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UNIVERSIDADE NILTON LINSCURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CANTEIRO DE OBRA: Definies, Instalaes, NR 18 e NR 35

MANAU/AM2015ELTON BARBOSA DE ANDRADEFRANCIELE OLIVEIRA DA SILVAFABIANA NOVELOGABRIELA SILVA DE ALMEIDAIZAIAS GONALVES DE OLIVEIRA JUNIORJORDANA MIRANDA LOPESMRIO GELSON DOS SANTOS DIASSILVANIA SOUZA DE ARAJOSRGIO FLORESVIVIANA COUTO

CANTEIRO DE OBRA: Definies, Instalaes, NR 18 e NR 35

Trabalho apresentado a Universidade Nilton Lins como requisito para aprovao na Disciplina Canteiro de Obra, ministrada pelo Prof. Aureoclsio da Turma ARQ021.

MANAUS/AM2015INTRODUO

Manter um canteiro organizado uma tarefa que exige dedicao de quem toca o dia-a-dia da construo. A sua preparao e organizao, alm de dar condies adequadas de trabalho visam uma melhor elao entre trabalhador e empresa. Um espao desorganizado pode gerar atrasos no servio, aumentar os riscos de acidentes e at causar problemas de quem est do lado de fora dos tapumes. Para que a obra no saia da linha, preciso conhecer bem as atividades que passam no canteiro e se antecipar aos eventuais problemas.O canteiro de obras preparado de acordo com o tipo de edificao dependendo de vrios fatores como o espao que a obra ocupa, tempo de durao, quantidade de funcionrios, dentre outros, podendo ser realizado de um s vez ou tem etapas independentes, de acordo com o andamento da obra. Os benefcios da organizao do canteiro de obra em um empreendimento deve ser dado ao projeto do canteiro e seu respectivo layout. A sua preparao e organizao, alm de dar condies adequadas de trabalho visam uma melhor relao entre trabalhador e empresa, mostrando que a mesma se preocupa com o funcionrio.Por esta razo este trabalho tem como objetivo fazer um detalhamento da metodologia aplicada na execuo de um canteiro, assim como as normas regulamentadoras vigentes, procurando identificar quais so os principais elementos de canteiro, quais suas relaes com as normas de segurana do trabalho e como a organizao do canteiro influencia na produtividade e na diminuio do riscos de acidentes.

1 Canteiro de Obra1.1 Conceitos bsicos Canteiro de obra a denominao genrica dada ao local onde sero desenvolvidas as diversas atividades necessrias realizao de uma obra.Segundo a NR-18(Norma Regulamentadora n 18) define canteiro de obras como rea de trabalho fixa e temporria onde se desenvolvem operaes de apoio e execuo de uma obra. Contudo a NB-1367(ABNT, 1991), define canteiro de obras como: reas destinadas execuo e apoio dos trabalhos da indstria da construo, dividindo-se em reas operacionais e reas de vivncia.

1.1.1 Definio de planejamento de canteiroO planejamento de um canteiro de obras pode ser definido com o planejamento do layout e da logstica das suas instalaes provisrias, instalaes de segurana e sistema de movimentao e armazenamento de materiais. O planejamento do layout envolve o arranjo fsico de trabalhadores, materiais, equipamentos, reas de trabalho e de estocagem.De outa parte, o planejamento logstico estabelece as condies de infraestrutura para o desenvolvimento do processo produtivo, estabelecendo, por exemplo, as condies de armazenamento e transporte de cada material, a tipologia das instalaes provisrias, o mobilirio dos escritrios ou instalaes de segurana de uma serra circular. De acordo com a definio adotada, considera-se que o planejamento de assuntos de segurana no trabalho no relacionados as protees fsicas , tais como o treinamento da mo-de-obra ou as anlises de riscos, no fazem parte da atividade de planejamento de canteiro. Tal definio deve-se a complexidade e as particularidades do planejamento da segurana.So fatores condicionantes do planejamento e organizao do canteiro: O tipo, natureza e complexidade da obra; Topografia e condies ambientais; As caractersticas dos materiais empregados; Os tipos de equipamentos empregados; Os prazos de execuo de cada etapa e da obra total; A quantidade e especialidade da mo-de-obra a ser utilizada em cada etapa.O canteiro de obra planejado para cada fase ou etapa distinta da obra, a fim de se adequar a cada fase com o objetivo de obter o melhor desempenho das atividades ali desenvolvidas.As etapas da obra podem ser genericamente divididas em:1. Fase Inicial - corresponde movimentao de terra, execuo das fundaes e do subsolo;2. Fase Intermediria - fase de grande volume de produo: estrutura, coberta, alvenaria e instalaes;3. Fase Final fase de revestimento e acabamento da obra.

1.1.2 Objetivos do planejamento de canteiros

O processo de planejamento do canteiro visa a obter a melhor utilizao do espao fsico disponvel, de forma a possibilitar que homens e mquinas trabalhem com segurana e eficincia, principalmente atravs da minimizao das movimentaes de materiais, componentes e mo de obra. Objetivos de alto nvel: promover operaes eficientes e seguras e manter alta a motivao dos empregados, acrescentado cuidado com os aspectos visuais do canteiro, que inclui a limpeza e impacto positivo perante funcionrios e clientes. Objetivos de baixo nvel: minimizar distncias de transporte, minimizar tempos de movimentao de pessoal e materiais, minimizar manuseios de materiais e evitar obstrues ao movimento de materiais e equipamentos.

1.1.3 Elaborao de croquis do layout do canteiro

A anlise da(s) planta(s) de layout til para a identificao de problemas relacionados ao arranjo fsico propriamente dito, permitindo observar, por exemplo, a localizao equivocada de alguma instalao ou excesso de cruzamentos de fluxo em determinada rea. A necessidade desta ferramenta surge do fato de que a grande maioria dos canteiros no possui uma planta de layout, situao que acaba obrigando a elaborao de um croqui na prpria obra, durante a visita de diagnostico. Nos croquis, devem constar no mnimo os seguintes itens:(a) Definio aproximada do permetro dos pavimentos, dos pavimentos, diferenciando reas fechadas e abertas;(b) Localizao de pilares e outras estruturas que interfiram na circulao de material ou pessoas;(c) Portes de entrada no canteiro (pessoas e veculos) e acesso coberto para clientes; (d) Localizao de rvores que restrinjam ou interfiram na circulao de materiais ou pessoas, inclusive na calada;(e) Localizao das instalaes provisrias (banheiros, escritrio, refeitrio, etc), inclusive planto de vendas;(f) Todos os locais de armazenamento de materiais inclusive o depsito de entulho;(g) Localizao da calha ou tubo para remoo de entulho;(h) Localizao da betoneira, grua, guincho e guincheiro, incluindo a especificao do(s) lado(s) qual(is) se fazem as cargas no guincho;(i) Localizao do elevador de passageiros; (j) localizao das centrais de carpintaria e ao;(k) pontos de iamento de frmas e armaduras;(l) Localizao de passarelas, rampas ou escadas provisrias com indicao aproximada do desnvel e;(m) Linhas de fluxo principais.2.2 Tipos de CanteiroOs canteiros de obra podem ser enquadrados dentro de um dos trs seguintes tipos: restritos, amplos e longos e estreitos.O primeiro tipo de canteiro (restrito) o mais frequente nas reas urbanas das cidades, especialmente nas reas centrais. Devido ao elevado custo dos terrenos nessas reas, as edificaes tendem a ocupar uma alta percentagem do terreno em busca de maximizar sua rentabilidade. Em decorrncia disto os canteiros restritos so os que exigem mais cuidados no planejamento, devendo-se seguir uma abordagem criteriosa para tal tarefa. A segunda regra aplica-se especialmente a obras nas quais o subsolo ocupa quase a totalidade do terreno, dificultando, na fase inicial da construo, a existncia de um layout permanente. Exige-se, assim, a concluso, to cedo quanto possvel, de espaos utilizveis ao nvel do trreo, os quais possam ser aproveitados para locao de instalaes provisrias de armazenamento, com a finalidade de facilitar os acessos de veculos e pessoas, alm de propiciar um carter de longo prazo de existncia para as referidas instalaes.Considerando a tipologia descrita por Illingworth (1993), "os canteiros considerados amplos so aqueles no qual a edificao ocupa uma pequena parte do terreno completo, contribuindo com espaos significantes para o fluxo de materiais e pessoas, disponibilizao de reas para estocagem e recebimento. Os longos e estreitos possuem poucas vias de acesso ao canteiro, impossibilitando o fluxo ideal de materiais e trabalhadores necessrio no decorrer da execuo da obra".

2.3 Tipologia das instalaes provisrias

Embora na maior parte dos canteiros predominem os barracos em chapas de compensado, existem diversas possibilidades para a escolha da tipologia das instalaes provisrias, cada uma com suas vantagens e desvantagens. Seja qual for o sistema utilizado, devem ser considerados os seguintes critrios: custos de aquisio, custos de implantao, custos de manuteno, reaproveitamento, durabilidade, facilidade de montagem e desmontagem, isolamento trmico e impacto visual. A importncia de cada critrio varivel conforme as necessidades da obra. Alm das opes discutidas, outra alternativa so as instalaes em alvenaria, mais interessantes quando as instalaes provisrias podem tornar-se permanentes aps o final da obra.

2.3.1 Sistema tradicional racionalizado

O sistema tradicional racionalizado representa um aperfeioamento dos barracos em chapa de compensado comumente utilizados, de forma a aumentar o seu reaproveitamento e facilitar a sua montagem e desmontagem.O sistema racionalizado constitui-se de mdulos de chapa de compensado resinado, com espessura mnima de 14 mm, ligados entre si por qualquer dispositivo que facilite a montagem e a desmontagem, tais como parafusos, dobradias ou encaixes. Os seguintes requisitos devem ser considerados na concepo do sistema: Proteger as paredes do banheiro contra a umidade (requisito da NR-18); Prever mdulos especiais para portas e janelas. As janelas preferencialmente devem ser basculantes, garantindo iluminao natural instalao; Fazer a cobertura dos barracos com telhas de zinco, as quais so mais resistentes ao impacto de materiais se comparadas s telhas de fibrocimento. Alm de usar telhas de zinco, pode ser necessria a colocao de uma proteo adicional sobre os barracos, como, por exemplo, uma tela suspensa de arame de pequena abertura; Pintar os mdulos nas duas faces, assim como selar os topos das chapas de compensado, contribuindo para o aumento da durabilidade da madeira. Prever opo de montagem em dois pavimentos, j que esta ser uma alternativa bastante til em canteiros restritos. A utilizao de containers na construo uma prtica habitual em pases desenvolvidos e uma alternativa adotada h algum tempo, por exemplo, em obras de montagem industrial e grandes empreendimentos. Embora atualmente venha ocorrendo uma disseminao do uso de containers em obras de edificaes residenciais e comerciais, essa opo ainda pode ser considerada minoritria se comparada aos barracos em madeira.

3.7 Instalaes provisrias: reas de vivncia e de apoioDe acordo com a definio da NR-18, as reas de vivncia (refeitrio, vestirio, rea de lazer, alojamentos e banheiros) so reas destinadas a suprir as necessidades bsicas humanas de alimentao, higiene, descanso, lazer e convivncia, devendo ficar fisicamente separadas das reas laborais. Esta norma tambm exige, tendo em vista as condies de higiene e salubridade, que estas reas no sejam localizadas em subsolos ou pores de edificaes. J as reas de apoio (almoxarifado, escritrio, guarita ou portaria e planto de vendas) compreendem aquelas instalaes que desempenham funes de apoio produo, abrigando funcionrio(s) durante a maior parte ou durante todo o perodo da jornada diria de trabalho, ao contrrio do que ocorre nas reas de vivncia, as quais s so ocupadas em horrios especficos.

3.7.1 RefeitrioConsiderando a inexistncia de norma que estabelea um critrio para dimensionamento de refeitrio, sugere-se o uso do parmetro 0,8 m por pessoa. Este valor tem por base a experincia de diferentes empresas, considerando que os refeitrios dimensionados atravs dele demonstraram possuir rea suficiente para abrigar todos os funcionrios previstos, no se detectando reclamaes.Existem duas exigncias bsicas para definir a localizao do refeitrio. A primeira, comum as demais reas de vivncia, a proibio de sua localizao em subsolos ou pores (NR-18). A segunda exigncia a inexistncia de ligao direta com as instalaes sanitrias, ou seja, no possuir portas ou janelas em comum com tais instalaes. Considerando que o refeitrio uma instalao que abriga muitas pessoas simultaneamente, alm de conter aquecedores de refeies, indispensvel que o mesmo possua uma boa ventilao. Apesar de ser uma instalao exigida pela NR-18, algumas empresas no colocam refeitrio nos canteiros e outras os mantm em condies precrias, alegando a pouca utilizao por parte dos funcionrios. A justificativa comum a de que os trabalhadores no gostam de comer nos refeitrios, pelo fato de terem vergonha de sua marmita e de seus hbitos mesa, preferindo fazer as refeies em locais diversos, sozinhos ou em pequenos grupos.

3.7.2 rea de lazer

A rea de lazer pode ser implementada de vrias formas, sendo recomendvel uma consulta prvia aos trabalhadores acerca de suas preferncias. Contudo, as caractersticas do canteiro podem restringir ou ampliar a gama de opes. Em caso de um canteiro amplo, por exemplo, possvel ter-se um campo de futebol ou mesmo uma situao pouco comum, tal como um espao para cultivo de uma horta.Em canteiros restritos a opo mais vivel a utilizao do prprio refeitrio como rea de lazer, status que pode ser caracterizado pela colocao de uma televiso ou jogos, tais como pingue-pongue e damas. Embora a NR-18 s exija a existncia de rea de lazer se o canteiro tiver trabalhadores alojados, a existncia de tais reas, mesmo quando a exigncia no aplicvel, pode se revelar uma iniciativa com bons resultados, contribuindo para o aumento da satisfao dos trabalhadores.

3.7.3 Vestirio

A NR-24, que apresenta requisitos referentes s condies sanitrias e de conforto nos locais de trabalho, estabelece um parmetro de 1,5 m por pessoa para dimensionamento de vestirios. Entretanto, este critrio difcil de ser cumprido em canteiros restritos.O vestirio deve estar localizado ao lado dos banheiros e o mais prximo possvel do porto de entrada e sada dos trabalhadores no canteiro. O requisito de proximidade com o porto de acesso de pessoal parte do pressuposto de que os EPI bsicos, comuns a todos os trabalhadores (capacetes e botinas), sejam guardados no vestirio. Visto que esta instalao o primeiro local no qual os operrios dirigem-se ao chegar na obra e o ltimo local ocupado antes que os mesmos deixem a obra no final do expediente, desta forma assegura-se que apenas o percurso vestirio-porto seja realizado sem o uso de capacete e botina. Tendo em vista a segurana, tambm recomendvel criar-se uma ligao coberta entre o vestirio e o porto.Complementando os requisitos so sugeridas, a seguir, outras medidas para o planejamento dos vestirios:1. Colocao de telhas translcidas como cobertura (NR-24), melhorando assim a iluminao interna da instalao (o mesmo vale para as demais instalaes provisrias)2. Caso existam armrios junto s paredes, deslocar as janelas para cima, aumentando sua largura para compensar a reduo de altura;3. Utilizar cabides de plstico ou de madeira, e no de pregos;4. Utilizar armrios individuais (NR-18), de preferncia metlicos.5. Identificar externamente, por um numero, cada armrio;6. Dotar os armrios de dispositivos para cadeado(NR-18), mas definir que a aquisio e colocao do cadeado so de responsabilidade de cada funcionrio;7. Definir que o capacete de cada funcionrio deve ser guardado na sua respectiva prateleira no armrio;8. Disponibilizar bancos de madeira, com largura mnima de 30 cm (NR-18).

3.7.4 Banheiros

A NR-18 apresenta critrios para o dimensionamento das instalaes hidrossanitrias, estabelecendo as seguintes propores e dimenses mnimas: 1 lavatrio, 1 vaso sanitrio e 1 mictrio para cada grupo de 20 trabalhadores ou frao; 1 chuveiro para cada grupo de 10 trabalhadores ou frao; O local destinado ao vaso sanitrio deve ter rea mnima de 1,0 m; A rea mnima destinada aos chuveiros deve ter 0,80 m; Nos mictrios tipo calha, cada segmento de 0,60 m deve corresponder a um mictrio tipo cuba.Estes critrios devem ser interpretados como requisitos mnimos, recomendando-se adotar, especialmente para os chuveiros, um menor nmero de trabalhadores por aparelho. Tal recomendao decorre do fato de que os chuveiros geralmente representam um ponto crtico dos banheiros no horrio de fim do expediente, isto , so as instalaes mais procuradas e, ao mesmo tempo, aquela em que os usurios consomem mais tempo, o que origina a formao de filas caso no existam aparelhos em nmero suficiente.

3.7.5 Almoxarifado

O almoxarifado abriga as funes de armazenamento e controle de materiais e ferramentas, devendo situar-se idealmente, prximo a trs outros locais do canteiro, de acordo com a seguinte ordem de prioridades: ponto de descarga de caminhes, elevador de carga e escritrio.A necessidade de proximidade com o ponto de descarga de caminhes e com o elevador de carga evidente. No primeiro caso, a justificativa o fato de que muitos materiais so descarregados e armazenados diretamente no almoxarifado. No segundo caso, considera-se que vrios destes materiais devem ser, no momento oportuno, transportados at o seu local de uso nos pavimentos superiores, usualmente atravs do elevador. J a proximidade com o escritrio desejvel devido aos frequentes contatos entre o mestre-de-obras e o almoxarife, facilitando-se, assim, a comunicao entre ambos.Caso exista almoxarife, a configurao interna do almoxarifado deve ser tal que a instalao seja dividida em dois ambientes: um para armazenamento de materiais e ferramentas (com armrios e etiquetas de identificao), e outro para sala do almoxarife, com janela de expediente, atravs da qual so feitas as requisies e entregas. Ainda importante lembrar que no almoxarifado (ou no escritrio) deve ser colocado um estojocom materiais para primeiros socorros.

3.7.6 Ambulatrio

Toda obra com 50 (cinquenta) ou mais operrios dever possuir um ambulatrio dotado de medicamentos bsicos e maca. Neste ambulatrio, deve haver o material necessrio prestao de Primeiros Socorros, conforme as caractersticas da atividade desenvolvida. Este material deve ser mantido guardado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.

3.7.7 Escritrio da obra

O escritrio tem a funo de proporcionar um espao de trabalho isolado para que o mestre de obras e o engenheiro (somando-se a tcnicos e estagirios, eventualmente) desempenhem parte de suas atividades. Alm disso, uma funo complementar servir como local de arquivo da documentao tcnica da obra que deve estar disponvel no canteiro, incluindo projetos, cronograma, licenas da prefeitura, etc.Em relao sua localizao, requer-se, alm da proximidade com o almoxarifado, uma posio nas imediaes do porto de entrada de pessoas, a qual torne o escritrio ponto de passagem obrigatria no caminho percorrido por clientes e visitantes ao entrar no canteiro.No escritrio a necessidade de uma boa iluminao faz-se mais presente do que nas demais instalaes, devido natureza das atividades desenvolvidas, as quais exigem boas condies visuais para a elaborao de desenhos, trabalhos em computador e leitura de plantas e documentos diversos.

3.7.8 Instalaes provisrias: acessos obra e tapumes

Embora parea um requisito bvio, nem todos os canteiros possuem um porto para entrada de pessoas exclusiva, fazendo com que as pessoas tenham que entrar pelo mesmo porto de acesso de veculos. A localizao do porto de pessoas deve ser estudada em conjunto com o estudo do(s) trajeto(s) que visitantes e funcionrios devem fazer ao entrar e sair da obra.Qualquer que seja a localizao do porto se recomenda que o mesmo atenda aos seguintes requisitos: Possua uma inscrio que o identifique, como, por exemplo, entrada de pessoas; Possua uma inscrio com o nmero do terreno; Possua uma fechadura ou puxador que facilite a abertura e o fechamento; Na placa de tapume ao lado do porto, ou na prpria placa do porto, recomendvel a colocao de uma caixa de correio, a qual tem dimenses usuais de 20 cm (largura) x 30 cm (profundidade) x 20 cm (altura); Possua uma campainha, que pode tocar, por exemplo, na zona de servio do pavimento trreo, em local prximo ao guincho e a betoneira, e no almoxarifado. Ao entrar na obra normal que o visitante, ou mesmo os funcionrios, no saibam ao certo qual caminho percorrer para chegar at as escadas de acesso aos pavimentos superiores ou s reas de vivncia. Isto pode induzir tomada de caminhos inseguros ou mais longos, sendo uma demonstrao de descaso com o planejamento do canteiro.Para evitar este tipo de situao, uma boa medida a construo de um acesso coberto para entrada de pessoas, delimitado lateralmente. Este acesso deve ser uma passagem obrigatria para entrada e sada de pessoas na obra. Deve comear no porto de pessoas e estender-se at uma rea coberta, desenvolvendo trajeto que desvie das reas de produo e estoque de materiais, privilegiando, por outro lado, a passagem junto as reas de vivncia e escritrio, terminando em local prximo as escadas do prdio. Alm da funo de segurana, o acesso pode ser aproveitado para fixao de cartazes relacionados ao marketing do empreendimento, e tambm com setas indicativas de locais da obra e com instrues sobre procedimentos de segurana.

3 Atividades que interferem nos trabalhos

Falta de planejamento; Desperdcio de materiais; Falta de organizao na obra; Mudana de idia por parte do cliente durante a execuo do projeto; Fatores meteorolgicos como a chuva; Falta do subempreteiro, no comparecendo no dia programado; Acidentes; Materiais de baixa qualidade; Mo-de-obra sem qualificao; Falta de funcionrios; Divergncia entre arquitetos e engenheiros; Falta de comunicao entre o responsvel tcnico e o pessoal de segurana do trabalho.

4 NR 35 Trabalho em altura

Esta norma tem por objetivo estabelecer requisitos mnimos e a medidas de proteo para trabalho em altura envolvendo desde o planejamento do trabalho ate a execuo para garantir a segurana e a sade dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente. considerado trabalho em altura qualquer atividade executada acima de 2,0 metros de altura do nvel inferior onde haja perigo de queda. Responsabilidade do empregador : Garantir a implementao das medidas de proteo como (EPIs e EPC); Assegurar a realizao da Anlise de Risco - AR e, quando aplicvel, a emisso da Permisso de Trabalho - PT; Desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura; Assegurar a realizao de avaliao prvia das condies no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementao das aes e das medidas complementares de segurana aplicveis; Adotar as providncias necessrias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteo Estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas; Garantir aos trabalhadores informaes atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle; Garantir que qualquer trabalho em altura s se inicie depois de adotadas as medidas de proteo definidas nesta Norma; Assegurar a suspenso dos trabalhos em altura quando verificar situao ou condio de risco no prevista, cuja eliminao ou neutralizao imediata no seja possvel; Estabelecer uma sistemtica de autorizao dos trabalhadores para trabalho em altura; Assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob superviso, cuja forma ser definida pela anlise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade; Assegurar a organizao e o arquivamento da documentao prevista nesta Norma. A norma rege tambm a responsabilidade dos trabalhadores:

Cumprir as disposies legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador; Colaborar com o empregador na implementao das disposies contidas nesta Norma; Interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidncias de riscos graves e iminentes para sua segurana e sade ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierrquico, que diligenciar as medidas cabveis; Zelar pela sua segurana e sade e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas aes ou omisses no trabalho.

O empregador deve promover treinamento especifico da norma de no mnimo 8h e esse treinamento dever ser no horrio de expediente pelo contrario a empresa dever pagar hora extra para os funcionrios que ficarem no treinamento fora da hora de expediente. O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficincia no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurana no trabalho. O certificado dever ser entregue ao funcionrio e a empresa ficar com um cpia.O funcionrio que estiver exposto a esse tipo de atividade dever est constando no ASO (Atestado de sade ocupacional) que est apto para trabalho em altura. Antes de funcionrio se expor a altura dever ser aferido a presso e passar por um exame de anamises para saber o psicolgico do mesmo para saber que ele no est com nem um tipo de problema que possa prejudicar na execuo do trabalho.A empresa dever disponibilizar uma equipe de pronto atendimento de emergncia de planto quando houver atividade em altura.

4 NR 18 A Norma Regulamentadora n 18 com o ttulo "Obras de Construo, Demolio e Reparos", define as regras de preveno de acidentes de trabalho para a industria da construo. Esta norma foi aprovada pela Portaria N 3214 de 08/07/1978, porm devido aos progressos tecnolgicos e sociais seu texto tornou-se defasado, necessitando de modificaes legais, as quais ocorreram recentemente. A nova NR 18 introduz inovaes conceituais que aparecem a partir de sua prpria formulao, uma vez que a 1 norma publicada que teve a sua condio final consolidada atravs da negociao clssica nos moldes prescritos pela Organizao Internacional do Trabalho.Dentre outros requisitos a NR 18 presume o seguinte:

Armaes de Ao

proibida a existncia de pontas verticais de vergalhes de ao desprotegidas.

Estruturas de Concreto

As frmas devem ser projetadas e construdas de modo que resistam s cargas mximas de servio.

Estruturas Metlicas

Na edificao de estrutura metlica, abaixo dos servios de rebitagem, parafusagem ou soldagem, deve ser mantido piso provisrio, abrangendo toda a rea de trabalho situada no piso imediatamente inferior.

Operaes de Soldagem e Corte a Quente

As operaes de soldagem e corte a quente somente podem ser realizadas por trabalhadores qualificados. Quando forem executadas operaes de soldagem e corte a quente em chumbo, zinco ou materiais revestidos de cdmio, ser obrigatria a remoo por ventilao local exaustora dos fumos. obrigatria a utilizao de anteparo eficaz para a proteo dos trabalhadores circunvizinhos.

Escadas, Rampas e Passarelas

A madeira a ser usada para construo de escadas, rampas e passarelas deve ser de boa qualidade, sem apresentar ns e rachaduras que comprometam sua resistncia, estar seca, sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeies. As escadas provisrias de uso coletivo devem ser dimensionadas em funo do fluxo de trabalhadores, respeitando-se a largura mnima de 0,80, devendo ter pelo menos a cada 2,90m de altura um patamar intermedirio. proibido colocar escada de mo: nas proximidades de portas ou reas de circulao; onde houver risco de queda de objetos ou materiais e nas proximidades de aberturas e vos. A escada fixa, tipo marinheiro, com 6,00m ou mais de altura, deve ser provida de gaiola protetora a partir de 2,00m acima da base at 1,00m acima da ltima superfcie de trabalho.

Medidas de proteo contra quedas de altura

Em todo permetro da construo de edifcios com mais de 4 pavimentos ou altura equivalente, obrigatria a instalao de uma plataforma principal de proteo na altura da primeira laje que esteja, no mnimo, um p-direito acima do nvel do terreno. Plataforma primaria deve ter, no mnimo, 2,50m de projeo horizontal da face externa da construo e 1 complemento de 0,80m de extenso, com inclinao de 45, a partir de sua extremidade.A plataforma deve ser instalada logo aps a concretagem da laje a que se refere e retirada, somente, quando o revestimento externo do prdio acima dessa plataforma estiver concludo. Acima e a partir da plataforma principal de proteo, devem ser instaladas, tambm, plataformas secundrias de proteo, em balano, de 3 em 3 lajes. Essas plataformas devem ter, no mnimo, 1,40m de balano e um complemento de 0,80m de extenso, com inclinao de 45, a partir de sua extremidade. Na construo de edifcios com pavimentos no subsolo, devem ser instaladas, ainda, plataformas tercirias de proteo, de 2 em 2 lajes, contadas em direo ao subsolo e a partir da laje referente instalao da plataforma principal de proteo. Essas plataformas devem ter, no mnimo, 2,20m (dois metros e vinte centmetros) de projeo horizontal da face externa da construo e um complemento de 0,80m (oitenta centmetros) de extenso, com inclinao de 45 (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade. obrigatria a instalao de proteo coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeo de materiais.A tela deve ser instalada entre as extremidades de 2 plataformas de proteo consecutivas, s podendo ser retirada quando a vedao da periferia, at a plataforma imediatamente superior, estiver concluda.

Movimentao e Transporte de Materiais e Pessoas

Fica proibido o transporte simultneo de carga e passageiros no elevador de passageiros. proibido o transporte de pessoas nos elevadores de materiais. Deve ser fixada uma placa no interior do elevador de material, contendo a indicao de carga mxima e a proibio de transporte de pessoas.

Andaimes

Os andaimes devem ser dimensionados e construdos de modo a suportar, com segurana, as cargas de trabalho a que estaro sujeitos.

Consideraes finais

Portanto a combinao de um grande nmero de elementos de canteiro com a pouca disponibilidade de espao, torna a atividade de planejamento de layout semelhante montagem de um quebra-cabea, exigindo que o planejador tenha disposio e criatividade para encontrar solues inovadoras. importante ter-se sempre em mente que a implantao de um bom arranjo fsico pode ter custos superiores implantao de um arranjo deficiente, e que o planejamento que determina a existncia de uma outra situao. Assim sendo, para se obter um bom planejamento de canteiros, fundamental a observncia de algumas diretrizes e procedimentos para a eficcia deste espao to importante para qualquer obra.

Referncias Bibliogrficas

ABREU, Tarcisio. Planejamento de canteiros de obra e gesto de processos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2006.

LUS,Gustavo. Planejamento de canteiro de obras. Campus de Poos de Caldas. Poos de Caldas MG, 2008

ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 6118: projeto de estruturas de concreto. Procedimento, Rio de Janeiro, 2003

NORMA REGULAMENTADORA N 18, Portaria N 3.214 de 08 de Julho de 1978.

NORMA REGULAMENTADORA N 35, Portaria MTE N 593/2014.