caminhos e trajetos: a trajetória intelectual de abdias do nascimento durante o período de exílio...

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    Caminhos e Trajetos: a Trajetria Intelectual de Abdias do Nascimento durante o

    Perodo de Exlio nos Estados Unidos (1968 - 1981)1

    Resumo

    Este artigo pretende perscrutar o perodo do exlio de Abdias do Nascimento nos

    Estados Unidos, focalizando na importncia de seu contato com o universo de discusses e

    com intelectuais pan-africanistas como base para forjar o conceito de Quilombismo. O

    artigo se pauta na perspectiva de que o Quilombismo a formalizao intelectual das idias

    que foram amadurecidas e desenvolvidas no exlio; e de que Nascimento, para engendrar

    este conceito, absorveu os conceitos do pan-africanismo e afrocentrismo de forma peculiar

    em relao realidade brasileira.

    Introduo

    O debate sobre questes raciais, o papel e os problemas do negro tm sido

    sistematicamente um objeto de anlise e reflexo das cincias humanas no sculo XX

    2

    . NosEstados Unidos h uma longa tradio de grandes intelectuais e militantes, em sua maioria

    negros, que desenvolveram conceitos que permeavam as noes de pan-africanismo e

    afrocentrismo para explicar e dar conta da realidade do negro naquele pas. J no Brasil,

    apesar de um quadro maior de intelectuais no-negros3, muitos intelectuais e militantes

    negros se destacaram na construo e desenvolvimento de um cenrio de discusses sobre

    as relaes raciais no pas, a destacar Abdias do Nascimento4. Indubitavelmente, ele tem

    1 Tulio Augusto Samuel Custdio, mestrando de Sociologia no Programa de Ps Graduao do Departamento de Sociologia daFaculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas Universidade de So Paulo.2 Delimito o sculo XX pelo carter mais sistematizado que as anlises atingiram, principalmente nos anos 50 e 60. Vale ressaltar que

    para diferentes realidades e momentos deste perodo, h diferentes graus de desenvolvimento no debate. Cf. GUIMARES (2004).3 De fato isso seria explicado pelas menores possibilidades de insero do negro nos quadros de produo e posio intelectual do pas,como - por questes de menor oportunidade - pouca acessibilidade s Universidades Pblicas, poucas chances de empregos qualificados,entre outros. Cf. RAMOS (1957), FERNANDES (1964), NASCIMENTO (1978) e GUIMARES (2002). Deve-se ter por reflexo de queos critrios de negro e no-negro aqui apontados so definidos a partir das perspectivas de identidade e auto-representao social e

    poltica.4 Cf. GUIMARES (2005).

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    King, Stokely Carmichael, Patrice Lumumba, Aim Csaire, Lopold Senghor, Frantz

    Fanon e Steve Biko entre outros -, que compunham as diversas frentes e vises do pan-

    africanismo, acabaram por influenciar de certo modo a trajetria intelectual e poltica de

    Abdias do Nascimento:

    O exlio norte-americano ser decisivo para o futuro da sua ideologia

    poltica, que ser enriquecida pelo contato ntimo com as idias que circulam no

    mundo anglo-americano. As idias de raa, o bi-racialismo, o multiculturalismo e o

    afrocentrismo, tal como desenvolvido por um de seus melhores amigos, Molefi K.

    Asante, penetraro definitivamente no vocabulrio poltico e entraro na agenda

    do Movimento Negro brasileiro. (GUIMARES, 2005: 11)

    Pois bem: qual a importncia real deste contato de Abdias do Nascimento com os

    intelectuais e militantes norte-americanos, latino-americanos, africanos e europeus? Queimpacto concreto isso teve para o desenvolvimento e amadurecimento intelectual e

    analtico de Abdias do Nascimento em sua trajetria? Em que medida ele absorveu as

    concepes de pan-africanismo e afrocentrismo, e as utilizou para compor uma nova

    perspectiva analtica para a situao do negro brasileiro a partir dos anos 80? Enfim,

    pensando no mbito de que no Quilombismo, Abdias do Nascimento concilia os conceitos

    eruditos de revolta e resistncia com os conceitos nativos de revolta e de quilombo,

    recriando assim, no plano da poltica de identidade, um passado herico para o povo

    brasileiro; fica quase explcito a importncia de se estudar esse perodo de grande tenso

    poltica - afinal, ele estava exilado, pela presso poltica do Regime Militar - e de grandes

    trocas e contatos com as discusses acerca das relaes raciais internacionais.

    Esse artigo, portanto, tem o objetivo de apresentar sucintamente algumas das

    evidncias tericas de que a passagem de Abdias do Nascimento em seu exlio pelos

    Estados Unidos fora importante para que ele tenha forjado o conceito de Quilombismo.

    Este conceito marca uma nova perspectiva no quadro das discusses sobre relaes raciais

    no Brasil dos anos 80, e se torna definitivo para a organizao do Movimento na mesma

    poca. Os contatos de Nascimento com intelectuais e militantes do Movimento Negro

    internacional so um dos pontos principais desta experincia. Estes intelectuais e ativistas

    inseriram em sua agenda poltica e intelectual os conceitos que abrangiam as vises pan-

    africanistas e afrocntricas nas discusses sobre as relaes raciais no mundo - nos Estados

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    Unidos, nos pases em frica (recm independentes) e na Amrica Latina. O Quilombismo

    poderia ser analisado como um resultado alm do que a grande contribuio intelectual de

    Abdias do Nascimento: poderia ser visto tambm como produto de um contato frutfero e

    amadurecido da comunidade intelectual brasileira e internacional, que tm muito que

    discutir sobre raa, sociedade e expectativas de mundo.

    H uma valorizao, enunciada pelo prprio Abdias do Nascimento, em sua

    passagem em exlio pelos Estados Unidos. Sua atuao internacional (no cenrio

    acadmico, em palestras, seminrios, e atividade poltica militante pela prpria

    experincia do Brasil) parece ter infludo positivamente para sua reflexo acerca das

    relaes raciais, tanto no cenrio internacional, quanto o Brasil.

    Em relao aos textos do perodo de Abdias do Nascimento, so primordialmente

    materiais produzidos a partir de algumas atividades tanto acadmicas ou do movimentonegro internacional. Esto expressas nos seminrios, cursos, congressos, exposies, nos

    quais houve uma sistematizao das reflexes de Abdias do Nascimento do momento, que

    englobava o debate ao qual participava, tanto inserindo questes como as absorvendo.

    Abdias do Nascimento vem de uma formao diferenciada, marcada principalmente

    pelo debate sobre relaes raciais dos anos 1940 a 1960, no qual os intelectuais negros se

    destacaram. Neste momento, os intelectuais negros (destaque para Abdias do Nascimento e

    Guerreiro Ramos) se colocam no debate com proposies diferenciadas, como o prprio

    olhar sobre o negro. Esta viso era muito mais subjetiva em termos de crtica e anlise,

    dado que o paradigma no qual o negro visto como sujeito da ao e no apenas como

    objetivo (que era o modo de como a Antropologia e a Sociologia elitista costumavam tratar

    a questo).

    At os anos 50, no Brasil, o negro era quase sempre assim: olhos baixos,

    andar pesado, curvado ao peso da melanina, como retratou um certo chiste racista;

    ou descarregando sua revolta em pedradas inconseqentes. At que veio Abdias, por

    trilhos tortuosos, conduzindo o comboio e o sonho de Teatro Experimental do Negro

    (NASCIMENTO, 2006: 10).

    As grandes questes apontadas por esses intelectuais negros so: o negro como

    trabalhador e produtor da riqueza material do Brasil; o negro como colonizador e construtor

    cultural; negro como injustiado, preso sua revolta subjetiva; negro como produtor de

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    uma cultura original; negro como guerreiro defensor da ptria. Os fruns nos quais esses

    assuntos eram discutidos eram os Congressos, Conferncias, e (poucos) meios de debate,

    como o jornal O Quilombo e outras revistas que continham um carter mais acadmico.

    De qualquer modo, pelo teor das questes, percebe-se que o quadro das discusses est

    muito mais aliado a uma perspectiva interna proposta da discusso sobre Democracia

    Racial, do que pan-africanismo, ou a dispora africana. Vale ressaltar que, com exceo da

    atividade do TEN (que j estava rodada de limitaes), as discusses ainda estavam aqum

    do esperado em termos de publicizao do tema, ou seja, muito dos aspectos sobre

    relaes raciais que se veiculava de forma generalizada era voltado para o ideal de

    democracia racial e a harmonizao das relaes raciais na sociedade brasileira10.

    Consoante Nascimento,

    The racial contradiction in Brazilian society looms as the first obstacle, theimmediate reality in the daily life of African-Brazilian people. White supremacism

    keeps them out of the very mainstream society where class contradictions exist

    (NASCIMENTO, 1992: 37).

    Com o desenrolar dos fatos nos anos 60, e a radicalizao de sua abordagem sobre a

    questo racial no Brasil negando por completo a idia de democracia racial -, Nascimento

    se v numa posio de outsider pouco antes de sair para o exlio.

    O exlio representaria outra fase da luta, a nvel internacional e pan-africanista; com

    essa frase Nascimento inicia o tratamento sobre seu perodo de exlio em sua autobiografia.

    De fato, o exlio, e conseqentemente, o contato com o cenrio do movimento negro

    internacional trouxera novas perspectivas de abordagem analtica para Abdias do

    Nascimento. Segundo le Semog (co-autor da autobiografia de Nascimento),

    Abdias estava mais do que atualizado com as lutas dos povos negros pelo

    mundo, tanto na frica quanto nos pases da dispora negra para onde os africanos

    foram arrastados. Sua luta, contra o racismo e em defesa da cidadania dos negros

    brasileiros, se alinhava aos princpios do movimento da Negritude e do Pan-

    Africanismo, processos que associavam cultura e poltica na dimenso de construo

    de uma unicidade negro-africana universal (NASCIMENTO, 2006: 166).

    10 Assim como na atualidade definitivamente com maior debate e esclarecimento -, muito do que foi construdo, analisado e debatidoest longe do alvo principal que a sociedade brasileira e especialmente a comunidade negra. Guerreiro Ramos j apontava o foco dadiscusso para alm de uma questo sociolgica: havia uma espcie de patologia social (e psicossocial) do homem branco na sociedade.Ver GUERREIRO, 1995.

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    conscincia e afirmao original dos afro-brasileiros. E de fato ocorreu isso com os

    movimentos de hip-hop, do rap conscientizador e das organizaes comunitrias (como a

    CUFA e o Afro-Reggae), que como impacto permitem a convergncia entre criatividade

    cultural e ao scio-poltica nas comunidades perifricas.

    mister, antes de desenvolver sobre a trajetria de Nascimento no exlio, tratar

    sucintamente do espectro ideolgico com o qual se deparou ao chegar nos Estados Unidos.

    Como j citado, Abdias do Nascimento entra em contato intenso com os conceitos de pan-

    africanismo e afrocentrismo que estavam em voga no ambiente internacional das discusses

    sobre relaes raciais. Inicialmente importante se ter em mente que o movimento negro

    internacional especialmente o norte-americano se encontrava dividido em vrias

    correntes antagnicas. Essas correntes disputavam no apenas o espao para proposio e

    execuo de propostas e polticas de interveno, como tambm o poder dentro dosmovimentos de libertao nacional com aspiraes a dirigir futuros Estados na frica,

    Caribe e no Pacfico. No se pode negar tambm a influncia da Guerra Fria sobre a

    organizao e desempenho dessas vertentes. Com a configurao polarizada do mundo em

    blocos, essas vertentes acabaram por se caracterizar em faces, divididas entre pr-

    comunistas, pr-capitalistas e nacionalistas. E Nascimento neste meio fez sua opo:

    Minoritria, desprezada como tendncia de negros racistas e incultos, a

    faco nacionalista (Patrice Lumumba, Aim Csaire, Cheikh Anta Diop, Malcolm

    X, Steve Biko), com a qual Nascimento se identificou sem vacilar, estava sob cerco

    em todos os cantos nas dcadas de 1960, 1970 e 1980 (...) A linha de Baldung [uma

    espcie de terceira via] consistiu na elaborao de uma poltica exterior de no-

    alinhamento e de neutralismo positivo entre o comunismo e o capitalismo.

    Nascimento se identificou de maneira natural com essa corrente, no tanto por ser

    ele prprio de posio centrista, mas por rechaar vigorosamente tanto o comunismo

    quanto o capitalismo como solues para os problemas especficos dos povos de raa

    negra (NASCIMENTO, 2002: 22).

    Nascimento pregava incessantemente na necessidade do mundo africano e diasprico de

    encontrar a sua prpria identidade ideolgica, que poderia ser baseada na experincia

    histrica dos povos africanos do continente, bem como na experincia das disporas negras.

    De fato, Nascimento tem um papel de conciliador das vertentes do pan-africanismo, sendo

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    alternativa democrtica para luta contra o racismo. Observando a idia central14 de seu

    conceito, pode-se perceber a influncia de trocas que Nascimento adquiriu e promoveu no

    debate pan-africanista internacional.

    Assim, como grande resultado do contato de Nascimento com o debate internacional,

    marcado pelos conceitos e vertentes do pan-africanismo, somado a sua trajetria ativista e

    intelectual que j adquirira por longos anos, Abdias do Nascimento deu sua contribuio a

    uma teoria social. Esta era uma teoria que transcendia a abordagem de resoluo aos

    conflitos de racismo e discriminao, mas tambm colocava na ordem da ao a construo

    de uma realidade social democrtica, com pleno vigor do exerccio das minorias e maiorias

    com seus valores intrnsecos respeitados e realmente dispostos para que o contato entre os

    grupos seja frutfero. O contato destes conceitos, com a apreenso da realidade que

    Nascimento j tinha, conferiu um resultado profcuo, tanto no cenrio internacional domovimento negro (que teve em Abdias do Nascimento uma grande contribuio), quanto

    no cenrio nacional dado que Nascimento construiu as premissas e orientaes que ainda

    regem o movimento negro contemporneo no pas.

    Ao meu ver, Nascimento construiu seguindo a construo de peso histrica que

    outros intelectuais negros fizeram na histria, como W. E. B. Du Bois uma singular teoria

    democrtica para a sociedade brasileira e todo o mundo da dispora. Com suas falhas ou

    no (que infelizmente no pde ser analisada mais a fundo aqui), ela converge a trajetria

    imensa, rica e singular deste intelectual negro de grande importncia, fundamental para se

    discutir, pensar e intervir na sociedade, seja em propores negras, brancas ou

    simplesmente humanas.

    Ax.

    Tulio Custdio, Agosto de 2009.

    14 His major thesis in O Quilombismo is that Africans in Brazil must develop their own liberation ideology, based on their

    own historical experience, not in order to separate themselves from the rest of Brazil, but to prepare to lead the nation, as its majoritypopulation, in a democratic context () Socially, the model of Palmares is that of a pluricultural, multi-ethnic nation based on mutualrespect and conviviality among the different groups making up the Brazilian population, especially its three major components:Africans, Native Americans and Europeans (...) This measure [aes afirmativas, entre outras] is necessary not only in the interests ofhistorical truth, but also in order to rebuild these colonized peoples psyche, self-determination and protagonism. Quilombismo teachesthe democratic exercise of power in a stable political system [and] derives from this pluricultural dimension (NASCIMENTO, 1992:65-67).

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    90 anos Memria Viva, realizada pelo Ipeafro, Fundao Cultural Palmares, patrocinada

    pela Petrobrs.