calor (nr 15)

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NR 15

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Page 1: Calor (NR 15)

NR 15

Page 2: Calor (NR 15)
Page 3: Calor (NR 15)

Calor é a energia transferida entre dois ou mais sistemas devido a uma

diferença de temperatura entre eles.

O trabalho em ambiente expostos a altas temperaturas acarretam no homem

as seguintes consequências:

Fadiga;

Queda de rendimento;

Erros de percepção;

Perturbações psicológicas.

Page 4: Calor (NR 15)

Condução - Quando os dois corpos em temperatura diferentes são

colocados em contato, haverá um fluxo de calor do corpo com temperatura

maior para o de temperatura menor. Este fluxo torna-se nulo, no momento

em que as temperaturas dos dois corpos se igualam.

Page 5: Calor (NR 15)

Convecção - É o processo de transferência de calor que ocorre através do

deslocamento de fluidos.

A movimentação do ar aumenta a troca de calor. Se a temperatura do ar for

mais elevada do que a do corpo, este ganhará calor.

Page 6: Calor (NR 15)

Radiação - Quando dois corpos se encontram em temperaturas diferentes,

haverá uma transferência de calor, por emissão de radiação infravermelha,

do corpo com temperatura maior para o corpo com temperatura menor. Este

fenômeno ocorre, mesmo não havendo um meio de propagação entre eles.

Page 7: Calor (NR 15)
Page 8: Calor (NR 15)

Evaporação – Nesta forma de perda de calor, a água é aquecida pelo calor

do organismo até passar a fase de vapor e deixar a superfície do corpo. A

evaporação do suor é importante no trabalho em ambientes quentes, pois é a

única forma que o indivíduo tem de perder calor corpóreo.

Page 9: Calor (NR 15)

O equilíbrio térmico do corpo humano é mantido através de mecanismo de

ganho e perda de calor, relacionados pela seguinte expressão matemática:

M ± C ± R - E = S, onde:

M = produção metabólica de calor.

C = calor ganho ou perdido por convecção.

R = calor ganho ou perdido por radiação.

E = calor perdido por evaporação.

S = calor acumulado no organismo (sobrecarga térmica).

Page 10: Calor (NR 15)

A caracterização de conforto térmico é estabelecida pela NR-17 Ergonomia -

Portaria 3214/MTE.

Condições ambientais de trabalho

Devem estar adequadas às características psico-fisiológicas dos

trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

Condições de conforto:

a) Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma

brasileira registrada no INMETRO.

b) Índice de temperatura efetiva entre 20 e 23°C.

c)Velocidade do ar não superior a 0,75 m/s.

d)A umidade relativa do ar não inferior a 40% (quarenta por cento).

Page 11: Calor (NR 15)

Exposição a altas temperaturas

A transmissão de calor ocorre no sentido ambiente-corpo. Oorganismo tende a aumentar a temperatura interna resultando numprocesso chamado hipertemia. Para evitar esse processo ocorrem osseguintes mecanismos:

Vasodilatação sanguínea

Ativação das glândulas sudoríparas (sudorese)

Aumento da circulação sanguínea periférica

Troca eletrolítica de suor

Morte por falha cardíaca quando a temperatura for superior a 41,7°C.

Page 12: Calor (NR 15)

Transtornos sistemáticos

Câimbra por calor

Esgotamento (Exaustão do calor)

Deficiência circulatória

Desidratação

Choque Térmico

Transtornos na pele

Erupções

Queimaduras (por radiação ultravioleta)

Transtornos psiconeuróticos

Page 13: Calor (NR 15)

Objetivos

Definir critérios para a caracterização e controle dos riscos à

saúde dos trabalhadores decorrentes de exposições ao calor

em ambientes internos ou externos, com ou sem carga solar

direta, em quaisquer situações de trabalho.

Estabelecer limites de exposição a serem utilizados como

indicadores na avaliação, prevenção e controle dos riscos

decorrentes da exposição ao calor.

Page 14: Calor (NR 15)

Disposições gerais

Os empregadores devem adotar medidas de prevenção e

controle, de modo que a exposição ao calor não cause efeitos

adversos à saúde do trabalhador.

A avaliação do risco, seleção e a implantação das medidas

preventivas e corretivas devem ser desenvolvidas com a

participação dos trabalhadores.

Page 15: Calor (NR 15)

Os níveis de ação para exposição ao calor, em função da taxa de

metabolismo de trabalho, ficam estabelecidos de acordo com o Quadro 1.

Page 16: Calor (NR 15)
Page 17: Calor (NR 15)

Sempre que os níveis de ação previstos forem excedidos, devem ser

adotadas medidas preventivas que incluam, no mínimo:

a) disponibilização de bebidas frescas, com reposição suficiente de água;

b) fornecimento de vestimentas de trabalho adaptadas ao tipo de

exposição e à natureza da atividade;

c) programação dos trabalhos, especialmente os mais pesados, nos

períodos com condições térmicas mais amenas;

d) permissão da autolimitação da exposição;

e) informação e capacitação dos trabalhadores;

f) acompanhamento médico.

Page 18: Calor (NR 15)

Os Limites de Tolerância para exposição ao calor, em função da taxa de

metabolismo de trabalho, ficam estabelecidos de acordo com o Quadro 2.

Page 19: Calor (NR 15)
Page 20: Calor (NR 15)

Constatado que, após a adoção das medidas preventivas, o IBUTG se

encontra acima dos limites de exposição, devem ser adotadas, no mínimo,

as seguintes medidas corretivas, quando aplicáveis:

a) eliminação, isolamento ou redução da radiação térmica;

b) melhoria do sistema de ventilação do ar;

c) redução da temperatura do ar e da umidade;

d) concepção e/ou adaptação dos locais e postos de trabalho;

e) alternância de atividades que gerem exposição ao calor a níveis mais

elevados com outras que impliquem exposição a níveis menores;

f) introdução de pausas para recuperação térmica;

g) manutenção de local para descanso com condições térmicas mais

amenas.

Page 21: Calor (NR 15)

A avaliação de calor é baseada nas medições dos parâmetros que

influenciam diretamente na quantificação da sobrecarga térmica.

São eles:

Temperatura do ar

Umidade relativa do ar

Velocidade do ar

Calor radiante

Atividade exercida

Page 22: Calor (NR 15)

A quantidade de calor ganha ou perdida pelo corpo humano é

proporcional a diferença de temperatura entre o ambiente e o homem.

Avaliação

Deve ser medida com termômetro de mercúrio (termômetro de bulbo

seco), mas de funcionamento confiável. A leitura é feita quando o

termômetro está estabilizado.

O contato com fontes radiantes, podem falsear os resultados, pois o

bulbo do termômetro é um elemento sensível a absorção de radiação.

Para uma leitura correta é necessário

a) Utilizar um termômetro bem calibrado.

b) Esperar o tempo necessário para que a coluna se estabilize.

Page 23: Calor (NR 15)

Umidade é o conceito relacionado a quantidade de vapor d'água

adsorvida no ar.

Este parâmetro influencia a troca térmica entre o organismo e o ambiente

através da evaporação.

Avaliação

Utilizam-se dois termômetros de bulbo, sendo que um deles tem o bulbo

recoberto de um tecido de algodão limpo, que se mantém embebido em

água destilada (termômetro de bulbo úmido) e o outro idêntico ao de

medição da temperatura do ar (termômetro de bulbo seco).

Os valores obtidos são transferidos para a carta psicrométrica (diagrama

que simplifica o estudo das propriedades do ar) e o resultado será a

umidade relativa do ar.

Page 24: Calor (NR 15)

A variação de velocidade do ar implica num aumento do potencial da

troca térmica.

No mecanismo da evaporação, a movimentação do ar, próximo à

superfície do corpo, implica numa sucessão de estágios de equilíbrio

entre a pele e o ambiente.

Avaliação

A avaliação é feita principalmente com o auxílio de aparelhos

denominados anemômetros ou termoanemômetros.

Page 25: Calor (NR 15)

É uma variável que influi de forma significativa no processo de sobrecarga

térmica quando no ambiente a ser avaliado, há a presença de fontes de

radiação que emitem considerável quantidade de energia no espectro

infravermelho.

Avaliação

A avaliação é realizada com o auxílio de um equipamento denominado

termômetro de globo.

Este sensor mede a temperatura média radiante do ambiente. O sol, dutos

quentes e fornalhas são exemplos destas fontes de radiação.

As leituras devem ser iniciadas após 30 minutos de estabilização.

Page 26: Calor (NR 15)

A quantidade de calor produzida pelo organismo é proporcional à atividade

executada.

Quanto mais intensa for a atividade exercida pelo individuo, maior será o

calor produzido pelo metabolismo.

Índices utilizados nas avaliações

Os índices correlacionam a natureza da exposição com as variáveis nas

trocas entre o indivíduo e o ambiente e dimensiona a magnitude do risco.

T.E. - Temperatura efetiva

T.E.c. - Temperatura efetiva corrigida

I.B.U.T.G .- Índice de bulbo úmido termômetro de globo

I.S.T. - Índice de sobrecarga térmica.

Page 27: Calor (NR 15)

Todos os índices tratam de estabelecer os limites entre quais o

intercâmbio térmico entre o organismo e o meio ambiente externo, não

suponha perigo ou risco para as pessoas.

O índice T.E. e T.E.c. são apropriados somente para a avaliação de

conforto térmico pois não consideram o tipo de atividade e o I.B.U.T.G e

o I.S.T são usados para avaliações de sobrecarga térmica.

A legislação brasileira através da Portaria 3214 estabelece o índice de

Bulbo úmido - Termômetro de Globo para avaliação de exposição ao

calor. Este índice é baseado na ponderação fracionada das

temperaturas de globo, bulbo úmido e bulbo seco.

Page 28: Calor (NR 15)
Page 29: Calor (NR 15)

O índice de Bulbo úmido - Termômetro de Globo – IBUTG utilizado

para a avaliação da sobrecarga térmica é um método simples,

baseado na combinação das leituras provenientes dos termômetros

de globo, bulbo úmido e seco, correlacionando posteriormente a

carga térmica ambiental com a carga metabólica do tipo de atividade

exercida pelo trabalhador.

A NR 15 – Anexo 3, indica dois procedimentos para o cálculo do

IBUTG, um para ambientes internos (sem carga solar) e outro para

ambientes externos (com carga solar proveniente de fontes naturais

ou artificiais).

Page 30: Calor (NR 15)

Os “LT” estabelecidos pelas tabelas do Anexo 3, variam de acordo

com a existência de descanso no próprio local de trabalho ou em

outro local. Considera-se local de descanso ambiente termicamente

mais ameno com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade

leve, onde “M” é a taxa de metabolismo média ponderada em uma

hora.

Em relação à sobrecarga térmica, a exposição ao calor com valores

de IBUTG superiores aos “LT” será caracterizada como insalubre de

grau médio, cabendo ao trabalhador o adicional devido de 20%

sobre o salário mínimo legal (regional).

Page 31: Calor (NR 15)

A equação para o cálculo do índice, varia em função da presença, ounão de carga solar no momento da medição.

Ambientes internos ou externos sem carga solar:

IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

Ambientes externos com carga solar:

IBUTG = 0,7 tbn + 0,2 tg + 0,1 tbs

tbn -- temperatura de bulbo úmido natural

tg -- temperatura de globo

tbs - temperatura de bulbo seco

Os Limites de Tolerância bem como os procedimentos de avaliação são estabelecidos pelo anexo 03 da NR-15 Portaria 3214 - MTE.

Page 32: Calor (NR 15)

Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime detrabalho intermitente com períodos de descanso no próprio localde prestação de serviço.

Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço paratodos os efeitos legais.

A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) éfeita consultando-se o Quadro n.º 3

Page 33: Calor (NR 15)

Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de

trabalho intermitente com período de descanso em outro local

(local de descanso).

Considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais

ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve.

Page 34: Calor (NR 15)

M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora,determinada pela seguinte fórmula:

M = Mt x Tt + Md x Td

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Sendo:

Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho.

Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local detrabalho.

Md - taxa de metabolismo no local de descanso.

Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local dedescanso.

Obs.: As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se oQuadro nº 3.

Page 35: Calor (NR 15)

QUADRO Nº 3

Page 36: Calor (NR 15)

IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora,determinado pela seguinte fórmula:

IBUTG = IBUTGt x Tt + IBUTGd xTd

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Sendo:

IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho.

IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso.

Tt e Td = como anteriormente definidos.

Obs.: Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período maisdesfavorável do ciclo de trabalho, sendo Tt + Td = 60 minutos corridos

Page 37: Calor (NR 15)

1) Um operador gasta 3 minutos para carregar o forno e

aguarda 4 minutos para a carga atingir a temperatura

esperada, sem no entanto, sair do local de trabalho. Em

seguida gasta outros 3 minutos para descarregar o forno. Este

ciclo de trabalho é repetido durante toda a jornada de trabalho

em local sem carga solar.

Qual o valor do IBUTG?

De acordo com o anexo 3 da NR 15, o “LT” foi ultrapassado?

Levantamento de campo:

tg = 35ºC; tbn = 25 ºC, tbs = 28ºC

Page 38: Calor (NR 15)

1) Todo o cálculo é efetuado em cima de uma base de 60 minutos,

que é representativa para toda a jornada de trabalho.

a) Foi realizado levantamento em campo com o auxílio da árvore dos

termômetros, os valores encontrados foram: tg = 35ºC; tbn = 25 ºC,

tbs = 28ºC

b) Definir o tipo de atividade segundo o Quadro 3: Moderada.

c) Calcular o IBUTG para recinto fechado sem carga solar:

IBUTG = 0,7tbn + 0,3tg → IBUTG = 28ºC;

Page 39: Calor (NR 15)

d) Definir o ciclo de trabalho para uma base de cálculo de 1 h (60 min.)

O clico da atividade:

3 min (carrega) + 4 min (espera) + 3 min (descarrega) = 10 min

Quantas vezes o ciclo se repete em 1 h: 60 / 10 = 6 ciclos

Tempo de trabalho: 3 min (carrega) + 3 min (descarrega) = 6 min →

6 min x 6 ciclos = 36 min

Tempo de descanso: 4 min x 6 ciclos = 24 min

Ciclo de avaliação = 36 + 24 = 60 min

Ciclo de trabalho: 36 min. trabalhando por 24 min. descansando no próprio

local de trabalho.

Page 40: Calor (NR 15)

e) Consultando o Quadro 1 para encontrar o ciclo máximo de

trabalho permitido para o IBUTG de 28ºC, verifica-se que o

trabalhador executando uma tarefa do tipo MODERADA poderia ficar

exposto a um ciclo máximo de 45 min. Trabalhando por 15 min.

Descansando.

Conclusão:

Neste caso conclui-se que o ciclo de trabalho (36 min por 24

min) apresentado, é adequado para o IBUTG de 28ºC, que

permite um ciclo de até 45 min. x 15 min, para uma atividade

tipo MODERADA. Portanto o “LT” não foi ultrapassado.

Page 41: Calor (NR 15)

2) Um operador gasta 3 minutos para carregar o forno e aguarda 4

minutos para a carga atingir a temperatura esperada. Em seguida gasta

outros 3 minutos para descarregar o forno. Durante o tempo em que

aguarda a elevação da temperatura da carga (4 min) o operador fica

fazendo anotações, sentado numa mesa fora do local onde está o forno.

Este ciclo de trabalho é repetido durante toda a jornada de trabalho em

recinto fechado sem carga solar.

Qual o valor do IBUTG?

De acordo com o anexo 3 da NR 15, o “LT” foi ultrapassado?

Levantamento de campo:

Local de descanso: tg = 28ºC, tbn = 20ºC; tbs = 25º

Local de trabalho: tg = 54ºC, tbn = 22ºC; tbs = 29º

Page 42: Calor (NR 15)

2) Os tempos de Tt e Td devem ser somados, no período mais

desfavorável do ciclo de trabalho, sendo que a soma dos mesmos

deve ser igual a 60 minutos corridos.Todo o cálculo é efetuado em

cima de uma base de cálculo de 60 minutos, que é representativa

para toda a jornada de trabalho.

a) Mediante as medições de campo os valores encontrados, foram:

Local de descanso: tg = 28ºC, tbn = 20ºC;

Local de trabalho: tg = 54ºC, tbn = 22ºC;

b) Definir o tipo de atividade (quadro 03): MODERADA

Page 43: Calor (NR 15)

c) Calcular IBUTG e o metabolismo do local de trabalho:

IBUTGt = 0,7tbn + 0,3tg → IBUTGt = 0,7 x 22 + 0,3 x 54 →

IBUTGt = 31,6ºC → Mt = 300 Kcal/h

d)Calcular IBUTG e o metabolismo do local de descanso:

IBUTGd = 0,7tbn + 0,3tg → IBUTGt = 0,7x20 + 0,3x28 →

IBUTGd = 22,4ºC → Md = 125 Kcal/h

e) Definir o ciclo de trabalho:

Tempo de trabalho: 6 min. X 6 = 36 minutos;

Tempo de descanso: 4 min. X 6 = 24 min.;

Ciclo de trabalho: 36 min. Trabalhando por 24 min. Descansando em

outro local de trabalho.

Page 44: Calor (NR 15)

f) Calcular a taxa de Metabolismo média ponderada (M) em função do

ciclo de trabalho:

M = (Mt x Tt + Md x Td) / 60 min. →

M = (300 x 36 + 125 x 24) / 60 →

M = 230 Kcal/h

g) Calcular IBUTG médio ponderado em função do ciclo de trabalho:

IBUTG = (IBUTGt x Tt + IBUTGd x Td) / 60 min. →

IBUTG = (31,6 x 36 + 22,4 x 24) / 60 →

IBUTG = 27,9ºC

Page 45: Calor (NR 15)

Para interpretar o resultado devemos proceder da seguinte forma:

- Pegar o metabolismo média ponderada (M = 230 Kcal/h) edeterminar o máximo IBUTG permitido pelo Quadro nº 2;

- Como no Quadro nº 2 não existe o valor de M = 230 Kcal/h,arredondar para o valor imediatamente acima que é M = 250 Kcal/h;

- Para M = 250 Kcal/h no quadro 2, o máximo IBUTG aceito é de28,5 ºC;

- Comparar com o IBUTG médio ponderado (27,9ºC) com o máximoIBUTG permitido no Quadro 2 para o metabolismo média ponderadacalculado;

Conclusão:

- O ciclo de trabalho apresentado é compatível com as condiçõestérmicas do ambiente analisado, portanto o “LT” não foiultrapassado.

Page 46: Calor (NR 15)

A insalubridade por calor só poderá ser eliminada através de medidas

aplicadas no ambiente ou reduzindo-se o tempo de permanência junto

às fontes de calor, de forma que o “M” fique compatível com o IBUTG.

A neutralização através de EPI’s não ocorre, pois não é possível

determinar se estes reduzem a intensidade do calor a níveis abaixo

dos limites de tolerância. Os EPIs (blusões e mangas), muitas vezes,

podem até prejudicar as trocas térmicas entre o organismo e o

ambiente. Entretanto, os EPIs devem ser sempre utilizados, uma vez

que protegem os empregados dos riscos de acidentes e doenças

ocupacionais.

Page 47: Calor (NR 15)

As medidas de controle podem ser relativas a:

Ambiente (Fonte / trajetória)

Trabalhador: Medidas de natureza - Médica / Administrativa /

Segurança individual (uso de EPI)

Page 48: Calor (NR 15)

Controle da fonte: Pode ser usada para controle do calor emitido por

radiação ou convecção.

Ex.: Para calor radiante são utilizadas barreiras, impedindo a

propagação da radiação na direção dos trabalhadores ou isolamento

para redução da temperatura superficial.

Para as fontes de calor convectivas são adotados os métodos de

extração localizada ou de ventilação geral.

Page 49: Calor (NR 15)

Insuflação de ar fresco no local onde permanece o trabalhador

O sistema mais adequado consiste em dimensionar a entrada de ar

pela parte inferior, o mais próximo possível do solo, de modo que

iniciada primeiramente sobre o trabalhador para posteriormente

misturar-se com a corrente ascendente de ar quente e escapar por

aberturas localizadas na parte superior do local de trabalho.

Fator alterado: temperatura e velocidade do ar.

Page 50: Calor (NR 15)

Exaustão

São utilizados para aeração de ambientes com excesso detemperatura, umidade, vapores, fumaça, mofo, odores, e outrospoluentes.

Fator alterado: temperatura e umidade relativa do ar.

Page 51: Calor (NR 15)

Utilização de barreiras entre a fonte e o homem

Refletores - Alumínio / Aço fundido

Absorventes de Infravermelho- Ferro / Aço

Fator alterado: Calor radiante

Aumento da distância da fonte

Fator alterado: Calor radiante, temperatura do ar.

Automatização do processo

Fator alterado: Metabolismo do trabalhador

Page 52: Calor (NR 15)

Para evitar que sejam tomadas medidas aparentemente benéficas, mas

de pouca eficácia, recomenda-se que sejam feitos estudos de eficácia

das proteções a serem adotadas com profissionais qualificados.

Ex.: Os ventiladores são recomendados quando a temperatura do

ambiente em bulbo seco for inferior a 38Cº. Com temperaturas elevadas,

a ventilação atua na redistribuição do ar quente, aumentando o efeito do

calor excessivo.

Se a umidade for muito alta, as correntes de ar quente, proporcionadas

pelo ventilador, farão o trabalhador perder calor somente por convecção e

não por evaporação. Neste caso, recomenda-se usar água na forma de

neblina junto com a ventilação proporcionando mais conforto no ambiente

de trabalho.

Page 53: Calor (NR 15)

3) Um trabalhador fica exposto continuamente junto a um

forno (sem local de descanso) durante duas horas. Feita a

avaliação do calor no local, obtiveram-se os seguintes dados:

tbn = 25,0ºC; tg = 45ºC; tbs = 29,5ºC

Ambiente interno sem caga solar

Tipo de atividade: remoção com pá.

A atividade é insalubre?

Page 54: Calor (NR 15)

4) Feito o levantamento de campo, faça a análise da atividade.

Local de trabalho

Atividade: Carregamento de forno;

Taxa de metabolismo = 440 Kcal / h;

IBUTG = 31,0 ºC ; Tempo de trabalho = 20 minutos;

Local de descanso

Atividade: Sentado fazendo anotações;

IBUTG = 23,0 ºC;

Taxa de metabolismo = Quadro 3

Page 55: Calor (NR 15)

3)

Conclusão:

Segundo o quadro 1, anexo 3, NR -15, para a atividade pesada e

IBUTG = 31,0 ºC, não é permitido o trabalho sem a adoção de

medidas de controle. Sendo assim, a atividade é considerada

insalubre em grau médio, fazendo jus ao adicional de 20%

sobre o salário mínimo.

Page 56: Calor (NR 15)

4)

a) Cálculo da taxa de metabolismo média ponderada para uma

hora: (Mt = 440 Kcal/h ; Md = 125 Kcal/h)

M = 440 x 20 + 125 x 40 / 60 = 230 Kcal/h

b) Cálculo do IBUTG médio ponderado para uma hora:

IBUTG = 31 x 20 + 23 x 40 / 60 = 25,6 ºC

Conclusão:

Segundo o quadro 2, para M = 250 Kcal/h, o máximo IBUTG

permitido é de 28,5ºC. Como o local apresentou IBUTG = 25,6ºC, o

limite não foi ultrapassado, não estando caracterizada a

insalubridade.

Page 57: Calor (NR 15)

5) No setor de tecelagem, um operador de máquinas

desenvolve uma atividade moderada, de forma contínua. Feito

o levantamento de campo, faça a análise definindo se a

atividade é insalubre e, se cabível, as medidas de controle.

tg = 35ºC; tbn = 25ºC; tbs = 28ºC

Page 58: Calor (NR 15)

6) No setor de cozimento de uma indústria alimentícia, o trabalhador

aciona durante 8 minutos uma válvula de vapor que está situada em

frente aos cozinhadores. Após esse período de acionamento, dirige-

se à sala ao lado, permanecendo aproximadamente 4 minutos,

anotando os dados do quadro de controle dos cozinhadores,

retornando em seguida ao local de operação da válvula de vapor.

Local da válvula de vapor: atividade considerada moderada;

Local: Sala de anotações: Atividade considerada leve;

Após o levantamento:

Válvula de vapor: Tbn = 24ºC; Tg = 42ºC; Tempo de exposição 8

minutos;

Sala: Tbn = 21ºC; Tg = 25ºC ; Tempo de exposição 4 minutos.

Page 59: Calor (NR 15)

5)

IBUTG = 0,7xtbn + 0,3xtg = 0,7 x 25 + 0,3 x 35 = 17,5 + 10,5 =28ºC;

Conclusão:

Comparando esse valor com o estabelecido no Quadro nº 1 doanexo nº 3 da NR-15, para uma atividade moderada, constatamosque a atividade desenvolvida é insalubre, pois ultrapassa o “LT”,que é de 26,7ºC, exigindo portanto períodos de descanso emoutro local mais ameno.

Page 60: Calor (NR 15)

6)

M = 220 x 40 + 125 x 20 / 60 = 8800 + 2500 / 60 = 11300 / 60 =188 Kcal/h.

IBUTG(t) = 0,7 x 24 + 0,3 x 25 = 16,8 + 12,6 = 29,4ºC;

IBUTG(d) = 0,7 x 21 + 0,3 x 25 = 14,7 + 7,5 = 22,2ºC;

IBUTG = 29,4 x 40 + 22,2 x 20 / 60 = 1176 + 444 / 60 = 27ºC;

Conclusão

Segundo o Quadro nº 2, temos que para M = 188 Kcal/h, omáximo IBUTG permitido é de aproximadamente 30,0ºC. Como oIBUTG médio do local apresentou-se abaixo do IBUTG máximo,não foi ultrapassado o limite de tolerância, portanto, nãocaracterizando a insalubridade.