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CAP. 22 – REGIÃO NORTE
1 – A CONQUISTA DA
AMAZÔNIA
Com cerca de 6,5 milhões de km² que abrangem 8 países – Brasil, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname – e a Guiana Francesa, a Amazônia Internacional é uma região natural formada pela floresta equatorial e por seus ecossistemas associados.
A maior parte dessa área, marcada pelos climas quentes e úmidos, está assentada no interior da bacia fluvial amazônica.
Com exceção da Guiana Francesa, os outros países firmaram em 1978 o Tratado de Cooperação da Amazônia (TCA).
Preservação ambiental;
Uso racional dos recursos hídricos;
Desenvolvimento regional.
1.1 – A OCUPAÇÃO
PORTUGUESA
1494 – Tratado de Tordesilhas.
1541 – expedição comandada por Gonzalo Pizarro, partiu de Quito em busca do “País da Canela” e o “EL Dourado”.
Francisco de Orellana ficou encarregado de buscar alimentos.
Entretanto, em vez de retornar com as provisões, o grupo de Orellana prossegiu no curso do rio que hoje chamamos de Amazonas, viajando nove meses até alcançar a sua foz, em 1542.
No início do séc. XVII as expedições pelo Amazonas partiam da foz e eram organizadas para expulsar holandeses e ingleses.
Com o fim da União Ibérica, a Coroa portuguesa intensificou a ocupação militarizada da região, erguendo uma rede de fortificações lusitanas ao longo da calha central do rio Amazonas.
Para preservar a hegemonia na região, a Coroa ainda estimulou a ação das missões religiosas.
No entanto, foi em meados do séc. XVIII que o Império Português de fato consolidou sua soberania na área, criando o estado do Grão-Pará, com capital em Belém.
Com a independência do Brasil em 1822, o estado do Grão Pará foi dissolvido e tornou-se parte do império brasileiro, cujo poder administrativo concentrava-se no Rio de Janeiro.
1.2 – A CONQUISTA DA
FRONTEIRA INTERNA
O empreendimento de conquista e incorporação efetiva da vasta porção setentrional do país teve início após a Revolução de 1930.
As políticas que orientaram essa conquista geraram um conflito entre dois tipos de ocupação do espaço regional.
Amazônia dos rios X Amazônia das estradas
Tensão social
devastação
CONEXÕES - ESCALA
A Belém – Brasília: desafio à ciência e à tecnologia
2 – OS NOVOS EIXOS DE
INTEGRAÇÃO
As políticas voltadas para a conquista da Amazônia se realizou por meio de dois vetores:
1º (1960): em torno do eixo viário da Belém-Brasília, ou seja, em direção ao Maranhão.
2º (1970): em torno do segmento sul da Cuiabá-Santarém e da Brasília-Acre, ou seja, em direção à região Centro-Oeste.
Ao mesmo tempo, a criação e consolidação da Zona Franca de Manaus (ZFM) transformava a capital amazonense em importante centro industrial.
CONEXÕES - ESCALA
A Zona Franca de Manaus
2.1 – OS NOVOS CAMINHOS PARA
MANAUS
Na década de 1980, a ocupação intensiva de Roraima foi facilitada pela pavimentação da BR-174, que conecta Manaus a Boa Vista e atravessa a fronteira setentrional do país, interligando-se às rodovias da Venezuela.
No entanto, o isolamento físico do enclave de Manaus está sendo rompido em outra direção.
O projeto de pavimentação da BR-319 (Porto Velho-Manaus) pretende conectar a metrópole da Amazônia Ocidental e o vetor de ocupação estabelecido em Rondônia.
CONEXÕES - ESCALA
Os impactos da BR-319
3 – REDES URBANAS
REGIONAIS Enquanto a Amazônia se integrava ao Centro-Sul, a rede urbana regional
tornava-se mais complexa e diferenciada.
Na última década, configurou-se uma situação de dupla polarização, na qual se desenham esferas de influências distintas das metrópoles do Pará e do Amazonas.
Durante a década de 1970, com a fronteira agrícola avançando em Mato Grosso e em Rondônia, ocorreu o acelerado desenvolvimento de Porto Velho.
Na década seguinte, a fronteira agrícola moveu-se até o sul do Acre, acompanhando o trecho pavimentado da BR-364.
4 – CENÁRIOS FUTUROS:
ENTRE A DEVASTAÇÃO E
A TECNOLOGIA O planejamento regional elaborado nesse contexto fundamentou-
se num conceito distorcido de desenvolvimento, que estimula a acumulação de capital por grandes empresas e o uso predatório dos recursos naturais.
A abertura de rodovias de integração e a implantação de grandes projetos geraram intensos fluxos migratórios para a Amazônia, além do esvaziamento demográfico de várzeas e igarapés.
4.1 – UM ZONEAMENTO
ECONÔMICO E ECOLÓGICO
Destina-se a elucidar a organização desse mosaico, criando bases para a seleção de políticas específicas para cada área.
O 1º passo consistiria em distinguir e cartografar, nas escalas adequadas, os espaços de preservação (reservas indígenas e unidades de proteção ambiental) dos espaços disponíveis para a valorização econômica.
0 2º passo consistiria no planejamento das modalidades de uso do solo, das instalações de infraestrutura viária e energética e do desenvolvimento urbano dos espaços disponíveis.