campanha da fraternidade 2011

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A Fraternidade e a vida no Planeta

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Page 1: Campanha da Fraternidade 2011

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Page 2: Campanha da Fraternidade 2011

Campanha da Fraternidade

A Campanha da Fraternidade mostra a preocupação da Igreja no Brasil em criar condições para que o Evangelho seja melhor vivido em uma sociedade que, a cada dia, se torna mais indiferente aos problemas humanos.

Page 3: Campanha da Fraternidade 2011

Campanhas que mais trabalharam o temado meio ambiente

2002

ÍNDIOS

2004

ÁGUA

2007

AMAZÔNIA

Page 4: Campanha da Fraternidade 2011

Apresentação• Quaresma é tempo de escuta da Palavra, de

oração, de jejum, e da prática da caridade como caminho de conversão, tendo como horizonte a celebração do Mistério Pascal de nosso Senhor Jesus Cristo;

• Este ano a CNBB propõe que todas as pessoas de boa vontade olhem para a natureza e percebem como as mãos humanas estão contribuindo para o fenômeno do aquecimento global e as mudanças climáticas, com sérias ameaças para a vida em geral, e a vida humana em especial, sobretudo a dos mais pobres e vulneráveis.

Page 5: Campanha da Fraternidade 2011

Introdução• O tema do aquecimento global e das mudanças

climáticas estão assolando as populações;

• Polêmica entre dois grupos: O aquecimento global é oriundo de processos naturais, ou, devido às grandes emissões de gases de efeito estufa?

• Contudo, é inevitável negar que as alterações, como derrubadas de florestas e emissão de gases não contribuam para as mudanças climáticas;

• As mudanças climáticas exigirão mais sacrifícios dos mais pobres e desprotegidos;

• A identificação das ações é um passo importante na busca de alternativas.

Page 6: Campanha da Fraternidade 2011

Primeira PARTE

VERA problemática do aquecimento global, suas consequências em

nosso planeta e as atividades do ser humano que estão ocasionando ou contribuindo para esta situação.

Page 7: Campanha da Fraternidade 2011

Introdução

• Se no passado as mudanças ocorreram por causas naturais (variações da órbita da terra, queda de meteoritos, erupções vulcânicas), hoje grande parcela as relaciona com as atividades empreendidas pelo ser humano após a implantação do sistema de produção.

Page 8: Campanha da Fraternidade 2011

1. O aquecimento global• O aquecimento global é uma mudança climática

com aumento ou diminuição dos valores médios da temperatura da superfície do planeta que hoje gira em torno de 15ºC – há cem anos era de 14,5ºC – o que tem provocado uma série de mudanças denominado de efeito estufa.

• O efeito estufa é um processo natural, sem o qual a temperatura na superfície terrestre seria, durante o dia, muito quente e, à noite, muito fria.

• Assim sendo, pode-se dizer que o efeito estufa é uma espécie de “instrumento”, mediante o qual a Terra oferece uma temperatura média constante, oferecendo as condições para o desenvolvimento da biodiversidade do planeta. Portanto ele é importante.

Page 9: Campanha da Fraternidade 2011

Efeito Estufa

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• A superfície da Terra não é atingida pela totalidade dos raios cujos principais são os infravermelhos e os ultravioletas:

• 40% são destes são refletidos para o espaço;

• 43% atingem a superfície, contudo 10% desta carga irradiada para fora do planeta;

• Os 17% restantes são absorvidos pelas camadas inferiores;

• Os raios infravermelhos são absorvidos pelo dióxido de carbono (CO²) e por vapores dágua, impostante para o EE;

• Os ultravioletas são absorvidos pelo ozônio;

• Estes ao absorver calor dos raios solares, provocam o EE.

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• O dióxido da carbono é importante para o ciclo da vida estando a maior parte armazenada nos combustíveis fósseis, nos oceanos, na matéria viva e na atmosfera;

• O que é emitido pelos processos vitais de alguns seres é absorvido por outros, sendo o caso da fotossíntese na relação plantas/ser humano;

• O desequilíbrio inicia quando acontecem queima de combustíveis, queimadas de florestas, carvão, gás e petróleo;

• Ao lado dos oceanos, as florestas são detentoras de imensa capacidade de trocar o CO² por oxigênio na atmosfera;

• A partir de 1750 o aumento de dióxido de carbono passou para 40% na atmosfera.

Page 12: Campanha da Fraternidade 2011

Efeito Estufa

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Page 13: Campanha da Fraternidade 2011

1.2. Relação entre aquecimento global e atividades humanas

• Os estudos do IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change - mostram detalhadamente a variação da temperatura da Terra coincidindo com a implantação do sistema industrial - 1750;

• O relatório do IPCC de 2007 mostra que as concentrações de CO² vem aumentando cada vez mais desde 1750, sendo o maior responsável as atividades humanas donde provém da queima de combustíveis fósseis;

• Cientistas mediram nas geleiras da Groenlândia e Antártida a quantidade de gases de EE presentes na atmosfera e descobriram que emissões destes gases implicam em aquecimento médio da temperatura do planeta.

Page 14: Campanha da Fraternidade 2011

• A temperatura do nosso planeta vai depender do nosso modo de produzir e consumir;

• Desde 1995 o mundo teve os 12 anos mais quentes já registrados;

• O nível do mar continua subindo; as secas estão mais longas afetando áreas maiores;

• A temperatura deve subir de 2,4ºC a 4ºC, com elevação de 60 cm do nível do mar, causando levas de migração;

• Os padrões climáticos serão auterados com furacões, enchentes cada vez mais intensas e secas cada vez mais amplas e prolongadas.

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Enchente no Rio de Janeiro

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1.3 Atividades do ser humano que mudaram o planeta

• Antropoceno;

• Indústria de consumo que cresceu 40 %;

• População quadriplicou no séc. XX com estimativa de 9 bi em 2050;

• Demanda energética do setor em 16 vezes;

• Aumento do uso da água em 9 vezes;

• Dióxido de Carbono passou de 275 ppm para 380 ppm.

Page 17: Campanha da Fraternidade 2011

• As erupções vulcânicas liberam 100 mi de dióxido de enxofre, contudo a queima de combustíveis fosseis é responsável pelo dobro, e a emissão deste gás em contato com o dióxido de azoto é um dos causadores da chuva ácida;

• 2/3 do que é emitido provêem da ação humana, sendo o gás metano na base dos 60%.

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As atividades humanas

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Combustão de combustíveis fósseis: petróleo, gás

natural, carvão, desflorestação (liberam CO²

quando queimadas ou cortadas). Diariamente são

enviados cerca de 6 milhões de toneladas de CO² para a atmosfera. Tem um tempo

de duração de 50 a 200 anos.

Usados em sprays, motores de aviões, plásticos e solventes utilizados na

indústria eletrônica. Responsável pela

destruição da camada de ozônio. Tempo de duração

de 50 a 1700 anos

Produzido por campos de arroz, pelo gado e pelas lixeiras. Seu tempo de duração é de 15 anos.

Produzido pela combustão da madeira

e de combustíveis fósseis, pela

decomposição de fertilizantes químicos e

por micróbios.

Originado através da poluição dos solos

provocadas pelas fábricas, refinarias de petróleo e

automóveis.

Gases de Estufa: principais causas

Page 20: Campanha da Fraternidade 2011

1.5 Energia, tema central nas discussões sobre emissão de gases EE.

O Protocolo de Kioto definiu para os países mais industrializados metas de redução de gases de EE em 5,2% em relação a 1990.

A maioria das energias renováveis não emite gases de EE, com exceção da energia obtida com queima da biomassa.

Fontes não renováveis Fontes renováveis

Combustíveis fósseis: carvão, petróleo e gás natural.

Urânio: que obtêm energia por processos de fissão ou fusão nuclear.

Energias sujas, energias convencionais

Energia solar;

Energia eólica;

Energia geotérmica;

Energia dos oceanos;

Energia hidrelétrica;

Energia de biomassa;

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1.5.2 A questão energética, crucial na questão do aquecimento global• A economia e a vida social capitalista foram

alavancados pelas energias não renováveis;

• A demanda aponta para um crescimento de 1,5% até 2030 e não a diminuição de 50% recomendada pelo IPCC, até mesma data;

• O perigo não é a escassez, mas a abundância de oferta dos produtos fósseis, mesmo que as renováveis cresçam 7,2% ao ano;

• Não será possível a meta de limitação do CO² em 450 ppm, ou voltar aos 350 ppm para que a temperatura não aumente 2ºC tendo em vista os interesses de mercado.

Page 22: Campanha da Fraternidade 2011

O mercado gerenciador e a indústria que opera na produção destas energias não pretendem perder esta fonte de lucro

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1.5.3 A questão energética e o neodesenvolvimento das políticas públicas

• A região Amazônica é palco de grandes projetos hidrelétrico sem ver os riscos a biodiversidade;

• O governos praticamente ignora o potencial territorial para a implantação de energia solar e eólica;

• O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) acontece a qualquer custo com clara ausência de preocupações ambientais;

• O Pré-sal exige fortunas, ainda podendo incorrer em desastre ambientais incalculáveis;

• Formação do etanol em commodity faz sua produção para substituir os combustíveis fósseis entrar em detrimento a produção de alimentos devido a pressão por mais terras.

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1.6. O desmatamento da Floresta Amazônica, uma afronta à crise global do clima

• O desmatamento é responsável por 50% EE;

• O PNMC (Plano Nacional sobre Mudanças do Clima) afirma que , os planos de implantação de infra-estrutura, somado a legalização de grandes áreas de terras antes da ilegalidade, apontam para o crescimento do desmatamento;

• Se somarmos a concessão oficial para o desmate no período entre 2009-2017, chega-se a cifra de 80.112 km² de floresta derrubada;

• Há brechas na legislação atual que, manipuladas, permitem derrubadas de até 80% das áreas das propriedades legalizadas em solo amazônico.

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1.7. O agronegócio, estratégico para o

neodesenvolvimentismo• Os alimentos são gerenciados por commodities,

causando monopólio no mercado internacional e desequilíbrio sobre os pequenos produtores;

• O agronegócio não se preocupa com o meio ambiente: consome 70% da água doce, uso indiscriminado de fertilizantes;

• Este setor tem sido beneficiado pelos governos com políticas de financiamentos baixíssimos, cancelamentos de dívidas e condescendência para com os crimes ambientais. O projeto ainda inclui o perdão para infrações cometidas no passado;

• Tais medidas dificultam o compromisso com a redução de gases EE.

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3. O modelo de desenvolvimento atual e suas consequências

• A humanidade consome um quarto a mais do que o planeta pode efetivamente disponibilizar;

• Há um consumo excessivo por parte de 20% da humanidade, e o produtivismo acaba esbanjando os recursos do mundo;

• Existe uma confiança excessiva nas ciências e na tecnologia, e entrega-se o futuro a estas forças, observando-se apenas as desigualdades;

• As multinacionais visam preservar os investimentos considerando onerosa a idéia da sustentabilidade do planeta;

• É necessária a diminuição do alto consumo das elites e planeta não pode mais ser visto como mero fornecedor de matéria prima

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4. A vida e suas dores no contexto do aquecimento global

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4.1. Biodiversidade ameaçada

• A biodiversidade é a diversidade biológica em todas as suas formas: ecossistemas, espécies e genes, salvaguardando uma série de processos vitais para o planeta e a humanidade;

• Os problemas do meio ambiente, a sensibilidade da mídia e de grande parte das pessoas está sendo fragmentado, pois, se dá atenção para certa floresta, ou para aquele animal;

• A preservação da biodiversidade deve ser como um todo, um complexo vital sustentável que inclui até os micro-organismos.

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4.2 O escândalo da miséria e o esquecimento global

• 6,5 bi = população mundial, sendo 1 bi passando fome;

• Soluções torpes: organismos chegam a nível internacional pedir a redução das taxas de crescimento;

• O paupérrimo muitas vezes somente conta com o que advém da natureza, que está afetada pela avidez de pessoas por terras;

• No Brasil 70% do consumo da agricultura vem de agricultura familiar e não pelo agronegócio.

Page 30: Campanha da Fraternidade 2011

4.3 O êxodo rural, êxodo da natureza

• O fomento da vida urbana é um dos grandes traços da industrialização;

• Quando uma leva muito grande de pessoas migram para determinada região originam degradação ao meio ambiente e tornam críticas as condições de vida;

• Também quando há ocupação de lugares para moradias em áreas não urbanas; foi o que aconteceu com as pessoas dos desmoronamentos do Rio e São Paulo;

• As pessoas mudam e a natureza também.

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4.4 A água• Na América Latina 85 mi não tem água potável

e 115 mi vivem sem saneamento básico, o que é responsável direto pela morte de 1,5 mi de crianças com menos de 5 anos vítimas de diarréia; Existe uma tendência ao monopólio por uma eventual crise de oferta de água potável num futuro próximo;

• Os oceanos absorvem 1/3 dos gases emitidos pela atividade humana: diminuição de peixes, águas corrosivas, desequilíbrio na cadeia alimentar;

• Até o final do século, o Ártico pode ficar sem gelo.

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5. A comunidade mundial e as mudanças climáticas

• A ONU promove esforços no sentido de que a ordem mundial seja educada;

• Conf. e Estocolmo (1972): As relações entre o meio ambiente e o ser humano.

• Protocolo de Montreal (1987): Substâncias que empobrecem a camada de ozônio (CFC).

• Eco 92 Brasil (1992): Consagrou o conceito de desenvolvimento sustentável.

• Protocolo de Kyoto (1997): Redução das emissões de CO² e dos gases de EE. EUA, Canadá e Austrália não assinaram.

Page 33: Campanha da Fraternidade 2011

• Bali, Indonésia (2007): Um novo acordo que substitua o Protocolo de Kyoto;

• Bonn, Alemanha (2009): sobre a meta global de redução de emissões para os países industrializados, juntamente com as metas individuais para cada país;

• Copenhague, Alemanha (2009): Como reagir ás mudanças climáticas. Mas não atingiu os planos de discussão almejados;

• A falta de consenso nas mesmas revela a dificuldade política de se chegar a um acordo.

• A grande dificuldade encontra-se no modelo liberal desenvolvimentista incompatível com a sustentabilidade do planeta.

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6. Sustentabilidade: novo paradigma civilizacional

• Dificuldade no conceito “desenvolvimento sustentável”, diante de uma civilização que não soube harmonizar com a natureza;

• A sustentabilidade pretende harmonizar 3 vertentes: economia, meio ambiente e bem estar social;

• Necessidade da diminuição do consumo supérfluo, assim deve haver uma mudança de hábito nos padrões de consumo;

• O excesso de “pegada ecológica” torna uma dívida impossível de ser paga;

• Gandhi: “O mundo tem recursos suficientes para atender as necessidades de todos, mas não à ambição de todos”.

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7. Da ética do egoísmo à ética do cuidado

• O atual sistema desenvolvimentista exilou a ética da responsabilidade e do cuidado de várias dimensões da vida, e fez que a estruturação e justificação de tudo que constitui o arcabouço de civilização atual tenha como âncora o imperativo do lucro e coloque as ciências e a própria vida a seu serviço;

• Há a necessidade de se recolocar no centro da pauta da humanidade o cuidado com o mundo vital, juntamente com ações de cunho social.

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Segunda PARTE

JULGARO projeto de Deus nosso criador para este mundo

e para o ser humano

Page 37: Campanha da Fraternidade 2011

Introdução

• A Igreja, em suas comunidades, que se espera propulsora do Reino, precisa estar consciente e saber conscientizar para a problemática do planeta; é preciso conversão no comportamento com o meio ambiente;

• Olhando para a Palavra de Deus e para a Teologia devemos buscar inspiração para uma mudança de atitude no cuidado da vida;

• A figura de São Francisco de Assis se apresenta como profunda sensibilidade em relação aos elementos criados, considerando-os todos como “irmãos”.

Page 38: Campanha da Fraternidade 2011

1. Apontamentos bíblicos sobre a preservação da

natureza

Page 39: Campanha da Fraternidade 2011

1.1 O nosso Deusé o Deus da vida

• Deus organizou o cosmos e “viu que era bom”;Deus cria desde a luz até o ser humano para mostrar que existe uma unidade formada de coisas distintas que se interrelacionam (Gn 1-2,4a);

• O termo “ dominar” foi deturpado (Gn1,28) e perdeu-se o sentido de senhorio, uma atitude própria de Deus;

• Dominar (Hebraico - radah) = cultivar, organizar e cuidar. (Gn 2,15)

• Submeter (Heb - kabash) = culturalmente significa cuidar da terra e seu cultivo.

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1.2. O lugar do ser humano na criação

• O homem segundo o CVII, está no centro da criação entendido como um ser de relações chamado à cooperação e à solidariedade para com seus irmãos e os seres da natureza;

• É dom do homem trabalhar em prol da manutenção da obra do Criador e dar continuidade à ela;

• Mashal = governar, presidir: singularidade da sua imagem e semelhança (Gn 1,16-18);

• João Paulo II: “Crescem nos homens o amor social ou os egoísmos?”

Page 41: Campanha da Fraternidade 2011

1.3. A atualidade da advertência aos primeiros pais no paraíso (Gn 3,1-14)

• Os frutos da árvore da vida se mostram cada vez mais fascinantes e ameaçadores, mas não vem diretamente das ciências e sim das ideologias e do espírito de dominação; embora a palavra “científico” transformou-se num ídolo em que se deve dobrar os joelhos;

• Conhecer o bem e o mal é assumir prerrogativas divinas e dominar o mundo subjugando os demais, mas em certo momento “constatam que estão nus”;

• O princípio de responsabilidade que implica limites: “Mas da árvore do conhecimento bem e do mal não deves comer”.

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1.4. O descanso e o sentido autêntico da criação

• Através da influência da filosofia moderna (Bacon, Descartes, Galileu, Newton), iniciou-se uma visão mecanicista do universo em que o planeta para a ser visto como uma espécie de máquina, relógio;

• É a valorização do trabalho e da produção;

• Quando Deus coloca um tempo para o descanso significa se recolher para contemplar o que foi trabalhado;

• Com o descanso se inicia a história de Deus com as suas criaturas, com o mundo e do mundo com Deus, assim como um pai que descansa em casa contemplando sua família através da convivência afetiva, da relação amorosa e não trabalhando.

Page 43: Campanha da Fraternidade 2011

1.4.2. O dia do descanso e a ressurreição de Cristo

• Nós cristãos entendemos que o sentido original do dia festivo está na celebração da ressurreição de Jesus;

• O domingo cristão deve ser visto como a expansão messiânica do sábado de Israel;

• Se o lugar do paraíso era externo agora com a ressurreição de Cristo o Novo Jardim do Éden é a pessoa, por isso uma recriação;

• Esse mundo sem o descanso de Deus, corre o risco de converter-se num mercado gerador de morte, principalmente nas relações que passam a ser comercializadas.

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1.5. O cuidado com a vida e suas fontes

• Dt 22,6-7 : Preocupação com a fonte da vida – “Livre deixarás a mãe”;

• Dt 20,19-20 : Refrear o desmatamento do lugar que foi conquistado, uma preocupação inexistente às potências imperialistas da época;

• Dt 23,13-15 : preocupação com o saneamento básico – a poluição e o lixo que inundam nossos rios e matas afetam o nosso “acampamento” (nossa cidade);

• Quem não cuida da natureza hoje comete o pecado de Caim, é assassino de Abel, pois, significa que não se importa com toda uma geração que virá no futuro.

Page 45: Campanha da Fraternidade 2011

1.6. No deserto, uma lição de consumo responsável

• No deserto haviam normas e uma deles era de não recolher o maná que não se iria consumir, mas quando se guardava para o dia seguinte o maná apodrecia;

• Deus havia planejado tudo para que a necessidade básica fosse atendida;

• Apodrecer é consequência do acúmulo; hoje gastamos recursos do planeta que ultrapassam a sua capacidade de se manter sustentável; o consumo supérfluo de uma elite irá apodrecer o planeta.

Page 46: Campanha da Fraternidade 2011

1.7. Entrando na Terra Prometida

• O objetivo é o bem comum, não o enriquecimento dos mais afoitos;

• Assim como a doutrina do descanso, se prevê também um descanso para a terra no ano sabático (de 7 em 7 anos) e ainda um ano jubilar (a cada 50 anos) no qual a terra deveria voltar às famílias de origem, impedindo que os empobrecidos percam tudo;

• A lógica é que, quanto mais capital alguém dispuser e maior for a capacidade produtiva e a distributiva, mais condições de sobrevivência e lucro terá.

Page 47: Campanha da Fraternidade 2011

1.8. Jesus vence tentações• “Manda que estas pedras se tornem pães”:

tentação de querer mudar a natureza das coisas; a natureza não pode ser toda transformada para servir ao nosso consumo;

• “Se és filho de Deus atira-te”: querer transformar Deus num serviçal para satisfazer desejos e ambições (teologia da prosperidade);

• “Mostrou-lhe os reinos do mundo e sua riqueza”: ter o conhecimento sobre o mundo e suas riquezas não implica em ter que se aproveitar de tudo que ele pode oferecer.

Page 48: Campanha da Fraternidade 2011

1.9. O que podenos afastar de Deus

• Jesus muitas vezes irá falar da escolha que precisa ser feita: É Deus ou o dinheiro que manda em nossa vida?

• É preciso identificar o que realmente é mais importante em nossa vida: “onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6,21).

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2. A participação das Igrejas neste processo

Page 50: Campanha da Fraternidade 2011

2.1. Igreja Católica• Gaudium et Spes: “Deus destinou a terra, com tudo

que ela contém, para o uso de todos os homens e povos” (GS 69);

• Paulo VI: o homem deve “respeitar as leis que regulam o impulso vital e a capacidade de regeneração da natureza”.

• J Paulo II: “A necessidade de respeitar a integridade e os ritmos da natureza e de tê-los em conta na programação do desenvolvimento” (SRS);

• J Paulo II: Centesimus annus: fala de ecologia humana e ecologia social, relacionando a questão ambiental com a demografia, sem argumentar em prol do controle de natalidade;

• J Paulo II: Exortação pós-sinodal de 2003 – “Há necessidade de conversão ecológica”.

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• Bento XVI: Conf. Aparecida – “com muita frequência se subordina a preservação da natureza ao desenvolvimento econômico, com danos à biodiversidade;

• Aparecida: as questões ecológicas são um dos novos areópagos da evangelização;

• Caritas in Veritate:

• O meio ambiente foi dado por Deus a todos, constituindo uma responsabilidade para com os pobres, as gerações futuras e a humanidade inteira;

• É necessário “uma redistribuição mundial dos recursos energéticos, pois, seu destino não pode ser deixado nas mãos do primeiro a chegar, nem estar sujeito à lógica do mais forte”;

• “Os deveres que temos com o meio ambiente estão ligados aos deveres que temos para com a pessoa”.

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2.2. Igrejas-membro do CONIC• Assembleia Ecumênica Mundial (Seul-Coreia):

“Rumo à solidariedade da aliança pela justiça, a paz e a proteção da criação”. Objetivo de traçar projetos para uma ação ecumênica que possibilite superar os problemas causados pela injustiça, pela violência e pela degradação do meio ambiente;

A ASSEMBLEIA CONCLUIU 3 COISAS:

• Uma afirmação: Todas as coisas possuem uma integridade intrínseca;

• É preciso opor resistência à pretensão de utilizar sem critérios cada elemento da criação;

• Assumir o compromisso de ser membro da comunidade vivente da criação.

Page 53: Campanha da Fraternidade 2011

3. Considerações acerca da criação

Page 54: Campanha da Fraternidade 2011

3.1. A abordagem teológica• O ser humano vem formulando as suas respostas ,

muitas das quais em narrativas míticas: cosmogonias, teogonias;

• E teologia faz reflexões aos temas a partir da fé, orientada pela fé, em função da fé;

• O teólogo quando reflete sobre uma realidade, o faz “crendo para compreender e compreendendo para crer melhor”; Santo Agostinho afirma que a fé e a razão interligadas possibilitam o entendimento da fé e a fé possibilita o entendimento;

• Santo Anselmo: A fé procura a inteligência numa contínua e sutil meditação racional sobre as razões da fé que são alcançadas com a razão que reflete as verdades da fé.

Page 55: Campanha da Fraternidade 2011

3.2. A Trindade e a criação

• Deus é descrito de forma familiar, pois o seu relacionamento com o universo é significativamente de uma intimidade vital, o que confere plenitude à existência de todo o ser criado e de toda a criação.

Page 56: Campanha da Fraternidade 2011

3.3. A criação e o dom do Pai

• O termo criação indica um ato de gratuidade de Deus ao chamar as coisas à existência; o criador se revela numa atitude de diálogo e comunhão

• O diálogo pode se manifestar de 3 maneiras:

– No âmago da interioridade;

– Nos acontecimentos da história;

– Na contemplação da própria obra da criação.

• O dom da existência criada é expressão de um querer amoroso do criador como Pai;

Page 57: Campanha da Fraternidade 2011

3.4. A criação em Cristo

• O horizonte se descortinou pela Encarnação daquele que é a imagem do Deus invisível (Cl1,15), pois, nele, por ele e para ele, todas as coisas foram criadas;

• “Primogênito” indica a relação filial de Jesus com o Pai desde toda a eternidade;

• Mas, Cristo não é somente o modelo, ele participou ativamente da criação, E continua participando, para manter essa criação na existência.

Page 58: Campanha da Fraternidade 2011

3.5. A criação no Espírito Santo

• Deus não só tudo criou, mas também se faz presente e pode ser contemplado na criação;

• “Pelo espírito é que todas as coisas comungam umas com as outras, é o elo e laço, união da biodiversidade do universo”;

• Teillard de Chardin: “ Não existe nada de profano no universo”;

• O Espírito opera a obra de reconciliação no âmbito de toda a criação, agindo misteriosamente no interior de cada ser humano para que este aos poucos, se configure a Cristo.

Page 59: Campanha da Fraternidade 2011

3.6. A criação e a Igreja

• Cristo é apresentado como seu esposo, pois na entrega amorosa e pelo cuidado, tem a finalidade de purificá-la e santificá-la (Ef 5,25-27);

• A Igreja é o lugar privilegiado em que Cristo vai operando a reconciliação e unificação;

• A unidade em Cristo insere a sua missão no âmbito de todo o mundo criado;

• Cabe à Igreja viver e se estruturar de modo a contribuir para que os seres criados sejam renovados em Cristo.

Page 60: Campanha da Fraternidade 2011

3.7. A criação e a Eucaristia• Ecclesia de Eucharistia: fala da dimensão

cósmica da Eucaristia, que se realiza sobre o altar do mundo em que toda a criação é impregnada por aquele ato;

• De Eucaristia em Eucaristia se realiza o plano de Deus de tudo recriar no seu filho; para que o Reino de Deus se realize na história e no cosmos;

• Dos que se reúnem para celebrar a Eucaristia, se espera que possam assumir atitudes em prol do cuidado para com o planeta em todas as suas dimensões.

Page 61: Campanha da Fraternidade 2011

4. O pecado e sua dimensão ecológica

• Viver num estado de autonomia implica separação de Deus, o que acarreta em conhecer a degradação cada vez maior, como podemos ver no livro do Gênesis;

• Tal pecado é o mesmo poder mortífero cristalizado em estruturas sociais injustas e em modos de produção-consumo destruidores do meio ambiente;

• A libertação da natureza está incluída na libertação do pecado humano para a vivência da liberdade concretizada no amor-serviço.

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5. O cuidado

• O projeto do criador pode ser entendido sob o prisma do cuidado para com as criaturas;

• É característica do cuidado, não criar dependência, mas respeitar a identidade dos demais, como a peculiar maneira de ser e de existir de cada um dos demais seres;

• Fundamental é a aparição do rosto a ser cuidado, ou da alteridade e sua interpelação a responsabilidade; se coloca um rosto atualíssimo, o do próprio planeta, pois, “a criação geme em dores de parto”.

Page 63: Campanha da Fraternidade 2011

6. São Francisco e a criação• O detentor de poder desqualifica o significado

ou identidade dos seres em geral;

• O problema está no uso indiscriminado, na gastança desmedida, no consumismo desenfreado de coisa supérfluas;

• São Francisco soube cultivar essa sobriedade no uso das criaturas quando manda o lenhador cortar somente os galhos secos das árvores;

• São Francisco renunciou a posse e a dominação.

• Um respeito impressionante por todos os seres criados e soube viver de modo perfeitamente integrado a este universo, numa grande fraternidade.

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Terceira PARTE

AgirCada um deve perceber que também tem sua contribuição

e é parte do problema.

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Introdução

• A reflexão da CF 2011 deve nos conduzir a ações concretas para que ao menos seja contido o aquecimento global dentro de patamares suportáveis;

• Conscientizar as empresas para que aja uma diminuição do apetite por inovações que permitam uma pegada ecológica menos;

• Temos que nos revestir da atitude do Bom Samaritano e se reclinar sobre os sofredores, e nos empenhando nesta causa sejamos testemunhas da vontade de Deus.

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Propostas para o agir

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1. Resgatar o sentido profético do domingo

• O domingo é desrespeitado justamente por causa das exigências de produção capitalista;

• A medicina já reconheceu que a pessoa que não observa tempos de descanso, adoece mais e em geral morre mais cedo;

• Observar um tempo de pausa é um investimento para a própria vida;

• Dessa experiência de pausa há que brotar um legítimo agradecimento pelo dom imenso da vida, o que a Igreja o faz especialmente na celebração da Eucaristia.

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2. Para você saber sobre o seu consumo ecológico

• Existem sites que apresentam exercícios que permitem quantificar o consumo e a emissão de gases EE de uma pessoa:

• www.wwf.org.br : para medir a pegada ecológica pessoal;

• www.myfootprint.org :Para medir o rastro ecológico, a quantidade de energia despendida pelo consumo humano global, em seguida, propõe a medição da cota de participação pessoal;

• www.vidassostenible.org : Para a medição dos gastos energéticos se faz mediante cotas de energia, água, transporte, resíduos e materiais.

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3. Propostas para se diminuir o consumo pessoal

• Não use sacolas plásticas;

• Consuma produtos locais;

• Diminua a temperatura da geladeira, ar condicionado e estufas no inverno e aumente no verão;

• Desligue totalmente os eletrodomésticos que não estão em uso;

• Utilize energia solar;

• Prefira os carros a gás ou etanol;

• Os aviões provocam 10% do efeito estufa;

• Consuma produtos orgânicos, e carnes de ovinos e bovinos são responsáveis por 18%;

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•Use fraudas eco-compatíveis, as comuns levam 500 anos para se decompor;

•Na conservação de alimentos use vidro, não use alumínio ou plástico;

•Visite sites que falem sobre sustentabilidade;

•Não uso papel, utilize a tecnologia digital;

•Não escove os dentes com a torneira aberta;

•Use lâmpadas econômicas;

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• Coma de forma sadia (orgânicos);

• Não coma produtos industrializados;

• Não tome banhos demorados (5min);

• Se utilize ao máximo dos objetos antes de jogar fora, pois irá se tornar lixo;

• Usar e jogar fora, não! Use pilhas recarregáveis, por exemplo;

• Faça coleta seletiva.

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4. As cidades e o meio ambiente no Brasil

• Saneamento básico: Apenas 4 em 10 famílias tem acesso a rede geral de esgoto;

• 90% dos esgotos domésticos e 70% dos industriais não tratados, são despejados diretamente nos corpos d’água;

• A produção de lixo chega a 1,52 kg/dia por pessoa nas cidades brasileiras e somente 56,6% possuem coleta seletiva do lixo;

• Priorizar os meios de transporte de massa e que utilizem fontes limpas de energia, a construção de ciclovias e favorecer as relações entre os pequenos produtores em feiras que atinjam os bairros.

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• As cidade precisam favorecer e dar manutenção em parques de lazer para as suas populações;

• A importância de se traçar um Plano Diretor para fazer levantamentos e atender as necessidades ecológicas;

• Que haja incentivo às iniciativas existentes e que se revertam em proveito do meio ambiente e da sua conscientização;

• Criação de Conselhos Municipais para o Meio Ambiente.

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5. Nas comunidades paroquiais e Dioceses

A reflexão abordada não pode ficar ausente em nossas comunidades:

a. Trabalho de conscientização dos membros da comunidade, promovendo cursos;

b. As Dioceses deveriam pensar num programa de controle de corte de emissão de gases EE, procurando diminuir os gastos energéticos de igrejas, seminários e casas;

c. Todas as paróquias poderiam instalar painéis solares para aquecimento de água e produção de energia;

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d. Que sejam promovidos plantio de árvores nos terrenos disponíveis das paróquias e dioceses;

e. Deve-se cooperar em programas confiáveis em andamento na sociedade, denunciar descasos de empresas e mesmo do poder público;

f. Promover grandes mobilizações em vista da causa do meio ambiente;

g. Reafirmar o sentido do domingo, e rever a atual dinâmica em que se organiza o trabalho, revendo também o problema do individualismo, do consumismo e do desperdício a que são levadas as pessoas da sociedade.

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6. Ações em nível mais amplo

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6.1. A questão energética• Devemos procurar utilizar a energia limpa;

• A energia solar poderia ser utilizada mais no cotidiano das casas, para isso é necessário pressionar os governos para o subsídio dos componentes (BNDES), não pode haver falta de iniciativas populares;

• A política neodesenvolvimentista adotada não contempla o meio ambiente:

– Exploração do Pré-sal: dispendiosa, graves acidentes ambientais, energia que emite gases EE;

– Pró-álcool: expansão das terras cultivaveis, aumento do desmatamento, queimadas;

– Expansão da matriz atômica.

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6.2. Diante do desmatamento• Todos os nossos biomas estão ameaçados:

a. Temos que corrigir aqueles que etentam contra a natureza;

b. Pressionar o governo para não efetivar as alterações do Código Florestal, que propõe o conceito de matas descontinuadas e das alterações aos limites das matas ciliares;

c. Mobilizar a população em favor de recriação de áreas de floresta, com toda a biodiversidade característica em cada bioma; isso para contestar as empresas que classificam as monoculturas de eucalípto e pínus como florestas, que não passam de uso intensivo e predador.

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6.3. O agronegócio• O agronegócio embora produza alimentos,

gere empregos e divisas para suprir nosso déficit, se baseia na monocultura e não se articula com a biodiversidade, e a destrói;

• Podemos questionar sua qualidade: elementos químicos, transgênicos, fertilizantes com excesso de fósforo e nitrogênio que acabam afetando as águas;

• Privilegiar a produção camponesa;

• Propor aos que ainda tem espaço, para que voltem a cultivar seus canteiros, inclusive para melhorar os índices de captação de água.

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Desenvolver políticas públicas preventivas e de superação de

situações de risco

• Construções em encostas, áreas com riscos de alagamento ou correntes de vento;

• Remover as famílias depois que tudo se desintegrou não resolve o problema;

• Construir um projeto civil com controle social a partir de um organismo social que exerça o controle sobre o projeto no seu planejamento, realização e avaliação.

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Reflexões finais• Os seres humano são elos de uma rede cósmica

maior;

• O respeito ao meio ambiente é uma resposta de amor ao Criador;

• Juntamente com Criador devemos salvaguardar o direito e a dignidade de vida das futuras gerações;

• Se cremos em Deus precisamos entender que todos os elos da criação têm dignidade;

• A concepção antropocêntrica vem caindo;

• O cultivar é o produzir e o guardar é o exercício da responsabilidade e cuidado;

• Responsabilidade é o elemento principal da ética.

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Que as nossa ações vislumbrem a bela imagem bíblica oferecida pela expressão “novos céus e

nova terra” (Ap 21,1)

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DIA NACIONAL DA COLETA DA SOLIDARIEDADE

Domingo de Ramos17 de abril de 2011

40% da coleta constituem o Fundo Nacional de Solidariedade

(FNS)

60% da coleta ficam nas dioceses, formando um Fundo Diocesano de Solidariedade

(FDS)

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Fonte:Texto- base CF 2011Formatação: Nadimir Quadros