campus magazine 2º semestre 2012

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C ampus magazine Perigo na mesa Os alimentos que podem matar Cesta Básica X Salário Mínimo Qual a relação? Sem tempo ou sem desculpa? Alimente-bem, apesar da correria Criatividade e bom gosto A comida está na moda • Emagrecimento saudável • Dicas para os dias de eventos • Nutrição inteligente • Cuidados com a louça • Comidas bizarras • Vegetarianismo Revista-laboratório do Curso de Jornalismo Universidade Sagrado Coração ISSN 2317-3041 Ano 1 – Número 1 – 2012

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A Campus Magazine - revista-laboratório elaborada pelos alunos do curso de Comunicação Social (habilitação em Jornalismo) da USC - Universidade Sagrado Coração. Reitora: Profa. Dra. Irmã Susana de Jesus Fadel; Vice-reitora e Pró-Reitora Acadêmica: Profa. Dra. Irmã Ilda Basso; Pró-reitora de Extensão e Ação Comunitária: Profa. Irmã Jucélia Melo; Diretora do Centro de Ciências Exatas e Sociais Aplicadas: Profa. Ma. Daniela Luchesi; Coordenadora de Curso de Jornalismo: Profa. Ma. Daniela Pereira Bochembuzo; Coordenador Geral de Extensão: Prof. Me. Dorival Coral. Textos: Alunos da disciplina Laboratório de Jornalismo Impresso II – Revista (turma do 2º semestre de 2012). Diagramação: Alunos da disciplina Design Gráfico para Jornalismo (turma do 2º semestre de 2012). Jornalista responsável: Profa. Dra. Érika de Moraes (MTB 29.053) Editor de Arte: Prof. Esp. Renato Valderramas Supervisão de Fotografia: Profa. Ma. Érica Cristina de Souza Franzon

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Campusm a g a z i n e

Perigo na mesaOs alimentos quepodem matar

Cesta Básica X Salário MínimoQual a relação?

Sem tempo ou sem desculpa?Alimente-bem, apesar da correria

Criatividade e bom gostoA comida está na moda

• Emagrecimento saudável• Dicas para os dias de eventos• Nutrição inteligente

• Cuidados com a louça• Comidas bizarras• Vegetarianismo

Revista-laboratório do Curso de JornalismoUniversidade Sagrado Coração

ISSN 2317-3041Ano 1 – Número 1 – 2012

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O alimento é a base de uma vida sau-dável. Em todos os sentidos: sejam as refeições propriamente ditas

ou o suprimento do espírito, quer dizer, o aprendizado, a contribuição social. Acre-ditando na importância do alimento para a vida, a Campus Magazine debruçou-se em várias facetas sobre o tema. Questões foram levantadas: será que uma cesta bá-sica supre as necessidades de uma pessoa? O que é uma escolha inteligente na hora de alimentar-se? Como a comida interfere na moda? Em que medida ela integra e une pessoas? Da deliciosa comida da vovó às curiosidades mais esdrúxulas, passando pelos lindos cup cakes e pelo cuidado com a louça, chegamos a uma reflexão ampla em torno desse importante assunto para a sociedade. Os estudantes do segundo ano de Jornalismo da USC desenvolveram as

pautas e os textos na disciplina Laboratório de Jornalismo Impresso II (Revista), por mim ministrada. Também debatemos sobre as ilustrações e fotos, com a contribuição valiosa da professora Erica Franzon (Foto-jornalismo). Já a turma da disciplina Design Gráfico em Jornalismo, sob coordenação do professor Renato Valderramas, nosso incrí-vel diretor de arte, ficou responsável pelo projeto gráfico da revista. Desse trabalho em conjunto, surge mais essa publicação acadêmica e interdisciplinar. Esperamos que você goste, leitor. Afinal, esta foi a lição mais enfatizada aqui com os alunos: o chefe da redação, na realidade, é o leitor. Produzi-mos por ele e para ele. E, assim, praticamos jornalismo de revista com muito carinho!

Abraços,

Érika de Moraes

Alimente-se de vida!

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Índice

e mais...

Cesta básica, uma reflexão:será que ela supre as nossas necessidades?

Falta de tempo:má alimentaçãonão tem justificativa

Escolhas inteligentes: alimentos que podem fazer a diferença na sua saúde

Pensando magro:conheça a história de garotas que venceram a luta contra a balança

E a louça? Segredos que facilitam essa

tarefa chatinha

Sem carne ............................................................. 12

Integração ............................................................. 15

Perigo na mesa ..................................................... 17

Moda e culinária ...................................................18

Entrevista ............................................................... 20

Pequenas franquias ..............................................21

Eventos .................................................................... 22

Apimente a relação ............................................ 24

Comida de boteco ............................................ 26

Comida mexicana .............................................. 30

Comida da vovó .................................................. 34

32

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8

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27Os 10 pratos

mais estranhos do mundo

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Cesta básica é um tema muito debatido, já que é a base alimentar da maioria dos brasileiros. Somente

no estado de São Paulo, são distribuídas cerca de 2,8 milhões. Mas será que ela realmente consegue suprir as necessidades nutricionais de um indivíduo? É possível comprá-la ganhando apenas um salário mínimo?

Cesta Básica Nacionalversus Salário Mínimo

Para começar, precisamos saber qual a relação da Cesta Básica Nacional com o valor de R$622,00 fixado por lei. O salário mínimo precisa atender todas as necessida-des vitais mínimas de uma pessoa, ou seja, suprir todos os gastos com alimentação, educação, moradia, saúde e lazer, portanto, deve ser ajustado periodicamente, acompa-nhando os índices de inflação anual, com a finalidade de preservar o poder de compra. O valor recebido mensalmente precisa pro-piciar condições para o trabalhador adqui-rir alimentos e sustentar de forma digna a

sua família. Se-gundo o profes-sor do curso de administração da Universida-de Sagrado Coração Paulo Soares, estudos apontam que a Cesta Básica gira em torno de 38% do salário mínimo. Dessa forma, considerando que ele represente 100% do ganho do trabalhador, seria possível com-prar somente 2,63 cestas.

Arroz, açúcar, banana, batata, café em pó, carne, farinha, feijão, leite, manteiga, óleo, pão francês e tomate são os 13 produ-tos que compõem a Cesta Básica Nacional, de acordo com definição do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos So-cioeconômicos, DIEESE. Segundo o órgão, para que o trabalhador conseguisse ter os recursos necessários para uma boa alimen-tação, seria necessário que ele trabalhasse 108 horas e 40 minutos em vez das 40 horas semanais da jornada padrão. Só assim ga-nharia um salário mínimo de R$2.589,78 em vez do atual. de R$622,00.

Arroz, banana, carne, feijão, batata e tomate são alguns dos alimentos que compõem a cesta básica brasileira

E a cesta básica? Vai bem?

Fernando Leandro e Gabrielle Gabas

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Carlos Freires, coordenador do centro de montagem e distribuição de um super-mercado de Bauru, afirma que, se uma pes-soa for à loja com R$70,00 no bolso, só con-seguirá comprar de 65% a 70% do conjunto de alimentos previstos na cesta básica, por isso muitas empresas beneficiam seus em-pregados com caixas que são variações das estabelecidas pelo DIEESE, ou seja, em ter-mos de custo, ela é a melhor escolha, mas e em termos nutricionais?

“Nutrição em caixas” -Será a melhor ideia?

Thais Klein, nutricionista no grupo Nelson Paschoalotto, afirma que, para a Cesta Básica suprir todos os nutrientes que nosso organismo precisa, ela deve ser mon-tada de forma correta. Existem vários tipos de cestas, que variam de acordo com o preço ou valor que as empresas passam para seus colaboradores. A convencional geralmente contém carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, minerais e fibras, só que não na quantidade correta para uma alimentação adequada. Então, qual seria a cesta básica

Saiba utilizar os alimentos da cesta básica de maneira correta

Arroz ou macarrão:3 colheres de sopa no almoço e jantar

Feijão: 1 concha média no almoço já é o suficiente.

Sardinha ou carne secaou salsicha: 100 g no almoçoe 100 g no jantar

Leite: de 2 a 3 xícaras ao dia

Milho verde e ervilha:2 colheres de sopa

Goiabada: 1 fatia fina

Café: até 3 xícaras por dia

ideal? “O organismo precisa de 10% a 15% de proteína, de 55% a 60% de carboidratos e de 30% a 35% de lipídios”, relata a nutri-cionista. Portanto, acrescentar frutas secas, como damasco, ameixa e maçã, leite em pó desnatado para os adultos e integral para as crianças, barras de cereal, aveia, pães integrais com data de validade prolongada, sardinha, atum enlatados e carne seca (para aqueles que não têm pressão alta) seria uma forma de aprimorar a qualidade das caixas.

Assim como Thais Klein, outros nu-tricionistas defendem uma cesta mais va-riada e leve: acrescentar grãos integrais, diminuir o óleo e a manteiga; no lugar de metade das batatas, acrescentar mandioca e substituir boa parte do açúcar por leite resultarão em um cardápio mais elaborado e cheio de nutrientes.

Que as cestas básicas têm um custo-be-nefício até que bom, mas baixos valores nu-tricionais, nós já sabemos. Resta o governo atentar para a situação do cidadão brasilei-ro e criar políticas de incentivo à melhora dessa base alimentar que tanto supre esse Brasil afora.

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SAÚDEESQUECIDA...

VIDACORRIDA

O tempo que se “perde” agora é a única solução para não perder tempo depois

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Lorena Fagundes

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FALTA DE TEMPO NÃO PODE SER DESCULPA

Para quem não tem tempo de variar, a opção é ser criativo e improvisar

com lanches naturais, vitaminas, sucos e barrinhas especiais, mas isso

também não pode acontecer com frequência. Uma dica da doutora em

nutrição Rita Cristina Chaim para quem não tem tempo, principalmente

durante a semana, é cozinhar nos finais de semana. “Feijão, ervilha, lenti-

lha e grão de bico podem ser cozidos e congelados (sem temperar), pois

eles conservam a característica original”, explica.

“O tempo é a gente que faz. Por isso, temos que saber fazer boas es-

colhas”, finaliza Rita.

Portanto, independentemente do tempo disponível para se alimentar,

o ideal é sempre fazer combinações equilibradas.O tempo que se “perde” agora é a única solução para não perder tempo depois

Século XXI, pós-modernidade, tecnologia, cada vez mais pes-soas morando na área urbana e vivendo rotinas agitadas e uma vida corrida.

Neste fluxo de corre corre, muito se perde e a principal perda é a saúde. Afinal, nesta nova sociedade, a alimentação é basi-camente feita na rua, em bares e fast-foods, onde há comidas rápidas, pré-prontas, com muito sódio e pouco valor nutricional. Mas essas atitudes têm consequência. Pro-êm consequência. Pro-m consequência. Pro-blemas sérios de saúde acometem pessoas com esse ritmo de vida, a maioria a médio e longo prazo, como explica a doutora em nutrição Rita Cristina Chaim.

“A maioria dos problemas acontece a lon-go prazo, como, por exemplo, doenças car-diovasculares, hipertensão e diabetes. Uma boa alimentação pode evitar ou retardar esse tipo de doença”, explica a nutricionista.

Segundo Rita, mesmo quem tem uma vida corrida pode se alimentar correta-mente, para isso, basta ter uma alimenta-ção equilibrada, com diversos tipos de ali-mentos em diversas formas e texturas.

“Todos os alimentos têm sua função.

Em nutrição, nós trabalhamos com grupos de alimentos, porque nenhum é bom sozi-porque nenhum é bom sozi-nho”, completa Rita.

Uma boa opção é utilizar a pirâmide alimentar para escolher os alimentos da mesma família, que podem ser utilizados ao longo do dia e em pratos variados.

“Se não tenho o arroz, posso comer bata-ta; se não tem batata, pode ser mandioca ou trigo também”, exemplifica a nutricionista.

Rita dá outra dica: quem não tiver uma pirâmide alimentar, pode escolher pela cor. Quanto mais colorido for o prato, maior é a variedade e qualidade dos alimentos. E um detalhe, um prato saudável deve ter sempre um alimento cru e outro cozido.

Outro fator muito importante é saber equilibrar o que se come. Escolher uma única coisa para comer, ou repetir em de-masia o mesmo cardápio também é ruim. “Todos os nutrientes são importantes, cada um tem seu valor. Numa alimentação ade-quada deve predominar: carboidrato, pro-teína, vitamina, sais minerais, fibras, água e gorduras, em menores quantidades. To-dos são importantes, mas cada um na sua devida proporção”, explica Rita.

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Algumas doenças podem ser desenvol-vidas ou agravadas por causa da má alimentação. É o caso da hipertensão,

cujos números assustam: um quarto da po-pulação brasileira sofre com a doença, de acordo com o Ministério da Saúde.

A mais popular prevenção para hiper- mais popular prevenção para hiper-tensos é reduzir o consumo de sal. Para a nu-tricionista Ângela Cardoso, existem outras medidas que podem ser tomadas para pre-venir não só a hipertensão, como também o diabetes, o colesterol e triglicérides altos.

“Substituir alimentos que contenham farinha branca por alimentos integrais e se alimentar de três em três horas. Essas duas mudanças apenas fazem muita diferença; ajudam o organismo a se manter ativo o dia todo, sendo obrigado a queimar calorias e mantêm a glicemia sanguínea estável, aju-dando a perder peso”, aconselha.

Ter uma alimentação saudável não é complicado. Desde a hora de escolher o ali-mento até a hora de prepará-los, tudo conta. Comer frutas ao invés de preparar um suco, aumentar a ingestão de carnes brancas e até mesmo preferir o leite, e seus derivados, des-natados e não integrais, são atitudes que con-tribuem para uma vida saudável.

Segundo a nutricionista Aline Miguel Gonçalves, não são necessárias alterações drásticas ou preparações de alto padrão, por-que estas logo se tornam insustentáveis. “Faça suas preparações com temperos naturais, à base de ervas como manjericão, alecrim, sal-sa. Os temperos prontos são ricos em sódio e podem aumentar a pressão arterial”, explica.

Combustível para o diaÉ importante não pular nenhuma refei-enhuma refei-

ção e não esquecer o café da manhã, uma vez que o intervalo entre a última refeição e o café da manhã é um longo período de jejum no qual o organismo continua gastando energia para deixar ativas as funções vitais, como ba-timentos cardíacos, circulação e respiração.

Ângela garante que o café da manhã é muito importante, pois é necessário “com-bustível”, energia para desenvolver as ativi-dades do nosso dia. “Ao não tomar o café da manhã, o açúcar no sangue continua

Thais Farias

EscolhasinteligentesMudanças cotidianas simples possibilitam uma vida mais saudávele equilibrada

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baixo até o desjejum, comprometendo o rendimento do indivíduo. Por isso, é preciso comer pela manhã, para manter a glicemia sanguínea e ter energia para desenvolver as atividades com bom rendimento.”

Os refrigerantes, chamados de caloria vazia, são vilões de uma vida saudável, pois não oferecem nenhum nutriente, somente calorias na forma de açúcar. A ingestão diá-ria do refrigerante aumenta o valor calórico indicado ao ser humano ao dia.

“O alto valor calórico dos refrigerantes, proveniente da concentração de açúcares, contribui para a obesidade, e juntamente com altas concentrações de sódio e outros aditi-vos, podem predispor ao câncer e a doenças crônicas não transmissíveis, como hiper-

tensão, diabetes e doenças cardiovasculares; dificulta a absorção de ferro, podendo gerar anemia, e também de cálcio, desencadeando doenças ósseas como osteoporose. Prefira, então, sucos naturais diluídos, e beba pelo menos dois litros de água por dia”, conclui.

A relações-públicas Simone Yadomi mudou drasticamente a alimentação nos úl-timos cinco meses. Deixou de ser alimentar em fast foods, não ingere refrigerante nem álcool. Além disso, passou a comer frutas diariamente, diminuiu o consumo de carne vermelha e começou a ingerir dois litros de água diariamente. “Foram mudanças sim-ples, mas que me deixaram com mais fôlego, bom humor e mais segura também, já que eliminei dez quilos”, comemora.

Aumente a ingestão de

carnes brancas e pescados – diminua o consumo das vermelhas.

Escolha sempre a

margarina – por não ser fonte de gordura satu-rada.

Evite fritu-ras – prefira

assados, grelha-dos ou cozidos.

Opte pelo óleo de

canola, girassol ou milho e use azeite de oliva, que auxilia a redução do co-lesterol ruim.

Para aperi-

tivos, prefira pequenos lan-ches, sementes e frutas oleagi-nosas

(castanha--do-pará, por exemplo), pois proporcionam ótima nutrição e mantêm o funcionamento cerebral.

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Cinco dicas para uma alimentação mais saudávelpor Aline Miguel Gonçalves [Nutricionista]

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A importância da saúde

“Nossa, você tem o rosto lindo, só precisa emagrecer!” Que atire a primeira pedra quem já não

disse isso, ou pensou em dizer, para alguém que está supostamente acima do peso.

A ideia de que, para ser lindo, é neces-sário ser magro é uma imposição histórica dos produtos midiáticos e, principalmente, da indústria da moda, que exibe modelos cada vez mais esbeltas nas capas dos grandes editoriais.

O resultado dessa estereotipagem toda é a busca por uma beleza inatingível, diretamen-te ligada à insegurança e ao descontentamen-to com o corpo, levando garotas a recorrerem a dietas mirabolantes que prometem milagres sem apresentar nenhum resultado. Assim, deixa-se de lado o fator mais importante de todos para quem quer pôr um fim definitivo na batalha com a balança: a saúde.

A história de Camys A designer paulista de 23 anos Camilla

Pires foi uma das vítimas desses regimes malucos. Cansada de se sentir mal com o próprio corpo e não conseguir emagrecer, chegou ao seu limite quando atingiu a marca de 85 quilos. Desesperada, decidiu que era hora de mudar seus hábitos e buscar uma vida mais saudável.

Através de reeducação alimentar e muito exercício físico, Camilla finalmente começou a ver mudanças, passando do jeans número 50 para o 38 em menos de um ano. Para regis-trar sua jornada de emagrecimento e manter o foco, ela criou um blog na internet. Em 22 de fevereiro de 2012, surgia o “Pensando Magro”, que, de início, funcionava apenas como um diário pessoal da Camys (como é conhecida pelos internautas), onde ela publi-cava seus desabafos e conquistas relacionadas

a seu peso. Porém, ao longo dos meses, o que antes era apenas um passatempo, foi toman-do proporções maiores, e hoje conta com mais de 9 mil seguidores no Facebook, que, inspirados pela história dela, trocam dicas e desabafos sobre emagrecimento e estilo de vida. Além disso, Camys está lançando um livro sobre sua história: “Pensando bem, prefiro ser magra”.

Atualmente com 61 quilos, Camys conta que nem tudo são flores, as recaídas existem, o importante é não perder a força de vontade. “O primeiro passo para querer mudar de verdade é treinar o psicológico. Está tudo na nossa mente e no modo como encaramos as mudanças. Já pensei em largar tudo, mas sei que é preciso paciência para chegar a algum lugar e, hoje, saber que tenho o controle sobre minhas atitudes e ver que posso chegar aonde quiser fazem todos os esforços valerem muito a pena”, comenta.

Agenor Rodrigues Junior

P E N S E M A G R O

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P E N S E M A G R Ono processo de emagrecimento

O despertar para vida saudávelOutra história semelhante é a da estu-

dante bauruense de 21 anos Marcela Zanott, que, desde os 14, sofre com seu peso. “O pior momento da minha vida foi quando fui com-prar uma calça para usar no meu aniversário de 14 anos. Chegando na loja, me apaixonei por um modelo que estava disponível no meu tamanho, fui feliz até o provador e, quando cheguei lá, a calça não serviu, desabei em lágrimas”, conta.

Em 2010, Marcela se viu em uma situação mais complicada. O fato de estar acima do peso havia contribuído para a formação de um coágulo sanguíneo em sua perna esquer-da, provocando problemas circulatórios. A partir disso, ela tomou consciência de que era necessário modificar seu estilo de vida.

Marcela procurou uma nutricionista e matriculou-se em uma academia e, hoje, após ter perdido 15 quilos, afirma que é uma mu-

lher mais saudável e mais feliz.

“Faço um acompanhamento mensal com minha nutricionista, minha dieta é super- diversificada, até chocolate posso comer. Também treino na academia todos os dias por uma hora. No começo foi difícil, mas hoje se tornou um momento prazeroso do meu dia. Não há nada melhor do que perce-ber os resultados dos esforços que fiz e ouvir das pessoas como estou mais magra, isso me motiva de uma forma inexplicável.”

Orientações do profissional

Assim como fez Marcela, quem quer perder peso deve procurar um profissional. A nutricionista Bruna Joaquim Carneiro alerta que fazer dieta sem acompanhamento pode trazer problemas à saúde. “Normalmente, a pessoa corta nutrientes importantes e desen-volve carências nutricionais. Tais carências podem baixar a imunidade e aumentar o risco de diversas infecções oportunistas”, argumenta.

Quanto a alimentos que são os coringas do emagrecimento, Bruna diz que não há segredo, e que o importante é diversificar. “O ideal é tentar fazer uma alimentação equili-brada, composta de frutas, verduras, legu-mes, carnes magras, leite e cereais integrais. Fracionar as refeições e beber muita água”.

No final das contas, emagrecer não depen-de apenas do corpo, e sim do pensamento. É importante trabalhar as questões psico-lógicas antes de travar uma luta consigo mesmo. Vale buscar inspiração em his-tórias como as de Camilla e Marcela e, acima de tudo, considerar seu bem-estar. Não faça pelas pessoas, faça por si mesmo

e colha os frutos de uma vida mais saudável e equilibrada.

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Retranca

12 • Campus Magazine 2012

VEGETARIANISMO

Os motivos que levam milhões de pessoas a abrirem mão de uma dieta

carnívora

Considerado o pai do vegetarianis-mo, Pitágoras propôs a alimenta-ção vegetariana quase 500 anos antes de Cristo. Seus princípios

se pautavam em saúde física, religiosidade e responsabilidade ecológica. Por acreditar em reencarnação, considerava errado, em sua concepção, comer animais que já foram – ou seriam, em outra vida – humanos. Depois do filósofo, vieram inúmeros representantes fa-mosos em prol do vegetarianismo, de Albert Einstein ao ex-Beatle Paul McCartney.

Antes chamados de pitagóricos, hoje os vegetarianos são 8% da população brasileira, o equivalente a 15,2 milhões de adeptos da alimentação sem carne, segundo pesquisa re-alizada pelo Ibope em 1º de outubro de 2012.

Entre essas mais de 15 milhões de pesso-as está Adriano Arrigo, 24 anos, estudante de Ciências da Computação, que adotou essa

dieta há seis anos, mais recentemente, abdi-cou também dos derivados de leite e ovos, tornando-se vegano. E os motivos vão além da saúde. Ele explica que tudo começou quando passou a ter conhecimento sobre a filosofia hindu, principalmente a essência de que todo ser vivo deve ser respeitado. O hinduísmo prega, assim como Pitágoras, a reencarnação – mais um motivo para o ve-getarianismo ser parte da religião indiana.

ALÉM DO FÍSICOAs mudanças vão além do fim de uma

dieta carnívora, há mudanças psicológicas e sociais. “Quando você para de comer carne, sua vida começa a mudar em diversos senti-dos, principalmente no social, pois toda re-feição com outras pessoas é uma luta. É ne-cessário ouvir dos outros que, de qualquer maneira, você está matando a alface”, conta

Larissa Cabelo

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Adriano, ressaltando, ainda, que o vegeta-rianismo é só um caminho para enxergar o mundo de uma maneira diferente.

O budismo, outra religião de origem indiana, integra a alimentação vegetaria-na aos seus ensinamentos e, apesar de não ser obrigatória na conduta budista, tornou--se uma opção para uma grande parte dos monges. Os motivos para tal não se restrin-gem à compaixão pelos animais: a monja Coen Murayama declarou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que os monges perceberam que, por ser mais leve, a comi-da vegetariana auxilia para que a meditação seja mais profunda.

Além das questões ideológicas e religiosas, um dos principais motivos que levam as pes-soas a deixarem de consumir carne é a saúde.

Fabíola Yumi Sousa Nakagawa, 20 anos, estudante de Arquitetura e vegetariana há quatro anos, foi influenciada a mudar sua alimentação pelo ativismo de um ídolo, mas conseguiu com isso auxílio no controle do diabetes. “Eu sempre tive problemas com a carne. Por ter diabetes tipo I desde os 7 anos

de idade, a minha digestão era muito dificul-tada. Minha glicemia caía muito e, por mais que eu comesse, não dava conta de digerir”, diz Fabíola. Ela completa: “Apesar da dieta do diabético ser uma das mais saudáveis, o vegetarianismo ajuda a se manter na linha”.

Há também redução no risco de AVC e hipertensão arterial. A nutricionista Clau-dia Braga Capossi explica que “uma vez que adotam essa dieta, os indivíduos consomem maior quantidade de frutas, verduras, áci-dos graxos poli-insaturados (as gorduras boas) e menor quantidade de gorduras sa-turadas e colesterol”. Ela ressalta que a gor-dura saturada encontrada nos alimentos de origem animal é a que mais entope as veias, ou seja, quando o indivíduo não a consome, o risco dessas doenças diminui.

Claudia aponta que a grande desvanta-gem de uma dieta vegetariana é a falta de informação. Como qualquer outra mudan-ça na alimentação, a opção pelo vegetaria-nismo, seja por motivos religiosos ou de saúde, deve ser realizada com a orientação de um profissional.

“Quando você para

de comer carne, sua

vida começa a mudar

em diversos sentidos,

principalmente no

social.”

Adriano Arrigo

adepto do vegetarianismo

há 6 anos

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Foto

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issa

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elo

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14 • Campus Magazine 2012

As amizades podem começar das mais diversas formas. Através de amigos, na faculdade ou no traba-lho, é comum conhecer pessoas,

mas, e quando a história começa por conta de uma simples bala? Foi a assim que Rafael Ca-pobianco Rizzi e Wellitom Querubim, mora-dores de Mineiros do Tietê, se conheceram.

Certa vez, o grêmio estudantil da E.E. Antônio Ferraz pretendia fazer um peque-no jornal sobre os acontecimentos da esco-la. “A gente ia fazer um jornalzinho para a escola, e eles (o pessoal do grêmio) pediram minha ajuda”, disse Rafael. Dos integran-tes do grupo, entre o qual estava um certo Wellitom, o único conhecido era um xará, o Rafael Silva.

Com a ideia do jornal em mente, eles passaram de classe em classe perguntando quem gostaria de comprar o jornal, que cus-taria apenas R$ 0,25. “O engraçado é que um monte de gente queria o jornal feito por uns ‘pé-rapado’ que nem a gente.”

Depois do jornal já estar pronto, eles pe-garam o dinheiro vindo dos patrocinadores e foram até um escritório que imprimiria as cópias do jornal. Naquela, do grupo do grê-mio, apenas Rafael e Wellitom estavam dis-poníveis para xerocar o jornal. “Então nós demos a folha para a mulher tirar o xerox, e era folha que não acabava mais. Até saiu fumaça da máquina.”

Pelo alto número de folhas, as cópias do jornal acabaram atrasando. Impacientes, os alunos não aguentaram esperar até o perío-do da tarde e acabaram indo embora. No fi-nal das contas, venderam apenas um mísero jornal, arrecadando apenas R$ 0,25.

Com a quantia em mãos, dirigiram-se ao barzinho localizado próximo à escola. “Per-guntamos o que dava para comprar com R$ 0,25”, disse Rafael. “Ah, dá pra comprar duas balas”, respondeu a atendente.

Depois de comprar as balas, foram até a praça para conversar. No fim das contas, a bala era tão ruim que eles jogaram fora. “O Welli-tom reagiu de uma forma tão engraçada que eu comecei a rir muito. Foi palhaçada atrás de palhaçada e ali que nossa amizade começou.”

Após sete anos do episódio, Rafael con-tinua em Mineiros do Tietê e Wellitom mudou-se para Belém, estado do Pará. A internet funciona para manter a amizade, separada por mais de 2.700 km de distância.

“A amizade com ele não é aquela que tem briga de vez em quando. Com ele, as ideias batem. Mesmo com o fator limitante da dis-tância, a amizade não diminuiu. Ele é meu melhor amigo”, disse Rafael.

Na ocasião em que entrevistamos Rafael, os amigos estavam planejando um encontro para as férias de fim de ano, quando Wellitom viria visitar sua cidade natal. E pensar que tudo isso começou por causa de uma bala...

Como uma bala iniciou uma parceria

entre dois amigos

Matheus Bottura Raulli, Diego de Souza Contrera e Eduardo Sbeghen Pelegrini

Por causa dela…

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Da mesma forma que uma bala uniu Rafael e Wellitom, outros alimentos consolidam amizades e até criam tradições.

Se pesquisarmos pelo seu significado en-contraremos o seguinte: tradição é a trans-missão de práticas ou de valores espirituais de geração em geração. Nesse sentido, a uni-versidade é um bom local para se iniciar uma. Alguns criam grêmios estudantis, churrascos anuais de turmas formadas e até o próprio trote nos “bixos”, que são diferentes tradições

Com esse intuito, um grupo de estu-dantes da USC resolveu iniciar sua própria tradição. O grupo formado por Rafael Ca-pobianco, Tainá Silva, Mayara Albertin, Gabriele Bernardo, Izabella Coradi, Flávia Roque, Paula Souza, Bruna Pasquine e Luiz Eduardo Calandrin, mesmo que de uma forma despretensiosa, acabou dando início a uma tradição que poderá também se per-petuar com os futuros estudantes de Mi-neiros do Tietê que ingressarem na USC.

Entenda um pouco do evento explicado por alguns dos integrantes:

O que é o PizzUSC?

“O PizzUSC é uma reunião entre amigos, que surgiu de maneira inusitada, em frente os portões da USC. O atrativo principal é a pizza, que se tornou o tempero das nossas conversas regadas a muito bom humor e di-versão!”

Mayara Albertin, estudante de Engenharia Civil na USC

Como surgiu o PizzUSC?

“O PizzUSC nasceu numa ideia, em fren-te à grade da USC com a galera morrendo de fome esperando o ônibus. Dias antes, o Rafael tinha ganho folhetos de propaganda de uma pizzaria e ele mostrou pra turma, a ideia surgiu unânime na mente de todos os famintos: vamos ligar!

Na primeira sexta-feira de PizzUSC, fui eu quem ligou e a atendente da pizzaria achou bem estranho entregar uma pizza pra estudantes no meio da calçada. Mas ela gos-tou tanto da nossa ousadia que gravou meu nome e até puxava assunto nas outras vezes em que ligamos.

Depois do sucesso daquela sexta-feira, a gente não podia deixar passar batido: queríamos transformar aquela reunião em uma tradição. Passado um ano de PizzUSC, além de influenciar outras pessoas, nos di-vertimos muito todas as vezes em que nos reunimos na calçada pra comer a bendita pizza de calabresa e bacon (sabores favo-ritos do grupo). Não faço ideia de quantas pizzas já comemos ou quanto já gastamos, só sei que vamos continuar nossa tradição mesmo depois de formados.”

Tainá Silva, estudante de Arquitetura e Urbanismo da USC

Matheus Bottura Raulli

Onde tudo acaba em pizza

PizzUSC

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Além da PizzUSC, vocês realizamalgum outro tipo de evento?

“Tem o ChurrUSC. Nos reunimos às sex-tas para comer a sagrada pizza em frente à Universidade, então decidiram que preci-savam levar esta ‘reunião’ para sua cidade. Foi então que surgiu o ChurrUSC. Uma reu-nião entre amigos, onde não poderia faltar a comida, só trocamos a pizza pelo churrasco. E a tradição, o nome levou o sufixo USC, afinal, nossa amizade começou devido aos estudos.”

Gabriele Candido Bernardo, estudante de Fisioterapia da USC

O PizzUSC é realizado praticamente toda sexta-feira, é como se fosse um “es-quenta” para o final de semana. O evento

já está no seu segundo ano e cada vez vem aumentando seu número de integrantes. Em 2012 Rafaela Puertas e Éder Bonini se uniram ao evento e, além do aumento do número de integrantes, o número de insti-tuições universitárias também aumentou. A estudante de administração da ITE Jés-sica Bottura também se juntou ao grupo, a única diferença é que o PizzUSC dela é realizado dentro do ônibus.

O grupo do PizzUSC também influen-ciou outras turmas. Vira e mexe é possível encontrar estudantes de outras turmas co-mendo pizza sentados na calçada.

O encontro de amigos que começou na calçada da USC tem tudo para seguir em frente e acabar por atrair mais e mais adeptos.

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Luiz Eduardo, Mayara, Tainá

e Rafael em uma das mais recentes

edições do PizzUSC

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Julia Pereira e Thaisa Moraes

Perigo na mesaA alergia alimentar dificulta a rotina diária de pacientes e pode levar a graves consequências

Imagine ter que mudar radicalmente os hábitos alimentares e deixar de consu-

mir alimentos básicos, como pães, leite, ovos e carnes. Pessoas diagnosticadas com alergia alimentar precisam ter um cuidado especial na hora de compor a dieta diária, pois a ingestão acidental de alguns alimen-tos pode trazer danos imediatos à saúde.

De acordo com a ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), as reações alérgicas de causas alimentares aco-metem de 6% a 8% das crianças menores de 3 anos, e de 2% a 3% dos adultos. As pessoas que têm mais possibilidade de desenvolver alergia alimentar são aquelas que já apresentam outras do-enças alérgicas, como rinite e asma, além daquelas com his-tórico genético. Se o pai ou a mãe apresentarem al-gum tipo de aler-gia, a possibilidade de possuir filhos alér-gicos é de 17%.

Superando as vontades Diminuir o consumo de chocolates é o

maior desafio para a empregada doméstica Vera Morais, 59 anos, diagnosticada após realizar um teste de alergia. “Fiz o teste para descobrir o motivo da coceira e do ressecamento da pele”, diz. Além do cho-colate, Vera também é alérgica a ovos, car-ne vermelha, arroz e soja, mas ela continua consumindo esses alimentos (de maneira reduzida) mediante ingestão de medica-mentos que anulam os sintomas da alergia.

Já a jornalista e professora universitária Patrícia Paixão, 36 anos, cortou de vez da

dieta qualquer alimento que contenha glú-ten, proteína presente no trigo, na cevada e no centeio. “Passei a olhar a embalagem de todos os alimentos antes de comprar, pois a maioria deles tem glúten”, conta a jornalista, que precisou ir a vários gastroenterologistas até descobrir que possuía a doença celíaca, diagnóstico para pessoas alérgicas a glúten.

Além de precisar abrir mão de pão fran-cês, bolos, hambúrgueres e pizza, Patrícia também enfrenta dificuldades na hora das compras, já que a maior parte dos super-mercados não oferece suporte na venda de produtos para esse tipo de público. “A sorte

é que existem raras lojas especia-lizadas em alimentos sem

glúten. Não há opções nem mesmo nas

grandes redes de super merc ados . Sinto muita difi-culdade”, desabafa.

Embora os sin-tomas sejam seme-

lhantes na maioria dos casos (diarreia, ânsias, vômi-

tos, dores de cabeça, irritações na pele, entre outros), a nutricionista Alessandra Xavier dos Santos ressalta que o diagnós-tico pode ser feito apenas por um médico.

Outro fator importante ao qual os pa-cientes devem atentar é a reposição de nutrientes, a fim de não se privar de pro-priedades nutricionais importantes para o organismo humano. “O nutricionista irá orientar os pacientes sobre os tipos e a for-ma de preparo de alimentos substitutos que pertençam ao mesmo grupo, ou seja, que possuam composição semelhante e forne-çam os nutrientes necessários”, conclui a nutricionista.

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18 • Campus Magazine 201218 • Campus Magazine 2012

É para vestir ou comer?

Fofos, engraçados e delicio-sos... Doces, frutinhas, san-duíches... Comidas dos mais variados tipos foram parar na sua camiseta e agora estão ditando uma moda diferen-

te e fazendo a cabeça de muita gente, criando visuais ousados e divertidos, voltados ao público jovem. A moda tem mesclado inocência com criatividade, trazendo ao consumidor uma imagem moderna. A culinária está invadindo o mundo fashion. Nas lojas, nas ruas, nas passarelas, os ingredientes viraram es-tampas, pingentes e brincos.

Moda e culinária: o que esses itens aparentemente tão diferentes têm em comum?

Ana Lívia Marques Zanata eMariana Campos Vasconcelos

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Campus Magazine 2012 • 19Campus Magazine 2012 • 19

O comportamento do ser humano, a história e a cultura sempre influenciaram no vestuário. A design de moda Mayra Ferraz explica: “A culinária faz parte da tendência mundial de comportamento, na verdade. Assim como em outros setores, a moda está prezando as experiências emo-tivas baseadas no próprio marketing. Tra-ta-se do consumo da experiência como um todo, que inclui pagar não só por um pro-duto, mas por um conceito ou identidade, o que inclui o sentido do paladar. A moda só agregou a culinária a esse conceito.”

Nas feiras, nas estampas... o pastel está na moda! As chamadas “candy collors”, ou cores em tons pastel, remetem ao ro-mantismo e são uma grande tendência para o verão 2013. “Uma cartela de cores que, além de remeter ao imaginário, tam-bém mostrou alguns doces, frutas e os am-bientes naturais deles”, ressalta Mayra.

Independentemente da tendência, o importante é respeitar o seu estilo. Não adianta usar o que está na moda se você não se identificar, pois quem ficará inco-modado e passando uma imagem que não traduz a sua identidade é você mesmo. A moda pode ser incrível, contanto que mos-tre o seu caráter. A culinária está entre as tendências da estação. Essa moda pega?

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20 • Campus Magazine 2012

Há muito mais que ingredientes por trás de um simples prato de comida.

Há cultura de temperos, misturas de gostos e tradições nas cozinhas pelo mundo afora.

Entender isso é fundamental na hora de montar um prato, pois, desse modo, vai-se além do cozinhar e comer. O chef de cozi-nha Flavio Luppi, formado em gastronomia pelo Senac de Águas de São Pedro, já morou por sete anos na Europa e sente uma atração especial pela culinária de outros países. A se-guir, ele compartilha algumas curiosidades e experiências que obteve nos anos em que esteve fora do país.

Como é elaborado um prato?Temos que escolher os melhores alimen-

tos de acordo com a época. É onde entra a criatividade e experiência do chef. 

De onde surgiu seu interessepela culinária internacional?

Sempre procurei informações sobre o tema, até chegar ao ponto de me profissio-nalizar na área, e ver que a realidade da gas-tronomia profissional é fascinante e com-plexa. É, em minha opinião, o mercado com maior crescimento atualmente no Brasil.

O que torna a culinária de outros países diferente da brasileira?

Os ingredientes e a maneira como as ba-ses da cozinha são aplicadas. Fora do Brasil,

as técnicas são mais utilizadas, e preservam--se mais a cultura e os ingredientes regio-nais. No Brasil, durante muito tempo, não ousávamos nem usávamos os inúmeros e ricos ingredientes que temos no nosso país.

As bebidas interferem ou ajudamna degustação de um prato?

Ajudam, com toda a certeza, é um casa-mento entre a comida e a bebida. Fazemos harmonizações nas quais pratos são desen-volvidos para que combinem com a bebida que será servida e vice-versa. E, para que ocorra essa combinação perfeita, é preciso estudo e prática. Mas, se quisermos combi-nar coisas diferentes e gostarmos do resul-tado, isso é válido.

É importante entender a cultura deum país para compreender a receita?

É fundamental. Conhecendo a cultura de vários países, podemos absorver o que mais nos interessa para podermos aplicar na nos-sa culinária própria.

Cite semelhanças e diferenças entre comidas de outros países e do Brasil.

Os feijões são usados em todo o mundo de maneiras diferentes. O churrasco e os grelhados são mundiais. Os pães e as massas são usados com aplicações de ingredientes de cada local, o que confere uma ligeira dife-rença, porém com a mesma base.

Culinária globalizadaOs gostos e as tradições

nas cozinhas do mundo afora

Luana Leonel

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A passagem por uma pizzaria des-pertou em Luiz Fernando Torres a vontade de ser um empreendedor

na área gastronômica. Ele, que já tinha uma empresa de informática, gostou tanto da pizza frita de Botucatu que resolveu trazer para Bauru uma franquia da marca.

Luiz passou por vários processos antes de abrir as portas. Foi preciso reunir infor-mações para dar subsídios consistentes à criação do seu negócio, conhecer o mercado e definir as estratégias para se posicionar de maneira certa, verificar a viabilidade e o retorno financeiro que ele teria, além de formalizar e registrar seu empreendimento.

Em Botucatu, a Pizza Frita Semião co-meçou com uma receita de família vendida em casa, passou por um disk pizza sediado num local menos valorizado comercial-mente, até chegar ao Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), onde um mix da mas-sa foi desenvolvido e finalmente registrado no INPI, o Instituto Nacional da Proprieda-de Industrial.

Hoje, o Semião é um dos principais pontos gastronômicos de Botucatu, mas até chegar a esse status foi preciso muito trabalho, como pesquisa de mercado sobre localização, concorrentes, fornecedores e consumidores.

Para facilitar tudo isso e tornar o inte-ressado um empresário bem-sucedido, o Sebrae dá algumas dicas e até disponibili-za em seu site um plano de negócios, bem detalhado e bastante útil. Nele, deve ficar registrado o conceito da empresa, os riscos, concorrentes, perfil de clientes, estratégias de marketing e até as finanças, proporcio-nando uma visão clara e consistente sobre

as metas a serem alcan-çadas.

Trabalhar formalmente só traz benefícios, pois, assim, há muito mais chances de se fechar parcerias, acessar linhas de crédito e exportar e receber subsídios do gover-no.

As vantagens deuma pequena franquiaComo se planejar para um novo negócio

“Eu não posso pegar um dia ruim de movimento e fechar as portas.Eu tenho que atender meu único cliente da melhor maneira.”

Luiz Fernando Tores, dono da Friggeri Pizza Frita de Bauru

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Felipe TellisKevelin Merino

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22 • Campus Magazine 201222 • Campus Magazine 2012

ShowQuem consegue ir a um show de rock e

ficar parado? Principalmente quando a ban-da que está em cima do palco é a Fenícia de Descalvado. Formada em 2005, batalha para manter o rock vivo, principalmente pelo in-terior de São Paulo.

Em relação à da alimentação, os integran-tes confessam que não adotam bons costu-mes. Comem lanches, pizzas e até tomam uma cervejinha durante e após os shows.

A vocalista Ninne está tentando mudar essa dieta, consumindo alimentos mais le-ves antes do show, ingerindo bastante água à temperatura ambiente e não consumindo bebida alcoólica. Mas diz que, depois do show, acaba comendo o que é servido pela casa de shows onde eles tocaram.

Confira a recomendação da nutricionista Carolina Reis Bustamante para antes de ir a um show: “É fundamental fazer uma refei-ção rica em carboidratos (para dar energia) e pobre em gorduras (para evitar desconforto gástrico). Um exemplo seria macarrão ao sugo ou  pão integral com frango ou carne magra e um suco de frutas natural”.

Ela também ressalta que nunca se deve ingerir bebida alcoólica em jejum, pois os seus efeitos são potencializados pela rápida absorção do álcool.

“Após o evento, é importante repor a energia gasta, nunca dormir em jejum. Tam-bém nesse momento deve-se dar preferência para alimentos de fácil digestão, como um sanduíche de pão com queijo branco e fru-tas. Se for de madrugada, ou se for horário do almoço/jantar, dar prefêrencia para ar-roz, purê de batata ou macarrão, legumes e carnes magras”, explica Carolina.

Raves ou festivaisRaves e festivais são característicos por

durarem mais de 12 horas, ou até dias. Para quem gosta desse tipo de evento, deve ter mais cuidados com a alimentação, pois irá passar muitas horas no local e, na maior parte das vezes, embaixo de sol e/ou chuva.

A nutricionista orienta que, para eventos que duram mais de três horas, “é importante levar uma opção de lanche e, nesse caso, o mais prático seria uma barra de cereais, fru-tas secas ou pacotinho de biscoitos integrais. Cuidados com alimentos vendidos em festas (principalmente se forem de dia, pelo calor) devido ao risco de contaminação, e evitem lanches gordurosos, como pastel, cachorro quente, principalmente com maionese. O mais seguro é optar por alimentos indus-trializados”, recomenda Carolina.

Seguindo essas recomendações, Talita Francynne Martinuci, jornalista e apaixo-nada por raves, sempre toma cuidados com as alimentações. Ela já frequentou em qua-tro anos mais ou menos 15 raves e costuma ficar 12 horas no local.

“Geralmente, antes da festa, procuro comer alguma coisa leve, mas que sustente: frutas, lanche frio e suco. Durante o evento, costumo consumir bastante água, refrige-rante e um pouco de bebida alcoólica. Não gosto muito de me alimentar no local. Às vezes, como um açaí ou levo barras de cereal e chocolate para evitar contaminação pela alimentação”, comenta Talita.

Você tem

Talita Martinuci, jornalista,já frequentou em quatro anos

mais ou menos 15 raves

Tamira FerreiraFernanda Fraga

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Retranca

Os alimentos são necessários na vida do ser humano. A comida alimenta o corpo e, para muitos, a música alimenta a alma. Mas como equilibrar os dois para um não atrapalhar o outro? A Campus Magazine traz algumas dicas sobre o que comer em diferentes eventos.

fome de quê?

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24 • Campus Magazine 2012

Diz a lenda que os afrodisíacos esquentam a relação a dois... Será mito ou verdade?

O saborda sedução

Você já parou para pensar que a deusa Afrodite tem alguma relação com a palavra “afrodisíaco”? Pois é, esses dois elementos estão conectados. Afrodite, a deusa grega do amor, do prazer e do sexo, etimológica e simbolicamente, serviu para atribuir o adjetivo afrodisíaco a tudo o que desperta o desejo sexual no ser-humano.

Resistir às sensações causadas pela ima-gem de uma linda lingerie, ouvir um sus-surro sexy ou sentir um delicioso aroma podem não ser nada se comparado à sen-

sação de um gosto ardido de pimenta ou aquele docíssimo chocolate. A culinária, muitas vezes, pode jogar no campo da se-dução e contribuir para a relação ser ainda mais especial.

Segundo a nutricionista Mariana Es-teves Antonio, os afrodisíacos realmente atuam em prol de um bom desempenho sexual. Ela acrescenta que a estética do que irá ser consumido também pode influen-ciar no resultado esperado. “Afrodisíacos são agentes químicos ou odores que esti-

Geraldo Rocha e Pâmela Antunes

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mulam o desejo sexual ou elevam a potên-cia masculina. Um prato bem arranjado e apetitoso à percepção de seus odores e à sua degustação tende a gerar um estado de euforia, capaz de conduzir ou resultar em ampliação do desejo sexual. Uma comida gostosa e saudável, preparada com especia-rias, pode, sim, estimular a paixão”, afirma.

Homens e mulheres, sendo diferentes em tantos quesitos, não poderiam deixar de ter seus afrodisíacos preferidos. Maria-na diz que, para as mulheres, os alimentos mais eficientes são chocolate, gengibre, mel, pimenta, morango, aipo, coentro, açafrão e o aminoácido arginina, encon-trado em nozes, queijos, ovos e carnes. “Esses alimentos fazem as mulheres se sentirem em êxtase e relaxadas”, declara a nutricionista.

Chocolate, ostras, pinhões, abacate são os que mais fazem efeito para o público mascu-lino. Em relação a esses alimentos, Mariana afirma: “Eles aumentam o fluxo sanguíneo para as extremidades e o volume de esperma”.

O jornalista Felipe Ohno conta sua ex-periência ao consumir afrodisíacos. “Fun-cionou, mas em uma escala pequena. Esses alimentos por si só não são suficientes para deixá-lo excitado, mas lhe dão mais vita-lidade para a prática sexual. Uma comida leve, com ingredientes como esses, deixa o sexo mais gostoso, revigorante e excitante. Eu recomendo!”

Vale ressaltar o valor nutritivo de todos esses alimentos, que não só contribuem para a saúde sexual como para o bem-estar do corpo e da mente. Delicie-se, divirta-se e seja saudável.

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26 • Campus Magazine 2012

Descubra por que ela faz tanto sucesso em todo o mundo

Conhecidos mundial- mente, os botecos são muito popula-

res, especialmente por dois motivos: são ponto de en-contro das pessoas, mesmo que seja para uma simples conversa, e também pelo lado comercial, com as ven-das de bebidas, petiscos e outras iguarias.

No Brasil, há inúmeros destes locais. Praticamente todas as cidades possuem os seus botequins, que cos-tumam ser frequentados por gente de diferentes fai-

xas etárias. Belo Horizonte é

conheci-

da como a “Capital Nacio-nal do Boteco”, contendo aproximadamente 12 mil estabelecimentos.

Por ser um comércio po-pular, já foi visto com maus olhos. Entretanto, este ce-nário mudou nos últimos anos, devido ao maior in-teresse, principalmente dos jovens, que podem, nestes ambientes, degustar delicio-sas porções, além de ouvir uma boa música.

Na região de Bauru, os botecos também têm des-taque. “A combinação de cerveja e comida de boteco faz tanto sucesso porque é prática e rápida para uma comemoração informal,

geralmente de co-legas num dia de

t raba lho, ou

simplesmente para relaxar ao final do dia”, afirma o chef de cozinha Alexandre Sandri.

O chef ainda cita que a porção de maior sucesso é a tilápia, consumida em is-cas. O pastel de tilápia tam-bém faz bastante sucesso. Há, ainda, os torresminhos crocantes. Normalmente acompanhados de cerveja, esses pratos são alguns dos campeões de vendas. Evi-dentemente, a limpeza e o bom aspecto do local são igualmente fundamentais para atrair as pessoas. “Ge-ralmente o que atrai tantos clientes é o fato de que as pessoas tem que se sentir à vontade, num ambiente bo-nito, relaxante, agradável”, enfatiza Sandri.

Para Gelio Adriano Perei-ra, chef de cozinha italiana, brasileira e mexicana, nasci-do em Minas Gerais e resi-dente em Milão há 18 anos, “saber cozinhar é uma arte. Da mais simples cozinha, chegamos também à alta cozinha, que é reconhecida internacionalmente.”

Comida de boteco

Diogo Inácio, Matheus Requena e Guilherme Gonçalves

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Campus Magazine 2012 • 27

Curiosidades

AS 10 COMIDASMAIS ESTRANHAS

DO MUNDO

Você reclama quando sua mãe faz fígado para o jantar?

A Campus Magazine fez uma seleção das dez comidas

mais estranhas do mundo para chef nenhum botar defeito!

Leitura não recomendada para quem tem estômago fraco.

O levantamento foi feito a partir de pesquisas em diversos

sites e com uma boa pitada de bom humor. A redação

não teve coragem de provar todos os pratos e não se res-

ponsabiliza pela qualidade dos mesmos!

Gabriela RuedigerPaula Santana

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28 • Campus Magazine 2012

Queijo de Verme Itália

Você já conhece o quei-jo embolorado. Agora já imaginou comer um queijo cheio de larvas vivas saltando até quinze centímetros do seu prato? Parece assustador, mas esta iguairia é muito consumida em uma cidade da Itália, chamada Sardenha. A comercialização deste queijo um tanto quanto exótico é proibida, pois causa infecção e hemorragia intestinal. Porém, se ele deixou você com água na boca, ainda pode encontrá-lo em produ-ções caseiras.

Farofa de Formiga Brasil

Esse prato exótico está bem per-tinho de nós: é da região sudeste

brasileira. Isso mesmo! Se você nunca ouviu falar dessa farofa presente no cardápio da tão queridinha comidinha brasilei-ra, saiba que ela faz bem para a

saúde, pois é rica em proteínas. Alguém se habilita?

Lagarto Seco Tailândia

Tudo bem que a maioria dos lagartos se adapta a diferentes tipos de ambien-te, mas secar o bichinho já é um pouco demais, né? Não é o que pensam os tailandeses, que apreciam a iguaria principal-mente em ensopados. Depois de secar, eles ainda afogam o coitado...

Cérebro de Porco Japão

Embora o cére-bro seja uma das partes essenciais para o funciona-mento do corpo humano, o dos suínos é um prato famoso encontrado no Japão, até mesmo em versões enlatadas com creme de leite. Ficou com vontade? Se você está de dieta, não é aconselhável, já que a gostosura possui 1.170 calorias!

Sannakji (Polvo Vivo) Coréia

O Sannakji é um prato servido ainda vivo! Isso mesmo! As ventosas do bi-chinho, que ainda está lutando para sobreviver, podem fazer o seu corajoso degustador engasgar... E haja coragem!

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Língua de Pato Vietnã

Você já viu língua de boi à venda nos mercados, mas espere até se deparar com a

língua de pato. Esta especiaria pode ser encontrada na China. Ela é servida fri-ta com shoyu, em porções. Dizem que ela é cheia de ossinhos. Será que o Pato Donald topa experimentar esse prato?

Balut Filipinas

Imagine um ovo com um embrião de pato cozido e comido na casca! Não, isto não é brincadeira. Nas Filipinas, o balut é um prato muito comum. Você pode encontrar ambulantes vendendo nas ruas. E, acredite se quiser, é um prato famoso e considerado afrodisí-aco, geralmente servido com um copo de cerveja. Pronto para o aperitivo?

Morcego à Caçarola Vietnã

Os super-heróis estão realmente em perigo. Desta vez, nosso amigo Batman é o prato do dia. Morcegos frutíferos são uma opção saudável no cardápio dos vietnamitas, preparados com batatas e vegetais. O ani-malzinho ainda pode virar o caldo de uma sopa ou o recheio de uma lasanha. A opção é sua!

Ovo de Mil Anos China

O ovo é um alimento delicioso e cheio de proteínas. Ótimo para quem está fa-zendo academia. Mas será que um atleta toparia comer o ovo de mil anos? Essa especiaria é feita na China. Ele é enterrado por cem dias com uma mistura de argila, cinzas, sal, cal e amido de arroz. A gema é

cremosa com um aroma acen-tuado e possui um sabor

que se assemelha ao de queijo. A clara possui uma textura que se aproxima com a da cozida, mas com pouco sabor. E aí, vai

encarar?

Tarântula Frita Camboja

Você sofre de aracnofobia? Existe um prato que, então, você nunca deve comer na vida: tarântula frita. Isso mesmo! Em Skuon, no Camboja, essa é uma comida típica vendida nas ruas e virou atração turística. Depois de cap-turadas, as bichinhas são fritas e comer-cializadas em espetos. Spiderman que se cuide!!

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30 • Campus Magazine 201230 • Campus Magazine 2012

As chamadas ondas culturais são bas-tante nítidas e mudam constantemente. Um exemplo claro foi o período em que a Rede Globo transmitiu a novela Caminho das Índias. Estudos detalhados sobre o assunto levaram empresários a crerem que, naquele momento, a cultura indiana estaria em alta, afirma o professor e especialista em tendên-cia Juba Zepper. Tendo tal informação em mãos, o boom era questão de tempo. Res-taurantes, bares, o mundo da moda, músi-ca, filmes, telenovelas – tudo aconteceu em um mesmo momento. O ápice foi quando o

filme Quem Quer Ser Um Milionário? levou oito Oscars.

A onda mexicanaNessa mesma linha de pensamento, ob-

servamos o momento México no Brasil, que pode ser percebido na culinária. Tal acon-tecimento deve-se principalmente aos acor-dos econômicos realizados entre ambos os países. Outros exemplos da influência me-xicana são as estampas de caveira e as via-gens para Cancun, cada vez mais acessíveis entre brasileiros.

ItComida

Um dos pratos principais da culinária mexicana, o Taco Chili, é também um

dos que mais tem saída no restaurante mexicano

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Juliana Benetti

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Campus Magazine 2012 • 31Campus Magazine 2012 • 31

Sentimentos & ComidasAlém dos produtos mexicanos, temos

em alta dentro da gastronomia as chamadas emotional food. Traduzindo, comida com emoção. Dentro deste modelo estão prin-cipalmente docerias, que vendem produtos como cupcakes, macarons, frozen yogurt e, o mais brasileiro de todos, brigadeiro gourmet.

Ticiane Kalili, dona de uma das maiores redes deste setor, a Brigaderia, nos conta mais sobre o assunto: “Nosso conceito emo-tional food está expresso em cada item das lojas e também em todo momento que nos-so cliente vive dentro dela, ou na caixa que carrega seus brigadeiros. Isso que dizer que ele se sente atraído por tudo que está ligado a nós: a estampa das caixas que identifica o produto, o ambiente da loja, o atendimento, a trilha sonora exclusivamente brasileira, o sabor do brigadeiro”.

A massificaçãoAlgo negativo em torno deste mercado

é a massificação dos produtos, perdendo sua identidade e qualidade. Como exemplo, temos a grande franquia do gênero, a fran-cesa Ladurée, que se estabeleceu no país. Os famosos macarons vendidos a R$9,00 atra-vessam o atlântico até a loja brasileira. Da-nielle Noce, blogueira do I Could Kill For Dessert (Eu Poderia Matar por Sobremesa), confeiteira, e estudante da escola francesa de confeitaria Lenôtre, comenta o assunto.

“Sobremesa, como qualquer outra comi-da, quanto mais fresca estiver, melhor será o seu sabor e melhor serão mantidas suas características verdadeiras (...). Para mim, não faz sentido que um doce que poderia ser produzido no Brasil, com as mesmas caraterísticas, embarque em um navio ou em um avião, consuma milhões de litros de petróleo para chegar até aqui. Também não acredito que o padrão de franquia, por ter um processo de produção regularizado e uniforme, seja sinônimo de qualidade. Na maioria das vezes, há uma ausência de vida e coração do produto. Morando aqui em Paris, percebo que os lugares mais especiais ainda são comandados por famílias, ou pe-

quenos empresários, que, antes de serem comerciantes, são apaixonados por comida e pelo que fazem.”

Com uma rotatividade relativamen-te alta em relação aos produtos de moda, cabe aos empresários administrarem bem o seu nicho, para se estabelecerem den-tro do mercado nacional. Hoje, o produ-to mais “bacana” é o burrito mexicano, até pouco tempo o espaço pertencia aos temaki’s japoneses. Nessa lógica, amanhã um novo produto provavelmente irá sur-gir, e somente sobreviverá quem souber lidar com a situação. É importante prestar atenção na inovação, uma condição para a diferenciação e permanência dos negócios no mercado.

“Os doces trazem alegria à vida. Me realizo no preparo de cada um. Me preocupo não só com a estética individal de cada doce, mas principalmente com o sabor, que deve ser inesquecível, delicioso! Minha vida se tornou muito mais doce e prazerosa quando me aventurei na confeitaria!.”

Grazi Bonesso é funcionária pública e faz doces por paixão e por hobby, tendo criado a marca “Miss Cereja”, em São Carlos, SP.

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Cozinhar pode ser uma tarefa ou um pas-satempo. Contudo, após toda a diversão

antes da refeição e toda a delícia na hora de comer, a última parte é um pouco chatinha para a maioria daqueles que se arriscam na cozinha. Lavar a louça acaba sendo uma obrigação sem rodeios. Aí, já viu, é massa grudada em panela, é cheiro que empregui-na nos potinhos, é pia que dá o maior show quando entope...

A nutricionista e gestora do centro gas-tronômico da Universidade Sagrado Cora-ção, Patrícia Pelissaro Loquete Ramalho, compartilha os métodos utilizados na sua cozinha industrial. Ela conta que detergente neutro e água aquecida são um conjunto que facilita muito a limpeza das panelas. Ela explica métodos que agilizam o processo de higienização. “Nossa produção é diária, então a louça usada naquele dia deve ser limpa no mesmo dia.”

Massa na louçaCozinheiros amadores, sabem quando

vocês preparam aquele prato italiano,

“Gnochi” ou “Lasagna”, ou mesmo uma sobremesa básica de café da tarde, tipo bolo de cenoura, e a louça fica toda grudenta? Aí você colocava todos os utensílios de molho na água e a limpeza só começava três dias depois que a comida já tinha até acabado? Chega de bagunça!

Para desgrudar massa da louça, a equipe de Patrícia usa a facilidade da água aquecida. “Coloca-se o utensílio de molho na água quente com a utilização da espátula e já faz a parte de raspagem deste, seguido da higie-nização”, explica. Na hora mesmo!

Sabão ou detergente?Os consumidores de sabão alegam moti-

vos de economia: é mais barato e dura mais. Aqueles que utilizam detergente defendem a facilidade na higienização. De fato, os dois estão certos. Patrícia apoia o uso dos dois em equipe. “Para uso doméstico, o uso do detergente para as gorduras em conjunto com o uso do sabão acaba economizando um pouco. No caso da cozinha industrial, a gente não pode utilizar o sabão por causa da soda.”

Fazer é divertido, degustar é

prazeroso, mas limpar...

Abaixo à lei do “eu faço, você limpa”!

Aprenda métodos e dicas que

facilitam esse desgosto.

LoucaLouça

Amanda Tambara

Page 33: Campus Magazine 2º Semestre 2012

neutralizar os odores”, explica. Esse mesmo truque é utilizado para desintoxicação das folhas.

Como dica caseira, a gestora aconselha “deixar de molho numa solução de água com hipoclorito, que é a água sanitária. O que causa o odor são as bactérias. O cloro tem poder desinfetante. Mesmo a solução que usamos pra desinfecção de verduras pra matar bactérias, você pode utilizar para higienizar esses tipos de utensílios. Um litro de água com 10 ml de cloro, deixa de molho por 10 minutos e enxágua. Ele não será prejudicial à saúde e vai neutralizar o odor”.

Para os famosos potinhos plásticos, a gestora receita uma boa higienização do

recipiente, guardar destampado e deixar de molho na solução já men-cionada, quando necessário.

Campus Magazine 2012 • 33

Desengordurante: produto milagroso?

Algumas pessoas utilizam o desengor-durante para lavar tudo. Quanto à eficácia do produto, é indiscutível. Porém, Patrícia explica seus funcionários só utilizam o desengordurante para limpar o fogão e o forno. Ela alega que por o produto é forte e muito agressivo e, por isso, não deve ser usado diariamente na louça. “Só é utilizado na limpeza para desgrudar aquela sujeira mais difícil de tirar. O produto não pode ter contato com o manipulador e com o alimento.”

Entupiu, e agora?Uma coisa é certa e

não tem outra opção: depois que entupiu, só desentupindo! A gestora recomen-da a prevenção, para isso o uso da peneirinha. Aquele ralinho que muita gente não usa porque tem nojo de lim-par, sabe? Pois bem, mesmo limpando res-tos de comida antes de pôr a louça na pia, alguma coisa ou outra acaba indo, e o ralo coletor é de muita utilidade nessa hora.

Entretanto, “o que entope mais não é su-jeira, e sim, gordura”. Patrícia explica que a água quente ajuda a dissolver a gordura, mas “mesmo assim, se a tubulação não tem uma espessura muito grande, acaba entupindo a caixa de gordura”.

Xii... Ainda tá cheirando...Do cheirinho da comidinha pronta todo

mundo gosta, não é?! Mas quem lava, sente. Às vezes, o cheiro fica no utensílio. Para tal problema, Patrícia utiliza em sua cozinha industrial uma máquina de ozônio. “É um produto novo que está em teste. Ele trans- em teste. Ele trans-forma a água em ozônio, que tem o poder de

Thaís Helena tem 19 anos e é fã de peripé-

cias na cozinha: “Adoro cozi-nhar e detesto lavar louça”. Ela

compartilha sua receita para dei-xar o momento menos entediante: “Costumo ouvir músicas alegres

e vibrantes enquanto lavo. Isso ameniza a chatice da ta-

refa!”

A QUÍMICA CONFIRMA!

A química Setsuko Sato confirma que o desengordurante, desde que não seja utilizado de modo exagerado, não é prejudicial à saúde: “Lavando direitinho e enxaguando direitinho, não tem problema”, diz.

Sobre a solução de água com hi-poclorito, a profissional afirma não causar danos à saúde. “É tranquilo”, afirma.

Assim como a gestora Patrícia Ramalho, Setsuko indica o detergente neutro para a higienização da louça. “Se for aromatizado, fica o cheiro do detergente nos utensílios”, justifica.

FICA A DICA!

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34 • Campus Magazine 2012

Que cheirinho bom!

Quem não tem guardada na me-mória, em meio às lembranças de infância, uma comida especial preparada com muito carinho

pela avó?! Pois essa é uma situação vivenciada por muitas pessoas que tiveram a sorte de conviver com suas avós. E lembrar da comi-da preparada por elas, ou melhor ainda, ter experimentado aquele tempero caprichado que só as “nossas” avós sabiam fazer, ah...isso é uma questão de sorte maior ainda. Tradicionalmente, a habilidade da culinária na cozinha ocidental é reservada às mulhe-res, porém, quando a cozinheira tem uma predileção especial por cozinhar, o resultado fica bem melhor do que meramente cumprir um papel social.

Em Lençóis Paulista, uma avó muito especial acabou influenciando a filha e as netas no gosto pela gastronomia – tanto no fazer quanto no comer. Wilma Benedetti, 75 anos, é de origem italiana e sempre esteve acostumada com a mesa farta e a grande fa-mília que se reunia na casa de seus pais. No entanto, quando deixou o serviço na lavoura e foi trabalhar em casa de família, viu-se obrigada a comandar o fogão entre outros afazeres domésticos.

“Eu aprendi fazer arroz com 6, 7 anos para ajudar minha mãe, depois fui trabalhar na roça, e quem me ajudou na cozinha acabou sendo a minha sogra. Eu ficava observando como ela fazia, como ela sovava a massa, e eu achava lindo”, confessa Wilma.

Aliás, as massas são as especialidades de Wilma, que prepara cada prato nos finais de semana e, por isso, acaba reunindo a família em sua casa aos domingos. Ao todo, são mais de 20 pessoas. A filha Selena confessa: “Cresci vendo a minha mãe fazendo comida, aliás, muita comida; a família sempre foi grande e

isso me ajudou a gostar de cozinhar também na minha casa.” A neta Marina, por sua vez, assume que prefere comer a comida da avó do que tentar fazer igual – até porque justifica não conseguir, além de seus pratos preferidos de serem feitos são os doces.

Já Daniela, a neta mais nova, capricha no preparo dos pratos japoneses, mas não abre mão de saborear as delícias da avó Wilma; lasanha, nhoque, crústule – uma espécie de massa trançada e frita com açúcar, tradição italiana Mas o campeão mesmo de pedidos e de consumo é o macarrão caseiro, que ela prepara no cilindro próprio, deixa secar e depois ainda vem acompanhado com o molho que não tem nada de industrializado, é tudo preparado em casa.

A deliciosa macarronada faz até a dona Wilma dispensar convites para almoçar fora no domingo. “Prefiro que eles venham comer aqui em casa, até porque se eu for na casa

Foto

: sxc

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Diusaleia Oliver

Incomparável, irresistível... é a comida da vovó

Page 35: Campus Magazine 2º Semestre 2012

dos filhos, vou acabar cozinhando”, brinca. Essa “nona” (como são conhecidas as avós na Itália) gosta tanto de cozinhar que até a filha e as netas confessam que ela chega a ter ciúme das panelas. “Ah, não é fácil cozinhar para cozinheira... quando eu vou a algum restaurante, fico prestan-do atenção nos pratos, na acidez do molho, na quantidade de re-cheio colocado, na espessura da massa, e não vou negar que, muitas vezes, o que eu faço aqui em casa acaba ficando melhor mesmo”, finaliza Wil-ma Benedetti. Além do preparo das comidas para a família, ela ainda colabora na barraca de pastéis nas festas da comunidade.

A professora Rita Chain, do curso de Nutrição da USC, reconhece esta prática da família reunida nos momentos de alimenta-ção como sendo a chamada comensalidade.

“É uma questão até mesmo de resgate e manutenção da própria identidade familiar, pois são nesses momentos de reunião em família que muito das tradições, dos conhe-

cimentos, das histórias dos mais velhos são transmitidas para as gerações

mais novas, além, é claro, de ser uma oportunidade para

o encontro, o reencontro, a confraternização”, ex-plica.

A docente, que tam-bém ministra um dos projetos da UATI (Uni-versidade Aberta da Ter-ceira Idade) que aborda a

importância e os critérios para se fazer boas escolhas

alimentares, esclarece também que, além dos benefícios familia-

res, o próprio indivíduo dedicado ao preparo dos alimentos que serão consumidos e apreciados pela família acaba sentindo-se valorizado pela sua habilidade de cozinhar, e isso faz muito bem para a manutenção da autoestima positiva.

Que cheirinho bom!

Campus Magazine 2012 • 35

Se já sabíamos

que um bom pra-to é capaz de nutrir e

trazer saúde e satisfação para o corpo, imagine agora sabendo que também traz

benefícios para o íntimo das pessoas?! O jeito é consu-

mir as comidas da vovó sem culpas... Vale até

repetir o prato!

Wilma, as netas Marina e Daniela, a filha Selena... e o macarrão caseiro

Diu

sale

ia O

liver

Page 36: Campus Magazine 2º Semestre 2012

EQUIPE DE REDAÇÃOTextos: alunos da disciplina Laborató-rio de Jornalismo Impresso II (Revista): Agenor Rodrigues; Amanda Tambara; Ana Lívia Zanata; Diego Contrera; Diogo Inácio; Diusaleia Oliver; Eduardo Sbeghen; Felipe Tellis; Fernanda Fraga; Fernando Leandro; Gabriela Ruediger; Gabrielle Gabas; Guilherme Gonçalves; Júlia Pereira; Juliana Benetti; Kevelin Merino; Larissa Cabelo; Lorena Fagun-des; Luana Leonel; Luís Geraldo Rocha; Mariana Vasconcellos; Matheus Bottu-ra; Matheus Requena; Pâmela Antunes; Paula Santana; Tamira Ferreira; Thaisa Moraes; Thais Farias.

Projeto gráfico e diagramação: alunos da disciplina Design Gráfico para Jor-nalismo: Adriano Vannini; Amabilly Dias Ribeiro dos Santos; Amanda Do-miciano; Amanda Lacerda Malavazi da Silva; Ana Laura Terra Bergoce; Beatriz de Souza Vieira; Bianca dos Anjos Marcondes; Breno Meireles de Resen-de; Bruna Ferreira da Silva; Caroline Figueiredo Durval; Cynthia Kalyne de Lima Feitosa; Daniela Ramos De Lalla; Deivide Alexandre Diz Ambrosio; Flávia Placideli; Flavio Luis Fogueral; Gabriela Clemente Martinez; Gabriela Lourenço de Carvalho; Gabriel de Paulo Cochi; Giovani Francisco Camalionte; Gustavo Diccine Silva; Ivana de Paula Oliveira Santos; João Gabriel Darros Falcade; Julia Cardoso Furtado; Juliana Mesquita Santos; Karina Vieira Souza Alves Sant’Ana; Leonardo Gonçalves Lopes; Letícia de Toledo Garcia; Marco Aurelio Nascimento; Maria Gabriela Nieto Leonel; Maria Luisa Bergamasco; Mayara Giacometti Gigioli; Nathalia Faria Maximo da Silva; Ranieri Vicente da Costa; Rodrigo Cardoso Pinheiro; Samanta Ravazzi.

ExpedienteUNIVERSIDADE SAGRADO CORAÇÃO

Profª Drª Irmã Susana de Jesus FadelReitoraProfª Drª Irmã Ilda BassoVice-reitora e Pró-Reitora AcadêmicaProfª Irmã Jucélia MeloPró-reitora de Extensão e Ação ComunitáriaProfª Mª Daniela LuchesiDiretora do Centro de Ciências Exatas e Sociais AplicadasProfª Mª Daniela Pereira BochembuzoCoordenadora do Curso de JornalismoProf. Me. Dorival CoralCoordenador Geral de ExtensãoCAMPUS MAGAZINEPublicação da disciplinaLaboratório de Jornalismo Impresso II(Revista) com o apoio das disciplinas Design Grá-fico para Jornalismo e Fotojornalismo, do Curso de Jornalismo da USC.Editora: Profa. Dra. Erika de Moraes(MTB 29.053)Editor de Arte: Prof. Esp. Renato ValderramasSupervisão de Fotografia : Profª Mª Érica Cristina de Souza FranzonTiragem: 500 exemplares.Edição 1 / Ano 1: Dezembro de 2012.Endereço para correspondência:USC/Centro de Ciências Exatas e Sociais Aplica-das. Curso de Jornalismo.Rua Irmã Arminda, 10-50,Jardim Brasil, Bauru – SP.CEP 17011-170.Telefone: (14) 2107-7255.E-mail: [email protected].

C691cCampus Magazine: revista-laboratório do curso de Jornalis-

mo da Universidade do Sagrado Coração / Universidade do Sagrado Coração – Ano 1, n. 1 (2012). – Bauru, 2012.

28p.: il. ; 15,0 x 23,0 cm

Anual

Texto em português

ISSN 2317-3041

1. Ensino Superior. 2. Comunidade Universitária. 3. Jorna-lismo. I. Universidade do Sagrado Coração.

CDD 378.05

Elaborado por Biblioteca Central “Cor Jesu”