calcário para cimento

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Calcário para Cimento 90% da matéria-prima para fabricação do cimento vem deste importante minério Desde os tempos mais remotos o homem procura um material resistente às condições climáticas e, por isso mesmo, bastante durável. Inicialmente os Egípcios usavam uma espécie de lama encontrada no Rio Nilo e depois um certo tipo de gesso; ambos encontrados até hoje em alguns monumentos e obras. Entretanto, foram os Romanos que apresentaram pela primeira vez um aglomerante que chamaram de caementun, termo que originou a palavra cimento. Séculos depois, em 1824, o construtor inglês Joseph Aspdin patenteou o sistema que perdura até hoje, ou seja, calcário mais argila, finalmente moídos em meio úmido, queimados em forno e depois moídos novamente bem finos. A diferença para os sistemas modernos é a utilização da chamada via seca, ou seja, o material é moído em meio seco. Atualmente, além do calcário e argilas são utilizados também bauxitas e minérios de ferro, em pequenos volumes, para ajustar as quantidades de óxidos exigidos em todo o processo. Estes óxidos de Cálcio, Sílica, Alumínio e Ferro são responsáveis por 95% da composição química do clínquer. Na maioria dos minerais quartzo, rochas ígneas e sedimentares é abundante a presença de sílica, alumínio e ferro. Porém, o cálcio, que é o principal componente do cimento, apenas é encontrado em alguns tipos específicos de rocha calcária. Quando se fala em Calcário, pensa-se inicialmente na Cal, que é muito utilizada na construção civil e na correção de solos. De fato, o nome é derivado do termo latino calcarius que significa o que contém cal. Na superfície terrestre os afloramentos de calcário são freqüentes e sob diversas formas, de acordo com a época e tipo de formação. Recebe vários nomes, como mármore, marga ou calcita. Sua composição básica é o Carbonato de Cálcio CaCO 3 e, especificamente para a fabricação do cimento, o teor desse carbonato deve ficar entre 80 e 85%. Porém, como em outros minerais, há também a presença de elementos indesejáveis. No caso do calcário para a fabricação de cimento, o vilão é o óxido de magnésio – MgO – e sua presença é o motivo de muitos cuidados na

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Calcário Para Cimento

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Calcrio para Cimento90% da matria-prima para fabricao do cimento vem deste importante minrio

Desde os tempos mais remotos o homem procura um material resistente s condies climticas e, por isso mesmo, bastante durvel. Inicialmente os Egpcios usavam uma espcie de lama encontrada no Rio Nilo e depois um certo tipo de gesso; ambos encontrados at hoje em alguns monumentos e obras. Entretanto, foram os Romanos que apresentaram pela primeira vez um aglomerante que chamaram decaementun, termo que originou a palavra cimento. Sculos depois, em 1824, o construtor ingls Joseph Aspdin patenteou o sistema que perdura at hoje, ou seja, calcrio mais argila, finalmente modos em meio mido, queimados em forno e depois modos novamente bem finos. A diferena para os sistemas modernos a utilizao da chamada via seca, ou seja, o material modo em meio seco.Atualmente, alm do calcrio e argilas so utilizados tambm bauxitas e minrios de ferro, em pequenos volumes, para ajustar as quantidades de xidos exigidos em todo o processo. Estes xidos de Clcio, Slica, Alumnio e Ferro so responsveis por 95% da composio qumica do clnquer. Na maioria dos minerais quartzo, rochas gneas e sedimentares abundante a presena de slica, alumnio e ferro. Porm, o clcio, que o principal componente do cimento, apenas encontrado em alguns tipos especficos de rocha calcria.Quando se fala em Calcrio, pensa-se inicialmente na Cal, que muito utilizada na construo civil e na correo de solos. De fato, o nome derivado do termo latino calcarius que significa o que contm cal. Na superfcie terrestre os afloramentos de calcrio so freqentes e sob diversas formas, de acordo com a poca e tipo de formao. Recebe vrios nomes, como mrmore, marga ou calcita. Sua composio bsica o Carbonato de Clcio CaCO3 e, especificamente para a fabricao do cimento, o teor desse carbonato deve ficar entre 80 e 85%.Porm, como em outros minerais, h tambm a presena de elementos indesejveis. No caso do calcrio para a fabricao de cimento, o vilo o xido de magnsio MgO e sua presena o motivo de muitos cuidados na prospeco e explorao das jazidas. Seu teor limitado pelas normas nacionais e internacionais. Este xido, quando entra em contato com a gua no concreto ou argamassa, se hidrata, transforma-se lentamente em hidrxido de magnsio Mg(OH)2 e seu volume cresce. Esta expanso pode criar tenses internas suficientes para provocar trincas e fissuras. As normas brasileiras fixam o limite mximo de 6,5% para o teor de xido de magnsio nos cimentos brasileiros, com exceo para o tipo CP III Cimento Portland de alto-forno, que pela presena da escria no tem limite para o MgO.O calcrio se classifica em trs tipos, de acordo com o teor de xido de magnsio. chamado deCalcticose o teor de MgO for menor que 4%. Se o teor ficar entre 4 e 18%, inclusive, ser chamado deDolomtico, e se o teor ficar acima de 18% ser chamado de calcrioMagnesiano. A estratgia para a pesquisa de jazidas para cimento obter depsitos minerais com pureza ideal e volume vivel para o empreendimento. Contudo, por melhor que seja a jazida, no encontrado nela apenas um determinado tipo de calcrio. O segredo, portanto, fazer uma mistura dos tipos disponveis, de tal maneira que no se ultrapasse o limite de xido de magnsio no cimento produzido com este material.Na prospeco e desmonte das bancadas de explorao, todo o material ensaiado e a mina mapeada de acordo com o tipo de material encontrado. As reservas minerais da Itamb, onde se inclui a Mina Rio Bonito atualmente em explorao -, somam 400 milhes de toneladas. O controle de envio do material para a fbrica feito com muita ateno pelos tcnicos da Mina, com base nos ensaios realizados pelo laboratrio, que coleta amostras a cada duas horas. A mdia dos resultados ento utilizada para a remessa do calcrio que ir compor a chamada pilha de pr-homogeneizao. Desta maneira, fica garantido o atendimento s normas brasileiras neste importante item de controle, j que a segurana das obras deve sempre ser o principal cuidado.Crditos: Eng Jorge Aoki Gerente de Assessoria Tcnica Itamb