campanha da fraternidade 2014

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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014. CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014. LEMA: É para a Liberdade que Cristo nos Libertou ( Gl 5,1) TEMA: Fraternidade e Tráfico Humano. CARTAZ DA CF 2014. INTRODUÇÃO. INTRODUÇÃO. O período quaresmal convida os discípulos missionários a uma verdadeira conversão. - PowerPoint PPT Presentation

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PAPER PAPYRUS

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014

LEMA: para a Liberdade que Cristo nos Libertou (Gl 5,1)

TEMA: Fraternidade e Trfico HumanoCAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014CARTAZ DA CF 2014

INTRODUO

INTRODUOO perodo quaresmal convida os discpulos missionrios a uma verdadeira converso.

A recomear a partir de Jesus Cristo.

O tema deste ano pede-nos que sejamos sensveis a situaes que atentam contra a dignidade da pessoa humana e seus direitos fundamentais: O TRFICO HUMANO.

Pessoas so exploradas pelos criminosos em vrias atividades: construo, confeco, entretenimento, sexo, servios agrcolas e domsticos, adoes ilegais, remoo de rgo e outras.

OBJETIVO GERALIdentificar as prticas de trfico humano em suas vrias formas e denunci-lo como violao da dignidade e da liberdade humana mobilizando cristos e a sociedade brasileira para erradicar esse mal, com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus.

OBJETIVOS ESPECFICOSIdentificar as causas e modalidades do trfico humano e os rostos que sofrem com essa explorao.Denunciar as estruturas e situaes causadoras do trfico humano.Reivindicar, dos poderes pblicos, polticas e meios para reinsero das pessoas atingidas pelo trfico humano na vida familiar e social.Promover aes de preveno e de resgate da cidadania das pessoas em situaes de trfico.Suscitar luz da Palavra de Deus, a converso que conduza ao empenho transformador dessa realidade aviltante da pessoa humana.Celebrar o ministrio da morte e ressurreio de Jesus Cristo, sensibilizando para a solidariedade e o cuidado s vtimas desse mal.FRATERNIDADE E TRFICO HUMANOPRIMEIRA PARTEO trfico de pessoas uma atividade ignbil, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas! Papa Francisco. (cf. T.B. C.F. 2014, no 7)

O Conclio Vaticano II j afirmava que a escravido, a prostituio, o mercado de mulheres e de jovens, ou ainda as ignominiosas condies de trabalho; com as quais os trabalhadores so tratados como simples instrumentos de ganho, e no como pessoas livres e responsveis so infames, prejudicam a civilizao humana, desonram aqueles que se comportam e ofender grandemente a honra do Criador. (T.B. C.F. 2014, no 8)

No Brasil, so formas bem conhecidas do trfico humano: a explorao, que atinge principalmente mulheres, mas tambm crianas e adolescentes, no mercado do sexo, a explorao de trabalhadores escravizados em atividades produtivas. (T.B. C.F. 2014, no 10)

Nem todos os casos de trabalho escravo so resultados do trfico humano. Segue dados da Organizao Internacional do Trabalho (OIT) de junho de 2012. (cf. T.B. C.F. 2014, no 12)

Os traficantes se aproveitam da vulnerabilidade econmica e social de muitas pessoas em processo de migrao para alici-las. (cf. T.B. C.F. 2014, no 14)

AS PRINCIPAIS MODALIDADES DO TRFICO HUMANOPara explorao no trabalhoPara explorao sexualPara extrao de rgoDe crianas e adolescentes

MOBILIDADE E TRABALHO NA GLOBALIZAOA competio econmica no mundo globalizado vem se acirrando nas ltimas dcadas, ocasionando reduo de postos de trabalho e precarizao das condies laborais, alm do aumento da mobilidade humana por todo o mundo.

O fenmeno da migraoA imigrao para o BrasilMigrao interna no BrasilA migrao para o Sudeste e a urbanizaoMigrao atual

Os migrantes, apesar de terem trabalho, muitas vezes, acabam explorados e vivem de forma precria. (cf. T.B. C.F. 2014, no 49)

O TRABALHO NA GLOBALIZAOO Papa Bento XVI, ao analisar o fenmeno da globalizao, afirmou tratar-se de um processo abrangente e com vrias facetas, que cada vez mais interliga a humanidade, e deve ser compreendido a partir de todas as suas dimenses. (cf. T.B. C.F. 2014, no 50)

ESCRAVIDO E PRECONCEITOTrfico humano e escravido no BrasilOs portugueses no encontraram dificuldade em assumir o processo de colonizao da terra de Santa Cruz, sob duas formas: a tomada das terras dos povos indgenas, os quais tambm foram escravizados, e a explorao da fora do trabalho dos negros traficados do continente africano. (T.B. C.F. 2014, no 56)

Os preconceitos raciaisA sociedade escravocrata legou ao Brasil, ps Lei urea, uma estrutura que relega grande parte da populao ao sofrimento da marginalizao. (cf. T.B. C.F. 2014, no 61)

O ENFRENTAMENTO AO TRFICO HUMANONo mundo globalizado, os elos da criminalidade tornaram-se muito eficientes, como ocorre no crime de trfico humano. Por isso, para o enfrentamento dessas organizaes, alm de novos mecanismos condizentes com a estrutura que apresentam, faz-se necessria a cooperao entre pases em reas como a criminal, jurdica, tecnolgica, econmica e dos meios de comunicao. (T.B. C.F. 2014, no 64)

Histrico de lutasProtocolo de ParisDebates em fruns internacionais: OIT e na ONUProtocolo de Palermo

Para a identificao desse crime os elementos fundamentais so:Os atosOs meiosA finalidade da explorao

importante frisar que, para a configurao do crime de trfico humano, o consentimento da vtima irrelevante. (cf. T.B. C.F. 2014, no 71)II Plano Nacional de Enfrentamentos ao Trfico de Pessoas (2013-2016)Prev aes a serem executadas em cinco linhas operativas

Reflexes que persistemEvitar simplificaes e confusesConsiderar a mobilidade humana e sua incidncia socialManter o foco na questo da exploraoEnfrentar e desarticular as redes do trfico humanoUm empecilho para o enfrentamento do trfico humano a baixa incidncia de denuncias, o que ocorre por vergonha o por medo das vtimas. (T.B. C.F. 2014, no 81)

O desafio das estatsticas do trfico humanoNo Brasil, so passiveis de questionamento tanto a confiabilidade das estatsticas do trfico de pessoas, quanto a abordagem da mdia em relao ao tema. (cf. T.B. C.F. 2014, no 84ss)

Iniciativas de enfrentamento ao trabalho escravoCPT: Campanha Nacional De olho aberto para no virar escravo.OIT: Campanha para a Erradicao do Trabalho Escravo.

PARA A LIBERDADE QUE CRISTO NOS LIBERTOU GL 3,1SEGUNDA PARTEA Igreja solidria com as pessoas traficadas. Comprometida com a evoluo da conscincia universal sobre o valor da dignidade humana e dos direitos fundamentais, quer contribuir no combate pela erradicao desse crime. Diante da grandeza de sermos filhos e filhas de Deus inaceitvel que a pessoa seja objeto de explorao ou de compra e venda. um ato de injustia e de violncia que clama aos cus. uma negao radical ao projeto de Deus para a humanidade.(T.B. C.F. 2014, no 91)

O TRFICO HUMANO NA BBLIAA iluminao do Antigo Testamento

A criao com o fundamento da dignidade humanaA Sagrada Escritura uma grande narrativa do agir de Deus a servio da liberdade e da dignidade humana. Faamos o homem a nossa imagem e semelhana (Gn 1,26) (cf. T.B. C.F. 2014, no 92)Deus quer que o ser humano se relacione com Ele e participe da sua vida. Deus confere pessoa humana uma dignidade porque o coloca como o ponto mais alto da criao. (cf. T.B. C.F. 2014, no 93)

Essa dignidade assumida pelo ser humano na medida em que vive seus relacionamentos conforme o plano de Deus. (cf. T.B. C.F. 2014, no 94)Mas a ruptura das relaes de comunho com o outro, com Deus e com a criao leva ao pecado da violncia, da explorao do outro e morte. (cf. T.B. C.F. 2014, no 95)

Deus liberta e mostra o caminhoO Antigo Testamento tem como fio condutor a libertao da pessoa humana e a Aliana entre Deus e o seu Povo. (cf. T.B. C.F. 2014, no 96)O livro do xodo destaca a interveno de Deus em favor de um povo oprimido e explorado no Egito. ... Abrao e Sara, atingidos por forte seca em Cana, foram obrigados a descer e residir no Egito. ... Jos, filho do patriarca Jac, a primeira pessoa vendida na Bblia. (cf. T.B. C.F. 2014, no 97)

A celebrao da Pscoa uma grande festa da libertao, mas, principalmente, um alerta para que Israel no explore e escravize os estrangeiros que imigram para sua terra. (T.B. C.F. 2014, no 103)

Exlio e sofrimento do PovoAs vtimas da deportao vivenciavam este processo como um triste exlio da sua terra e de suas tradies. (cf. T.B. C.F. 2014, no 105)O exlio mais conhecido o da Babilnia. Na primeira deportao ocorrida em 397 a.C., a mando do imperador Nabucodonosor. (cf. T.B. C.F. 2014, no 106)

De toda a cidade de Jerusalm levou para o cativeiro todos os chefes e todos os valentes do exrcito, num total de dez mil exilados, e todos os ferreiros e serralheiros, do povo da terra s deixou os mais pobres (2Rs 24,14) (cf. T.B. C.F. 2014, no 107)As pessoas traficadas de nosso tempo tambm perdem as referenciais e para sobreviverem se adaptam s novas situaes, perdendo, com isso, a dignidade e os valores morais e ticos recebidos. ... Tornam-se pessoas vivas, mas sem vida, pois no h dignidade, nem perspectivas. (cf. T.B. C.F. 2014, no 111)

O Profetismo da esperana e da justiaA prtica semelhante que hoje denominamos trfico humano encontrou oposio nos profetas de Israel, sempre fiis porta-vozes de Deus em defesa dos injustiados (cf. Jr 31,33). Oprimir o pobre o maior de todos os pecados (cf. Am 4,1). Colocar a justia servio dos ricos (cf. Am 5,12) perverter o direito e destruir a sociedade. (cf. T.B. C.F. 2014, no 114)

Em uma poca em que o trfico de pessoas para esse fim era prtica aceita, os profetas denunciavam tais prticas como desumanas e idoltricas. (cf. T.B. C.F. 2014, no 115)Vendem o justo por dinheiro e indigente por um par de sandlias (Am 2,6) (cf. T.B. C.F. 2014, no 117)Segundo os profetas, uma sociedade indiferente compra e venda de pessoas est condenada destruio. (cf. T.B. C.F. 2014, no 120)

O cdigo da Aliana protege os mais vulnerveisO Declogo reflete um projeto social de liberdade e aponta um caminho para uma convivncia livre de expresses (Ex 20,2-17; Dt 5,6-21). H o compromisso explicito que concerne s relaes sociais, reguladas, em particular, pelo direito do pobre. (cf. T.B. C.F. 2014, no 122)Para a Tor, o Pentateuco, roubar uma pessoa para lucrar com sua venda uma ofensa Aliana com Deus. (cf. T.B. C.F. 2014, no 126)

A iluminao do Novo TestamentoJesus anuncia a libertao aos cativosEm Jesus Cristo cumpre-se o evento decisivo da ao amorosa de Deus. (cf. T.B. C.F. 2014, no 127)O Esprito do Senhor est sobre mim porque Ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remisso aos presos e aos cegos a recuperao da vista e para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graa do Senhor. (Lc 4,18-19)A Boa Nova implica a libertao de qualquer tipo de explorao e injustia contra os pobres. (cf. T.B. C.F. 2014, no 129)

Gestos de Jesus a favor da dignidade humana e da libertaoOs pobres so aqueles para quem a vida uma carga pesada em seus nveis primrios de sobreviver com um mnimo de dignidade.. (cf. T.B. C.F. 2014, no 131)Jesus no podia entrar, publicamente, na cidade, Ele ficava fora, em lugares desertos, mas de toda parte vinham a Ele (Mc 1,45b). E Jesus amou cada um de forma concreta, com preferncia pelos marginalizados e submetidos a explorao na sociedade daquele tempo. (cf. T.B. C.F. 2014, no 134)Libertar algum de um grande mal, como o do trfico humano, devolver a alegria de viver e a esperana de que possvel libertar o mundo do domnio de poderes que atentam contra a vida. Em Jesus, Deus realmente estava derrubando os poderosos de seus tronos e elevando os humilhados (cf. Lc 1,52). (T.B. C.F. 2014, no 135)

Compaixo e misericrdiaJesus nunca relativizou a dor e a aflio humana. Foi ao encontro das pessoas acolhendo a misria alheia. Jesus era atento ao clamor dos sofredores: tem compaixo de ns (Mt 20,30; Lc 17,13). (cf. T.B. C.F. 2014, no 136)Jesus ensina que a compaixo implica em sofrer a dor do outro. .... Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho nico (Jo 3,16). Deus se doa e se esvazia para estar junto da humanidade sofredora. (cf. T.B. C.F. 2014, no 138)... compaixo no mero sentimento, mas reao firme e eficaz diante da dor alheia. atitude e estilo de vida. O samaritano age tomado de compaixo (cf. Lc 10,33). ... Compaixo e misericrdia, expresses maiores da nossa imagem e semelhana com Deus: Sede misericordiosos como o Pai misericordioso (Lc 6,36). (cf. T.B. C.F. 2014, no 139)

Jesus resgata a dignidade da mulherJesus perante os seus contemporneos promoveu as mulheres ofendidas em sua dignidade. Em uma poca marcada pelo machismo e discriminao, a prtica de Jesus foi decisiva para ressaltar a dignidade da mulher e seu valor indiscutvel. (T.B. C.F. 2014, no 141)O trfico humano torna a mulher mero objeto de explorao sexual. O valor e a dignidade da mulher precisam ser ressaltados no mundo contemporneo em virtude de realidades que os atingem, como o trfico humano. (cf. T.B. C.F. 2014, no 145)Jesus acolhe as crianasNum mundo onde as crianas no eram consideradas como seres humanos plenamente realizados, Jesus as acolhe com gestos de afeto, faz com que sejam referncia de sua palavra quando se coloca no meio dos discpulos e as abenoa. (cf. T.B. C.F. 2014, no 146)

Fostes chamados para a liberdade (Gl 5,13)Cristo a Verdade que liberta (cf. Jo 8,32). a liberdade oferecida a todos indiscriminadamente. O mistrio pascal mistrio da libertao definitiva. para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5,1). (cf. T.B. C.F. 2014, no 150)Onde est o Esprito do Senhor, a est a liberdade (2 Cor 3,17). ... E, medida em que amamos o prximo, passamos da morte para a vida (cf. 1Jo 3,14) (cf. T.B. C.F. 2014, no 152)O verdadeiro amor purifica toda forma de indiferena e falsas justificativas diante do sofrimento do outro. Todos so responsveis pelo bem de todos, pois a liberdade oferecida em Cristo diz respeito pessoa humana em todas as suas dimenses: pessoal e social, espiritual e corprea. (T.B. C.F. 2014, no 156)Trfico humano, consequncia de um sistema idoltricoNeste mundo, milhares de seres humanos so jogados no abismo da morte do lucro desmedido. A se escondem os crimes mais cruis contra inocentes, como no caso das vtimas do trfico humano. (cf. T.B. C.F. 2014, no 159)O pecado do trfico humano uma consequencia da idolatria do dinheiro: `No podeis servir ao Deus e ao Dinheiro (Mt 6,24b). (cf. T.B. C.F. 2014, no 160)Converter o dinheiro em critrio supremo negar a Deus e desprezar o prximo. (cf. T.B. C.F. 2014, no 163)a adorao do no adorvel e a absolutizao do relativo levam violao do mais ntimo da pessoa humana. Eis aqui a palavra libertadora por excelncia: `Somente ao Senhor Deus adorars e prestars culto` (cf. Mt 4,10) (cf. T.B. C.F. 2014, no 164)

ENSINO SOCIAL DA IGREJA E O TRFICO HUMANOO Reino, revelado por Jesus faz reler a realidade a partir dos atingidos pelo trfico humano e leva ao desmascaramento daqueles que mantm ou so seus cmplices: Mas, ai de vs, ricos, porque j tende consolao` (Lc 6,24-26) (cf. T.B. C.F. 2014, no 165)O Ensino social da Igreja adotou a dignidade humana como uma de suas matizes fundamentais, considerando-a sob a tica da experincia crist da fraternidade. (cf. T.B. C.F. 2014, no 166)A criao, fonte da dignidade e igualdade humanasO trfico humano uma realidade que atenta contra a dignidade humana. (cf. T.B. C.F. 2014, no 167)O valor da dignidade humana e a sacralidade da vida esto presentes desde as origens da Revelao, pois uma de suas afirmaes fundamentais diz que o ser humano criao de Deus. (cf. T.B. C.F. 2014, no 169)

A igualdade fundamental entre as pessoasA viso da pessoa humana desenvolvida na histria iluminada pela realizao do desgnio de salvao de Deus. Toda pessoa humana uma criatura de Deus. (cf. T.B. C.F. 2014, no 170)O homem e a mulher so chamados no s a existir um ao lado do outro ou juntos, mas tambm a existir reciprocamente um para o outro. (cf. T.B. C.F. 2014, no 172)A igualdade fundamental entre todos os seres humanos deve ser reconhecida, uma vez que, dotados de alma racional e criados imagem de Deus, todos tm a mesma natureza e origem; e, remidos por Cristo, todos tm a mesma vocao e destino divinos. (cf. T.B. C.F. 2014, no 172)A dignidade do corpo e da sexualidadeO Beato Joo Paulo II denunciava a difundida cultura hedonista e mercantil que promove a explorao sistemtica da sexualidade. Nela, o sexo apresentado como mercadoria e a pessoa como objeto. Vivemos uma cultura que banaliza em grande parte a sexualidade humana. (cf. T.B. C.F. 2014, no 177)O trfico humano utiliza como mercadorias o corpo, a sexualidade, a fora do trabalho e at rgos de pessoas, atentando contra sua dignidade. (cf. T.B. C.F. 2014, no 178)A sexualidade corresponde totalidade da pessoa e a marca profundamente. realidade complexa, no se reduz ao mbito dos impulsos genitais. A sexualidade uma riqueza de toda a pessoa, corpo, sentimento e esprito. (cf. T.B. C.F. 2014, no 179)Agresses dignidade humana so agresses a CristoCristo, o Filho de Deus, com a Sua encarnao, uniu-se de algum modo a todo homem. Nele, Deus assume a humanidade corporal e manifesta-se em um corpo feito de carne: Ele tinha a condio divina, mas no se apegou a sua igualdade com Deus. Pelo contrrio, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condio de servo e tornando-se semelhante aos homens.(Fl 2,6-7), vulnervel, frgil e mortal. Revelou desta forma, o sentido pleno da dignidade do corpo e da sexualidade. O corpo o caminho que ele escolheu: O corpo, caminho de Deus. (cf. T.B. C.F. 2014, no 182)Descobrir nos rostos sofredores dos pobres o rosto do Senhor (Mt 25,31-46) algo que desafia todos os cristos a uma profunda converso pessoal e eclesial. A relao com Deus inseparvel da relao com o outro. (cf. T.B. C.F. 2014, no 184)O trfico humano agresso minha pessoaTodos os humanos que nascem de Ado devem ser considerados como um nico humano, de modo que no direito civil todos os que so de mesma comunidade se considerem como um corpo, e a comunidade inteira, como um homem. (cf. T.B. C.F. 2014, no 183)

A dignidade e a liberdade da pessoaA liberdade sem atendimento dignidade, uma liberdade alienada. A dignidade separada da liberdade uma dignidade periclitante. (cf. T.B. C.F. 2014, no 190)A liberdade um sinal privilegiado da imagem divina em cada ser humano. Deus criou o ser humano e o entregou s mos do seu arbtrio (Eclo 15,14). (cf. T.B. C.F. 2014, no 191)

Reino de Deus, evangelizao e compromissoEm sua misso a Igreja anuncia a salvao realizada em Jesus Cristo e contribui para o crescimento do Reino (cf. Mc 1,15), que implica a comunho com Deus e entre os homens. E constitui ela prpria na terra o germe e o incio deste Reino. (T.B. C.F. 2014, no 193)A misso da Igreja implica a defesa e a promoo da dignidade e dos direitos fundamentais da pessoa humana. (cf. T.B. C.F. 2014, no 194)Proclamar a fora libertadora do amorA vida em Cristo faz vir tona, de modo pleno e novo, a identidade e a sociabilidade da pessoa, com conseqncias concretas no plano histrico e social. (cf. T.B. C.F. 2014, no 197)O amor tem diante de si um vasto campo de trabalho, e a Igreja, nesse campo, est presente tambm com seu ensino social. (cf. T.B. C.F. 2014, no 198)

Justia e direitos humanosO amor ganha fora operativa em critrios orientadores da ao. (cf. T.B. C.F. 2014, no 199)A justia consiste em dar ao outro o que dele, o que lhe pertence em razo do seu ser e do seu agir. Amar o prximo ser justo para com ele. (cf. T.B. C.F. 2014, no 200)A justia o primeiro caminho da caridade, a medida mnima dela, parte integrante daquele amor com aes e de verdade (1Jo 3,18), ou da f em obras: a f se no se traduz em aes, por si s est morta (Tg 2,17). (cf. T.B. C.F. 2014, no 202)O compromisso solidrioAmar o prximo querer o seu bem e trabalhar por ele. (cf. T.B. C.F. 2014, no 203)Em Jesus de Nazar a solidariedade alcana as dimenses do prprio agir de Deus. o Homem novo, solidrio com a humanidade at a morte na cruz (Fl 2,8). (cf. T.B. C.F. 2014, no 205)As vtimas do trfico humano necessitam deste movimento solidrio em prol do seu resgate e insero na sociedade. (cf. T.B. C.F. 2014, no 207)Trabalho digno e enfrentamento do trfico humanoO trabalho superior a todo e qualquer fator de produo. O valor primordial do trabalho est vinculado ao fato de que quem o executa uma pessoa criada imagem e semelhana de Deus. (cf. T.B. C.F. 2014, no 210)O trabalho um direito fundamental e um bem til, digno deste porque apto a exprimir e a aumentar a dignidade humana. O trabalho digno um dos principais requisitos para a proteo da pessoa de situaes desumanas, como a escravido laboral e outras modalidades do trfico humano. (cf. T.B. C.F. 2014, no 212)Os direitos trabalhistas devem ser respeitados em todos os pases, independentemente do seu grau de desenvolvimento, pois fazem parte dos direitos humanos fundamentais. (cf. T.B. C.F. 2014, no 216)

Discpulos e agentes de libertaoA lei de Cristo (Gl 6,2), escrita na mente e no corao do homem (cf. Hb 8,10), move os discpulos missionrios a tomar decises firmes a favor da liberdade e da dignidade humana. (cf. T.B. C.F. 2014, no 218)O Esprito Santo o inspirador de um estilo de vida como o de Jesus (cf. Rm 8,2; 2Cor 5,7). ele quem faz do discpulo um agente de libertao para o mundo. (cf. T.B. C.F. 2014, no 219)A sociedade toda precisa ser libertada do jugo das estruturas de pecado, enraizadas na idolatria ao deus dinheiro. (cf. T.B. C.F. 2014, no 220)

A DIGNIDADE E OS DIREITOS HUMANOSO cdigo de Hamurabi (1690 a.C.), foi o primeiro a consagrar um rol de direitos. ... No direito romano, a Lei das doze Tbuas pode ser considerada a origem da proteo do cidado, da liberdade e da propriedade. (cf. T.B. C.F. 2014, no 223)A declarao dos Direitos Humanos, em 1948, cujo artigo primeiro diz: Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. So dotados de razo e conscincia e devem agir em relao uns aos outros com esprito de fraternidade. (cf. T.B. C.F. 2014, no 225)Todo indivduo tem a dignidade de ser pessoa humana somente pelo fato de existir. Toda pessoa portadora do santurio da conscincia, de liberdade inviolvel e sujeito das suas relaes e responsvel pelos seus atos. Toda pessoa humana nica, irrepetvel e incomparvel. Existem como eu em toda sua singularidade. (cf. T.B. C.F. 2014, no 228)

O trfico humano uma ofensa Igreja Povo de DeusA Igreja provocada a dar uma resposta de amor (cf. 1Jo 4,19), por meio dos discpulos missionrios, as situaes que atentam contra a dignidade dos pequeninos e injustiados, a exemplo das vtimas do trfico humano. O trfico humano no somente uma questo social, mas, tambm, eclesial e desafio pastoral.

O enfrentamento ao trfico humano

TERCEIRA PARTETornarmo-nos prximos de quem sofreu ou est em risco de ter a dignidade humana violada, apoi-los e socorr-los inclusive com os meios econmicos de que dispomos.

Gestos simples desencadeiam aes de libertao: colocar a questo em pauta em todos os espaos possveis: igrejas, escolas, hospitais, obras, projetos sociais, em vista da formao da conscincia, e com sugestes de interveno na realidade.

Nos Regionais da CNBB e nas dioceses, realizar cursos de formao de multiplicadores para a preveno ao trfico humano. J ocorreram nos ltimos anos algumas experincias como as realizadas pela Rede Um Grito pela Vida e pelo Mutiro Pastoral da CNBB, sendo que o que se busca agora um universalizao desse processo.OBJETIVOS PERMANENTES DA CAMPANHA DA FRATERNIDADEDespertar o esprito comunitrio e cristo no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristos na busca do bem comum;

Educar para a vida em fraternidade, a partir da justia e do amor, exigncia central do Evangelho;

Renovar a conscincia da responsabilidade de todos pela ao da Igreja na evangelizao, na promoo humana, em vista de uma sociedade justa e solidria (todos devem evangelizar e todos devem sustentar a ao evangelizadora da Igreja).DOMINGO DE RAMOS13 de abril de 2014DIA NACIONAL DA COLETA DA SOLIDARIEDADE