câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL Luana Cristina da Cruz CÂNCER DE PELE CAUSADO PELA RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA SOLAR

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Page 1: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL

Luana Cristina da Cruz

CÂNCER DE PELE CAUSADO PELA RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA SOLAR

Page 2: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

2

DOURADOS - MS2009

Luana Cristina da Cruz

CÂNCER DE PELE CAUSADO PELA RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA SOLAR

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Física, como

requisito à obtenção do título de

Licenciado em Física da Universidade

Estadual de Mato Grosso do Sul.

Orientador: Prof. MSc. Emerson Canato Vieira

DOURADOS - MS2009

Page 3: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

3

Dedico,

À minha mãe Maria Valim P. da Cruz (in

memorian) e meu pai Sergio A. da Cruz.

Page 4: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

4

Agradecimentos

A Deus, pela graça da vida e bênçãos durante ela, a Ele agradeço por mais essa etapa

cumprida em minha vida.

A minha família, minha mãe Maria Valim Pereira da Cruz (in memorian), que estando

onde estiver, é sempre meu exemplo de vida, a meu Pai, que com muito amor, carinho e

dedicação me acompanhou durante esse curso, foi e sempre será minha base para toda a vida, a

meus irmãos, Fernando da Cruz e Darlan S. da Cruz, que estiveram ao meu lado durante essa

graduação, me dando apoio e muitas alegrias, a minha cunhada Adriana da Cruz, meu irmão

Fernando da Cruz e meu sobrinho Felipe que me acolheram em sua casa, durante parte da

minha graduação, me proporcionando um lar, uma família presente, fundamentalmente

importante na conclusão de meu curso, a minha Tia Cleuza e sua filha Gabriella, que também

me acolheram em sua casa no ultimo ano de minha graduação, aos Tios, primos, sempre

presentes em minha vida, acima de tudo com muito carinho e amor.

Em especial a meu namorado, Jeferson Fernandes Aleixo, meu amor, que esteve comigo

em muitos momentos, me acompanhando, me apoiando, com muito amor e compreensão, de

grande importância em minha vida.

A meu orientador MSc. Emerson Canato Vieira, pelos ensinamentos durante o curso e

para realização desse trabalho.

Aos amigos de sala, Alex Pereira Rocha, Bruno Lemos da Silva, Francilayne Almeida,

Franciele Alvarenga, Fernando Rodrigues da Conceição, Gustavo Targino Valente, Josué

Gabriel Leão, Peres Antonio Mello, Tatiane Reis, Vanessa Marchi Maioral, pelo

companheirismo e carinho, ao longo desses quatro anos, laços de amizade que quero que durem

por toda a vida.

A amiga Josiane Pereira Torres, também colega de sala, mais que isso uma irmã, pela

amizade, carinho, companheirismo durante o curso, e em minha vida.

Aos professores, que tiveram papel fundamental para minha formação passando-me os

conteúdos da melhor forma possível, e muitas vezes nos servindo como amparo e espelho. Em

especial ao Professor Dr. Sandro Marcio Lima e ao Professor MSc. Nilson Oliveira da Silva.

A todos o meu eterno

Obrigado!

Page 5: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

5

Resumo

O Sol é nossa fonte de luz e vida, é dele que provém energia para muitos processos

biológicos, tanto para a natureza quanto para os seres humanos que nela habitam, processos esses

fundamentais, sem os quais seria impossível vida. Ele emite em várias faixas espectrais, ou seja,

em vários comprimentos de onda, tanto no visível, infravermelho e ultravioleta, cerca de 9% da

radiação solar está entre o comprimento de onda de 100nm a 400nm, na faixa do ultravioleta.

Essa radiação ao interagir com os seres humanos, nesse caso em especial com a pele dos

seres humanos, pode acarretar efeitos, tanto benéficos como a síntese da vitamina D, que só se da

com a exposição ao Sol, quanto maléficos, como à interação dessa radiação com as células da

pele humana, que como todo o organismo humano se multiplica ordenadamente através do

processo de divisão celular, essa interação pode resultar em crescimento desordenado de células

ou tecidos, podendo dar origem ao câncer de pele, que pode ser Carcinoma basocelular,

Carcinoma espinocelular e Melanoma maligno, sendo esses três tipos os que têm a radiação

ultravioleta solar como fator predominante para sua incidência.

Palavras chave: Radiação, O Sol, Radiação ultravioleta, Câncer de pele.

Page 6: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

6

Sumário

Lista de Figuras

Lista de Tabelas

Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

I Radiação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

1.1 Radiação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111.1.1 Corpuscular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111.1.2 Eletromagnética. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111.1.3 Ionizante. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 1.1.4 Não- ionizantes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

II O Sol. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

2.1 O Sol. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

2.2 Estrutura do Sol. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

2.2.1 Estrutura interna do Sol. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172.2.1.1 O Núcleo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172.2.1.2 Zona radiativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .182.2.1.3 Zona Convectiva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

2.2.2 Estruturas externas do Sol. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182.2.2.1 Fotosfera. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .182.2.2.2 Cromosfera. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192.2.2.3 Coroa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

2.3 Radiação Solar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

2.4 Radiação Ultravioleta Solar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21

2.4.1 Faixas espectrais da Radiação ultravioleta solar. . . . . . . . . . . . 22

2.4.1.1 UV - A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22

2.4.1.2 UV - B. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22

Page 7: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

7

2.4.1.3 UV - C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23

III Efeitos da radiação ultravioleta solar na pele. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

3.1 Exposições ao Sol. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24

3.2 A Pele. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

3.2.1 Epiderme. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

3.2.2 Derme. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26

3.2.3 Hipoderme. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

IV Câncer de Pele, com fator predominante para sua incidência a Radiação ultravioleta Solar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

4.1 Câncer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27

4.2 Câncer de pele. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

4.3 Tipos de câncer de pele. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28

4.3.1 O carcinoma basocelular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

4.3.2 Melanoma Maligno. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

4.3.3 Carcinoma espinocelular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33

Bibliografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

Lista de figuras

Page 8: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

8

1 Campos elétricos e magnéticos oscilando. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

2 O espectro eletromagnético. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

3 O Sol. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

4 Representação da estrutura do Sol. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

5 Estrutura da pele humana. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25

6 Carcinoma basocelular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

7 Melanoma Maligno. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

8 Carcinoma espinocelular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Lista de tabelas

1 Propriedades do Sol. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

Page 9: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

9

Introdução

Page 10: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

10

O Sol é nossa fonte de luz e vida, é dele que provém energia para muitos processos

biológicos, tanto para a natureza quanto para os seres humanos que nela habitam, processos

esses fundamentais, sem os quais seria impossível vida.

A radiação emitida pelo Sol, radiação solar, chega à superfície terrestre sob vários

comprimentos de onda, ou seja, várias regiões do espectro eletromagnético são elas a faixa do

visível que vai dos 400nm a 700nm, a do infravermelho que vai de 800nm a 3000nm e a do

ultravioleta de 100nm a 400nm.

A radiação ultravioleta solar, os raios ultravioleta (RUV) proveniente do Sol, são cerca de

9% do espectro solar, são necessários fundamentalmente para processos biológicos saudáveis

nos seres humanos, se forem feitas exposições (ao Sol) moderadas, ou seja, sem exageros.

Porem se for feita uma exposição excessiva tanto a curto e longo prazo, pode trazer efeitos ao

organismo humano, efeitos esses que podem ser observados (sentidos, detectados)

imediatamente após a exposição solar, efeitos agudos, ou serem detectados futuramente,

efeitos crônicos, que podem ser causados por um acúmulo de exposições solares durante a

vida do indivíduo, que não foram necessariamente excessivas.

Um desses danos, causado pela exposição contínua (acumulada) da radiação ultravioleta

solar é o câncer de pele.

O grupo dos cânceres de pele que tem como fator predominante para sua incidência a

radiação ultravioleta é composto por três tipos, são eles: Carcinoma basocelular, Carcinoma

espinocelular e o Melanoma maligno.

O objetivo desse trabalho é apresentar quais danos são causados pela radiação ultravioleta

solar, mais especificamente o câncer de pele.

A metodologia utilizada para a realização desse trabalho foi a revisão bibliográfica.

Radiação

1.1 Radiação

Page 11: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

11

Qualquer dos processos físicos de emissão e propagação de energia, seja por intermédio

de fenômenos ondulatórios, seja por meio de partículas dotadas de energia cinética. [1].

A radiação pode ser corpuscular ou eletromagnética.

1.1.1 Corpuscular

Constituída por um feixe de partículas elementares, como prótons, nêutrons e elétron,

deuterons etc.

Tendo a partícula massa m, velocidade v, sendo v muito menor que c (velocidade da luz

no vácuo, que tem valor de 300.000 km/s), podemos escrever a energia cinética da partícula, ou

também energia cinética da radiação.

2 v2

1mk = (1.1)

1.1.2 Eletromagnética

Essa radiação é chamada eletromagnética por se tratar do transporte de energia por meio

de flutuações dos campos elétrico e magnético, [2] sendo emitida por qualquer corpo, acima do

zero absoluto (0 K).

A energia eletromagnética não precisa de um meio material para se propagar, sendo

definida como uma energia que se move na forma de ondas eletromagnéticas à velocidade da luz

(300.000 km/s). Dado que a velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas é diretamente

proporcional à sua freqüência e comprimento de onda, esta pode ser expressa por: [3]

(1.2)

Onde:

c: velocidade da luz (m/s)

Page 12: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

12

f: freqüência (ciclos/s ou Hz)

: comprimento de onda (m)

A figura abaixo (figura - 1) apresenta um esquema da representação dos campos elétrico e

magnético e as flutuações mencionadas:

Figura-1(Campos elétricos e magnéticos oscilando) [3]

Onde temos na figura:

E: campo elétrico

M: campo magnético

XZ: plano de excitação do campo elétrico

YZ: plano de excitação do campo magnético

Z: direção de propagação da onde eletromagnética

Page 13: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

13

De acordo com os postulados da teoria desenvolvida por Einstein,em 1905, a energia

eletromagnética é emitida em feixes constituídos de fótons, sendo que cada fóton (quantum)

possui uma energia E dada por: [4]

E = h.f (1.3)

Sendo h a Constante de Plank, com o valor de (6,63 x 10 34− J.s).

Na Eq. 1.2, temos a relação entre a velocidade da luz (c), a freqüência(f), e o comprimento

de onda ( λ) da onda eletromagnética, e a relação entre a energia do fóton e a freqüência está

expressa na Eq.1.3 então a partir dessas podemos escrever uma equação de energia do fóton,

relacionada ao comprimento de onda (λ) da onda eletromagnética, expressa por:

E= λhc

(1.4)

A partir das Eq. 1.3 e Eq.1.4, podemos concluir que a energia do fóton é proporcional à

freqüência da onda eletromagnética, e inversamente proporcional ao comprimento de onda, então

comprimentos de onda menores representam fótons mais energéticos.

Podendo se comportar de várias formas, em relação a seu comprimento de onda e sua

freqüência, a radiação eletromagnética apresenta diferentes faixas espectrais, que estão contidas

no espectro eletromagnético (figura - 2), que vai desde ondas de rádio até as partículas gama (γ

).

Figura - 2 - (O Espectro eletromagnético)

Page 14: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

14

As radiações se diferenciam por seus efeitos, quando interagem com a matéria, podendo

ser ionizante ou não-ionizante.

1.1.2 Ionizante

As radiações são denominadas de ionizantes quando produzem íons, radicais e elétrons

livres na matéria que sofreu a interação. A ionização se deve ao fato das radiações possuírem

energia alta, o suficiente para quebrar as ligações químicas ou expulsar elétrons dos átomos após

colisões. [5]

São exemplos de radiação ionizantes os raios X, raios gama ( γ ) e partículas Alfa (α ),

partículas beta ( β) .

1.1.3 Não- ionizante

São definidas não ionizantes as que não possuem energia suficiente para ionizar os átomos

e as moléculas com as quais interagem, [6] não possuem energia suficiente para ionização,

podem passar os elétrons para um nível energético superior, deixando-os em estado ativado ou

também conhecido como estado de excitação.

A região do espectro eletromagnético não ionizante inclui os seguintes tipos de radiação:

ultravioleta (UV), luz visível, infravermelho, radio-frequência (RF), freqüência extremamente

baixas. [7]

II O Sol

Page 15: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

15

2.1 O Sol

O Sol, nossa fonte de luz e de vida, é a estrela mais próxima de nós e a que melhor

conhecemos. Basicamente, é uma enorme esfera de gás incandescente, em cujo núcleo acontece a

geração de energia através de reações termo-nucleares. [8], encontra-se a uma distância média de

150 milhões de quilômetros da Terra. Esta distância equivale a cerca de 8 minutos-luz. [9]

Figura - 3 - (O Sol) [10]

O Sol, como todas as estrelas, constitui-se de uma esfera gasosa brilhante, sustentada por

sua própria gravidade e pelas forças geradas por reações nucleares que ocorrem no seu centro.

Comparado com outras estrelas, em termos de massa, raio, brilho e composição química, o Sol

está na faixa média de valores desses parâmetros. Na tabela (Tabela. 1) a seguir apresentam-se

algumas de suas propriedades: [11]

Page 16: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

16

Raio 6,96 x 10 8 m

Massa 1,99 x 10 30 kgDensidade 1410 kg m 3−

Luminosidade 3.8 x 10 33 erg s 1−

Temperatura superficial 5780 KPeríodo de rotação 24,9 dias (no equador) 29,8 (nos pólos)

Tabela - 1 - (Propriedades do Sol) [11]

Os gases no interior solar (principalmente hidrogênio e hélio) encontram-se quase que

completamente ionizados, pois estão submetidos a temperatura, pressão e densidade muito

elevadas, as quais aumentam tanto quanto maior for a profundidade dentro do Sol.

Assim, na região mais central as condições físicas propiciam as reações termo-nucleares

de transformação do hidrogênio em hélio, liberando então grandes quantidades de energia na

forma de fótons e movimentos térmicos. [11]

2.2 Estrutura do Sol

A estrutura do Sol é dividida em interior solar e atmosfera solar, sendo que o interior é

composto de Núcleo, Zona radiativa e Zona convectiva e a atmosfera solar é composta pela

fotosfera, a cromosfera e a coroa.

Figura - 4 - (Representação da estrutura do Sol) [12]

Page 17: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

17

2.2.1 Estrutura interna do Sol

Composta de um núcleo, zona radiativa e de uma zona convectiva.

2.2.1.1 O Núcleo

O núcleo ocupa a parte mais interna do Sol tendo mais de 175.000 km de raio. Nessa

região a temperatura atinge 15.600.000 K e a força da gravidade puxa para o centro toda a massa,

criando uma pressão da ordem de 250 milhões de atmosfera. A densidade chega a 150 g/cm 3 . A

pressão é tão elevada que força os átomos de hidrogênio a se combinarem através de reações de

fusão nuclear de tal forma que dois átomos de hidrogênio se combinam dando origem a um

átomo de hélio-4. Como o átomo de hélio-4 é menos maciço que os dois átomos de hidrogênio

que deram início ao processo, a diferença em massa é convertida em energia. A cada segundo

700.000.000 de toneladas de hidrogênio são convertidas em aproximadamente 695.000.000 de

toneladas de hélio e 5.000.000 de toneladas de massa convertida em energia. [13]

2.2.1.2 Zona radiativa

A zona radiativa se estende por cerca de 325.000 km, a partir do fim do núcleo. Nesta

zona a energia produzida no núcleo é conduzida para cima através de fótons que se movem à

velocidade da luz, sendo esse processo a difusão radiativa. Assim que o fóton é produzido ele

percorre 1 µ m (mícron, a milésima parte do milímetro) e é absorvido por uma molécula de gás.

A molécula ao absorver o fóton se aquece e emite outro fóton que caminha 1 µ antes de ser

absorvido por outra molécula de gás e assim sucessivamente. O número de interações nessa zona

é tão grande que um fóton demora cerca de um milhão de anos para atravessar esta zona. [13]. A

temperatura é de cerca de 8 x 10 6 K.[14]

2.2.1.3 Zona Convectiva

Page 18: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

18

A zona convectiva se estende por 200.000 km e é dominada por correntes convectivas que

transportam a energia da zona radiativa até a superfície. Esse processo convectivo nada mais é do

que correntes ascendentes de gás quente transportando fótons para a superfície e correntes

descendentes levando gás mais frio de volta às camadas interiores. Esse processo de transporte

dos fótons é muito mais rápido do que os processos de transporte no núcleo e na zona radiativa. A

temperatura no topo desta zona é de 5.800 K e a densidade de apenas 0,0000002g/cm 3 . [15]

2.2.2 Estruturas externas do Sol

A atmosfera solar, estrutura externa do sol, é composta por três camadas: fotosfera,

cromosfera, e coroa solar.

2.2.2.1 Fotosfera

Trata-se da camada visível do Sol. É uma estreita camada de cerca de 500 km de

espessura, o que equivale a cerca de meio milésimo do raio solar. É da fotosfera que vem a maior

parte da luz visível. Entretanto, o gás desta camada não é totalmente transparente, e devido a sua

opacidade o interior solar não pode ser visto. A densidade é de cerca de 10 13 -10 15 partículas por

centímetro cúbico. [16] Imagens diretas da fotosfera mostram que ela não é homogênea e que seu

brilho não é uniforme. [17]

2.2.2.2 Cromosfera

A cromosfera do Sol normalmente não é visível, porque sua radiação é muito mais fraca

do que a da fotosfera. Ela pode ser observada, no entanto, durante os eclipses, quando a Lua

esconde o disco da fotosfera. É uma camada irregular situada de 400 a 2.900 km acima da

fotosfera e logo abaixo da coroa solar. Ela consiste de três camadas cuja densidade vai

decrescendo e a temperatura vai subindo rapidamente à medida que nos afastamos da fotosfera.

Na baixa cromosfera a temperatura é de 6.000 K, na média cromosfera ela sobe para 50.000 K e

na alta cromosfera, na região limítrofe com a coroa, a temperatura já está a 1.000.000 K. Nessa

elevada temperatura o hidrogênio emite uma luz avermelhada. Essa coloração é responsável pelo

Page 19: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

19

nome: cromosfera, esfera colorida. Acredita-se que seu aquecimento provém de correntes

convectivas da fotosfera. [18]

A densidade na cromosfera é muito menor que na fotosfera. A variação de densidade é

bastante grande diminuindo de 10 12 cm 3− na sua base até 10 9 cm 3− na parte mais externa. A

temperatura aumenta da base para o topo, sendo em média 15000 K. [19]

A fronteira cromosfera-coroa é conhecida como região de transição, [20], nessa região, a

temperatura cresce rapidamente, desde 10 4 K na cromosfera até 5x10 4 K, numa estreita faixa

de apenas algumas centenas de quilômetros, chegando a 10 6 K na coroa. [21]

2.2.2.3 Coroa

A coroa é a parte mais externa da atmosfera solar e estende-se por milhões de quilômetros

a partir do Sol. A coroa solar é melhor observada durante os eclipses totais do Sol, pois apesar de

ter um brilho equivalente ao da lua cheia, ela fica obscurecida quando a fotosfera é visível. [22]

A densidade desta camada é de 2-3 ordens de grandeza mais baixa do que aquela da

cromosfera e sua temperatura é de 1-2 milhões de graus. Como a temperatura é extremamente

alta, a coroa emite grande quantidade de raios-X. [23]

Nesta camada também são observadas as chamadas regiões ativas, locais onde

temperatura e densidade são elevadas além de possuírem campos magnéticos intensos (de

centenas a poucos milhares de Gauss) distribuídos em formato de arcos com as pontas - pólos

magnéticos - situados na fotosfera. [23]

2.3 Radiação Solar

A radiação solar é de suma importância para a vida na Terra, sendo responsável por

processos biológicos e metereológicos em nosso planeta, fornecendo energia para que esses

ocorram.

A radiação solar constitui a principal força motriz para processos térmicos, dinâmicos e

químicos em nosso planeta. A energia proveniente do Sol chega até a superfície propagando-se

como energia radiante ou, simplesmente radiação. A principal característica de um campo de

Page 20: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

20

radiação é a radiância (ou intensidade de radiação). Essa grandeza se refere à quantidade de

energia radiante num intervalo unitário de comprimento de onda que atravessa uma unidade de

área tomada perpendicularmente à direção considerada, na unidade de tempo. Conhecendo-se a

radiância pode-se determinar outra grandeza muito importante no estudo da radiação atmosférica:

a densidade de fluxo de radiação. Esta grandeza integrada, em todo espectro, representa a

quantidade de energia radiante que passa através de um plano na unidade de tempo e de área.

Para melhor compreensão dos termos empregados chama-se irradiância, a densidade de fluxo de

radiação incidente sobre uma superfície, e emitância radiante, a densidade de fluxo de radiação

emitido por uma superfície. [24]

A densidade de fluxo de energia solar (ou irradiância solar), e, que chega ao topo da

atmosfera terrestre é expressa nas unidades de Wm–2 (razão da potência pela área). Um parâmetro

usado para caracterizar a entrada de radiação solar é a constante solar, definida como a

irradiância solar no topo da atmosfera (E¥). Seu valor, aproximadamente 1367 Wm–2, pode ser

estimado dividindo-se a emitância total do Sol pela área de uma esfera cujo raio seja igual à

distância média entre a Terra e o Sol. A irradiância solar que atinge o topo da atmosfera terrestre

é variável ao longo do ano, em virtude dos efeitos astronômicos, principalmente aqueles ligados à

órbita da Terra ao redor do Sol. Ademais, a intensidade de radiação emitida pelo Sol é função do

comprimento de onda e de fenômenos que ocorrem na própria fonte de energia (manchas solares,

erupções solares, variações de temperatura na atmosfera solar). [24]

Dos tipos de radiação emitidos pelo Sol a radiação visível é a mais conhecida, mas outras

faixas são também muito importante como a do infravermelho e ultravioleta, afetando

diretamente o equilíbrio dos ecossistemas e a vida na Terra. [25]

A luz visível está na faixa do espectro com comprimentos de onda que vão de cerca de

400 nanômetros até 700 nanômetros, ou seja, do tamanho de uma bactéria. Cerca de 44% da

energia solar se concentra nesta faixa, principalmente na região do verde (em torno de 500nm).

[25]

A radiação infravermelha é definida por comprimentos de onda de 800nm a 3.000nm, e

pode penetrar profundamente na pele, até atingir órgãos internos, podendo ser sentida em forma

de calor. [26]

Page 21: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

21

A radiação ultravioleta representa menos de 9% do total emitido pelo sol (entre 100nm e

400nm), mesmo em quantidades pequenas ela afeta sistemas biológicos (plantas e animais), tendo

importância fundamental na saúde, no conforto e na qualidade de vida das pessoas. [27]

A atmosfera, mais especificamente a camada de ozônio é responsável pela absorção de

parte dos raios ultravioleta provenientes do Sol, sendo esses raios invisíveis aos olhos humanos.

2.4 Radiação Ultravioleta (RUV) Solar

A radiação ultravioleta é uma parte da radiação solar referente ao comprimento de onda de

100 a 400 nm, sendo não perceptível aos olhos humanos.

A radiação ultravioleta é uma onda eletromagnética não-ionizante composta de três faixas,

ultravioleta C (UVC) de 100 a 280 nm, ultravioleta B (UVB) de 280 a 320 nm e ultravioleta A

(UVA) de 320 a 400 nm.[27]

2.4.1 Faixas espectrais da Radiação ultravioleta solar

O comprimento de onda da radiação ultravioleta varia de 100 a 400 nm, sendo

dividido em três:

2.4.1.1 UV - A

Os raios UVA correspondem aos raios com comprimento de onda que estão entre 320nm

e 400 nm, atravessam facilmente a atmosfera e a camada de ozônio, os raios UVA representam

cerca de 95 % da radiação ultravioleta que atinge a superfície da Terra, [28], atinge a pele com a

mesma intensidade em qualquer horário do dia e época do ano, seja em meses de inverno ou de

verão. [29]

A UVA apesar de causar efeitos semelhantes aos da UVB, não o faz uniformemente ao

longo de seu espectro e, por esse motivo, foi dividida em duas regiões UVA 1, compreendendo a

faixa de absorção de 340 a 400 nm, e a UVA 2 entre 315 e 340 nm. A UVA 1 , devido sua maior

capacidade de penetração, reage com oxigênio molecular, produzindo espécies reativas capazes

Page 22: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

22

de induzir reações inflamatórias na pele e no DNA, do que derivam aumento da pigmentação ,

fotossensibilização e câncer cutâneo. [30]

2.4.1.2 UV – B

Os raios UVB têm reduzida capacidade de atravessar grandes distâncias na atmosfera (o

comprimento de suas emissões estão entre 290nm e 320nm) e são parcialmente filtrados na

camada de ozônio. Do total de radiação ultravioleta que atinge a superfície da Terra, cerca de 5 %

é UVB [31], é mais intensa durante o verão, especialmente entre às 10h e 16h. [32]

A UVB é mais eficiente em produzir danos diretos ao DNA, foto-imunossupresão,

eritema, espessamento da camada da córnea e melanogênese, sendo, por isso, considerada a

maior fator etiológico das três formas de câncer cutâneo. [33]

2.4.1.3 UV - C

Os raios UVC não ultrapassam a atmosfera, são completamente absorvidos pela camada

de ozônio (o comprimento de suas emissões estão ente 100nm e 280nm), não chegam à superfície

terrestre. O UV-C é basicamente germicida, pelo fato de ser absorvido pelas proteínas e

aminoácidos, mais contém um pico de absorção da molécula de DNA (260nm) e só não causa

maior prejuízo à pele pelo fato de ter curta penetração. [34]

Page 23: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

23

III Efeitos Da Radiação Ultravioleta Solar na Pele

3.1 Exposições ao Sol

As exposições moderadas ao sol, ou seja, nas primeiras horas da manhã e nas últimas

horas da tarde, são uma prática saudável, porque ativam a circulação sanguínea periférica e

possibilitam e incrementam a síntese de vitamina D na pele. A vitamina D tem grande

importância, principalmente em crianças e jovens, por ser anti-raquítica, o que é indispensável

para uma boa ossificação para um crescimento normal, [35] sendo produzida em intervalos de

tempo de exposição muito curto, logo sem necessidade de exposições duradouras, sendo que

essas podem causar danos a saúde humana.

Há uma longa lista de efeitos biológicos, agudos ou crônicos, produzidos pela RUV em

humanos . Os efeitos agudos surgem alguns minutos ou horas após uma exposição. Pode ser um

benéfico como a produção de vitamina D, que resulta exclusivamente da exposição à radiação

Page 24: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

24

UVB, ou malefícios como eritema, bronzeado, imunossupressão, edema, danos à córnea, à retina

e ao DNA resultantes da exposição excessiva à RUV. Os efeitos crônicos surgem em longo prazo

na forma de doenças como o câncer de pele, a imunossupressão, o envelhecimento precoce da

pele, a catarata e a degeneração da mácula. Eles resultam do acúmulo de dose de RUV ao longo

dos anos em exposições que não necessariamente foram excessivas. Embora o UVB seja o

principal causador desses malefícios, hoje se sabe que o UVA têm também uma importante

contribuição. [36]

3.2 A Pele

A pele é o manto de revestimento do organismo, constituída por uma estrutura de tecidos

de várias naturezas e com funções específicas, das quais destacamos: proteção contra ação de

agentes externos, proteção imunológica, termorregulação, percepção e secreção, além de impedir

perdas hídricas e eletrolíticas. É o maior órgão do corpo humano, representando 15% do peso

Page 25: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

25

corpóreo.[37]

Figura - 5 (Estrutura da pele humana) [38]

A Pele é formada por três camadas: A derme, epiderme e hipoderme.

3.2.1 Epiderme

A epiderme é a camada superior externa, constituída por estruturas epiteliais, de espessura

variada, sendo as regiões palmo-plantares as mais espessas, medindo em torno de 1,6 mm. Os

queratinócitos, células que compõem a epiderme, são dispostos em camadas estratificadas,

denominadas: germinativa ou basal, malpighiana ou espinhosa, granulosa e córnea. [39]

Page 26: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

26

A camada germinativa é a mais profunda da epiderme, constituída por células basais e

melanócitos. O tempo de maturação de uma célula basal é de aproximadamente 26 dias, até

atingir a camada córnea. Logo abaixo da camada germinativa, existe uma fina estrutura, a zona

da membrana basal, que separa a epiderme da derme. A camada malpighiana, ou espinhosa, é

formada por células espinhosas, com formato poliédrico, separadas por finos filamentos e

diferenciação epitelial que leva à queratinização. A camada granulosa é constituída por grânulos

de tamanhos e formas irregulares, compostos de filamentos de queratina. [40]

Existem também ninhos de melanócitos (produtores de melanina, um pigmento castanho

que absorve os raios UV) e células imunitárias, principalmente células de Langerhans, com

prolongamentos membranares. [41]

A epiderme não possui vasos sanguíneos, porque se houvesse vasos na epiderme ela

ficaria mais sujeita a ser "penetrada" por microorganismos. Os nutrientes e oxigênio chegam à

epiderme por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme. [41]

3.2.2 Derme

A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, é um tecido conjuntivo que contém

fibras protéicas, vasos sangüíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. As

principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras e de uma

substância gelatinosa, a substância amorfa, na qual os elementos dérmicos estão mergulhados, a

epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas

sudoríparas. Na derme encontramos ainda: músculo eretor de pêlo, fibras elásticas (elasticidade),

fibras colágenas (resistência), vasos sanguíneos e nervos. [42]

3.2.3 Hipoderme

A hipoderme é a camada mais profunda da pele. Também de espessura variável, é

constituída de tecido adiposo, ou seja, células de gordura. Além de servir como depósito nutritivo

Page 27: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

27

de reserva, a hipoderme participa do processo de isolamento térmico e proteção mecânica do

organismo aos traumatismos externos. [43].

A pele é de extrema importância para o organismo, sendo um órgão com várias funções,

para o funcionamento correto do corpo humano.

IV Câncer de Pele, com fator predominante para sua incidência a

Radiação ultravioleta Solar

4.1 Câncer

O corpo humano é formado por milhões de células que se reproduzem através de um

processo chamado divisão celular. Em condições normais, esse processo é ordenado e controlado.

Em contrapartida, existem situações nas quais estas células, por razões variadas, sofrem uma

“metamorfose” tecnicamente chamada de carcinogênese. Essas células perdem a capacidade de

limitar e controlar o seu próprio crescimento passando, então, a multiplicarem-se muito

rapidamente e sem nenhum controle. O resultado desse processo desordenado de crescimento

celular é uma produção em excesso dos tecidos do corpo (que podem ser processos inflamatórios,

infecciosos ou mesmo os crescimentos celulares benignos), formando o que se conhece como

tumor. Podemos dividir os tumores em: benignos, nos quais as células crescem lentamente e são

diferenciadas. Geralmente podem ser removidos totalmente através de cirurgia e na maioria dos

casos não tornam a crescer. E os malignos nos quais as células crescem rapidamente, têm um

aspecto indiferenciado e a capacidade de invadir estruturas próximas e espalhar-se para diversas

regiões do organismo. [44]

O câncer detém a propriedade de se disseminar através da corrente sanguínea e dos vasos

linfáticos, produzindo as chamadas metástases, que na verdade são uma espécie de “filial” do

tumor primário, em outro órgão ou tecido. [44]

4.2 Câncer de pele

Page 28: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

28

Câncer da pele é o crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele.

Estas células se dispõem formando camadas e, dependendo da camada afetada, teremos os

diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinoma basocelular (CBC), carcinoma

espinocelular (CEC) e melanoma maligno (MM0. [45] A exposição solar é o maior fator de risco

para todos os tipos de câncer de pele. A radiação ultravioleta (UV) é ao mais importante

carcinógeno para humanos, promovendo e induzindo alterações no DNA nos queratinócitos até a

conversão maligna [46], a explicação para o dano biológico resultante da interação da RUV com

a matéria deve-se a sua capacidade de excitação dos átomos presentes no organismo. Se os

mecanismos de reparo do organismo falhar, é deflagrada uma série de enfermidades [47], a RUV

induz a mutações genéticas, seu fóton é absorvido pelo DNA, podendo então causar alterações

celulares, que podem dar origem a um crescimento desordenado, de tecidos cancerígenos.

O risco de desenvolver cânceres de pele é associado com a historia da exposição solar na vida

de cada individuo. O carcinoma basocelular e o melanoma estão principalmente relacionados

com a exposição recreacional e queimaduras solares na juventude, enquanto o carcinoma

espinocelular, com a exposição cumulativa. As evidências epidemiológicas, que sustentam essas

conclusões, são alta incidência de lesões nos indivíduos com pouca capacidade de se bronzearem,

e a localização dos tumores predominantemente em área de pele exposta. [48]

O CBC e CEC são as neoplasias mais freqüentes da pele e estão diretamente relacionadas

com exposições solares freqüentes ao longo dos anos em pessoas de pele clara. As lesões

ocorrem principalmente nas áreas mais foto expostas como face, pescoço, dorso, antebraços e

mãos. Já o melanoma maligno, o mais agressivo e temido entre os cânceres da pele, tem sido

também relacionado a exposições solares intensas, com queimaduras solares dolorosas e com

bolhas, durante a infância, o risco do melanoma não se restringe somente à exposição solar e

pessoas de pele clara, apesar de raro ele pode acometer pessoas de pele morena e até negros. [49]

4.3 Tipos de câncer de pele

A seguir serão apresentados, os três tipos de câncer de pele, que tem como fator maior de

sua incidência a radiação ultravioleta, sendo o Sol o maior gerador dessa radiação.

Page 29: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

29

4.3.1 O carcinoma basocelular

Figura - 6 (Carcinoma basocelular) [50]

O carcinoma basocelular (CBC) ou epitelioma basocelular é o tumor maligno cutâneo

localmente invasivo com maior incidência em indivíduos de pele clara (caucasianos). [51]. É

constituído por células que se assemelham às células basais da epiderme; estas células

neoplásicas originam-se de células epiteliais imaturas pluripotentes da camada basal da epiderme

e mais raramente de partes do complexo cutâneo pilo-sebáceo ou outros apêndices cutâneos.

Metástases de CBC são extremamente raras e os casos em que estas foram descritas são

exceções; sua morbidade está relacionada com a invasão tecidual podendo invadir e destruir

tecidos adjacentes à pele, inclusive cartilagem e osso. Pelo fato da maioria dos tumores

localizarem-se em áreas de foto-exposição, principalmente cabeça e pescoço, esta agressividade

mencionada pode levar ao desfiguramento ou perda de função de estruturas importantes, quando

não tratado. [51]

Page 30: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

30

Esse tipo de câncer está relacionado à exposição intensa e prolongada aos raios solares,

raios ultravioletas, podendo atingir pessoas de pele clara com dificuldade de bronzear-se e com

possibilidade de acorrer queimaduras solares.

4.3.2 Melanoma Maligno

Figura - 7 (Melanoma Maligno) [52]

O Melanoma Maligno é o câncer de pele que se origina de nevos (popularmente

denominados pintas) melanocíticos de junção ou compostos. Apresenta-se na forma de nevos,

Page 31: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

31

pintas com bordas irregulares, pigmentação não uniforme e desenvolvimento anormal na

epiderme, derme ou no epitélio mucoso, com alto potencial de metástase e mortalidade. [53]

O melanoma cutâneo é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células

produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos

brancos. Embora só represente 4% dos tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais grave

devido à sua alta possibilidade de metástase. O melanoma de pele é menos freqüente do que os

outros tumores de pele (basocelulares e de células escamosas), porém sua letalidade é mais

elevada. Tem-se observado um expressivo crescimento na incidência deste tumor em populações

de cor de pele branca. Quando os melanomas são detectados em estádios iniciais os mesmos são

curáveis. O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom, se detectado nos estádios

iniciais, sendo fatores de risco, em ordem de importância: a sensibilidade ao sol (queimadura pelo

sol e não bronzeamento), a pele clara, a exposição excessiva ao sol, a história prévia de câncer de

pele, história familiar de melanoma, nevo congênito (pinta escura), maturidade (após 15 anos de

idade a propensão para este tipo de câncer aumenta), xeroderma pigmentoso (doença congênita

que se caracteriza pela intolerância total da pele ao sol, com queimaduras externas, lesões

crônicas e tumores múltiplos) e nevo displásico (lesões escuras da pele com alterações celulares

pré-cancerosas). [54], pode surgir em área de pele não exposta ao sol, porém, o maior número de

lesões aparece nas áreas da pele que ficam expostas à radiação solar.

4.3.3 Carcinoma espinocelular

Figura 8 (Carcinoma espinocelular) [55]

E um tumor maligno que se origina da proliferação de células epiteliais, células

espinhosas da epiderme caracterizado por evolução mais rápida. Pode apresentar ulcerações ou

Page 32: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

32

não de diversos tamanhos, que ao mínimo trauma começam a sangrar. É um câncer de pele de

crescimento lento, invasivo e com grande risco de metástase, ocorrendo com freqüência em

indivíduos de pele clara. Apresenta um alto índice de cura quando diagnosticado precocemente,

se desenvolve em áreas expostas ao sol. A radiação UVB do espectro eletromagnético (280-320

nm) é considerada o principal agente etiológico desse tipo de câncer. [56]

O carcinoma espinocelular é um câncer de pele (não melanoma), representando cerca de

20 a 25% dos cânceres da pele. Ele surge em áreas de pele sadia ou previamente comprometidas

por cicatrizes de queimaduras antigas, feridas crônicas ou lesões decorrentes do efeito cumulativo

da radiação solar sobre a pele, como as queratoses solares (pequenas asperezas da pele que não

somem), e cicatrizes de radioterapias. Tem crescimento mais rápido que o carcinoma basocelular,

atinge a pele e as mucosas (lábios, mucosa bucal e genital) e, se não for tratado precocemente,

pode enviar metástases para outros órgãos. [57]

Page 33: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

33

Conclusão

O Sol é o maior responsável pela emissão de radiação ultravioleta que chega aos

humanos, sendo essa a radiação ultravioleta solar, emitindo também nas faixas do visível e na do

infravermelho, tendo caráter fundamental para o desenvolvimento da natureza e dos seres

humanos.

No organismo humano, para seu funcionamento correto, ocorrem vários processos, nos

quais células dão origem a outras células, conhecido como o processo de divisão celular, de

forma controlada e continua, se algo influenciar nesse processo de divisão celular pode ocorrer

um crescimento desordenado dessas células, dando origem às células cancerígenas, os raios

ultravioleta solares em excesso e ou continuamente podem fazer esse papel, desencadeando

mudanças na divisão das células da pele, podendo dar origem a um crescimento desordenado de

células ou tecidos, podendo ser câncer de pele, os raios ultravioleta podem ser divididos em

ultravioleta A (UVA), ultravioleta B (UVB) e ultravioleta C (UVC), sendo diferenciados entre

eles por seu comprimento de onda.

Cânceres de pele que tem como fator predominante para sua incidência a radiação

ultravioleta solar são: Carcinoma basocelular (CBC), Carcinoma espinocelular(CEC) e

Melanoma maligno (MM), sendo que o CBC e o CEC são associados a exposições continuas ao

longo da vida do indivíduo, e o MM está associado entre outros fatores a exposições excessivas

ao Sol e predisposição de haver queimaduras solares na pele do indivíduo, os tipos de cânceres

mencionados tem predominância principalmente em indivíduos de pele clara, não descartando a

possibilidade de casos em indivíduos que possuírem outros tipos de pele.

Page 34: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

34

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Radiação Ultravioleta e Epidemiologia do Câncer de Pele noa Região Oeste do Estado de

São Paulo. Dissertação de Mestrado. UNESP, Presidente Prudente, 2007; Pag. 32.Imagem.

[39] - SILVA, Angela C. Meio Ambiente e Saúde Humana: Variabilidade Temporal da

Radiação Ultravioleta e Epidemiologia do Câncer de Pele noa Região Oeste do Estado de

São Paulo. Dissertação de Mestrado. UNESP, Presidente Prudente, 2007; Pag. 32.

[40] - SILVA, Angela C. Meio Ambiente e Saúde Humana: Variabilidade Temporal da

Radiação Ultravioleta e Epidemiologia do Câncer de Pele noa Região Oeste do Estado de

São Paulo. Dissertação de Mestrado. UNESP, Presidente Prudente, 2007; Pag. 32/33

[41]- RIBEIRO, Ricardo, Pele , Disponível em:< http://feridas.no.sapo.pt/pele.htm > Acesso :

07/09/09

[42]- Sistema tegumentar. Disponível em :<http//www.pontodosaber.com/biologia10.html>

Acesso: 21/09/09

Page 39: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

39

[43] - SILVA, Angela C. Meio Ambiente e Saúde Humana: Variabilidade Temporal da

Radiação Ultravioleta e Epidemiologia do Câncer de Pele noa Região Oeste do Estado de

São Paulo. Dissertação de Mestrado. UNESP, Presidente Prudente, 2007; Pag.33

[44]- INSTITUTO PAULISTA DE CANCEROLOGIA- IPC, Entendendo o Câncer. Disponível

em : < http://www.institutoipc.com.br/> Acesso:22/09/09

[45]- SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA DERMATOLOGICA- SBCD, Câncer de

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[46]- CASTRO, Inês Alencar de Expressão Da Proteína P53 Em Diferentes Níveis De

Fotoenvelhecimento. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul-

Faculdade de Medicina – UFRGS, Porto Alegre, 2007. Pag. 9.

[47] - SILVA, Angela C. Meio Ambiente e Saúde Humana: Variabilidade Temporal da

Radiação Ultravioleta e Epidemiologia do Câncer de Pele noa Região Oeste do Estado de

São Paulo. Dissertação de Mestrado. UNESP, Presidente Prudente, 2007; Pag.18.

[48]- CASTRO, Inês Alencar de Expressão Da Proteína P53 Em Diferentes Níveis De

Fotoenvelhecimento. Dissertação de mestrado. Faculdade de medicina Universidade Federal do

Rio Grande do Sul- Faculdade de Medicina – UFRGS, Porto Alegre, 2007. Pag.9

[49]- SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA DERMATOLOGICA- SBCD, Câncer de

pele. Disponível em: < http://www.sbcd.org.br/pagina.php?id=16 >Acesso: 22/09/09

[50]- Câncer de pele. Disponível em: <http://www.guiabd.com.br/files/carcinoma.jpg >

Acesso: 14/10/09.Imagem.

[51]- LFR, Tovo; FESTA, Neto C; CVB, Castro, SAP ,Sampaio, Carcinoma Basocelular,

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA.2002.

[52] http://www.mdconsult.com/das/pdxmd/media/0302/7030209/large.jpg imagem

Page 40: Câncer de pele causado pela radiação ultravioleta solar

40

[53] - SILVA, Angela C. Meio Ambiente e Saúde Humana: Variabilidade Temporal da

Radiação Ultravioleta e Epidemiologia do Câncer de Pele noa Região Oeste do Estado de

São Paulo. Dissertação de Mestrado. UNESP, Presidente Prudente, 2007; Pag.40.

[54] - INSTITUTO NACIONAL DO CANCER – INCA, Câncer de Pele – Melanoma.

Disponível em:< http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=335> Acesso : 22/09/09

[55] – Câncer de pele. Disponível em:<www.drpaulofreire.med.br/cancer_pele.htm> Acesso:

14/10/09.Imagem.

[56] - SILVA, Angela C. Meio Ambiente e Saúde Humana: Variabilidade Temporal da

Radiação Ultravioleta e Epidemiologia do Câncer de Pele noa Região Oeste do Estado de

São Paulo. Dissertação de Mestrado. UNESP, Presidente Prudente, 2007; Pag.39.

[57] – Câncer de pele. Disponível em:<www.drpaulofreire.med.br/cancer_pele.htm> Acesso:

14/10/09.