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Outros instrumentos

de informação

Campanha de Prevenção de Riscos

Profissionais em Máquinas e

Equipamentos de Trabalho

Programa Enquadrador

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

1

AUTOR

ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho

COORDENAÇÃO

Grupo de Trabalho: Máquinas e Equipamentos – GTMEMACHEX

COMPOSIÇÃO

DID – Divisão de Informação e Documentação

EDITOR

ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho

EDIÇÃO

Lisboa, janeiro 2015

Catalogação Recomendada

Campanha de Prevenção de Riscos Profissionais em Máquinas e Equipamentos de Trabalho:

Programa Enquadrador/Coord. GTMEMACHEX - Lisboa: ACT, 2015. – 46 p. , 30cm

Segurança e Saúde no Trabalho/Prevenção de riscos profissionais/Dados estatísticos/Acidentes

de trabalho/Máquinas/Equipamentos de trabalho/Campanhas de segurança e higiene

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

2

Índice

1. Introdução ................................................................................................... 4

Evolução tecnológica e segurança de máquinas ........................................... 5

Sinistralidade com máquinas ........................................................................ 6

Acidentes de trabalho mortais ...................................................................... 7

Acidentes de trabalho não mortais ............................................................... 9

2. Enquadramento .......................................................................................... 11

3. Âmbito da campanha: destinatários e setores ............................................ 14

4. Objetivo da campanha ................................................................................ 15

5. Planeamento das atividades ....................................................................... 17

Atividades operacionais .............................................................................. 19

Programas de ação e indicadores ............................................................... 20

Organização e responsabilidades ............................................................... 21

6. Resultados esperados ................................................................................. 22

Subprograma 1: Promoção da campanha ......................................................... 23

Subprograma 2: Informação e Divulgação ....................................................... 25

Subprograma 3: Formação ............................................................................... 29

Subprograma 4: Inspeção ................................................................................ 32

Anexo 1: Acidentes de trabalho mortais comunicados e objeto de inquérito pela

ACT em 2013 .................................................................................................... 33

Anexo 2: Formulário de Candidatura ................................................................ 39

Resumo ............................................................................................................ 46

Résumé ............................................................................................................ 46

Abstract ........................................................................................................... 46

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

3

As campanhas de prevenção de riscos profissionais são uma metodologia que a Autoridade para

as Condições do Trabalho – ACT - privilegia para a integração da segurança e saúde no trabalho

em cada gesto profissional, alertando e sensibilizando a sociedade portuguesa sobre a

importância de preservar a vida de quem trabalha, proporcionando aumentos de produtividade

reais nas empresas, conduzindo assim à construção e consolidação de locais de trabalho dignos.

Esta metodologia pressupõe uma filosofia de ação tripartida, associando os parceiros sociais na

preparação e implementação das campanhas e convidando também para o efeito, todos os

atores institucionais e setoriais com relevância nas temáticas abordadas.

Por conseguinte, conseguem-se efeitos sinérgicos e firmam-se conceitos e práticas que, de

outro modo, seriam impossíveis de alcançar.

A participação de todos os parceiros é condição essencial para o sucesso de cada campanha de

riscos profissionais.

Com esta campanha pretendemos ir mais longe. Realizar uma campanha ibérica de riscos

profissionais juntando a ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho e a ITSS - Inspección

de Trabajo y Seguridad Social, promovendo, deste modo, a melhoria das condições de trabalho,

de modo uniforme, em vastas regiões da península ibérica.

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

4

1. Introdução

A campanha de prevenção de riscos profissionais na utilização de máquinas e equipamentos de

trabalho, assenta no princípio de que a segurança e saúde no trabalho representa uma área de

importância incontornável pois, se por um lado, cria um nível mínimo de proteção para a

segurança dos trabalhadores, por outro, contribui para uma livre e justa competição no

mercado interno.

A utilização de máquinas e equipamentos de trabalho que não se encontram em conformidade

com a legislação existente é um problema comum na Europa, o que é reconhecido pela

Comissão Europeia. É também um problema extremamente relevante em Portugal.

Não obstante os desenvolvimentos registados nos últimos anos no âmbito da prevenção, os

acidentes de trabalho constituem ainda um tema de irrefutável e inequívoca pertinência em

Portugal.

Neste contexto constata-se, tendo por base as estatísticas do Gabinete de Estratégia e

Planeamento - GEP -, que os acidentes ocorridos durante a utilização de máquinas e

equipamentos de trabalho constituíram, em 2012, a primeira causa de acidente de trabalho

mortal em Portugal, representando cerca de metade do total de acidentes de trabalho mortais.

Desta forma, as razões para a apresentação da campanha relacionam-se, em primeiro lugar,

com o facto de continuarem a ocorrer acidentes de trabalho muito graves e mortais em Portugal

envolvendo máquinas e equipamentos de trabalho e, em segundo lugar, com a necessidade que

existe na divulgação e compreensão exata da legislação em vigor.

Os representantes setoriais têm um papel muito importante na melhoria das condições de

trabalho. Sendo conhecedores da realidade, podem desencadear um processo alargado de

participação dos empregadores e dos trabalhadores na Campanha, que importa favorecer.

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

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Evolução tecnológica e segurança de máquinas

Numa perspetiva histórica, verifica-se que a preocupação com a segurança no trabalho esteve,

até à Revolução Industrial, associada à aprendizagem do trabalho nas corporações de artes e

ofícios.

Os acidentes de trabalho estão associados à evolução do trabalho e das tecnologias de

produção. A introdução da tecnologia nos locais de trabalho originou mudanças na forma

tradicional do acidente de trabalho, em que os trabalhadores são simultaneamente agentes e

vítimas dos seus próprios atos (Reason, 1997). Para além do impacto positivo na produtividade

e eficiência, a implementação da tecnologia provocou um agravamento das consequências dos

acidentes, nomeadamente, porque em diversas circunstâncias as vítimas já não são apenas

trabalhadores envolvidos no acidente, mas também terceiros, não diretamente relacionados

com o trabalho.

A revolução industrial com a introdução da máquina a vapor marca o início do uso da tecnologia

em larga escala (Leveson, 1994). A necessidade da introdução de sistemas de controlo

destinados a evitar ou minimizar as consequências de eventuais acidentes tem como

consequência o aumento da complexidade da tecnologia e o aumento da probabilidade de

falhas. Segundo Leveson (1994) foi a vulgarização do uso da máquina a vapor no século XIX,

na indústria e transportes, que definiram o momento dessa viragem, marcada pela ocorrência

de inúmeras explosões.

A introdução da máquina a vapor acabaria por introduzir ainda outros dois tipos de alterações

nos locais de trabalho: o trabalho deixa de ser cadenciado pelo trabalhador para passar a ser

comandado pela tecnologia e a dependência dos processos industriais da nova fonte de energia,

associados à necessidade de melhorar a sua eficiência, resultaram num novo modelo de

organização do local de trabalho, em que é a tecnologia que dita os requisitos.

No passado os operadores interagiam através das suas capacidades sensoriais e agiam sobre os

processos de produção através de manipulação direta. Segundo Reason (1990, p174),

máquinas de crescente complexidade intervêm agora entre o operador e a tarefa física, em

especial no caso de processos demasiados sensíveis para permitir manipulação direta ou

quando a força humana não é suficiente. É o caso das máquinas de terraplenagem e os

equipamentos de elevação, cujo objetivo é amplificar capacidades físicas humanas. Essa

amplificação foi, até à revolução industrial, conseguida pelo recurso à força de animais, da água

ou do vento. A introdução da máquina a vapor durante a revolução industrial teve como

consequência a alteração natural dos limites de amplificação associados a essas fontes de

energia, ao mesmo tempo que levantava problemas associados ao controlo dessa nova energia

(Hollnagel, 2004).

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

6

Foi na década de 80 que se deu outro dos desenvolvimentos tecnológicos no domínio da

automatização: a utilização de sistemas eletrónicos programáveis na implementação de

sistemas de controlo. O aumento da automatização combinado com as exigentes condições de

produção decorrentes de uma conjetura global, contribuem para que esta automação, crescente

em número e complexidade, fosse considerada como um fator de risco emergente (European

Agency for Safety and Health at Work, 2005), o que levou à sua inclusão na estratégia

comunitária para a saúde e segurança no trabalho 2007-2012. A complexidade das novas

tecnologias, dos novos processos de trabalho e dos interfaces homem-máquina foi considerado

por um painel de peritos como um dos 10 mais importantes riscos físicos emergentes, ou seja,

que é considerado simultaneamente um risco “novo” e “crescente”1.

O mesmo estudo classifica também como emergentes os riscos associados ao uso de sistemas

eletrónicos em sistemas de comando de máquinas (sistemas de segurança de robots, sistemas

de comando numérico, veículos controlados à distância), o uso incorreto de dispositivos de

segurança de última geração (barreiras imateriais, implementação de funções de segurança por

software), os problemas de compatibilidade eletromagnética dos sistemas de comando e o

aumento de acidentes associado a uma automatização crescente, entre outros. As utilizações no

domínio médico, nos transportes aéreos, na utilização de veículos pesados e máquinas de

terraplenagem que recorrem a dispositivos de alta tecnologia na cabine, e o uso de “cobots”2

em processos industriais, foram os sistemas em que esses riscos mais foram notados.

Sinistralidade com máquinas

Os acidentes de trabalho mortais constituem a face mais visível das consequências associadas

aos riscos do trabalho com máquinas, embora existam outras manifestações dos efeitos desses

riscos, como as doenças profissionais e os acidentes não mortais. A vigilância dos acidentes e

doenças profissionais permite a divulgação dos dados recolhidos às partes interessadas, como

sejam trabalhadores, sindicatos, empresas, organismos públicos e opinião pública; a utilização

desses dados recolhidos serve depois para a planificação de intervenções cujo objetivo consiste

na modificação desses fatores de risco (Markowitz, 1998).

O estatuto da Inspeção Geral do Trabalho (Decreto-Lei 102/2000, de 2.06) de Portugal,

estabelece que são os Inspetores do Trabalho que realizam “inquéritos em caso de acidente de

trabalho mortal ou que evidencie uma situação particularmente grave [...] com vista ao

desenvolvimento de medidas de prevenção adequadas nos locais de trabalho”. Esta atividade

1 Um risco é novo se anteriormente era pouco conhecido, ou se desenvolvimentos na perceção do risco ou no conhecimento científico lhe

deram a importância que anteriormente não tinha. Considera-se um risco crescente se o número de situações de perigo que originam o

risco, a probabilidade de exposição ao risco ou os efeitos dos perigos na saúde dos trabalhadores se agravam.

2 Um cobot é um “robot colaborativo” destinado à interação física com um operador, num espaço de trabalho.

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

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inicia-se com a participação do acidente por parte do empregador, a qual deve ser feita nas

vinte e quatro horas seguintes à ocorrência. Segundo a Autoridade para as Condições do

Trabalho (2014) a finalidade desta comunicação é permitir aos Inspetores do Trabalho o

acompanhamento da implementação de medidas de prevenção destinadas a evitar a repetição

destes acidentes, desígnio este concretizado, fundamentalmente, na base da análise pluricausal

do acidente. Nos casos em que não é feita a participação pelo empregador, são os tribunais de

trabalho que, tomando conhecimento do acidente, solicitam em seguida à Autoridade para as

Condições do Trabalho a realização do respetivo inquérito. No que concerne às categorias de

acidentes analisadas constata-se que o inquérito é realizado de forma sistemática nos casos de

acidente mortal, o mesmo não ocorrendo para a categoria de acidente grave, já que estes

acidentes nem sempre são participados.

Outra fonte de informação sobre a ocorrência de acidentes de trabalho, mortais ou não, são os

dados resultantes das participações às entidades seguradoras relativamente aos trabalhadores

que tiveram algum acidente de trabalho, evidenciando a totalidade dos acidentes de trabalho

com e sem dias de trabalho perdidos. O âmbito geográfico é o de Portugal (Continente e

Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira).

A ocorrência de acidentes com máquinas encontra-se também caracterizada por dados

estatísticos produzidos em diversos países. Assume um particular interesse neste domínio a

implementação do sistema de classificação Estatísticas Europeias de Acidentes de Trabalho

(Eurostat, 2001), que apresenta uma classificação para causas e circunstâncias assente na

atividade física específica, no desvio e contacto lesão, suportada por um conjunto de tabelas

com a identificação de uma tipologia de classificação.

Acidentes de trabalho mortais

A informação estatística disponibilizada confirma os pressupostos da campanha, dado que em

2012 mais de metade dos acidentes de trabalho mortais ocorrerem com máquinas e

equipamentos de trabalho. Nos anos anteriores os acidentes com estes agentes materiais

constituíram a segunda causa de acidente de trabalho mortal.

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

8

Figura 1 - Acidentes de trabalho mortal segundo o agente material do desvio (GEE, 2014)

Outra fonte de informação relevante é constituída pelos acidentes mortais objeto de

inquérito pelos inspetores do trabalho da ACT, efetuados em Portugal Continental, durante o

ano 2013.

Em toda a atividade económica foram objeto de inquérito pela ACT 141 acidentes de trabalho

mortais, tendo a maior parte ocorrido nos setores da construção (seção F da CAE), da indústria

transformadora (seção C da CAE) e agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (seção

A da CAE) (mais informação em anexo).

Quanto a acidentes de trabalho ocorridos com a utilização de máquinas e de equipamentos de

trabalho concluiu-se que, em 2013, foram objeto de inquérito 57 acidentes de trabalho mortais,

que representaram cerca de 40% do total dos acidentes mortais.

Para a caracterização dos acidentes de trabalho mortais ocorridos com a utilização de máquinas

e equipamentos efetuou-se pesquisa na base de registo da ACT, pelos códigos das Estatísticas

Europeias de Acidentes de Trabalho:

02.00 - Edifícios, construções, superfícies acima do solo (interior ou exterior), não

especificado, concretamente os acidentes envolvendo a utilização de andaimes,

plataformas elevatórias, escadas fixas e móveis – 3,5 % do total de acidentes de

trabalho mortais com máquinas e equipamentos de trabalho;

09.00 – Máquinas e equipamentos portáteis ou móveis – 24,6 % do total de acidentes de

trabalho mortais com máquinas e equipamentos de trabalho;

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

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10.00 – Máquinas e equipamentos fixos – 10,5 % do total de acidentes de trabalho

mortais com máquinas e equipamentos de trabalho;

11.00 – Dispositivos de transporte e de armazenamento – 3,5 % do total de acidentes de

trabalho mortais com máquinas e equipamentos de trabalho;

12.00 – Veículos terrestres - não especificado – 49,1 % do total de acidentes de trabalho

mortais com máquinas e equipamentos de trabalho;

13.00 – Outros veículos de transporte, não especificado – 8,8 % do total de acidentes de

trabalho mortais com máquinas e equipamentos de trabalho).

Da análise efetuada aos acidentes apurou-se que cerca de 74% registou-se em pequenas e

médias empresas (microempresas – 23%; pequenas empresas – 30 %; médias empresas

21%). Os principais setores de atividade económica objeto de inquérito de acidente de trabalho

mortal foram a indústria transformadora (21%), a construção (21%), o comércio por grosso e

a retalho (14%), transportes e armazenagem (12%) e a agricultura (11%).

Dos 28 acidentes de trabalho mortais ocorridos com veículos terrestres, conclui-se que 19

aconteceram em local público e 9 em locais privados, designadamente no interior de estaleiros

de construção civil e noutros locais não considerados na classificação EEAT. Os acidentes

verificados em local público correspondem aos que ocorreram nas estradas, cujas causas estão

a ser alvo de intervenção na campanha dos transportes, a realizar também em 2015.

Como desvios assinalados destacaram-se a perda total ou parcial de controlo de máquinas,

escorregamento ou hesitação com queda, o movimento do corpo sujeito a constrangimento

físico e a rutura, arrombamento e desmoronamento de agente material. Quanto à modalidade

da lesão (contato) concluiu-se que as principais foram a pancada por objeto em movimento, a

entalação e o esmagamento - em movimento vertical ou horizontal - que conduziram a lesões

múltiplas, concussões e lesões internas, choque e amputações nos trabalhadores,

essencialmente no corpo inteiro, no tórax e órgãos torácicos e na cabeça.

Acidentes de trabalho não mortais

Da análise por causas e circunstâncias efetuada à base de acidentes de trabalho não mortais do

GEP/GEE concluiu-se que são 4 os principais desvios, representando no seu conjunto 80,5 %

dos acidentes:

Movimento do corpo sujeito a constrangimento físico (conduzindo geralmente a lesão

interna) (27,7 % do total);

Perda (total ou parcial) de controlo de máquina, meio de transporte ou equipamento de

movimentação, ferramenta manual, objeto, animal (26,1 % do total);

Escorregar ou tropeçar com queda, queda de pessoa (17,8 % do total);

Transbordo, derrubamento, fuga, escoamento, vaporização, emissão (8,9% do total).

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

10

Fonte: GEP

Os dados apresentados indicam que as máquinas e equipamentos de trabalho continuam a ser

uma fonte de preocupação para a segurança dos locais de trabalho.

É essencial não apenas proporcionar a consciencialização de trabalhadores, empresas e de toda

a sociedade para este problema – através de ações de sensibilização e informação -, mas

também conseguir uma crescente harmonização do gesto inspetivo por parte da ACT em todo o

território nacional.

Para que isso seja cada vez mais uma realidade é importante disponibilizar à administração do

trabalho os meios para a prossecução da sua missão, bem como gerar na sociedade portuguesa

uma predisposição para a importância deste assunto, aumentando a consciência dos meios de

comunicação social, da opinião pública e de todos os atores sociais.

A proposta da campanha constitui um desafio e, em simultâneo, uma contribuição para a

melhoria das condições de trabalho em Portugal.

Pretende-se com esta campanha contribuir para assegurar um ambiente de trabalho seguro

através da correta utilização de máquinas e equipamentos de trabalho.

16771

47698

33463

57098

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

2008 2009 2010 2011 2012

Transbordo, derrubamento, fuga, escoamento, vaporização, emissão

Perda (total ou parcial) de controlo de máquina, meio de transporte ou equipamento de movimentação, ferramenta manual, objecto, animalEscorregar ou tropeçar com queda, queda de pessoa

Movimento do corpo sujeito a constrangimento físico (conduzindo geralmente a lesão interna)

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

11

2. Enquadramento

A ACT, enquanto organismo responsável pelo controlo e pela promoção do cumprimento da

legislação em matérias de relações laborais e de segurança e saúde no trabalho, ocupa um

lugar central na dinamização das entidades públicas e privadas que integram o sistema e a rede

nacional de prevenção de riscos profissionais3. Neste contexto tem efetuado um conjunto de

iniciativas conducentes ao pleno desenvolvimento do seu papel na regulação das condições de

trabalho.

De acordo com a Estratégia 2013-2015 da ACT, publicada em Junho de 2013, a sua atuação

tem em consideração os referenciais estratégicos de nível internacional e nacional em vigor.

Para tanto é relevante o referencial da OIT – Organização Internacional do Trabalho sobre

“Políticas e Estratégias para 2010-2015”, que serve de base ao atual plano de ação daquela

organização para o período de 2010-2016. Esse referencial tem por objetivo melhorar a

situação da segurança e saúde do trabalho em todo o mundo, incentivando os responsáveis

para a tomada de decisões, elaboração e aplicação de políticas e programas de ação nacionais,

que visam introduzir melhorias no sistema nacional de saúde e segurança do trabalho, por

forma a alcançar o maior grau de efetividade das normas internacionais aplicáveis produzidas

pela OIT.

A este nível vale a pena ainda referir a recente publicação pela OIT do “Código de boas práticas

para a utilização de máquinas”4.

Segundo a OIT a responsabilidade pela segurança de máquinas é partilhada pelos

empregadores, em conjunto com os projetistas e fabricantes de máquinas.

3 Cf. Artigos 6.º, 7.º e 8.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro.

4 Safety and health in the use of machinery. ILO code of practice (ISBN 978-92-2-127725-5), Geneva, 2013.

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

12

Figura 2 - Relação entre o projetista, o fabricante e o fornecedor com a empresa utilizadora

Ao nível a UE diversas ações regulamentares têm sido publicadas neste domínio, de entre as

quais se destacam as seguintes:

A “Directiva Máquinas” 2006/42/CE, relativa às máquinas e que altera a Directiva

95/16/CE, transposta pelo Decreto-Lei n.º 103/2008, de 24 de Junho, alterado pelo

Decreto-Lei n.º 75/2011, de 20 de Junho;

A “Directiva Equipamentos de Trabalho” 2009/104/CE, relativa às prescrições mínimas de

segurança e saúde para a utilização de equipamentos de trabalho por parte dos

trabalhadores no trabalho, que em Portugal foi transposta pelo Decreto-Lei n.º 50/2005,

de 25 de Fevereiro (Directiva 2001/45/CE, alterada pela Diretiva 2009/104/CE).

A primeira contempla a harmonização das normas jurídicas de segurança e saúde aplicáveis a

produtos e destinadas a promover a livre circulação e é reconhecida comummente como um

instrumento da política de melhoria da segurança e saúde no trabalho. É de salientar que em

2015 decorrem 20 anos da aplicação desta legislação no nosso país e que por isso vale a pena

refletir sobre a experiência resultante da sua aplicação.

A segunda tem por objetivo a melhoria da segurança e saúde nos locais de trabalho, com

ênfase para a fixação de prescrições mínimas aplicáveis às condições de trabalho e à utilização

de certas categorias de materiais e equipamentos.

Estas recomendações e disposições legais incidem sobre um conjunto de fatores técnico,

humanos e organizacionais, dos quais resulta a necessidade do empregador executar as

seguintes atividades:

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

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Garantir a aquisição de máquinas seguras e a utilização de equipamentos de trabalho bem

adaptados;

Promover a utilização do equipamento por trabalhador habilitado;

Proporcionar locais de trabalho bem concebidos;

Proceder à verificação dos equipamentos de trabalho;

Planear a prevenção através da gestão sistemática da segurança de máquinas.

A gestão da segurança de máquinas permite que estas atividades possam decorrer de uma

forma sistemática na empresa e contribuam para a melhoria contínua da segurança e saúde nos

locais de trabalho.

Decorre ainda da legislação a identificação de um conjunto de equipamentos de trabalho

considerados de alto risco, dados os níveis de sinistralidade a eles associado: andaimes e outros

equipamentos para trabalho temporário em altura, equipamentos móveis automotores e

equipamentos para a elevação de cargas.

Figura 3 - Equipamentos de trabalho de alto risco

Estes equipamentos serão de intervenção prioritária nas diversas fases da campanha

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

14

3. Âmbito da campanha: destinatários e setores

Os destinatários da campanha são os trabalhadores - e seus representantes - e os

empregadores, que utilizam máquinas e equipamentos de trabalho nos seus locais de trabalho,

nos vários sectores de atividade.

Os atores da campanha são todos aqueles que desempenham funções suscetíveis de

influenciar a segurança de máquinas e equipamentos de trabalho, nomeadamente empresas

prestadoras de serviços de segurança e saúde no trabalho e técnicos de segurança no trabalho,

inspetores de trabalho e técnicos superiores ligados à prevenção, trabalhadores designados,

pessoa competente que realiza verificações e ensaios, fabricantes e importadores de máquinas

e organismos notificados.

A campanha em Portugal irá incidir nos seguintes setores: agricultura e florestas, distribuição,

construção civil e indústria transformadora e extrativa. Na tabela seguinte apresentamos o

número de trabalhadores e de empresas dos setores de atividade económica alvo da presente

campanha (ano 2013).

Fonte: INE

Agricultura, produção

animal e silvicultura

Indústrias

extrativas

Indústrias

transformadoras

Construção Comércio por grosso

e a retalho

Transportes e

armazenagem

Total

N.º trabalhadores 100218 9579 638632 313678 732737 150807 1945651

N.º empresas 58144 1165 68436 86145 232760 22485 469135

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

15

4. Objetivo da campanha

A campanha enquadra-se no objetivo estratégico 1 da Estratégia da ACT para 2013-2015, o

qual visa promover a redução dos acidentes de trabalho, neste caso os ocorridos com máquinas

e equipamentos de trabalho.

Para isso pretende-se:

I. Promover e difundir nos locais de trabalho a correta interpretação da legislação

existente, em conformidade com os requisitos mínimos de segurança e saúde na

utilização de máquinas e equipamentos de trabalho;

II. Melhorar a capacidade dos atores que intervêm no domínio das máquinas e

equipamentos de trabalho para fornecer informações e adotar medidas;

III. Melhorar a capacidade da ACT para fornecer informações e promover boas práticas junto

das entidades empregadoras que utilizam máquinas e outros equipamentos de trabalho,

bem como das entidades prestadoras de serviços de SST, fomentando as seguintes

práticas naquelas entidades:

a) Garantir a aquisição de máquinas seguras e a utilização de equipamentos de

trabalho bem adaptados;

b) Promover a utilização do equipamento por trabalhador habilitado;

c) Proporcionar locais de trabalho bem concebidos;

d) Proceder à verificação dos equipamentos de trabalho;

e) Planear a prevenção através da gestão sistemática da segurança de máquinas.

Redução do número de acidentes com máquinas e equipamentos

Ações de formação e publicações destinadas a informar e formar os atores e destinatários que intervêm no domínio das máquinas e equipamentos de trabalho.

Seminários; Ações de formação; Identificação e criação de publicações.

Atividades e publicações destinadas a informar os destinatários nos vários setores de atividade.

Seminários setoriais; Identificação e criação de publicações setoriais.

Monitorização das atividades destinadas à melhoria da segurança de máquinas e equipamentos e desenvolvimento de ferramentas de apoio.

Auto avaliação e análise dos resultados das visitas inspetivas nos locais de trabalho; Identificação e criação de guias de apoio à ação inspetiva.

A informação constitui um elemento chave em qualquer Campanha. Nas organizações ela é um

fator dinamizador da ação e de suporte das restantes medidas de prevenção.

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

16

Considerando que os destinatários desta iniciativa são, preferencialmente, os trabalhadores e

empregadores de empresas de pequena dimensão, importa que a informação a disponibilizar

seja facilmente compreendida e os conteúdos maioritariamente práticos.

Sendo a avaliação de riscos um fator decisivo no sucesso da prevenção de lesões profissionais e

sabendo, em simultâneo, da dificuldade que as PME têm na gestão da segurança, importa criar

algumas ferramentas básicas que promovam, num primeiro momento, a identificação dos

perigos e, num segundo momento, o controlo dos riscos associados às máquinas e

equipamentos nos locais de trabalho.

O sucesso desta valência da Campanha dependerá da clareza com que a informação produzida

chegar aos destinatários da Campanha.

Os suportes de informação a produzir visam transmitir alguns dos conhecimentos básicos sobre

o tema, de modo simples e acessível, privilegiando-se a imagem e a ligação às situações

concretas de trabalho que estão na origem dos riscos, incluindo boas práticas.

A Internet representa um meio privilegiado de difusão rápida, simultânea e com baixo custo,

permitindo uma fácil e célere atualização de conteúdos.

Os documentos impressos permitem uma proximidade maior aos destinatários e garantem uma

perenidade futura relevante. São elaborados, para impressão, um folheto com informações

sobre a Campanha, bem como folhetos e cartazes específicos para cada um dos sectores de

intervenção, com informações sobre os riscos e as medidas de prevenção.

O conteúdo dos folhetos integrará informação geral sobre a Campanha, a Prevenção de Riscos e

as Boas Práticas no sector.

Propõe-se que os folhetos possam ser distribuídos da seguinte forma:

Através da Internet, em formato digital;

Nos Seminários sobre o tema;

Pelos Serviços e técnicos de prevenção da ACT, junto de stakeholders específicos;

Pelos inspetores do trabalho nas visitas;

Pelos parceiros sociais e institucionais.

Os cartazes pretendem atingir uma população nem sempre disponível para aceder à informação

escrita. O impacto visual das imagens e comentários podem ajudar a transmitir mensagens aos

trabalhadores com níveis de escolaridade diferenciados.

A organização do layout dos suportes de informação será então realizada em Espanha e

Portugal, pela ITSS e pela ACT, respetivamente.

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

17

5. Planeamento das atividades

A campanha será dividida em três eixos com os seguintes objetivos específicos:

I. Campanha de informação e formação dirigida aos atores e destinatários da campanha

de forma a reforçar a sua capacidade de intervenção:

a) Facultar informação sobre a necessidade de se disponibilizarem máquinas e

equipamentos concebidos de acordo com as diretivas relevantes da nova

abordagem;

b) Ministrar formação sobre os problemas detetados com máquinas e equipamentos de

trabalho, bem como sobre boas práticas de como superar esses problemas;

II. Campanha de informação e sensibilização dirigida aos destinatários dos setores

escolhidos para a campanha;

III. Campanha de inspeção dirigida aos empregadores, fabricantes, importadores,

comerciantes e distribuidores e que visa assegurar o cumprimento dos requisitos das

Diretivas Máquinas e Equipamentos de Trabalho.

A atividade desenvolvida terá um carácter diversificado, incluindo:

Ações de informação e sensibilização, em sala e em frentes de trabalho;

Ações de divulgação em sala e em frentes de trabalho;

Ações de formação em sala e em frentes de trabalho;

Ação inspetiva da ACT nos locais de trabalho;

Produção de instrumentos de informação/divulgação.

As atividades a desenvolver serão da responsabilidade da ACT, da ACT em parceria com outras

entidades e de outras entidades - parceiros sociais, parceiros técnico ou institucionais.

Contudo, a atividade inspetiva será da responsabilidade exclusiva da ACT.

A campanha terá início com atividades do eixo de informação e sensibilização dos destinatários

acerca dos riscos associados com máquinas e equipamentos nos locais de trabalho.

Simultaneamente devem também ser iniciadas as atividades do eixo de informação e formação

dos atores da campanha.

Os inspetores do trabalho nas visitas aos locais de trabalho promovem a procura de soluções

que contribuam para a prevenção de acidentes de trabalho e de doenças profissionais.

A harmonização da intervenção a nível nacional depende muito da formação dos inspetores do

trabalho e da utilização de referenciais comuns para análise dos locais de trabalho.

A monitorização destas ações será efetuada através da análise dos resultados das visitas

inspetivas de informação e controlo nos locais de trabalho, previstas para a segunda fase da

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

18

Campanha e com um duplo objetivo: promover a melhoria das condições de trabalho e de

controlar a aplicação das normas para a organização da prevenção no local de trabalho,

cumprindo, assim, com o espírito da Diretiva 89/391/CEE, de 12 de Junho, denominada diretiva

quadro.

Estas visitas terão duas componentes complementares: garantir que são salvaguardadas as

condições de segurança na utilização de máquinas e outros equipamentos de trabalho

considerados de alto risco, bem como promover o acompanhamento das modificações

consideradas necessárias pelos serviços de segurança e saúde no trabalho organizados pelo

empregador. As visitas poderão ser desenvolvidas em conjunto por inspetores e técnicos de

prevenção da ACT.

Depois de terminada, a campanha será objeto de avaliação.

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

19

Atividades operacionais

A

2014 2015 2016

S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A

Envolvimento dos parceiros sociais

Envolvimentos dos

parceiros institucionais e técnicos

Seminário de

lançamento da campanha

Identificação e criação

de publicações transversais

Ações de formação (atores)

Identificação e criação

de publicações sectoriais

Seminários setoriais (destinatários)

Ação inspetiva

Avaliação

Seminário de encerramento

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

20

Programas de ação e indicadores

Subprograma Designação Indicadores de avaliação

Subprograma 1 Promoção da campanha

Ação 1.1

Sessão de lançamento N.º de participantes

N.º entidades/empresas presentes

Ação 1.2

Sessão de encerramento N.º de participantes

N.º entidades/empresas presentes

Subprograma 2 Informação e Divulgação

Ação 2.1 Instrumentos de informação

N.º de instrumentos produzidos

N.º de instrumentos distribuídos

N.º de downloads

Ação 2.2 Sensibilização dos destinatários e atores

N.º de promotores

N.º de ações/sessões

N.º de participantes

N.º de horas

Ação 2.3

Sensibilização do sistema de ensino

N.º de promotores

N.º de ações

N.º de horas

N.º de participantes

Subprograma 3 Formação

Ação 3.1 Formação dos atores e dos destinatários

N.º de ações de formação

N.º de horas ministradas

N.º de participantes

Ação 3.2 Formação interna da ACT N.º de ações de formação

N.º de horas ministradas

N.º de participantes

Subprograma 4 Inspeção

Ação 4.1

Monitorização nos locais de trabalho

Recursos

N.º de inspetores x dias

Atividade

N.º de visitas efetuadas

N.º de trabalhadores

N.º de notificações

N.º de empresas visitadas

N.º de máquinas inspecionadas

Resultados

N.º de máquinas conformes/n.º total de máquinas inspecionadas

N.º de melhorias introduzidas nos locais de trabalho/máquinas

N.º de verificações efetuadas em equipamentos de elevação/móveis

N.º de trabalhadores com formação adequada para operação de equipamentos de elevação/móveis

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

21

Organização e responsabilidades

A organização operacional da campanha prevê duas estruturas. A primeira, constituída pelos

parceiros sociais, irá fazer o acompanhamento estratégico da campanha, organizar o

desenvolvimento dos materiais produzidos de natureza transversal, procedendo à sua

adaptação, de modo a permitir a sua utilização nos diversos sectores de atividade; a segunda,

constituída pelos parceiros institucionais e técnicos, terá por missão o desenvolvimento dos

materiais da campanha de natureza transversal.

Organização da

Campanha

Parceiros sociais

C. Civil Distribuição Agricultura Indústria

Parceir

os

In

sti

tucio

nais

e t

écn

ico

s

Máquina segura / equipamento

adaptado

Andaimes Maquinas móveis

Grua/Ponte rolante

Empilhadores

Empilhadores Máquinas

móveis Outros

Tratores Outros

Ponte rolante Empilhador

Outros

Trabalhador habilitado

Locais bem concebidos

Equipamento verificado

Gestão da segurança de

máquinas

Subgrupos de trabalho

(domínio transversal)

Adaptação dos conteúdos aos diversos sectores de

atividade (domínio sectorial)

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

22

6. Resultados esperados

A dificuldade das PME em implementar práticas de trabalho seguras é reconhecida na

generalidade dos países europeus. A explicação para esta situação radica na ausência de

recursos humanos com formação no domínio da segurança e saúde no trabalho e numa

realidade muito específica destas empresas, que estão normalmente mais afastadas dos

processos de informação. Espera-se que com esta Campanha seja possível alterar as condições

de trabalho, motivando empregadores e trabalhadores a saberem mais sobre os temas e a

agirem ativamente na eliminação e redução dos riscos profissionais.

A avaliação do trabalho realizado durante as Campanhas anteriores tem permitido melhorar o

que é feito nos anos seguintes, quer a nível de Campanhas, quer a nível da intervenção

quotidiana e sistemática da ACT.

A avaliação do trabalho desenvolvido representará o momento para o balanço do trabalho

realizado, ao mesmo tempo que permitirá a sistematização de nova informação que será

certamente útil à realização de futuras Campanhas.

A avaliação da Campanha deve acontecer durante o mês de Janeiro de 2016.

A ACT organizará um Seminário em Portugal em Março de 2016 para se avaliar todo o trabalho

realizado durante esta Campanha.

Nesse evento será apresentado o trabalho realizado, as boas práticas identificadas e discutir-se-

á as perspetivas de desenvolvimento futuro sobre a intervenção inspetiva neste domínio.

Quer os trabalhos de boas práticas identificadas durante a campanha, ou introduzidas nos locais

de trabalho durante a campanha, quer eventuais trabalhos de investigação efetuados em

estabelecimentos de ensino superior, serão objeto de apresentação no seminário de avaliação

da campanha.

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

23

Subprograma 1: Promoção da campanha

Ação 1.1 Sessão de lançamento

Objetivos

Tornar pública a campanha;

Envolver os órgãos da comunicação social;

Despertar a opinião pública para a importância da prevenção de riscos profissionais na

utilização de máquinas e equipamentos de trabalho.

Conteúdo

Importância do envolvimento dos parceiros sociais e institucionais na campanha;

Importância da comunicação social na difusão da mensagem da segurança e saúde na

utilização de máquinas e equipamentos de trabalho;

Sinistralidade;

Importância da prevenção dos riscos profissionais.

Destinatários

Opinião pública ligada à atividade;

Opinião pública em geral;

Atores envolvidos nas questões ligadas à segurança de máquinas e equipamentos de

trabalho.

Organizações a envolver

Parceiros sociais, institucionais e técnicos;

Órgãos da comunicação social.

Ações - Instrumentos – Medidas

Sessão pública;

Dossiê de imprensa.

Promotores

ACT

Ano de execução

2015

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

24

Ação 1.2 – sessão de encerramento da campanha

Objetivos

Tornar público o papel e contributo desenvolvidos pelos parceiros da campanha;

Avaliar os resultados da campanha;

Envolver os órgãos da comunicação social;

Despertar a opinião pública para a importância da prevenção de riscos profissionais na

utilização de máquinas e equipamentos de trabalho.

Conteúdo

Importância do envolvimento dos parceiros sociais e institucionais na campanha;

Importância da comunicação social na difusão da mensagem da segurança e saúde na

utilização de máquinas e equipamentos de trabalho;

Propostas e condições de sucesso para as políticas preventivas na utilização de máquinas

e equipamentos de trabalho.

Destinatários

Opinião pública ligada à atividade;

Opinião pública em geral;

Atores envolvidos nas questões ligadas à segurança de máquinas e equipamentos de

trabalho.

Organizações a envolver

Parceiros sociais, institucionais e técnicos;

Órgãos da comunicação social.

Ações - Instrumentos – Medidas

Sessão pública;

Dossiê de imprensa.

Promotores

ACT

Ano de execução

2015

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

25

Subprograma 2: Informação e Divulgação

Ação 2.1 Instrumentos de informação

Objetivos

Promover e difundir nos locais de trabalho a correta interpretação da legislação existente,

em conformidade com os requisitos mínimos de segurança e saúde na utilização de

máquinas e equipamentos de trabalho;

Melhorar a capacidade dos atores que intervêm no domínio das máquinas e equipamentos

de trabalho para fornecer informações e adotar medidas;

Melhorar a capacidade da ACT para fornecer informações e promover boas práticas junto

das entidades prestadoras de serviços de SST das empresas que utilizam máquinas e

outros equipamentos de trabalho, fomentando as seguintes práticas nas empresas

existam práticas que garantam:

o Aquisição de máquinas seguras e a utilização de equipamentos bem adaptados;

o Existência de trabalhadores habilitados;

o Locais de trabalho bem concebidos;

o Utilização de equipamentos verificados e ensaiados;

o Planeamento da prevenção através da gestão sistemática da segurança de máquinas.

Conteúdo

Princípios e técnicas de prevenção de riscos profissionais, em particular os riscos ligados à

utilização de máquinas e equipamentos de trabalho;

Suportes informativos setoriais, com referência aos procedimentos corretos de utilização

de máquinas e equipamentos de trabalho, e sempre que possível contendo exemplos

práticos;

Listas de verificação setoriais;

Informação sobre a rede de prevenção de riscos profissionais na utilização de máquinas e

equipamentos, aos vários níveis (prevenção, formação, verificação,…).

Destinatários

Técnicos de SST;

Trabalhadores designados;

Pessoa competente que realiza verificações e ensaios;

Fabricantes e importadores de máquinas;

Empregadores;

Trabalhadores;

Representantes dos trabalhadores para a SST.

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

26

Ações – Instrumentos – Medidas

Brochuras, vídeos, CD-ROM, cartazes, flyers e desdobráveis;

Instrumentos de avaliação de riscos;

Ações de sensibilização.

Promotores

ACT;

Associações sindicais do setor;

Associações de empregadores do setor;

Comunidade técnica e científica;

Associações que representem profissionais do setor;

Empresas prestadoras de serviços SST e suas associações;

Centros Tecnológicos;

Parceiros institucionais públicos com intervenção relevante na prevenção dos riscos

profissionais no setor.

Natureza dos apoios

Técnico-documental

Ano de execução

2015

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

27

Ação 2.2 Sensibilização dos destinatários e atores

Objetivos

Sensibilizar para a prevenção dos riscos profissionais na utilização de máquinas e

equipamentos de trabalho;

Proporcionar a troca de informações e de experiências.

Conteúdo

Especificidades e diversidades da atividade do setor;

Princípios e técnicas de prevenção de riscos profissionais ligados às máquinas e aos

equipamentos de trabalho.

Destinatários

Técnicos de SST;

Trabalhadores designados;

Pessoa competente que realiza verificações e ensaios;

Fabricantes e importadores de máquinas;

Empregadores;

Trabalhadores;

Representantes dos trabalhadores para a SST.

Ações – Instrumentos – Medidas

Colóquios, seminários, conferências, eventos congéneres;

Intervenção nos locais de trabalho.

Promotores

ACT;

Associações sindicais do setor;

Associações de empregadores do setor;

Comunidade técnica e científica;

Associações que representem profissionais do setor;

Empresas prestadoras de serviços SST e suas associações;

Centros Tecnológicos;

Parceiros institucionais públicos com intervenção relevante na prevenção dos riscos

profissionais no setor.

Natureza dos apoios

Técnico-documental

Ano de execução

2015

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

28

Ação 2.3 Sensibilização do sistema de ensino

Objetivos

Sensibilizar e motivar alunos e professores de cursos do ensino superior para a

importância da prevenção dos riscos profissionais;

Criar condições favoráveis à orientação de estágios de fim de curso versando a temática

da prevenção dos riscos profissionais.

Conteúdo

Especificidade e diversidade da atividade;

Sinistralidade no setor: custos económicos e sociais;

Modernização tecnológica do setor;

Princípios e técnicas de prevenção de riscos profissionais ligados aos equipamentos de

trabalho;

Importância da prevenção associada à produtividade e à qualidade.

Destinatários

Professores e alunos do ensino superior, das escolas profissionais e tecnológicas;

Formadores e formandos dos centros de formação profissional setorial.

Ações – Instrumentos – Medidas

Colóquios, seminários, conferências, eventos congéneres

Promotores

ACT;

Estabelecimentos do ensino superior;

Escolas profissionais e tecnológicas;

Centros de formação profissional.

Natureza dos apoios

Técnico-documental

Ano de execução

2015

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

29

Subprograma 3: Formação

Ação 3.1 Formação dos atores e dos destinatários

Objetivos

Possibilitar o desenvolvimento de ações de formação sobre prevenção dos riscos

profissionais para quadros, dirigentes e técnicos das associações empresariais e

profissionais;

Promover a melhoria da segurança durante a utilização de máquinas e de equipamentos

de trabalho em uso através de medidas organizacionais;

Apoiar a preparação de programas e suportes pedagógicos relativos à prevenção.

Conteúdo

Especificidade dos setores escolhidos para o desenvolvimento da campanha e diversidade

das máquinas e equipamentos;

Enquadramento normativo europeu e nacional das Diretivas Máquinas e Equipamentos de

Trabalho;

Caracterização de riscos ligados às máquinas nomeadamente, mecânicos, elétricos etc.;

Identificar os requisitos mínimos de segurança aplicáveis às máquinas e equipamentos;

Conhecer as regras de utilização e procedimentos de trabalho para a utilização de

equipamentos para trabalhos temporários em altura (escadas, andaimes e cordas);

Conhecer as regras de utilização e procedimentos de trabalho para a utilização de

equipamentos de trabalho (plataformas suspensas e elevação de pessoas, elevação de

cargas, máquinas móveis);

Verificação dos requisitos das máquinas e equipamentos de trabalho;

Manutenções, Verificações e ensaios;

Intervenção da pessoa competente;

Formação/informação e consulta dos operadores.

Ações - Instrumentos – Medidas

Ações de formação, módulos de formação e instrumentos pedagógicos

Destinatários

Técnicos de SST;

Trabalhadores designados;

Pessoa competente que realiza verificações e ensaios;

Fabricantes e importadores de máquinas;

Empregadores;

Trabalhadores;

Representantes dos trabalhadores para a SST.

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

30

Ações – Instrumentos – Medidas

Colóquios, seminários, conferências, eventos congéneres

Promotores

ACT;

Associações de empregadores;

Associações sindicais;

Comunidade técnica e científica relacionada com os setores de atividade identificados para

a campanha;

Associações de profissionais;

Empresas prestadoras de serviços SST e suas associações;

Sistema de formação profissional para as máquinas e equipamentos;

Parceiros institucionais públicos com intervenção relevante na prevenção dos riscos

profissionais.

Natureza dos apoios

Técnico-documental

Ano de execução

2015

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

31

Ação 3.2 Formação interna da ACT

Objetivos

Promover o desenvolvimento das competências técnicas e cientificas necessárias a um

desempenho profissional dos destinatários compatível com as exigências atribuídas à ACT,

decorrentes da necessidade de combater a sinistralidade laboral e as doenças

profissionais, tendo em vista uma efetiva melhoria das condições de segurança e saúde

dos trabalhadores na utilização de máquinas e equipamentos.

Conteúdos

Especificidade dos setores escolhidos para o desenvolvimento da campanha e diversidade

das máquinas e equipamentos;

Enquadramento normativo europeu e nacional das Diretivas Máquinas e Equipamentos de

Trabalho;

Caracterização de riscos mecânicos ligados às máquinas;

Identificar os requisitos mínimos de segurança aplicáveis às máquinas e equipamentos;

Conhecer as regras de utilização dos equipamentos para trabalhos temporários em altura

(escadas, andaimes e cordas);

Regras de utilização dos equipamentos de trabalho (plataformas suspensas e elevação de

pessoas, elevação de cargas, máquinas móveis);

Verificação dos requisitos das máquinas e equipamentos de trabalho;

Manutenções, verificações e ensaios;

Intervenção da pessoa competente;

Adequação do gesto profissional na abordagem às máquinas e equipamentos.

Destinatários

Técnicos superiores e inspetores da ACT

Ações - Instrumentos – Medidas

Ações de formação, módulos de formação e instrumentos pedagógicos

Promotores

ACT

Natureza dos Apoios

Técnico-documental

Ano de execução

2015

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

32

Subprograma 4: Inspeção

Ação 4.1 Monitorização nos locais de trabalho

Objetivos

Suscitar a adesão das empresas aos objetivos da Campanha através das funções de

informação, conselho e controlo inspetivo nos locais de trabalho;

Detetar e combater situações na utilização insegura de máquinas e outros equipamentos

de trabalho considerados de alto risco, designadamente nos equipamentos de elevação de

cargas e de pessoas, nos equipamentos móveis e nos equipamentos para trabalho

temporário em altura, tendo em vista assegurar as prescrições mínimas de SST;

Promoção de boas práticas na prestação de serviços de SST em empresas que utilizam

máquinas e outros equipamentos de trabalho;

Suscitar a intervenção dos atores sociais relevantes sempre que se considere necessário

tendo em vista a concretização dos objetivos da Campanha.

Conteúdos

Intervenção de informação, conselho e controlo inspetivo nos locais de trabalho no que

concerne a princípios e técnicas de prevenção de riscos profissionais, em particular os

riscos associados às máquinas e equipamentos de trabalho bem como os princípios e

técnicas de prevenção de riscos profissionais;

Apoio, animação e cooperação com os atores sociais que prosseguem missões no domínio

da presente Campanha.

Destinatários

Empresas;

Trabalhadores/Operadores de máquinas e equipamentos;

Empresas prestadoras de serviços de SST;

Técnicos de SST.

Ações - Instrumentos – Medidas

Visitas inspetivas;

Procedimentos inspetivos;

Participação em sessões de informação e sensibilização;

Divulgação dos suportes de informação.

Promotores

ACT

Natureza dos Apoios

Técnico-documental

Ano de Execução

2015

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

33

Anexo 1: Acidentes de trabalho mortais comunicados e

objeto de inquérito pela ACT em 2013

Acidentes de trabalho mortais comunicados e objeto de inquérito pela ACT em 2013 (*)

– por tipo de acidente

Tipo de acidente Mortais

Nas instalações 16

In itinere 18

Em viagem, transporte ou circulação 23

Total 57

(*) – os dados foram retirados da base no dia 14 de julho de 2014, pelas 17:30

Acidentes de trabalho mortais comunicados e objeto de inquérito pela ACT em 2013 (*)

– por tipo de empresa –

Tipo de empresa Mortais

1-9 trabalhadores 13

10-49 trabalhadores 17

50-249 trabalhadores 12

250-499 trabalhadores 2

500 trabalhadores ou mais 6

Dimensão desconhecida 4

Trabalhadores Independentes 3

Em averiguação 0

Total 57

(*) – os dados foram retirados da base no dia 14 de julho de 2014, pelas 17:30

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

34

Acidentes de trabalho mortais comunicados e objeto de inquérito pela ACT em 2013 (*)

por CAE de atividade económica –

Seção

CAE Designação Mortais

A Agricultura, produção animal, caça, floresta e

pesca 6

B Indústrias extrativas 1

C Indústrias transformadoras 12

D Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar

frio 0

E Captação, tratamento e distribuição de água;

saneamento, gestão de resíduos e despoluição 1

F Construção 12

G Comércio por grosso e a retalho; reparação de

veículos automóveis e motociclos 8

H Transportes e armazenagem 7

I Alojamento, restauração e similares 0

J Atividades de informação e de comunicação 0

K Atividades financeiras e de seguros 0

L Atividades imobiliárias 0

M Atividades de consultoria, científicas, técnicas e

similares 1

N Atividades administrativas e dos serviços de apoio 5

O Administração Pública e defesa; Segurança Social

obrigatória 3

P Educação 0

Q Atividades de saúde humana e apoio social 1

R Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e

recreativas 0

S Outras atividades de serviços 0

T

Atividades das famílias empregadoras de pessoal

doméstico e atividades de produção das famílias

para uso próprio

0

U Atividades dos organismos internacionais e outras

instituições extraterritoriais 0

TOTAL 57

(*) – os dados foram retirados da base no dia 14 de julho de 2014, pelas 17:30

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

35

Acidentes de trabalho mortais comunicados e objeto de inquérito pela ACT em 2013 (*)

por tipo de local –

Código Tipo de local Mortais

000 Nenhuma informação 1

010 Zona industrial 6

020 Estaleiro, construção, pedreira, mina a céu aberto 9

030 Área de agricultura, produção animal, piscicultura, zona

florestal 5

040 Local de atividades terciária, escritório, entretenimento,

diversos 0

050 Estabelecimento de saúde 0

060 Local público 21

070 Domicílio 1

080 Local de atividade desportiva 0

090 No ar, em altura – com exclusão de estaleiros 0

100 Subterrâneo – com exclusão de estaleiros 0

110 Sobre água – com exclusão de estaleiros 3

120 Em meio hiperbárico – com exclusão de estaleiros 0

999 Outro tipo de local de trabalho 11

Em averiguação 0

Total 57

(*) – Os dados foram retirados da base no dia 14 de julho de 2014, pelas 17:30

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

36

Acidentes de trabalho mortais comunicados e objeto de inquérito pela ACT em 2013 (*)

por agente material da atividade –

Código Agente material da atividade Mortais

00.00 Nenhum agente material ou nenhuma informação

01.00 Edifícios, construções, superfícies - ao nível do solo

(interior ou exterior, fixos ou móveis, temporários ou não)

02.00 Edifícios, construções, superfícies, acima do solo

(interior ou exterior) 2

03.00 Edifícios, construções, superfícies, abaixo do solo

(interior ou exterior)

04.00 Dispositivo de distribuição de matéria, de alimentação,

canalizações

05.00 Motores, dispositivos de transmissão e de

armazenamento de energia

06.00 Ferramentas manuais – não motorizadas

07.00 Ferramentas sustidas ou conduzidas manualmente -

mecânicas

08.00 Ferramentas manuais – sem especificações quanto à

motorização

09.00 Máquinas e equipamentos portáteis ou móveis 14

10.00 Máquinas e equipamentos - fixos 6

11.00 Dispositivos de transporte e de armazenamento 2

12.00 Veículos terrestres 28

13.00 Outros veículos de transporte 5

14.00 Materiais, objetos, produtos, componentes de máquina,

estilhaços, poeiras

15.00 Substâncias químicas, explosivas, radioativas,

biológicas

16.00 Dispositivos e equipamentos de segurança

17.00 Equipamentos de escritórios e pessoais, material de

desporto, armas, equipamento doméstico

18.00 Organismos vivos e seres humanos

19.00 Resíduos diversos

20.00 Fenómenos físicos e elementos naturais

99.00 Outros agentes materiais não referenciados nesta

classificação

Em averiguação

Total 57

(*) – os dados foram retirados da base no dia 14 de julho de 2014, pelas 17:30

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

37

Acidentes de trabalho mortais comunicados e objeto de inquérito pela ACT em 2013 (*)

por desvio –

Código Desvio Mortais

00 Nenhuma informação 12

10 Desvio por problema elétrico, explosão, incêndio 0

20 Desvio por transbordo derrubamento, fuga,

escoamento, vaporização e emissão 0

30

Rutura, arrombamento, rebentamento,

resvalamento, queda, desmoronamento de agente

material 3

40

Perda total ou parcial de controlo de máquina, meio

de transporte – equipamento de movimentação,

ferramenta manual, objeto, animal 18

50 Escorregamento ou hesitação com queda, queda de

pessoa 6

51 Queda de pessoa do alto 2

52 Escorregamento ou hesitação com queda de pessoa

– ao mesmo nível 4

60 Movimento do corpo sujeito a constrangimento

físico (conduzindo geralmente a lesão externa) 0

70 Movimento do corpo sujeito a constrangimento

físico (conduzindo geralmente a lesão interna) 4

80 Surpresa, susto, violência, agressão, ameaça,

presença 1

99 Outro desvio 13

Em averiguação

Total 57

(*) – Os dados foram retirados da base no dia 14 de julho de 2014, pelas 17:30

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

38

Acidentes de trabalho mortais comunicados e objeto de inquérito pela ACT em 2013 (*)

por contacto – modalidade da lesão

Código Contato - Modalidade da lesão Mortais

00 Nenhuma informação 6

10 Contacto com corrente elétrica, temperatura,

substância perigosa via inalação, contacto com a

pele/olhos ou ingestão 0

20 Afogamento, soterramento, envolvimento 3

30 Esmagamento em movimento vertical ou

horizontal sobre / contra um objeto imóvel 9

40 Pancada por objeto em movimento, colisão com

um objeto em movimento, incluindo veículos -

colisão com uma pessoa 18

50 Contacto com agente material cortante 1

60 Entalação, esmagamento, arranque (secção de

um membro, mão, dedo), etc. 15

70 Constrangimento físico do corpo, constrangimento

psíquico 0

80 Mordedura, pontapé (animal ou humano) 0

99 Outro Contacto - Modalidade da lesão não referida

nesta classificação 5

Em averiguação

Total 57

(*) – Os dados foram retirados da base no dia 14 de julho de 2014, pelas 17:30

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

39

Anexo 2: Formulário de Candidatura

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

40

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

41

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

42

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

43

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

44

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

45

Campanha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho 2015

46

Resumo

Este programa enquadrador é um instrumento de execução de políticas públicas de segurança e

saúde no trabalho que visa fixar os objetivos e promover a intervenção dos atores e a

sensibilização dos destinatários, no domínio da prevenção dos riscos profissionais associados ao

trabalho com máquinas e equipamentos de trabalho.

Résumé

Ce programme est un outil pour la mise en œuvre des politiques publiques en matière de santé

et de sécurité au travail, qui vise établir des objectifs et encourager la participation des acteurs

et la sensibilization des destinataires dans le domaine de la prévention des risques

professionnels avec les machines et les equipments de travail.

Abstract

This program is a tool for implementing public policies for health and safety at work that aims to

establish the goals and promote the involvement of actors and the information of employers

and employees in the area of occupational risk prevention associated with machinery and work

equipment.