caminhos e trajetos: a trajetória intelectual de abdias do nascimento durante o período de exílio...
TRANSCRIPT
-
7/23/2019 Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o Perodo de Exlio nos Estados Uni
1/14
1
Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o
Perodo de Exlio nos Estados Unidos (1968 - 1981)1
Resumo
Este artigo pretende perscrutar o perodo do exlio de Abdias do Nascimento nos
Estados Unidos, focalizando na importncia de seu contato com o universo de discusses e
com intelectuais pan-africanistas como base para forjar o conceito de Quilombismo. O
artigo se pauta na perspectiva de que o Quilombismo a formalizao intelectual das idias
que foram amadurecidas e desenvolvidas no exlio; e de que Nascimento, para engendrar
este conceito, absorveu os conceitos do pan-africanismo e afrocentrismo de forma peculiar
em relao realidade brasileira.
Introduo
O debate sobre questes raciais, o papel e os problemas do negro tm sido
sistematicamente um objeto de anlise e reflexo das cincias humanas no sculo XX
2
. NosEstados Unidos h uma longa tradio de grandes intelectuais e militantes, em sua maioria
negros, que desenvolveram conceitos que permeavam as noes de pan-africanismo e
afrocentrismo para explicar e dar conta da realidade do negro naquele pas. J no Brasil,
apesar de um quadro maior de intelectuais no-negros3, muitos intelectuais e militantes
negros se destacaram na construo e desenvolvimento de um cenrio de discusses sobre
as relaes raciais no pas, a destacar Abdias do Nascimento4. Indubitavelmente, ele tem
1 Tulio Augusto Samuel Custdio, mestrando de Sociologia no Programa de Ps Graduao do Departamento de Sociologia daFaculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas Universidade de So Paulo.2 Delimito o sculo XX pelo carter mais sistematizado que as anlises atingiram, principalmente nos anos 50 e 60. Vale ressaltar que
para diferentes realidades e momentos deste perodo, h diferentes graus de desenvolvimento no debate. Cf. GUIMARES (2004).3 De fato isso seria explicado pelas menores possibilidades de insero do negro nos quadros de produo e posio intelectual do pas,como - por questes de menor oportunidade - pouca acessibilidade s Universidades Pblicas, poucas chances de empregos qualificados,entre outros. Cf. RAMOS (1957), FERNANDES (1964), NASCIMENTO (1978) e GUIMARES (2002). Deve-se ter por reflexo de queos critrios de negro e no-negro aqui apontados so definidos a partir das perspectivas de identidade e auto-representao social e
poltica.4 Cf. GUIMARES (2005).
-
7/23/2019 Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o Perodo de Exlio nos Estados Uni
2/14
-
7/23/2019 Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o Perodo de Exlio nos Estados Uni
3/14
3
King, Stokely Carmichael, Patrice Lumumba, Aim Csaire, Lopold Senghor, Frantz
Fanon e Steve Biko entre outros -, que compunham as diversas frentes e vises do pan-
africanismo, acabaram por influenciar de certo modo a trajetria intelectual e poltica de
Abdias do Nascimento:
O exlio norte-americano ser decisivo para o futuro da sua ideologia
poltica, que ser enriquecida pelo contato ntimo com as idias que circulam no
mundo anglo-americano. As idias de raa, o bi-racialismo, o multiculturalismo e o
afrocentrismo, tal como desenvolvido por um de seus melhores amigos, Molefi K.
Asante, penetraro definitivamente no vocabulrio poltico e entraro na agenda
do Movimento Negro brasileiro. (GUIMARES, 2005: 11)
Pois bem: qual a importncia real deste contato de Abdias do Nascimento com os
intelectuais e militantes norte-americanos, latino-americanos, africanos e europeus? Queimpacto concreto isso teve para o desenvolvimento e amadurecimento intelectual e
analtico de Abdias do Nascimento em sua trajetria? Em que medida ele absorveu as
concepes de pan-africanismo e afrocentrismo, e as utilizou para compor uma nova
perspectiva analtica para a situao do negro brasileiro a partir dos anos 80? Enfim,
pensando no mbito de que no Quilombismo, Abdias do Nascimento concilia os conceitos
eruditos de revolta e resistncia com os conceitos nativos de revolta e de quilombo,
recriando assim, no plano da poltica de identidade, um passado herico para o povo
brasileiro; fica quase explcito a importncia de se estudar esse perodo de grande tenso
poltica - afinal, ele estava exilado, pela presso poltica do Regime Militar - e de grandes
trocas e contatos com as discusses acerca das relaes raciais internacionais.
Esse artigo, portanto, tem o objetivo de apresentar sucintamente algumas das
evidncias tericas de que a passagem de Abdias do Nascimento em seu exlio pelos
Estados Unidos fora importante para que ele tenha forjado o conceito de Quilombismo.
Este conceito marca uma nova perspectiva no quadro das discusses sobre relaes raciais
no Brasil dos anos 80, e se torna definitivo para a organizao do Movimento na mesma
poca. Os contatos de Nascimento com intelectuais e militantes do Movimento Negro
internacional so um dos pontos principais desta experincia. Estes intelectuais e ativistas
inseriram em sua agenda poltica e intelectual os conceitos que abrangiam as vises pan-
africanistas e afrocntricas nas discusses sobre as relaes raciais no mundo - nos Estados
-
7/23/2019 Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o Perodo de Exlio nos Estados Uni
4/14
4
Unidos, nos pases em frica (recm independentes) e na Amrica Latina. O Quilombismo
poderia ser analisado como um resultado alm do que a grande contribuio intelectual de
Abdias do Nascimento: poderia ser visto tambm como produto de um contato frutfero e
amadurecido da comunidade intelectual brasileira e internacional, que tm muito que
discutir sobre raa, sociedade e expectativas de mundo.
H uma valorizao, enunciada pelo prprio Abdias do Nascimento, em sua
passagem em exlio pelos Estados Unidos. Sua atuao internacional (no cenrio
acadmico, em palestras, seminrios, e atividade poltica militante pela prpria
experincia do Brasil) parece ter infludo positivamente para sua reflexo acerca das
relaes raciais, tanto no cenrio internacional, quanto o Brasil.
Em relao aos textos do perodo de Abdias do Nascimento, so primordialmente
materiais produzidos a partir de algumas atividades tanto acadmicas ou do movimentonegro internacional. Esto expressas nos seminrios, cursos, congressos, exposies, nos
quais houve uma sistematizao das reflexes de Abdias do Nascimento do momento, que
englobava o debate ao qual participava, tanto inserindo questes como as absorvendo.
Abdias do Nascimento vem de uma formao diferenciada, marcada principalmente
pelo debate sobre relaes raciais dos anos 1940 a 1960, no qual os intelectuais negros se
destacaram. Neste momento, os intelectuais negros (destaque para Abdias do Nascimento e
Guerreiro Ramos) se colocam no debate com proposies diferenciadas, como o prprio
olhar sobre o negro. Esta viso era muito mais subjetiva em termos de crtica e anlise,
dado que o paradigma no qual o negro visto como sujeito da ao e no apenas como
objetivo (que era o modo de como a Antropologia e a Sociologia elitista costumavam tratar
a questo).
At os anos 50, no Brasil, o negro era quase sempre assim: olhos baixos,
andar pesado, curvado ao peso da melanina, como retratou um certo chiste racista;
ou descarregando sua revolta em pedradas inconseqentes. At que veio Abdias, por
trilhos tortuosos, conduzindo o comboio e o sonho de Teatro Experimental do Negro
(NASCIMENTO, 2006: 10).
As grandes questes apontadas por esses intelectuais negros so: o negro como
trabalhador e produtor da riqueza material do Brasil; o negro como colonizador e construtor
cultural; negro como injustiado, preso sua revolta subjetiva; negro como produtor de
-
7/23/2019 Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o Perodo de Exlio nos Estados Uni
5/14
5
uma cultura original; negro como guerreiro defensor da ptria. Os fruns nos quais esses
assuntos eram discutidos eram os Congressos, Conferncias, e (poucos) meios de debate,
como o jornal O Quilombo e outras revistas que continham um carter mais acadmico.
De qualquer modo, pelo teor das questes, percebe-se que o quadro das discusses est
muito mais aliado a uma perspectiva interna proposta da discusso sobre Democracia
Racial, do que pan-africanismo, ou a dispora africana. Vale ressaltar que, com exceo da
atividade do TEN (que j estava rodada de limitaes), as discusses ainda estavam aqum
do esperado em termos de publicizao do tema, ou seja, muito dos aspectos sobre
relaes raciais que se veiculava de forma generalizada era voltado para o ideal de
democracia racial e a harmonizao das relaes raciais na sociedade brasileira10.
Consoante Nascimento,
The racial contradiction in Brazilian society looms as the first obstacle, theimmediate reality in the daily life of African-Brazilian people. White supremacism
keeps them out of the very mainstream society where class contradictions exist
(NASCIMENTO, 1992: 37).
Com o desenrolar dos fatos nos anos 60, e a radicalizao de sua abordagem sobre a
questo racial no Brasil negando por completo a idia de democracia racial -, Nascimento
se v numa posio de outsider pouco antes de sair para o exlio.
O exlio representaria outra fase da luta, a nvel internacional e pan-africanista; com
essa frase Nascimento inicia o tratamento sobre seu perodo de exlio em sua autobiografia.
De fato, o exlio, e conseqentemente, o contato com o cenrio do movimento negro
internacional trouxera novas perspectivas de abordagem analtica para Abdias do
Nascimento. Segundo le Semog (co-autor da autobiografia de Nascimento),
Abdias estava mais do que atualizado com as lutas dos povos negros pelo
mundo, tanto na frica quanto nos pases da dispora negra para onde os africanos
foram arrastados. Sua luta, contra o racismo e em defesa da cidadania dos negros
brasileiros, se alinhava aos princpios do movimento da Negritude e do Pan-
Africanismo, processos que associavam cultura e poltica na dimenso de construo
de uma unicidade negro-africana universal (NASCIMENTO, 2006: 166).
10 Assim como na atualidade definitivamente com maior debate e esclarecimento -, muito do que foi construdo, analisado e debatidoest longe do alvo principal que a sociedade brasileira e especialmente a comunidade negra. Guerreiro Ramos j apontava o foco dadiscusso para alm de uma questo sociolgica: havia uma espcie de patologia social (e psicossocial) do homem branco na sociedade.Ver GUERREIRO, 1995.
-
7/23/2019 Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o Perodo de Exlio nos Estados Uni
6/14
-
7/23/2019 Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o Perodo de Exlio nos Estados Uni
7/14
-
7/23/2019 Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o Perodo de Exlio nos Estados Uni
8/14
8
conscincia e afirmao original dos afro-brasileiros. E de fato ocorreu isso com os
movimentos de hip-hop, do rap conscientizador e das organizaes comunitrias (como a
CUFA e o Afro-Reggae), que como impacto permitem a convergncia entre criatividade
cultural e ao scio-poltica nas comunidades perifricas.
mister, antes de desenvolver sobre a trajetria de Nascimento no exlio, tratar
sucintamente do espectro ideolgico com o qual se deparou ao chegar nos Estados Unidos.
Como j citado, Abdias do Nascimento entra em contato intenso com os conceitos de pan-
africanismo e afrocentrismo que estavam em voga no ambiente internacional das discusses
sobre relaes raciais. Inicialmente importante se ter em mente que o movimento negro
internacional especialmente o norte-americano se encontrava dividido em vrias
correntes antagnicas. Essas correntes disputavam no apenas o espao para proposio e
execuo de propostas e polticas de interveno, como tambm o poder dentro dosmovimentos de libertao nacional com aspiraes a dirigir futuros Estados na frica,
Caribe e no Pacfico. No se pode negar tambm a influncia da Guerra Fria sobre a
organizao e desempenho dessas vertentes. Com a configurao polarizada do mundo em
blocos, essas vertentes acabaram por se caracterizar em faces, divididas entre pr-
comunistas, pr-capitalistas e nacionalistas. E Nascimento neste meio fez sua opo:
Minoritria, desprezada como tendncia de negros racistas e incultos, a
faco nacionalista (Patrice Lumumba, Aim Csaire, Cheikh Anta Diop, Malcolm
X, Steve Biko), com a qual Nascimento se identificou sem vacilar, estava sob cerco
em todos os cantos nas dcadas de 1960, 1970 e 1980 (...) A linha de Baldung [uma
espcie de terceira via] consistiu na elaborao de uma poltica exterior de no-
alinhamento e de neutralismo positivo entre o comunismo e o capitalismo.
Nascimento se identificou de maneira natural com essa corrente, no tanto por ser
ele prprio de posio centrista, mas por rechaar vigorosamente tanto o comunismo
quanto o capitalismo como solues para os problemas especficos dos povos de raa
negra (NASCIMENTO, 2002: 22).
Nascimento pregava incessantemente na necessidade do mundo africano e diasprico de
encontrar a sua prpria identidade ideolgica, que poderia ser baseada na experincia
histrica dos povos africanos do continente, bem como na experincia das disporas negras.
De fato, Nascimento tem um papel de conciliador das vertentes do pan-africanismo, sendo
-
7/23/2019 Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o Perodo de Exlio nos Estados Uni
9/14
-
7/23/2019 Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o Perodo de Exlio nos Estados Uni
10/14
10
alternativa democrtica para luta contra o racismo. Observando a idia central14 de seu
conceito, pode-se perceber a influncia de trocas que Nascimento adquiriu e promoveu no
debate pan-africanista internacional.
Assim, como grande resultado do contato de Nascimento com o debate internacional,
marcado pelos conceitos e vertentes do pan-africanismo, somado a sua trajetria ativista e
intelectual que j adquirira por longos anos, Abdias do Nascimento deu sua contribuio a
uma teoria social. Esta era uma teoria que transcendia a abordagem de resoluo aos
conflitos de racismo e discriminao, mas tambm colocava na ordem da ao a construo
de uma realidade social democrtica, com pleno vigor do exerccio das minorias e maiorias
com seus valores intrnsecos respeitados e realmente dispostos para que o contato entre os
grupos seja frutfero. O contato destes conceitos, com a apreenso da realidade que
Nascimento j tinha, conferiu um resultado profcuo, tanto no cenrio internacional domovimento negro (que teve em Abdias do Nascimento uma grande contribuio), quanto
no cenrio nacional dado que Nascimento construiu as premissas e orientaes que ainda
regem o movimento negro contemporneo no pas.
Ao meu ver, Nascimento construiu seguindo a construo de peso histrica que
outros intelectuais negros fizeram na histria, como W. E. B. Du Bois uma singular teoria
democrtica para a sociedade brasileira e todo o mundo da dispora. Com suas falhas ou
no (que infelizmente no pde ser analisada mais a fundo aqui), ela converge a trajetria
imensa, rica e singular deste intelectual negro de grande importncia, fundamental para se
discutir, pensar e intervir na sociedade, seja em propores negras, brancas ou
simplesmente humanas.
Ax.
Tulio Custdio, Agosto de 2009.
14 His major thesis in O Quilombismo is that Africans in Brazil must develop their own liberation ideology, based on their
own historical experience, not in order to separate themselves from the rest of Brazil, but to prepare to lead the nation, as its majoritypopulation, in a democratic context () Socially, the model of Palmares is that of a pluricultural, multi-ethnic nation based on mutualrespect and conviviality among the different groups making up the Brazilian population, especially its three major components:Africans, Native Americans and Europeans (...) This measure [aes afirmativas, entre outras] is necessary not only in the interests ofhistorical truth, but also in order to rebuild these colonized peoples psyche, self-determination and protagonism. Quilombismo teachesthe democratic exercise of power in a stable political system [and] derives from this pluricultural dimension (NASCIMENTO, 1992:65-67).
-
7/23/2019 Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o Perodo de Exlio nos Estados Uni
11/14
11
Bibliografia
ANDREWS, G. R. Negros e Brancos em So Paulo (1888 -1988). So Paulo:
EDUSC, 1998.
ASANTE, M. K. The Afrocentric Idea. Philadelphia: Temple University Press, 1987.
BASTIDE, R. The present Status of Afro-American Research in Latin America,
n.103, 1974.
BOURDIEU, P. Esquisse dune Theorie de la Pratique. Paris: Seuil, 2000.
BROTZ, H., ed. African-American Social & Political Thought: 1850-1920
(Transaction Publishers, 2005).
CAMUS, A.L'homme rvolt(Ides/ Gallimard, 1968).
CAVALCANTI, P. C, U. & RAMOS, J. (org.).Memrias do exlio. Lisboa: Arcdia,
1976; Livramento, So Paulo, 1978.
DEGLER, C. N. Neither Black nor White. Madison: University of Wisconsin Press,
1991.
FERNANDES, F. A Integrao do Negro na Sociedade de Classes. So Paulo:
Boletim n. 301 Sociologia I n. 12, 1964.
FRANKLIN, J. H. From Slavery to Freedom (Knopf,1968).GILROY, P O Atlntico Negro. Modernidade e Dupla Conscincia. So Paulo,
Editora 34/ Rio de Janeiro UCAM, 2001.
GUIMARES, A. S. A. Classes, raas e Democracia. So Paulo: Editora 34, 2002.
_________________. Dmocratie Raciale. In: Cahiers du Brsil Contemporain, n
49-50. Paris, 2003, pp. 11-38.
_________________. Intelectuais Negros e Formas de Integrao Nacional. In:
Revista Estudos Avanados, n. 50. So Paulo: Instituto de Estudos Avanados da
Universidade de So Paulo, 2004.
_________________. Intelectuais negros e modernidade no Brasil. Working Paper
Number CBS-52-04: Oxford, 2004. Artigo disponvel no site
www.fflch.usp.br/sociologia/asag.
-
7/23/2019 Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o Perodo de Exlio nos Estados Uni
12/14
12
_________________. Resistncia e Revolta nos 1960 Abdias do Nascimento. GT
Teoria Social. Caxambu: ANPOCS, Out. 2005. Artigo disponvel no site
www.fflch.usp.br/sociologia/asag.
_________________. Projeto UNESCO na Bahia. Artigo disponvel no site
www.fflch.usp.br/sociologia/asag.
HANCHARD, M. G. Orfeu e o Poder. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2001.
IANNI, O.Raas e Classes Sociais no Brasil. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira,
1966.
_________. "Dialtica das Relaes Raciais. In: Revista Estudos Avanados, n 50.
So Paulo: Instituto de Estudos Avanados da Universidade de So Paulo, 2004.
LARKIN-NASCIMENTO, E. Pan-Africanismo na Amrica do Sul: Emergncia de
uma Rebelio Negra. Petrpolis: Vozes, IPEAFRO, 1981.MACEDO, M. Abdias do Nascimento : a trajetria de um negro revoltado.
Dissertao de Mestrado : Departamento de Sociologia, USP, 2006.
MAIO, M. C.A Histria do Projeto UNESCO: Estudos Raciais e Cincias no Brasil.
Tese de doutorado. Rio de Janeiro: IUPERJ, 1997.
MARABLE, M. & MULLINGS, L., ed. Let Nobody Turn us Around: Voices of
Resistance, Reform and Renewal. (Rowman & Littlefield Publishers, Inc., 2000)
MYRDAL, G. An American Dilemma: the Negro Problem and Modern Democracy.
NY: Harper & Brothers Publishers, 1944.
NASCIMENTO, A. O Negro Revoltado. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
_______________. O Genocdio do Negro Brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1978.
______________. (org.) Quilombo: Vida, Problemas e Aspiraes do Negro. So
Paulo: Editora 34, 2003.
______________. O Quilombismo. Petrpolis: Vozes, 1980.
______________. O Brasil na Mira do Pan-Africanismo. Salvador: Centro de
Estudos Afro-Orientais/ Editora da Universidade Federal da Bahia EDUFBA, 2002.
______________. Journal of Black Studies, ano 11, no. 2 (dezembro de 1980)
(nmero especial sobre o Brasil).
-
7/23/2019 Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o Perodo de Exlio nos Estados Uni
13/14
13
______________. "Quilombismo: the African-Brazilian Road to Socialism," In
Asante, Molefi K. e Abarry, Abu S. (orgs.) African Intellectual Heritage: a Book of
Sources. Philadelphia: Temple University Press, 1996.
______________. "Reflections of an Afro-Brazilian," Journal of Negro History
LXIV:3 (vero 1979).
______________. "Afro-Brazilian Theater, a Conspicuous Absence," Afriscope VII:1
(Lagos, janeiro de 1977).
______________. "Afro-Brazilian Art: a Liberating Spirit," Black Art: an
International Quarterly I:1 (outono de 1976).
______________. "Carta Aberta ao Festival Mundial das Artes Negras," Tempo
Brasileiro, ano IV, nmero 9/10 (abril-junho de 1966).
______________. "Teatro Negro del Brasil: una Experiencia Socio-Racial," inPopular Theater for Social Change in Latin America, a Bilingual Anthology, ed. by
Gerardo Luzuriaga. Los Angeles: UCLA Latin American Studies Center, 1978.
______________. "Racial Democracy" in Brazil: Myth or Reality, trad. Elisa Larkin
Nascimento, 2 ed. Ibadan: Sketch Publishers, 1977.
______________ & SEMOG, . Abdias do Nascimento: o griot e as muralhas. Rio
de Janeiro: Pallas, 2006.
______________ & LARKIN-NASCIMENTO, E. Africans in Brazil: a Pan-African
Perspective. New Jersey: African World Press, 1992.
______________ & LARKIN-NASCIMENTO, E. Dance of Deception: a Reading
of Race Relations in Brazil. In: HAMILTON, C. V. et al. Beyond Racism: Race and
Inequality in Brazil, South Africa and the United States. Colorado: Lynne Rienner
Publishers, 2001.
POLICE, G. Abdias do Nascimento. LAfro-Brsilien reconstruit, 1914-1944 (2 vs.).
Rennes, 2000. Tese (Doutorado), Dpartement de Portugais: Universit Rennes 2, Haute
Bretagne.
WINTZ, C., ed. African American Political Thought: 1830 1930 (M. E. Sharpe,
1996).
WRIGHT, W. D..Black Intellectuals, Black Cognition, and Black Aesthetic (Praeger,
1997).
-
7/23/2019 Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o Perodo de Exlio nos Estados Uni
14/14
14
DVD : Abdias do Nascimento : um afro-brasileiro no mundo; e National Archive
(former National Mint) ambos parte da coleo da exposio Abdias do Nascimento
90 anos Memria Viva, realizada pelo Ipeafro, Fundao Cultural Palmares, patrocinada
pela Petrobrs.