campanhas em redes sociais exaltam padrões de beleza...
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Campanhas em redes sociaisexaltam padrões de belezaalternativos para mulheres
Sites, blogs, perfis e comunidades on-line mostras com orgulho estrias, gordura e pelosfemininos; mobilização já provoca mudanças
POR EDUARDO VANINI28/09/2014 6:00 / ATUALIZADO 29/09/2014 14:17
Axilas com pelos representam a liberdade contra a obrigatoriedade da depilação - Coletivo Além
PUBLICIDADECompartilhar fotos de estrias no Instagram
e exibir a barriga sem medo no Facebook. A
diversidade dos corpos femininos nunca foi
tão celebrada, impulsionada por grandes
mobilizações nas redes sociais. Enquanto
isso, memes e ações desconstroem
princesas de contos de fadas. Mulheres do
mundo inteiro se articulam para contestar
padrões caricatos de beleza e viver, na era
digital, uma nova libertação.
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sentencia a escritora britânica
Robin Rice num projeto
difusor de imagens que
simulam peças publicitárias
marcadas por um tom
provocativo e irônico. “Então,
se alisar o meu cabelo, vou me
dar bem na vida?”, diz uma
delas, acompanhada pela foto
de uma criança com cabelo
crespo. “O único
relacionamento que devo ter é com a
balança?”, questiona outra, com a foto de
uma mulher gorda abraçada ao aparelho.
— A indústria estabeleceu um padrão que
praticamente ninguém pode atender. Estão
usando Photoshop até mesmo nas imagens
daquelas que se dedicam a ser as mais
bonitas. O que podemos dizer sobre isso? As
mulheres, independentemente de
manequim, salário ou educação, têm que
lutar contra sentimentos de uma imagem
corporal negativa e inadequada. Poucas
conseguem escapar — avalia Robin.
A escritora lembra que o problema se revela
ainda mais grave quando levada em
consideração a forma como a realidade age
sobre as crianças. Ela lembra que muitas
garotas estão sendo influenciadas pelas
mães que vivem uma baixa autoestima e
“aprenderam” a conviver com a vergonha do
corpo.
— Meninas em idade pré-escolar já sentem
vergonha diante dos seus colegas. Já os
meninos estão apresentando problemas
para criar relações respeitosas a partir da
definição do que é a beleza — observa.
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Imagem da campanha "Stop the beauty madness" questiona o alisamento de cabelos - / Reprodução /Internet
Um número crescente de ações faz barulho
na internet. No último verão do Hemisfério
Norte, o Instagram foi inundado por
fotografias de garotas plus size em roupas de
banho que usavam a etiqueta #fatkini,
junção das palavras gorda e biquíni. A
mesma rede social abriga o perfil
“@loveyourlines” (ame suas estrias), em
que duas mães começaram a reunir fotos de
corpos normais. “Somos duas mães
celebrando as mulheres reais”, escreveram.
ABAIXO A DEPILAÇÃO
OBRIGATÓRIA
Em terras brasileiras, um coletivo de artistas
mira a ditadura da depilação. Eles criaram o
site “Pelos pelos”, em que compartilham
ensaios fotográficos que exaltam a beleza de
corpos ao natural, justamente por
considerar esse um dos maiores tabus da
beleza feminina aqui.
— Não quero ser considerada masculina ou
desleixada só por não me depilar. Isso, aliás,
não significa não cuidar da aparência —
justifica a fotógrafa do coletivo Nubia Abe,
de 28 anos.
Enquanto isso, a blogueira Jéssica Ipólito
segue com o blog “Gorda e sapatão”, que
promove discussões sobre temas como
racismo, opressões sociais e defesa dos
diferentes tipos de corpos. Recentemente,
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ela criou o “#desafiodagorda”, em que
convoca internautas a representar
artisticamente o corpo da mulher gorda. A
resposta veio logo, e Jéssica tem
compartilhado em seu blog várias imagens e
histórias.
— Na adolescência, minha mãe ficava me
oferecendo dietas, e eu não entendia por
que tinha que fazer aquilo. A mesma coisa
foi com o meu cabelo, que, apesar de ser
enrolado, passei a adolescência alisando. Só
depois comecei a refletir sobre o que estava
por trás disso — ela descreve.
Uma pesquisa feita pelo Data Popular e o
Instituto Patrícia Galvão mostrou que 56%
dos entrevistados, homens e mulheres,
consideram que as propagandas exibidas na
TV não mostram as brasileiras reais, e 60%
consideram que as mulheres ficam
frustradas quando não se veem retratadas.
Mais: 51% querem ver mais negras, e 64%
pedem mais mulheres das classes populares
nas propagandas.
— A percepção dessas diferenças e da
imposição de valores sempre esteve
presente entre as mulheres. A novidade é
que, nos últimos anos, as redes sociais
possibilitaram a ampliação desse debate —
afirma a vice-diretora do Instituto Patrícia
Galvão, Mara Vidal.
Integrante da Rede Mulher e Mídia, que
articula ativistas e organizações em defesas
da mulheres, Bia Barbosa afirma que a
movimentação é importante e já surte
efeitos, como a retirada de propagandas
ofensivas do ar e uma mudança de postura
das empresas. Como exemplo, ela cita a
redução no uso da mulher como “atrativo”
em propagandas de cervejas. Apesar disso,
salienta, é preciso muito mais:
— Esse debate ainda não chegou ao
conjunto da população. Basta chegar a uma
banca e observar as capas das revistas. As
pessoas continuam criticando a Beth Faria
(atriz de 73 anos) por ir à praia de biquíni.
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