cap. 03 i reinado e regências

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BRASIL - I IMPÉRIO e REGÊNCIAS (1822 – 1840) Prof. Evanildo Pitombe Prof. Evanildo Pitombe www.nilbarra.blogspot.com CAPÍTULO – 04 História I Reinado e Período Regencial.

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BRASIL - I IMPÉRIO e REGÊNCIAS (1822 – 1840)

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CAPÍTULO – 04História

I Reinado e Período Regencial.

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• A Revolução Liberal do Porto (1820):– POR – crise econômica e domínio

inglês.– Liderança da burguesia portuguesa.– Objetivos:

Volta de D. João VI.Constituição.Recolonização do Brasil (volta

do monopólio português).– 1821: D. João VI retorna a Portugal.

D. Pedro assume como Regente.

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O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA (1821 – 1822):

• Cortes portuguesas (parlamento) tentam recolonizar o Brasil.

• Exigência da volta de D. Pedro para Portugal.

• JAN/1822: “Dia do Fico”.

– Elites coloniais brasileiras

aproximam-se de D. Pedro.– D. Pedro anuncia

permanência no Brasil.

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• MAI/1822: Decreto do “Cumpra-

se”.

• JUN/1822: D. Pedro convoca

Assembléia Constituinte.

• AGO/1822: tropas portuguesas

no Brasil consideradas inimigas.• 7/9/1822: Após receber ultimato

de POR, D. Pedro proclama a independência.

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• DEZ/1822: D. Pedro é coroado (DOM PEDRO I).• Dependência econômica em relação a ING.• Manutenção das estruturas sociais e econômicas:

– Latifúndio.– Agroexportação.– Monocultura.– Escravismo.

• Sem participação popular no processo de independência.

– Aliança circunstancial de interesses de D. Pedro e das elites brasileiras para manter seus privilégios.

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• Revoltas contra a independência: - BA, PA (portugueses).

- CISPLATINA (Uruguai –

separatismo).

- Mercenários – repressão.

- Aumento de impostos.

- Unidade territorial mantida.

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• Reconhecimento externo da independência:

– 1º - EUA (1824): Doutrina Monroe + mercados.

– 2º - POR (1825): indenização de 2 milhões de libras.

– 3º - ING (1825): empréstimo de 2 milhões de libras +

renovação de tratados de 1810 (privilégios alfandegários) +

fim do tráfico negreiro (não cumprido).

• Dependência econômica:

– Empréstimos e impostos.

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• Constituição imperial:

A) “Constituição da Mandioca” (1823) – projeto frustrado:– Submissão do poder Executivo ao poder Legislativo.– Antilusitanismo;– Voto censitário (150 alqueires de mandioca).

B) 1ª Constituição Brasileira (1824):– Outorgada.– Monarquia Constitucional Hereditária.– Catolicismo oficial.– Igreja atrelada ao Estado (Padroado e Beneplácito).– 4 poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.– Voto censitário e indireto.

100 mil réis – mínimo.

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• Confederação do Equador (1824):– Revolta separatista, urbana, republicana e popular.– PE, RN, CE, PB e AL.– Causas:

Autoritarismo de D. Pedro I.Pobreza generalizada.Alta de impostos.

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– Líderes: Paes de Andrade, Cipriano Barata e Frei Caneca.– Contratação de mercenários e navios.

Novo aumento de impostos.– Violentamente reprimida.

Frei Caneca é executado.

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• A crise do I Reinado:– Dificuldades financeiras (queda nas exportações, empréstimos,

falta de um produto significativo e despesas militares).– Autoritarismo de D. Pedro I.– Críticas da imprensa.– Questão Sucessória (POR – 1826).

Medo da recolonização.– Guerra da Cisplatina (URU – 1828).

Separação do Uruguai (8 mil mortos e gastos inúteis).– Assassinato de Frei Caneca e do jornalista Libero Badaró.

Impopularidade.

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– Desregramento moral de D. Pedro I.

– Noite das Garrafadas

(RJ – 1831).– Ministério dos Brasileiros/

Ministério dos Marqueses.– Abdicação (7/4/1831).

D. Pedro de Alcântara era menor de idade.

Regentes.

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• Transição até a maioridade de D. Pedro II.

• Instabilidade política (agitações internas).

• Fases:

– Regência Trina Provisória (ABR/JUL 1831);

– Regência Trina Permanente (1831 – 1834);

– Regência Una do Padre Feijó (1835 – 1837);

– Regência Una de Araújo Lima (1837 – 1840).

AVANÇO LIBERAL

REGRESSO CONSERVADOR

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DESENVOLVIMENTO DOS PARTIDOS POLÍTICOS:

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• Regência Trina Provisória (ABR/JUL 1831):

– Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, Nicolau Pereira de

Campos Vergueiro e José Carneiro de Campos.

– Suspensão provisória do Poder Moderador.

– Proibição de criar novos impostos.

– Proibição de dissolver a Câmara de Deputados.

– Eleição de uma Regência Permanente.

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• Regência Trina Permanente (1831 – 1834):

– Brigadeiro Francisco Lima e Silva, João Bráulio Muniz (Norte) e José da Costa Carvalho (sul).

– Criação da Guarda Nacional (ago/1831 – Padre Diogo Feijó).Redução do exército e da Marinha.Comando: “coronéis” (patente vendida

ou eleita entre os chamados “cidadãos ativos” – eleitores).

Defesa de interesses pessoais dos grandes fazendeiros.

Típico Coronél

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– Criação do Código de Processo Criminal (NOV/1832):Autoridade judiciária e policial (nos municípios) aos “juízes

de paz”, eleito entre os grandes proprietários.– Ato Adicional de 1834:

Reforma constitucional.Objetivo: conciliação entre moderados e exaltados.Assembléias Legislativas Provinciais (Deputados Estaduais).

Capital nomeava os Presidentes de Província.RJ = Município Neutro.Substituição da Regência Trina por Regência Una.Suspensão do Poder Moderador e do Conselho de Estado

até o fim do Período Regencial.

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• Regência Una do Padre Feijó (1835 – 1837):– Várias revoltas pelo país (Cabanagem, Sabinada e

Revolução Farroupilha).– Divisão nos Liberais Moderados:

Progressistas (posteriormente liberais): classe média urbana, alguns proprietários rurais e alguns membros do clero. Favoráveis a Feijó e ao Ato Adicional.

Regressistas (posteriormente conservadores): maioria dos grandes proprietários, grandes comerciantes e burocratas. Centralizadores e contrários ao Ato Adicional.

– Feijó renuncia em 1837 (oposição crescente).

PADRE FEIJÓ

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• Regência Una de Araújo Lima (1837 – 1840):

– Regressistas no poder.– Retorno da centralização monárquica.– Criação do Colégio Pedro II, Arquivo Público

Nacional e Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (“Ministério das Capacidades” –

Bernardo Pereira de Vasconcelos, ministro da Justiça).

– Lei Interpretativa do Ato Adicional (mai/1840): anulação prática do Ato Adicional.Capital (RJ) com poderes para nomear

funcionários públicos, controlar órgãos da polícia e da justiça nos Estados.

ARAÚJO LIMA

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– Fundação do “Clube da Maioridade” (1840):Grupo Progressista (ou Liberais).Antecipação da maioridade de D. Pedro II.Imperador = paz interna.“Golpe da Maioridade” – vitória do grupo

liberal.Fim do período regencial.

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PRINCIPAIS REBELIÕES DO PERÍODO REGENCIAL:

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• Cabanagem (PA/AM 1835 – 1840):– Ampla participação popular (índios, negros, mestiços, escravos

ou livres, porém, todos sem posses).– Luta contra desigualdades.– Sem programa político definido.– Chegaram a tomar o poder mas foram traídos (Antônio Malcher,

Francisco Vinagre e Eduardo Angelim).– Por ser a mais popular das revoltas, foi a mais severamente

reprimida (30 mil mortos ou 25% da população total da Província).

– As lideranças anônimas da Cabanagem: Domingos Onça, Mãe da Chuva, João do Mato, Sapateiro, Remeiro, Gigante do Fumo, Piroca Cana, Chico Viado, Pepira, Zefa de Cima, Zefa de Baixo, Maria da Bunda, etc.

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• Revolta dos Malês (BA 1835):– Revolta de negros escravos islâmicos (alfabetizados que liam o

Alcorão). No mínimo 100 negros foram massacrados.

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• Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos (RS 1835 – 1845):– A mais elitista e longa de todas as revoltas.– Principais lideranças (estancieiros): Bento

Gonçalves (maior líder), Davi Canabarro, Guiuseppe Garibaldi.

– Causas: Altos impostos sobre o charque gaúcho;Baixos impostos de importação sobre o charque

platino (ARG e URU);Nomeação do Presidente de Província

(governador) pelo Rio de Janeiro, contrário aos interesses gaúchos.

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– Proclamação da República do Piratini, ou República Rio-Grandense (RS, a partir de 1835) e da República Juliana (SC, de jul-nov de 1839).

– Experiência de combate (guerras fronteiriças) e recursos econômicos para manter a guerra (elite provincial).

– Não houve unanimidade: Porto Alegre apoiou o governo central, bem como áreas de colonização germânica ou ligadas ao comércio com a capital. Bandeira

dos farrapos

Garibaldi

Bandeirada

RepúblicaJuliana

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– Acordo encerra conflito em 1845: “Paz de Ponche Verde”Anistia dos envolvidos gaúchos;Incorporação dos farrapos no exército

nacional;Permissão para escolher o Presidente

de Província;Devolução de terras confiscadas na

guerra;Proteção ao charque gaúcho da

concorrência externa;Libertação dos escravos envolvidos (?);

“Surpresa de Porongos” (traição aos negros – 14/11/1844)

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• A Sabinada (BA – 1837 – 1838):– Francisco Sabino Barroso (líder).– Dificuldades econômicas da Província (causa principal) e

recrutamento forçado para lutar contra os Farrapos no sul (causa imediata).

– Obj: República Provisória até a maioridade de D. Pedro II.– Adesão da classe média urbana.– Líderes presos ou mortos e

expulsos da Bahia.Bandeira da República

Bahiense, proclamada durante a rebelião.

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• A Balaiada (MA 1838 – 1841):– Manuel dos Anjos Ferreira (o “Balaio”), Raimundo Gomes (o

“Cara Preta”) e Negro Cosme Bento: principais líderes.– Causas: pobreza generalizada: concorrência com algodão dos

EUA, privilégios de latifundiários e comerciantes portugueses.– Vinganças pessoais (sem projeto político).– Desunião entre participantes.– Manipulados e traídos pelos

liberais locais (“bem-te-vis”).– Reprimidos por Luís Alves de

Lima e Silva (futuro Duque de

Caxias).

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Fim