calculo de iluminacao- metodo dos lumens

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Curso Superior de Tecnologia em Design de Interiores ILUMINAÇÃO Cálculo de Iluminação Artificial Método dos Lúmens Kaline Sersrão Designer de Interiores Thaís Martins Designer de Interiores Rafael Ponce de Leon Orientador 1. Descrição do Ambiente O ambiente a ser analisado no trabalho é a sala de aula de multimídia do Instituto Federal de ciência e Tecnologia da Paraíba, a qual possui possibilidade para equipamentos de audiovisual. O espaço tem 40,02 m² de área e comporta aproximadamente 30 alunos, é composta de paredes claras, janelas com persianas nas laterais, piso cimentício e teto branco. Figura 1: Planta baixa da sala de multimídia

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Como calcular a luminosidade das lampadas

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  • Curso Superior de Tecnologia em Design de Interiores

    ILUMINAO Clculo de Iluminao Artificial Mtodo dos Lmens

    Kaline Sersro Designer de Interiores

    Thas Martins Designer de Interiores

    Rafael Ponce de Leon Orientador

    1. Descrio do Ambiente

    O ambiente a ser analisado no trabalho a sala de aula de multimdia do Instituto

    Federal de cincia e Tecnologia da Paraba, a qual possui possibilidade para

    equipamentos de audiovisual. O espao tem 40,02 m de rea e comporta

    aproximadamente 30 alunos, composta de paredes claras, janelas com persianas

    nas laterais, piso cimentcio e teto branco.

    Figura 1: Planta baixa da sala de multimdia

  • 2

    2. Clculo Prtico de Iluminao de Interior

    (I) Dados:

    Luminria: TMS 500 1TLD 32 w

    A luminria j existente na sala comporta duas lmpadas, porm para que

    se estabelea uma distribuio mais uniforme e uma iluminao mais eficaz,

    ser estabelecido o calculo com uma lmpada.

    Lmpada Phillips TLDRS 32/84: 2.900 lm

    (II) NBR 5413:

    De acordo com a norma adota-se para salas de aula o nvel de iluminncia

    entre 200-300-500, nesse caso foi adotado 300 lux, por ser uma mdia e

    comportar uma quantidade necessria de lmpadas sem excesso, devido

    atividade desenvolvida no espao.

    E = 300 lux

    (III) Clculo do fator local (K):

    Comprimento (C) = 6,90

    Largura (L) = 5,80

    A medida do p direito da sala de 2,88 m e a da rea de trabalho de

    0,78 m com isso a altura de montagem das luminrias(H) a diferena de

    abas.

    H = 2,10

    K= C x L = 6,90 x 5,80 = 40,02 = 1,5

    H(C+L) 2,10 x 12,7 26,67

    (IV) Numerao das refletncias a partir da tabela abaixo:

    ndice Reflexo Significado

    1 10% Superfcie mdia

    3 30%

    Superfcie mdia

    5 50%

    Superfcie clara

    7 70%

    Superfcie branca

  • 3

    Tabela dos algarismos de refletncia

    Superfcie ndice

    TETO 7

    PAREDE 5

    PISO 1

    (V) Determinao do fator de utilizao (), unio do valor de K com a

    numerao das refletncias.

    (VI) Valor do fator de depreciao(d) a partir da tabela abaixo:

    Tipo de ambiente

    Perodo de manuteno(h)

    2.500 5.000 7.500

    Limpo 0,95 0,91 0,88

    Normal 0,91 0,85 0,80

    Sujo 0,80 0,66 0,57

  • 4

    (VII) Calculo do fluxo total (T) e do nmero de luminrias(N):

    T = S x E = 40,02 x 300 = 23.541 lm

    x d 0,60 x 0,85

    N = T = 23.541 = 8,11 = 9 Luminrias

    2.900

    Espaamento: 1,5 x 2,10 = 3,15

    Com isso, a distncia do eixo de uma luminria a outra deve ser de 2,10 a

    3,15 e do eixo para as paredes de 1,05 a 1,575.

    Para elaborar essa organizao a sala foi divida em 10 eixos na vertical e na

    horizontal, assim, organizando as lmpadas de forma padronizada que

    alcanassem o valor, de nove luminrias, obtido pelo clculo e

    obedecendo as medidas de distanciamento da mesma, procurando propor

    uma forma melhor de iluminao para a sala.

    Figura 2: Espaamento das luminrias apartir do clculo ideal.

    3. Anlise do Aproveitamento da Iluminao/ Medies

    Para realizao da analise e das medies foi necessrio repartir a sala em 16

    espaos, que foram calculados a partir do comprimento e da largura da sala.

    Aps essa diviso, foi utilizado um luximetro, sob a rea de trabalho, em cada

    ponto preestabelecido pela diviso, para termos uma mdia de como

    distribuda a iluminao no espao.

  • 5

    A NBR 5413 preconiza que uma boa iluminao para salas de aula esteja entre

    os valores de 200, 300 e 500 lux, porm, mediante est analise fez-se notria

    uma variao que tornam alguns pontos da sala pouco eficazes para a

    realizao de atividades desenvolvidas no espao.

    3.1 Iluminao Natural

    Figura 3: Grfico da iluminao natural

    De acordo com o grfico e a tabela acima notrio que grande parte da sala

    de aula possui valores de transio superior, ou seja, iluminao acima do

    desejado e uma pequena regio com iluminao excessiva. Esse desequilbrio

    se da devido entrada de luz natural sem nenhum mecanismo para aparar,

    porm a sala possui as persianas, mas a medio foi realizada com elas

    totalmente abertas para que se tenha uma noo mais precisa da incidncia

    de iluminao natural na sala.

    O que causa essas altas de valores so as janelas que ocupam praticamente

    toda a parede da direita e boa parte da esquerda, alm do que as janelas do

    lado direito por fora ficam de frente a uma parede branca, o que auxilia mais

    ainda a reflexo da iluminao natural para dentro do espao. Esses fatores

    sem nenhuma forma de aparo prejudicam a realizao das atividades, pois

    causam ofuscamento aos usurios.

    As partes que deram o valor suficiente so devido ao distanciamento das

    janelas e as partes mais centrais da sala.

  • 6

    3.2 Iluminao Artificial

    Figura 4: Grfico da iluminao artificial

    Ao analisar o grfico acima de acordo com a tabela, nota-se grande parte da

    sala com iluminao de transio inferior, ou seja, abaixo do nvel desejado

    para realizar as atividades propostas no ambiente. Uma das causas que podem

    ser responsveis por isso o fato de ter utilizado uma luminria que comporta

    duas lmpadas em sequencia, dificultando a distribuio e deixando algumas

    partes do espao com dfice na iluminao. A parte que deu iluminao

    suficiente devido ao espao da porta, que tem uma pequena entrada de luz

    natural que influenciou no resultado da medio pelo aparelho.

    4. Consideraes Finais

    A sala analisada tem como principal atividade, o uso do projetor de multimdia

    (data show) para apresentao de vdeos e slides, mas seu uso tambm

    destinado a ministrao de aulas e aplicao de provas. Decorrente deste fato

    necessrio fazer concluses distintas, que abranjam esses usos: a primeira

    para a analise feita em considerao da iluminao natural e a segunda em

    relao a iluminao artificial. Em meio a dados obtidos como preconiza a

    norma NBR 5413.

  • 7

    Para sala quando utilizada para ministrar aulas e provas:

    A iluminao natural no alcana com uniformidade todos os pontos da sala,

    nem a ilumina com a quantidade necessria para a execuo de

    determinadas tarefas realizadas nela. O nvel de incidncia da luz do sol na sala

    alto nas proximidades das janelas e porta e baixo no seu centro. Para

    equacionar esse problema se faz necessria a utilizao da luz artificial durante

    o dia.

    Luz Artificial

    Figura 5: Planta luminotcnica real da sala de multimdia

    A utilizao da iluminao artificial feita por 8 lmpadas tubulares

    econmicas de 32 watts cada e durante o dia seu uso pode se feito como

    complemento da iluminao natural, possibilitando assim, que a claridade

    chegue at os locais mais distantes das janelas, bem como mantm um nvel

    de iluminamento durante todo o tempo, independente das variaes que

    ocorrem com a luz do sol.

    Para sala quando utilizado o projetor multimdia:

    Luz natural e artificial

    Para possibilitar o uso do projetor necessrio que de se manha a sala escura.

    Idealmente a nica fonte de luz no interior da sala, quando utilizado o projetor,

    deve ser do feixe de luz da projeo. Qualquer outra fonte de iluminao, seja

    natural ou artificial, implicar em uma reduo na qualidade da imagem

    projetada.

    E para equacionar esse problema a sala conta com uma soluo mvel e

    ajustvel que so persianas de PVC nas janelas, que se mostram eficazes neste

    caso. Na porta h um vidro com pelcula fum com transparncia aproximada

  • 8

    em 50% que utilizado com intuito de minimizar a entrada de iluminao

    natural, mas se mostra ineficaz, pois a mesma possibilita a passagem da

    incidncia solar, provocando com isso um ofuscamento, que se manifesta

    moderadamente, mas que provoca um desconforto visual nas apresentaes

    realizadas na sala. Decorrente disso recomendvel que ocorra a troca da

    pelcula por uma com porcentagem de transparncia menor ou que se faa a

    utilizao de outros tipos de barreiras da luz solar, como por exemplo, o uso de

    persianas.

    Em suma, esta investigao nos ajuda a concluir que a iluminao do

    ambiente considerado, pode proporcionar uma boa visibilidade para as tarefas

    a que se destinam. Com o uso da iluminao natural em conjunto com a

    artificial, quando se fizer necessrio, ou com a minimizao da luz do sol

    quando houver utilizao do projetor. E para aumentar a concentrao nos

    estudo, no rendimento, no aprendizado e na satisfao dos alunos e professores

    necessrio que as recomendaes propostas por esta analise sejam

    atendidas e que o tipo de iluminao seja coerente com a atividade a ser

    realizada, pois um maior conforto visual cria um ambiente de pouco estresse e

    de alto desempenho, que gera ganhos valiosos na produtividade do trabalho.