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Caminhos de Sangue Livro I

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Caminhos de Sangue

Livro I

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1ª Edição

CampinasBL Projeto Editorial

2015

Juliane Ivanow

Caminhos de Sangue

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Copyright © Juliane Ivanow

Todos os direitos reservados.

– É PROIBIDA A REPRODUÇÃO –

Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida, copiada, transcrita ou mesmo transmitida por meios eletrônicos ou gravações, assim como traduzida, sem a permissão, por escrito, da autora. Os infratores serão

punidos pela Lei nº 9.610/98.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação do autor.

Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.

1ª Edição/ 2015

Projeto Gráfico e diagramação: Giselle VieiraCapa: Giselle Vieira

Foto: Phostezel| FreeImages.comFoto Contracapa: Chelle | Morgue FileRevisão: Giselle Vieira e Juliane Ivanow

[Ivanow, Juliane]

Caminhos de Sangue/ Juliane Ivanow – Campinas/ 2015

ISBN: 978-85-920523-0-0

1. Literatura Brasileira I. Juliane Ivanow II. Título2. Romance 3. Sobrenatural | Vampiros4. Boy’s Love (Yaoi/ Slash)

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Dedicatória

A minha mãe,que me ensinou que nenhum sonho é impossível

de se realizar.Obrigada por tudo!

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Agradecimentos

A maravilhosa Yume Vy, que me fez insistir na história, tirá-la do armário e transformá-la em realidade. Além de sugerir cada peça da construção dessa saga. Eu nem começaria se não fosse por você!

As meninas lindas da BL Projeto Editorial, que me incentivam a cada dia a escrever mais e criar novas coisas. Ao site http://nanowrimo.org/ que, com sua campanha todo mês de novembro, me incentivou a escrever e terminar o primeiro livro e criar os próximos.

A banda Avantasia, que se não fosse por sua música “Stargazers” essa história nem teria surgido.

Juliane Ivanow

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Sumário

Dedicatória..................................................................................5Agradecimentos..........................................................................7

Prólogo.......................................................................................11Capítulo I...................................................................................15Capítulo II...................................................................................21Capítulo III.................................................................................33Capítulo IV..................................................................................45Capítulo V...................................................................................53Capítulo VI.................................................................................67Capítulo VII................................................................................77Capítulo VIII..............................................................................87Capítulo IX.................................................................................93Capítulo X.................................................................................107Capítulo XI...............................................................................115Epílogo.....................................................................................123

A Continuação .........................................................................127Outros trabalhos da Autora: ...................................................129

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CAMINHOS DE SANGUE

Prólogo

Dallas, Texas. 20 de fevereiro de 2013.

Daniel adorava o fato de que sua casa tinha um começo de floresta como quintal. Ele nunca perdia a oportunidade de passar todo seu tempo livre no

local, principalmente agora que estava com férias da escola por tempo indeterminado. Em sua mente de quase dez anos, essa era uma coisa que poderia comemorar com toda essa história de vampiros.

A atividade daquele dia era correr entre as árvores com sua bola, imaginando-se num jogo de futebol americano. Poucos pais da sua vizinhança deixavam seus amigos saírem, mas ele conseguira escapar da atenção de sua mãe, pois ela ultimamente andava mais preocupada com outras coisas.

Ele podia sentir o sol entre as árvores, o inverno dando lugar à primavera e deixando a floresta úmida e quente. Daniel usava calça jeans, tênis, blusa de lã e um gorro que cobria seus cabelos loiros; finalmente não precisava mais usar aqueles casacos pesados.

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JULIANE IVANOW

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— Touchdown!O menino gritou sozinho na floresta, jogando a bola no

chão e se imaginou fazendo os pontos que ganhava o jogo para seu time. Instantes depois ele pegou a bola e limpou a terra e os resquícios de neve que grudara nela, rindo sozinho, até que olhou pra cima e viu que o sol estava alto no céu. Suspirou.

— Acho melhor voltar pra casa.Foi quando Daniel franziu o cenho ao perceber uma sombra.

Em um primeiro momento achou que era uma nuvem de chuva cobrindo o céu, mas ela estava ficando mais forte. Então, com espanto, viu os raios de sol se apagando como se fossem uma lâmpada em seus últimos suspiros de vida. Começou a andar rápido pela floresta, desviando-se de galhos e troncos caídos com habilidade e logo saiu na clareira que dividia a floresta do quintal da sua casa. O que havia lhe chamado à atenção fez seu corpo se arrepiar; o sol sumira e somente um céu acinzentado podia denunciar que ainda era dia.

Daniel começou a correr mais rápido pra casa e quando a avistou ao longe, seu mundo principiou a se despedaçar; sua casa pegava fogo, uma das várias casas na pequena e quieta rua do subúrbio... E dentro dela ele podia ouvir sua mãe, grávida de oito meses, gritando. Mais do que depressa, o garoto deu a volta até a entrada da frente, tentando achar alguma forma de entrar na casa, para tentar salvar sua família ou morrer com ela, mas um dos vizinhos o segurou pela cintura e apenas seus gritos de agonia e desespero podiam ser ouvidos ao longo da rua.

— MÃE!!!!

Daniel se levantou abruptamente, seu corpo todo suando frio. Ele podia sentir o colchão duro do beliche que dormia embaixo do seu corpo e sua camiseta cinza grudando em seu peito, enquanto ofegava. Fechou os olhos e esfregou

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as palmas das mãos contra ele, tentando amainar a dor e voltar a respirar normalmente.

Fazia tempo que não tinha esse sonho.

31 de outubro de 2012.

Essa é a data que todo mundo lembra, porque foi o dia da Grande Revelação. Mais tarde, as pessoas contariam que a data não era lembrada por causa do Dia das Bruxas, mas por causa da importância da mesma. Todos se lembrariam, porque foi o dia em que a humanidade inteira descobriu que os vampiros existiam e que eles estavam cansados de deixar o planeta nas mãos dos humanos.

Houve uma guerra entre vampiros e humanos. Daniel Asher tinha nove anos quando o conflito começou. Ele testemunhou seu pai se juntar ao exército contra os vampiros e ficou junto a sua mãe na varanda para se despedir, vendo-o partir com os outros soldados, enquanto a mão dela lentamente acariciava sua barriga de quatro meses. Seu pai os deixou sozinhos, dizendo que precisava fazer algo para protegê-los, incluindo seu irmão que ainda não nascera... E aquela foi a última vez que o viu vivo.

A guerra continuou e muitos sacrifícios aconteceram de ambos os lados. Daniel viu muitos vizinhos e conhecidos dos amigos na escola morrerem pela reconquista do planeta e nada pôde fazer.

20 de fevereiro de 2013.

A humanidade conheceria esse dia como a “Queda do Exército Humano”. Os vampiros pareciam invencíveis e seus

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generais de ataque, conhecidos como Antigos, aparentemente conheciam cada estratégia dos humanos, embora estes não soubessem como. Talvez eles estivessem planejando isso por séculos e tiveram tempo de observar suas manobras de guerra e descobrir todas as suas fraquezas. Ninguém ainda sabe ao certo, mas essa era a teoria que percorria cada casa conforme as notícias chegavam. O golpe de misericórdia dos vampiros veio naquele dia... No dia em que o sol se “apagou” e sua mãe morreu em um incêndio.

O mundo inteiro se lembra de 31 de outubro como o dia em que tudo mudou, mas para Daniel foi em 20 de fevereiro... O dia em que ele se tornara órfão.

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CAMINHOS DE SANGUE

Capítulo I

Daniel tomou um banho frio – água quente era uma raridade naqueles dias – e logo colocou o uniforme que sempre usava: calça bege,

camiseta preta e coturno. Ele secou os cabelos loiros rapidamente e sem olhar para a cama desfeita, saiu do quarto que dividia com mais duas pessoas. Já que sabia que não conseguiria mais dormir, resolveu ir até o refeitório comer algo e depois começar o treino matinal.

Quando o tempo diurno principiasse a clarear o céu, Grimm e Patrick iriam dar as caras para o desjejum. Quanto a Jéssica, ele sabia que demoraria um pouco mais, pois se ela pudesse dormir o máximo possível, ela faria. E o mero pensamento o fez sorrir.

Ele logo chegou ao refeitório e depois de pegar o café da manhã, cereal seco e café – que ele já havia bebido melhores –, Daniel se sentou em uma das mesas vazias.

Em primeiro de março, no dia em que Daniel fez dez anos, a guerra terminou e os vampiros ganharam.