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Page 1: Câmara Setorial da Carne Bovina - codeagro.agricultura.sp ... · qualidade da carne bovina: tipificação de carcaça, parcerias na produção (novilho precoce e superprecoce), melhoria

ATA DA 1ª REUNIÃO DA CÂMARA SETORIAL DE CARNE BOVINA

Data: 26/08/97

Local: nas instalações do Instituto de Economia Agrícola, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Presentes:

Antônio de Oliveira Pereira, Carlos Klinkert Maluhy, Donário Lopes de Almeida, Edivar Vilela de Queiroz, Hélio Carlos de Toledo, José Matheus Granado, Luís Henrique Domingues Gouveia, Manuel Gonzales Outumuro, Manuel Henrique Farias Ramos (representando, também, o Sr. João Carlos de Souza Meirelles), Marcos Sampaio Baruselli, Mário Torchio Junior, Paulo Duarte do Valle, Pedro de Camargo Neto, Alberto Skliutas (substituindo o Sr. Pedro Luiz Alencastro Gasparetto), Sérgio Ferraz Ribeiro, Sérgio Gottardi Paoliello, Valéria da Silva Peetz e Victor Abou Nehmi Filho, como integrantes da Câmara Setorial (CS) e, como outros participantes: Elenice M. S. Cunha (Instituto Biológico), Enrico Lippi Ortolani (Faculdade de Medicina Veterinária - USP), Cláudio Cícero Sabadini (ABC), Gitânio Fortes (Agência Estado), Guilherme F. Alleoni (Instituto de Zootecnia), Heinz Otto Hellwig (DDA/CATI/SAA) e Ângelo Gemignani Sobrinho (DG - DDA/CATI/SAA).

Estavam também presentes: Otávio Sampaio Gutierrez e Abel de Lima Filho, da Assessoria Técnica do Gabinete do Secretário de Agricultura e Abastecimento (GSAA).

Ausência justificada:

Moacyr Corsi.

Desenvolvimento dos trabalhos:

A reunião foi aberta pelo Chefe da Assessoria Técnica do GSAA, Dr. Otávio Sampaio Gutierrez, representando o Exmo. Sr. Secretário da Pasta, ausente por motivos de compromissos no interior do Estado, que discorreu sobre:

a pauta da reunião: instalação da Câmara Setorial; eleição do presidente da CS; agenda dos assuntos a serem tratados pela CS;

procedeu à leitura da Resolução SAA n.° 12, de 17-07-97 (DOE de 18-07-97), que reorganiza as Câmaras Setoriais dos principais produtos agropecuários do estado e da Resolução SAA n.° 19, de 28-07-97 (DOE de 01-08-97), que institui a Câmara Setorial de Carne Bovina.

Informou que, de acordo com esses atos, a SAA dará toda a infra-estrutura para o funcionamento das CS, inclusive, designando um Secretário Executivo (SE) para a operacionalização das mesmas, sendo que, no caso da CS de Carne Bovina, o SE será o assessor Abel de Lima Filho;

o novo modelo de gestão da SAA adotado pelo atual Secretário, levantando alguns problemas e oportunidades da cadeia produtiva de carne bovina paulista.

Pelo consenso de todos, foi alterada a ordem da pauta, passando a eleição do presidente da CS para último item.

Agenda de trabalhos a serem tratados pela CS:

Foi passada a palavra aos presentes os quais destacaram os seguintes pontos:

Pedro de Camargo Neto - discorreu sobre as atividades do FUNDEPEC no trabalho conjunto com a SAA/CATI/DDA no combate à febre aftosa, destacando a importância do efetivo controle da sanidade animal para evitar o retrocesso da doença no estado; observou que informações atuais indicam redução no índice de vacinação o que é preocupante para o estado que ser considerado área livre da enfermidade em futuro

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próximo; Sérgio Ribeiro - a principal preocupação da CS deve ser quanto à produção com

qualidade; Paulo do Valle e Manuel Gonzales - controle sanitário para produção com qualidade

visando recuperar o mercado perdido para região sul do país - considerada livre da febre aftosa;

Edivar Queiroz - controle sanitário necessita ser acelerado para SP não ficar fora dos mercados externos, o que penaliza o segmento industrial; SP precisa ser considerado como área livre da febre aftosa juntamente com os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul;

Hélio Toledo - recuperação da imagem do setor, que não é das melhores no momento; procurar a uniformização de alíquotas fiscais com outros estados exportadores de animais para SP (evitar guerra fiscal); combate ao abate clandestino que está em ascenção;

Alberto Skliutas - a guerra fiscal está afetando o setor e a busca pela produção com qualidade, da carne e do couro, minimizará os gargalos da cadeia produtiva em SP;

José Matheus Granado - necessário trabalho conjunto entre SAA(CATI)/FAESP/SENAR incentivando a vacinação contra a febre aftosa junto aos pequenos produtores; tipificação de carcaça - premiar o produtor que reduz o tempo de abate e que produz com qualidade;

Luís H. Gouveia - melhorar a tecnologia da produção - animais sadios e com qualidade - (convênios com instituições de pesquisas e universidades) para ampliação de mercados interno e externo; disponibilizar financiamentos para produção com qualidade; desenvolver novos hábitos de consumo de produtos bovinos na população;

Antônio de O. Pereira - fomentar a produção de novilho precoce e superprecoce; a primeira preocupação da CS deve ser com o resultado econômico da atividade visando integrar o produtor no espírito de cadeia produtiva;

Manuel Farias - necessidade da organização do setor para produção com saúde, qualidade e preço; as redes de abastecimento precisam diferenciar o produto ao consumidor; abate clandestino é um dos maiores desafios da CS - sonegação ao fisco e ao consumidor;

Carlos Maluhy - falta rentabilidade ao setor em função de: - diferenciação pela Secretaria da Fazenda aos produtos diferenciados (novilhos precoce e superprecoce) penalizando o pecuarista que se moderniza; - idem quanto aos índices de produtividade considerados pelo INCRA; - diferenciação quanto ao ICMS para animais oriundos de outros estados, o que também prejudica o pecuarista de SP; a tipificação de carcaça beneficiará o produtor de novilhos precoce e superprecoce;

Marcos Baruselli - sanidade da produção (produtor usando fontes desqualificadas para alimentação animal); tecnificação da produção, inclusive, de novilho precoce a pasto; tipificação de carcaça - melhor remuneração ao produtor;

Sérgio Paoliello - necessidade do setor se organizar incorporando a visão de cadeia produtiva - qualidade em todos elos; estrutura produtiva do estado, para a pecuária, está ociosa necessitando de política adequada, que a CS tem que encontrar (rentabilidade do setor); diferenciação de tratamento quanto ao ICMS interestadual precisa ser equacionado;

Mário Torchio - para o elo industrial é imperativo que o segmento produtivo minimize o problema da falta de oferta na entressafra;

Donário Lopes - é fundamental a difusão de tecnologia para o elo produtivo atender às novas exigências dos mercados interno e externo;

Otávio Gutierrez - resumiu as principais questões levantadas pelos presentes: defesa da sanidade animal: aceleração do combate à febre aftosa e intensificar

a fiscalização contra o abate clandestino (afetam a qualidade, o consumidor e o marketing do setor);

qualidade da carne bovina: tipificação de carcaça, parcerias na produção (novilho precoce e superprecoce), melhoria de qualidade da carne e do couro, marketing da cadeia produtiva (melhores condições de concorrência com outros estados e outras carnes);

questões tributárias: planilhas de enquadramento no ICMS para produtos diferenciados (novilho precoce e superprecoce) e uniformização de alíquotas

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quanto ao ICMS interestadual.

Eleição do presidente da CS:

Indicações: Sérgio Paoliello indicou o Sr. Pedro de Camargo Neto em vista de seu trabalho no FUNDEPEC, sendo reiterado por Manuel Farias e Paulo do Valle. Não havendo outras indicações ou candidaturas, foi eleito por aclamação o Sr. Pedro de Camargo Neto, que aceitou a incumbência e agradeceu a confiança depositada em sua pessoa, destacando ser fundamental a colaboração e participação de todos para o sucesso do trabalho a ser desenvolvido pela CS.

Já sob o comando do presidente empossado foi definida a agenda de trabalho da CS:

1. Intensificação do combate à febre aftosa aumentando o índice de vacinação com destaque para maior atuação conjunta com estados fronteiriços e monitoramento pós-vacinação;

2. Com relação ao abate clandestino, a CS deverá assumir o trabalho que já vem sendo desenvolvido pelo FUNDEPEC e atuar para implantação ampla da Portaria n° 304;

3. Questão tributária - foi criado um grupo para examinar os assuntos relativos ao ICMS abordados na reunião (planilha diferenciada para classificação de animais produzidos com mais tecnologia - novilhos precoce e superprecoce - e uniformização das alíquotas interestadual), integrado pelos membros: Carlos Maluhy (coordenador), Hélio Toledo, José Matheus Granado e Antônio Pereira Oliveira. Este grupo deverá apresentar os resultados de seu trabalho na próxima reunião.

4. Marketing da cadeia produtiva de carne bovina no estado, sugerido por Carlos Maluhy, para alavancar o setor, com a concordância de Sérgio Paoliello que destacou ser importante estabelecer estratégia adequada para envolver todos os elos da cadeia.

No encerramento, o presidente destacou a necessidade de nova reunião no mês de setembro, para a seqüência dos trabalhos da CS, em data que será oportunamente comunicada aos integrantes da Câmara.

Para constar, foi lavrada a presente ata, que após aprovada pelos presentes, será assinada pelo Secretário Executivo e pelo Presidente da Câmara Setorial.

Pedro de Camargo Abel de Lima Filho

Presidente Secretário