO ALÍVIO REPENTINO DE TENSÃO PROVENIENTE DE SOBRECARGA

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SUBSTITUIÇÃO DOS CABOS

• Pode-se determinar a substituição dos cabos em serviço pelo número de fios rompidos visíveis, acordo fabricante.

• Além do critério de fios rompidos, caso seja encontrado algum outro defeito grave no cabo, ele deve ser substituído, mesmo que não haja nenhum fio rompido. A inspeção visual de um cabo se sobrepõe a qualquer norma ou método de substituição do mesmo. Ex.: gaiola de passarinho.

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VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS CABOS DE AÇO

• Cabos de fibra: podem ter um ponto fraco escondido ou ter sido enfraquecidos por esforços sucessivos, sem indícios; e ainda, são compostos de fibras de no máximo 3 m de comp.

• Correntes e amarras: defeitos de fundição ou falhas somente reveladas por raio X.

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Prof. KOPÊ

• Cabos de aço: são feitos por fios que têm o mesmo comprimento do cabo, sendo cada um manufaturado e testado individualmente.

• A sua mais importante característica é a confiança que impõem.

• Desvantagens: (1) não se podem dar nós, e são difíceis de manobrar a mão. (2) Para amarrações e emendas, utilizam-se as costuras ou os acessórios especiais.

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VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS CABOS DE AÇO

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DIÂMETRO DAS ROLDANAS (POLIAS) E VELOCIDADE DE MOVIMENTO

• Fatores importantes no prolongamento da vida útil de um cabo de laborar.

• A roldana deve ter um diâmetro o maior possível.

• Com a maior velocidade de movimento, cresce também o esforço (atrito sobre as roldanas e atrito interior dos fios entre si). É o mesmo atrito interior verificado em um cabo que sofra lupadas (ex: cabos de reboque).

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• Nunca se deve permitir que um cabo de aço trabalhe em aparelhos que possam fazer tomar a forma de um S, ou outra semelhante, como é o caso em que ele gurne numa roldana para a direita e logo abraça outra roldana em uma curva para a esquerda.

• A fadiga de um cabo de aço de laborar aumenta mais com a velocidade de movimento do que com a carga. Com pressa: será melhor aumentar a carga de cada lingada do que aumentar a velocidade do movimento.

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DIÂMETRO DAS ROLDANAS (POLIAS) E VELOCIDADE DE MOVIMENTO

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DIÂMETRO DO GOIVADO DAS ROLDANAS

“goivado”: cavidade em forma de meia-cana, para .aguentar a alça, numa peça de poleame. (http://www.priberam.pt/dlpo/goivado)

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• Se o goivado é grande demais, o cabo pode galear (saltar), mudando de direção durante o movimento.

• Se o goivado é pequeno, não dá suficiente apoio ao cabo, e fica enfraquecido pela fadiga.

• Para que o cabo trabalhe bem, cerca de 135° de sua circunferência devem ser suportados pelo goivado. O diâmetro do goivado deve ser ligeiramente maior que o diâmetro real do cabo.

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DIÂMETRO DO GOIVADO DAS ROLDANAS

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DESGASTE DOS CABOS LABORAR

• Prática muito prejudicial a um cabo é fazê-lo laborar numa roldana desgastada e corrugada antes por um cabo avariado.

• Os cabos de laborar ficam inutilizados devido: (1) desgaste por atrito (2) defeito do material (contribui para que fios se partam) (3) dobras acentuadas e cocas (4) corrosão, interna e externa (5) fadiga do material dos fios.

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DESGASTE DOS CABOS LABORAR

• Todas as causas citadas resultarão no rompimento dos fios.

• Se não houver corrosão interna, é possível estimar por simples inspeção visual quando há necessidade de substituir o cabo.

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ÂNGULO DOS CABOS DE LABORAR • Nas instalações como a da figura, em

que o cabo passa por uma roldana guia e depois é enrolado num tambor, é necessário que a roldana fique colocada a uma distância tal do tambor que o ângulo de inclinação do cabo seja pequeno.

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ÂNGULO DOS CABOS DE LABORAR

• A prática demonstra que o ângulo de inclinação não deve ser maior que 1° 30’ quando o enrolamento é feito em um tambor liso (sem canais) e 2° quando o mesmo tiver canais. Esse ângulo representa, aproximadamente, uma relação de 1 para 40 entre a metade do comprimento do tambor e a distância entre este e a roldana.

• Logo: tambor de 1 m (comp) -> roldana a 20 m.

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ÂNGULO DOS CABOS DE LABORAR Se o ângulo for maior que o recomendado:

Tambor com canais: - 1) o cabo raspa na flange da roldana, aumentando o

desgaste de ambos; e - 2) durante o enrolamento, o cabo raspa na volta adjacente

já enrolada, aumentando o desgaste.

Tambor liso: - 1) o cabo deixará vazios entre as voltas enroladas; e - 2) a camada superior entrará nesses vazios,

proporcionando um enrolamento desordenado (com todas as consequências maléficas).

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PRINCIPAIS TIPOS DOS CABOS DE AÇO USADOS A BORDO

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6 x 7 - Se galvanizado, é empregado nos aparelhos fixos. 6 x 19 - mais resistente que o 6 x 12, mais flexível que o 6 x 7 6 x 37 - provavelmente o cabo mais empregado a bordo (MB) 6 x 12 - grande flexibilidade (perna possui sua alma de fibra) 6 x 24 - espias de amarração dos navios 6 x 19 ou 6 x 37 (percintado) - para reboques pesados. 6 x 6 x 7: cabo de aço calabroteado - Cada perna: 6 x 7. É o mais

flexível. Chamado cabo para gualdropes, mas só é usado na indústria civil (não como gualdrope).

5 x 19: cabo de aço forrado de merlim. Usado nos navios mercantes, para os serviços gerais de bordo. 5 pernas de 19 fios, sendo cada perna forrada com merlim.

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PRINCIPAIS TIPOS DOS CABOS DE AÇO USADOS A BORDO

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6 X 37: É provavelmente o cabo mais empregado a bordo, como cabo de laborar, de reboque, de serviços gerais, exceto para amarração dos navios. Galvanizado, é empregado em cabos de reboque, talhas das embarcações, estropos, paus-de-carga e em todos os aparelhos de laborar expostos ao tempo. Não galvanizados, têm aplicação em gualdropes de leme e nos aparelhos de laborar onde possam ser usados com grafite ou outro lubrificante preservativo

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CARACTERÍSTICAS COMPLEMENTARES

• Tolerâncias Dimensionais - tolerâncias para os diâmetros dos fios de uma mesma camada e as tolerâncias dimensionais admitidas para mais (+) nos diâmetros nominais dos cabos de aço.

• Embalagem – bobinas de madeira de construção robusta e identificados individualmente, com dimensões específicas.

• Marcação/identificação – das bobinas.

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CARACTERÍSTICAS COMPLEMENTARES

• Descrição – Devem ser designados assim: (1) diâmetro nominal do cabo, em milímetros e em polegadas; (2) construção (número de pernas e de fios e a composição); (3) tipo de alma/(4) tipo de torção/(5) preformacão/(6) lubrificação; (7) resistência dos fios (carga de ruptura) (8) acabamento (polido ou galvanizado). Nada dito, é polido; e (9) norma da especificação.

Exemplo: cabo de aço, diâmetro nominal 38 milímetros (1 1/2 da polegada), 6x37 Warrington AF, torção regular à direita, preformado, lubrificado, PS, galvanizado, carga de ruptura 83.418 kgf (818 kn), conforme especificação tal.

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CARACTERÍSTICAS COMPLEMENTARES

• Certificados: Certificado de Qualidade do cabo: indispensável, do fabricante, individual para cada bobina. Certificado de ensaio de ruptura do cabo. • Critérios de aceitabilidade – Ao serem recebidos,

Inspeção Visual e Dimensional e a Ensaios Destrutivos. Na Marinha do Brasil essas inspeções são realizadas em amostra do tamanho recomendado por Norma

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CARACTERÍSTICAS COMPLEMENTARES • Defeitos a serem considerados nos cabos de aço (1) tipos padrões/dimensões fora das especificações; (2) presença de emendas (por solda ou não); (3) falta de uniformidade nos diâmetros dos fios ou cabos; (4) presença de fios rompidos ou com sinais de corrosão; (5) sinais de apodrecimento ou rompimento da alma de fibra; (6) deslizamento de pernas em torno da alma; (7) ausência ou falhas na camada de zinco nos fios; (8) ausência ou lubrificação insuficiente; (9) embalagem em desacordo com as normas previstas; (10) ausência ou marcação incompleta

(11) inexistência dos certificados necessários. 150

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Agora, para qualquer cabo:

- fibra natural - fibra sintética - aço

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FATORES DETERMINANTES NA ESCOLHA DO CABO IDEAL PARA CADA TAREFA:

• Flutuabilidade, carga de ruptura, resistência à abrasão, alongamento, flexibilidade, rigidez, esforços cíclicos de tração, absorção ao choque e custo.

• Compare as especificações e recomendações das

Sociedades Classificadoras com as necessidades da embarcação, e selecione os cabos em função do seu emprego e das manobras comumente realizadas pela embarcação.

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RECOMENDAÇÕES QUANTO AO MANUSEIO DE CABOS E ESPIAS

• Num mesmo ponto de amarração: mantenha os cabos com a mesma tensão; e não utilize conjugadamente cabos de matérias-primas diferentes (características diferentes de elasticidade, alongamento e ruptura).

• Faça rodízio das espias pelos diversos pontos de amarração da embarcação. Use os cabos mais novos nos pontos mais exigidos.

• Trabalhe com, no mínimo, 4 voltas no tambor.

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RECOMENDAÇÕES QUANTO AO MANUSEIO DE CABOS E ESPIAS

• Não deixe um mesmo ponto do cabo em atrito permanente com superfícies. Se possível, proteja os cabos nos locais de contato com couro, tecido plástico ou falcaças de cordas engraxadas.

• Inspeção: se uma seção estiver muito danificada, não espere ela se romper. Faça uma costura de emenda reforçada e use o cabo normalmente.

• Após o uso: lave os cabos com mangueirada de BP. Se necessário, use detergentes neutros ou suaves nos cabos sintéticos.

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RECOMENDAÇÕES QUANTO AO MANUSEIO DE CABOS E ESPIAS

• Precauções de segurança ao laborar cabos e espias:

- Não fique por dentro de um cabo laborando ou na direção da tração.

- Não aumente a carga num cabo depois de se travar ou dar volta.

- É imperativo ter um observador nas fainas de laborar.

- Mantenha um socairo mínimo de 2 metros.

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TERMOS NÁUTICOS REFERENTES AOS CABOS E SUA MANOBRA

• Aguentar sob volta – Segurar um cabo que esteja portando, dando uma, duas ou mais voltas redondas para mantê-lo sob mão.

• Alar – Exercer tração num cabo para executar qualquer manobra.

• Alar de leva-arriba – Alar caminhando sem parar.

• Alar de mão em mão – Alar o cabo seguidamente, sem o pessoal sair do lugar, pagando-o alternadamente com uma ou outra mão; também, neste caso, fica agüentando o socairo numa peça fixa.

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TERMOS NÁUTICOS REFERENTES AOS CABOS E SUA MANOBRA

• Alar de lupada – Alar aos puxões, com os intervalos necessários para que o pessoal mude a posição das mãos ao longo do cabo. Nesta manobra é preciso que um homem aguente o socairo, que é a parte do cabo que vai sobrando e se vai colhendo. Para agüentar o socairo dá-se volta singela numa peça fixa, nada se deixando voltar do que se alou. Lupada é cada um dos puxões dados.

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TERMOS NÁUTICOS REFERENTES AOS CABOS E SUA MANOBRA

• Aliviar um cabo, um aparelho – É folgá-lo pouco a pouco.

• Amarrar a ficar – Dar um nó ou volta firme, de modo a não se desfazer por si. Diz-se principalmente ao se dar volta às manobras ou ao amarrar uma embarcação miúda para passar a noite.

• Amarrilhos – Fios ou linhas que se amarram os diversos objetos a bordo. Dá-se, especialmente, esse nome aos cabos com que se amarram os toldos nos vergueiros.

• Arriar um cabo – Largar, aos poucos, um cabo que suspende ou aguenta qualquer peça.

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TERMOS NÁUTICOS REFERENTES AOS CABOS E SUA MANOBRA

• Arriar um cabo sob volta – Consiste em não desfazer totalmente as voltas, podendo ser aguentadas quando preciso. Para arriar sob volta, em geral, deixa-se uma ou duas voltas redondas no cabo.

• Beijar – Fazer encostar duas peças. Diz-se de uma adriça quando chega ao seu lugar; de uma talha quando seus poleames se tocam.

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TERMOS NÁUTICOS REFERENTES AOS CABOS E SUA MANOBRA

• Boça – Pedaço de cabo ou de corrente empregado para aboçar.

• Brandear – Folgar um cabo, uma espia, uma amarra etc.; tornar brando um cabo; dar seio a um cabo que esteja portando.

• Coçado – Diz-se de um cabo que está ferido em conseqüência do atrito.

• Colher o brando – Alar um cabo que esteja com seio até que fique sem folga; rondar um cabo.

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TERMOS NÁUTICOS REFERENTES AOS CABOS E SUA MANOBRA

• Colher um cabo – Arrumá-lo em aduchas; “quem dá volta colhe o cabo”.

• Coseduras – Botão que se dá nas alças do poleame, nas encapeladuras, nos estais etc.

• Dar salto – Arriar repentinamente parte de um cabo de manobra.

• Desabitar a amarra – Tirar a amarra da abita.

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TERMOS NÁUTICOS REFERENTES AOS CABOS E SUA MANOBRA

• Desaboçar – Desfazer a boça do cabo.

• Desbolinar um cabo – Tirar-lhe as cocas.

• Desencapelar – Tirar as encapeladuras; tirar um aparelho de onde está amarrado.

• Desgurnir – Tirar os cabos de laborar dos lugares em que estão trabalhando; desfazer talhas, teques e estralheiras.

• Desengastar – Tirar um corpo estranho que o poleame tenha engolido com o cabo que nele labora, ou desfazer uma coca que tenha mordido no gorne.

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TERMOS NÁUTICOS REFERENTES AOS CABOS E SUA MANOBRA

• Dobrar a amarração – Aumentar o número de pernadas das espias para amarrar um navio no cais ou a outro navio.

• Encapelar – Lançar as encapeladuras nos lugares respectivos. Diz-se ainda encapelar um aparelho, quando se o coloca no lugar.

• Encapeladuras – São as partes extremas dos cabos fixos dos mastros, que ficam alceadas nos mastros, mastaréus etc.

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• Engasgar – Diz-se de um cabo que, passando por um gorne ou um retorno qualquer, fica impedido de correr em conseqüência de nós, cocas, cordões arrebentados, ou qualquer corpo estranho.

• Enrascar – Diz-se dos cabos, velas etc. que se embaraçam entre si de modo a não poderem trabalhar regularmente.

• Espia – Cabo grosso que se lança de um navio para terra ou para outro navio, a fim de amarrá-lo.

• Fiéis – Cabos finos com que se prendem quaisquer objetos, tais como as fundas dos escaleres, as defensas etc.

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• Encapelar – Lançar as encapeladuras nos lugares respectivos. Diz-se ainda encapelar um aparelho, quando se o coloca no lugar.

• Encapeladuras – São as partes extremas dos cabos fixos dos mastros, que ficam alceadas nos mastros, mastaréus etc.

• Espia – Cabo grosso que se lança de um navio para terra ou para outro navio, a fim de amarrá-lo.

• Fiéis – Cabos finos com que se prendem quaisquer objetos, tais como as fundas dos escaleres, as defensas etc.

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TERMOS NÁUTICOS REFERENTES AOS CABOS E SUA MANOBRA

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TERMOS NÁUTICOS REFERENTES AOS CABOS E SUA MANOBRA

• Furar uma volta, um nó – Diz-se assim quando a volta, ou o nó, foi dado erradamente; diz-se, também, de um teque ou talha cujos cabos ficaram enrascados no poleame.

• Gurnir – Meter um cabo num gorne, olhal etc., ou passá-lo num cabrestante ou num retorno.

• Largar por mão um cabo – Largá-lo completamente, desfazendo as voltas que possam segurá-lo.

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TERMOS NÁUTICOS REFERENTES AOS CABOS E SUA MANOBRA

• Morder um cabo, uma talha – Apertar, engasgar, entalar um cabo ou amarra; diz-se que uma talha ficou mordida quando uma das pernadas montou sobre a outra junto ao gorne do cadernal, impedindo a roldana de girar.

• Peias – Cabos que prendem a bordo quaisquer peças ou objetos, a fim de evitar que eles se desloquem com o jogo do navio. Pear é prender qualquer objeto amarrando-o com peias.

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• Recorrer – Folgar. Deixar que arriem os cabos ou a amarra o quanto for necessário para aliviá-los. Diz-se também de um cabo ou amarra que arria sob a ação do próprio peso ou do esforço que aguenta. Um nó ou volta pode recorrer.

• Rondar – É alar um cabo ou o tirador de uma talha até que fique portando.

• Safar cabos – Colher os cabos nos seus respectivos lugares depois de concluída uma manobra; deixar os cabos claros à manobra.

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• Socairo – É a parte do cabo depois do cabrestante que o está alando; aguentada por um homem junto ao cabrestante para manter o atrito das voltas sobre a saia; no tirador de uma talha, é a parte que se alou, a qual deve ficar aguentada em um cunho ou mala-gueta sob a volta, com um homem ao chicote que está aguentando o socairo.

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TERMOS NÁUTICOS REFERENTES AOS CABOS E SUA MANOBRA

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• Solecar – Dar um brando ao cabo, arriando-o um pouco; aliviar o peso ou esforço; dar mais folga ao seio.

• Tesar – Esticar um cabo.

• Tocar uma talha, um aparelho – Diz-se quando se recorre o tirador aliviando as voltas das pernadas, para estender a talha ou para melhor trabalho dos cadernais.

• Trefilar – Processo de fabricação de cabos por estiramento.

• Virador – É um cabo grosso, em geral de aço, empregado para reboque, atracação ou mesmo para fundear com ancorote.

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TERMOS NÁUTICOS REFERENTES AOS CABOS E SUA MANOBRA