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www.redebrasilatual.com.br CAMPINAS nº 09 Agosto de 2014 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA jornal brasil atual jorbrasilatual Jornal Regional de Campinas Pesquisa revela decadência das escolas públicas no governo Alckmin EDUCAçãO NOTA ZERO Neste mês, Campinas terá teatro infantil e mostra audiovisual Pág. 7 CULTURA PROGRAMAÇÃO REFORMA POLÍTICA Movimentos sociais pleiteiam maior participação popular na política e alterações nas regras das eleições Pág. 3 ENTIDADES FOMENTAM DEBATE POR CONSTITUINTE Unidade do Jardim Florence I segue sem previsão de inauguração Pág. 6 SOCIAL CEU 92 cidades com mais de 200 mil eleitores estão habilitadas Pág. 2 ELEIçõES 2014 VOTO EM TRÂNSITO

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www.redebrasilatual.com.br campinas

nº 09 Agosto de 2014

DistribuiçãoGratuita

jornal brasil atual jorbrasilatualJornal Regional de Campinas

Pesquisa revela decadência das escolas públicas no governo Alckmin

educação

nota zero

Neste mês, Campinas terá teatro infantil e mostra audiovisual

Pág. 7

cultura

programação

reForMa PolÍtIca

Movimentos sociais pleiteiam maior participação popular na política e alterações nas regras das eleições

Pág. 3

entIdades FoMentaM debate Por constItuInte

Unidade do Jardim Florence I segue sem previsão de inauguração

Pág. 6

socIal

ceu

92 cidades com mais de 200 mil eleitores estão habilitadas

Pág. 2

eleIções 2014

voto em trânsito

2 Campinas

expediente rede Brasil atual – campinaseditora gráfica atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador secretário de redação Enio Lourenço redação Alessandra Campos, Ana Paula Pereira, André Moraes, Alyson Oliveira, Edilson Damas, Fernanda Freitas, Flaviana Serafim, Giovanni Giocondo, Juliano Ribeiro, Lílian Parise, Marcos Álves, Nilceu Francisco, Vanessa Ramos, Vanessa Ribeiro e Wanderley Garcia revisão Malu Simões Foto capa Leo Martins/Frame/Folhapress Diagramação Leandro Siman telefone (11) 3295-2820 tiragem: 8 mil exemplares Distribuição gratuita

eleIções 2014

Escolha para presidente poderá ser fora da seção originalVoto em trânsito atinge 92 cidades

AC RIO BRANCOAL MACEIÓAM MANAUSAP MACAPÁBA FEIRA DE SANTANABA SALVADORBA VITÓRIA DA CONQUISTACE CAUCAIACE FORTALEZADF BRASÍLIAES CARIACICAES SERRAES VILA VELHAES VITÓRIAGO ANÁPOLISGO APARECIDA DE GOIÂNIAGO GOIÂNIAMA SÃO LUÍSMG BELO HORIZONTEMG BETIMMG CONTAGEMMG GOVERNADOR VALADARESMG JUIZ DE FORAMG MONTES CLAROSMG UBERABAMG UBERLÂNDIAMS CAMPO GRANDEMT CUIABÁPA ANANINDEUAPA BELÉMPA SANTARÉM

PB CAMPINA GRANDEPB JOÃO PESSOAPE JABOATÃO DOS GUARARAPESPE OLINDAPE PAULISTAPE RECIFEPI TERESINAPR CASCAVELPR CURITIBAPR LONDRINAPR MARINGÁPR PONTA GROSSARJ BELFORD ROXORJ CAMPOS DOS GOYTACAZESRJ DUQUE DE CAXIASRJ NITERÓIRJ NOVA IGUAÇURJ PETRÓPOLISRJ RIO DE JANEIRORJ SÃO GONÇALORJ SÃO JOÃO DE MERITIRJ VOLTA REDONDARN NATALRO PORTO VELHORR BOA VISTARS CANOASRS CAXIAS DO SULRS PELOTASRS PORTO ALEGRERS SANTA MARIASC BLUMENAU

SC FLORIANÓPOLISSC JOINVILLESE ARACAJUSP BARUERISP BAURUSP CAMPINASSP CARAPICUÍBASP DIADEMASP FRANCASP GUARUJÁSP GUARULHOSSP ITAQUAQUECETUBASP JUNDIAÍSP LIMEIRASP MAUÁSP MOGI DAS CRUZESSP OSASCOSP PIRACICABASP RIBEIRÃO PRETOSP SANTO ANDRÉSP SANTOSSP SÃO BERNARDO DO CAMPOSP SÃO JOSÉ DO RIO PRETOSP SÃO JOSÉ DOS CAMPOSSP SÃO PAULOSP SÃO VICENTESP SOROCABASP SUZANOSP TAUBATÉTO PALMAS

confira a relação dos municípios habilitados

Nas eleições gerais de ou-tubro, o eleitor que estiver fora do seu domicílio eleitoral po-derá exercer o direito ao voto em trânsito para a escolha do presidente e do vice-presiden-te da República. Diferente das eleições de 2010, a novidade é que neste ano não são apenas as capitais que oferecerão o benefício, mas todas as cida-des com mais de 200 mil elei-tores (leia o quadro abaixo).

Os interessados têm até o dia 21 de agosto para habilitar o direito junto à Justiça Eleito-ral, confirmando a cidade em que pretendem votar. A partir do momento em que o eleitor

solicitar o voto em trânsito, ele não poderá mais votar na sua seção de origem, a não ser que cancele a habilitação ou altere a cidade – a data limite é a mesma.

Os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) indicarão o local onde as urnas do voto em trânsito serão instaladas nas respectivas cidades. No entan-to, essas seções deverão ter no

mínimo 50 e no máximo 600 eleitores. Caso esses números não sejam atingidos, o TRE deverá informar aos eleitores da impossibilidade de exer-cer o direito. A habilitação do voto em trânsito será cancela-da e os eleitores deverão jus-tificar a ausência ou votar na seção de origem.

De acordo com o Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições gerais de 2010, quando a possibilidade ficou restrita às capitais, 80.419 eleitores registraram o pedi-do para votar em trânsito no primeiro turno e 76.458 no segundo turno.

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edItorIalNa edição de junho da Revista do Brasil, do grupo Rede Brasil

Atual, a reportagem de capa “Eles vêm aí, de novo” tratou do tema da especulação nas eleições, principalmente das inúmeras manifesta-ções do mercado financeiro com viés puramente eleitoral.

Em 1989, quando Lula disputou sua primeira eleição presiden-cial e perdeu para Collor – que recebeu uma boa ajuda da TV Globo e depois deu no que deu –, o empresário Mario Amato chegou a va-ticinar que, se Lula ganhasse, os empresários iriam embora do país.

Após 12 anos, Lula ganhou e provocou enorme mudança na polí-tica econômica em meio a crises internacionais, fazendo crescimento a partir da inclusão social: pôs dinheiro no bolso do povo, mexeu no crédito, fez desonerações fiscais e o Brasil acelerou seu crescimento.

Desta vez foi o banco espanhol Santander que se meteu em fazer política, reiterando o discurso dos especuladores sobre “o fim do Brasil”, com um pretenso comunicado a clientes de alta renda. O banco sofreu a mais dura invertida em toda sua trajetória no Brasil. A Internet “bombou” condenando a posição do banco dirigido por Emilio Botín, mesmo após a sua retratação e demissão do gerente responsável pela mensagem.

Estamos a pouco menos de dois meses das eleições e o tiroteio é forte. Recomendamos que os leitores do jornal Brasil Atual deixem de lado o ódio e procurem se informar com opiniões seguras e de credibilidade. O que está em discussão é um retrocesso aos governos neoliberais ou o avanço em conquistas populares e sociais.

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.rede-brasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected] ou [email protected] facebook jornal brasil atual twitter @jorbrasilatual

jornal on-lIne

3Campinas

reForMa PolÍtIca

PlebIscIto

Movimentos sociais discutem como expandir o debate; maior participação popular está na pauta

Consulta definirá se as duas regiões serão elevadas à condição de distritos administrativos

entidades querem constituinte para sistema político

campineiros decidirão sobre campo Grande e ouro Verde

reforma pode ampliar participação feminina na política

Entidades populares e mo-vimentos sociais e sindicais já formaram mais de 500 comi-tês do plebiscito popular em todo o país, que vai questionar a populacão sobre a criação de uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o sistema polí-tico, entre os dias 1º e 7 de se-tembro. O assunto, entretanto, ainda é desconhecido ou gera dúvida em parte considerável da população.

A popularização desta agenda política foi uma das questões levantadas no “Curso de Formação para o Plebiscito Popular”, realizado no dia 14 de junho, na regional de Cam-pinas do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP) –

Nas eleições do dia 5 de ou-tubro, os eleitores de Campinas participarão de um plebiscito para definir se as regiões do Campo Grande e do Ouro Ver-de permanecerão como estão ou serão elevadas à condição de

onde também funciona a sede municipal do comitê pela re-forma política.

A mesa debatedora foi composta por Arthur Ragusa, do Sindipetro-SP; Maria Julia Montero, da Marcha Mundial das Mulheres; Otávio Dutra, do Levante Popular da Ju-ventude; e Elaine Bezerra, da Marcha Mundial das Mulhe-res, que foi a mediadora.

De acordo com Ragusa, a integração de toda a sociedade é fundamental para a campanha dar certo. “A discussão sobre empoderamento e participação política das mulheres, popu-lação negra, grupos LGBT é a mais importante para estru-turar nossa campanha. E para que o resultado dela reflita essa

distritos administrativos.A resolução 210/2014 do Tri-

bunal Regional Eleitoral (TRE) definiu a ordem das perguntas e a numeração das opções: primei-ro, os eleitores vão decidir sobre o Ouro Verde e depois sobre o

estrutura, queremos a Consti-tuinte já”, explicou.

Já Maria Júlia Montero acredita que este é o momento de se fazer trabalho de base. “Não existe uma fórmula pronta, mas o primeiro passo é se jogar na militância e não ter medo de fazer o trabalho

de base na escola, na igreja, no clube, na comunidade em geral. Esse é o momento de massificarmos o plebiscito”, afirmou.

Para Otávio Dutra, o ple-biscito popular é capaz de mo-bilizar e criar um movimento democrático, além de promo-

ver uma ruptura do poder. “O plebiscito tem a capacidade de organizar a população, massi-ficar a pauta e criar discussões. É a ferramenta para a pedago-gia de massa e a construção de uma nova ordem, de um novo sistema político”, destacou.

O deputado estadual Anto-nio Mentor (PT) também este-ve presente ao debate e disse que é fundamental engajar os mais diversos movimentos da sociedade civil nessa campa-nha, e conquistar a confiança da população. “As pessoas precisam entender que só con-seguiremos avançar com as mudanças necessárias e es-truturais que o Brasil precisa por meio da reforma política”, ressaltou.

Outro tema discutido no curso foi a participação das mulheres no sistema políti-co brasileiro. “Vivemos em um sistema capitalista e pa-triarcal. A discussão sobre a participação política das mulheres não pode vir des-vinculada de um projeto de transformação da socieda-

de”, declarou Maria Júlia.Segundo a militante fe-

minista, a reforma política é o momento de se colocar em xeque as estruturas do Estado. “Temos que discutir a despa-triarcalização do Estado. Se queremos fazer um real en-frentamento com as elites bra-sileiras, é preciso questionar a

fundo o modelo do Estado, e não é possível fazer isso sem fazer um questionamento nor-teado também pelo feminis-mo”, disse ela.

Maria Júlia lembrou que a participação feminina no Con-gresso Nacional, hoje, está abaixo dos 9%. “A política brasileira tem sido, historica-

mente, um espaço predomi-nantemente masculino, com inúmeros obstáculos impostos às mulheres”, comentou.

A Marcha Mundial das Mulheres também tem em sua pauta o combate à divisão sexual do trabalho; a mudan-ça do voto de lista aberta para lista fechada, com alternância

de gênero; e a discussão so-bre reeleição. “O estímulo à renovação de mandatos abre mais possibilidades para as candidatas mulheres, já que a maioria dos que partici-pam da política e que po-deriam se reeleger hoje são homens”, destacou Maria Júlia.

Campo Grande; o “sim” será re-presentado pelo número 60 e o “não” pelo número 30.

Duas frentes poderão ser formadas para representar ideias favoráveis e contrárias à proposta. Segundo a assessoria

de comunicação do TRE, uma nova resolução será emitida para disciplinar a participação das duas frentes na propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão (que começa no dia 19 de agosto).

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educação

Pesquisa mostra insatisfação de pais, alunos e professores, e sugere diretrizes Por Giovanni Giocondo

rede pública estadual é reprovada na gestão alckmin

Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Professo-res do Ensino Oficial do Es-tado de São Paulo (Apeoesp) e pelo Instituto Data Popular, no primeiro semestre de 2014, revelou que a educação é um dos segmentos mais proble-máticos do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo o estudo, 50% dos pais de alunos entendem que as escolas de seus filhos são regulares, ruins ou péssi-mas. Entre os estudantes, esse índice salta para 67%.

O levantamento intitulado “Qualidade da Educação nas Escolas Estaduais de São Pau-lo”, que entrevistou 700 pais de alunos, 700 professores e 700 estudantes, confirma as impressões da sociedade pau-lista quanto à rede estadual de ensino: péssimas condições de trabalho aos professores, in-fraestrutura inadequada para o aprendizado dos alunos, admi-nistração antidemocrática das escolas, entre outras.

Para a presidenta da Apeo-esp, Maria Izabel Azevedo

Noronha, o estudo expressou o que há muito tempo vem sendo utilizado como palavra de ordem dos protestos reali-zados pela entidade.

Já a deputada estadual Bea- triz Pardi (PT), professora aposentada da rede pública estadual e integrante da Co-missão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado (Alesp), entende que a pesquisa comprova o período de decadência mais rápida da história das escolas públicas de São Paulo.

Falta de valorização do professor: o principal gargaloProfessores ouvidos na

pesquisa Apeoesp/Data Po-pular relataram que a baixa remuneração oferecida pelo governo do Estado de São Paulo – atualmente, profis-sionais com licenciatura ple-na ingressam na rede esta-dual ganhando R$ 2.415,89, em jornada de 40 horas se-manais – os obriga a lecio-nar em mais de uma escola ou em vários períodos.

O excesso de trabalho favorece a abstenção e com-promete o tempo de prepa-ração de aulas e correção de trabalhos e provas.

O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), membro da Frente Parla-mentar em Defesa da Esco-la Pública no Estado de São Paulo, entende que é neces-sário um plano estadual de educação, que compreenda metas, diretrizes e objeti-

vos. “A educação em São Pau-lo está à deriva”, critica.

Para o parlamentar, que é diretor de escola pública, tam-bém deve ser criado um plano de carreira para os professores capaz de atrair novos profis-sionais. “Sem investimentos em salários dignos não há a mínima condição de avançar em outras áreas”, comenta.

Ele ainda acusa o governa-dor Geraldo Alckmin de desres-peitar a Lei do Piso, aprovada em 2008 pelo Congresso Na-cional, por não atender às exi-gências trabalhistas firmadas.

A norma diz que os profes-sores devem utilizar um ter-ço das 40 horas semanais de trabalho em atividades extra-classe, como a preparação das aulas e as correções de ativi-dades. E para isso, o docente deve ser remunerado, o que o governo paulista não faz.

A precariedade dos regi-

mes profissionais do professo-rado paulista se evidencia nas distintas categorias com mais e menos benefícios. Os profes-sores temporários da “catego-ria O”, por exemplo, não são estatutários, nem celetistas. “Se eles ficarem doentes, não podem usar o Iamspe (Institu-to de Assistência Médica do

Servidor Público Estadual)”, complementa a sindicalista Maria Izabel.

No ano passado, após in-tensa pressão da Apeoesp sobre o Palácio dos Bandei-rantes, que incluiu 22 dias de greve na rede estadual, foi realizado o maior concurso público da história da educa-

ção paulista, que até o fim de sua vigência (2017) deve contratar quase 120 mil no-vos professores.

O desafio, agora, é tor-nar o concurso periódico, estabelecendo um “gatilho” toda vez que o número de docentes temporários al-cançar o índice de 10% do quadro de profissionais, conforme prevê o artigo 81 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB).

A pesquisa ouviu de 34% dos pais, 40% dos alu-nos e 39% dos professores a afirmação: “Professor qualificado e valorizado é sinônimo de educação de qualidade”. E para qualifi-car, a sindicalista e os par-lamentares concordam que é necessária uma formação continuada aos docentes, com cursos adequados aos horários de trabalho.

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comunidade escolar refuta progressão continuada

Investimentos providenciais Papel da escola

conselhos escolares para democratizar a instituição

A progressão continuada, implementada em meados da década de 1990, é apontada como um dos itens prejudiciais ao ensino público no Estado de São Paulo. O estudo constatou que 94% dos pais, 75% dos alunos e 63% dos professores são contra o sistema.

Na opinião do deputado estadual Carlos Giannazi, o método que originalmen-

Para a deputada estadual Beatriz Pardi (PT), a escola é uma das instituições que mais guardou “recordações” da dita-dura civil-militar (1964-1985).

A professora aposentada acredita que o autoritarismo da instituição começa pelas ordens da Secretaria Esta-dual de Educação, passando pelas diretorias regionais de ensino, até chegar às salas de aula, onde projetos impostos pelo governo transformam os professores em meros “operadores pedagógicos”.

Parte da democratização

dessa estrutura verticalizada passa pela criação de instâncias e órgãos colegiados que interfi-ram na gestão das escolas.

A pesquisa Apeoesp/Data Popular mostrou, por exem-plo, que 70% dos pais entre-vistados afirmaram nunca terem ido a uma reunião do conselho da escola do filho.

Maria Cecília Luiz, profes-sora e coordenadora do curso de Fortalecimento dos Conselhos Escolares da Universidade Fe-deral de São Carlos (UFSCar) – desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação (MEC)

–, considera este quadro pre-ocupante. Segundo ela, não basta aumentar o número de membros nos conselhos, mas deve-se garantir que esses conselheiros compreendam a importância de sua participa-ção nesses órgãos.

“A escola é um espaço de construção da cidadania, de liberdade de expressão de ideias e de crescimento pessoal e social”, explica.

A acadêmica entende que deve haver o envolvimento da comunidade local e dos profissionais da educação.

A Constituição estabelece que todos os Estados devem investir no mínimo 30% de seu Orçamento na Educação. Ao observar a LDB na Co-missão de Educação e Cultura da Alesp, a deputada Beatriz Pardi verifica que dificilmente esse índice é superado em São Paulo. Em sua opinião, o go-verno paulista deveria elevar o volume de recursos destinados ao setor durante um período de ao menos 10 anos para “pôr

em ordem” o que está fora de lugar, tornando a manutenção do sistema mais barata.

Um dos diagnósticos da pesquisa é que a falta de in-fraestrutura nas escolas esta-duais, visível na ausência de equipamentos e laboratórios, representa piora na qualidade da educação.

Reportagem da Rede Brasil Atual feita em março mostrou, com base em dados da Secreta-ria da Fazenda, que o governo

estadual reduziu em 36,62% os investimentos na construção e ampliação dos prédios e na compra de materiais escolares, entre 2013 e 2014.

No levantamento, quase 90% dos entrevistados dizem que faltam bibliotecas nas esco-las. Datashow e televisão estão ausentes em 82% e 84% dos casos, respectivamente. “Uma criança que fica o dia inteiro olhando para a lousa não tem estímulo”, observa a deputada.

Para 48% dos pais, o prin-cipal papel da escola é formar cidadãos. Já 35% dos estu-dantes entendem que cabe à

escola preparar o aluno para o mercado de trabalho.

Segundo a presidenta da Apeoesp, é “um sonho unir essas pretensões à transmissão do conteúdo das disciplinas”. Assim como “tornar a escola mais plural, com mais investi-mento, respeito aos professo-res e democracia nos projetos pedagógicos, mais condizen-tes com os objetivos da comu-nidade”, conclui Maria Izabel.

te prevê a avaliação do aluno em ciclos foi distorcido para se tornar a simples aprovação automática.

“A progressão continuada é importante porque ela respeita o estágio de aprendizagem e o ritmo de cada aluno. Ela é fun-damental, mas nunca foi im-plantada de verdade no Estado de São Paulo”, explica.

A Secretaria Estadual de

Educação, por meio de nota, defende-se informando que, ao final de 2013, aprimorou o sistema, ampliando as possibi-lidades de retenção e também permitindo a correção de even-tuais defasagens de forma mais prematura.

E como se garantir melho-rias de ensino quando 46% dos estudantes entrevistados dizem já ter passado de ano sem ter

aprendido a matéria? A presi-denta da Apeoesp, Maria Iza-bel, acredita que este método é uma forma de exclusão de oportunidades a longo prazo, seja no mercado de trabalho ou na continuidade dos estu-dos. “O aluno está sendo ex-cluído do direito de acesso a um conhecimento que histo-ricamente foi acumulado pela sociedade”, pondera.

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Morador do bairro reclama da falta de espaço para comunidade participar da gestãoceu do Florence I segue sem previsão de inauguração

A inauguração do Centro de Arte e Esporte Unificado (CEU), do Jardim Florence I, continua sem previsão de data para acontecer. O projeto deveria ser concluído após a Copa do Mundo, mas atrasos na compra de equipamentos postergarão por mais um tem-po a entrega total do espaço.

No momento, a população já utiliza a pista de skate e a pista de caminhadas. O espaço ainda contará com um cinete-atro, biblioteca, salas multiuso e de informática e quadra po-liesportiva. Os usuários tam-bém poderão praticar esportes

acompanhados por profissio-nais de educação física.

As reivindicações dos mora-dores por uma área de convívio e lazer vêm desde a década de 1980. No entanto, agora que

esse sonho está próximo de se tornar realidade, a gestão do CEU pode ficar comprometida.

Segundo Cecílio Santos, membro da Unidade Gestora Local (UGL), o Ministério da

Cultura prevê que o espaço seja gerido de forma compar-tilhada entre governo e comu-nidade, o que não vem ocor-rendo por parte do município.

“As barreiras criadas pela

Prefeitura de Campinas na par-ticipação da comunidade irão limitar o acesso dos moradores, além de impedir que a comuni-dade também se sinta responsá-vel por zelar pelo patrimônio.”

O CEU é uma iniciativa do governo federal e irá contem-plar cerca de 50 mil morado-res da região.

A unidade do Jardim Flo-rence I funcionará na Rua La-sar Segal, nº 10, atrás da Es-cola Estadual Elvira de Pardo Meo Muraro.

Em breve, a Vila Esperança, na região do São Marcos, tam-bém deve receber um CEU.

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www.redebrasilatual.com.brPara assinar, acesse www.redebrasilatual.com.br/loja Para consultar os pacotes promocionais para sindicatos, escreva para [email protected]

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cultura

Já para os adultos, programação tem mostra de artes visuais no Sesc até o mês de outubrocriançada pode se divertir com teatro aos domingos

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O teatro infantil pede pas-sagem em todos os domingos do mês de agosto. Mesmo com as férias encerradas, a criançada vai poder se divertir e aprender com os espetáculos cênicos apresentados gratui-tamente, às 14 horas, no Uni-mart Shopping Campinas.

No dia dos Pais (10/8), a peça As Cores do Amor tem como foco uma família em que o patriarca, considerado um artista de renome, é desafiado pela filha a desenhar o “Amor”.

A menina quer colorir esse sentimento e oferecê-lo de pre-sente ao pai. A apresentação do grupo “Os Tonicos” é uma adaptação do livro homônimo, do escritor Luciano Trigo.

No dia 17 é a vez da peça O Rio e a Cidade dos Homens, da

obra de Regina Siguemoto, que debate questões ambientais.

Já no dia 24, será exibida a peça Jack preguiçoso, base-ada no livro 50 Histórias de Ninar, de Flora Annie Steel, que narra a vida de um perso-

nagem obrigado a enfrentar o mundo do trabalho, algo iné-dito em sua vida.

Por fim, no dia 31, Eu trope-ço mas não desisto, de Giselda Laporta Nicolelis, vai misturar sonhos e realidade no palco.

teatro Infantillocal: Unimart Shopping Campinas – endereço: Avenida John Boyd Dunlop, nº 350data: 10, 17, 24 e 31/8 – Horário: 14 horas – Grátis – telefone: 3744-5000

18º Festival Internacional de arte contemporânea sesc Videobrasillocal: Sesc Campinas – endereço: Rua Dom José I, 270/333, bairro Bonfim – Visitação: 30/7 até 5/10 – Horário: 8h30 às 21h30 – agendamento de grupos: disponível até 15/8 e de 1º a 3/10 pelo e-mail: <[email protected]>

O 18º Festival Internacio-nal de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil tem sua ver-são itinerante no Sesc Campi-nas até o dia 5 de outubro.

As variadas visões e téc-nicas utilizadas pelos artistas nos vídeos abordam caracte-rísticas políticas, sociais e es-téticas da contemporaneidade.

Os 14 trabalhos seleciona-dos foram premiados ou tive-

ram menção honrosa dentre os mais de 100 que participaram da mostra Panoramas do Sul, que ficou em cartaz no Sesc Pompeia, em São Paulo, no final do ano passado.

A exposição ainda disponi-biliza 1.300 vídeos do acervo da Videoteca VideoBrasil, que teve sua construção consuma-da durante as três décadas de história do festival.

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Distrito de Sousas será o palco das disputas ciclísticas; local terá área de entretenimento familiardesafio de mountain bikes dá as cartas para a aventura

No dia 17 de agosto, as bi-cicletas vão girar em altíssima rotação na 1ª edição do Desafio Elite Bike de Mountain Bike. As provas serão disputadas no for-mato Cross Marathon (com pe-dras, pontes e trilhas sinuosas), que compreende duas voltas em um circuito de 18 quilômetros.

O evento começa às 9 horas, na Fazenda dos Carneirinhos, que fica no Distrito de Sousas, a 17 km do Centro de Campinas.

Um telão será instalado na largada e vai mostrar a colo-

cação de cada um dos ciclistas após a passagem da primeira volta. A organização também vai montar um espaço de entreteni-mento para os torcedores com

restaurantes e brinquedos para as crianças.

As inscrições ficam abertas até o dia 13 no site <www.cor-ridapronta.com.br>. O valor é

de R$ 95,00, mais 1 quilo de ali-mento não perecível, que deverá ser entregue no momento da re-tirada do kit (camiseta, squeeze e mochila para os 400 primeiros).

A premiação será feita em dinheiro, com R$ 5 mil reais dis-tribuídos entre os cinco primei-ros colocados da categoria Elite e entre os três melhores ciclistas das categorias Pro e Sport.

Nessas duas categorias, ha-verá 19 divisões feitas por fai-xa etária, inclusive com espaço para a garotada: de 6 a 8 anos;

de 9 a 10 anos; e de 11 a 12 anos, com inscrições gratuitas, mas limitadas a 50 vagas por categoria. Mais informações pelo site: <http://www.face-book.com/desafioelitebike>.

desafio elite bike de Mountain bikelocal: Fazenda dos Carneirinhos, Distrito de Sousasdata: 17/8 Horário: 9 hInscrições no site: <www.corridapronta.com.br>

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Foto sÍntese – obserVatórIo

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Lou Reed,músico doVelvet Un-derground

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os gaúchos(abrev.)

Sindicalis-tas coopta-dos pelogoverno

(?)Oiticica,

criador doParangolé

Afonso (?),presidentedo Brasil(1906-09)

Consoanteque rece-be o til noespanhol

Titã, emrelação aSaturno(Astr.)

Vestuáriomasculinopara ocasi-ão formal

Cogita insisten-temente

(fig.)

Cointreau, Frangeli-

co ouAmarula

Tipo de vi-lão perse-guido porBatman

Estudo quebuscava a pedrafilosofal

Bem muitovalorizadoem sedesda Copa

Terceiranota

musical

Maiormamíferoda faunabrasileira

A vacinacontravárias

doenças

"(?) deNoiva", no-vela de Ja-nete Clair

"Arquivo(?)", sériede ficçãocientífica

Solteirona(pop.)

Alto postode repre-sentação

diplomática

Local de realização doúltimo baile do Impé-rio, antes da Procla-mação da República

Rapaz, eminglês

Cavalo de pouco valor

Marília (?), atriz

"Três", em "triângulo"

Norma dasociedade

(Dir.)

Registroescrito dereunião

Chuva, em inglêsEspetáculo do Cirquedu Soleil com músi-

cas dos Beatles (ing.)

União Europeia (sigla)

Longa-(?):duraçãode filmeRepouso

Existirá;aconte-

ceráInclusive

Rua, em francês

Atriz brasileira indi-cada ao Oscar por"Central do Brasil"

Marca doZorro

Óleo, eminglês

3/lad — oil — rue. 4/love — rain. 5/licor.

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Lou Reed,músico doVelvet Un-derground

Região on-de vivem

os gaúchos(abrev.)

Sindicalis-tas coopta-dos pelogoverno

(?)Oiticica,

criador doParangolé

Afonso (?),presidentedo Brasil(1906-09)

Consoanteque rece-be o til noespanhol

Titã, emrelação aSaturno(Astr.)

Vestuáriomasculinopara ocasi-ão formal

Cogita insisten-temente

(fig.)

Cointreau, Frangeli-

co ouAmarula

Tipo de vi-lão perse-guido porBatman

Estudo quebuscava a pedrafilosofal

Bem muitovalorizadoem sedesda Copa

Terceiranota

musical

Maiormamíferoda faunabrasileira

A vacinacontravárias

doenças

"(?) deNoiva", no-vela de Ja-nete Clair

"Arquivo(?)", sériede ficçãocientífica

Solteirona(pop.)

Alto postode repre-sentação

diplomática

Local de realização doúltimo baile do Impé-rio, antes da Procla-mação da República

Rapaz, eminglês

Cavalo de pouco valor

Marília (?), atriz

"Três", em "triângulo"

Norma dasociedade

(Dir.)

Registroescrito dereunião

Chuva, em inglêsEspetáculo do Cirquedu Soleil com músi-

cas dos Beatles (ing.)

União Europeia (sigla)

Longa-(?):duraçãode filmeRepouso

Existirá;aconte-

ceráInclusive

Rua, em francês

Atriz brasileira indi-cada ao Oscar por"Central do Brasil"

Marca doZorro

Óleo, eminglês

3/lad — oil — rue. 4/love — rain. 5/licor.

Solu

ção

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© Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br

Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e horizontais, nem nos quadrados menores (3x3).sudoku

PalaVras cruzadas dIretasSo

luçã

o

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As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

Vale o que VIer